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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL INDUSTRIAL Por: Luiz Antonio Gonçalves de Albuquerque Brandão Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

NO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL INDUSTRIAL

Por: Luiz Antonio Gonçalves de Albuquerque Brandão

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

NO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL INDUSTRIAL

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes

como requisito parcial para obtenção do grau de especialista

em Engenharia de Produção.

Por: Luiz Antonio Gonçalves de Albuquerque Brandão

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AGRADECIMENTOS

....a essa respeitável instituição, aos meus

professores, colegas de classe, e a minha

família a quem tanto amo.

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DEDICATÓRIA

.....dedica-se a Deus e aos meus pais.

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RESUMO

Esse trabalho monográfico apresenta a Educação Ambiental em

meio industrial, para tanto discorre sobre a sua evolução histórica, conceitual e

de sua inserção no Brasil, a descreve na atualidade, pontuando em meio

empresarial. Traça um viés de sua atuação como ferramenta ao Programa de

Gestão Ambiental e da sua importância no Sistema de Gestão Ambiental

Industrial atual, por meio da norma NBR ISO 14000. Adverte quanto o emprego

da norma como apenas um diferencial econômico e aponta a forma consciente

de utilização associada à Educação Ambiental.

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METODOLOGIA

O signatário optou por uma profunda busca teórica à apresentação

de seu estudo monográfico. Desta forma, apoiou-se nos levantamentos

bibliográficos e documentais de reconhecimento acadêmico, para tanto buscou

livros, artigos, além da ferramenta internet. Esta preocupação teve como intuito

conhecer e poder proporcionar descrições ricas sobre o assunto pautado.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I: Breve historicidade da Educação Ambiental 11

CAPÍTULO II: A Inserção da Educação Ambiental no Brasil 19

CAPÍTULO III: O Sistema Gestão Ambiental Industrial 24

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 41

BIBLIOGRAFIA 46

WEBGRAFIA 50

ÍNDICE 51

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INTRODUÇÃO

A ecologia como ciência global trouxe a preocupação com os

problemas ambientais, seguindo a necessidade de se educar no sentido de

preservar o meio ambiente (Sato, 2004, p. 26).

Em sua concepção a Educação Ambiental (EA) não deve ser neutra,

mas ideológica, baseada nos valores para a transformação social. Deve

estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos,

valendo-se de estratégias democráticas e interação entre as culturas,

potencializando o poder das diversas populações, promover oportunidades

para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares

da sociedade.

Deve buscar a eterna recriação, avaliando seu próprio caminhar na

direção da conveniência coletiva e da relação da sociedade diante do mundo.

Significa avaliar a si próprio, na busca da identidade individual, buscando uma

área de aprendizagem coletiva da alteridade e, desta justaposição, construir

uma relação com o mundo. Isso significa que devemos observar na EA um

conjunto de ralações sociais que determinam a dinâmica do mundo.

O principal objetivo da EA é contribuir para as mudanças de atitudes

humanas em relação ao ambiente. Diante da degradação contínua dos

ecossistemas por meio das atividades antrópicas1 e de seus efeitos na

qualidade ambiental e na sobrevivência dos homens no planeta. Bem como da

preocupação com a efetiva incorporação da dimensão social à dimensão

ecológica no tratamento da questão ambiental. O objetivo é possibilitar ou

iniciar um processo de sensibilização, mudança de atitude e participação na

resolução dos problemas ambientais por parte dos grupos sócio-culturais

específicos a eles relacionados (Buarque, 1996, p.86).

1 Relativo à humanidade, à sociedade humana, à ação do homem. Termo de criação recente Termo de criação recente, empregado por alguns autores para qualificar um dos setores do meio ambiente (Grün, 1996, p.25).

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Todavia, é após a efervescência da Rio Eco-922, que a EA surgiu

como a possibilidade de ser inserida na educação formal e informal brasileira.

Diante das inúmeras orientações foi necessário conhecer as representações

dos indivíduos ou grupos sociais sobre o ambiente, pois, as representações

poderão direcionar as práticas pedagógicas da EA em vários setores da

sociedade (Brundtland,1988, p.98).

É um trabalho de longa duração, de formação de hábitos e de

recuperação de valores como a solidariedade e a responsabilidade social.

Cabe ao Homem a administração da sociedade com a visão de assegurar

equidade do futuro.

Ao contextualizar o sistema industrial nos deparamos com uma série

de processos decorridos de uma sociedade industrializada com perspectiva

cada vez maior, decorrentes de uma sociedade consumista que tenta inserir

programas (inserção de normas como a NBR ISO 14000 e programas de

Educação Ambiental) que venham minimizar as situações impactantes.

Esses impactos seriam resultado de uma imperfeição do mercado, e

consequentemente poderiam ser equacionados através de mecanismos

econômicos, como o de imputar aos poluidores os custos ambientais indiretos

decorrentes de suas atividades, o que se denomina de princípio pagador/

poluidor. Esse ponto de vista se concentra excessivamente nos efeitos de uma

atividade inadequada, nos custos da despoluição, induzindo à falsa ideia de

que a responsabilidade ambiental se traduz por um custo adicional.

Nesse caso o grande desafio seria a implementação de mecanismos

macroeconômicos que assegurem o mesmo grau de exigência às diferentes

atividades econômicas, para evitar os desequilíbrios competitivos e, no plano

macroeconômico, arbitrar um termo entre o crescimento selvagem e o

equilíbrio ambiental.

Justamente a responsabilidade ética de empresários e políticos mais

arrojados, foram capazes de comprovar na prática que há vantagens em

ultrapassar essa visão unilateral do meio ambiente como um custo e considerá-

2 Termo utilizado para designar o encontro de chefes de Estados, ocorrido na Cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1992 e, que viabilizava a ampliação e o incremento de discussões sobre os problemas ambientais, num contexto atual e futuro (Brundtland, 1988, p.97).

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lo uma oportunidade. A iniciativa de adotar os princípios da gestão ambiental,

numa economia que se caracteriza pelo elevado desperdício de recursos,

determina uma importante diferencial competitivo.

O desafio é ultrapassar essa visão reducionista para alcançar

soluções capazes de harmonizar o plano econômico, ambiental e social. Ao

longo prazo, mais do que a economia e vantagens competitivas, a preservação

ambiental È um desafio indispensável à manutenção das condições de

sobrevivência da própria humanidade.

Dessa forma, a inserção de Sistema de Gestão Ambiental na forma

da norma NBR ISO 14000 em consonância a programas de Educação

Ambiental tem sido uma saída no âmbito industrial.

Diante dessa perspectiva, o discente do curso de pós-graduação em

Engenharia de Produção traz a discussão à sua monografia, dividindo-a em

três capítulos, da seguinte forma:

• No primeiro capítulo, uma pequena historicidade do sobre a

Educação Ambiental, seus conceitos, principais conferências e

objetivos;

• No segundo capítulo, pontua a inserção da Educação

Ambiental no Brasil e como se processa na atualidade sua

inserção na indústria; e

• No terceiro capítulo, define a Gestão Ambiental e traz uma

ferramenta desse sistema de gestão; a norma NBR ISO

14000, como ferramenta do Sistema de Gestão Ambiental e

da importância do entendimento de ter consonância com a

Educação Ambiental.

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CAPÍTULO I- BREVE HISTORICIDADE DA EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

A da crise ambiental da década de 70 foi manifestada por um

somatório de episódios, podendo citar os ocorridos nas décadas de 50 e 60,

diante de episódios como: a contaminação do ar em Nova Iorque e Londres,

entre 52 e 60; os casos fatais de intoxicação com mercúrio em Minamata e

Niigata, entre 53 e 65; a diminuição da vida aquática em alguns dos grandes

lagos norte-americanos; a morte de aves provocada pelos efeitos secundários

imprevistos do DDT3 e outros pesticidas e a contaminação do mar em grande

escala, causada pelo naufrágio do petroleiro Torrei Canyon, em 1966

(Brundtland, 1988, p.63).

Esses acontecimentos receberam ampla publicidade, fazendo com

que países desenvolvidos temessem que a contaminação já estivesse pondo

em perigo o futuro do homem.

O processo de consolidação do capitalismo internacional, não

conseguia dar respostas aos novos problemas, caracterizados pela

complexidade e interdisciplinaridade, no contexto de uma racionalidade

meramente instrumental e de uma ética antropocêntrica (Ribeiro, 2001, p.48).

Em paralelo, processavam-se críticas a educação tradicional e às

teorias tecnicistas4 que visavam à formação de indivíduos eficientes e eficazes

para o mundo do trabalho, surgindo movimentos de renovação em educação.

Apesar deste contexto ainda não se falava em Educação Ambiental,

pois esse termo foi usado pela primeira vez em 1965, na Grã-Bretanha, por

ocasião da Conferência em Educação, realizada em Keele, aonde se chegou à

conclusão de que a Educação Ambiental deveria se tornar parte essencial da

educação de todos os cidadãos e que posteriormente em 1970, os EUA

3 Sigla usada para representar a substância diclorodifeniltricloretano (Loureiro, 2004, p.73). 4 É uma linha de ensino, adotada por volta de 1970, que privilegiava excessivamente a tecnologia educacional e transformava professores e alunos em meros executores e receptores de projetos elaborados de forma autoritária e sem qualquer vínculo com o contexto social a que se destinavam (Menezes, 2002, p.58).

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(Estados Unidos da América) aprovaram a primeira lei sobre Educação

Ambiental (Ribeiro, 2001, p.57).

A Educação Ambiental pode ser considerada como tendo seus

primórdios também no programa internacional da UNESCO (Organização das

Nações Unidas para a Educação, á Ciência e a Cultura ) sobre o Homem e a

Biosfera MAB (Man and Biosphere) de 1971, o qual lançou as bases científicas

para a utilização de recursos naturais, introduzindo a importância da biosfera, e

dos problemas globais, promovendo a conscientização do problema,

apresentando ainda alternativas para a solução (Ribeiro, 2001, p.36).

Todavia, foi na Conferência da ONU (Organização das Nações

Unidas) sobre o Ambiente Humano, realizada de 5 a 16 de junho de 1972, em

Estocolmo, Suécia, surgiu em âmbito mundial à preocupação com os

problemas ambientais reconhecendo-se a necessidade do desenvolvimento de

uma concepção educativa.

Dessa forma, surgiu a Educação Ambiental como uma nova ciência

preocupada principalmente em apresentar soluções aos problemas ambientais

mundiais. Em 1975, a UNESCO, em colaboração com o PNUMA (Programa

das Nações Unidas para o Meio Ambiente), em resposta a recomendação 96

da conferência de Estocolmo, cria o PIEA (Programa Internacional de

Educação Ambiental), destinado a promover, nos países membros, reflexão, a

ação e a cooperação internacional nesse campo.

Em seu primeiro período, em 1973, o PNUMA destacou-se como

alta prioridade os temas referentes ao meio ambiente e ao desenvolvimento, o

que constituiu um conceito fundamental de seu pensamento.

Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a

transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a

formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que

conservem entre si relação de interdependência e diversidade. Isto requer

responsabilidade individual e coletiva em nível local, nacional e planetário

(Ribeiro, 2001, p.38).

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1.1 - As principais conferências:

A Conferência de Estocolmo inspirou em interesse renovado na

Educação Ambiental na década de 70, tendo sido estabelecida uma série de

princípios norteadores para o programa internacional e planejado um seminário

internacional sobre o tema, que se realizou em Belgrado em 1975 (Sorrentino,

1991, p.65).

Dois anos mais tarde, celebrou-se em Tbilise, na antiga URSS

(União das Repúblicas Soviéticas), a Conferência Intergovernamental sobre

Educação Ambiental, que constitui até hoje o ponto culminante do programa

internacional de Educação Ambiental. Nessa Conferência foram definidos os

objetivos e as estratégias pertinentes ao nível Nacional e Internacional.

Postulou-se que a Educação Ambiental é um elemento fundamental

para uma educação global orientada para a resolução de problemas por meio

da participação ativa dos educandos na educação formal e não-formal, em

favor do bem estar da comunidade humana (Sato, 2004, p.76).

Acrescentou-se aos princípios básicos, dessa Conferência, a

importância que é dada às relações natureza-sociedade, que, posteriormente,

na década de 80, dar a origem à vertente sócio-ambiental da EA.

No Brasil, em 1973 cria-se a Secretaria Especial do Meio Ambiente

(SEMA), que se preocupa em definir seu papel no contexto nacional.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

Desenvolvimento (UNECED), a Rio-92 em sua agenda 21, capítulo 36, reforçou

as recomendações de Tbilise, propondo, a reorientação do ensino no sentido

do desenvolvimento sustentável; aumento da consciência pública e a promoção

do treinamento.

De acordo com as recomendações da Conferência de Tbilise, a

Educação Ambiental é importante para todas as áreas de ensino, não somente

nas ciências ecológicas, mas em todas as áreas sociais, naturais e de

educação. Isto porque, a relação entre a natureza, tecnologia e sociedade

marcam e determinam o desenvolvimento de qualquer sociedade. Os alunos

devem ser familiarizados com os problemas ambientais complexos, sempre na

perspectiva interdisciplinar, conduzindo-os ao diálogo (Sorrentino, 1991, p.78).

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Para melhor entendimento, segue abaixo a cronologia dos eventos

(Simonds, 2004, p.46):

• 1974 - Seminário de Educação Ambiental em Jammi;

Finlândia reconhece a Educação Ambiental como educação

integral e permanente.

• 1975 – Em resposta as recomendações de Estocolmo, a

UNESCO promoveu em Belgrado, Iugoslávia, um Encontro

Internacional em Educação Ambiental, que congregou

especialistas de 65 países, e culminou com a formulação de

princípios e orientações para um programa internacional, que

deveria ser contínua, multidisciplinar, integrando ás diferenças

regionais, e voltada aos interesses nacionais. Foi conhecida como

a “Carta Belgrado”. Com atividade celebrada na África, Estados

Unidos, Ásia, Europa e América Latina, contribuindo para precisar

a natureza da Educação Ambiental, definindo seus objetivos e

características, assim como as estratégias nos planos nacionais e

internacionais.

• 1976 – A América Latina enfatiza que a questão Ambiental

está ligada às necessidades elementares de sobrevivência do

homem aos direitos humanos, nesse período acontece:

Ø Convênio entre a SEMA (Secretaria Especial do Meio Ambiente)

e a Fundação Educacional do Distrito Federal e a Fundação Universidade de

Brasília, realizou-se o Curso de Extensão para Profissionais de Ensino do 1º

Grau (não foi à frente);

Firmado o Protocolo de Intenções entre o MEC (Ministério da

Educação e Cultura) e o MINTER (Ministério do Interior) com o objetivo de

incluir temas ecológicos nas escolas de 1º e 2º Graus; e

Ø Conferências Habitat I e II – com o objetivo de mostrar a

importância da fixação da população no campo.

• 1977 – SEMA constitui um grupo de trabalho para a elaboração

de um documento sobre Educação Ambiental com o objetivo de

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definir seu papel na realidade sócio-econômico-educacional

brasileira (Simonds, 2004, p.47).

Ø A disciplina Ciências Ambientais passa ser obrigatória nos cursos

de engenharia nas Universidades brasileiras; e

Ø De 14 a 26/10, em Tbilisi realizou-se a primeira Conferência

Intergovernamental sobre Educação Ambiental organizada pela UNESCO,

ficando conhecida como a “Conferência de Tbilisi”. Ela constituiu-se em um

ponto de partida de um programa internacional de Educação Ambiental seus

objetivos, suas características e estratégias pertinentes no plano nacional e

internacional. É considerado o evento mais decisivo para reinos da Educação

Ambiental em todo o mundo.

• 1979 – Realizou-se em Julho a primeira Conferência de todas

as nações da União Soviética sobre Educação Ambiental.

• 1980 – Seminário Regional Europeu sobre Educação Ambiental

para a Europa e América do Norte, com a participação de países,

onde se conclui que seria necessária uma intensificação de

intercâmbio de informações e experiências entre os países.

• 1987 – Em 11/03 o Plenário do Conselho Federal de Educação

(MEC) aprovou que era necessária a inclusão da Educação

Ambiental no conteúdo curricular das escolas de 1º e 2º Grau. É a

consolidação das bases conceituais da Educação Ambiental no

Brasil, em consonância:

A ONU elabora o Relatório Brundtland, coordenado pela primeira

Ministra da Noruega, que serviu de base á realização da Conferência

Ambiental da Rio- Eco 92; tendo sido publicado no Brasil com o título “Nosso

Futuro Comum” pela Fundação Getúlio Vargas em 1988. Buscava unificar a

compreensão e o desejo sobre as lutas ambientalistas travadas em todo o

planeta (Sato, 2004, p. 65).

Outro pronto pertinente na História da Educação Ambiental foi à

declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades

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Básicas de Aprendizagem, aprovada na Conferência Mundial sobre Educação

para Todos, realizada em Jontiem, Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990.

Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento, celebrada no Rio de Janeiro em junho de 1992, outro marco

da História Ambientalista Mundial, lançou os desafios fundamentais para as

políticas dos governos e nações para o próximo milênio. Emana ainda, da

Conferência do Rio, como ficou conhecida, a Carta Brasileira para a Educação

Ambiental para Sociedade Sustentável e Responsabilidade Global, de caráter

não oficial, celebrado por diversas Organizações da Sociedade Civil, que

reconhece a educação ambiental como um processo dinâmico em permanente

construção (Simonds, 2004, p.50).

Segundo este documento a educação ambiental deve, portanto

propiciar reflexão, o debate e a sua própria modificação. Reconhece ainda que

a educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de

aprendizagem permanente baseado no respeito a todas as formas de vida.

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1.2 – Princípios da Educação Ambiental:

Vive-se em momento especial da história da Educação Ambiental.

Todavia, para que se possa, de fato, contribuir na condução de uma sociedade

sustentável, há necessidade de serem incorporados novas posturas, novos

valores e novos paradigmas do conhecimento na formação de atores da

Educação Ambiental, tais como (Leff, 2001, p.87):

1 – A educação é um direito de todos, somos todos aprendizes e

educadores;

2 – A EA deve ter como base o pensamento critico e inovador, em

qualquer tempo ou lugar, em seus modos: formal, não formal e informal,

promovendo a transformação e a construção da sociedade;

3 – A EA é individual e coletiva. Tem o propósito de formar cidadãos

com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos

povos e a soberania das nações;

4 – A EA não é neutra, mas ideológica. É um ato político, baseado

em valores para a transformação social;

5 – A EA deve envolver uma perspectiva holística, enfocando a

relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma interdisciplinar;

6 – A EA deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito

aos direitos humanos, valendo-se de estratégias democráticas e interação

entre as culturas;

7 – A EA deve promover a cooperação e o dialogo entre indivíduos

e instituições, com a finalidade de criar novos modos de vida, baseados em

atender às necessidades básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de

gênero, idade, religião, classe ou mentais; e

8 – A EA deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e

ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de

sociedades sustentáveis.

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1.3 – Objetivos da EA

A consecução das finalidades implica necessariamente em que o

processo educativo propague conhecimentos, valores, aptidões e

comportamentos que possam favorecer a compreensão e a solução dos

problemas ambientais (Dias, 1992, p.42).

Ao que corresponde aos conhecimentos, incumbirá à educação

facilitar, com a profundidade a que se destina:

• Consciência – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a

adquirirem consciência do meio ambiente global e ajudá-los a se

sensibilizarem para essas questões;

• Conhecimento – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a

adquirirem diversidade de experiências e compreensão

fundamental do meio ambiente e dos problemas anexos;

• Comportamento – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a

comprometerem-se com uma serie de valores e a sentirem

interesse e preocupação pelo meio ambiente, motivando-os de tal

modo que possam participar ativamente da melhoria e da

proteção do meio ambiente;

• Habilidades – ajudar os grupos sociais e os indivíduos a

adquirirem as habilidades necessárias para determinar e resolver

os problemas ambientais; e

• Participação – proporcionar aos grupos sociais e aos

indivíduos a possibilidade de participarem ativamente das tarefas

que têm por objetivo resolver problemas ambientais.

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CAPÍTULO II – A INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO

AMBIENTAL NO BRASIL

Sancionada pelo presidente Fernando Henrique, em 27 de abril de

1999, a Lei 9795 "Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política

Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências." O Projeto de

Lei, proposto pelo Deputado Federal Fábio Feldmann, reconhece, enfim, a

Educação Ambiental (EA) como um componente urgente, essencial e

permanente em todo processo educativo, formal e/ou não-formal, como

orientam os Artigos 205 e 225 da Constituição Federal (Brasil, 1999, p.186).

A Política Nacional de Educação Ambiental é uma proposta

programática de promoção da educação ambiental em todos os setores da

sociedade. Diferente de outras leis, não estabelece regras ou sanções, mas

estabelece responsabilidades e obrigações.

Ao definir responsabilidades e inserir na pauta dos diversos setores

da sociedade, a Política Nacional de Educação Ambiental institucionaliza a EA,

legaliza seus princípios, e a transforma em objeto de políticas públicas, além de

fornecer à sociedade um instrumento de cobrança para a sua promoção.

A responsabilidade, individual e coletiva, da sociedade na

implementação e prática da EA já estava expressa no artigo 225, inciso VI, da

Constituição Federal de 1988: “Cabe ao Poder Público promover a Educação

Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente”. O caput do mesmo artigo constitucional

incorpora o papel da sociedade para a manutenção do ambiente equilibrado:

cabe ao “Poder Público e á coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo

para as presentes e futuras gerações”. A lei que institui a Política Nacional de

Educação Ambiental reflete este princípio constitucional quando envolve e

chama a atenção de toda a sociedade para a sua responsabilidade e o seu

comprometimento de promover a educação ambiental.

Além da presença já significativa no universo escolar formal, pelo

esforço de muitos professores, pela ação de muitas entidades e, ainda, por

aquilo que representa enquanto tema essencial de nossa contemporaneidade,

a chamada questão ambiental, nesse momento, está sendo reforçada sua

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importância no ensino formal por dois caminhos que se harmonizam (Brasil2,

1999, p.268):

1. A introdução da Política Nacional de Educação Ambiental,

oficializada por meio da Lei n.º 9.795 de 27 de abril de 1999,

que, entre outras coisas, legisla sobre a introdução da

Educação Ambiental no ensino;

2. A reorientação curricular produzida pelo MEC, em especial na

Secretaria de Ensino Fundamental, que por meio dos

Parâmetros Curriculares Nacionais introduziu o tema Meio

Ambiente como um dos Temas Transversais (TTs).

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2.1 - A Educação Ambiental na Atualidade:

A Agenda 215 tomou novos rumos, consagrando-se em espaços

políticos governamentais e buscando sua chancela em 2002, em Cape Town,

África do Sul, dez anos após a Conferência Mundial de Desenvolvimento e

Meio Ambiente (Rio-92). Apesar de sua importância, ela também continua

desconhecida por muitos e o compromisso das nações ainda está longe de ser

viabilizado. Junto com esse movimento, queremos trazer os princípios da Carta

da Terra, que foi criada numa ótica bastante espiritualizada, mas que

conseguiu espaços políticos bem mais progressistas do que a própria Agenda

21 (Sato, 2004, p.87).

Outro ponto importante é A Carta da Terra6, pautada na agenda das

discussões oficiais das Nações Unidas durante o grande evento da Eco - 92 e,

gradualmente, tornou-se um processo de consulta mundial integrando também

os resultados das reuniões de cúpula realizadas na última década. Nesse

contexto, a Carta da Terra une as principais resoluções já discutidas nas

Nações Unidas através de um democrático processo de consulta e pesquisa

mundial. Ela representa um marco ético comum para o desenvolvimento da

humanidade.

Nesse contexto, a tarefa da Educação Ambiental é reconstruir uma

nova ética capaz de comportar a tenacidade e o diálogo, recuperando o

movimento das mãos e das mentes de cada sujeito ecológico. Nesta ciranda o

movimento terá início quando realmente compreendermos que esta educação

exige um esforço multissetorial para poder cumprir pelo menos em parte, os

desafios da humanidade tão discutidos nas conferências supracitadas

(Bursztyn,1993, p.54).

Na atualidade a aplicação da EA está sendo feita através de projetos

multidisciplinares elaborados em espaços formais (pelas escolas) e não formais

(indústrias por exemplo), que se fazem agentes desse processo educacional de

conscientização ambiental ou por ONG`s (Layrargues, 2004, p.84).

5 Nome dado ao conjunto de intenções criadas para diminuir a degradação ambiental e melhorar a qualidade de vida para todo planeta (Sorrentino, 1991, p.38). 6 Teve sua origem no relatório “Nosso Futuro Comum”, elaborado pela comissão Mundial para o meio Ambiente e Desenvolvimento (ou simplesmente Comissão de Brundtland) (Layrargues, 2004, p.97).

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Ao contextualizar a atuação dos Agentes dessa construção observa-

se que estes profissionais vivenciam atualmente uma crise multidimensional

que abrange aspectos formativos, funcionais, afetivos, tecnológicos, sociais,

econômicos e culturais que afetam seu desempenho de modo preocupante e

que representa, também, uma questão de EA (Grün, 1996, p.43).

No contexto industrial a EA se apresenta como instrumento da

Gestão Ambiental, todavia uma das ferramentas utilizadas pelas indústrias

como forma de conscientização, aos problemas ambientais, é a Norma ISO

NBR 14000, não fala de Educação Ambiental e sim de Educação, esse modelo

de Educação tem o intuito de melhoria nos aspectos empresariais.

O autor Vilela Júnior (2002, p.76) chama atenção a observação

anterior, apontando os seguintes princípios:

• O processo de Educação envolve não só as ações

concebidas e direcionadas especialmente para este fim, mas

também as práticas vigentes na organização de forma geral.

De nada adianta um grande esforço de conscientização de

funcionários se a postura gerencial dá exemplos cotidianos no

sentido contrário. Coerência é fundamental, pois a

consciência do meio é fundamental (grifo nosso);

• O processo da educação deve despertar curiosidade,

provocar reflexão, abrir espaços para o debate e agregar

conhecimento. Para tanto é importante que as diferenças

iniciativas de EA tratem das questões específicas da

organização, mas que estabeleçam uma interface destas com

as questões concretas e cotidianas de seus funcionários,

familiares e da sociedade de forma mais ampla. Trata-se

menos de se estabelecer um esforço associado e mais de se

ter o cuidado de não segmentar artificialmente a temática

ambiental, o que só serve para distanciar os objetivos

ambientais da organização da realidade de seus membros;

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• Poucos temas têm a oportunidade de várias abordagens.

Reduzir um programa de EA em uma sequência de palestras

torna enfadonho e a motivação torna-se apática;

• Criar espaços e possibilidade de participação de funcionários

e colaboradores seja na apresentação de críticas e sugestões

ou ainda no planejamento e execução de ações é uma boa

forma de motivar e, acima de tudo, aproveitar e valorizar o

conhecimento e a criatividade dos mesmos; e

• Ressaltar, nos processos de educação ambiental, a sua

interface com questões como ética, cidadania e

responsabilidade social é fundamental.

Neste contexto fica evidenciado a importância da EA no processo da

Gestão Ambiental.

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CAPÍTULO III – SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

INDUSTRIAL

O século XX, marcado na história da humanidade pela iminência de

abrigar a maior catástrofe ecológica de origem antropogênica, parece ter

chegado, no limiar do século XXI, a uma grande solução de seus problemas. O

ambientalismo empresarial, sobressaindo-se desde o início da década de 90 na

comunidade ambientalista como o promotor do desenvolvimento sustentável,

apresenta o que finalmente parece ser a solução do impasse ecológico: a ISO

14000, o grande avanço em direção à produção industrial limpa e,

conseqüentemente, ao equacionamento da problemática industrial relativa ao

ambiente (Layrargues, 2000, p.14).

A tônica do discurso empresarial verde sustenta que a incorporação

da ISO 14000 nas indústrias freqüentemente exige a concomitante instalação

de tecnologias limpas, e, como estas se configuram no instrumento privilegiado

de competitividade empresarial, ocorrerá naturalmente – independentemente

da coerção governamental por meio de instrumentos de controle da poluição

tradicionais – uma paulatina adesão empresarial para efeitos de incremento de

competitividade, até que todas as empresas completem a transição em direção

à sustentabilidade.

Há um elevado nível de otimismo perante as expectativas do

Sistema de Gestão Ambiental – SGA que vem sendo representado pela ISO

14000, considerando que, apesar do caráter voluntário, virtualmente, todas as

corporações empresariais de qualquer porte serão envolvidas nesse processo,

simplesmente por se considerar a tecnologia limpa como a vantagem

competitiva no cenário comercial contemporâneo.

Neste contexto, é definido que o Sistema de Gestão Ambiental um

instrumento organizacional que possibilita às instituições alocação de recursos,

definição e responsabilidades; bem como também a avaliação contínua de

práticas, procedimentos e processos, buscando a melhoria permanente do seu

desempenho ambiental. A gestão ambiental integra o sistema de gestão global

de uma organização, que inclui, entre outros, estrutura organizacional,

atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos,

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processos e recursos para implementar e manter uma política ambiental

(Figura nº 1, Anexo 1 p.40).

Vários autores (ex.: Reis, 1995) afirmam que o componente

ambiental chegou para ficar e que a empresa moderna, indistintamente de seu

porte, estrutura ou setor, tem de adaptar-se aplicando os princípios de

gerenciamento ambiental para não perder espaço na competitividade

empresarial. Caso contrário, a saída do mercado ou a própria falência parece

ser o destino mais provável para quem ficar de fora do processo. Uma nota

divulgada no periódico SENAC e Educação Ambiental (Senac, 1996, p.31)

afirma que: “de acordo com o Comitê Técnico 207, a certificação ambiental terá

um caráter voluntário, mas, sem dúvida alguma, todas as empresas deverão

procurar responder às exigências do sistema de qualidade ambiental, já que

elas serão determinantes na competitividade dos produtos e serviços nacionais

no mercado mundial.”

Dessa forma, como exposto anteriormente pode-se nortear como

consequência uma nova possibilidade sedutora à ISO 14000, transformando-se

no elemento de vantagem competitiva atual, levando ao mercado uma corrida à

sua implementação.

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3.1 Gestão Ambiental Empresarial

O crescente protagonismo das questões ambientais tem despontado

fortes alterações na forma como os agentes socioeconômicos encaram as suas

estratégias de desenvolvimentos, desencadeando, uma modificação das

prioridades estabelecidas no âmbito dos seus processos internos de gestão, o

que resulta na introdução significativa da temática ambiental neste contexto

(Ferrão, 1998, p.68).

A proteção do ambiente assume, portanto uma progressiva

importância, especialmente quando se interioriza a noção de que o mundo está

cada vez mais industrializado e a qualidade de vida se encontra

intrinsecamente ligada à qualidade ambiental. Assim, a sensibilização para as

questões ambientais tem origens muito diversas, nomeadamente pelo fato de,

a par de uma maior consciência ecológica, reforçada pelas crescentes

necessidades da sociedade e do mercado, coexistirem imperativos da

legislação vigente, do crescimento generalizado das preocupações das partes

interessadas nas questões de foro ambiental, na possibilidade de ganhos

produtivos associados à poupança de matérias-primas e energia, nas

vantagens inerentes a uma imagem de um bom desempenho ambiental e

mesmo do eventual acesso aos sistemas de apoio financeiro (Santos e Videira,

2002, p.11).

Com a crescente divulgação destes conceitos, as organizações

tornam-se cada vez mais conscientes do impacto ambiental causado pelas

suas atividades, deparando-se com a necessidade crescente de integrar os

aspectos ambientais na gestão global de toda a sua organização, surgindo,

assim, o conceito de gestão ambiental.

Cabe ressaltar que a sistematização do estado da arte conduz à

identificação de aproximadamente uma dezena de definições conceituais para

gestão ambiental, como exposto na tabela 1 (Anexo 2, p.41), com destaque

para os pressupostos essenciais apresentados em cada um desses conceitos.

Tais definições não apresentam diferenças significativas entre si, portanto não

suscitam contradições conceituais (Jabour, Santos e Nagano, 2009, p.3).

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Dessa forma, pautando-se nos principais pressupostos de cada

definição, considera-se gestão ambiental empresarial como o conjunto

consistente de adaptações ou ações isoladas, levado a cabo no contexto

organizacional, que altera estrutura, responsabilidades, diretrizes, práticas

administrativas e aspectos operacionais, para fazer frente à complexidade

inerente à inserção da variável ambiental, atingindo expectativas e metas

previamente estabelecidas, por meio da mitigação dos efeitos negativos

gerados pelas atividades empresariais – principalmente em termos de

desenvolvimento de produto e de processos.

O avanço do conhecimento teórico-empírico em gestão ambiental

desenvolve-se com enfoque predominantemente evolutivo da inclusão das

questões ambientais no contexto empresarial (Anexo II, tabela 2, p.42).

No processo de Gestão Ambiental adota-se programas de EA, sendo

assim, frequentemente, educadores de órgãos ambientais e das chamadas

organizações não-governamentais, são procurados para formularem,

orientarem ou desenvolverem programas a partir de várias temáticas (Quintas,

2000).

Esses trabalhos estão relacionados com vários temas, por exemplo:

lixo, recursos hídricos, licenciamento ambiental e muitos outros. Além da

variedade de temas é comum também se encontrar uma grande variedade de

abordagens. O modo como um determinado tema é abordado em projeto de

Educação Ambiental, define tanto a concepção pedagógica quanto o

entendimento sobre a questão ambiental assumidos na proposta.

A questão do lixo, por exemplo, pode ser trabalhada em programas

de Educação Ambiental, desde a perspectiva do Lixo que não é lixo, em que o

eixo central de abordagem está na contestação do consumismo e do

desperdício, com ênfase na ação individual por meio dos três R (reduzir,

reutilizar e reciclar), até aquela que toma esta problemática como

consequência de um determinado tipo de relação sociedade – natureza,

histórica e socialmente construída, analisa desde as causas da sua existência

até a destinação final do resíduo e, ainda, busca a construção coletiva de

modos de compreendê-la e superá-la (a problemática).

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Para quem se identifica com a primeira perspectiva, está implícita a

ideia de que a prevenção e a solução dos problemas ambientais dependeriam,

basicamente, de “cada um fazer sua parte”. Assim, se cada pessoa passasse a

consumir apenas o necessário (aquelas que podem), a reaproveitar ao máximo

os produtos utilizados e a transformar os rejeitos em coisas úteis, em princípio

estariam economizando recursos naturais e energia e, desta forma,

minimizando a ocorrência de impactos ambientais negativos (Quintas, 2000).

Os detentores desta conduta também tenderiam a consumir produtos

ecologicamente corretos e, assim, estimulariam as empresas a adotarem

práticas sustentáveis em seus processos produtivos. Neste quadro, à

Educação Ambiental caberia, principalmente, promover a mudança de

comportamento do sujeito em sua relação cotidiana e individualizada com o

meio ambiente e com os recursos naturais, objetivando a formação de hábitos

ambientalmente responsáveis no meio social.

Esta abordagem evidencia uma leitura acrítica e ingênua da

problemática ambiental e aponta para uma prática pedagógica prescritiva e

reprodutiva. Assim, a transformação da sociedade seria o resultado da

transformação individual dos seus integrantes. E a sustentabilidade seria

atingida quando todos adotassem práticas sustentáveis, cotidianamente, na

sua esfera de ação.

Na outra perspectiva, assume-se que o fato de “cada um fazer sua

parte”, por si só, não garante, necessariamente, a prevenção e a superação

dos problemas ambientais.

Numa sociedade massificada e complexa, assumir no dia-a-dia

condutas coerentes com as práticas de proteção ambiental pode estar além

das possibilidades da grande maioria das pessoas. Muitas vezes o indivíduo é

obrigado, por circunstâncias que estão fora do seu controle, a consumir

produtos que usam embalagens descartáveis em lugar das retornáveis; a

alimentar-se com frutas e verduras cultivadas com agrotóxicos; a utilizar o

transporte individual em vez do coletivo, apesar dos engarrafamentos; a

cumprir escala de rodízio de veículos; a trabalhar em indústrias poluentes; a

aceitar a existência de lixões no seu bairro; a desenvolver atividades com alto

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custo energético; a morar ao lado de indústrias poluentes; a adquirir bens com

obsolescência programada, ou seja, a conviver ou a praticar atos que repudia

pessoalmente, cujas razões na maioria dos casos são ignorados.

De acordo com esta visão, as decisões envolvendo aspectos

econômicos, políticos, sociais e culturais são as que condicionam a existência

ou inexistência de agressões ao meio ambiente.

Nesta concepção, o esforço da Educação Ambiental deveria ser

direcionado para a compreensão e busca de superação das causas estruturais

dos problemas ambientais por meio da ação coletiva e organizada. Segundo

esta percepção, a leitura da problemática ambiental se realiza sob a ótica da

complexidade do meio social e o processo educativo deve pautar-se por uma

postura dialógica, problematizadora e comprometida com transformações

estruturais da sociedade, de cunho emancipatório (Quintas, 2000, p.46).

Segundo o autor supracitado, acredita-se que, ao participar do

processo coletivo de transformação da sociedade, a pessoa, também, estará

se transformando. Nesta perspectiva a sustentabilidade decorreria de um

processo de construção coletiva de “um outro mundo” que seja socialmente

justo, democrático e ambientalmente seguro.

Nesta perspectiva, a prática de uma Educação Ambiental

emancipatória e transformadora (Quintas e Gualda 1995, p.18) comprometida

com a construção de um futuro sustentável, deve se fundamentar nos

seguintes pressupostos:

1. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é:

• direito de todos;

• bem de uso comum;

• essencial à sadia qualidade de vida;

2. Preservar e defender o meio ambiente ecologicamente

equilibrado para presentes e futuras gerações é dever:

• do poder público;

• da coletividade.

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3. Preservar e defender o meio ambiente ecologicamente

equilibrado antes de ser um dever é um compromisso ético com

as presentes e futuras gerações.

4. No caso do Brasil, o compromisso ético de preservar e

defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado para as

presentes e futuras gerações implica:

• construir um estilo de desenvolvimento socialmente justo e

ambientalmente seguro, num contexto de dependência

econômica e exclusão social;

• praticar uma Gestão Ambiental democrática, fundada no

princípio de que todas as espécies têm direito a viver no

planeta, enfrentando os desafios de um contexto de

privilégios para poucos e obrigações para muitos.

5. A gestão ambiental é um processo de mediação de

interesses e conflitos entre atores sociais que disputam acesso e

uso dos recursos ambientais.

6. A gestão ambiental não é neutra. O Estado, ao assumir

determinada postura diante de um problema ambiental, está de

fato definindo quem ficará, na sociedade e no país, com os

custos, e quem ficará com os benefícios advindos da ação

antrópica sobre o meio, seja ele físico-natural ou construído.

7. Ao praticar a gestão ambiental, o Estado distribui custos e

benefícios de modo assimétrico na sociedade. (no tempo e no

espaço).

8. A sociedade não é o lugar da harmonia, mas, sobretudo, de

conflitos e dos confrontos que ocorrem em suas diferentes

esferas (da política, da economia, das relações sociais, dos

valores etc.).

9. Apesar de sermos todos seres humanos, quando se trata

de transformar, decidir ou influenciar sobre a transformação do

meio ambiente, há na sociedade uns que podem mais do que

outros.

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10. O modo de perceber determinado problema ambiental, ou

mesmo a aceitação de sua existência, não é meramente uma

questão cognitiva, mas é mediado por interesses econômicos,

políticos, posição ideológica e ocorre em determinado contexto

social, político, espacial e temporal.

11. A Educação no Processo de Gestão Ambiental deve

proporcionar condições para produção e aquisição de

conhecimentos e habilidades, e o desenvolvimento de atitudes

visando à participação individual e coletiva:

• na gestão do uso dos recursos ambientais;

• na concepção e aplicação das decisões que afetam a

qualidade dos meios físico, natural e sociocultural.

12. Os sujeitos da ação educativa devem ser, prioritariamente,

segmentos sociais que são afetados e onerados, de forma direta,

pelo ato de gestão ambiental e dispõem de menos condições

para intervirem no processo decisório (Quintas, 2000, p.36).

13. O processo educativo deve ser estruturado no sentido de:

• superar a visão fragmentada da realidade através da

construção e reconstrução do conhecimento sobre ela,

num processo de ação e reflexão, de modo dialógico com

os sujeitos envolvidos;

• respeitar a pluralidade e diversidade cultural, fortalecer a

ação coletiva e organizada, articular os aportes de

diferentes saberes e fazeres e proporcionar a

compreensão da problemática ambiental em toda a sua

complexidade;

• possibilitar a ação em conjunto com a sociedade civil

organizada e sobretudo com os movimentos sociais, numa

visão de educação ambiental como processo instituíste de

novas relações dos seres humanos entre si deles com a

natureza; e

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• proporcionar condições para o diálogo com as áreas

disciplinares e com os diferentes atores sociais envolvidos

com a gestão ambiental.

Portanto, está se propondo uma Educação Ambiental crítica,

transformadora e emancipatória. Critica na medida em que discute e explicita

as contradições do atual modelo de civilização, da relação sociedade-natureza

e das relações sociais que ele institui. Transformadora, porque ao pôr em

discussão o caráter do processo civilizatório em curso, acredita na capacidade

da humanidade construir um outro futuro a partir da construção de um outro

presente e, assim, instituindo novas relações dos seres humanos entre si e

com a natureza (Layrargues, 2002, p.89).

É também emancipatória, por tomar a liberdade como valor

fundamental e buscar a produção da autonomia dos grupos subalternos,

oprimidos e excluídos.

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3.2 Sistema de Gestão Ambiental – SGA:

O processo de globalização das relações econômicas impulsionou o

comprometimento das empresas com a questão ambiental, atingindo

principalmente aquelas inseridas no mercado internacional: empresas

transnacionais e empresas exportadoras. As empresas transnacionais, por

determinação de seus acionistas, vêm adotando os padrões ambientais

definidos em seus países de origem, onde os padrões e normas legais são

mais rigorosos (Andreoli, 2009, p.18).

As empresas exportadoras enfrentam um novo protecionismo: a

discriminação de produtos e serviços que não comprovem a estrita

observância das normas ambientais (grifo nosso). Essas empresas estão

influenciando o entorno das negociações, por exemplo, fornecedores, partindo

desta premissa; começam a explorar o diferencial ambiental também no

mercado interno, o que está impulsionando a adoção do Sistema de Gestão

Ambiental – SGA.

Este sistema vem ao encontro da necessidade das empresas em

adotarem práticas gerenciais adequadas às exigências do mercado,

universalizando os princípios e procedimentos que expressão a qualidade

ambiental.

Dadas as similaridades dos sistemas de gestão da qualidade e

ambiental, muitas empresas que implementaram programas de qualidade

também estão na vanguarda da certificação ambiental.

Os procedimentos de gestão ambiental foram padronizados em nível

mundial, com objetivo de definir critérios e exigências semelhantes. A garantia

de que a empresa atende a esses critérios é a certificação ambiental, segundo

as normas ISO 14.000. Essas normas foram definidas pela International

Organization for Standardization (ISO), fundada em1947, com sede em

Genebra, na Suíça. Trata-se de uma organização não governamental que

congrega mais de 100 países, representando 95%da produção industrial do

mundo. O objetivo principal da ISO é criar normas internacionais de

padronização que representem e traduzam o consenso dos diferentes países.

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) representa a ISO no

Brasil.

Dentre as diversas áreas de atuação da ISO estão às normas de

certificação ambiental, como segue (Andreoli, 2009, p.19):

• ISO 14.001 - define os requisitos para certificação ambiental;

• ISO 14.004 - é uma norma orientativa, que exemplifica e

detalha as informações necessárias à implementação de um

SGA;

• ISO 14.010, 14.011 e 14.012- referem-se ao processo de

auditoria ambiental;

• ISO 14.032 - define a integração entra as normas de

qualidade e de meio ambiente.

A implementação de um SGA constitui uma ferramenta para que o

empresário identifique oportunidades de melhorias que reduzam os impactos

das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente, orientando de forma

otimizada os investimentos para implementação de uma política ambiental

eficaz, capaz de gerar novas receitas e oportunidades de negócio.

As principais vantagens do SGAs são:

• a minimização de custos de riscos; e

• a melhoria organizacional e a criação de um diferencial

competitivo.

Os custos são reduzidos pela eliminação de desperdícios,

racionalização de recursos humanos, físicos e financeiros e pela conquista da

conformidade ambiental ao menor custo. A implementação do SGA possibilita

também a precisa identificação dos passivos ambientais e fornece subsídios ao

seu gerenciamento. Esses procedimentos promovem a segurança legal, a

minimização de acidentes, passivos e riscos através de uma gestão ambiental

sistematizada que permite a sua integração à gestão dos negócios. Essa

atitude melhora a imagem da empresa, aumenta a produtividade, promove

novos mercados e ainda melhora o relacionamento com fornecedores, clientes

e comunidade.

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O SGA representa um ciclo contínuo de planejamento,

implementação revisão e melhoria das ações da organização para que possam

ser cumpridas as obrigações ambientais.

Para melhorar o desempenho ambiental, a organização tem que

avaliar não apenas quais são as ocorrências que podem prejudicar o

desempenho ambiental, mas também por que elas ocorrem e implementar

medidas para corrigir os problemas observados e para evitar que ocorram

novamente (Andreoli, 2009, p.21).

A maioria dos modelos de gerenciamento baseia-se no princípio de

melhoria contínua, no conhecido ciclo da qualidade ou PDCA: planejar, fazer,

checar e agir, conforme mostra a Figura 2 (Anexo I, p. 40).

Os principais estágios do SGA definidos pela NBR ISO 14.001 são:

• Comprometimento e política - a administração estabelece a

política ambiental da empresa, que deve ser apropriada à

natureza e escala dos impactos; comprometer-se com a

melhoria contínua e com o atendimento à legislação; garantir

o monitoramento e a comunicação com empregados e

fornecedores e que esteja disponível ao público;

• Planejamento - a empresa define as atividades necessárias

para a adequação ambiental através da identificação dos

aspectos e impactos ambientais em relação aos requisitos

legais; estabelece os objetivos; avalia alternativas; define as

metas e elabora os Programas de Gestão Ambiental (PGA),

que são necessários para o alcance dos objetivos e metas

ambientais que visam apoiar o cumprimento;

• Implementação - a empresa inicia o desenvolvimento do

plano de ação, estabelecendo responsabilidades,

procedimentos operacionais; desenvolvendo treinamentos;

comunicação documentação, controles operacionais e um

plano de emergência.

• Avaliação - a empresa avalia através do monitoramento e

medição dos indicadores ambientais que evidenciem se as

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metas estão sendo alcançadas. Deve ainda ser estabelecido

um procedimento para registros das não-conformidades e das

respectivas ações corretivas e preventivas. Todo esse

processo deve ser avaliado através de um programa de

auditorias capaz de identificar se o SGA encontra-se em

conformidade com o planejado para propor as readequações

necessárias e melhorias necessárias e para informar a

administração (Andreoli, 2009, p. 23);

• Revisão - a alta administração da empresa deve analisar

criticamente o SGA, definindo as modificações necessárias à

sua otimização e efetividade verificando se as metas

ambientais propostas estão sendo alcançadas e se os PGAs

estão sendo efetivamente implementados. O estágio de

revisão conclui o ciclo de melhoria contínua.

O SGA deve ser dinâmico, permitindo a rápida adaptação às

mudanças nos negócios ambientais. Desta forma o SGA tem que ser flexível e

simples. Isto auxilia o SGA a ser compreendido e incorporado pelas pessoas

que trabalham na implementação.

Em algumas organizações a implementação do SGA pode sofrer

resistência por parte de algumas pessoas, por considerarem que ele

representa burocracia, custos e aumento na jornada de trabalho.

Podem ocorrer resistências devido às mudanças e às novas

responsabilidades. Para conseguir vencer esses obstáculos, é preciso ter

certeza de que todos entendem por que a organização necessita do SGA

efetivo e como ele pode ajudar no controle dos impactos ambientais e

consequentemente dos custos.

Manter as pessoas envolvidas no projeto e implementação do SGA

demonstra o comprometimento da organização com o meio ambiente e ajuda a

verificar que é realista, prático e que agrega valor. Implementando ou

melhorando o SGA, a organização vai entender como gerenciar os

compromissos ambientais e como encontrar melhores soluções.

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Para avaliar a adequação do SGA, a organização deve realizar um

programa de auditorias ambientais, que podem ser:

• Auditoria interna ou de primeira parte, que é realizada pela

própria organização para auto-avaliação do SGA;

• Auditoria externa ou de segunda parte, realizada por um

cliente em seus fornecedores; e

• Auditoria de terceira parte, realizada por terceiros por força

legal ou para a obtenção de certificação.

Nos processos de auditorias são avaliadas as não conformidades,

que são caracterizadas pelo não atendimento a um requisito específico da

norma (Andreoli, 2009, p. 26).

As não conformidades são geralmente classificadas em dois grupos:

1) Não conformidade maior ou sistêmica, que apresenta um

nível de abrangência e importância significativa; e

2) Não conformidade menor ou pontual, que apresenta um nível

de abrangência pontual e de pequena importância.

Sempre que for detectada uma não conformidade È necessária a

implementação de uma ação corretiva, que tem por objetivo eliminar a causa

da não conformidade, para evitar sua repetição.

Para que uma organização obtenha o certificado ISO 14.000, é

necessário que esta seja submetida a um processo de auditoria de uma

certificadora.

As certificadoras são empresas que realizam as auditorias de

terceira parte, tais como: ABS, BSI, Loyds Register, BVQI, Fundação Vanzolini,

DNV, SGA etc.

Essas empresas devem ter sido reconhecidas e credenciadas pela

ISO, através das acreditadoras, que têm a função de acreditar as

certificadoras. No Brasil o INMETRO é cadastrado pela ISO para desempenhar

esse papel.

O Processo de certificação somente pode ser solicitado após um

ciclo PDCA e segue os seguintes passos:

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1. Contratação de certificadora;

2. Pré-auditoria (sem validade de certificação);

3. Auditoria de certificação;

4. Emissão de certificado (validade 3 anos);

5. Auditorias de monitoramento (semestrais ou anuais);

6. Resultados possíveis: apto, não apto ou apto com ações

corretivas.

Os resultados possíveis de uma auditoria de certificação podem ser:

• Recomendada para a Certificação, quando não existem não

conformidades;

• Recomendada para a Certificação, após Verificação e Ações

Corretivas, quando existem uma ou mais não-conformidades

que devem ser verificadas e corrigidas. Neste caso não ser

realizada nova auditoria completa;

• Recomendada para nova Avaliação do SGA, quando forem

observadas várias não-conformidades que indicam falhas no

SGA implementado. Neste caso, necessária nova auditoria

completa.

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CONCLUSÃO

O processo educativo deve ser estruturado no sentido de: superar a

visão fragmentada da realidade através da construção e reconstrução do

conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo dialógico

com os sujeitos envolvidos; respeitar a pluralidade e diversidade cultural,

fortalecer a ação coletiva e organizada, articular os aportes de diferentes

saberes e fazeres e proporcionar a compreensão da problemática ambiental

em toda a sua complexidade; e proporcionar condições para o diálogo com as

áreas disciplinares e com os diferentes atores sociais envolvidos com a gestão

ambiental.

Deve-se ter em mente que a NBR ISO 14000 é um instrumento para

se alcançar a Gestão Ambiental e não a solução da problemática ambiental, a

norma traz um diferencial econômico dos ditos produtores conscientes e dos

não conscientes, o que tem feito o mercado diferenciar a sua aceitação a um

determinado produto, essa tem sido uma grande crítica dos ambientalistas.

Dessa forma a certificação ambiental, interpretada pelos defensores

do meio ambiente, simplesmente vem legitimar o mesmo modus operandi da

produção industrial, apenas revestido de uma nova roupagem sem um

mudança paradigmática em direção à sustentabilidade.

O principal fator que deve orientar uma ação ambiental responsável

por parte dos empreendedores é a responsabilidade ética de alterar o quadro

de degradação ambiental que pode incidir as suas atividades. Uma forma de

contornar essa situação é a adoção de instrumentos de gestão ambiental,

como o Sistema de Gestão Ambiental; demonstrando não só a viabilidade

econômica, mas transformar o risco ambiental em oportunidades de redução

de custos, proteção das bases de sustentabilidade do negócio, proteção da

imagem corporativa, o que resulta na diminuição de perdas e valorização dos

recursos de todos os envolvidos dentro e fora da empresa, dentro de uma

concepção de sustentabilidade apoiada pela educação ambiental.

Para finalizar, cabe ressaltar que a certificação, dentro de uma

preocupação legítima como o meio em que se vive e a preocupação em

preservá-lo, não é o foco principal de um Sistema de Gestão Ambiental.

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Comportamentos assim poderiam acarretar de uma não mudança de

comportamento, de não desenvolver uma cultura de respeito pelo o meio

ambiente, de não agregar valores aos indivíduos e à organização, esse tipo de

abordagem, com muita frequência tem efeito contrário de na melhor das

hipóteses, apenas arrumar a casa.

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ANEXOS

Anexos I: Figuras

Figura nº 1: Apresentação da unidade do SGA. Fonte: www.botanic.com.br/portal/index, 2011.

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Figura nº 2: Ciclo do PDCA. Fonte: http://ultraconcurseiros.blogspot.com/2011/01/ciclo-pdca.html, 2011.

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Anexos II: Tabelas

Tabela 1: Conceituações sobre Gestão Ambiental.

Fonte: Jabour, Sntos e Nagano, 2009, p. 3.

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Tabela 2: Paradigmas da Gestão Ambiental.

Fonte: Polizelli, Petroni e Kruglianskas, 2005, p.316.

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Continuação da tabela 2.

Fonte: Polizelli, Petroni e Kruglianskas, 2005., p.317

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I: Breve historicidade da Educação Ambiental 11

1.1 As principais conferências 13

1.2 Princípios da Educação Ambiental 17

1.3 Objetivos da Educação Ambiental 18

CAPÍTULO II: A Inserção da Educação Ambiental no Brasil 19

2.1 A Educação Ambiental no Brasil 21

CAPÍTULO III: A Educação Ambiental na Atualidade 24

3.1 Gestão Ambiental Empresarial 26

3.2 Sistema de Gestão Ambiental – SGA 33

CONCLUSÃO 39

ANEXOS 41

Anexo I: Figuras 41

Figura nº 1: Apresentação da unidade do SGA 42

Figura nº 2: Ciclo do PDCA 43

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Anexo II: Tabelas 43 Tabela 1: Conceituações sobre Gestão Ambiental 43

Tabela 2: Paradigmas da Gestão Ambiental 44

BIBLIOGRAFIA 46

WEBGRAFIA 50