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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PRINCIPAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO NAVAL Por: Luiz Bonfante Orientador Professor: Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PRINCIPAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM UTILIZADOS NA

CONSTRUÇÃO NAVAL

Por: Luiz Bonfante

Orientador

Professor: Luiz Cláudio Lopes Alves

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PRINCIPAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM UTILIZADOS NA

CONSTRUÇÃO NAVAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Engenharia da

Produção.

Por Luiz Bonfante

Rio de Janeiro

2011

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AGRADECIMENTOS

Agradeço Deus por me dar saúde para

viver este momento, minha esposa

Lucila e filha Priscila por incentivar-me

a encarar esse desafio e meus amigos

do AMRJ que proporcionaram este

convívio durante o curso e ajuda nesta

etapa tão importante da minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao meu pai

Antonio, minha mãe Regina, meu irmão

Sebastião (em memória), minha irmã

Luzia, minha esposa Lucila, minha filha

Priscila e minha sogra Julita que sempre

acreditaram no meu sucesso.

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RESUMO

O principal objetivo desse estudo é demonstrar a importância da

descoberta e o desenvolvimento das tecnologias dos processos de soldagem

mais utilizados na construção naval, destacando a tecnologia de cada

processo, suas características, suas aplicabilidades, seus sistemas de

operação, as vantagens, os defeitos, as limitações, a produção alcançada, a

qualidade das soldas produzidas, e a importância da mão-de-obra

especializada aplicada nos dias de hoje. Em quase tudo que produzimos existe

a presença de solda, a produção busca desenvolver novas técnicas de

soldagem para alcançar a qualidade de seus produtos, minimizando seus

custos, para que se possa alcançar um bom nível de competição dentro do

mercado. Na construção de navios onde envolve todos os processos de

soldagem que são abordados neste trabalho, sendo o processo com eletrodo

revestido o mais utilizado devido à versatilidade em soldar todas as posições, e

ser totalmente manual, devido à geometria diversificada do navio, onde não é

possível a aplicação de processos automatizados. A aplicação de todos os

processos deve estar de acordo com o projeto de fabricação do navio, desde a

preparação das juntas, escolha do consumível, qualificação de soldador e a

supervisão do inspetor de soldagem, para que as soldas sejam executadas

com padrão de qualidade.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta monografia foi dissertativa, mostrando

os processos de soldagem mais usados na construção de navios com casco

de aço, destacando suas características, áreas de aplicação, tipos de cordões

de solda, posições de execução, tipos de consumíveis utilizados e o

desenvolvimento tecnológico e vantagens de desvantagens de cada processo.

A pesquisa foi elaborada utilizando livros sobre processos de soldagem,

catálogos de empresas com informações técnicas, sites referentes ao assunto

e experiência profissional.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Processos de soldagem 11

CAPÍTULO II - Características dos processos de soldagem 25

CAPÍTULO III – Vantagens, desvantagens e defeitos dos processos de

soldagem 43

CAPÍTULO IV - Consumíveis de soldagem dos processos de soldagem 61 CONCLUSÃO 70

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 72

ÍNDICE 75

ÍNDICE DE FIGURAS 78

FOLHA DE AVALIAÇÃO 80

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INTRODUÇÃO

A prática de soldagem foi observada desde a idade média, onde

indícios foram encontrados em vários objetos, através da forja e fundição de

peças. O mais antigo que se tem notícia é um pingente de ouro exposto no

“Museu Louvre”, na França, fabricado na Pérsa aproximadamente 4000 AC o

qual verificou presença de solda.

Após séculos de navegação, onde predominou as embarcações

construídas com casco de madeira, as quais tornaram frágeis em alto mar e o

aumento da demanda de transporte de mercadorias, houve necessidade de

desenvolver projetos de embarcações mais resistentes e de maior capacidade.

Os primeiros navios com casco de aço foram construídos após

1800, foram desenvolvidos processos para a união de chapas e perfis.

Inicialmente optou-se por rebites e depois a solda elétrica, os quais devido à

composição química das chapas não compatíveis com as dos rebites e a baixa

qualidade das soldas, grandes problemas surgiram, provocando acidentes de

navios que se partiram ao meio (Figura 1) e se chocaram contra Icebergs

(Figura 2).

A solda através do arco elétrico foi descoberta no início do século

XIX, o russo Bernados inventou o uso do arco carbônico que gerava o calor,

mas só a partir de 1892, foi utilizado o arco metálico, e assim iniciou-se a

utilização deste processo na indústria.

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Após várias pesquisas, foram desenvolvidas novas tecnologias para

os processos de soldagem, que mais tarde começaram a ser aplicados na

construção naval.

Mesmo assim estas descobertas, que foram de grande importância

para a indústria naval, ainda geraram grandes problemas, devido à aplicação e

preparação de juntas, cordões de solda desproporcionais aos tipos de juntas,

indefinição das espessuras de chapas a serem soldadas, os consumíveis

utilizados, a temperatura oscilante, a modificação química do material de base

na região soldada e a dificuldade de proteção da atmosférica na possa de

fusão, o que causava porosidade e trincas constantes.

Figura 1

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Figura 2

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CAPÍTULO I

PROCESSOS DE SOLDAGEM

O CONCEITO

O processo de soldagem é a união de duas peças metálicas

utilizando o arco elétrico, gerando o calor a uma temperatura suficiente para

fundir o material consumível ao de base, formando a poça de fusão, esse calor

é controlado pela amperagem da energia elétrica para que consiga uma junta

soldada com uma boa qualidade.

O calor é o elemento primordial para que possa conseguir uniões

de estruturas metálicas, mas também gera problemas devido às

transformações metalúrgicas e mecânicas que ocorrem na junta soldada e na

região aquecida, que é chamada de ZTA (zona termicamente afetada), essas

alterações são consequências dos ciclos térmicos de aquecimento e

resfriamento.

As alternativas que podem ser aplicadas para minimizar esses

problemas é o pré-aquecimento da junta a ser soldada, através de uma fonte

de calor antes de iniciar a solda, o tempo em que a temperatura esteja elevada

não pode ser extensa e o processo de resfriamento tem que ser controlado,

para que o mesmo não seja rápido.

1.1 - Processos de soldagem com eletrodo revestido.

Esse processo de soldagem teve seu inicio No século XVII quando

os ingleses Nkolas Bernados e Stanislau Olszewsky desenvolveram um

processo de soldagem com um arco elétrico através de um eletrodo de carvão

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12 e a junta a ser soldada, que era feita manualmente passando o eletrodo sobre

a junta formando assim a fusão das peças.

No final do século XVIII, N.G. Slavianoff (Rússia) e Charles Coffin

(EUA) desenvolveram a soldagem com eletrodo metálico nu, durantes anos

esse processo foi utilizado na soldagem por arco elétrico, o arame nu era

consumido na poça de fusão, fundindo parte do metal de base da junta a ser

soldada. As soldas produzidas eram de baixa qualidade, devido à falta de

proteção das soldas e a instabilidade do arco elétrico, observou-se que arames

enferrujado, ou coberto com outros materiais, com cal, ácidos e material

fibroso proporcionavam uma melhor estabilidade do arco elétrico e melhorava

a proteção da solda produzida.

No início do século XIX houve a necessidade de melhorar a

qualidade das soldas para atender os reparos de navios de casco de aço e

caldeiras. O engenheiro sueco Oscar Kjellberg dedicou seus estudos em

função de melhorar a proteção dos eletrodos, que inicialmente usava um

material argiloso (cal). Logo após Oscar Kjellberg fundou a ESAB e patenteou

o processo a arco elétrico com eletrodo revestido (figuras 3 e 4), que foi

considerado um avanço nas atividades com solda elétrica, melhorando

siguinificamente a qualidade das soldas produzidas.

Nos dias de hoje esse processo de soldagem é o mais utilizado na

construção naval, totalmente manual, solda em todas as posições, pode ser

empregado em qualquer tipo de juntas, grande variedades de espessuras de

chapas. Na construção de navios que possuem uma geometria diversificada,

espaços limitados onde não são possíveis à aplicação de nenhum processo

automatizado, espaços que comporta apenas o corpo humano, esse processo

mesmo sendo de baixa produtividade, com necessidade de retirada de escória,

requer maior habilidade do soldador, exige cuidado na execução, devido ao

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13 grande volume de gases produzidos e riscos de choque, ainda é o mais

utilizado nos estaleiros.

Figura 3

Figura 4

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14 1.2 Processos de soldagem TIG (Tungsten Inert Gas)

Este processo foi desenvolvido no final de 1920, mas só foi

empregado na indústria após 1940 nos Estados Unidos na fabricação de

aviões, os quais utilizavam materiais com liga de magnésio. No início usava

como fonte de proteção o gás hélio e a corrente elétrica contínua, mas nesse

período houve dificuldades na estabilização do arco elétrico.

É utilizado como fonte de calor o arco elétrico e um eletrodo não

consumível de tungstênio ou liga de tungstênio. A proteção na soldagem é feita

através de um gás inerte ou misturas de gases inertes, que protege a poça de

fusão da contaminação atmosférica. Esse processo tem pouco ou nenhum

salpico e fumaça, produz um cordão de solda suave e uniforme que

proporciona pouco ou nenhum acabamento (figuras 5, 6 e 7).

Na construção naval não é o mais usado, mas tem relevante

importância, por se tratar de um processo que tem possibilidade de soldar

vários materiais, com alumínio, magnésio, titânio, cobre e aços inoxidáveis,

como também metais de soldagem difícil e outros relevantemente fáceis como

aços carbono. Para navios de grande porte é mais usado em tanques de aço

inoxidável e redes de metais não ferrosos, em navios de guerra, são muito

usados na soldagem da superestrutura, que é totalmente de alumínio, e em

embarcações de pequeno porte que são construídos usando chapas e perfis

de alumínio.

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Figura 5

Figura 6 Figura 7

1.3 Processos de soldagem MIG/MAG

Soldagem através do arco elétrico estabelecido entre a peça a ser

soldada e o consumível na forma de arame, com proteção atmosférica através

de fluxo de gás (ou mistura de gases) inerte ou ativo. O arco funde

continuamente o consumível formando a poça de fusão (MIG – Metal Inerte

Gás e MAG – Metal Active Gás).

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Esse processo foi descoberto aproximadamente em 1920, mas só a

partir de 1948 começou a ser comercializado e empregado na soldagem do

alumínio e em seguida para outros materiais. No inicio a proteção era efetuada

com o gás inerte, algum tempo depois foi introduzido o gás ativo CO2, parcial

ou totalmente na soldagem de aços.

O processo MIG é usado para soldagem de diversos materiais como

aços carbono, aços de baixo, média e alta liga, aços inoxidáveis, alumínio e

ligas magnésio e cobre. O processo MAG é usado na soldagem de aços de

baixa liga.

Na construção naval com sua versatilidade de espessuras de

chapas que podem ser soldadas, redução de passes na execução das soldas,

podendo ser semi-automático ou automático, tem vasta utilização na união de

peças (figura 8), fabricação de perfis, que são utilizados com reforços na

estrutura do navio, especialmente na pré-montagem dos blocos dentro das

oficinas. Também na fabricação de tubos com costura (figura 9) e uniões de

tubulações de sistemas da águas, óleos combustíveis e hidráulicos, esgotos, ar

comprimido e vapor. Outras vantagens estão na fabricação de vasos de

pressão e tanques, especialmente tanques de aço inoxidáveis para

armazenamento e transporte de gases e produtos químicos.

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Figura 8

Figura 9

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18 1.4 Processos de soldagem com arco submerso.

Como outros processos, neste também a soldagem são

executados através de um arco elétrico que estabelece entre o arame-

eletrodo e a junta a ser soldada. A diferença é que o arco onde forma a

poça de fusão permanece totalmente submerso em uma camada de

fluxo, tornado invisível a solda, sem luminosidade, sem faíscas e sem

respingos (Figuras 10 e 11).

O fluxo usado é granulado e funde com o consumível

protegendo a poça de fusão de contaminações e atua como isolante

térmico formando uma camada dura, que chamamos de escoria, a qual

evita o resfriamento rápido do cordão de solda.

O uso desse processo teve início em 1935, sendo utilizado na

fabricação de tubos e na construção de navios. Sua aplicação foi

intensificada no período de1939 – 1945, com a automatização deste

processo, que permitiu a rapidez na soldagem de equipamentos pesados

e navios na II guerra mundial.

No Brasil esse processo é utilizado com amplitude na

fabricação de equipamentos metálicos como tubos, perfis, trocadores de

calor e principalmente na construção de navios e plataformas marítimas.

Na construção naval é muito utilizado para soldas de topo,

como emendas de chapas na oficina para a pré-montagem de blocos, e

na edificação dos blocos do navio na carreira ou no dique. Nas emendas

dos blocos de fundo duplos e conveses que são juntas de posição planas.

Este processo proporciona uma soldagem rápida, de alta qualidade com

poucos defeitos e excelente acabamento dos cordões de solda .

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Figura 10

Figura 11

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1.5 Processos de soldagem por eletroescória

O processo eletroescória já era conhecido no ano de 1900, mas só

a partir de 1950 foi desenvolvido no Instituto de Soldagem Elétrica E.O Paton

em Kiev, na URSS. Mas outro instituto de pesquisa, na Checoslováquia, o

Instituto Bratislava, quase no mesmo período desenvolvia um processo de

soldagem capaz de executar soldas verticais com um único passe. Mas parece

que foi neste último instituto que engenheiros belgas conseguiram absorver as

técnicas do processo e apresentaram ao mundo por volta de 1960.

O processo é iniciado através da abertura de um arco elétrico entre

o eletrodo e as superfícies da junta a ser soldada, o fluxo granulado é

acrescido e fundido pelo calor do arco. Quando uma grande espessura de

escória se forma, toda a ação do arco cessa, sendo o mesmo extinto. Mas a

corrente de soldagem continua a passar do eletrodo para o metal de base

através da escória por condução elétrica (Figura 12).

Para conter tanto o metal de solda fundido com o fluxo fundido, há

necessidade de colocar chapas tipo sapatas no início da soldagem, pois o

processo na sua fase inicial é instável, com prejuízo na qualidade da solda,

estas sapatas são retiradas posteriormente. A superfície da solda é moldada

pelo contorno ou formato das sapatas, quando a poça de fusão se move para

cima sobre a junta a ser soldada. Conforme vai processando a solidificação, as

impurezas metálicas flutuam no metal fundido através de escória.

A função das sapatas é a delimitação do banho de escória e a poça

de fusão. Na soldagem por eletroescória convencional, estas se movem

através de mecanismos ao longo do cordão de solda. Geralmente elas são de

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22 Figura 13

1.6 Processos de soldagem oxicombustível

Esse processo é um dos mais antigos, mas só foi introduzido na

indústria em 1903 e foi usado extensivamente aproximadamente meio século.

É usado ainda hoje para união de metais ferrosos e não ferrosos, como não

necessita de corrente elétrica algumas vezes seu uso é indispensável,

principalmente onde não existe eletricidade.

O calor é gerado pela mistura de gases, oxigênio e acetileno numa

pressão que é determinada em função da espessura do material a ser soldado.

O oxigênio é usado para proporcionar combustão do gás, mas pode também

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23 ser usado o ar comprimido, mas isto compromete a eficiência térmica, reduz a

velocidade da soldagem, a qualidade da solda é afetada. A escolha do gás a

ser utilizado é importante para que tenha uma boa produção e uma boa

qualidade no cordão de solda.

O processo de soldagem oxicombustível ou soldabrasagem (Figuras

14 e 15), defere dos demais na união das juntas, o metal de adição é fundido e

o metal de base é mantido em estado sólido. Na soldagem oxicombustível ou

soldabrasagem, o metal de adição não penetra por capilaridade e as formas

das juntas são semelhantes ao dos processos de soldagem por fusão. A

resistência da solda é conseqüência da aderência obtida por difusão entre o

metal de adição, líquido, com o metal de base, sólido.

Na construção naval é mais empregado na soldagem de chapas

finas de acabamentos de regiões internas do navio, soldagem de tubos de

pequeno diâmetro e baixa espessura de sistemas refrigeração, frigoríficas,

sistemas de ar condicionado e acessórios de cozinha e banheiros.

Ainda na construção naval não podemos deixar de destacar o

processo oxicorte (figura 16), que agrega o mesmo processo de combustão

usando na soldagem, mas é utilizado em todas as fases de construção de

navios. Sua utilização inicia na primeira fase do projeto, que é o corte das

chapas e perfis na oficina, depois na segunda fase que é a pré-montagem dos

blocos ainda na oficina e a terceira fase que é a edificação dos blocos na

carreira ou dique. Como podemos observar esse é o processo mais utilizado

na construção naval.

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24 Figura 14 Figura 15

Figura 16

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CAPÍTULO II

CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM

2.1 Características do processo de soldagem com eletrodo

revestido.

O equipamento de soldagem para esse processo é um dos mais

simples, consiste numa fonte de energia, cabos de ligação, porta eletrodo, um

grampo (conector de terra) e o eletrodo. A fonte de energia pode ser corrente

alternada (transformadores) ou corrente contínua (geradores retificadores) com

eletrodo negativo (polaridade direta), ou corrente contínua, eletrodo positivo

(polaridade inversa), isso depende das exigências de cada projeto (Figuras 17

e 18)

O tipo de corrente usado e sua polaridade afetam a dimensão e a

forma da poça de fusão, a estabilidade do arco elétrico e a transferência do

metal de adição. Polaridade direta (CC-) eletrodo ligado ao pólo negativo e

peça de soldagem no pólo positivo, tem maior taxa de fusão do eletrodo e uma

menor profundidade de penetração. Polaridade inversa (CC+) eletrodo ligado

no pólo positivo e peça de soldagem no pólo negativo, menor taxa de fusão do

eletrodo e uma maior profundidade de penetração. Corrente alternada (CA), a

polaridade alterna a cada inversão da corrente, nessa configuração, a

geometria do cordão de solda, a penetração e a taxa de fusão do eletrodo são

intermediárias aquelas obtidas em (CC+ e CC-).

O processo de soldagem com eletrodo revestido pode ser usado em

ampla variedade de configurações de juntas, encontradas na soldagem

industrial, chanfro em J, chanfro em duplo J, chanfro U, chanfro duplo U,

chanfro V, chanfro em X ou duplo V, chanfro meio V, chanfro K, chanfro reto, e

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26 etc. (Figura 19) e vários tipos de metais de base e eletrodos ferrosos e não

ferrosos.

Este processo tem a possibilidade de soldar metais de base com

espessuras que podem variar de 2 mm a 200 mm, dependendo do controle do

aquecimento e técnicas utilizadas. Em alguns materiais de base, dependendo

da espessura, há necessidade de efetuar um pré-aquecimento da junta a ser

soldada, que pode ser aplicada com chama oxicorte ou resistências elétricas.

Um dos pontos importantes neste processo de soldagem é o

controle da temperatura de soldagem, a quantidade de calor em relação à

velocidade durante a operação. Para alguns materiais com aços temperados e

revenidos, aços inoxidáveis e aços de baixa liga contendo molibdênio, que

requer temperaturas mais baixas, o controle inadequado da energia de

soldagem durante a operação, pode causar trincas, perda de propriedades do

metal de base, perda de resistência a corrosão em aços inoxidáveis, ou até

perda da capacidade de obsorção de energia ao impacto.

O sucesso da soldagem com eletrodo revestido depende da

habilidade do soldador, pois todo o processo é executado manualmente. A

habilidade do soldador requer o controle de algumas técnicas, como: o

comprimento do arco, que é à distância do eletrodo a poça de fusão (varia de

0,5 a 1,1 de diâmetro do eletrodo a ser usado), o ângulo de trabalho e

deslocamento do eletrodo, a velocidade de deslocamento do eletrodo, técnicas

de soldagem (passe estreito ou passe oscilante) e a corrente de energia

utilizada.

Outro fator de grande importância é a preparação das juntas, que

deve está rigorosamente compatível com as técnicas de soldagem exigidas no

projeto de fabricação de um equipamento ou navio. Deve também estar isenta

de óleo, graxa, ferrugem, tintas, resíduos de exame por líquido penetrante,

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27 areia e fuligem do pré-aquecimento a gás, Esses tipos de impurezas devem

estar no mínimo 20 mm de distância de cada borda das juntas a serem

soldadas.

Figura 17

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Figura 18

Figura 19

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29 2.2 Características do processo de soldagem TIG (Tungsten

Inert Gás).

Este processo é geralmente manual, mas pode ser mecanizado e até

automatizado (Ex. robô, indústria automobilística). O equipamento é composto

de um porta eletrodo com passagem de gás, um bico direcionador de gás

protetor ao redor do arco, um mecanismo de garra para conter e energizar o

eletrodo de tungstênio, denominado pistola, um suprimento de gás de

proteção, um fluximetro e regulador-redutor de pressão de gás, uma fonte de

energia idêntica ao do eletrodo revestido, fonte alta freqüência e suprimento de

água para refrigeração da pistola (Figura 20).

O tipo de corrente elétrica é a contínua (CC) ou alternada, pode ser um

gerador, retificador ou transformador, dependendo do metal a ser soldado.

Neste caso com polaridade direta (eletrodo negativo e metal de base positivo),

a junta a ser soldada tem maior aquecimento do que o eletrodo,

proporcionando uma penetração grande e uma solda estreita. No caso da

corrente contínua de polaridade inversa (eletrodo positivo e metal de base

negativo), a junta a ser soldada tem uma pequena penetração e uma solda

larga. Para esse processo com soldagem manual, deve ter uma adaptação

com um pedal para que o soldador controle a tensão da corrente elétrica.

Este processo é bastante adequado para soldagem de chapas de

espessuras finas, devido ao excelente controle da poça de fusão, mas também

pode soldar chapas de espessuras que variam de 0,1mm a 50 mm. Com esse

processo também podemos soldar vários tipos de materiais, como: alumínio,

magnésio, titânio, cobre e aços inoxidáveis. Na soldagem desses materiais

com espessuras acima de 5 mm, deve ter alguns cuidados com o controle da

temperatura, principalmente quando a junta a ser soldada requer mais de um

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30 passe de solda, neste caso a técnica mais utilizada é o intervalo entre passes

que vai proporcionar o resfriamento da junta a ser soldada.

Como todo processo de soldagem, este também tem como um dos

principais fatores, a preparação das juntas a serem soldadas, que são: tipo de

chanfro da junta, espessura do material, processo de soldagem utilizado, grau

de penetração, economia no preparo do chanfro, posição de soldagem,

consumo do metal de adição e controle de distorções. O tipo de material e

espessura do mesmo está relacionado com a transmissão do calor através de

junta. O tipo de junta a ser soldada é que vai definir a quantidade de calor a ser

colocada na peça, para que não haja alta dissipação deste calor na zona

termicamente afetada (ZTA), o que proporciona alteração da composição

química nesta região afetada.

A preparação das juntas para soldagem do processo TIG, requer todos

os cuidados exigidos na soldagem com eletrodo revestido. A limpeza do

chanfro e bordas devem ser ao metal brilhante, numa faixa aproximada de 10

mm dos lados internos e externos. Na deposição da raiz da solda (o primeiro

passe de solda dentro do chanfro), deve ser aplicada uma proteção com gás

inerte, pelo outro lado da peça para proteção da oxidação atmosférica.

Figura 20

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31 2.3 Características do processo de soldagem MIG/MAG.

O equipamento usado neste processo é composto de uma pistola,

fonte de energia, reservatório de gás, sistema de controle de alimentação de

eletrodo, bobina de eletrodo e sistema de refrigeração da tocha. A pistola tem

um tubo de contato para transmitir a corrente de soldagem para o eletrodo, e

um bocal de gás para proteger a poça de fusão. O gás de proteção

fornecimento constante para o bico da pistola, a uma vazão pré-ajustada por

regulador que chamamos de fluximetro e também um regulador-redutor de

pressão. O reservatório de gás é um cilindro de aço com gás adequado ao tipo

de solda. O alimentador do consumível é composto de um motor elétrico e uma

roda motriz, que é controlada pela intensidade da corrente elétrica. O sistema

de refrigeração da pistola pode ser a ar ou a água, essa escolha depende da

corrente de soldagem, do tipo de gás e do tipo de junta a ser soldada (Figura

21).

A operação desse processo tem inicio através do contato da ponta do

arame com a peça a ser soldada, e é acionado o gatilho de ignição da pistola,

nesse momento três situações ocorrem: o arame é energizado, o arame

avança e ao gás de proteção flui com a abertura automática de uma válvula

solenóide. Neste momento pode então iniciar o processo de soldagem

deslocando a pistola sobre a junta.

O MIG/MAG é um processo de soldagem usado para todas as

posições, todos os tipos de juntas, dependendo do eletrodo e do gás ou gases

usados. Pode soldar uma variedade grande de metais e também pode ser

usado para deposições de revestimento superficiais, tem capacidade de soldar

espessuras acima de 0,5mm, produz soldas com alta qualidade com

procedimentos de soldagem apropriados. Como não utiliza fluxo, a

possibilidade de inclusão de escória na solda é semelhante ao processo

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32 eletrodo revestido, ou seja, mínima. A limpeza interpasse, ou seja, limpeza

entre passes de solda deve ser feita adequada, pois pode ocorrer inclusão de

escória vítrea que é característica deste processo.

A corrente elétrica mais usada no processo MIG/MAG é a corrente

contínua e polaridade inversa, que torna o arco mais estável, transferência de

metal de adição estável, salpico baixo, cordão de solda com boa qualidade. A

corrente contínua polaridade direta não é muito usada, e a corrente alternada

não se aplica a esse processo. Neste processo existem quatro tipos de

transferência de metal de adição, que dependem de alguns fatores, como:

intensidade ou tipo de corrente, tensão do arco elétrico, densidade da corrente,

natureza do arame eletrodo, distância do eletrodo, gás de proteção e

características da fonte de energia.

Figura 21

Transferência de metal de adição globular usando uma corrente baixa

tensão em relação à bitola do eletrodo, o metal se transfere do eletrodo para a

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33 junta a ser soldada com globos maiores que o diâmetro do eletrodo. São

transferidos para a poça de fusão sem muita direção, aparecendo salpicos na

soldagem (Figura 22)

Figura 22

Transferência por spray ou pulverização axial, usando uma corrente

de alta tensão o metal de adição fundido se transfere do arco através de

gotículas finas. Essa transferência de deposição é mais usada na posição

plana e adequado par soldar chapas grossas, devido à alta quantidade de

material de adição depositado na poça de fusão. (Figura 23).

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Figura 23

Transferência por curto circuito usa uma corrente de tensão

relativamente baixa, a fusão inicia-se globolarmente e a gota vai aumentando

de tamanho até tocar poça de fusão, produzindo um curto circuito e eliminando

o arco. Este processo permite a soldagem em todas as posições, e tem uma

limitação para soldagem de chapas com alta espessura, devido à tensão da

corrente elétrica ser relativamente baixa, proporcionando assim menor

penetração (Figuras 24, 25, 26 e 27.

Figuras 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27

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Transferência por arco pulsante usa uma corrente de tensão baixa e

injeta sobre essa corrente baixa, pulsos de corrente alta, a transferência do

metal de adição é feito pelo jato de gotículas durante esses pulsos, este

processo torna possível a soldagem na posição vertical com arames

consumíveis de diâmetros elevados. Este tipo de transferência deve-se utilizar

fontes de energia especiais, capazes de fornecer correntes pulsadas, com

períodos de pulsos controláveis (Figura 28 e 29).

Figura 28 Figura 29

2.4 Características do processo de soldagem arco submerso.

O sistema é composto de um equipamento geralmente automático,

mas também podemos encontrar o semi-automático. O mecanismo movimenta

o cabeçote de soldagem ao longo da peça a ser soldada, através de um motor

elétrico e sobre trilhos alinhados e calibrados nas bordas das jutas a serem

soldadas. A alimentação do fluxo é feito através de um reservatório acoplado

ao equipamento, na tocha ou no cabeçote que alimenta o sistema

continuamente. Neste processo o sistema de movimentação pode ser feito de

duas formas, o cabeçote movimenta sobre a peça a ser soldada, ou o

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36 cabeçote fica fixo e a peça a ser soldada que movimenta. Geralmente neste

caso a peça a se soldada está acoplada a um torno elétrico (Figura 30).

O tipo de corrente elétrica usado é um gerador para corrente contínua

(CC), ou transformador-retificador para corrente alternada (CA), a soldagem

com corrente contínua, com polaridade inversa (CC+), eletrodo positivo e peça

de soldagem negativa, permite melhor controle do passe de soldagem, da

profundidade de penetração e da velocidade de soldagem. Na corrente

alternada tem a vantagem de reduzir o que chamamos de sopro magnético,

que é a deflexão de arco, de seu percurso normal, devido às forças

magnéticas. Para soldagem com arco submerso as fontes de energia devem

ter aproximadamente capacidade de 350 a 2000A, valores elevados em

relação as que são aplicados no processo de eletrodo revestido.

Este processo pode ser usado na fabricação de elementos estruturais,

vasos de pressão e principalmente na construção de navios. Geralmente tem

grande eficiência na soldagem de emendas de chapas para fabricação de

blocos na oficina, como fundos duplos, costados, anteparas e conveses do

navio. Esse processo pode ser usado para soldar juntas com espessuras que

variam de 5 mm a 200 mm. Os materiais mais usados na soldagem por este

processo são: aço carbono de baixa liga e inoxidáveis. Ele não é adequado

para todos os metais e ligas.

Na maioria das vezes a soldagem a arco submerso é executada na

posição plana, mas também com pouca freqüência na posição horizontal.

Também pode realizar de topo, em ângulo, de tampão, e também deposições

em superfícies no metal de base (revestimento), geralmente eixos, cilindros

que posteriormente serão usinados (Figura 30).

Os tipos de juntas a ser usado na soldagem arco submerso devem ser

projetados de acordo com as espessuras das chapas, a serem soldadas. Na

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37 soldagem de chapas finas deve ter um cuidado especial para evitar distorções

ou perfurações das chapas, para evitar distorções à peça a ser soldada deve

ser fixada e para evitar furações das chapas, pode colocar um cobre junta, que

é uma peça de aço ou cobre que é colocada na parte posterior da junta. Nesse

processo as juntas mais usadas são o chanfro em V, em X e em U. A

soldagem em chapas mais espessas com chanfros pode usar técnicas de

passes múltiplos, aplicando um passe de solda em cada lado do chanfro, ou

também para obter uma boa qualidade da solda pode-se usar uma pequena

abertura entre as chapas, que deve está especificado no projeto, e nesta

abertura dar um passe de selagem com processo de eletrodo revestido ou

MAG.

É de grande importância também neste processo, a preparação das

juntas a ser soldadas. A limpeza das juntas, o alinhamento da máquina são

fatores predominantes para produção de uma solda com qualidade e

acabamento desejável. As juntas a serem soldadas devem estar isentas de

óleo, graxa, ferrugem, resíduos de exames por líquido penetrante, areia, e

fuligem do preaquecimento a gás. As irregularidades e rebarbas do oxicorte

devem ser esmerilhadas. Os resíduos de carbono, escória e cobre resultante

do corte com eletrodos de carvão deve ser removidos. O alinhamento da

máquina com a junta incorreta resulta falta de penetração, falta de fusão e até

trincas. Portanto a qualidade de solda depende desses fatores que deve ser

observado pelo operador do equipamento, o qual deve ser treinado e

conhecedor das técnicas de soldagem exigidas neste processo.

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Figura 30

2.5 Características do processo de soldagem por eletroescória.

O equipamento para aplicação desse processo consiste de um

sistema montado sobre a junta a ser soldada, com uma fonte de energia, um

mecanismo alimentador do eletrodo na poça de fusão de forma constante e

uniforme. Esta estrutura é apropriada para cada tipo de eletrodo, que consiste

de um carretel porta eletrodo com roldanas motoras específicas para cada tipo

de eletrodo. Um dispositivo para oscilação do eletrodo, geralmente se a

espessura da peça for maior que 70 mm ou a largura da junta a ser soldada

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39 forem superior a esse valor. Este dispositivo pode ser do tipo parafuso sem fim

ou cremalheira, o controle garante uma deposição uniforme durante a

soldagem (Figura 31)

Existem dois tipos de tubo-guia do eletrodo, o convencional e o

consumível, os dois têm a mesma função, direcionar o eletrodo a poça de

fusão. O tubo-guia convencional serve de contato elétrico para o eletrodo, e é

revestido com um isolamento para evitar o curto-circuito na peça a ser soldada.

O tubo-guia consumível funde à medida que a soldagem avança em toda a

extensão da junta, também serve para suprir a falta de escória e o metal de

adição. Sapatas de resfriamento servem para delimitar o banho de escória e a

poça de fusão e proporciona o resfriamento da região da solda, durante a

execução da soldagem. Na soldagem tubo-guia convencional, as sapatas se

movem através de um mecanismo ao longo do cordão de solda, na soldagem

tubo-guia consumível as sapatas são fixas. Cabeça de soldagem é a parte do

equipamento que compreende o mecanismo alimentador do eletrodo, o

carretel do eletrodo, os tubos-guias, as ligações elétricas, sistema de oscilação

dos eletrodos e os componentes de controle.

A corrente elétrica utilizada no processo de soldagem por

eletroescória, geralmente é usado transformador-retificadores de tensão

constante de 450 a 1500A em corrente contínua. Essas faixas de correntes

são similares às usadas no processo de arco submerso. A tensão mínima em

circuito aberto da fonte de energia não deve ser inferior a 60 V. Para utilização

de mais de um eletrodo como metal de adição, devem ser alimentados com

fontes de energia independentes, através de equipamentos que permita o

controle remoto da tensão de trabalho, proporcionando o balanceamento

elétrico.

No processo de soldagem por eletroescória tem havido um aumento

considerável nos países desenvolvidos, com várias experiências realizadas e a

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2.6 Características do processo de soldagem oxicombustível.

O equipamento de soldagem é muito variável, depende do tipo de

combustível a ser usado. Consiste de cilindros de gases combustíveis e

cilindros de oxigênio com reguladores para as mangueiras e o maçarico de

soldagem que tem a função de misturar os gases, para proporcionar uma

chama adequada para soldagem. Além da conexão de mangueiras e de um

manipulador com válvulas de oxigênio e gás combustível para regular a mistura

(Figura 32 e 33).

A soldagem a gás é mais usada em aços carbonos, aços liga e ferros

fundidos. Na indústria naval é usado para soldar tubos de pequenos diâmetros

e espessura fina, chapas finas, geralmente são usados na fase de acabamento

da construção de navios, revestimento, sistemas de ar condicionado, peças de

cozinhas e banheiros, frigoríficas e outros. Esse processo é totalmente manual

e o controle da temperatura, da posição e direção da chama e manipulação do

metal de adição é totalmente efetuado pelo soldador. Este profissional tem que

ter habilidade e conhecimento do processo e de funcionamento do

equipamento para que possa realizar uma solda de qualidade e acabamento

desejável.

O processo de soldagem combustível tem duas características de

aplicação, soldagem à direita e soldagem à esquerda. À direita, a vareta de

adição desloca-se atrás da chama, no sentido da soldagem, esse processo é

rápido e econômico. À esquerda, a vareta de adição desloca-se a frente da

chama, no sentido da soldagem, é um processo lento que consome muito gás,

mas produz soldas com bom acabamento e tem maior facilidade na execução.

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Figura 32

Figura 33

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CAPÍTULO III

VANTAGENS, DESVANTAGENS E DEFEITOS DOS PROCESSOS

DE SOLDAGEM

3.1 Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de

soldagem com eletrodo revestido.

3.1.1 Vantagens.

As vantagens desse processo são as seguintes: pode ser usado para

soldar qualquer tipo de juntas, em qualquer posição. A principal vantagem

desse processo é a de soldar locais de difícil acesso, os quais são observados

na construção de navios onde a geometria é diversificada, e também o custo

de operação é baixo. A operação é totalmente manual e requer apenas a

experiência do soldador.

3.1.2 Desvantagens.

As desvantagens são caracterizadas pela baixa taxa de deposição,

que é bem inferior aos demais processos, este produz escória e sua remoção

é difícil. Por ser totalmente manual, a escória é retirada com ajuda de martelo

pontiagudo específico para essa atividade, é um processo lento, pois na

soldagem de uma junta com multipasses, a escória tem que ser removida após

passe a passe. A habilidade do soldador é de grande importância, pois toda a

operação depende exclusivamente dele, o direcionamento do eletrodo na

junta, à distância do eletrodo a poça de fusão que também controla a tensão

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44 elétrica, o ângulo de inclinação de soldagem em relação à junta e o

acabamento do cordão de solda.

3.1.3 Defeitos.

Porosidade. Em geral é causada por técnicas de soldagens incorretas

(velocidade de soldagem ou comprimento do arco); junta a ser soldada sem

limpeza adequada; uso de eletrodo úmido pode ocorrer porosidade

vermiforme; a abertura e fechamento do arco às vezes podem ocorrer à

porosidade agrupada.

Inclusões de escória. São provocadas pela manipulação inadequada

do eletrodo e pela limpeza deficiente entre passes, também o projeto

inadequado referente à junta a ser soldada.

Falta de fusão. Também é resultante da técnica de soldagem

inadequada, soldagem rápida, má preparação da junta ou do material de

adição e corrente elétrica baixa demais.

Falta de penetração. Também é resultante da técnica de soldagem

inadequada, soldagem rápida, má preparação de junta ou do material de

adição, corrente elétrica baixa demais e eletrodo com diâmetro grande demais.

Cavidade e sobreposição. São descontinuidades exclusivas de erros

do soldador.

Trinca interlamelar. Este defeito ocorre quando o metal de base, não

suportando tensões elevadas, geradas pela contração da solda na direção da

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45 espessura, trinca-se em forma de degraus, situadas em planos paralelos à

direção da laminação.

Trincas de garganta e trincas na raiz. Causada pela técnica de

soldagem inadequada, e uso de materiais de base e consumo não

compatíveis.

Trincas na margem e trinca sob cordão. São trincas que ocorrem

devido à fissuração a frio, elas ocorrem certo tempo após a execução da solda

e, portanto, pode não ser detectadas por uma inspeção realizada

imediatamente após a operação de soldagem. Elas ocorrem, normalmente,

enquanto há hidrogênio retido na solda, que é provocado pela elevada

umidade do ar, eletrodos úmidos e superfícies sujas.

Mordeduras. Acontece nas bordas do cordão de solda, devido à

corrente elétrica alta e a junta a ser soldada com temperatura muito elevada.

3.2 Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de

soldagem TIG.

3.2.1 Vantagens.

Este processo TIG pode ser usado para soldagem de todas as

posições e praticamente todos os materiais. A operação tem vantagem em

relação às outras, não produz escória e pode executar soldas com alta

qualidade, geralmente livre de defeitos, ótimas propriedades mecânicas e com

excelente acabamento. Devido à proteção com gás inerte a soldagem tem

pouco ou quase nenhuma fumaça e salpico. A camada de solda é suave e

uniforme, requerendo pouco ou nenhum acabamento posterior. Permite um

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46 controle independente da fonte de calor e do metal de adição. O processo

pode ser automatizado, aumentando assim a produção.

3.2.2 Desvantagens.

O processo TIG tem uma baixa produção em relação aos demais

processos. Tem um custo inicial alto e requer soldadores habilidosos e bem

treinados para execução da soldagem. Regulagem do equipamento bastante

complexo. Possibilidade elevada de gerar porosidade no cordão de solda. Na

produção de solda, surgem respingos no momento da soldagem. Manutenção

do equipamento mais trabalhosa. Alto custo do equipamento e arame

consumível em relação ao processo com eletrodo revestido. Tem dificuldade

de soldar em locais abertos, devido ao vento e a exposição atmosférica. Pode

haver inclusão de tungstênio, quando o bico tem contato com a poça de fusão.

A proteção inadequada da junta e do metal de adição pode haver

contaminação da solda.

3.2.3 Defeitos.

Falta de fusão. Acontece quando forem usadas técnicas de soldagem

inadequada, tem uma penetração pequena do arco. As juntas de soldagem

forem inadequadas para esse o processo TIG.

Inclusão de tungstênio. É resultante do contato acidental do

eletrodo tungstênio com a poça de fusão, que a uma temperatura elevada o

eletrodo tungstênio pode fundir transformando numa gota transferindo para a

poça de fusão produzindo assim, uma inclusão de tungstênio na solda.

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47 Porosidade. Pode ocorrer quando há deficiência do gás de proteção,

se a junta a ser soldada não for preparada adequadamente, ou seja, junta com

impurezas e também o metal de base com oxidação.

Trincas longitudinais. Ocorrem geralmente na soldagem feita com

velocidade elevada.

Trincas de cratera. Ocorrem geralmente quando usa corrente

elétrica inadequada ou através do hidrogênio (fissuração a frio), decorrente da

umidade existente no gás de proteção inerte.

3.3 Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de

soldagem MIG/MAG.

3.3.1 Vantagens.

As vantagens desse processo são muitas, tanto na soldagem manual

como na automática. A soldagem pode ser executada em todas as posições. A

produção é alta devido à alta taxa de deposição do metal de adição. Não

produz escória, portanto não há perda de mão-de-obra para retirada da

mesma. O tempo de soldagem é pelo menos a metade se comparando com o

processo de eletrodo revestido. Devido à alta velocidade da soldagem, há

menos dissipação de calor na junta soldada, evitando assim distorções da

peça a ser soldada. Na soldagem de juntas com maiores aberturas, este

processo tem a facilidade de preencher essas aberturas, proporcionando

assim a soldagem de outros processos mais eficientes e rápidos. Por ter um

sistema de alimentação com arame nu (sem revestimento), e constante sem

necessidade de troca do consumível, não há perda de sobras de eletrodos

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48 como no processo de eletrodo revestido, e também não há perda de tempo na

troca do eletrodo.

3.3.2 Desvantagens.

As desvantagens encontradas neste processo são a complexidade de

regulagem do processo durante a soldagem. Tem probabilidade alta de gerar

porosidade no cordão de solda. A soldagem produz respingos. Tem uma

manutenção mais trabalhosa. Alto custo do equipamento em relação ao

processo de eletrodo revestido e um alto custo de aquisição de arame

consumível.

3.3.3 Defeitos.

Falta de penetração. É causada pela aplicação de corrente de

soldagem baixa, e pode ser evitada aumentando a corrente elétrica, Também a

velocidade da soldagem muito baixa e um ângulo incorreto de tocha.

Falta de fusão. Ocorre quando não existe fusão entre o metal de

soldagem e o metal de base. A principal causa da falta de fusão é a técnica de

soldagem deficiente. Também quando a velocidade de soldagem é muito alta a

poça de fusão fica muito larga, a fusão é superficial, ou seja, a junta não é

fundida em toda sua extensão.

Mordedura. É um defeito encontrado no metal de base ao longo das

bordas do cordão de solda, geralmente é encontrada em juntas em ângulo

sobrepostas, juntas de topo e em ângulo. Esse tipo de defeito é causado por

soldagem inadequada, velocidade de soldagem baixa e tensão do arco

elevada. O fator que mais proporciona a mordedura é o aumento da tensão do

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49 arco, e esse se torna largo fundindo as bordas do metal de base formando as

mordeduras.

Porosidade. São poros de gás que podem ser encontrados na

superfície ou no interior do cordão de solda. As causas mais comuns de

porosidade são através da contaminação atmosférica, que podem ser

causadas pela vazão de gás de proteção excessiva, pode causar aspiração de

ar para dentro do fluxo de gás; bocais do sistema de fornecimento de gás

obstruídos; mangueira de conexões com vazamentos e correntes de ar

excessivas na área de soldagem, que podem afastar o gás de proteção da

região da poça de fusão. Outras causas da porosidade também podem ser a

oxidação de peça a ser soldada, a umidade aprisionada, particularmente para

alumínio anodizados, a desoxidação inadequada do arame de solda, a sujeira

orgânica e a alta taxa de solidificação da solda que não permite a saída dos

gases que ficam presos no interior da solda.

Trincas longitudinais. Podemos chamar também de trincas de

centro. Podem ser de dois tipos: trinca quente e trinca fria. Trinca a quente

ocorre entre a temperatura de fusão e a temperatura de solidificação, os

fatores geralmente são causados pelo uso de arame de soldagem incorreto,

composição química do metal de base, tipos de juntas inadequadas e técnicas

de soldagem não compatíveis. Trinca a frio aprecem após a soldagem, quando

o cordão de solda já está totalmente solidificado, essa trinca pode ocorrer

quando a seção reta do cordão de solda é muito pequena, para suportar as

tensões aplicadas ou mesmo a presencia de hidrogênio difusível.

3.4 Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de

soldagem arco submerso.

3.4.1 Vantagens.

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50 Uma das principais vantagens do processo de soldagem arco

submerso é a elevada taxa de deposição, devido a não perda de metal de

adição. É um processo econômico e rápido, em média gasta com arco

submerso, um terço do tempo de soldagem em relação ao processo de

eletrodo revestido. Soldas executadas com processo arco submerso,

apresentam uma boa ductilidade e tenacidade ao impacto, além de

uniformidade e acabamento dos cordões de solda. Outra vantagem é a

remoção de escória que é fácil, pois com o resfriamento da junta a camada de

escória tende se soltar automaticamente.

3.4.2 Desvantagens.

A desvantagem de maior destaque do arco submerso, é que o

processo não permite soldagem fora da posição plana ou horizontal. A ação da

gravidade, que sustenta a camada de fluxo sobre a poça de fusão, impede que

a soldagem seja feita fora da posição, em alguns casos é preciso colocar uma

proteção na junta a ser soldada na posição plana ou horizontal para suportar a

camada do fluxo escorificante, o que nem sempre é possível.

3.4.3 Defeitos.

Falta de fusão. Ocorre quando a solda é executada com um único

passe, com um cordão espesso, ou em soldagem muito rápidas com baixa

energia de soldagem.

Falta de penetração. Resulta do alinhamento incorreto da máquina

com a junta a ser soldada, e a velocidade de soldagem inadequada.

Inclusão de escória. Pode ocorrer quando a remoção da escória de

soldagem executada com vários passes, não for totalmente retirada. Deve ter-

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51 se uma atenção especial na remoção da escória entre passes nas regiões que

são mais difíceis de ser soldadas.

Mordedura. Acontece com mais freqüência nesse processo, devido à

soldagem ser processada com rapidez e quando a corrente for muito alta.

Porosidade. Ocorre também com freqüência, e uma das causas

principais é a alta velocidade de avanço da máquina e o resfriamento rápido da

solda, estes fatores geram retenção de bolhas de gás sob a escória. Para

eliminar a porosidade podemos usar um fluxo com granulação mais fina,

limpeza adequada da junta, diminuir a velocidade de avanço da máquina,

utilização de arames com maior teor de desoxidantes e a altura do fluxo

adequado.

Trincas. Na soldagem a arco submerso pode ocorrer trincas em

temperaturas altas ou em temperaturas baixas. Trincas de cratera ocorrem

geralmente neste processo, a não ser que o operador tenha uma perfeita

técnica de enchimento de cratera. Trincas de garganta ocorrem em pequenos

cordões de solda entre peças robustas, são trincas de soldagem com elevado

grau de restrição. Trincas na margem ou trinca na raiz, ocorrem às vezes

algum tempo após a soldagem, neste caso são devidas ao hidrogênio, de

correte ou da umidade do fluxo. Trincas interlamelar estão associadas à dupla

laminação e as altas tensões de soldagem. Tais descontinuidades

apresentam-se de forma de entalhe que tende a iniciar no metal de soldagem.

3.5 Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de

soldagem por eletroescória.

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52 3.5.1 Vantagens.

Tem alta taxa de deposição, solda de boa qualidade, diminui a

necessidade de aplicação de ensaio não destrutivos, requer pouca ajustagem

e preparação da junta soldada, as juntas soldadas são sem chanfro, solda

materiais espessos com um só passe, necessita de apenas um ajuste no

sistema, o sistema é mecanizado com o mínimo de manuseio do material,

quando inicia a soldagem esta vai até o fim do topo sem interrupção, o tempo

de soldagem é rápido, tem uma pequena margem de distorções, o arco não é

visível e assim não requer muita proteção do operador.

3.5.2 Desvantagens.

Solda apenas na posição vertical, topo ou ângulo, solda apenas aços

carbono, de baixa e media liga, alguns aços inoxidáveis. Sua aplicação é

melhor para chapas com espessuras acima de 20 mm. Não requer habilidade

de operador, mas exige conhecimento da técnica de operação do

equipamento. A grande desvantagem desse processo na soldagem de juntas

com um só passe, é que o deslocamento da fonte de calor é lento, acarretando

superaquecimento do metal de base, assim a zona termicamente afetada

(ZTA) tem perda de propriedades mecânicas e a tenacidade sofre degradação.

Para normalização da ZTA há necessidade de aplicar tratamento térmico, o

que gera custos adicionais.

3.5.3 Defeitos.

Falta de fusão. Na soldagem de chapas espessas, onde o calor é

distribuído por variações do eletrodo, pode haver falta de fusão na região perto

das sapatas de proteção da poça de fusão. Também o efeito de resfriamento

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53 das sapatas pode gerar falta de fusão, próximo a superfície em que as

mesmas estão apoiadas.

Inclusões de escória. É difícil, mas podem ocorrer inclusões de

pedaços de arames consumíveis na poça de fusão devido à rapidez do

mecanismo de alimentação do arame que não funde. Pode ser encontradas

também na zona fundida varetas ou até partes do equipamento, como

exemplo, a extremidade do guia tubular de eletrodo.

Porosidade. Não ocorre com freqüência, mas pode ocorrer de forma

grosseira e do tipo vermiforme, pode ser causado por pedaços do abesto

úmido usado para vedação entre as sapatas de retenção e a peça a ser

soldada. Fluxo, eletrodo consumível e tubo-guia, úmidos ou contaminados

também causam porosidade.

Sobre posição. Ocorrem quando as sapatas não são bem ajustadas

às juntas a serem soldadas, isso permite o vazamento do material fundido,

sobrepondo sobre a solda.

Trincas interlamelar. Não é muito comum na soldagem eletroescória

de juntas de topo, porque não se registra tensões no sentido da espessura das

chapas do metal de base.

Trincas. Não são encontradas na soldagem eletroescória, devido a

fissuração a frio, isso porque o ciclo de aquecimento e resfriamento da junta é

lento. Já as trincas causadas pela fissuração a quente são comuns na

soldagem na soldagem eletroescória, principalmente nas soldas de alto grau

de restrição.

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54 Dupla laminação. Não tem grande inconveniente para a soldagem

eletroescória, a escória fundida atrai para fora qualquer inclusão existente na

dupla laminação e sela a dupla laminação ao longo da solda.

3.6 Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de

soldagem oxicombustível.

3.6.1 Vantagens.

É um processo de custo bem baixo, tornando bem viável, é altamente

portátil, pode se utilizado em qualquer local, principalmente onde não há

energia elétrica. A soldagem pode ser realizada em qualquer posição. O

equipamento é versátil, pode ser usado para outras operações, como

brasagem, corte a chama, fonte de calor para pré-aquecimento. Pode também

se usado para soldagem de chapas com espessuras finas é medias.

3.6.2 Desvantagens.

Uma das principais desvantagens é o alto grau de habilidade que o

soldador tem que ter para efetuar a soldagem. Tem uma taxa de deposição

muito baixa em relação aos demais processos. Tem um superaquecimento

durante o processo de soldagem, isso tem grande influência na propriedade

mecânica da junta a ser soldada e a zona termicamente afetada (ZTA).

3.6.3 Defeitos.

Porosidade. São os mais encontrados no processo oxicombustível,

ele se espalha uniformemente através da execução de técnica de soldagem

incorreta.

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55 Falta de fusão. Ocorre na margem da solda quando utilizamos

indevidamente a chama oxidante, podem também acontecer com chama

apropriada, se for usada incorretamente.

Inclusões de escória. Ocorre com chama oxidante, mas também com

chama normal se for usada incorretamente.

Mordeduras e sobreposições. Acontece através de falhas exclusivas

do soldador.

Trincas. Na soldagem a gás são devido à fissuração a quente, o

aquecimento e o resfriamento lentos, permitindo a difusão do hidrogênio.

Porosidade - Figura 34

Porosidade – Figura 35

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Trinca- Figura 36

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Trinca – Figura 37

Inclusão de escória – Figura 38

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Falta de fusão na face da solda – Figura 39

Falta de penetração na raiz e na junta – Figura 40

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Mordedura – Figura 41

Trinca de cratera – Figura 42

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Trinca interlamelar – Figura 43

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CAPÍTULO IV

CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM DOS PROCESSOS DE

SOLDAGEM

4.1 Consumíveis do processo de soldagem eletrodo revestido.

As funções mais importantes do eletrodo revestido são: estabilização

do arco elétrico e o metal de adição da solda que é depositado na junta a ser

soldada, o revestimento é um mau condutor de eletricidade, portanto isola a

alma do eletrodo evitando aberturas de arco nas laterais da junta, direcionando

assim o arco para o interior das juntas. O revestimento do eletrodo funde e

solidifica sobre o cordão de solda, formando a escória, que protege o cordão

de solda da oxidação atmosférica, controla o resfriamento da solda e contribui

para um bom acabamento da solda.

Existem quaro principais grupos de revestimentos de eletrodos para

soldagem dos aços baixa liga: celulósico, rutílicos, ácido e básico.

Eletrodos com revestimento celulósicos. Possui mais de 20% de

materiais celulósicos que, sob ação do arco, se decompõem gerando grandes

quantidades de hidrogênio, CO e CO2, esses gases gerados são necessários

para proteção da poça de fusão, a taxa de deposição é baixa, e a tensão do

arco é elevada em comparação aos outros tipos de eletrodos. A escória

formada é fina e de rápida solidificação, o que se torna bastante viável para

soldagem fora de posição, incluindo vertical e descendente. Apesar da elevada

quantidade de respingos e o formato irregular das escamas obtidas, o depósito

é bastante satisfatório, sob o ponto de vista de resistência mecânica.

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62 Eletrodos com revestimento rutílicos. O revestimento desses eletrodos

possui 20% de óxido de titânio, obtido através da adição de areia rutilo ou

ilmenita. Estes materiais proporcionam um alto grau de estabilidade do arco,

com tensões baixas, pouca quantidade de respingos e bom acabamento do

cordão de solda. A proteção gasosa do arco contém hidrogênio, CO e CO2 e

também pode ter nitrogênio. A resistência mecânica e a dutilidade obtida são

boas, e a adição do pó de ferro ao revestimento possibilita à obtenção altas

taxas de deposição.

Eletrodos com revestimento ácidos. O revestimento desse eletrodo é

basicamente constituído de óxidos de ferro, manganês e silicatos. Forma uma

grande quantidade de escória caráter ácido, tem intensa reação na poça de

fusão e é facilmente retirada. O volume de gás gerado é pequeno em relação

aos eletrodos rutículos e celulósicos, a tensão do arco é relativamente baixa, a

soldagem fora da posição plana é dificultada, as taxas de deposição e a

penetração são altas, o nível de respingo é baixo e um bom acabamento do

cordão de solda.

Eletrodos com revestimento básicos. O revestimento desse eletrodo

tem sua composição básica de carbonato de cálcio e possui características

marcantes de fornecer depósitos com baixo teor de hidrogênio e inclusões de

qualquer outro tipo. A composição gasosa é composta de CO e CO2 sem

presença de hidrogênio, a escória produzida permite a redução do banho e a

eliminação de materiais não-metálicos. Esse eletrodo proporciona um bom

acabamento do cordão de solda e a soldagem necessita de considerável

prática do soldador para evitar defeitos como porosidade e inclusão de escória.

Através da adição do pó de ferro, que proporciona boa taxa de deposição,

ótima propriedade de depósito, solda todas as posições e aumenta a fluidez da

escória.

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4.2 Consumíveis do processo de soldagem TIG (Tungsten Inert

Gas).

O processo de soldagem TIG tem como consumíveis o eletrodo nu,

que é escolhido para cada tipo de matérias e sua composição química

compatível com da junta a ser soldada, também podemos classificar como

consumíveis desse processo, os gases utilizados para proteção da poça de

fusão da oxidação atmosférica, o gás mais usado é o inert argônio, mas

também os gases ativos hélio e hidrogênio, e as misturas desses gases,

argônio/hélio e argônio/hidrogênio.

A soldagem TIG tem a formação do arco elétrico entre a peça a ser

soldada e o eletrodo de tungstênio com uma quantidade de tório variável a 2%,

este eletrodo é não consumível, que funciona como um dos pólos para

abertura do arco. Com esse eletrodo pode soldar chapa de espessuras finas

sem adição de material, o calor produzido pelo arco elétrico funde a junta a ser

soldada formando a poça de fusão com o próprio material a se soldado.

O gás argônio é o mais usado em relação ao hélio, porque tem

algumas vantagens, como: um arco mais suave e sem turbulência, menos

tensão no arco, melhor limpeza na soldagem de materiais como alumínio e

magnésio, solda com corrente alternada, menor vazão de gás para uma boa

proteção, melhor resistência a corrente de ar transversal e melhor iniciação do

arco.

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64 4.3 Consumíveis do processo de soldagem MIG/MAG.

Os consumíveis do processo de soldagem MIG/MAG são: arames de

aço carbono; arames de aço inoxidável; arames de alumínio; arames de cobre;

arames tubulares e também os gases de proteção.

Arames de aço carbono. Os requisitos que influenciam fortemente na

escolha desse arame são as propriedades mecânicas e composição química

do arame e do metal de base a serem soldado, os tipos de juntas, a corrente

elétrica a ser usada, tamanho da poça de fusão e a quantidade de oxidação.

Arames de aço inoxidável. Para soldagem com esses arames,

também existem alguns aspectos a serem considerados como: os gases de

proteção, a combinação da composição química do arame e do metal de base

a serem soldado e os desoxidantes que tem principal importância. A única

diferença em relação ao arame de aço carbono, é que não há requisitos de

propriedades mecânicas para o material depositado.

Arames de alumínio. Materiais não ferrosos como alumínio e suas

ligas podem ser soldados com esses arames. Os principais elementos para

fabricação desses arames são: o magnésio, manganês, zinco, silício, e cobre.

O principal motivo para utilização de desses componentes é o aumento de

resistência do alumínio puro. Cada arame de alumínio tem diversos elementos

de liga para melhorar as propriedades da solda, e cada um é desenvolvido

para soldagem de cada tipo de alumínio.

Arames de cobre. Contem também elementos de liga, é necessário

para aumentar a resistência mecânica, desoxidar o metal de solda e combinar

com a composição química do metal de base a ser soldado.

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65 Arames tubulares. É um eletrodo de seção reta tubular, possui um

revestimento de aço baixo teor de carbono, aço inoxidável ou liga níquel,

contem no seu núcleo fluxo que forma a escória e estabiliza o arco, esse fluxo

tem sua composição química compatível com o metal de base a ser soldado.

Os arames tubulares são especialmente desenvolvidos para soldagem de aço

doce, usando gás de proteção dióxido de carbono CO2 ou misturas de argônio

e CO2. O fluxo não metálico tem muitas vantagens em relação ao processo de

eletrodo revestido, a taxa de deposição é o dobro, não há troca de eletrodo,

significa menos mão-de-obra, assim diminui o custo, a penetração é mais

profunda, permite também menos preparação de juntas e produz soldas com

qualidade sem inclusão de escória e sem falta de fusão.

4.4 Consumíveis do processo de soldagem arco submerso.

Os consumíveis utilizados na soldagem por arco submerso são os

arames que podem ser sólidos, compostos e também mais recentemente o

arame tubular. Mas também podemos considerar como consumível o fluxo que

é composto por minerais granulares e fusíveis que cobrem a poça de fusão, e

faz a proteção da oxidação atmosférica, é também responsável pela limpeza e

controle da geometria do cordão de solda. Parte desse fluxo funde-se junta

com a solda formando a escória que protege o cordão de solda do

resfriamento rápido.

Para processo de soldagem com arco submerso, dois materiais devem

ser selecionados, o arame de soldagem e o fluxo, os dois devem ter requisitos

à satisfação, termos de qualidade e economia na execução da solda. Dois

fatores importantes influenciam na escolha do fluxo, as características de

desempenho e as propriedades mecânicas. As características de desempenho

incluem na facilidade de remoção da escória, capacidade de remoção dos

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66 óxidos e carepa, condução de corrente elétrica, possibilidade de uso de vários

arames e a aplicação de corrente alternada.

As propriedades mecânicas são de importância primária para a

produção de equipamentos como: vasos de pressão e serviços a baixa

temperatura.

O principal fator para escolha de arame de soldagem para arco

submerso é a influência na composição química e a propriedade mecânica da

solda, que são determinados pela composição do metal de base, do arame

empregado, do fluxo empregado e as condições de soldagem.

Os fluxos podem ser classificados em aglomerados, fundidos, neutros,

ativos e ligados.

Fluxos aglomerado. É fabricada a base de mistura de ingredientes,

solução aquosa de silicato de sódio e ou potássio, a massa resultante é seca,

triturada e peneirada, esse fluxo obtém melhor desempenho na remoção de

óxidos e carepas, menor consumo, baixo custo, bom desempenho sobre várias

aplicações e soldas livres de porosidade.

Fluxos fundidos. São fabricados através de misturas de ingredientes,

são fundidos em um forno elétrico. Passa por processo de trituração através de

choque elétrico, é peneirado para obter uma granulação homogenia. O custo é

elevado, as soldas são consistentes, tem menor risco de trincas por hidrogênio,

mantêm uma maior estabilidade do arco, mesmo com correntes elevadas,

maiores velocidades de soldagem e podem ser recicladas.

Fluxos neutros. Estes não apresentam alterações significativas na

composição química do material depositado, a resistência mecânica do metal

depositado não é alterada pela quantidade fundida de fluxo, que varia com a

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67 tensão de soldagem. Os fluxos neutros são mais usados para soldas

multipasses de peças com espessura superior a 25 mm. Esse fluxo pode

apresentar maior sensibilidade porosidade e a trincas.

Fluxos ativos. Contem uma quantidade pequena de manganês,

silício, ou os dois, que funciona com desoxidantes adicionados ao fluxo, para

melhorar a resistência a porosidade e trincas, causadas pela contaminação de

material de base. Esses fluxos são usados para soldagem de espessuras

inferiores a 25 mm, sendo aplicadas em soldas monopasses ou poucos

passes.

Fluxos ligados. São definidos como aqueles que contêm alem de

manganês e silício, também como elementos de liga cromo, níquel, molibdênio

e cobre. São usados para soldar aços de baixa liga e revestimento.

4.5 Consumíveis do processo de soldagem eletroescória.

Na soldagem eletroescória, podemos usar dois tipos de eletrodos, os

eletrodos sólidos, que tem uso bem intensificado na soldagem com esse

processo, e os eletrodos tubulares que geralmente são usados quando há

necessidade de adição de elementos de liga na soldagem.

Como nos outros processos a composição química das soldas

produzidas é determinado pelo metal de base e o eletrodo consumível. A

composição química do fluxo também tem uma grande importância, pois é ele

que proporciona uma boa operação do processo.

Os fluxos são fabricados com vários tipos de materiais que podem ser

de óxidos complexos de silício, manganês, titânio, cálcio, magnésio e alumínio.

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68 Para adquirir características especiais das soldas, há necessidade de mudança

ou variação da composição química dos fluxos.

As funções obtidas com a utilização dos fluxos são: fornecimento de

calor para produzir a fusão do metal de base e o metal de adição, proporciona

a condução da corrente de soldagem, possibilita uma operação estável e cobre

a poça de fusão protegendo da oxidação atmosférica.

Nesse processo existe uma característica especial sobre o

direcionamento do eletrodo, que é proporcionado por tubos-guia. Existem duas

variáveis básicas sobre a utilização dos tubos-guia. A primeira variável o tubo-

guia não consumível, neste caso o cabeçote de soldagem move-se

progressivamente para cima durante a operação. A segunda variável o tubo

guia é consumível, o cabeçote de soldagem permanece estacionado no topo

da junta enquanto o tubo-guia se funde. Neste segundo caso o tubo-guia te

quem ter sua composição química compatível com a do metal de base e com a

do eletrodo de adição.

4.6 Consumíveis do processo de soldagem oxicombustível.

Os consumíveis usados no processo de soldagem oxicombustível são

os gases, o oxigênio, combustível, metal de adição e fluxos.

Há uma grande quantidade de gases que podem ser usados no

processo de solda e corte, como: o acetileno, o GLP (butano + propano),

propano, metano, propileno e misturas. Na construção naval o gás mis utilizado

é o acetileno (C2 H2) é um hidrocarboneto combustível.

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69 A mistura do acetileno com o oxigênio forma a chama são misturadas

no maçarico através de duas válvulas reguladoras, esta chama proporciona o

aquecimento da junta a ser soldada e funde o metal de adição formando o

cordão de solda.

O metal de adição para esse processo são as varetas, que possuem

variadas composições químicas, podem soldar vários tipos de materiais,

metais ferrosos e não ferrosos. A seleção da vareta de soldagem deve ser

especificada de modo a conseguir as propriedades físicas e mecânicas

desejadas na solda.

No processo de soldagem oxigás, o fluxo tem a função de remover ou

escorificar óxidos de metais de metais que possuem elevado ponto de fusão,

melhorar a formação da escória e facilitar a remoção da mesma. Esses fluxos

são compostos de boratos, fluorboratos, ácido bórico, carbonato de sódio e

outros compostos. A composição química do fluxo varia conforme o tipo de

metal de base. Assim, o fluxo para soldagem de peças de alumínio e suas

ligas devem possuir uma quantidade bem elevada de flúor e cloro.

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CONCLUSÃO

Os processos de soldagem na indústria naval são empregados em

todas as fases de construção de um navio, inicialmente na pré-montagem dos

blocos dentro da oficina, onde chapas e perfis e peças de união são montadas,

ponteadas e soldadas e depois na edificação dos blocos do navio na carreira

ou dique, conforme indicado no projeto.

No projeto de fabricação de um navio que são especificados todos os

tipos de juntas e qual o processo de soldagem será aplicado, tipo de

preparação das juntas e a escolha do soldador, que deverá ser um profissional

qualificado para soldagem na posição plana, vertical, sobre cabeça, primeiro

passe, passes intermediários e passes de acabamento.

O objetivo do trabalho foi mostrar como a descoberta dos processos de

soldagem foi importante para a construção naval. No passado os processos de

soldagem tiveram grandes deficiências, cada processo com dificuldade de

produzir soldas com poucos defeitos e de boa qualidade. Nos dia de hoje onde

há uma busca constante em alcançar o aumento de produção com melhor

qualidade possível, as empresas do ramo (Estaleiros) estão investindo na

qualificação da mão-de-obra, no desenvolvimento da tecnologia de cada

processo e na operação diferenciada deles, destacando posições de soldagem

de cada processo, tipos de juntas e materiais que cada processo solda, tipos

de corrente elétrica, suas características, suas vantagens, desvantagens,

defeitos e consumíveis que cada processo utiliza. Também podemos observar

que todos esses processos tiveram desenvolvimento tecnológicos e

operacionais, melhorando assim a qualidade das soldas produzidas através de

especialização de mão de obra, preparação das juntas a serem soldadas,

escolha dos consumíveis, com composição química compatíveis com as do

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71 material a ser soldado, proporcionando assim a minimização dos custos

produzindo soldas com menor percentual de defeitos possíveis, evitando

custos adicionais com aplicação de ensaios não destrutivos e retrabalho.

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CLEBER, Fortes Engenheiro Metalúrgico M. Sc. Assistência Técnica

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATORIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

PROCESSOS DE SOLDAGEM 11

1.1- Processos de soldagem com eletrodo revestido 11

1.2- Processos de soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) 14

1.3- Processos de soldagem MIG/MAG 15

1.4- Processos de soldagem com arco submerso 18

1.5- Processos de soldagem por eletroescória 20

1.6- Processos de soldagem oxicorte 22

CAPÍTULO II

CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM 25

2.1- Características do processo de soldagem com eletrodo revestido 25

2.2- Características do processo de soldagem TIG (Tungsten Inert Gás) 29

2.3- Características do processo de soldagem MIG/MAG. 31

2.4- Características do processo de soldagem arco submerso 35

2.5- Características do processo de soldagem por eletroescória 38

2.6- Características do processo de soldagem oxicombustível 41

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76 CAPÍTULO III

VANTAGENS, DESVANTAGENS E DEFEITOS DOS PROCESSOS

SOLDAGEM 43

3.1- Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de soldagem com

eletrodo revestido. 43

3.1.1- Vantagens 43

3.1.2- Desvantagens 43

3.1.3- Defeitos 44

3.2- Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de soldagem TIG. 45

3.2.1- Vantagens 45

3.2.2- Desvantagens 46

3.2.3- Defeitos 46

3.3- Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de soldagem MIG e

MAG 47

3.3.1- Vantagens 47

3.3.2- Desvantagens 48

3.3.3- Defeitos 48

3.4- Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de soldagem arco

submerso 49

3.4.1- Vantagens 50

3.4.2- Desvantagens 50

3.4.3- Defeitos 50

3.5- Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de soldagem por

eletroescória 51

3.5.1- Vantagens 52

3.5.2- Desvantagens 52

3.5.3- Defeitos 52

3.6- Vantagens, desvantagens e defeitos do processo de soldagem

oxicombustível 54

3.6.1- Vantagens 54

3.6.2- Desvantagens 54

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77 3.6.3- Defeitos 54

CAPÍTULO IV

CONSUMÍVEIS DE SOLDAGEM DOS PROCESSOS DE SOLDAGE 61

4.1- Consumíveis do processo de soldagem eletrodo revestido 61

4.2- Consumíveis do processo de soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) 63

4.3- Consumíveis do processo de soldagem MIG/MAG 64

4.4- Consumíveis do processo de soldagem arco submerso 65

4.5- Consumíveis do processo de soldagem eletroescória 67

4.6- Consumíveis do processo de soldagem oxicombustível 68

CONCLUSÃO 70

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 72

ÍNDICE 75

ÍNDICE DE FIGURAS 78

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78

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Navio partido ao meio 9

Figura 2 – Naufrágio do Titanic 10

Figura 3 – Esquema de soldagem com eletrodo revestido 13

Figura 4 – Solda com eletrodo revestido 13

Figura 5 - Esquema de soldagem TIG 15

Figura 6 – Soldagem TIG com material de adição 15

Figura 7 – Soldagem TIG sem material de adição 15

Figura 8 – Esquema de soldagem MIG/MAG 17

Figura 9 – Soldagem de tubo com solda MIG 17

Figura 10 – Esquema de soldagem arco submerso 19

Figura 11 – Soldagem de tubo com arco submerso 19

Figura 12 – Esquema de soldagem com eletro escória 21

Figura 13 – Soldagem de topo no costado do navio 22

Figura 14 – Soldagem de tubo com oxicombustível 24

Figura 15 – Soldagem de tubo com oxicombustível 24

Figura 16 – Corte de chapa com oxicorte 24

Figura 17 – Esquema de soldagem com eletrodo revestido 27

Figura 18 – Equipamento para soldagem com eletrodo revestido 28

Figura 19 – Tipos de chanfros 28

Figura 20 – Esquema de soldagem TIG 30

Figura 21 – Esquema de soldagem MIG/MAG 32

Figura 22 – Transferência de metal de adição globular 33

Figura 23 – Transferência de metal de adição spray ou pulverização 34

Figura 24 – Transferência de metal de adição por curto circuito 34

Figura 25 – Transferência de metal de adição por curto circuito 34

Figura 26 – Transferência de metal de adição por curto circuito 34

Figura 27 – Transferência de metal de adição por curto circuito 34

Figura 28 – Transferência de metal de adição por arco pulsante 35

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79 Figura 29 – Transferência de metal de adição por arco pulsante 35

Figura 30 – Equipamento de soldagem arco submerso 38

Figura 31 – Equipamento de soldagem eletroescória 40

Figura 32 – Equipamento de soldagem oxicombustível 42

Figura 33 – Equipamento de soldagem oxicombustível 42

Figura 34 – Porosidade 55

Figura 35 – Porosidade 56

Figura 36 – Trinca 56

Figura 37 – Trinca 57

Figura 38 – Inclusão de escória 57

Figura 39 – Falta de fusão na face da solda 58

Figura 40 – Falta de penetração na raiz e na junta 58

Figura 41 – Mordedura 59

Figura 42 – Trinca de cratera 59

Figura 43 – Trinca interlamelar 60

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES.

Título da Monografia: PRINCIPAIS PROCESSOS DE

SOLDAGEMUTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO NAVAL.

Autor: LUIZ BONFANTE

Data da entrega: 18/11/2011

Avaliado por: Conceito: