universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · necessário o desenvolvimento de metodologias...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
BALANCEDSCORECARD COMO FERRAMENTA INDICADORA
DE UMA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS QUÍMICOS
Por: Priscila Fernanda Pereira Tavares
Orientador
Prof. Ana Claudia Machado Morrissy
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
BALANCED SCORE CARD COMO FERRAMENTA INDICADORA
DE UMA DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS QUÍMICOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em. Administração da
Qualidade
Por: . Priscila Fernanda Pereira Tavares
3
AGRADECIMENTOS
Ao meu companheiro Marco Tavares,
pelo apoio e paciência pela minha
ausência nas horas de estudo.
4
DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia aos meus
queridos amigos de turma que tanto me
ajudaram, Catiane e Gabriel.
5
RESUMO
Conforme a evolução se dá na vida comum, se dá por analogia aos
processos de uma organização. Com o advento da revolução industrial, foi
necessário o desenvolvimento de metodologias que pudessem medir a
qualidade dos produtos ou serviços fornecidos por essas indústrias e com isso
surgiu a parametrização de processos e serviços. Além de medir o produto
como vantagem competitiva, se fazia necessária a medição dos lucros e das
contas de custos para que os acionistas tivessem noção se o investimento era
algo rentável ou não. A partir daí surgiram diversas metodologias, dentre elas
as práticas estatísticas e da qualidade.
Com a modernização das tecnologias e a integração dos setores, no
início dos anos 90, Kaplan e Norton perceberam a necessidade de medir de
forma equilibrada alguns fatores críticos de sucesso para as empresas
progredirem de maneira estratégica e criaram uma metodologia para integrar
de forma equilibrada quatro principais perspectivas de uma organização: a
financeira, a do cliente a dos processos internos e a do aprendizado., surge
então o BSC – Balanced Scorecard.
No Brasil, com o crescimento da economia interna, em alguns setores
em função até mesmo de se tornar referência frente a crise mundial, muitos
setores vêm recebendo incentivo e vêm crescendo num ritmo acelerado.
De carona nesse cenário, muitas empresas jovens surgem e com o
tempo precisam se estruturar para continuar a crescer e definitivamente se
consolidarem no mercado. Além de dinâmica, o BSC é uma ferramenta muito
inteligível e fácil de ser dinamizada nesses mercados e com isso tem sido
amplamente usada na criação de estratégias e na medição de seus avanços.
6
METODOLOGIA
O universo deste estudo compreende uma pesquisa de bibliográfica,
utilizando-se de livros técnicos, artigos periódicos e institucionais, trabalhos
acadêmicos e mídias impressas e digitais.
Também foi utilizada uma empresa fantasia como base para o
desenvolvimento do modelo de indicadores.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - O Balanced Scoredcard 11
CAPÍTULO II - O Mercado de Distribuição de Produtos Químicos 16
CAPÍTULO III – Simulação da elaboração de Indicadores de desempenho para
uma distribuidora de produtos químicos 22
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 37
ÍNDICE 40
8
INTRODUÇÃO
Quando a empresa faz seu planejamento, ela está olhando para o
amanhã e antecipando decisões a respeito de ações que serão executadas ao
longo do tempo. (KRONMEYER FILHO, XXXX)
Durante quase duas décadas, os empresários têm aprendido a jogar
com novas regras. As empresas têm de ser flexíveis para responder
rapidamente às alterações competitivas e do mercado. Têm de se comparar
com os rivais – benchmarking – para obter maior eficiência e evoluir
continuamente. Têm de possuir competências centrais – core competence –
para se manterem à frente dos seus rivais. O posicionamento, em tempos
considerado a alma da estratégia, é hoje rejeitado, por ser demasiado estático
face às mutações dos mercados e das tecnologias. De acordo com a nova
doutrina, as empresas podem facilmente copiar o posicionamento estratégico
dos rivais. Logo, as vantagens competitivas são temporárias. (PORTER, 2008)
Por vários anos, enquanto passamos de uma organização de produtos
para uma organização de serviços, devemos conviver simultaneamente com a
Gestão Estratégica, que tem como objetivo realizar ganhos substanciais
através dos projetos estratégicos e uma Gestão Operacional – ou da rotina –
dos processos, que tem como objetivo produzir melhorias graduais e
contínuas. Algumas empresas chamam este processo de gestão da
multiplicidade – estratégica e operacional.( COUTINHO, 2008)
Medir a estratégia permite que a organização confirme ou ponha de lado
as ações de causa e efeitos assumidos quando a organização estabeleceu a
estratégia. É uma informação vital. A estratégia da organização está baseada
no que ela acredita que vai criar valor para ela mesma. Se isto não ocorre
9
então a suposição em que a estratégia está baseada pode estar errada e
então a organização pode reescrever a estratégia. (PRADO, 2008)
Ao medir se obtém a informação necessária para livrar do fracasso ou
para confirmar uma boa estratégia. O maior efeito de uma boa estratégia,
definida e confirmada, é o fato que fortalecer a empresa ao ser comunicado a
toda organização, deixando transparecer para todas as pessoas a importância
de se medir. (PRADO, 2008)
O Balanced Scorecard se diferencia de todos os outros modelos de
gestão porque ele pode agregar todos os modelos de controle financeiro e não
financeiro que existem, desde que propiciem ao administrador uma forma de
indicador de desempenho. (PRADO, 2008)
O BSC é um sistema de avaliação de desempenho empresarial. Seu
principal diferencial é reconhecer que os indicadores financeiros, por si só, não
são suficientes para isso, uma vez que só mostram os resultados dos
investimentos e das atividades, não contemplando os impulsionadores de
rentabilidade de longo prazo. (KAPLAN, 2008)
O BSC complementa as medições financeiras com avaliações sobre o
cliente, identifica os processos internos que devem ser aprimorados e analisa
as possibilidades de aprendizado e crescimento, assim como os investimentos
em recursos humanos, sistemas e capacitação que poderão mudar
substancialmente todas as atividades. (KAPLAN, 2008).
No Brasil, o crescimento do PIB corrobora com o aceleramento da
economia e sua injeção de ânimo nas organizações que estão se
consolidando, e isso as força a sair em busca de vantagens competitivas para
se manterem no mercado frente às grandes empresas.
10
O consumo aparente nacional (CAN) do segmento de produtos químicos
de uso industrial, segundo dados preliminares da ABIQUIM (2011), exibiu
elevação de 9,68% de janeiro a dezembro de 2011, na comparação com igual
período do ano anterior. Levando-se em consideração o desempenho do PIB
brasileiro, que apresentou crescimento próximo dos 3%, a demanda por
produtos químicos teve uma elasticidade de quase três vezes o PIB em 2011.
Todavia, a indústria química nacional não tem conseguido aproveitar as
oportunidades que o crescimento econômico brasileiro tem
propiciado.(ABIQUIM, 2012)
De janeiro a dezembro de 2011, em relação a iguais meses do ano
anterior, houve recuo nos índices de produção e de vendas internas: a
produção caiu 3,83% e as vendas internas tiveram decréscimo de 4,00%. No
que se refere aos preços, após a queda verificada com a crise de 2008, a
trajetória foi de recuperação durante todo o ano de 2011, com o índice
acumulando alta de 14,63% de janeiro a dezembro, sobre iguais meses de
2010. (ABIQUIM, 2012)
Já o crescimento das compras no exterior deve-se, especialmente, à
perda de competitividade da indústria química nacional. Todavia, as
importações também estão sendo estimuladas pelos incentivos estaduais para
importação e pela apreciação do real frente ao dólar. (ABIQUIM, 2012)
Com isso, apesar do cenário, surge uma grande brecha para a atuação
de distribuidores de produtos químicos que trabalham diretamente com a
importação de produtos para atender a demanda nacional.
O presente estudo relaciona cada etapa realizada na busca da
consolidação no mercado pela Empresa X, cujo core business é a importação
de produtos químicos para o atendimento do mercado brasileiro.
11
CAPÍTULO I
O BALANCED SCOREDCARD
1.1 - O porquê dos Indicadores de desempenho
Modelos de gestão são extremamente importantes para auxiliarem na
direção que a empresa deseja tomar rumo ao seu progresso. Há muito tempo
encontramos diversos modelos que só ficam em teria, esquecidos quando o
dileto aluno deixa as portas de sua faculdade ou especialização e adentra a
sua empresa para aplicar funcionalmente os seus conhecimentos.
Sem uma base teórica, de quem já pôde construir na prática diversas
boas práticas de gestão, o empreendedor, o presidente, o gestor, o
coordenador, ficam sem um alinhamento de linguagem necessário para que
possam juntos tocar o negócio nos mesmos moldes e ritmos exigidos pelo
mercado, acionistas e funcionários.
Segundo Bianco & Salerno, 2001, os modelos de gestão são
sistematicamente desenvolvidos e utilizados no campo administrativo e de
gestão da produção. Para Zilbovicius apud Bianco & Salerno, 2001, eles são
“(...) elementos fundamentais para justificar a aplicação de técnicas e
princípios que acabam por ser adaptados às condições concretas em que
opera cada organização produtiva.
Essa aplicação de técnicas leva a busca por melhores práticas de
mercado, onde alie modelos inteligíveis e de fácil multiplicação.
No decorrer do último século houve uma evolução muito grande no que
abrange modelos de gestão e controle de processos. De acordo com a história,
12
o marco inicial se deu em torno do controle contábil-financeiro, com o advento
da revolução industrial, novos aspectros, parâmetros de controle foram
necessários no que se diz respeito ao aprimoramento e na vantagem
competitiva de um produto ou serviço no mercado. Primeiro se deu através do
simpes controle estatístico, depois através do controle da qualidade, através de
normas e requisitos, até que se desenvolveu controles estratégicos, um dos
pioneiros sendo Kaplan e Norton, com a criação no BSC. Torres, Pavan &
Serra, XXXX.
O Balanced Scorecard (BSC), desenvolvido por Robert Kaplan e David
Norton,é um modelo de gestão da performance que leva em consideração a
necessidade das organizações atenderem a um conjunto amplo de interesses
e expectativas que vai além do desempenho econômico-financeiro, de acordo
com Rezende, 2003.
Dietschi e Nascimento, 2007, afirmam que Kaplan e Norton (2000)
relatam que o BSC proporciona:
(a) alinhamento dos indicadores à estratégia;
(b) comunicação da estratégia dentro da organização e
(c) apoio na tomada de decisão.
Ratificam ainda que ainda que o BSC, quanto outras ferramentas de
valoração econômica, contribuem para o alinhamento e a comunicação da
estratégia, bem como no apoio à tomada de decisões. Reiterando o objetivo,
este estudo visa a identificar como as organizações se comportam em relação
ao uso do BSC (itens “a”, “b” e“c” acima) ante o uso de outros instrumentos,
dentre os quais os principais são:
(i) Planejamento Estratégico e
(ii) EVA / VBM.
Portanto, o uso de ferramentas de gestão, e de acordo com esse
estudo o uso do BSC, se torna de uso imprescindível para colocar em prática
13
todas as idéias fundamentadas no planejamento estratégico da empresa e
desdobrá-la operacionalmente de acordo com as perspectivas: financeiras, dos
clientes, dos processos internos, do aprendizado e crescimento do pessoal
interno com objetivos claros e mensuráveis de modo que seja bem trabalhos
com planos de ação elaborado de modo a tornar as metais tangíveis.
Figura 1 – Etapas da tomada de decisão estratégica.
Para a elaboração de um plano estratégico com base no equilíbrio das
diversas perspectivas da empresa, o BSC se utiliza de um número de
ferramentas para a elaboração desse plano:
a) Mapa Estratégico: Descrição da estratégia da empresa através da
interrelação dos objetivos dentro das quatro perspectivas;
b) Objetivos Estratégicos: Estado almejado por uma organização
relacionado à realização de suas tarefas e operações que devem ser
desenvolvidas de modo a manter a existência e o crescimento da empresa.
c) FCS (Fatores Críticos de Sucesso): Itens que devem ser
observados durante o planejamento e execução de um projeto, para que o
sucesso possa ser alcançado;
d) Indicadores: Métricas para o acompanhamento dos objetivos e
fatores críticos de sucesso;
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e) Metas: o nível de desempenho ou melhoria necessária;
f) Planos de Ação: estruturação das ações-chave necessárias para
a concretização dos objetivos;
Com isso, podemos estabelecer o equilíbrio proporcionado pelo BSC
da seguinte forma:
OBJETIVOS DE CURTO
PRAZO
OBJETIVOS DE LONGO
PRAZO
Presente Futuro
Indicadores Financeiros Indicadores Não Financeiros
Desempenho Organizacional
Interno
Desempenho Organizacional
externo
Enfoque Operacional Enfoque Estratégico
Tabela 1 – Objetivos do Planejamento Estratégico a Curto e Longo
Prazos
Esse novo instrumento que integra as medidas derivadas da
estratégia, sem menosprezar as medidas financeiras do desempenho passado,
e que mede o desempenho organizacional são quatro perspectivas
equilibradas (KRONMEYER, xxxx)
• financeiras: mede as conseqüências das ações desempenhadas
de uma maneira econômica, com indicadores relacionados à
rentabilidade da empresa e riscos, sob a perspectiva do
acionista;
• dos clientes: mede o desempenho da empresa relacionado a
mercado e clientes, analisando indicadores de esforços de que
agregam valor e diferenciação ao cliente;
• dos processos internos: medidas que identificam os processos
internos da empresa que são mais críticos para a realização dos
objetivos dos acionistas, oferecendo valor aos clientes;
15
• de aprendizado e inovação: tais medidas identificam o que é
necessário ser priorizado pela organização para atingir uma
ruptura significativa no desempenho, sendo assim, significativo
para as outras perspectivas.
16
CAPÍTULO II
O MERCADO DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS
QUÍMICOS
2.1 – MERCADO MUNDIAL
2.1.1 – Europa
Apesar do cenário turbulento que acompanhamos no último ano na
Europa, as perspectivas no mercado de produtos químicos estão boas, a
importância de entender esse mercado é meramente usá-lo como referência
indicativa de sua participação na economia desta região.
De acordo com dados da Associação Européia de distribuidoras de
produtos químicos (FECC), este setor é de fundamental importância para a
economia europeia. Membros da FECC - principalmente as pequenas e
médias empresas criaram valor na cadeia de abastecimento de produtos
químicos para atender às demandas de mais de 1 milhão de usuários de
diversos segmentos industriais, com as suas necessidades específicas e
volumes de compra.(FECC, 2011).
Esse segmento na Europa representa mais de 1.400 empresas com
mais de 31.000 funcionários em mais de 1.400 locais lidando com mais de
seis milhões de embarques e 20 milhões de toneladas de produtos com um
volume de negócios de € 26 bilhões por ano.(FECC, 2011).
A Europa busca promover a indústria de distribuição de produtos
químicos, a fim de garantir um ambiente de negócio sustentável para o setor
de distribuição para a indústria química no curto, médio e longo prazo.
17
Esse movimento, por exemplo, pode ser observado no Reino Unido,
onde ocorre um intenso movimento de estímulo as empresas de distribuição de
pequeno e médio porte.
Um novo relatório divulgado pela Confederação Britânica da Indústria
(CBI) afirma que a médias empresas detêm a chave para o futuro crescimento
do Reino Unido futuro.
O Governo lançou um série de novas medidas destinadas a ajudar as
médias e pequenas empresas do Reino a crescer, criar empregos, exportar
para novos mercados, e financiamento seguro.
As medidas incluem de 95 milhões de libras investimento do Fundo de
Crescimento Regional que visa apoiar as PME, considerando investir em bens
de capital novos e deverá criar pelo menos 4.000 postos de trabalho e
desbloquear cerca de £ 500 milhões em novos investimentos.
Estas empresas podem até representar menos de 1% de todas as
empresas mas geram hoje cerca de 22% da receita e 16% de empregos em
todo o país. (CBA Outlook, 2011)
Portanto, um setor que corrobora com uma pronunciável importância
para a economia européia.
2.1.2 – America do Norte
Grandes tendências e boas práticas do mercado brasileiro são
baseados nas normas criadas pelo NACD (National Association Of Chemical
Distributors) e CACD. (Canadian Association Of Chemical Distributors)
Nos EUA, cerca de US $ 25-30 bilhões de vendas da indústria
químicas são através de distribuidores de produtos químicos, que também
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estão ativamente engajados em várias fases da importação / exportação do
comércio. Estes materiais são empregados na manufatura de produtos para
as seguintes indústrias:
Adesivos e Selantes
Tintas e Vernizes
Agricultura
Farmecêutica
Automotiva
Plásticos
Cosméticos / Cuidados Pessoais
Papel & Polpa
Eletrônica
Sabões e detergentes
Alimentos e Bebidas
Têxteis
Entre outros.
De acordo com o relatório de 2011 do NACD, os distribuidores de
produtos químicos contribuíram significativamente para a economia dos EUA,
pois geraram cerca US $ 21 bilhões em vendas em 2010. Foi um aumento de
quase 13% sobre o ano anterior ou um adicional de US $ 2,4 bilhões de
dólares para a base tributária.
Houve também a criação de bons empregos, são responsáveis por
mais de 150.000 empregos diretos e indiretos nos Estados Unidos em todos os
50 estados por meio de mais de 1.500 instalações. Esse crescimento do
emprego em 2010 resultou em um adicional de $ 2 bilhões para a economia
nacional.
Em 2010, foram entregues 38,5 milhões de toneladas de produtos
químicos, representando um aumento de mais de 20% em relação ao ano
anterior.
19
As vendas na Distribuição de Produtos em 2010 cresceram 13% em
relação ao ano anterior para US $ 21 bilhões. Este valor é ligeiramente acima
da média da seis-anos de US $ 20 bilhões.(NADC, Membership and Safety
Report, 2011)
Já o CADC não disponibiliza informações sobre o seu mercado sem
que se faça parte da associação como membro.
2.2 – MERCADO BRASILEIRO
O crescimento industrial reflete o bom cenário econômico que o país
vive nesse momento. Com o desenvolvimento do país, novas oportunidades de
crescimento surgem a todo o momento.
Com o advento desse favorável crescimento, cresce a demanda por
produtos químicos no Brasil e com isso as empresas tem que buscar cada vez
mais dinamismo.
O consumo aparente nacional (CAN) do segmento de produtos
químicos de uso industrial, como já citado anteriormente, se elevou de 9,68%
de janeiro a dezembro de 2011. Isso significa dizer que a demanda por
produtos químicos teve uma elasticidade de quase três vezes o PIB em 2011,
mesmo com o segmento industrial Brasileiro não conseguir acompanhar essa
tendência. (ABIQUIM, 2012)
De acordo com a ASSOCIQUIM, o ano de 2011 encerrou-se com o
crescimento de 13,2% nas vendas realizadas em dólares comparativamente a
2010, percentual que foi alcançado após reduções gradativas de vantagem em
relação ao ano anterior. Adotando-se o critério das vendas em reais o
crescimento atingiu 11.5% no período.
20
No primeiro semestre as vendas em dólares registravam diferença
representativa de 28,9% em relação a igual período do ano anterior. Nos
meses seguintes, a conjunção de efeitos da contenção de consumo adotadas
no início do ano e a modificação do panorama internacional provocaram
mudanças drásticas no comportamento da produção interna, expectativas
desfavoráveis em relação ao futuro, desaceleração do crescimento industrial e
em conseqüência, redução das vendas do setor distribuidor de produtos
químicos e petroqiímicos ao setor secundário. Com issm a vantagem foi sendo
diminuída até alcançar os 13,2% no fechamento do ano. (ASSOCIQUIM, 2011)
Isso demonstra que a indústria química nacional não tem conseguido
aproveitar as oportunidades que o crescimento econômico brasileiro tem
propiciado.
De acordo com os principais índices de volume apurados pela Abiquim,
a indústria local vem perdendo competitividade de forma acelerada com
relação à capacidade de atendimento da demanda interna. (ABIQUIM, 2012)
De caráter geral merecem destaque os itens relacionados com a forte
variação cambial, dificultando as operações, a elevada concorrência do
mercado, forçando para baixo as margens de comercialização e em alguns
casos as dificuldades de crédito de certos clientes, exigindo a atenção
contínua das empresas de forma a não permitir perdas nas vendas efetuadas.
Para apurar os fatores mais importantes a influenciar positivamente as
vendas durante o ano, a ASSOCIQUIM pesquisou sobre cinco alternativas que
foram ordenadas de forma decrescente de importância, por um sistema de
pontos atribuídos a cada item, por ordem de classificação, obteve-se o
resultado expresso no quadro seguinte.
ITENS AVALIADOS PONTOS %
Mercado Receptivo 520 25,4
21
Preços relativamente
baixos
520 25,4
Facilidade para
importações
450 21,9
Crédito abundante 390 19,0
Oferta elevada 170 8,3
Tabela 2 – Itens Avaliados com Causadores de Entraves no
Desenvolvimento das Vendas em 2011.
A tabulação das respostas mostrou os dois primeiros itens com igual
participação, seguidos das facilidades de importações em razão do câmbio
favorável e dos demais itens referentes ao crédito, que oscilou durante o
período e a oferta que não se manteve em patamar constante, em razão das
oscilações de demanda industrial, bastante variável durante
2011.(ASSOCIQUIM, 2011)
O mercado da distribuição e da industria química carece de ações
urgentes, de curto prazo, que possam estimular as atuais plantas ao retorno da
operação em um nível maior de utilização da capacidade, bem como medidas
mais estruturantes, de longo prazo, que possam atrair novos investimentos e
efetivamente fazer com que as oportunidades previstas no Pacto Nacional da
Indústria Química (investimentos de US$ 167 bilhões em 10 anos) possam
transformar-se em realidade. (ABIQUIM, 2012).
22
CAPÍTULO III
SIMULAÇÃO DA ELABORAÇÃO DE INDICADORES DE
DESEMPENHO PARA UMA DISTRIBUIDORA DE
PRODUTOS QUÍMICOS
3.1 – O Cenário da empresa
Dentre as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas
distribuidoras de produtos químicos, várias foram as citações apontadas,
logicamente relacionadas com o “modus operandi” de cada uma delas.
Na Empresa X que vamos desenvolver os indicadores BSC, tem na
sua natureza basicamente a distribuição de produtos importados,
principalmente dos EUA, para o abastecimento das indústrias nacionais.
Seu perfil é de uma empresa de pequeno porte, com cerca de 40
funcionários e faturamento anual em torno de 8 milhões de reais, com 5 anos
de mercado, uma empresa relativamente jovem, cujo perfil de crescimento nas
vendas tem sido de 35% ao ano. Esse ar diferenciado significa que as suas
idéias cabem ao mercado, pois aos poucos vem se desenvolvendo muito bem.
Sua MISSÃO é oferecer o produto aliado a um serviço diferenciado de
suporte técnico através da prestação de serviços e soluções originais e
inovadoras para o mercado científico.
Sua VISÃO é ser a primeira empresa do mercado em nível de
atendimento e agilidade na solução e entrega de produtos químicos comuns e
diferenciados.
23
Seus VALORES são: Know-how; Agilidade; Servir com eficiência;
Transparência; Paixão; Eficiência.
A Empresa X observou que em seu mercado, poucas são as empresas
que possuem um suporte técnico específico por linha de produto químico para
atender seu público, muitas vezes carente de informações acerca de novas
especificações ou dos novos fornecedores entrantes no mercado, a serem
desenvolvidas pela mesma.
Com isso, a formação de uma equipe de suporte técnico,
multidisciplinar, com um foco mais voltado para a área comercial será
desenvolvida na intenção de sair na frente com esse diferencial competitivo.
Com base nessa vantagem competitiva e a criação desse novo setor,
vamos elaborar os indicadores desse novo aspecto na Empresa X.
24
3.2 – A MATRIZ SWOT
A matriz SWOT como uma ferramenta utilizada para fazer análise de
cenário (ou análise de ambiente), é amplamente usada como base para gestão
e planejamento estratégico de empresas.(Wikipedia, 2011)
Dentro do cenário da empresa, avaliamos cada item com base na
entrada do Suporte Técnico no quadro da empresa da seguinte maneira:
Ajuda Atrapalha
Inte
rna
(org
aniz
ação
)
1. Time técnico bem diversificado; 2. Vivencia como cliente; 3. Tem a percepção do consumidor; 4. Visão MACRO e MICRO dos processos internos dos clientes; 5. Desenvolvem a mesma linguagem do cliente; 6. Facilita os processos internos que dependem de informação técnica.
1. Pouca vivência em técnicas de negociação; 2. Inexperiência em vendas.
Exte
rna
(am
bien
te)
1. Mapeamento do perfil consumidor - propicia a escolha do produto certo, o desenvolvimento de novos produtos e de estoques melhor gerenciáveis (de acordo com as necessidades dos clientes); 2. Gerenciamento de estoque (programada sem contrato) atendendo às necessidades do consumidor final com pronta entrega de seus produtos mais usados - almxarife externo; 3. Oferece soluções em entrega e serviço ao consumidor.
1. Limitação na customização de embalagens e concentrações; 2. Amostras para validação e promoção de produtos.
Tabela 3 – Análise SWOT da Empresa X
25
3.3 – Temas Estratégicos e Objetivos
A Empresa X, numa reunião gerencial estratégica levantou os
seguintes temas estratégicos a serem avaliados e discutidos para análise de
objetivos de açodo com cada perspectiva:
1. Consolidar marca no Mercado;
2. Manter a imagem positiva no Mercado;
3. Expandir os negócios para absorver novos mercados;
4. Ter qualidade no atendimento ao cliente;
5. Aumentar pedidos de clientes;
6. Manter a qualidade dos produtos oferecidos;
7. Padronizar o processo de vendas;
8. Diminuir a operacionalização dos processos analíticos e
decisórios;
9. Treinar novos funcionários;
10. Conhecer sobre os produtos concorrentes no mercado;
11. Adequar-se aos padrões ide importação de produtos químicos,
farmacêuticos, de saúde animal e outras aplicações;
12. Confeccionar um novo site e que seja atraente para um público
científico e para o comprador técnico;
13. Ampliar sua área de atuação dentro do território nacional e
seguir para países vizinhos;
14. Conhecer produtos substitutos no mercado;
15. Oferecer produtos competitivos e estratégicos.
Dentre todos os assuntos levantados, a análise de objetivos foi
consolidada da seguinte maneira:
26
Sob a perspectiva financeira:
1. Ampliar a área de atuação dentro do território nacional e seguir
para países vizinhos.
2. Aumentar pedidos de clientes
3. Expandir os negócios para absorver novos mercados
Sob a perspectiva do cliente:
1. Consolidar marca no Mercado;
2. Manter a imagem positiva no Mercado;
3. Ter qualidade no atendimento de cliente.
Sob a perspectiva dos processos internos:
1. Adequar-se aos padrões ide importação de produtos químicos,
farmacêuticos, de saúde animal e outras aplicações;
2. Diminuir a operacionalização dos processos analíticos e
decisórios;
3. Manter a qualidade dos produtos oferecidos;
4. Oferecer produtos competitivos e estratégicos.
Sob a perspectiva de pessoas e aprendizado:
1. Confeccionar um novo site e que seja atraente para um público
científico e para o comprador técnico;
2. Conhecer produtos substitutos no mercado;
3. Conhecer sobre os produtos concorrentes no mercado;
4. Padronizar o processo de vendas;
5. Treinar novos funcionários.
3.4 - O Mapa Estratégico
27
Esta análise visa identifi car como as organizações se comportam ante
o uso de indicadores de desempenho para a tomada de decisão.
Fina
ncei
ro Ampliar a área de
atuação dentro do território nacional e seguir para países
vizinhos.
Aumentar pedidos de clientes
Expandir os negócios para absorver novos
mercados
Clie
nte
Consolidar marca no Mercado
Manter a imagem positiva no Mercado
Ter qualidade no atendimento de cliente
Inte
rno
Adequar-se aos padrões ide importação de
produtos químicos, farmacêuticos, de
saúde animal e outras aplicações.
Diminuir a operacionalização dos processos analíticos e decisórios
Manter a qualidade dos produtos oferecidos
Oferecer produtos
competitivos e estratégicos
Apr
endi
zage
m
Confeccionar um novo site e que seja atraente
para um público científico e para o comprador técnico.
Conhecer sobre os produtos
concorrentes no mercado externo.
Conhecer produtos substitutos no mercado;
Padronizar o processo de vendas
Treinar novos funcionários
Figura 2 – Mapa Estratégico da Empresa X
28
3.5 - O Caminho Crítico
Dos objetivos listados, avaliamos cada um deles da seguinte maneira:
•De onde virá o resultado financeiro almejado?
Aumentar pedidos de clientes
Ampliar a área de atuação dentro do território nacional e seguir para
países vizinhos.
•Como?
Consolidar marca no Mercado
Ter qualidade no atendimento de cliente
•Qual deve ser o foco interno?
Oferecer produtos competitivos e estratégicos
Adequar-se aos padrões de importação de produtos químicos,
farmacêuticos, de saúde animal e outras aplicações.
Diminuir a operacionalização dos processos analíticos e decisórios
Manter a qualidade dos produtos oferecidos
•Qual deve ser o foco de aprendizagem?
Padronizar o processo de vendas
Conhecer sobre os produtos concorrentes (substitutos) no mercado
externo.
Confeccionar um novo site e que seja atraente para um público
científico e para o comprador técnico.
Treinar funcionários
Assim, definimos qual.a ordem na execução dos objetivos de modo a
garantir o sucesso das ações e o plano de ação a ser implementado:
1. Aumentar pedidos de clientes;
29
2. Padronizar o processo de vendas;
3. Consolidar marca no Mercado;
4. Ter qualidade no atendimento de cliente;
5. Ampliar a área de atuação dentro do território nacional e seguir
para países vizinhos;
6. Oferecer produtos competitivos e estratégicos;
7. Conhecer sobre os produtos concorrentes (substitutos) no
mercado externo;
8. Adequar-se aos padrões ide importação de produtos químicos,
farmacêuticos, de saúde animal e outras aplicações;
9. Diminuir a operacionalização dos processos analíticos e
decisórios;
10. Manter a qualidade dos produtos oferecidos;
11. Confeccionar um novo site e que seja atraente para um público
científico e para o comprador técnico;
12. Treinar novos funcionários.
30
3.6 – Indicadores
Após todo o estudo de prioridades, foram desenvolvidos 43
indicadores, assim, definimos.a ordem na execução dos objetivos de modo a
garantir o sucesso das ações e o plano de ação a ser implementado:
Tabela 4 – Indicadores de Desempenho – Outcomes e Drivers.
Objetivos Outcomes Drivers
Treinar funcionários
I1/ I2/ I3
Treinamento Linha de Produto - Treinar o time de vendas em 100% do portfólio no período de 6 meses. Treinamento Estratégias de Negociação - 100% do time com atualização semestral; Treinamento sobre segmentos do mercado - 9 segmentos por semestre.
I4/ I5/ I6
Treinamento em Linha de Produtos - Treinar 30% do portfólio de produtos por mês; Atualização de estratégias - 75% do time por mês; Elaborar 3 treinamentos com foco em segmento específico por mês.
Padronizar o processo de vendas
I7/ I8/ I9
Taxa de Cobertura de Carteira - 100% no mês; Taxa de Oferecimento de Mix de produtos - 100% no mês; Taxa de produto substituto correto - 70% no mês.
I10/ I11/ I12
Taxa de Cobertura de Carteira - 40% na semana; Taxa de Oferecimento de Mix de produtos - 40% na semana; Taxa de produto substituto correto - 30% na semana;.
Ter qualidade no atendimento de cliente
I13/ I14/
Taxa de conversão de produto substituto em pedido de 75%/trimestre Taxa de NC de 5%/mês (em relação ao volume de vendas)
I15/ I16/ I17/ I18
Taxa de conversão de produto substituto em cotação de 90%/mes Taxa de NC em VENDAS resolvidas de 80%/mês Taxa de NC em COMPRAS resolvidas de 80%/mês Taxa de NC em Logística resolvidas de 80%/mês
Conhecer sobre os produtos concorrentes (substitutos) no mercado externo.
I19/ I20
Mapear todos os concorrentes nacionais em 6 meses Mapear todos potenciais produtos substitutos nacionais em 6 meses
I21/ I22
Mapear 20% dos concorrentes/mês; Mapear 20% dos produtos/mês.
31
Adequar-se aos padrões de importação de produtos químicos, farmacêuticos, de saúde animal e outras aplicações.
I23 Implementar 2 linhas de produtos estratégica ao trimestre
I24 Implementar 40% da linha de produtos estratégica e controlada ao mês
Oferecer produtos competitivos e estratégicos
I25 Implementar 30 produtos estratégicos ao trimestre I26
Implementar 40% da linha de produtos estratégica e controlada ao mês
Consolidar marca no Mercado I27
Taxa global de conversão cotação em pedido(Vamos adotar a conversão de VENDAS para controle?)
I28 Taxa de 30% de recuperação de cotação no T1, 40% no T2, 50% no T3 e 60% no T4.
Aumentar pedidos de clientes
I29 Aumento de 50% nos pedidos por trimestre I30 Aumento de 20% dos pedidos ao
mês
Diminuir a operacionalização dos processos analíticos e decisórios
I31/ I32
Informatizar 100% dos processos no ano; Treinar100% os multiplicadores de conhecimento em todos os procedimentos no ano
I33/ I34
Implementar 1 solução de TI/bimestre; Treinar 30% dos procedimentos/Quadrimestre
Manter a qualidade dos produtos oferecidos
I35
Desenvolver 2 linhas de produtos "SIMILAR" de parceiro mais rentável por trimestre.
I36 Implementar 40% da linha de produtos similar ao mês
Confeccionar um novo site e que seja atraente para um público científico e para o comprador técnico.
I37
Desenvolver blog e outras ferramentas para aumentar os acessos ao site em 100% ao mês.
I38/ I39
Oferecer 1 tópico de texto por semana; Oferecer 1 EVENTO de perguntas e respostas interativo para o público científico/mes
Ampliar a área de atuação dentro do território nacional e seguir para países vizinhos.
I40/ I41
Visitar 10 estados por semestre Receber 500 novos clientes por semestre
I42/ I43
Visitar 2 estados/mês Receber 100 clientes por mês
Os 43 indicadores criados abrangem todos os setores da Empresa X,
porém, sobre estes foi necessário reduzi-los aos estratégicos e os demais não
32
contemplados foram usados como assunto estratégico para a elaboração de
um plano de ação para a melhoria contínua da empresa.
Os indicadores Outcomes (indicadores de resultado, são aqueles que
mostram se efeito das estratégias nas diversas partes interessadas foi
atingido) foram:
I1 - Treinamento Linha de Produto - Treinar o time de vendas em 100%
do portfólio no período de 6 meses;
I7 - Taxa de Cobertura de Carteira - 100% no mês;
I8 - Taxa de Oferecimento de Mix de produtos - 100% no mês;
I13 - Taxa de conversão de produto substituto em pedido de
75%/trimestre;
I19 - Mapear todos os concorrentes nacionais em 6 meses;
I23 - Implementar 2 linhas de produtos estratégica ao trimestre;
I25 - Implementar 30 produtos estratégicos ao trimestre;
I29 - Aumento de 50% nos pedidos por trimestre;
I31 - Informatizar 100% dos processos no ano;
I37 - Desenvolver blog e outras ferramentas para aumentar os acessos
ao site em 100% ao mês;
I41 - Receber 500 novos clientes por semestre.
Os indicadores Drivers (indicadores direcionadores, de tendência, de
acompanhamento, são aqueles utilizados para monitorar os aspectos que
podem interferir no resultado final) foram:
I4 - Treinamento em Linha de Produtos - Treinar 30% do portfólio de
produtos por mês;
I10 - Taxa de Cobertura de Carteira - 40% na semana;
I11 - Taxa de Oferecimento de Mix de produtos - 40% na semana;
I15 - Taxa de conversão de produto substituto em cotação de
90%/mês;
I21 - Mapear 20% dos concorrentes/mês;
33
I24 - Implementar 40% da linha de produtos estratégica e controlada
ao mês;
I26 - Implementar 40% da linha de produtos estratégica e controlada
ao mês;
I30 - Aumento de 20% dos pedidos ao mês
I33 - Implementar 1 solução de TI/bimestre;
I38 - Oferecer 1 tópico de texto por semana;
I43 - Receber 100 clientes por mês.
No final do primeiro semestre, após avaliar a leitura dos indicadores,
foram acrescentados mais alguns indicadores.
I3 - Treinamento sobre segmentos do mercado - 9 segmentos por
semestre;
I6 - Elaborar 3 treinamentos com foco em segmento específico por
mês;
I14 - Taxa de NC de 5%/mês (em relação ao volume de vendas);
I16 - Taxa de NC em VENDAS resolvidas de 80%/mês;
I17 - Taxa de NC em COMPRAS resolvidas de 80%/mês;
I18 - Taxa de NC em Logística resolvidas de 80%/mês;
I40 - Visitar 10 estados por semestre;
I42 - Visitar 2 estados/mês.
34
CONCLUSÃO
Os indicadores de maior peso, sem dúvida são os financeiros que
proporcionam de modo tangível, a visualização dos resultados de maneira
mais satisfatória, porém nesse estudo foi observado que os indicadores de
maior impacto foram os de base, ou seja, os de aprendizado, pois com o
restabelecimento deste a empresa agregou valores aos seus processos e
conseguiu atingir acertivamente os clientes e trazer o retorno financeiro
esperado.
Com a instituição da metodologia baseada na cobertura de carteira e
portfólio após a adoção de estratégias apropiadas de negociação, como
margens osciláveis e produtos substitutos mais rentáveis para a empresa,
como também a elasticidade no mix de produtos a ser oferecido, o time de
vendas conseguiu somente no primeiro mês aumentar em 40% o volume de
vendas.
O conhecimento do portfólio, suas aplicações por linha de produtos e
por segmento diminuiu em 60% as reclamações de vendas erradas e
principalmente de pequenos erros em especificações, causa de 30% das
devoluções de produtos e perda de clientes na segunda compra.
Definitivamente o conhecimento é importante integrante para a
melhoria de processos. Não adianta implementar novas tecnologias ou novos
métodos sem que se desenvolva o alicerce principal do processo que é o
know-how.
Após a etapa de treinamentos, outro importante divisor de água foi a
padronização de atividades como a forma de abordar o cliente, como ter a
visão de suas necessidades e correspondê-las com o portfólio da empresa. No
35
plano de ação que abrangeu esse item, além de se conhecer os produtos
substitutos, o conhecimento do concorrente e suas técnicas para se manter no
mercado serviu de base para o outro indicador que teve um grande sucesso
que foi o de conhecer o mercado, seus concorrentes e os produtos substitutos.
Com isso, a força da Empresa X foi fortemente apoiada pelos
fornecedores internacionais com o lançamento de produtos a preços
competitivos o que permitiu um enorme ganho da fatia de mercado,
provocando resultados recordes em meses de baixo faturamento como
novembro e dezembro.
É possível listar muitos sucessos medidos a partir de indicadores, mas
também grandes problemas detectados.
Haviam muitos erros em cadastros de clientes, emissões de notas
fiscais e produtos for da especificação do cliente que não eram monitorados
pelos indicadores do BSC de forma específica, somente de forma abrangente
em Não Conformidades.
Como eram tratados em conjunto, por longo tempo receberam o
mesmo peso e por muitas vezes estarem dentro da meta esperada, causaram
grandes prejuízos na hora de serem tratados pois não receberam a prioridade
merecida, com isso contribuíram para a perda de alguns pontos no avanço do
mercado e na qualidade do atendimento.
Concluí-se que para a medição de itens problemáticos, que exigem um
controle melhor apurado, o melhor a se fazer é segmentar por setor e atribuir o
devido peso de acordo com sua importância, assim receberão a prioridade
certa na tratativa.
O BSC como ferramenta de parametrização e estratégia foi de grande
valia no direcionamento para metas mais ousadas e o alcance das mesmas.
36
Após 6 meses houve novamente uma nova revisão com base no que
realmente era importante medir e no que era importante agir, e a empresa
conseguiu adquirir cenário positivo para se consolidar no mercado de
distribuição de produtos químicos.
Com isso, mais uma vez fica a ratificação que a mudança se dá
principalmente de dentro para fora. Uma nova metodologia, por mais
estrangeira que seja, ela tem que ser adotada por toda a empresa, desde o
funcionário mais simples até o mais complexo. Assim, com o comprometimento
conjunto, com o alinhamento do time, toda é qualquer estratégia consegue ser
desdobrada até a operação mais complexa e com isso trazer para a empresa a
curto, médio e longo prazo o resultado tão cuidadosamente planejado.
37
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40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - O Balanced Scoredcard 11
CAPÍTULO II - O Mercado de Distribuição de
Produtos Químicos 16
CAPÍTULO III – Simulação da elaboração de Indicadores de
desempenho para uma distribuidora
de Produtos Químicos 22
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 37
ÍNDICE 40