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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A ESTRATÉGIA EMPRESARIAL EM MEIO A UM MERCADO MUTANTE Marisa Alves Marmelo Orientador Prof. SERGIO MAJEROWICZ Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A ESTRATÉGIA EMPRESARIAL EM MEIO A UM MERCADO MUTANTE

Marisa Alves Marmelo

Orientador

Prof. SERGIO MAJEROWICZ

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Estratégia Empresarial

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão empresarial

Por: Marisa Alves Marmelo

3

AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, em primeiro lugar, que

me deu condições para concluir mais

uma etapa de minha vida e me fez

alcançar mais um sonho que tinha e a

todos que me ajudam de uma forma

ou de outra, contribuindo com suas

orientações e apoio para que esse

trabalho fosse concluído.

4

DEDICATÓRIA

Ao meu marido Ricardo Marmelo, meu

maior incentivador, que esteve sempre ao

meu lado dando todo suporte e me

encorajando a perseguir meus sonhos. E

mais uma vez ao Senhor da minha vida

que nunca me desamparou na minha

caminhada, toda honra, Glória e Louvor.

5

RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade apresentar informações sobre o

que é a estratégia, como ela surgiu e as estratégias utilizadas pelas empresas,

no mercado atual e globalizado que muda a todo instante. Fazendo se

necessário a utilização de sistemas de informação com o objetivo de se manter

atualizado sobre as mudanças ocorridas no mercado externo; Para que assim

o planejamento seja revisto e se preciso for sofra algumas alterações sempre

que necessário. Descartando qualquer de produto que possa comprometer

venda e lucro num longo prazo. Falar sobre as Competências chave para que

uma organização conquiste o sucesso e consiga mantê-lo. Mostrar que a

utilização da Inteligência competitiva no mercado de hoje é essencial, para que

a organização possa permanecer no mercado que muda a todo o instante,

fazendo se necessário a utilização de informações do mercado, da

concorrência, dos substitutos etc. mostrar que a inovação é a mola mestre

para qualquer empresa que deseja crescer e fazer a diferença em um mercado

hipercompetitivo, Investigar o porquê muitas empresas acham que

permanecerão líderes no mercado sem buscar inovar sempre que necessário.

Falaremos também dos benefícios da vantagem competitiva para o sucesso

das organizações. Por fim, o presente estudo apresentará conclusões sobre o

tema proposto, baseado nos conceitos pesquisados, colhidos e analisados ao

longo deste trabalho.

6

METODOLOGIA

Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros,

pesquisas na internet, pesquisa bibliográfica, observação do objeto de estudo,

etc. Contar passo a passo o processo de produção da monografia. É

importante incluir os créditos à bibliografias utilizadas como material ou que foi

o objeto de observação e estudo.

7

SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 08

CAPÍTULO I – A Estratégia ........................................................................................... 11

CAPÍTULO II – Gestão Estratégica ................................................................................ 17

CAPÍTULO III – Processo Decisório ............................................................................ 25

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 41

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 43

ÍNDICE ........................................................................................................................... 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 45

8

INTRODUÇÃO

A estratégia empresarial é o posicionamento frente algum objetivo a ser

atingido, ou seja, é estabelecer quais serão os caminhos, as ações que devem

ser seguidas para o alcance desses objetivos preestabelecidos pela

organização através de seu plano de ação.

É a analise da situação presente e sua mudança sempre que

necessário, pode ser definida como um plano, propositalmente definido, que

faz com a organização tenha um norte a seguir.

A palavra estratégia; Deriva da palavra grega Strategos, que significa

general; Estratego correspondia a um cargo do estado na antiga Atenas. Antes

de qualquer batalha, ele subia ao ponto mais alto, para observar o que

aconteceria antes que a batalha ocorresse, imaginando quais seriam as

alternativas e possibilidades de ataque, fuga e defesa.

O objetivo da estratégia visa antecipar se, visualizar o futuro e como

chegara a ele da melhor maneira possível; minimizando o custo e

maximinizando o lucro.

"... Estratégias são formas de pensar no futuro, integradas ao processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de resultados" (Mintzberg.)

As Estratégias podem ser definidas das seguintes maneiras:

• Com Plano- São desenvolvidas consciente e propositadamente e

criadas antes das ações às quais serão aplicadas.

• Como Padrão- Elas são emergentes surgem sem intenção e são

incorporadas como padrão pela organização.

9“Quando um determinado curso de ação traz resultados positivos, a tendência natural é incorporá-lo ao comportamento se como plano as estratégias são propositais ou deliberadas como padrão as estratégias são emergentes surgindo sem intenção.” (www.pr.gov.br)

• Como Pretexto- Ela é aplicada com a finalidade de confundir,

iludir ou comunicar uma mensagem falsa ou não; aos

concorrentes, como uma manobra para enganar ou atrair seu

inimigo tendo assim vantagem competitiva no processo.

• Como Posição- Vai se refletir claramente onde uma organização

está inserida no mercado.

• Como Pestectiva- modo próprio da empresa ver o mundo, agindo

de acordo com essa visão, inbuída de um espírito colectivo.

Incluem-se, nesta vertente, a Escola Empreendedora e a Escola

do Conhecimento.

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”.

(SUN TZU.)

Como as organizações devem agir para se manter em um mercado

extremamente volátil?

Para que uma organização se mantenha no mercado ela deve antever

as mudanças que ocorrem externamente, alinhando assim a sua estratégia

rápida e constantemente, pois disso dependerá sua sobrevivência no mercado,

10

em constante mutação, para que obtenha e vantagem competitiva junto aos

concorrentes, substitutos e novos entrantes, garantindo lucratividade.

Investigar o porquê muitas empresas acham que permanecerão

líderes no mercado sem buscar inovar sempre que necessário.

O tema proposto, estratégia empresarial, foi escolhido objetivando

esclarecer alguns aspectos essenciais para que as empresas da atualidade

possam manter se no mercado e as técnicas que devem ser utilizadas em

meios as constantes mudanças de cenários e oscilações nesses tempos de

globalização.

Este estudo é de relevância para o mercado , pois demonstrara que as

mudanças sempre ocorrerão com maior velocidade uma vez que estamos na

era do conhecimento e as organizações devem estar atentas ao ambiente

externo para que estejam aptas a alinhar suas estratégias para se manterem

no mercado extremamente volátil.

Tem relevância acadêmica, em face de ser a academia o grande pólo

de pesquisa na busca das soluções e alternativas para as demandas da

sociedade.

Tem relevância para a sociedade pois o crescimento da concorrência

entre as empresas beneficia o cliente pela variedade de produtos e qualidade

agregada a eles.

O objetivo deste trabalho é mostrar que cada empresa adota uma

estratégia diferente, que a estratégia deve ser flexível para ser alinhada de

acordo com as mudanças constates de cenários e que se a organização quiser

manter se no mercado deve estar atentar a quaisquer mudanças externas que

possam ocorrem para ter tempo de fazer as correções necessárias a sua

estratégia.

11

CAPÍTULO I

A ESTRATÉGIA

O CONCEITO

A palavra Estratégia significa literalmente, a arte do general, derivada da

palavra grega Strategos que quer dizer tudo que faz um general; Estratego era

um cargo na Grécia antiga que tinha a função de subir ao ponto mais alto e

visualizar o que aconteceria em uma batalha antes mesmo que ela

acontecesse, deveria analisar as possibilidades de defesa, ataque e até de

abandono do campo de batalha.

Nas empresas a estratégia visa a utilização de recursos humanos,

tecnológicos, físicos, visando aproveitar ao máximo as oportunidades

identificadas no ambiente empresarial. A Estratégia é o posicionamento frente

a algum objetivo a ser atingido, através da análise do ambiente interno e

principalmente o ambiente externo; devem ser feitos ajustes sempre que

necessário; A estratégia empresarial tem como finalidade o estabelecimento de

um plano de ação a ser seguida com o objetivo de atingir resultado no futuro

pela empresa, ela não é uma coisa fixa pode ser alinhada a qualquer

momento, visto que o mercado muda a todo o momento.

A estratégia deve ser enxergada como um todo primeiro porque ela fixa

a direção a ser seguida, ela focaliza claramente o esforço e ainda a estratégia

define a organização.

É preciso ter uma visão integrada concebendo um modelo de gestão

que foque o mercado de forma mais tranqüila, deve se olhar frente aos

objetivos pré-concebidos, observando sempre as informações que o mercado

nos fornece exatamente para isso.

12“É a análise da situação presente e sua mudança se necessário.” (Peter Ducker.).

Ela deve ser enxergada como um todo, primeiro porque ela fixa a

direção a ser seguida, ela focaliza claramente o esforço e ainda a estratégia

define a organização, pois cada organização tem sua própria estratégia de

acordo com fatores diversificados.

É preciso ter uma visão integrada concebendo um modelo de gestão,

que observe o mercado de forma detalhada, frente aos objetivos pré-

concebidos, numa cultura própria mais fundamentalmente observando as

informações que o mercado nos fornece exatamente para isso.

1.1 – A importância da estratégia

Ela é essencial para criar uma posição da organização frente a todos os

contra pontos que vem do mercado, tendo estruturação organizacional clara,

com objetivo predefinido, pessoas vestindo a camisa da empresa, com foco no

seu trabalho e no objetivo predefinido, visando a produtividade, a lucratividade

e a satisfação de cada um.

A estratégia deve assumir o controle sobre o destino, a organização

deve estar pronta controlando todos os problemas que possam ocorrem no

processo de produção.

Visualizar com clareza as oportunidades que possam surgir e coloca-las

em ação, transformando ameaças em oportunidades, criar oportunidades

dirigidas pela visão empreendedora.

Ela faz que sejam definidos novos rumos para a organização, isso

significa que devemos entender a organização como um novo mercado,

focando as mudanças, promovendo a mudança, congelá-la, fazendo as

aplicações, fazer as correções que possam vir a surgir dentro dessa

concepção de mudança.

13Fazendo do compromisso com a mudança a mola propulsora, pois a

estratégia não é fixa, deve ser maleável ao ponto de promover o desempenho

da organização.

É importante reunir informações vindas de fora para dentro para a

tomada de decisão, entendendo o que o cliente quer observar sempre o

mercado, saber como o concorrente se comporta, compreender quem são os

substitutos e novos entrantes que podem afetar a organização.

1.2 – A Globalização

Segundo a Wikipédia (enciclopédia Livre), a palavra “Globalização”

significa um processo de aprofundamento da integração cultural, econômica e

política; Que foi impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e de

comunicação no final do século XX.

É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de

formar uma aldeia global que permita a ampliação dos mercados para os

países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão

saturados. A Globalização diz respeito á forma com que os países interagem e

aproximam as pessoas: fazendo assim a abertura de mercado expandindo o

capitalismo, onde se torna possível a expansão de negócios até então restrito

a seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, mesmo

sem a necessidade de um grande investimento de capital, pois a comunicação

no mundo globalizado já permite hoje está conexão; O único e senão maior

problema da globalização é que ela traz uma concorrência acirrada.

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet,

a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre

diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no

mundo. Permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem critérios na

história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada e hoje ela pode

observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de

limitação a barreira lingüística.

14Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a

criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-

obra mais barata para execução de serviços que não é necessária alta

qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação

de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do

mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem

competitiva no acesso de mercados regionais.

Porém a globalização por si só não traz estes benefícios sem um

governo pró-ativo nestas questões.

As descontinuidades dos setores são devido a mudanças no macro

ambiente.

Nós não podemos mais trabalhar como antigamente pois as exigências

do mercado s dos clientes são muito grandes hoje e aquilo que era um

diferencial “ o tratamento personalizado” anteriormente hoje é essencial; então

foi preciso aprimorar as técnicas de gestão e produção e implementar a

informatização.

Como a oferta de produtos e serviços é imensa o marketing se torna

essencial para a fidelização do cliente.

Hoje em dia as organizações têm que olhar as mudanças externas, para

que elas se adaptem e tenham posição garantida como lucro e produtividade.

1.3 – Cenários e Informação

Queremos ou não controlar o futuro da organização?

Caso a resposta seja positiva, o cenário passa a ser muito importante,

porque o controle de futuro vem de informações que você possa a partir do

atual, com dados que vem do passado projetar um futuro que possa acontecer

num determinado momento.

15Caso a resposta seja negativa, faz com que a organização permaneça

estática, sem se adaptar com o ambiente que se modifica constantemente,

isso por não ter as informações necessárias para fazer essas adaptações.

O que podemos entender por cenários:

“Estratégias são formas de pensar no futuro, integradas ao processo decisório como base em um procedimento formalizado e articulador de resultados”. (Henry Mintzberg)

Segundo Ackoff a essência da sabedoria empresarial é a preocupação

com o futuro dos negócios.

Entender o futuro e controlá-lo é o grande desafio das empresas

principalmente na era do conhecimento.

Quando falamos de futuro pensamos em cenários.

Colocar em prática o trabalho juntando as questões que permeiam a

organização para atingir o consumidor, cenários ser precisam considerados

factíveis e consistentes resultando na criação de estratégias alternativas, como

minimizadoras de risco da estratégia principal.

Os cenários são conjuntos harmônicos quantitativos e qualitativos de

situações que visam buscar o mercado ou projeções no mercado; Conforme

trans formações que este mercado venha nos apresentar.

Ele serve como um plano de fundo, pois ele inibe na organização os

improvisos, se temos essas informações podemos decidir a forma como atuar,

num futuro não tão distante, obviamente eu não terei que improvisar quando

esses problemas surgirem e com certeza eles surgiram.

Ele também fará com que as pessoas da organização caminhem em

busca deste objetivo e que tenham um pensamento concatenado, para que

cheguem a um resultado que esteja no planejamento estratégico da

organização.

16Concluindo, podemos dizer que o processo de Endomarketing é

necessário para adequar a empresa a um mercado voltado para o cliente. A

relação da empresa para com o mercado passa a ser a relação de clientes

internos para clientes externos.

1.4 – Compreendendo a Informação

Se não é bem utilizada atrapalha a empresa a traças metas.

A informação útil é aquela que atende ás necessidades específicas dos

gestores, segundo as áreas que atuam as operações que desenvolvem e os

conceitos que lhe façam sentido lógico.

O objetivo fundamental da informação é proporcionar aos executivos e

aos operadores das organizações algumas condições claras e básicas de

visualizar como caminha o empreendimento e se está alcançando os objetivos

planejados, além de fornecer algumas perspectivas de futuro.

17

CAPÍTULO II

Gestão Estratégica

O estudo em questão mostra que a Gestão estratégica é um novo

modelo para as organizações, que traz claramente uma concepção da

arquitetura organizacional, ou seja, o que uma empresa deve ter para atingir

seus objetivos, Sua missão, sua visão e seus valores.

A visão faz a organização refletir sobre o que ela quer ser, para que ela

existe em termos de mercado e como ela fará para atingir este mercado.

Isso encontra se amparado em dois aspectos:

Um deles está no ambiente - O que podemos fazer?

O outro está ancorado na capacitação - Como podemos fazer?

Dentro deste composto vamos para o futuro, ou seja, Onde queremos

chegar?

A Gestão Estratégica empresarial e da informação nas organizações

tem uma adaptação muito intensa nos seus processos internos, a Estratégia é

um programa para a consecução dos objetivos de uma organização e, portanto

para o desempenho de sua missão.

Pode ser caracterizada pela conjugação Produto/Mercado especificando

os produtos, com os quais a empresa pretende atingir seus objetivos o dos

mercados onde ela pretende operar para colocá-los ou vendê-los.

Tem por objetivo pautar e organizar todo o procedimento administrativo,

produtivo e operacional; Para colocar produtos que o mercado esteja

demandando de forma lucrativa, atingindo as necessidades do consumidor.

Os benefícios da Gestão Estratégica para a organização são diversos,

entre eles:

• Indicar os problemas que possam vir a surgir antecipadamente.

18• Alertar a organização para mudanças e Permitir ações em

resposta a mudança e permite também a tomada de ações

corretivas parra essa mudanças.

• A identificação da necessidade da redefinição do negócio

• Melhora o direcionamento dos esforços para a realização de

objetivos predeterminados.

• Permite que o administrador tenha uma visão com mais clareza

do negócio.

A Gestão Estratégica se trata de um compromisso de fazer as coisas

com eficiência (fazer bem às coisas), e com eficácia (Fazer as coisas

corretamente).

As etapas da Gestão Estratégica passam pela análise do ambiente

interno e externo para estabelecer a diretriz organizacional.

“A Visão está diretamente relacionada ás ameaças e oportunidades do mercado e quando estabelecida incorretamente e uma das maiores causa de fracasso das empresas.” (Peter Ducker)

2.1 – A Formulação da Estratégia

Para formular a estratégia, temos que ter toda a concepção das

informações e devem-se avaliar muito bem essas informações.

As informações virão do ambiente externo, que é dividido em ambiente

geral apresenta as ameaças e oportunidades.

E o ambiente de tarefas onde a empresa opera, apresenta o impacto

daquilo que o cliente quer a partir dos insumos ou daquilo que ela quer a partir

do conceito de mercado.

19A implementação da estratégia nada mais é que a sua execução a fim

de atingir o desempenho programado dentro do tempo previsto.

Devem-se coordenar as ações para a realização da mesma produzindo

bens e serviços de acordo com a necessidade do mercado.

Fazendo o controle e fazendo ações corretivas através do controle,

usando a gestão estratégica em benefício da empresa para que se tenha um

melhor posicionamento no mercado.

Embora isso não garanta a longevidade da empresa, há que se ter

outros fatores a serem analisados neste contexto, pois os mesmos vem do

ambiente e a chave do processo está em reagrupar esses fatores, não só do

ambiente, mais na nova arquitetura produtiva, organizacional e gerencial que

deve ser feita dentro da empresa.

Fica evidente que se as organizações têm uma cultura muito rígida, terá

dificuldades a partir para o processo de mudança e atender com rapidez as

demandas do mercado.

Ao implementar um processo de gestão estratégica devemos lembrar

que as empresas não são só tecnologia mais envolve as pessoas e deve

considerar este aspecto para o atingimento dos objetivos com as pessoas e

através das pessoas, tecnologicamente, burocraticamente, com produtos e

serviços que atendam suas necessidades.

2.2 – Planejamento Estratégico

O Planejamento deve ser definido a partir da definição do ponto em que

a organização deseja chegar.

Quando falamos de planejamento falamos de diretrizes, escolhas,

estratégias e posicionamento de uma forma bastante intensa de ações visando

realizar os objetivos empresariais e até pessoais.

20

“Estratégia: Arte de aplicar, com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos.” (Dicionário Houaiss)

As organizações devem então disponibilizar os recursos que tem para

proporcionar as suas ações.

2.2.1 – Conceito e definições de planejamento

Segundo Philip Kotler, Planejamento estratégico é o uma metodologia

gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela organização,

visando um maior grau de interação com o ambiente.

Planejamento pode ser explicado, pelas escolhas definidas para o

atingimento de algum objetivo.

Uma posição que pretendo alcançar num futuro próximo ou nem tanto

com os recursos que dispomos de uma forma organizada e ordenada.

“Planejar, em sentido amplo, é um processo que visa a dar resposta a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para a sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro, mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pré-supostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja.” (adaptado por Paulo Roberto Padilha)

2.2.2 – Importância do planejamento

É ele que determina ações, baliza o comportamento gerencial voltado

para os objetivos da organização.

21Também define a utilização adequada e ordenada dos processos e

recursos organizacionais e econômicos que a empresa dispõe; delimita a

forma das pessoas produzirem e se comportarem, dando um rumo as suas

ações, basicamente o planejamento da um rumo para que as pessoas não

produzam e se comportam de qualquer jeito.

2.2.3 - Propósitos do planejamento

• Estabelece o esforço coordenado – Faz com que todos os

recursos da administração dirijam-se para o mesmo ponto.

• Reduz as atividades superpostas e os desperdícios.

• Estabelecem objetivos e padrões que são usados no controle

com maior facilidade.

2.2.4 - Princípios do Planejamento

Nesta relação o princípio do planejamento são fundamentais para

entender em que rumo a organização deve seguir.

• 1º Contribuição aos objetivos

Direciona organização para o ponto focal.

• 2º Precedência do planejamento

É olhar de fora para dentro da organização, para definir

exatamente com atingir aquele elemento ou aquele modelo que lá fora se

encontra.

• 3º Maior penetração e abrangência

Busca atingir um maior mercado.

• 4º Maior eficiência, eficácia e efetividade.

Eficiência relacionada ao processo.

Eficácia relacionada ao produto

22Efetividade é a soma da eficiência eficácia, fazer corretamente as ações de

encontro ao mercado ou a satisfação dos clientes no mercado.

Na organização isso não acontece de forma estática e não acontece

num só lugar.

2.2.5 – Níveis de Planejamento

Planejamento Estratégico - Um nível estratégico que pensa fora da

organização, os problemas que existe no mercado e na sociedade.

Planejamento Tático - Num nível gerencial e de supervisão, que faz o

intercâmbio entre a realização das tarefas e aquilo que o mercado

efetivamente quer, ou seja, como foi observado no planejamento estratégico.

Planejamento Operacional - Onde temos a realização efetiva das tarefas

organizacionais, é onde acontece o trabalho das pessoas nas suas atividades

fazendo a produção propriamente dita.

O planejamento estratégico faz parte do processo decisório da empresa

olhando mercado; é o processo de identificar ocorrências em tempo real,

projetando tendências em uma relação de causa é efeito sobre os caminhos a

serem percorrido pela organização.

Planejamento global da organização é onde equacionamos todos os

pontos que encontramos na análise ambiental e vamos de encontro aos

aspectos mercadológicos com a estratégia definimos com é o melhor

posicionamento da organização para atingir aqueles objetivos.

2.2.6 – Processo do Planejamento Estratégico

O procedimento é normal nas organizações, pois passa por uma série

de etapas, faz-se uma análise de mercado, uma análise ambiental; entendem-

se quais são as oportunidades e ameaças que encontraremos num macro

ambiente.

23Traduzindo para o ambiente de tarefas, buscaremos também

oportunidades e ameaças estudando cliente, concorrentes fazendo todo

relacionamento com os substitutos ou trabalhando para criar barreiras, para

que estas questões não aconteçam, buscando construir este conhecimento

dentro da organização.

Seguindo estes passos temos claramente essa decisão de chegar no

mercado de uma maneira mais clara e mais objetiva.

Quando se entende bem a relação rescisória da empresa, podemos

entender que quanto mais ela está no topo da pirâmide organizacional, mais só

a organização se encontra; conseqüentemente depende muito mais das

informações de seis colaboradores para que formule a sua estratégia de

posicionamento.

A formulação de uma estratégia competitiva para uma empresa é na

maior parte das vezes o resultado de um processo sistemático de

levantamento de informações, análise de tendências, definição de ações,

definição de procedimentos de implantação e acompanhamento.

Percebe-se que a definição da estratégia passa por uma avaliação do

ambiente até a avaliação clara do posicionamento da empresa. Até a tomada

de decisão.

E quanto mais alto na estrutura da pirâmide mais só a empresa fica

dependendo cada vez mais das informações dos colaboradores.

Isso define a forma de ação sem improvisos uma vez que já se tem as

informações necessárias e o planejamento estruturado ela se fundamenta na

racionalidade.

Nesse contexto precisamos ter bem clara a definição do negócio; a

organização precisa saber quem são seus clientes, quais são as necessidades

que eles têm e como ela pode atender essas necessidades de forma a

satisfazê-las.

24Fazendo os seguintes questionamentos:

• Quem são nossos clientes?

• Quem deverá ser o nosso cliente?

• Qual é o nosso produto/serviço?

• Qual deverá ser nosso produto/serviço?

Em última análise precisamos saber quem é que vai comprar e o que eu

devo produzir?

O que o mercado quer efetivamente que a organização oferte, pois não

se pode simplesmente ofertar, é preciso saber o que o mercado quer para que

a empresa possa fazer a oferta condizente com aquelas necessidades.

Isso define bem claro a existência da organização, nesse ponto fica

importante para nós ter a caracterização da missão da empresa.

O que queremos do nosso negócio e porque a nossa empresa deve

existir?

As empresas devem saber responder de forma clara essa pergunta.

25

CAPÍTULO III

PROCESSO DECISÓRIO

“Tanto no âmbito da vida privada quanto da profissional, nossas decisões formam nosso presente e condicionam nosso futuro. Para quem tem responsabilidades em uma organização e deve assumir riscos, sua capacidade de tomar decisões é uma das facetas mais importantes e mais analisadas na atualidade.” (Eduardo Soto)

O Processo decisório deve ser eficiente por que envolve processos,

deve ser objetivo, pois ele deve buscar uma meta, um curso de ação, um

horizonte a ser perseguido.

O principal é fazer do processo decisório uma coisa simples, pois isso

evita erros e faz que os envolvidos no processo, entendam a decisão e possam

cumprir claramente com esse objetivo ou com o modelo composto dentro deste

contexto.

3.1 – Decisões Estratégicas

Estamos falando do primeiro nível da organização, que visa uma

preocupação com o todo para garantir a missão e a visão, objetivando sempre

a lucratividade.

Decisão estratégica é o curso de ação escolhido por uma pessoa ou

organização como meio mais efetivo para alcançar os objetivos anteriormente

planejados.

A Decisão nada mais é do que uma escolha, através da análise do custo

benefício da organização.

26Para racionalizar as decisões os líderes devem definir o problema,

obtendo todos os fatos, ou seja, os dados passados e assim formular todas as

possíveis alternativas que trazem o melhor benefício e optar por aquela

alternativa que melhor valoriza toda essa concepção do processo decisório;

Finalmente deve avaliar os resultados ou saber se aquilo que foi decidido, o

curso de ação que se está tomando vem de encontro com a concepção da

decisão que temos para chegar ao resultado.

Por mais organizada e gerenciada que uma empresa seja, sempre

haverá mais oportunidades do que recursos para explorar. Portanto se faz

necessário a tomada de decisões prioritárias, ou nada será feito. Essas

decisões fazem com que os gestores enfrentem a realidade da situação, ”seus

pontos fortes e fracos, suas oportunidades e suas necessidades”.

Segundo Drucker, As decisões sobre prioridades indicam o nível e a

seriedade da visão gerencial. Elas definem os comportamentos básicos e a

estratégia.

Uma das chaves das decisões sobre o que é prioridade é saber o que

não deve ser feito. Em geral as pessoas não têm dificuldade de estabelecer

prioridades. No entanto, os gestores se deparam com um problema maior

ainda: tudo que é adiável é descartável, è quase sempre um erro grave

reconsiderar algo adiado, por mais desejável que tenha sido na época, quando

em algum momento no passado teve de ser adiado.

Em síntese a organização não deve temer descartar um negócio ou

produto que foi adiado ou que não gerou os resultados esperados, mesmo que

se tenha investido muitos recursos nele; As empresas devem ser agentes de

mudança constante, pois nenhuma empresa permanecerá por muito tempo,

muito menos prosperará senão estiver disposta a inovar para ter êxito.

Segundo Peter Ducker, O segredo é destinar os recursos mais escassos

ás melhores oportunidades, concentrando-os nos produtos, serviços e idéias

que tendem a produzir os maiores resultados.

27“As verdadeiras grandes oportunidades - as que transformam os planos em realidade e fazem o futuro - devem receber recursos compatíveis com o que delas se espera, mesmo ao preço de se descartar, de imediato, empreendimentos aparentemente seguros, mas pequenos.” (Peter Ducker)

3.2 – O Descarte

Segundo Peter Drucker descarte de uma linha de produto parece, à

primeira vista, comprometer vendas e lucro. No entanto, trata-se de uma

percepção incorreta, sobre tudo num longo prazo.

Drucker afirmou que vários gestores se mantêm presos ao passado

durante muito tempo, que afeta os resultados. É comum empresas que se

apegam aos negócios lucrativos até que os concorrentes as ultrapassem no

mercado. “Quem não é capaz de descartar o passado está condenado à

insignificância”.

O primeiro passo na trajetória do crescimento não é decidir onde como

crescer. É definir o que descartar. Para crescer é necessário que as empresas

adotem uma política sistemática para se livrar dos excessos, do que é obsoleto

e improdutivo.

Um dos maiores fiascos de todos os tempos foi causado por não se

descartar idéias e produtos ultrapassados.

No começo do ano 2000, tanto a Ford quando a Gm produziram de

maneira agressiva veículos esportivos que consumiam muito combustível, não

atentando com a preocupação com meio ambiente e o aumento continuo do s

presos da gasolina. A Toyota, de diferente modo, concentrou-se em

desenvolver carros Híbridos acessíveis ao grande público. A liderança da

empresa sabia que os veículos híbridos reduziam a emissão de carbono e para

28diminuir o consumo de combustível estavam dispostos a reduzir sua margem

de lucro, a fim de se tornarem lideres neste mercado prospero.

O primeiro veículo híbrido da Toyota o Prius foi lançado em 1997 no

Japão e em 2001 no resto do mundo. Desde o seu lançamento foi um grande

sucesso, e conquistou vários prêmios.

Os resultados foram espetaculares e superaram as previsões 10 anos

antes. O Prius desempenhou papel importante em elevar a Toyota a liderança

mundial das empresas automobilísticas, posição até então ocupada pela Gm

nos últimos 70 anos, enquanto esta e a Ford continuavam a acumular

prejuízos

No ano de 2006, o diretor executivo da Ford, Alan Mulally, foi ao Japão

encontrar-se com o presidente do conselho de administração da Toyota, Fujio

Cho,buscando orientação para racionalizar as operações de fabricação da

Ford. No entanto, os problemas da montadora não se restringiam às atividades

operacionais.

A incapacidade das montadoras americanas de abandonar os antigos

negócios lucrativos lhes custara muito cara.

Segundo Drucker, “deve-se abandonar o ganha pão de ontem antes

do que se deseja, porém jamais antes do que se seja obrigado”.

As montadoras americanas perderam uma oportunidade de ouro, por

não terem desenvolvido veículos híbridos. Se a Ford, a Gm e a Chrysler

tivessem deslocado alguns recursos dos veículos esportivos mais dispendiosos

para os veículos híbridos mais econômicos, talvez não tivessem caído num

buraco tão profundo. Já havia indícios de que o mercado automobilístico

estava passando por mudanças fundamentais. Já era dito desde década de

1970 e os debates se tornaram mais acalorados na década de 1990 sobre

alternativas aos combustíveis fosseis tradicionais.

29Os gestores mais eficazes aprendem a interpretar as condições do

mercado e preparar as suas organizações para explorar novas oportunidades

criadas pelas novas realidades.

“A maximização das oportunidades mostra como guiar a empresa do ontem para o hoje, preparando-a, assim, para os nossos desafios do amanha. Desta maneira, identificam-se as atividades que devem ser impulsionadas e as que devem ser descartadas. E ainda se abre caminho para as inovações que multiplicaram os resultados no mercado ou no repertório de conhecimento da empresa”. (Peter Ducker)

3.2.1 – Competências chave

Para que uma organização conquiste o sucesso e consiga mante-lo; A

alta administração deve andar a frente da tempestade iminente, sendo

inovadora e renovando constantemente.

Não dá para evitar os problemas que virão, mais a organização deve se

estruturar para estar pronta para a batalha, pois se ela possui um alto nível de

motivação, já enfrentou outras crises, sabe se comportar e confiar em si

mesma, na qual as pessoas confiam umas nas outras.

Em termos militar, a primeira regra e colocar nos soldados confiança nos

oficiais, pois sem a confiança não lutaram.

Entre as competências chave podemos citar as seguintes:

• Autodisciplina para ouvir, capacidade e disposição - São as

competências mais importantes para um líder que está

preparado para comandar em quaisquer circunstâncias

• Disposição para comunicar se e se fazer entender - Para isso

se faz necessário uma paciência infinita, pois o líder precisará

repetir várias vezes a mesma coisa e demonstrar aquilo que quer

dizer para que se faça compreender.

30• Assumir para si a responsabilidade sem dar desculpas – Os

líderes assumem responsabilidade pelos fracassos, comandando

as situações adversas que possam surgir, primando pelos

padrões de excelência, fazendo o melhor ou não fazendo nada.

• Compreender que as tarefas têm muito mais importância que

eles próprios - Devem se tornar servos das tarefas executadas

pela organização, pois o egocêntrico são barreiras para uma

liderança eficaz.

3.3– A inteligência Competitiva

Fazer a análise do ambiente externo é um elemento fundamental para

se preparar para a competição; A empresa precisa identificar os recursos e as

capacidades necessárias e mediante o ligamento de recursos e capacidades

construir competências essenciais que são capazes de definir qual é o portfólio

de produtos e serviços, com os quais ela deve competir.

A Estruturação para a competição passa pela identificação de como

esses recursos devem ser adquiridos, como os serviços devem ser prestados,

como os produtos devem ser manufaturados e como eles devem chegar aos

clientes, por quais canais de distribuição.

Os recursos de uma organização podem ser tangíveis e intangíveis, os

tangíveis podemos vê-los e tocá-los, são bens materiais; Os recursos

Intangíveis são muito importantes para a empresa porém não tem existência

física, pode ser, conhecimentos, competências das pessoas.

Esses recursos oferecem grande capacidade as empresas mais isoladamente

eles são incapazes de torná-la competitiva.

È preciso que as empresa procurem um algo a mais; Procurem nas

capacidades, aquilo que associados aos recursos produção a criação de valor.

As competências essenciais são construídas pela conjunção harmoniosa entre

31os recursos e a capacidade, essa conjunção, leva as empresas a construir

vantagem competitiva quando bem estruturadas.

“A Empresa deve possuir competência dinâmica, que envolve a capacidade de manter e adaptar as competências que constituem a base de sua vantagem competitiva.” Adaptado por David Bensanko

As Competências dinâmicas precisam estar presentes, para que diante

de todas as mudanças ocorridas no cenário competitivo das empresas elas

possam se ajustar se fazendo competitivas e sustentáveis em todo o tempo.

As Características dos recursos e capacidades são essenciais para que

a empresa encontre essa vantagem competitiva sustentável.

Essas Características podem ser resumidas e devem ser valiosas,

difíceis de imitar, insubstituíveis e capazes de criar uma vantagem competitiva

importante para as empresas.

No que concerne ao fato de serem valiosas essas empresas devem

representar algo mais para aqueles que as possuem, de forma que o seu valor

fica exacerbado em função dos benefícios que pode criar.

A raridade desse recurso e capacidade também é algo bem importante,

pois precisam ser difíceis de ser encontrados por outras empresas

concorrentes ou não no âmbito do mercado de recursos.

Produtos por serem difíceis de imitar geram custo de imitação, por isso

as empresas concorrentes terão dificuldade para chegar ao mesmo patamar

competitivo daquelas empresas que possuem tais recursos e capacidades.

Ser insubstituível significa que não há recursos semelhantes que

possam ter a mesma utilidade, se combinado com aqueles recursos para gerar

tal nível de competitividade.

Essa capacidade de criar competitividade estratégica e a habilidade

para gerar retornos acima da média é de substancial importância para

sustentar durante muito tempo essa vantagem competitiva obtida.

32A Cadeia de Valor representa a interação entre diferentes funções

organizacionais capazes de criar e levar produtos, serviços e valor ao cliente,

isto é, as funções existentes no ambiente interno da organização.

A Vantagem competitiva é um processo de informação proativo que

conduz o processo decisório e tomada de decisão sejam elas operacionais ou

estratégicas, ela visa descobrir as forças que regem os negócios, para a

redução de risco na hora da tomada de decisão e até a ação antecipada no

mercado, Protegendo sempre todo o conhecimento gerado.

Seu processo informacional é composto de várias etapas ente elas,

coleta de dados através da ética, através de informes formais e informais tanto

do ambiente interno da organização quanto do macro ambiente.

Deve se analisar de forma filtrada e integrada e fazer a devida

disseminação.

A inteligência competitiva teve origem em órgãos internacionais

governamentais, ligados a defesa Nacional que fora posteriormente adaptadas

para as empresas.

As técnicas são utilizadas pela ciência da informação no que diz respeito

ao gerenciamento de dados formais; Pela tecnologia da informação

enfatizando as ferramentas de redes e informações; pela administração

representada por suas áreas de gestão, marketing e estratégia.

As informações devem ser coletadas de forma legal através de

pesquisas, informações públicas, entrevistas fazendo sempre o uso da ética,

pois a espionagem é crime; A Inteligência competitiva é voltada para o

conhecimento do ambiente externo da organização, fazendo o tratamento das

informações obtidas.

Hoje com a globalização as mudanças se tornam muito aceleradas o

que dificulta as organizações na tomada de decisão em longo prazo, por isso

se faz necessária a utilização do sistema de inteligência competitiva, para

fornecer as informações analisadas de forma integrada, para uma tomada de

decisão mais segura e no tempo certo, garantindo assim a sobrevivência da

organização.

33Os maiores benefícios do sistema de IC (inteligência competitiva) são:

• Redução das incertezas na tomada de decisão.

• Visão a longo prazo.

• Previsão de mudanças estruturais e prevenção de surpresas de

tecnologia.

• Melhora no planejamento de curto e longo prazo.

• Identificação de oportunidades e ameaças ao negócio.

• Capacidade de capacidade atual e futura do concorrente e suas

intenções.

• Ganho real de vantagem competitiva pela reação mais rápida.

3.3.1 – Vantagem Competitiva

Vantagem competitiva é a razão pela qual os seus clientes escolhem a

oferta da sua empresa, e não a dos seus concorrentes, exatamente porque

sua oferta tem algo que eles buscam e é única ou melhor do que a oferta dos

concorrentes. Ela é o que faz com que a sua oferta seja a escolhida pelos seus

clientes e clientes potenciais, dentre todas as ofertas disponíveis no seu

mercado.

As características da vantagem competitiva:

A vantagem competitiva precisa ter valor para o cliente. Não basta ser

diferente ou único, essa diferença deve ser desejada, procurada e almejada

pelo seu cliente. Se ela não agrega valor para o cliente ou se ele não se

interessa isso não é vantagem competitiva, e sim um desperdício.

A vantagem competitiva não pode ter outras vantagens competitivas

substitutas sendo disponibilizadas para a concorrência. Caso a concorrência

não possa copiar a vantagem competitiva, mais possa substituí-la, então o

impacto dessa vantagem é neutralizado.

34A organização precisa de recursos e capacidade para fornecer a

vantagem competitiva para seu cliente de forma constante e consistente. Se a

organização não possui recursos, ou não tem algumas capacidades

essenciais, a vantagem competitiva terá vida curta. Fará com que a

organização perca os seus recursos na tentativa de desenvolver essa

vantagem.

A vantagem competitiva precisa ser sustentável. Caso a vantagem

competitiva não possa ser sustentável ao longo do tempo ou se poder ser

facilmente ser copiada pela concorrência, sendo assim ela não dura muito

tempo impedindo a organização de obter resultado no seu mercado de

atuação.

Existem dois tipos de vantagem competitiva, que costume se basear na

estratégia que a empresa costuma utilizar, são elas:

Liderança de custo- É aquela que busca vender pelo menor preço que o

de sua concorrência.

Diferenciação- São diferenciais utilizados para fidelizar os clientes, entre

eles (programas de milhagem, bônus, premiações, mimos...)

Enfoque- Mais utilizados em nichos de mercado específicos.

Na Hipercompetição existem quatro arenas de competição devem ser

consideradas na hora das organizações traçarem suas estratégias

competitivas:

• Preço e qualidade percebida;

• Reservas financeiras;

• Tempo e tecnologia e

• Barreiras a novos entrantes.

O que ocorre no mercado com relação as estratégias competitivas são

utilizadas porque todas empresas tem um objetivo em comum que é a

lucratividade através da satisfação das necessidades de seus clientes, porém

cada uma delas utiliza táticas diferentes, umas se decidem por fornecer

produtos com um melhor preço ainda que a qualidade não seja tão boa assim,

35outras optam por uma excelente qualidade com isso seu preço é compatível,

mais todas buscam atingir uma maior fatia no mercado.

SS ano ambiente, provocados pelos avanços tecnológicos no mercado

como nunca antes.

Nesse ambiente de incertezas torna-se cada vez mais difícil a tomada

de decisão, principalmente se considerarmos o longo prazo.

E uma decisão errada pode levar à organização a falência. A inteligência

competitiva nos da um norte a seguir ajudando assim na tomada de decisão.

3.3.2 – Sociedade da Informação

O peso do conhecimento se torna cada vez maior pois o intangível

cresce mais rapidamente que o tangível, as organizações e todos os aspectos

de negócios mudam com uma velocidade cada vez maior e cada vez mais as

coisas se conectam eletronicamente.

Segundo a Wikipedia A informação é o resultado do processamento,

manipulação e organização de dados, de tal forma que represente uma

modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa,

animal ou máquina) que a recebe. Informação enquanto conceito, carrega uma

diversidade de significados, do uso quotidiano ao técnico. Genericamente, o

conceito de informação está intimamente ligado às noções de restrição,

comunicação, controle, dados, forma, instrução, conhecimento, significado,

estímulo, padrão, percepção e representação de conhecimento.

É comum nos dias de hoje ouvir-se falar sobre a Era da Informação, o

advento da "Era do Conhecimento" ou sociedade do conhecimento. Como a

sociedade da informação, a tecnologia da informação, a ciência da informação

e a ciência da computação em informática são assuntos e ciências recorrentes

na atualidade, a palavra "informação" é freqüentemente utilizada sem muita

consideração pelos vários significados que adquiriu ao longo do tempo.

363.4 – A inovação

A inovação é a exploração com sucesso de novas idéias. E sucesso

para as empresas, pois significa aumento de faturamento, acesso a novos

mercados, aumento das margens de lucro, e diversos benefícios.

Existem várias possibilidades de inovar, a inovação pode ser de produto ou de

processo; Outros tipos de inovações podem se relacionar a novos mercados,

novos modelos de negócio e métodos organizacionais.

Para que uma inovação ocorra de fato, é necessário que seja causado um

impacto significativo na estrutura de preços, na participação de mercado, na

receita da empresa entre outros.

Somente as melhorias contínuas, não são capazes de criar vantagens

competitivas de médio e longo prazo, mas de manter a competitividade dos

produtos em termos de custo.

3.4.1 – Tipos de Inovação

As formas de inovação podem ser classificadas de diversas maneiras.

Entre elas destacamos duas destas visões, quanto ao objeto focal da inovação

e quanto ao seu impacto.

Os objetivos focais da inovação são eles:

Inovação de produto:

Consiste em modificações nos atributos do produto, com mudança na forma

como ele é percebido pelos consumidores.

Exemplo: automóvel personalizado de acordo com a preferência do cliente

Inovação de processo:

Trata de mudanças no processo de produção do produto ou serviço.

Não gera necessariamente impacto no produto final, mas produz benefícios no

37

processo de produção, geralmente com aumentos de produtividade e redução

de custos.

Exemplo: um automóvel produzido por máquinas com tecnologia avançada,

que reduzem o custo operacional final.

Inovação de modelo de negócio:

Considera mudanças no modelo de negócio,ou seja, na forma como o

produto ou serviço é oferecido ao mercado. Implica na forma como que ele é

levado ao mercado.

Exemplo: automóvel é alugado ao consumidor, que passa a pagar uma

mensalidade pelo uso do veículo, com direito a seguro, manutenção e troca

pelo modelo mais novo a cada ano; em comparação ao modelo de negócio

tradicional, em que o veículo é vendido.

Como podemos ver a baixo os impactos causados pela inovação podem ser

imperceptíveis ou radicais ao extremo.

Inovação Incremental: È a execução de pequenas melhorias contínuas em

produtos. Representam pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo

consumidor e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é

consumido ou o modelo de negócio.

Inovação Radical:

Representa uma mudança drástica na maneira que o produto ou serviço

é apresentado. Gerando assim um novo paradigma ao segmento de mercado,

que modifica o modelo de negócio vigente.

Considerando que as inovações são capazes de gerar vantagens competitivas

a médio e longo prazo, inovar torna-se essencial para sobrevivência das

empresas no futuro.

“Aqueles que inovam ficam em posição de vantagem em relação aos demais.”

38

A inovação agrega valor aos produtos e serviços de uma empresa e a

diferencia das demais no ambiente competitivo; Dispondo assim de um alto

nível de competição e cujos produtos são totalmente diferenciados entre os

ofertados no mercado. Aqueles que inovam, ficam em posição de vantagem

em relação aos demais. A inovação é importante porque permitem que as

empresas, adentrem novos mercados, aumentem suas receitas, realizem

novas parcerias, adquiram novos conhecimentos e aumentem o valor

agregado a sua marca.

Os benefícios da inovação não se limitam às empresas. Para os países

e regiões, as inovações possibilitam o aumento do nível de emprego e renda,

além do acesso ao mundo globalizado.

3.4.2 – Competição Acirrada

A rivalidade entre concorrentes normalmente tem sido mais poderosas

do que as cinco forças; Se faz necessário a análise detalhada das armas da

concorrência como: preço, qualidade, designer entre outros.

A concorrência é inevitável, pois os mercados estão hipercompetitivos,

existem empresa iguais em tamanho e capacidade enquanto a demanda por

produtos mostra um crescimento muito lento , que é muito comum em

mercados maduros e estáveis.

O poder de negociação se faz necessário, pois o custo com a matéria-

prima influi muito no preço final pago pelo consumidor; Por isso é essencial

uma boa negociação com os fornecedores, visando a redução dos custos e o

aumento dos lucros, com um preço justo final.

3.4.3 – O Poder de negociação dos clientes

Os clientes são uma força poderosa de competição quando compram em

grande quantidade e quando são grandes, eles representam uma parcela

significativa da produção. Sua força também é mostrada quando eles têm

39como comprar de outras empresas e substituir produtos a um custo mais

baixo, se mostram poderosos quando conseguem determinar a qualidade,

preço e outros condições de venda.

3.4.4 – Estratégias para aumento da lucratividade

Segundo o estudo preliminar realizado pelo Marketing Science

Institute, no período de1970/73 que deu origem ao PIMS, demonstra algumas

estratégias para aumentar a lucratividades das organizações:

Para as empresas de qualquer porte, as principais estratégias são:

A- Deve buscar ser a pioneira no seu ramo, não deixando que os

concorrentes se antecipem para lançar novos produtos e serviços, que a

sua empresa pretenda também lançar;

B- Manter ainda que pequena uma vantagem tecnológica, não relaxando

na qualidade de seus produtos e serviços ainda que os mesmos já

tenham obtido sucesso no mercado;

C- Explorar oportunidades sinérgicas.

São recomendadas as estratégias apresentadas a seguir, pelo PIMS, Para

as empresas que já tem uma grande participação no mercado:

A- Deve manter o equilíbrio entre o preço e a qualidade;

B- Oferecer uma ampla linha de produtos e serviços;

C- Atuar em todo mercado, pois quanto maior a cobertura dos mercados

potenciais, maior será o crescimento das vendas

D- Inovar sempre, ser mais rápido e com maior freqüência que os

concorrentes.

40Se a empresa for pequena ou média, concentrar esforços, visando a

otimização dos resultados.

A- Segmentar o mercado concentra-se em faixas pretendidas no mercado

e explorá-la ao máximo.

B- Oferecer uma linha especializada de produtos e serviços, adequando se

as necessidades prioritárias dos consumidores que representam os

mercados escolhidos.

C- Manter altos padrões de qualidade, para que a empresa conquiste seus

consumidores, vendo a eles produtos e serviços diferenciados com

preços competitivos.

D- Ponderar as despesas mercadologias.

41

CONCLUSÃO

As considerações finais deste trabalho nos remetem ao questionamento

levantado pela problemática aqui apresentada: Como as organizações

devem agir para se manter em um mercado extremamente volátil?

Diante do que foi enfocado, através de conceitos, informações, dados e

opiniões técnicas, o presente estudo conclui que atualmente para que as

organizações se mantenham num mercado que muda a cada momento, se faz

necessário o uso de diversos artifícios desde a implementação de uma

estratégia baseada em seu porte, capital. Ela também precisa fazer seu

planejamento, buscando sempre reavaliá-lo de tempos em tempos e fazer os

devidos ajustes neste planejamento sempre que necessário; Buscando cumprir

sua missão, visando o futuro, baseada nas experiências do passado,

juntamente com a análise dos cenários e as Informações extraídas do mercado

externo que dará um norte a organização.

Mas acima de tudo o estudo consegue relatar que a organização que

nos dias atuais não busca a inovação e permanece estática, corre um sério

risco que compromete a sua permanência no mercado, como no caso da GM,

como relatada no estudo de caso, quase quebrou, depois de ser líder de

mercado nos últimos 70 anos consecutivos, por não dar importância aos sinais

que do mercado apresentava; Mesmo com o alto no preço dos combustíveis

continuou com a sua linha de produção, de carro que consumiam muito

combustível.

Deixando livre o caminho para a Toyota inovar e ser a primeira a lança

o primeiro carro híbrido o Prius, tornando se então líder no mercado, que até

então era dominado pela GM; que por sua vez afundou-se em grande crise

tendo que pedir ajuda do governo para não fechar as portas.

42Fica claro que até as líderes de mercado tem a obrigação de inovar e

atentar para as mudanças externas, senão como muitas outras ficaram

somente na nossa lembrança, devido ao fato de se negarem a mudar e

permanecerem inertes, como se nada estivesse acontecendo, colocando em

risco a sua existência.

O mercado globalizado de hoje exige muito das empresas, pois a

concorrência é mundial; E cada vez mais os clientes se tornam mais exigentes,

preferindo produtos personalizados e de alta qualidade, por isso para se

manter líder no mercado atual a organização, precisa utilizar da vantagem

competitiva que ela disponha.

43

BIBLIOGRAFIA

CERTO, Samuel e Peter, J. Paul. Administração Estratégica: Planejamento

e Implementação da Estratégia. São Paulo, Ed. Makron Books, 1993

PINHO, Djalma. Estratégia Empresarial & Vantagem Competitiva. 6 Ed.-

São Paulo, Ed. Atlas S.A, 2009

KRAMES, A. Jeffrey. A Cabeça de Peter Ducker. Rio de Janeiro, Ed. Sextante,

2010

COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva, 2005..

MONTGOMERY, CYNTHIA A.;MICHAEL PORTER, Estratégia: a Busca da

Vantagem Competitiva Campus, 1998.

ANSOF, H. I. e McDonnell, E. J. Implantando a administração, Ed. Atlas,

1993

Sites visitados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Globaliza%C3%A7%C3%A3o 07/01/2012 http://inventta.net/radar-inovacao/a-inovacao/ 26/01//2012

44

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 08

CAPÍTULO I – A Estratégia ........................................................................................... 11

1.1 – A importância da estratégia .................................................................. 13

1.2 – Cenários ............................................................................................... 14

1.3 – Cenários e Informação ......................................................................... 14

1.4 – Compreendendo a Informação ............................................................. 16

CAPÍTULO II – Gestão Estratégica ................................................................................ 17

2.1 – A Formulação da Estratégia ................................................................ 18

2.2 – Planejamento Estratégico .................................................................... 19

2.2.1 – Conceito e definições de planejamento ......................................... 20

2.2.2 – Importância do Planejamento ......................................................... 20

2.2.3 – Propósitos do Planejamento .......................................................... 21

2.2.4 – Princípios do Planejamento ............................................................ 21

2.2.5 – Níveis de Planejamento.................................................................. 22

2.2.6 – Processo do Planejamento estratégico .......................................... 22

CAPÍTULO III – Processo Decisório ............................................................................ 25

3.1 – Decisões Estratégicas .......................................................................... 25

3.2 – O Descarte ............................................................................................ 27

3.2.1 – Competências Chave....................................................................... 29

3.3 – A Inteligência Competitiva ..................................................................... 30

3.3.1 – Vantagem Competitiva..................................................................... 31

3.3.2 – Sociedade da Informação .............................................................. 33

3.4 – A Inovação ............................................................................................ 34

3.4.1 – Tipos de Inovação .......................................................................... 34

3.4.2 – Competição Acirrada ...................................................................... 36

3.4.3 – O Poder de negociação dos clientes .............................................. 37

3.4.4 – Estratégias para o aumento da lucratividade ................................. 37

CONCLUSÃO ................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 43

ÍNDICE .............................................................................................................. 44

FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 45

45FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: