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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ARTE NA CLÍNICA FONOAUDIOLÓGICA Por: Nair de Farias Rego Neta Orientador Prof. Dayse Serra Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ARTE NA CLÍNICA FONOAUDIOLÓGICA

Por: Nair de Farias Rego Neta

Orientador

Prof. Dayse Serra

Rio de Janeiro

2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

ARTE NA CLÍNICA FONOAUDIOLÓGICA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Arteterapia em

Educação e Saúde.

Por: Nair de Farias Rego Neta

3

AGRADECIMENTOS

A minha Mãe Terezinha Maria, a Deus,

a Cristina Maria, aos Professores e

amigos.

4

DEDICATÓRIA

Dedico a meus professores por me

mostrarem como a arte pode ser útil na

terapia.

5

RESUMO

O desenho é uma atividade vista pelo fonoaudiólogo como muito

importante no trabalho clínico, embora restringia- se à função de atividade

lúdica, com vistas a motivar as crianças e a preencher o tempo, mas o

conhecimento teórico trabalhado na grade curricular do curso não prepara

adequadamente o futuro profissional no que diz respeito ao embasamento

sobre o desenvolvimento gráfico.

Dada a imensa riqueza da imaginação e da produção plástica da

criança, não basta que o desenho seja utilizado como atividade lúdica ou

maturacionista. Essa linguagem merece ocupar um espaço genuíno, legitimado

por seu valor semiótico e interacional (Luchesi e Reily, 2005).

O diálogo com outros profissionais, como educadores e professores de

arte, no contexto acadêmico, tem contribuído para aprofundar suas bases

teóricas, mesmo que esse intercâmbio nem sempre seja reconhecido.

Através da metodologia RAMAIN- THIERS, a arte e seus trabalhos

manuais, em grupo ou individualmente, trazem à tona emoções e exprimem

elementos que muitas vezes o indivíduo não tem coragem de expor.

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METODOLOGIA

Através de contato com a metodologia Ramain- Thiers em estágio

realizado com crianças cegas do Instituto Benjamin Constant, nota- se a

importância e a relevância do uso de materiais plásticos, técnicas artísticas e

todo o tipo de trabalho manual realizado na clínica Fonoaudiológica em grupo

ou individualmente.

O presente trabalho será baseado em pesquisa bibliográfica de artigos,

livros e sites da internet.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Terapia e Arteterapia 09

CAPÍTULO II - Terapia de Grupo 13

CAPÍTULO III – Metodologia Ramain- Thiers 17

CAPÍTULO IV – Técnicas Arteterapeuticas 19

CONCLUSÃO 26

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 26

BIBLIOGRAFIA CITADA 27 FOLHA DE AVALIAÇÃO 28

8

• INTRODUÇÃO

Este trabalho visa ilustrar como a arte pode colaborar com a terapia

Fonoaudiológica, através de atividades lúdicas e divertidas. O uso de tintas,

cores, recorte e colagem, dança, teatro, CORPO, é um recurso facilitador para

trazer o paciente para a terapia, pois esta torna- se prazerosa e ele se sente

mais a vontade para mostrar- se e perceber- se, seja na terapia individual ou

em grupo.

Através da metodologia RAMAIN- THIERS, a arte e seus trabalhos

manuais, em grupo ou individualmente, trazem à tona emoções e exprimem

elementos que muitas vezes o indivíduo não tem coragem de expor.

Refletir sobre o prognóstico do paciente que é assistido por profissional

que usa a arteterapia como recurso terapêutico.

Este espaço vazio, "entre" o psico e o motor, fica a conceituação atual

da Psicomotricidade. Este espaço "entre" pode ser exemplificado de varias

formas, é aquele espaço, onde na aridez de um solo castigado, nasce a

vegetação. O espaço ENTRE - é o espaço de VIDA. Freud dizia que entre a

psique e o soma existia muito a ser desvendado e estamos nós aqui, no final

do milênio a falar da forma com que a Psicomotricidade pôde ocupar este

espaço.

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• CAPÍTULO I

TERAPIA E ARTETERAPIA

O CONCEITO

TERAPIA Existem vários tipos de terapia: Acupressura, Acupuntura, Agoraterapia,

Análise bioenergética, Arteterapia, Crenoterapia, Cristalterapia, Cura Quântica,

Remédios Florais de Bach, Fitoterapia chinesa, Fotografia Kirlian,

Gemoterapia, Homeopatia, Hipoterapia, Hipnoterapia, Iridologia, Medicina

ayurvédica, Mesoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Psicoterapia, Quiropraxia,

Reflexologia, Rudraksha, Shiatsu, Tai Chi, Talassoterapia, Terapia Corporal,

Terapia de diagnóstico,Terapia da polaridade, Terapia holística, Terapia

nutricional, Terapia ocupacional, Vinoterapia.

• Terapia (do grego: θεραπεία - "servir a deus") ou terapêutica significa

o tratamento para uma determinada doença pela medicina tradicional,

ou através de terapia complementar ou alternativa.

(www.wikipedia.org)

• Terapia Tratamento cuja finalidade é curar ou aliviar um estado

deteriorado, para que o funcionamento normal do organismo se

restabeleça. (www.espirito.org.br)

ARTETERAPIA

Segundo Maria Cristina Urrutigaray, a atuação psiquiátrica compreende que o

retorno gradual à razão e ao raciocínio claro, objetivo e coerente depende da

possibilidade de fazer escolhas, e de interagir criativamente com o meio social.

Seguindo nesta direção, Hermann Simon vê na Terapia Ocupacional um

modelo ideal aos procedimentos de juízos lógicos, imprescindíveis à

10

manutenção da vida psíquica. A ativação de núcleos da personalidade, ainda

intactos aos efeitos dos sintomas psicógenos, daria á ação terapêutica um

sentido educativo e social. Schneider acrescenta ao termo a característica de

sua prática possibilitar uma integração a supressão da instabilidade psíquica.

Nos centros de reabilitação psiquiátricos, inicia- se primeiramente com pessoas

com formação artística. O trabalho era direcionado a proporcionar instruções

técnicas rudimentares aos pacientes com o intuito de acamá- los, estimulando-

os a realizar cópias de paisagens, de figuras diversas ou como meio de

canalizar emoções fortes de maneira menos ameaçadora.

Para Freud, a arte é um produto de uma neurose que se encontra sublimado,

isto é, a arte adquire uma característica defensiva bem sucedida de um

conflito, que por sua própria caracterização de foco de tensão, possibilita uma

adequação social ao ego.

Percebe- se que a arte é explicada como sendo a manifestação de um mero

sintoma, e não um ato genuíno de criatividade.

Com Jung a arte já se vincula aos postulados de sua psicologia analítica, por

considerar suas configurações portadoras de conteúdos simbólicos, originários

do inconsciente como receptáculo e matriz dos mesmos, capazes de serem

submetidos à investigação psicológica, e por permitir o questionamento acerca

do sentido dado à obra. O inconsciente dinamiza e cria conteúdos novos,

assim como também guarda conteúdos dos quais a consciência gostaria de se

libertar. A criação concebida possibilita uma reorganização criativa, onde novos

caminhos, como sua linguagem e o sentido de orientação dela desprendido,

dão espaço para desenvolver experiências onde a sensibilidade pode unir- se

à racionalidade, originando novos cenários possíveis à vida humana.

Ainda através de Urrutigaray, da nomenclatura de terapia ocupacional, a

arteterapia desprende- se para um modo de atuar, pelo qual a utilização de

materiais plásticos gera um efeito na psique. Ao representar à consciência

imagens imaginadas em criadas, o individuo estabelece uma nova relação com

suas imaginações, passando de um estado de uma ausência de inclusão em

suas atividades para uma atuação transformada, por assumir seus atos como

próprios, diante da criação formalizada.

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Nise da Silveira, como grande admiradora de Jung, teme a nomenclatura de

Arte na modalidade terapêutica, pois assim como também em Jung, as

produções deveriam estar desprovidas de valor artístico, para não estarem

submetidas a julgamentos quanto aos padrões estéticos presentes na arte

como tal. Para ambos, a denotação de artista para um cliente estaria

desvirtuando a finalidade do exercício: o de trazer à luz um conteúdo

inconsciente para ser confrontado e integrado. O olhar para a produção como

obra de arte perderia o senso inicial proposto, por estar direcionado a outra

finalidade critica.

A finalidade da arteterapia consiste em possibilitar a emergência de uma

imagem imaginada transposta em imagem criada, a partir da utilização de

materiais plásticos, que cedem sua flexibilidade e maleabilidade a quem os

utiliza, para expressar seus conteúdos íntimos. Busca um visualizar de

conteúdos expressivos, onde a forma converte a expressão subjetiva em

comunicação objetivada.

A Arteterapia distingue-se como método de tratamento psicológico, integrando

no contexto psicoterapêutico mediadores artísticos. Tal origina uma relação

terapêutica particular, assente na interação entre o sujeito (criador), o objeto de

arte (criação) e o terapeuta (receptor). O recurso à imaginação, ao simbolismo

e a metáforas enriquece e incrementa o processo.

As características referidas facilitam a comunicação, o ensaio de relações

objetais e reorganização dos objetos internos, a expressão emocional

significativa, o aprofundar do conhecimento interno, libertando a capacidade de

pensar e a criatividade. (Ruy de Carvalho, 2001).

1.1 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E TÉCNICOS

Pode- se falar de Arte-Terapia, sendo estas intervenções psicoterapêuticas

que recorrem aos mediadores: Pintura, Desenho, Modelagem, Escultura,

Colagens, Drama e Jogos Dramáticos, Marionetes, Jogo de Areia, Expressão

Corporal, Música, Canto, Poesia, Escrita Livre Criativa e Contos. Através do

objeto de criação temos acesso a informação e registro sobre o que é, acerca

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de quê e para quê, como e porquê, sentimentos no momento e após,

benefícios para o próprio e para os outros, etc. Assim o objeto de arte tem uma

função cognitiva, fornecendo ao sujeito informações sobre si próprio e ao

Arteterapeuta um registro do processo.

No contexto da Arteterapia, a facilitação de tal tomada de consciência pode ser

importante para promover a riqueza, a vitalidade e a qualidade de vida.

MODELO POLIMÓRFICO DE ARTETERAPIA Foi desenvolvida pela S.P.A.T. (Sociedade Portuguesa de Arte Terapia) uma perspectiva polimórfica de Arteterapia. Este modelo compreende quatro modos de intervenção: 1. Arteterapia Educacional ou Estruturada É uma abordagem semi- diretiva ou diretiva, em que o Arteterapeuta estabelece um plano de trabalho a desenvolver em comunidades terapêuticas, centros de Reabilitação e Escolas, entre outros. 2. Arteterapia Vivencial ou Expressão pelas Artes Neste tipo de intervenção privilegia-se a Expressão Criativa pelas Artes, facilitando-se a descoberta interior através do imaginário e o desenvolvimento da criatividade. É particularmente indicado para trabalho em instituições de tratamento psicótico. 3. Artepsicoterapia Integrativa Corresponde a uma abordagem não diretiva, podendo ser integrados os diferentes mediadores: Pintura, Desenho, Modelagem, Escultura, Colagens, Drama e Jogos Dramáticos, Marionetes, Jogo de Areia, Expressão Corporal, Música, Canto, Poesia, Escrita Livre Criativa e Contos. 4. Artepsicoterapia Analítica-Expressiva Neste modo de intervenção adota-se uma perspectiva intersubjetiva. O processo decorre como em qualquer outro analítico, servindo o objeto de Arte como suporte para o aprofundar da compreensão interna e elaboração. (Ruy de Carvalho, 2001)

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• CAPÍTULO II

TERAPIA DE GRUPO

O CONCEITO

TERAPIA DE GRUPO

A revisão da literatura evidencia tendência de se reconhecer o cliente como

agente de sua própria mudança, e é colocada em relevo a forma particular que

este processo assume na psicoterapia de grupo.

Nos anos 80, pesquisadores chegaram ao consenso sobre a superioridade da

psicoterapia em relação à ausência de tratamento. Entretanto, no mesmo

período, outro dado causou grande impacto: não existe superioridade de um

sistema psicoterápico em relação a outro em termos de resultado.

Portanto, todas as psicoterapias, independentemente do modelo teórico e

técnicas pertinentes, são relativamente equivalentes na maioria das condições

clínicas e psicológicas.

Exceto em determinados transtornos específicos, como quadros graves de

agorafobia e de pânico. Estudos controlados e com metodologia criteriosa

indicam que a psicoterapia de grupo é eficaz. E, além disso, é tão eficaz

quanto a psicoterapia individual.

A psicoterapia de grupo representa mais um recurso que pode ser empregado,

associado ou não à modalidade individual, no decorrer do processo

psicoterápico. São duas condições distintas e que se complementam. Uma não

impede a aplicação concomitante da outra. Mas para que o paciente inicie o

grupo, necessita passar pela modalidade individual, para que se forme a

aliança terapêutica. Um bom relacionamento proporciona ambiente seguro e

confiável, envolve, integra e mobiliza o cliente no processo que se propôs

desenvolver: aprender, compreender, controlar e enfrentar as adversidades da

vida.

Wolberg salienta que o processo psicoterápico tem por objetivo modificar

padrões de comportamento inapropriados que dificultam o processo de

desenvolvimento pessoal.

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Não importa qual técnica. É necessário oferecer ao paciente, condições para

desenvolver sua própria mudança. A técnica corresponde a elementos que

ativam e mobilizam o potencial e a propensão natural de recuperação.

Contudo, é o empenho do cliente que faz a psicoterapia funcionar e atingir o

resultado almejado. Deve-se considerar que o cliente pode preferir ou se

adaptar melhor a uma ou a outra orientação. Podemos nos deparar com

aquele que é capaz de empregar, dentro de certos limites, não importa o que

lhe seja oferecido como técnica, enquanto outro, muito pelo contrário, apenas

a abordagem mais compatível com sua forma de agir na vida. Pode-se afirmar

que o cliente traduz o aprendizado obtido na terapia em informação que faça

sentido para sua vida.

Oferecem entre si recursos diversos: informações, idéias, interpretações,

apoio, feedback, conselhos, sugestões de estratégias e procedimentos. E cada

um, na sua condição peculiar, estabelece a direção que lhe seja mais

produtiva. Um paciente altamente motivado fortalece a disposição do outro

para engajar-se de forma mais efetiva na busca de transformações.

Isso não quer dizer que o terapeuta tenha função secundária; na verdade ele

atua como regente da sessão: sua sabedoria e habilidade são essenciais para

estabelecer e manter a cultura do grupo (normas e valores), mobilizar as

dinâmicas (coesão, regras e compromisso de mudança) e as forças intrínsecas

do grupo (fatores terapêuticos), e assegurar andamento apropriado. Há

pacientes que ao serem convidados a participar do grupo referem: aceito o

convite, mas não garanto que venha a falar. Entretanto, existe um clima que é

criado no grupo que favorece a auto-revelação, e ocorre o contágio afetivo. A

revelação de um estimula o outro a se expor. O simples ato de expressar suas

preocupações favorece uma atitude de reavaliar e recompor o problema e

colocá-lo em nova perspectiva.

Entre os mecanismos descritos pela literatura, um que muito contribui para a

mudança é o aprendizado por intermédio do outro. É mais fácil ver no outro o

que não se consegue reconhecer em si próprio.

Algum nível de identificação é necessário para garantir a coesão grupal.

Aprendizado interpessoal corresponde ao feedback que o paciente recebe dos

15

seus colegas, informando-lhe dados a seu respeito. Desta forma, tem chance e

liberdade de fazer as correções necessárias.

Um paciente pode sentir-se estimulado não somente pelo seu progresso, mas,

também, observando a melhora obtida pelos outros participantes e considerar:

se os demais conseguem, eu também posso conseguir! É o que se descreve

por instilação de esperança. Fé e esperança são importantes para mobilizar a

motivação, o esforço, a perseverança, a criatividade e as energias do paciente

na luta e resolução da dificuldade. Os fatores expectativa e esperança têm

influência tão importante quanto a técnica no processo de mudança,

correspondendo a 15% do resultado de melhora.

No decorrer da terapia de grupo existe um estágio de desenvolvimento

denominado diferenciação, caracterizado pela polarização, com os

participantes enfatizando seus próprios conceitos de vida. Com grande

probabilidade podem ocorrer atritos. Os integrantes do grupo aprendem a lidar

com desafios e confrontos dentro de um contexto construtivo: avaliam o

conteúdo do que foi revelado, o impacto causado nos demais e a reação que

tiveram durante a discussão. No processo de reflexão, têm oportunidade de

descobrir em si próprio, semelhanças de emoções, reações ou

comportamentos que haviam criticado no outro. No final, a habilidade adquirida

em suportar diferenças e sentimentos conflitantes acaba representando o

amadurecimento desenvolvido.

No grupo, quatro papéis sociais se destacam entre os participantes: o sociável,

o estrutural, o acautelador e o divergente. No primeiro, o cliente aprende a

desenvolver um espírito conciliador, procura integrar e auxiliar os colegas. No

segundo, o paciente garante a estrutura e organização das atividades. No

papel acautelador, avalia cuidadosamente a situação antes de expressar sua

opinião e de se comprometer, priorizando a reflexão à ação. Esse tipo de

paciente destaca a autonomia individual. Finalmente, o papel divergente: o

paciente que assume esta função pode ser rejeitado numa primeira fase, mas

posteriormente acaba sendo aceito e contribui para que os participantes

aprendam a lidar com as diferenças, encontrar mecanismos para resolução de

16

conflitos e constatar que o aprendizado é adquirido tanto pela diferença quanto

pela identificação.

Na terapia de grupo o participante, ao dialogar com os colegas, está

simultaneamente pensando no que está dizendo e analisando como os outros

estão respondendo, se aquilo que estão colocando é plausível e se faz sentido,

se encaixa ou não com seus objetivos. Compara suas experiências e seu

comportamento com os dos demais participantes e, inclusive, destes com

elementos que foram ou são significantes em sua vida. Até mesmo aquele

cliente que parece estar passivo e aceitando tudo o que se passa sem reagir,

comparecendo regularmente nas sessões, na verdade pode estar ativamente

engajado com o seu propósito e processando as informações, considerando o

que pode obter do grupo e o que necessita para promover a mudança que

almeja.

17

• CAPÍTULO III

RAMAIN THIERS

O CONCEITO

A Sociopsicomotricidade foi apresentada ao mundo científico em 1992. É uma

metodologia franco- brasileira de Psicomotricidade que faz a leitura emocional

do movimento humano, tendo a Psicanálise Aplicada e as Teorias de grupo

como suportes para a compreensão da dinâmica grupais. Ramain é um

método psicomotor criado na França por Simonne Ramain, e aplicado em

nosso país por Solange Thiers, coordenadora Ramain do Brasil.

A formação do terapeuta é um trabalho artesanal, porque o Ser Terapeuta é

uma função conquistada e não somente apreendida. A conquista na

Psicomotricidade se faz por aqueles que puderam submeter-se a processos

terapêuticos emocionais corporais, que puderam mobilizar seus conteúdos na

relação consigo mesmo e com o outro e o outro, e que conseguem colocar-se

de forma íntegra no mundo.

Os settings terapêuticos, que formam a pessoa do terapeuta, oferecem

vivência sócio-psicomotoras cuja dinâmica psicoterapêutica de grupo inclui a

Psicomotricidade Diferenciada, o Trabalho corporal e a Verbalização.

Vivemos um momento na Psicomotricidade em que a separação psico e motor

não são mais tão valorizadas. Ramain-Thiers já conceituava o ser como único,

indivisível, tanto para manifestações psíquicas, como para demandas

corporais. Havia, entretanto, um espaço vazio que dificultava a integração.

Este espaço entre o psico e o motor é suficientemente bom segundo Winnicott,

no qual a relação mãe e filho se estabelece, é o espaço que se forma através

da relação e que garante a capacidade de viver melhor na sociedade.

Para Ramain-Thiers, a inibição psicomotora, a hipercinesia, a agressividade

são formas da criança vivenciar seus conflitos psíquicos depositados na ação

motora. Dependendo da dinâmica do grupo o terapeuta faz escolha de

propostas não diretivas semi- diretivas ou diretivas. Esta escolha torna-se

18

variável em relação às defesas que precisam ser trabalhadas.

São oferecidas propostas diretivas quando o grupo pede limite, necessita da

autoridade do terapeuta como referência para sair da transgressão, da

perversão.

As propostas livres são oferecidas quando o grupo precisa revivenciar

situações arcaicas, descobrir o desejo.

Estas atividades tem por finalidade, simultaneamente, oferecer espaço à

liberdade corporal, quebrar automatismos, favorecer a descoberta, minimizar a

racionalização e o controle. Entretanto, não devem ser oferecidas só propostas

livres porque isto fortalece a introjeção de não sair do narcisismo e esta é a

patologia social atual.

O que diferencia Ramain Thiers de outras correntes de Psicomotricidade - é a

correlação que se estabelece entre atividades de coordenação motora fina e

emocional. As propostas de recorte oferecem possibilidades de vivências de

separação. Os quebra- cabeças, na procura de peças iguais, remete a busca

de modelos de identificação para reconstrução de figuras parentais e as

construções tridimensionais favorecem a revivência edipiana que já se instalou

na dinâmica de grupo.

A motivação é um problema complexo, dinâmico, mutável e fluido. Ela varia no

tempo e no espaço, de acordo com a situação e o indivíduo. Varia no mesmo

indivíduo em épocas e situações diferentes. Seus fatores ou razões, ou seja,

os motivos humanos, exibem forças diversas, tanto em pessoas e situações

diferentes, quanto na mesma pessoa em situação e época distintas. O que é

bom hoje, poderá ter efeito oposto amanhã, dependendo da personalidade do

indivíduo (sua inteligência, caráter, valores, atitudes, expectativas e

percepções) e da situação (com seus inúmeros aspectos e influências

ambientais, pessoais, financeiros, políticos, econômicos, religiosos, sociais,

psicológicos, culturais, educacionais, científicos, técnicos, tecnológicos,

gerenciais e administrativos).

19

• CAPÍTULO IV

TÉCNICAS ARTETERAPÊUTICAS E FONOAUDIOLOGIA

MATERIAIS

Em arteterapia, lançamos mão de técnicas, recursos e materiais para

cada tipo de transtorno, conforme a necessidade do paciente.

Cada pessoa tem sua personalidade e não é todo tipo de material que pode

ser utilizado por todos. Uns se adaptam com materiais mais fluidos, outros com

materiais mais rígidos, materiais maleáveis e outros com todo o tipo de

material.

Se durante a sessão, o paciente não se adaptar, não será obrigado a

utilizar o material, pois a proposta de terapia é de auxiliar o paciente, não piorar

o quadro em que se encontra. De nada adianta uma sessão onde o paciente

utilize materiais que lhe causem sensações ruins. Nesses casos, muda- se o

foco, ou o material para que de alguma maneira ele não se sinta desintegrado

do grupo.

Em arteterapia, trabalhamos com criatividade, portanto, nada como ter

um vasto material, formado por todos os tipos de papéis (ofício, A3, A4,

colorido, crepom, vegetal, glacê, seda, metalizado, pedra, celofane,

craft,alumínio, lixa, cartolina, papelão, pardo, etc); materiais secos (lápis de

cor, grafite, giz de cera, pastéis a óleo, canetas hidrográficas, carvão); tintas

(aquarela, guache, tinta acrílica, pintura a dedo, cola colorida, anilina, nanquim,

tinta vitral, tinta plástica); materiais tridimensionais (argila, massa de modelar,

biscuit, sucata); materiais para colagem (revistas, jornais, tecido, E.V.A.,

purpurina, lantejoulas, miçangas, canutilhos, fitas, barbante, lã, linha, fotos);

materiais complementares (pincéis, brochuras, espátulas, tesoura, estilete,

cola, goma, fita dupla face, borracha, gaze gessada, conchas);

Para começar o trabalho, como cada individuo é único e dotado de

personalidade, no grupo buscamos pessoas com traços de personalidade

próximos. Mesmo assim, a cada dia temos um humor diferente, por esse

20

motivo, é recomendado começar com um relaxamento breve, que pode variar

com música, com exercícios respiratórios, etc.

Com pacientes tímidos, introspectivos, utiliza- se materiais fluidos,

aquosos, tintas, etc; para que possam expandir- se, criar.

Pacientes muito ativos, extrovertidos, utiliza- se materiais rígidos, lápis

de cor, giz de cera; para que possam focar a atenção, concentrar- se no

trabalho.

No primeiro momento de terapia em grupo, o trabalho proposto pode ser

a técnica da colagem, para propiciar a interação. O terapeuta deve ter figuras

prontas, recortadas, para não deixar o paciente “perder- se” nas revistas.

TÉCNICAS – linguagem, indicação e propriedade

• Colagem – indicada para cronologias diversas; facilidade operacional;

ordenadora; estruturadora; sintética; integradora; facilitadora do início do

processo arteterapêutico.

• Fotografia – resgate de memórias afetivas; restauração do percurso

biográfico; percepção da autoimagem; renovação e ampliação de um

olhar estético; ponte para outras linguagens plásticas como pintura e

colagem; documentário.

• Pintura – facilidade operacional; ativar o fluxo criativo; faciltar a liberação

de conteúdos inconscientes; desbloquear; experimentações sensoriais e

lúdicas com a cor; experimentação com o inusitado (pigmentos líquidos

em movimento); dissolver (através das experiências de diluição com a

cor); facilitador de inícios de processos em arteterapia; expansão,

abranger superfícies através da cor; percepção emocional das cores;

experimentações com texturas e cromatismo.

• Desenho – expressão conceitual através da forma; percepção espacial;

percepção das relações luz- sombra; delimitar e designar; expansão do

movimento gráfico; delinear e configurar; objetividade; percepção de

ponto- traço- linha (alfabeto visual); coordenação psicomotora entre

figura / fundo; coordenação viso- motora.

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• Tecelagem – reunir; tramar; estruturar; integrar; relacionar; ordenar;

urdir; organizar; desembaraçar.

• Costura – reunião de segmentos; gradualidade; paciência; delicadeza;

minúcia; lentidão; ritmo harmônico; ordenação.

• Modelagem – contribuir em atividade de reabilitação motora; facilitar a

transição do abstrato ao concreto; iniciação à percepção de volume;

iniciação a percepção de tridimensionalidade; ativação da percepção

tátil.

• Mosaico – reunir; ordenar; resignificar; reencantar o olhar; percepção

espacial; reutilizar; integrar.

• Construção – edificar; reunir; integrar; compor; coordenar; equilibrar;

edificar; construir; reconstruir; agregar.

• Criação de personagens – ativação do imaginário; percepção de

informações de níveis inconscientes; ativação da expressividade e da

comunicação simbólica; estruturação de conteúdos inconscientes;

ordenação espacial; integração de segmentos; integração de várias

linguagens plásticas e expressivas.

• Escrita criativa – ordenação de temas; integração entre o campo

simbólico de imagens e palavras; fluência de comunicação; diálogo

silencioso entre fragmentos de si mesmo; escrita como geradora de

imagens plásticas; documentário de afetos; escrever para compreender;

simplicidade operacional; acesso gradual a conteúdos inconscientes;

escrita como desenho de sons internos ou externos; desbloqueio

criativo.

• Contos – criatividade (solução criativa para variáveis adversas);

apresentar gradualmente conflitos x resolução; propiciar reflexões e

insights; interação lúdica; ampliação da percepção pelo contato com

questões arquetípicas e transculturais; contatar eventos comuns à

dimensão humana; ativar o imaginário; favorecer o autoconhecimento;

ativação e desenvolvimento da comunicação oral.

• Consciência corporal – preparação para as atividades do processo

arteterapêutico; relaxamento; consciência proprioceptiva; desaceleração

22

dos ritmos vitais; consciência dos movimentos respiratórios; expressão

através do simbolismo corporal de imagens plásticas; consciência dos

pontos de articulação do próprio corpo; reconhecimento de potenciais e

limites corporais; centramento; enraizamento; vitalização

FONOAUDIOLOGIA

Wesson e Salmon (2001) oferecem suporte empírico, que comprova a

eficácia do desenho e da encenação em paralelo com a verbalização para

narrar episódios carregados de sentimentos fortes (alegria, tristeza e medo),

mostrando que os meios artísticos de narração promoveram maior

detalhamento descritivo nos relatos do que as crianças relatando verbalmente

suas lembranças. As autoras desenvolvem reflexões sobre o papel do desenho

e da dramatização no contexto clínico, quando dos momentos de entrevista da

criança, válidas também para o contexto clínico da fonoaudiologia.

O desenho instiga determinadas verbalizações enquanto está sendo

produzido, e a fala promove uma série de marcas gráficas, afirma Silva (2002).

Linguagem verbal e desenho estão ligados de múltiplas maneiras, reveladas

no decorrer da atividade gráfica. A criança em idade pré-escolar fala quase o

tempo todo enquanto desenha, e se manifesta de diversas formas durante

suas ações e interações ao desenhar: compara os tamanhos dos gizes de

cera; imita figuras dos colegas; provoca sonoridades com os instrumentos;

expõe sua produção; critica e avalia as produções dos colegas, sugere, ajuda,

e muito mais.

Vygotsky (1988; 2003) e Ferreiro (2003), concebem o desenho como um

estágio preliminar no desenvolvimento da escrita. Esse potencial é de interesse

para a Fonoaudiologia, que estuda não apenas a linguagem oral como também

a linguagem escrita.

Segundo Luchesi e Reily (2005), dentre as formas de uso do desenho,

muitas vezes são propostos desenhos prontos. O termo “desenho pronto” inclui

uma variedade de imagens em papel oferecidos à criança com objetivos

pedagógicos, visando desenvolvimento de coordenação psicomotora, para

23

ocupar o tempo ou para lazer. Desenhos em traços pretos, geralmente de

figuras contornadas que possam ser preenchidas, coloridas a lápis de cor,

caneta hidrográfica ou giz de cera. Nesse gênero encontram-se folhas

mimeografadas, desenhos xerocados e também livretos para colorir vendidos

em bancas de jornal. A variedade de propostas é muito grande, mas tudo pode

ser entendido como desenho pronto: figuras incompletas, cujo objetivo é

finalizar um desenho seguindo uma seqüência numérica; figuras para

reproduzir, traçando sobre uma folha translúcida; propostas envolvendo

preenchimento de cor seguindo um código numérico, etc.

Para que sua produção seja considerada “bonita” ou “adequada”, deve

seguir o padrão estabelecido pelo adulto. Do ponto de vista dos professores de

arte, bem como de psicólogos escolares, os desenhos prontos são prejudiciais

e podem levar à limitação do potencial criativo e expressivo da criança. O

resultado pode ser a inibição da expressão espontânea da criança: para não

correr o risco de frustrar as expectativas do adulto, ela pode deixar de

desenhar, quando apenas determinado tipo de desenho é permitido ou

valorizado (Silva, 2002). As críticas baseiam-se no fato de que os desenhos

prontos trazem um repertório imagético restrito e empobrecido, baseados em

padrões produzidos por adultos, sem considerar os esquemas gráficos

construídos pela criança nos seus processos iniciais de exploração das

possibilidades dos instrumentos de desenho, bem como da constituição de

uma linguagem visual e expressiva.

Não se deve entender que o padrão do adulto seja o objetivo a ser

atingido pela criança, já que, no desenho, as convenções podem ser

partilhadas por parceiros variados (um punhado de crianças, uma criança e um

adulto, uma sala de aula ou toda uma sociedade).

Segundo estudo realizado por Bohn et alii (2004), professores que

valorizavam o lúdico nas atividades escolares obtinham maior envolvimento

dos alunos nas atividades que tinham um grau maior de exigência acadêmica.

Nos trabalhos terapêuticos com crianças, existe um corpo de

conhecimentos bastante sólido, desenvolvidos a partir dos trabalhos das

precursoras Melanie Klein (2003) e Anna Freud (2002), seguidas

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posteriormente por Donald Winnicott (2005a; 2005b), que também apóiam o

desenho expressivo na infância, embora os objetivos sejam diferentes. Nos

trabalhos de linha psicanalítica, a produção do desenho pela criança permite o

desenvolvimento de um espaço de escuta, onde o paciente pode revelar suas

angústias, ansiedades e raivas sem temer a repreensão. Sabe-se que as

crianças desenham no contexto da clínica fonoaudiológica, porém essa

produção não tem recebido a atenção merecida, já que, na literatura

fonoaudiológica, o desenho é pouco tematizado.

De acordo com Araújo (2002), ele pode ser visto como atividade lúdica e

prazerosa; em alguns casos, é compreendido como facilitador da interação do

terapeuta com a criança, mas raramente como recurso terapêutico genuíno.

Na literatura produzida no exterior, alguns trabalhos consultados mostram que

o desenho tem sido utilizado na terapia fonoaudiológica com crianças para

criar um espaço de escuta e convite à participação no processo terapêutico.

Adultos com gagueira, utilizam o auto-retrato como instrumento para investigar

aspectos de autoconceito relacionados às ansiedades provocadas pela

gagueira.

Ainda citando Luchesi e Reily (2005), alguns profissionais concebem o

desenho como uma atividade simbólica, representativa de sentimentos,

emoções e experiências, tanto concretas quanto imaginárias, outros o vêem

somente como atividade lúdica, motivadora no contexto terapêutico, outros, no

entanto, percebiam que as crianças gostavam do desenho, mas ainda não

haviam pensado mais a fundo sobre o papel do desenho no desenvolvimento

infantil. A maioria dos fonoaudiólogos usa o desenho, tanto em avaliação como

em terapia. Em avaliação, é geralmente utilizado com o intuito de conhecer a

respeito de aspectos emocionais, motores e cognitivos da criança, além de

ajudar a criar vínculo com o terapeuta. O desenho de uma criança tímida é

diferente do desenho de uma criança agitada, falante ou extrovertida. O

desenho assume diversos papéis, desde construtor dos conceitos de esquema

corporal e espacial, e aprendizagem de léxico até auxiliar em exercícios de

motricidade oral e voz.

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Quanto à função do desenho na clínica, seu uso foi predominante no

trabalho com linguagem oral e escrita (falar enquanto desenha, falar e/ou

escrever sobre o que desenhou, desenhar sobre o tema da conversação,

sobre o que o leu). No momento de interpretar o desenho da criança, os

profissionais devem ficar atentos à organização das marcas na folha (espaço

preenchido, direção da folha); às cores usadas (grande parte acredita que

devam corresponder ao objeto real); o desenho da figura humana é examinado

com atenção, alguns acreditam que a ausência de membros ou desproporção

marcante é significativa de atraso ou problemas emocionais.

CONCLUSÃO

O paciente em terapia, busca respostas para suas angústias e, usando a arte,

“fala” mais facilmente sobre suas emoções. Através de desenhos, pinturas,

moldagens, etc, o que era difícil de dizer ou o que estava no inconsciente

aflora e o paciente desenvolve. A terapia de grupo auxilia pois os pacientes

trocam experiências, descobrem que não são os únicos a terem inquietações e

dilemas. São capazes de ajudar seus companheiros e, assim, crescerem

também.

Durante o processo de criação de sua ”obra”, o paciente verbaliza, tem contato

com materiais e interage com o grupo, tudo isso aumenta sua autoestima.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

• BECHELLI, Luiz Paulo de C. e SANTOS, Manoel Antônio dos.

Psicoterapia de grupo e considerações sobre o paciente como agente

da própria mudança. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2002,

vol.10, n.3, pp. 383-391. ISSN 0104-1169.

• RAMAIN, Simonne. Princípio Geral do Método Ramain. 1964 in Caderno

Ramain. Material de Leitura da Terceira Etapa. Cesir.1988

• THIERS, Solange. Sócio-Psicomotricidade Ramain-Thiers. Uma leitura

emocional, corporal e social. São Paulo. Casa do Psicólogo. 1994

• NIGRO-ROCHA, Eliana Maria. As rupturas na fala da criança "fluente" e

da criança "disfluente". Monografia de mestrado em Linguística

Aplicada. PUC - São Paulo. 1989

• URRUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia: a transformação pessoal

pelas imagens. Rio de Janeiro: WAK; 2003

• PHILIPPINI, Angela. Linguagens e materiais expressivos em arteterapia:

uso, indicação e propriedades. Rio de Janeiro; WAK; 2009.

• LUCHESI, Karen e REILY, Lucia. O papel do desenho na clínica

fonoaudiológica: profissionais falam de sua prática. São Paulo;

UNICAMP; 2005

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BIBLIOGRAFIA CITADA

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fonoaudiológica [dissertação]. Campinas (SP): Universidade Estadual de

Campinas; 2002.

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classrooms of two more effective and four less effective primary-grades

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escrita. Porto Alegre: Artes Médicas; 2003.

• Klein, M. New directions in psychoanalysis. London: Routledge; 2003.

• Silva SMC da. A constituição social do desenho da criança. Campinas

(SP): Mercado de Letras; 2002.

• Vygotsky LS. Imaginación y el arte en la infancia (1922). Madrí: Akal

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• Wesson M, Salmon K. Drawing and showing: helping children to report

emotionally laden events. Appl Cogn Psychol 2001;15(3):301-19.

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