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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Gestão Ambiental:
Político Sócio Ambiental para obtenção de crédito
Por: Valéria Amaro Caramuru
Orientador
Prof.ª Jacqueline Guerreiro
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Política Sócio Ambiental para Obtenção de Crédito
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Gestão Ambiental
Por: Valéria Amaro Caramuru
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AGRADECIMENTOS
Agradeço á toda a minha família, em
especial a minha filha Heloá pela ajuda
em diversas fases do curso, aos
amigos e professores pela parceria e o
total envolvimento dos mestres, em
especial Prof. Celso Sanches na nossa
capacitação e incentivo; á empresa em
que atuo que com certeza farei uso de
todo conhecimento adquirido, nas
atividades futuras.
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DEDICATÓRIA
Dedico a minha mãe – Francisca Amaro
Caramuru (in memorian), que com
certeza adoraria saber que conclui mais
esta etapa.
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RESUMO
Tanto a qualidade de vida quanto a própria continuidade da vida dependem
diretamente do equilíbrio ecológico do meio ambiente. Na constituição Federal
de 1988 consta que é obrigação de todos zelar pelo meio ambiente – dever
que inclui qualquer pessoa, desde os indivíduos até as empresas e o Estado.
De uma maneira geral os bancos tem passado ao largo disso, agindo como se
o assunto em nada dissesse respeito á atividade, para alguns bancos a
preocupação com meio ambiente se limita a atividade produtiva. Alguns
estudiosos entendem que o sistema financeiro também se submete á
legislação ambiental – vide protocolo Verde , pois não podem os bancos
contribuir para degradação, ao financiarem atividades degradantes. Os
bancos financiam a construção de grandes obras e centenas de atividades
industriais.
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METODOLOGIA
Dos meus 20 anos trabalhando no sistema financeiro, pude observar que o
assunto meio ambiente nunca foi relevante em algumas instituições, portanto
muito do que expomos nessa monografia foi o sentimento que se observava na
ocasião.
Pesquisamos sites de referência como FBDS (Fundação Brasileira para o
desenvolvimento sustentável, Súmula ambiental (FIRJAN), Finanças
Sustentáveis, Livros de Gestão ambiental, Glossário ambiental, leituras de
Jornais revistas e crônicas, participei também de algumas palestras, sobre
consciência ecológica, processos sócios ambientais e para melhor entender o
Site dos bancos, nesse movimento que é de grande envergadura.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 10
CAPÍTULO II 12
CAPÍTULO III 15
CAPÍTULO IV 18 CAPÍTULO V 20 CAPÍTULO VI 24 CAPÍTULO VII 27 CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA 36
ANEXOS 32 - 35
ÍNDICE 37
FOLHA DE AVALIAÇÃO 38
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INTRODUÇÃO
“Não há garantia de sobrevivência para as empresas sustentáveis, porém há
certeza de que as insustentáveis não estarão lá para contar a história” Rubens
Mazon (No livro Manual de Negócios Sustentáveis - Regina Scharf colaboração
Mário Monzoni).
Conservar o meio ambiente justifica-se pela sua capital importância para
o bem estar e a sobrevivência do homem, através da geração de inúmeros
benefícios ecológicos, sociais e econômicos, além de compreender a questão
ética do direito a vida da natureza.
É notória a ausência de interesse nesse nicho, os ambientalistas e os
cidadãos tem preocupação á respeito, pois é perceptível que as instituições
financeiras precisam ser mais participativas e compromissadas com o tema.
Aponta-se a necessidade dos bancos, em sua atividade de
financiadores, de internalizar os riscos de danos ao Meio Ambiente causado e
projetos por eles financiados.
O interesse em esmiuçar o assunto deve-se ao fato de que as
instituições financeiras tem o poder de financiar as empresas, seja na liberação
de crédito ou através de crédito pessoal, podendo inserir em seus critérios /
deveres / normas, cláusulas exigindo que os tomadores de crédito tenham
princípios básicos na gestão das empresas como, por exemplo, o item
sustentabilidade com três ( 3 ) resultados – econômico,ambiental e social.
A sustentabilidade empresarial é entendida como transparência e melhoria
contínua, com igual importância, nos resultados empresariais nas 3
dimensões acima informado.
A questão decisiva para implantação de uma gestão compromissada
com a sustentabilidade e com a responsabilidade social empresarial é traduzir
para a prática sua conceituação. O processo inicia-se com a atenção do
ambiente interno da organização. *
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Descrevemos uma breve história sobre a economia e o meio ambiente, para
que possamos ter entendimento das fases atuais.
A Biodiversidade no Brasil também nos coloca á par da realidade
brasileira com respeito à Mata Atlântica, com as devidas posições da
legislação para gestão ambiental.
Quanto ao sistema financeiro e a questão ambiental, iremos abordar com
detalhes o Protocolo de intenções dos bancos pela responsabilidade
socioambiental, logo após falaremos sobre o ECO 92, que foi verdadeiramente
o palco escolhido para a aclamação do Desenvolvimento Sustentável.
Apresentaremos nos capítulos seguintes de que maneira o tema
obtenção crédito versus política socioambiental é tratada, bem como o que
deveria ser para que de fato tenhamos crescimento com sustentabilidade.
Nota: Informações extraídas de palestra ministrada LTDS ( Laboratório de Tecnologia e desenvolvimento social ) na FIRJAN. Rita de Cássia Monteiro Afonso Doutoranda em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ. Mestrado em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ (2006). Graduação em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade (1987). Especialização em Pesquisa de Mercado e Opinião Pública pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ (1997). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0953835537107990
CAPÍTULO I
10
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�A história do pensamento econômico passou por períodos de transição
no que se refere ao foco dado ao meio ambiente. Entre os economistas
clássicos, Thomas Malthus (1766- 1834) e David Ricardo (1772-1823) já
tinham uma visão pessimista quanto ao longo prazo do crescimento econômico
devido às limitações ambientais (Pearce e Turner 1990).�Para Malthus, a quantidade fixa de terra para agricultura seria um limite
para a produção de alimentos. Com o aumento da densidade populacional, a
produção per capita de alimento iria decair e os padrões de vida iriam diminuir
para níveis de subsistência, o que cessaria o crescimento da população.
Ricardo enxergava o mesmo problema, porém seria a decrescente
produtividade da terra, e não sua escassez absoluta, que iria reduzir a
produção per capita de alimentos.�A partir de 1870, já entre os economistas neoclássicos, a principal linha
de pensamento se baseava em um crescimento que poderia e deveria ser
sustentado indefinidamente, justificado por uma evolução tecnológica que
impediria a degradação dos recursos naturais. O que seria necessário para
corrigir os problemas vigentes, inclusive os ambientais, seria um sistema de
preços eficiente. Nessa visão, o meio ambiente é visto como uma
multiplicidade de ativos *, os quais desejaram prevenir sua depreciação para
que continuem nos fornecendo uma variedade de serviços, tais como:�Matérias - prima, que são transformadas em produtos; energia, que alimenta
essa transformação; receptação dos resíduos produzidos; o ar que respiramos;
a nutrição dos alimentos; a proteção dos abrigos e roupas; a visão do por do
sol e a canoagem em um rio (lazer), serviços estes pelos quais não existem
substitutos (Tietenberg 1996).
Porém, durante a década de 70, várias ciências absorveram o
ambientalismo, o que serviu de base paras as emergentes sub-disciplinas
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ambientais da economia. Diferentes visões se destacavam, variando daquelas
que apoiavam um processo de crescimento do mercado e da tecnologia,
acarretando em degradação ambiental, passando por aquelas que defendiam
o manejo sustentável dos recursos e do crescimento, até os mais radicais que
rejeitavam totalmente o crescimento econômico. A ciência econômica absorvia
a questão ambiental, entrando no contexto global de uma nova visão.�
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CAPÍTULO II
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12
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O vasto território brasileiro abrange climas desde o tropical até o
temperado, propiciando um dos ambientes mais múltiplos do mundo. Dentre os
17 países megadiversos, o Brasil é aquele que possui a maior variedade
biológica. O país abriga entre 15 e 20% de toda a biodiversidade mundial, e
possui cerca de 30% das Florestas Tropicais, as mais ricas em
heterogeneidade (MMA 2002; Santos e Câmara 2002).�De acordo com Santos e Câmara (2002), essa riqueza sempre gerou a
fantasia de que a abundante biodiversidade brasileira fosse inesgotável, e por
isso vem sendo explorada de forma desorganizada e predatória desde o tempo
colonial.�A Mata Atlântica, possuidora de grande diversidade biológica, está
reduzida a menos de 9% de sua área original e é o quinto bioma mais
ameaçado do mundo. O principal motivo para tal situação é que em sua
extensão residem 70% da população brasileira, gerando grande pressão
antrópica com ocupação e uso dos solos desordenados (Santos e Câmara
2002). �O bioma do Cerrado já perdeu mais de 50% de sua vegetação nativa, também
alvo de uma ocupação intensiva e desordenada, agravados por projetos
governamentais que visavam a expansão agrícola para exportação (Santos e
Câmara 2002).�Para a Caatinga ainda não existem ainda dados concretos, mas estudos
indicam que cerca de 45% desse bioma tenha sido alterada por atividades
agrícolas e por obras rodoviárias.�O frágil equilíbrio dos ecossistemas pantaneiros vem sendo ameaçado
pelas novas tendências de desenvolvimento. Os modelos tradicionais de pesca
e de pecuária estão sendo substituídos pela exploração intensiva
acompanhada de desmatamentos, que, juntamente com projetos agrícolas,
hidroviários e rodoviários, estão dizimando as áreas naturais. �
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A Amazônia, em seu conjunto, é a maior reserva de biodiversidade do
planeta, além de conter cerca de 10% da água doce disponível no mundo.�Apesar de ser o bioma mais bem conservado do país, desmatamento e
queimadas (promovidos pelas madeireiras e expansão agropecuária) são os
seus principais problemas, além da exploração mineral e da caça ilegal. Só
entre 2000 e 2001, 18 mil hectares desta floresta foram perdidos (O Globo
2003a).�Por fim, a zona costeira brasileira, onde se estima residir grande parte
da biodiversidade do país, é constantemente ameaçada pelo avanço da
urbanização, pelas atividades pesqueiras e turísticas, pela poluição e pela
mineração (Santos e Câmara 2002).�Assim, no Brasil, o meio ambiente também sofre das mais diversas
formar de impactos: destruição de habitats (desmatamento, desertificação,
queimadas, erosão do solo, mineração, represamento, urbanização e vias de
transporte); comércio e caça ilegal; sobre exploração; introdução de espécies
exóticas; poluição; e mudanças climáticas globais.
Entre as causas socioeconômicas, comuns aos países em desenvolvimento,
pode- se destacar: a pobreza; o crescimento populacional acelerado; a
distribuição desigual da propriedade e dos benefícios advindos da
biodiversidade; políticas econômicas que não atribuem justo valor ao meio
ambiente; sistemas jurídicos e institucionais que promovem o uso insustentável
dos recursos; e a insuficiência de conhecimento na área ambiental.�Entre todos estes fatores, é a degradação de habitats a principal causa da
perda da biodiversidade brasileira. E, desde o tempo colonial, a conversão de
terras para a expansão agrícola é a principal causa dessa degradação. Entre
1978 e 1990, a área desmatada na Amazônia para agricultura cresceu 170%
(Rodrigues 2001). No Cerrado, a área colhida teve um aumento total de 6,5%
entre 1985 e 1990 (Rodrigues 2001).�Grandes empreendimentos também causam grandes danos à biodiversidade.
Muitos deles são infra - estruturais, planejados e implementados pelo Governo.
Um país em desenvolvimento, como o Brasil, precisa desses projetos para
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crescer, com o desafio de conseguir equilibrar o desenvolvimento com a
preservação ambiental.�O nível dos impactos pode ser percebido pelo índice de espécies
ameaçadas de extinção. Entre as mais conhecidas estão: a Arara - Azul, a
Onça Pintada, o Lobo- guará, o Mico- leão, espécies de tartarugas marinhas e
o mogno. A recente lista vermelha de espécies ameaçadas do IUCN aponta
que o Brasil possui 282 animais e 381 plantas ameaçadas (O Globo 2003c),
sendo que, pelo menos, 10 já desapareceram. �A biodiversidade brasileira tem sofrido perdas significativas e só será
preservada através da proteção de grandes áreas que possibilitem a
manutenção de ecossistemas e dos processos evolutivos.�Percebendo esses problemas, a sociedade brasileira também vem, aos
poucos, se mobilizando no sentido de se transformar. Ela se organizou, e vem
buscando contornar o problema interno de seu sistema econômico- social
predatório ao meio ambiente. Preservar e conservar os recursos naturais
passou a ser um anseio, uma pretensão da população.
CAPÍTULO III
15
Legislação para Gestão Ambiental
Como reação aos problemas ambientais, passou-se a exigir uma grande
reciclagem em todas as ciências, inclusive nas áreas sociais. Sendo o Direito a
forma que as sociedades encontraram para transformar suas vontades em
regras e normas, surgiu a necessidade de reformulação da ordem jurídica,
baseada no tripé do desenvolvimento sustentável: eficiência econômica, justiça
social e preservação ambiental (Young e Young 1999). A criação de leis e
normas de conduta na área ambiental é o resultado das preocupações da
sociedade brasileira em relação ao meio ambiente.�No Brasil, a legislação ambiental recente vem progredindo de forma
rápida. Entre alguns dos principais marcos modernos da preocupação com a
conservação da natureza podemos destacar: o Código Florestal (de 1965), a
Política Nacional do Meio Ambiente (1981), a Constituição Federal (1988), a
Lei de Crimes Ambientais (1998), a Lei do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (2000), o Programa Nacional de Florestas (2000) e a Política
Nacional da Biodiversidade (2002).�A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938) de 1981 foi um
marco na legislação ambiental brasileira, objetivando a preservação, melhoria
e recuperação da qualidade ambiental, e assegurando condições ao
desenvolvimento sócio- econômico. Depois, a própria Constituição Federal, em
seu artigo 225, tratou de questões ambientais e adotou o conceito de
desenvolvimento sustentável, estabelecendo que todos os cidadãos têm direito
à conservação da natureza através de um meio ambiente ecologicamente
equilibrado, sendo bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida. Já em 1998 as normas brasileiras aprimoraram- se ainda mais ao se
criar a Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605). A partir daí, o dano ambiental
passou a ter caráter de crime. A Política Nacional da Biodiversidade (instituída
pelo Decreto nº 4.339), de 2002, tem como objetivo geral a promoção da
conservação da biodiversidade, com a repartição justa e eqüitativa dos
benefícios derivados de seu uso.�
16
Já em 2000, através Lei nº 9.985, se criou umas das principais armas
visando à conservação ambiental. Ela institui o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecendo critérios e normas para a
criação, implantação e gestão dessas unidades. A Lei ainda prevê um
mecanismo de compensação ecológica para empreendimentos de significativo
impacto ambiental, onde os recursos financeiros são destinados para as
unidades de conservação. A Lei do SNUC foi criada visando ser uma
importante ferramenta para conservar a biodiversidade brasileira, seja visando
a estruturação de um sistema e suas normas, ou pela possibilidade de
financiamento direto através do mecanismo de compensação.�
LEONARDO GELUDA – Monografia – Março 2003 UFRJ
CAPÍTULO IV
Como tudo começou...
17
ECO – 92: O Encontro entre o Neoliberalismo Econômico e o “Meio Ambiente”
A Segunda Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, conhecida simplesmente como ECO – 92, foi programada
durante convocação da ONU em 22 de dezembro de 1989, onde foi acertado
que o Brasil sediaria o gigantesco encontro. A cidade do Rio de Janeiro seria
então o palco perfeito para a transformação estratégica do desenvolvimento
capitalista.
O Desenvolvimento Sustentável configura-se como pensamento dominante de
nossa época.
O Brasil, em junho de 1992, foi um local estratégico para a realização da
ECO – 92.
Nesta conferência, o objetivo foi criar a aparência de um debate amplo e
democrático, entre todos os participantes de todas as nações do mundo, sobre
as possíveis soluções para os grandes problemas ambientais. A ECO – 92 foi
verdadeiramente o palco escolhido para a aclamação do Desenvolvimento
Sustentável enquanto mecanismo de transformação dos problemas ambientais
em lucros crescentes. Os eventos paralelos, que reuniram ONGs, movimentos
sociais e ativistas políticos, foram tratados de maneira geral pela mídia como
um prolongamento festivo do evento. A agenda internacional já estava
planejada, e faltava o de acordo dos países periféricos e dos próprios
movimentos de questionamento.
A ECO – 92 foi uma atividade cênica, com movimentos e decisões
coreografados, cujo objetivo era informar a platéia, de maneira célebre, acerca
do Desenvolvimento Sustentável. A assinatura da Agenda 21 foi o ato
simbólico, foi o ponto crucial mais enfático da efetivação deste modelo
enquanto nova ordem.
A ECO-92 frutificou a elaboração dos seguintes documentos oficiais:
• A Carta da Terra (Anexo)
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• Três Convenções
o Biodiversidade (Anexo)
o Desertificação e
o Mudanças Climáticas
• Uma declaração de princípios sobre as Florestas
• A Declaração do Rio de janeiro sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento; e Agenda 21 (base para que cada país elabore seu
plano de preservação do meio ambiente).
CAPÍTULO V
O sistema financeiro e a questão ambiental
19
No dia 1º de agosto de 2008, foi assinado o Protocolo de Intenções dos
Bancos pela Responsabilidade Socioambiental.
As instituições financeiras são importantes atores para a orientação de
investimentos privados aliados a proteção ambiental, o documento baseia-se
em cinco princípios conforme cláusula segunda ( Protocolo Verde ) descrita
abaixo:
DOS COMPROMISSOS DOS BANCOS SIGNATÁRIOS
Os bancos signatários se comprometem a programar os seguintes princípios:
I - Financiar o desenvolvimento com sustentabilidade, por meio de linhas de
crédito e programas que promovam a qualidade de vida da população, o uso
sustentável dos recursos naturais e a proteção ambiental observada às
seguintes diretrizes:
a) Aprimorar continuamente o portfólio de produtos e serviços bancários
destinados ao financiamento de atividades e projetos com adicionalidades
socioambientais;
b) Oferecer condições diferenciadas de financiamento (taxa, prazo, carência,
critérios de elegibilidade, etc.) para projetos com adicionalidades
socioambientais; e
c) Orientar o tomador de crédito de forma a induzir a adoção de práticas de
produção e consumo sustentáveis.
II - Considerar os impactos e custos socioambientais na gestão de ativos
(próprios e de terceiros) e nas análises de risco de clientes e de projetos de
investimento, tendo por base a Política Nacional de Meio Ambiente observada
as seguintes diretrizes:
a) Condicionar o financiamento de empreendimentos e atividades, potencial ou
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efetivamente poluidores ou que utilizem recursos naturais no processo
produtivo, ao Licenciamento Ambiental, conforme legislação ambiental vigente;
b) Incorporar critérios socioambientais ao processo de análise e concessão de
crédito para projetos de investimentos, considerando a magnitude de seus
impactos e riscos e a necessidade de medidas mitigadoras e compensatórias;
c) Efetuar a análise socioambiental de clientes cujas atividades exijam o
licenciamento ambiental e/ou que representem significativos impactos sociais
adversos;
d) Considerar nas análises de crédito as recomendações e restrições do
zoneamento agroecológico ou, preferencialmente, do zoneamento ecológico-
econômico, quando houver; e
e) Desenvolver e aplicar, compartilhadamente, padrões de desempenho
socioambiental por setor produtivo para apoiar a avaliação de projetos de
médio e alto impacto negativo.
III - Promover o consumo sustentável de recursos naturais, e de materiais
deles
derivados, nos processos internos, observadas as seguintes diretrizes:
a) Definir e contemplar critérios socioambientais nos processos de compras e
contratação de serviços;
b) Racionalizar procedimentos operacionais visando promover a máxima
eficiência no uso dos recursos naturais e de materiais deles derivados; e
c) Promover medidas de incentivo à redução, reutilização, reciclagem e
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destinação adequada dos resíduos, buscando minimizar os potenciais
impactos ambientais negativos.
IV - Informar, sensibilizar e engajar continuamente as partes interessadas nas
políticas e práticas de sustentabilidade da instituição, observadas as seguintes
diretrizes:
a) Capacitar o público interno para desenvolver as competências necessárias à
implementação dos princípios e diretrizes deste Protocolo;
b) Desenvolver mecanismos de consulta e diálogo com as partes interessadas;
e
c) Comprometer-se a publicar anualmente os resultados da implementação dos
princípios e diretrizes estabelecidos neste Protocolo.
V - Promover a harmonização de procedimentos, cooperação e integração de
esforços entre as organizações signatárias na implementação destes
Princípios, observadas as seguintes diretrizes.
a) Implementar mecanismo de governança envolvendo os signatários para
compartilhar experiências, acompanhar a efetividade e propor melhorias no
processo de implementação dos princípio e diretrizes deste Protocolo, bem
como sua evolução; e
b) Desenvolver um modelo de abordagem padronizado para levantar
informações socioambientais junto aos clientes; e
c) Realizar, a cada dois anos, a revisão dos princípios e diretrizes para o
contínuo aperfeiçoamento deste Protocolo.
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CAPÍTULO VI
Como os bancos agem atualmente
Os bancos de um modo geral, tem se alinhado pelo viés da ética nos
negócios e na responsabilidade social corporativa. Matérias e propagandas
nessas áreas são abundantes em revistas, jornais e páginas na internet. Ainda
que o resultado prático dessa nova postura dos bancos seja pífio na área
23
ambiental e que existam poucas evidências de que os documentos, protocolos
e outros compromissos assumidos por essas entidades influenciem ainda
muito pouco suas decisões estratégias (Wood jr., 2005, p.35).
Ainda não me estar claro ou pelo menos não é público o
comprometimento dos bancos, em de fato se preocupar com a questão
ambiental.
Não há um devido acompanhamento (fiscalização) por parte das entidades
competentes nos contratos e obviamente in Loco.
Da responsabilidade ambiental então, poderíamos dizer que ao Estado
cabe regulamentar e fiscalizar o fiel cumprimento de seus ditames na defesa
do meio ambiente e promover e garantir o desenvolvimento sustentável. Para
este assunto necessário, impõe-se a todos os agentes da coletividade parcela
desta responsabilidade ambiental.
Lembramos que, em função da competência concorrente para legislar
sobre o meio ambiente, Distrito Federal, Estados e Municípios possuem
legislações ambientais próprias às quais os bancos devem obediência quando
da liberação de seus créditos. E como os citados entes federais tratam muitas
vezes de forma diferenciada a sujeição ao licenciamento ambiental das
mesmas atividades, isto é, possuem políticas estaduais próprias com
diferentes parâmetros de exigências para concessão de licença ambiental, os
bancos devem, então, observar os casos de exigência/dispensa de licença
ambiental para cada atividade nos diferentes Estados da federação. A título de
exemplo: atualmente, os bancos se vêem obrigados no Estado de Pernambuco
a exigir a licença ambiental do cliente da carteira de crédito rural, para
aprovação e concessão do referido crédito, quando o projeto contemplar
irrigação, para qualquer tamanho de área que seja. O mesmo não ocorre no
Estado da Bahia, cuja legislação ambiental dispensa o licenciamento para
atividades/empreendimentos de agricultura irrigada em áreas de até 50
hectares.
No campo processual, a legitimidade passiva dos bancos para
responder a ações de reparação por danos ambientais, em solidariedade com
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o seu cliente tomador do crédito e causador direto do prejuízo à natureza,
ainda é, como visto, objeto de discussão doutrinária, em face dos diversos
ângulos com que se pode mirar a questão da responsabilidade civil ambiental.
Os nossos tribunais foram poucas vezes provocados a se manifestar em
relação a casos concretos de bancos no pólo passivo, como co-responsáveis,
juntamente com os seus clientes poluidores diretos.
Não se distingue bancos públicos dos privados, oficiais ou comerciais. Todos
são instituições financeiras e são responsáveis pela reparação dos danos
ambientais de forma objetiva e solidária.
Os bancos devem atuar conjuntamente com os órgãos ambientais de
fiscalização, uma vez que é responsável pela legalidade ambiental do projeto
que financia, respondendo solidariamente com o seu cliente pelos eventuais
danos causados ao meio ambiente no momento do financiamento. Por essa
forma, desempenha os bancos uma função de controle ambiental;
A responsabilidade ambiental do financiador é objetiva, mas deve ela
ter limitação temporal ajustada à duração do financiamento, com termo final
coincidente com o adimplemento do contrato de crédito, desde que este seja
lícito. Do contrário, a irresponsabilidade do banco que não observou os
ditames exigíveis pelo ordenamento ambiental se estende através do tempo.
É co-responsável o banco pelo dano provocado ao meio ambiente por seu
financiado desde que os recursos aportados tenham conexão causal com o
mesmo.
Os bancos cumprem uma importante função de gestores ambientais na
medida em que controlam recursos financeiros destinados a atividades que
resultam em impactos sobre os recursos naturais. A assunção de maior
responsabilidade socioambiental por parte dos bancos na atual fase do
sistema capitalista de mercado é resultante de uma também crescente
valorização da natureza, possível na medida em que ampliamos nossa
consciência sobre os erros cometidos no passado e os acertos que o futuro
demanda de todos nós.
25
CAPÍTULO VII
Como é possível ser...
A legalidade do financiamento, todavia, não exime o banco da
responsabilidade civil de reparar o dano ambiental eventualmente causado no
momento do financiamento, existe mecanismos á serem desenvolvidos para
que possamos ter acompanhamento, do cumprimento das leis ambientais para
que os órgãos financiadores contribuam bem como seja parte integrante do
crescimento com sustentabilidade.
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A responsabilidade em fiscalizar o cumprimento das normas ambientais
é do Estado, mas as instituições financeiras tem o dever em ser parte
integrante do processo á fim de ser co-responsável por possível danos
causados, bem como a sustentabilidade do investimento por ele financiado.
As instituições financeiras são agentes de transformação e devem estar
consciente de que, se a economia no mundo não for reestruturada, o
progresso econômico não se sustentará.
Temos que reconhecer de que a economia de mercado e a concorrência entre
empresas e países têm sido em grande parte as causas da degradação
humana e ambiental.
Os bancos, também são um dos veículos principais de fomento á
degradação ambiental, na medida em que são os financiadores dos sistemas
capitalistas de mercado. O crédito tem servido para expandir monoculturas,
levando á destruição em larga escala o espaço natural ( HAGEMANN, 1996, p.
43).
O peso dos pesticidas, a perda de fertilidade do solo, contaminação do
ar pela indústria... Quanto do dinheiro público e/ou privado não vem sendo
disponibilizado através dos bancos para financiar a destruição, e
consequentemente o desequilíbrio da terra.
É extremamente absurdo e espantoso que somente nesses últimos
anos a legislação ambiental surgiu para limitar essas conseqüências
desastrosas que é a produção capitalista desmesurada, do crescimento
selvagem.
É entendido que não há uma conscientização para o assunto, pois o tão já
falado “Capitalismo Selvagem” tem outra proposta, crescer, crescer, faturar,
faturar... sem parâmetros e/ou limites.
A proposta será para que os bancos ( leia-se : Diretoria Competente )
em parceria com órgãos ambientais se proponha ser um gestor do Meio
Ambiente de fato , com responsabilidade e compromisso que o poder de
financiar lhe concede.
27
O BNDS ( Banco Nacional de desenvolvimento Social ) , solicita
Licenciamento Ambiental para concessão de empréstimos / Financiamento,
trata-se de uma prática, mas e quanto aos processos contínuos dos outros
órgãos financiadores? O empreendimento está todo em conformidade? Isto
certamente não é total responsabilidade do banco, como fazer esse
acompanhamento? Auditorias anuais ( administrada pelo BACEN* ) aos
bancos é uma possível solução, auditorias estas que dariam foco aos
financiamentos á Empresas ( Pessoa jurídica ) voltadas para investimento,
crescimento das empresas, efetivamente fazer leitura na íntegra dos contratos
vigentes ou não.
Medidas punitivas em caso de não conformidade com meio ambiente, bem
como parabenizando quando estiver de acordo com as normas pré
estabelecidas.
* BACEN – Banco Central
O ABN Amro Real merece destaque, pois criou uma área específica
para o desenvolvimento de produtos socioambientais, com condições de
financiamento vantajosas. O banco também não negocia com determinados
setores da economia que oferecem impactos sociais ou ambientais negativos,
como por exemplo, indústria de armas e amianto.
No Brasil, o ABN Amro Real criou, em julho de 2002, uma área específica para
análise de riscos socioambientais, por onde passa a maioria das operações de
crédito da instituição.
Segundo a diretoria da área o ABN quer fazer “um casamento não um
financiamento”, por isso não só analisa o balanço e CNPJ*.
O BNDES foi precursor do movimento, Meio ambiente sustentável com
boas práticas, no que tange sua atividade principal, mesmo porque
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acreditamos que como Banco de desenvolvimento econômico e Social, seria
seu lema.
Abaixo falamos do cronograma do BNDES com respeito aos procedimentos
e seus processos de financiamento, que com certeza deveria ser cartilha (
Guia como o próprio BNDES titula ) para as instituições financeiras com suas
respectivas responsabilidades.
Em abril de 2003, o BNDES implementou os Guia de Procedimentos
Ambientais, com a finalidade de orientar e sistematizar os procedimentos
ambientais relativos ao Enquadramento, Análise, Avaliação de Risco Ambiental
e Acompanhamento das operações do BNDES. A estrutura metodológica do
Guia contém desde orientações sobre os aspectos ambientais a partir da
concepção do projeto até a verificação da regularidade ambiental do
empreendimento, conforme as Orientações Normativas do BNDES. A
consideração dos impactos ambientais na classificação dos riscos de
empreendimentos é uma iniciativa pioneira do BNDES entre os bancos oficiais
de crédito dos países em desenvolvimento.
*CNPJ- Cadastro Nacional de Pessoa jurídica “
Em 2005, com o objetivo de capacitar o corpo técnico da instituição em
relação às questões ambientais, foram realizados os Seminários Protocolo de
Quioto - Mudanças Climáticas e Créditos de Carbono, Meio Ambiente &
Desenvolvimento Sustentável e Bioeletricidade "A Segunda Revolução
Energética Da Cana-De-Açúcar".
Com o objetivo de reunir e divulgar conteúdo específico sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o BNDES desenvolveu para a sua
Intranet o site "Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável", publicado em
janeiro de 2006.
Essa iniciativa contribuirá com a permanente necessidade de
atualização/capacitação do corpo funcional do BNDES em relação às questões
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e com o
29
comprometimento dos funcionários com o posicionamento institucional do
BNDES em relação ao desenvolvimento sustentável;
Enfim, o BNDES, maior financiador em longo prazo da atividade econômica no
País, ciente da sua responsabilidade ambiental, deve estar preparado para
afirmar o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, em especial
como agente indutor de boas práticas que possam contribuir para uma
administração ambiental responsável.
Podemos contar as instituições que aderiram ao Protocolo Verde, que são elas
: o BNSDES, A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil S.A, O Banco da
Amazônia S.A e o BNB - Banco do Nordeste do Brasil, e porque não ou
outros? com excessão do Banco Real, no qual mencionamos acima a sua
atuação; hoje adquirido pelo SANTANDER que não temos informação da atual
atuação, após a compra.
Apenas gostaria de salientar que depende ( acreditamos ) dos órgãos
competentes que as demais instituições financeiras deveriam integrar o
protocolo bem como ser literalmente co-responsável do crescimento com
sustentabilidade, não somente informar a Mídia seu compromisso e sim
praticá-lo.
30
CONCLUSÃO
O trabalho de pesquisa foi totalmente voltado para a importância /
responsabilidade que as instituições de crédito tem com respeito ao Meio
Ambiente; como apresentado, apenas algumas instituições tem em suas
diretrizes, como conceder crédito partindo de um princípio básico que são as
normas pré estabelecidas pelos órgãos competentes e fiscalizadores.
Expus também as boas práticas dessas instituições, que deveriam ser
seguidas e por que não; Leis á serem religiosamente cumpridas.
É visivelmente percebido que existe um gap* nas atribuições quanto ao
Meio ambiente para algumas instituições financeiras, que não se manifestam á
respeito do assunto.
Fizemos algumas sugestões de acompanhamento dessa possível
fiscalização, mas somos sabedores que somente teríamos sucesso se
houvesse Leis para as instituições financeiras bem como uma certa dose de
“boa vontade” quanto ao seu cumprimento.
31
Acredito que precisaremos de uma crise de consciência dos nossos
governantes para que o fato do crescimento com Sustentabilidade seja
realmente levado á sério.
Gap - lacuna
ANEXO 1
A Carta da Terra
Carta da Terra consiste em um conjunto de princípios e valores
fundamentais, que nortearão pessoas e Estados no que se refere ao
desenvolvimento sustentável, a Carta da Terra servirá como um Código
ético planetário.
Uma vez aprovada pelas Nações Unidas por volta de 2002, a Carta da
Terra será o equivalente à Declaração Universal dos Direitos Humanos,
no que concerne à sustentabilidade, à eqüidade e à justiça.
O projeto da Carta da Terra inspira-se em uma variedade de fontes,
incluindo a ecologia e outras ciências contemporâneas, as tradições
religiosas e as filosóficas do mundo, a literatura sobre ética global, o
meio ambiente e o desenvolvimento, a experiência prática dos povos que
32
vivem de maneira sustentada, além das declarações e dos tratados
intergovemamentais e não-governamentais relevantes.
Deverá constituir-se em um documento vivo, apropriado pela sociedade
planetária, e revisto periodicamente em amplas consultas globais.
Entre os valores que se afirmam na minuta de referência encontramos:
• Respeito à Terra e à sua existência.
• A proteção e a restauração da diversidade, da integridade e da
beleza dos ecossistemas da Terra.
• A produção, o consumo e a reprodução sustentáveis.
• Respeito aos direitos humanos, incluindo o direito a um meio
ambiente propício à dignidade e ao bem-estar dos humanos.
• A erradicação da pobreza.
• A paz e a solução não violenta dos conflitos.
• A distribuição eqüitativa dos recursos da Terra.
• A participação democrática nos processos de decisão.
• A igualdade de gênero.
• A responsabilidade e a transparência nos processos
administrativos.
• A promoção e aplicação dos conhecimentos e tecnologias que
facilitam o cuidado com a Terra.
• A educação universal para uma vida sustentada.
• Sentido da responsabilidade compartilhada, pelo bem-estar da
comunidade da Terra e das gerações futuras.
Consensualmente, entende-se que a Carta deve ser:
• Clara e significativa.
• Uma declaração de princípios fundamentais com significado
perdurável e que possa ser compartilhada amplamente pelos povos
da todas as raças, culturas e religiões.
• Um documento relativamente breve e conciso, escrito com
linguagem inspiradora.
• A articulação de uma visão que reflicta valores universais.
33
• Uma chamada para a acção, que agregue novas dimensões
significativas de valores às que já se encontram expressas em
outros documentos relevantes.
• Uma Carta dos povos que sirva como um código universal de
conduta para pessoas, para instituições e para Estados. Uma
Declaração Universal Dos DEVERES Humanos, uma vez que o
Homem é o grande agente modificador do ecossistema terrestre
Biodiversidade
Biodiversidade ou diversidade biológica é a diversidade da natureza viva.
Desde 1986, o termo e conceito têm adquirido largo uso entre biólogos
ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo.
Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção,
observado nas últimas décadas do Século XX.
34
Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os
organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas
ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários
componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies,
populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as
diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que
nos climas temperados.
Refere-se à variedade de vida no planeta, Terra incluindo a variedade
genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da
flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microorganismo, a
variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos
ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas
formados pelos organismos.
A Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes
categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade)
dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade),
complementaridade biológica entre habitat (beta diversidade) e
variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Ela inclui, assim, a
totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e
seus componentes.
A espécie humana depende da Biodiversidade para a sua sobrevivência.
Não há uma definição consensual de Biodiversidade. Uma definição é:
"medida da diversidade relativa entre organismos presentes em
diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da
espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas.
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e
ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis
tradicionais de diversidade entre seres vivos:
• diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
• diversidade de espécies - diversidade entre espécies.
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• diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto
de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o
genético.
A diversidade de espécies é a mais fácil de estudar, mas há uma
tendência da ciência oficial em reduzir toda a diversidade ao estudo dos
genes. Isto leva ao próximo tópico.
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, André. Ecologia. 7ª ed., Belo Horizonte, MG: Lê, 1987.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. São Paulo: Autores Associados,
1987.
Do Senso Comum à Consciência Filosófica. 11ª ed., São Paulo: Autores
Associados, 1992,319 p.
WOLFF, Robert Poul. O Ideal da Universidade. São Paulo-SP: U. Estadual
Paulista, 1993.
Livro: Manual de Negócios Sustentáveis – Auior; Regina Scharf Colaboração
Mário Monzoni
Introdução: Roberto Smeraldi Caderno Acadêmico do professor Rubens Mazon
Da FGV EAESP
Monografia – Leonardo Geluda Marco 2003 UFRJ
36
Monografia – Apresentado no IPEA 2005
Pedro Jacobi - USP
Súmula Ambiental - Sistema FIRJAN
Inteligência competitiva para desenvolvimento Sustentável Autor: Sidarta
Ruthes Editora Petrópolis
Livro: Glossário de Gestão Ambiental editora DISAL
Autores: Maria da Graça Krieger / Anna Maria becker Maciel / Cleci Regina
Bevilacqua / Maria José Bocorny Finatto / Patrícia Chittoni Ramos Reuillard
SITES e Monografias conforme mencionado no conteúdo do trabalho.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 1 - 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A Economia e o Meio Ambiente 10 – 11
CAPÍTULO II
Biodiversidade no Brasil 12 – 14
CAPÍTULO III
Legislação para Gestão Ambiental 15 – 16
CAPÍTULO IV
Como tudo começou 17 – 18
CAPÍTULO V
O Sistema Financeiro e a questão ambiental 19 – 22
CAPÍTULO VI
Como os bancos agem atualmente 23 – 25
CAPÍTULO VII
Como é possível ser 26 - 30
CONCLUSÃO 31
ANEXOS 32 - 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 37
38
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: