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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU INTITUTO A VEZ DO MESTRE PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL 03 A 06 ANOS CAMINHANDO LADO A LADO Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU

INTITUTO A VEZ DO MESTRE

PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL 03 A 06 ANOS

CAMINHANDO LADO A LADO

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU

INTITUTO A VEZ DO MESTRE

PSICOMOTRICIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL 03 A 06 ANOS

CAMINHANDO LADO A LADO

OBJETIVOS:

Esta publicação atende a complementação didática

pedagógica de metodologia da pesquisa e a

produção e desenvolvimento de monografia, para o

curso de pós-graduação.

Pela autora Fabiane Martins Fontes Aleixo

Professora Mestre orientadora: Fátima Alves

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AGRADECIMENTO

A Deus primeiramente que é digno de toda honra e

louvor, a minha mãe e minha irmã, pelo incentivo.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a Deus, a minha mãe Neusa

Maria, minha irmã Liliane e ao meu namorado

Bernardo, pela paciência.

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RESUMO

A Psicomotricidade é uma área que trabalha com o corpo e emoção, dessa forma a criança consegue trabalhar melhor as áreas cognitiva, motora e emocional. Sabemos que as crianças se expressam muito pelo movimento e o profissional especializado em psicomotricidade, pode intervir com atividades específicas sempre voltadas para o lúdico, auxiliando em alguma dificuldade e não aquisição da criança. Esta pesquisa pretende abordar a importância da psicomotricidade na educação infantil, investigando em que aspecto a psicomotricidade contribui para crianças na escola de educação infantil. Uma vez que sabemos que através do corpo é que a criança tem um melhor relacionamento com seu mundo interno e externo. Crianças que vivenciam a psicomotricidade têm uma evolução no seu desenvolvimento cognitivo, motor e emocional. É sobre isto que esta pesquisa vai mostrar, de uma relação mais íntima e eficaz da psicomotricidade e da educação infantil.

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METODOLOGIA

Crianças que vivenciam a psicomotricidade têm uma evolução no seu

desenvolvimento cognitivo, motor e emocional, portanto esta pesquisa será de

campo, cunho bibliográfico, utilizando obras literárias tais como Brincando com

a Criatividade, Como aplicar a Psicomotricidade, Neurociência e Transtornos

de Aprendizagem, Psicomotricidade, Corpo, Ação e Emoção, O corpo que fala

dentro e fora da escola, Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação, Pedagogia

do Movimento - Universo Lúdico e Psicomotricidade, Psicologia Educacional-

Uma crônica do desenvolvimento, O Lúdico na Formação do Educador,

Educação Infantil Creches- Atividades para crianças de zero a seis, e acessos

a alguns sites referentes ao tema.

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SUMÁRIO

Introdução___________________________________________ 8

Capítulo I ____________________________________________ 10

Como aplicar a Psicomotricidade na Educação Infantil

Capítulo II ________________________________________________ 18

O Lúdico na Psicomotricidade

Capítulo III ___________________________________________ 28

Psicomotricidade x Afetividade

Conclusão ______________________________________________ 33

Bibliografia______________________________________________ 35

Índice _______________________________________________ 37

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INTRODUÇÃO

Psicomotricidade é uma ciência que trabalha e estuda o corpo e sua

interação no meio social, envolvendo a emoção e a cognição.

Partindo do pressuposto de que psico significa mente e motricidade

corpo, a psicomotricidade pode ser vivenciada em diversas áreas, tais como a

Fonoaudiologia, fisioterapia, na educação infantil, e educação musical dentre

outras .cada profissional adequando-a para sua área. No entanto este trabalho

viabilizará a área de educação infantil. Crianças bem estimuladas conhecem

melhor seu corpo.

Segundo o autor Jean Piaget, dividiu períodos das fases motoras,

mental e verbal (www.icpg.com.br) em:

1- período sensório motor, que vai do nascimento aos dois anos

aproximadamente.

2- período simbólico – dos dois anos aos quatro anos aproximadamente

3- período intuitivo – dos quatro anos aos sete anos aproximadamente.

4- períodos operatórios concreto dos sete anos aos onze em diante

5- período operatório abstrato dos 11 anos em diante.

É importante o profissional que estiver aplicando a psicomotricidade,

tenha conhecimento destes períodos para avaliar uma criança, tendo o

cuidado de que cada criança é um ser único. Como cada criança é um ser

único, algumas poderão responder de formas diferentes em relação ao

estímulo que recebe em relação ao seu desenvolvimento. Portanto é de

extrema importância que o profissional que atua com cada criança tenha o

conhecimento como aconteceu esse desenvolvimento para proceder e interagir

em relação à psicomotricidade.

Esta pesquisa será demonstrada através de três capítulos. o

primeiro sob o título "como aplicar a psicomotricidade na educação

infantil”. Na Educação Infantil é ótimo trabalhar a Psicomotricidade, pois as

crianças estão na fase de experimentações, atividades psicomotoras apesar

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de trabalhar ludicamente, não tem apenas um papel de brincar por brincar e

sim de socializar, de trabalhar melhor o corpo, emoção e postura. O segundo

capítulo será demonstrado através do lúdico na psicomotricidade que terá

como base, a brincadeira como uma ferramenta indispensável, para se

trabalhar na Educação Infantil, podemos considerar como uma necessidade

básica para a criança. E por último falaremos sobre a afetividade X a

psicomotricidade que enfocará como se deve ter amor ao trabalhar com a

criança, pois a falta dele também pode prejudicar todo um desenvolvimento

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CAPÍTULO I

COMO APLICAR A PSICOMOTRICIDADE NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

... O corpo inevitavelmente mortal, não está morto. E sem ele nada podemos fazer aqui onde habitamos somos locomotores.

Diferente dos vegetais que onde nascem, permanecem. Não

conhecemos a fotossíntese. Somos seres motores, corpos

locomotores. As mentes não habitam cadáveres. O homem não é um

zumbi intelectual. Nosso planeta é a terra, onde não existe forma

possível de expressão que não seja a motora. Pela corporeidade

existimos, pela motricidade nos humanizamos. A motricidade não é

movimento qualquer, é expressão humana. (Paulo Freire, Pedagogia

do Movimento, 2007, p.32)

A psicomotricidade trabalha o movimento do corpo e da mente, um

corpo mesmo para está em movimento, pois o sistema nervoso não continua

trabalhando, a respiração e a corrente sanguínea. Sendo assim podemos

afirmar que o corpo está sempre em movimento.

As crianças que é ser que acumula energia é um corpo ótimo de se

trabalhar, pois estão na fase de descobertas, de olhar, de mexer, de interagir

com o outro e de se expressar.

Então este capítulo vai abordar sobre como aplicar a psicomotricidade

nestes pequenos, com crianças de zero a seis anos.

1.1- Um breve comentário sobre o início da Psicomotricidade

Quando começou a se falar em Psicomotricidade ela era voltada para a

parte de patologia.

Os autores Jean Piaget, Henri Wallon e Julian de Ajuriaguerra tiveram a

preocupação em se especializar mais na parte de desenvolvimento, sendo que

Piaget visou mais a parte de relação evolutiva da psicomotricidade com a

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inteligência, Wallon visou a parte da relação psicomotora, emoção e afeto, já

Ajuriaguerra visou mais o corpo e sua relação com o meio.

Os movimentos de trabalhos da psicomotricidade começaram com uma

proposta reeducativa na criança. Respeitando a cada fase de seu

desenvolvimento foi que Jean Piaget se preocupou em estimular as crianças

.

“ A educação psicomotora deve ser considerada como uma

educação de base na pré-escola. ela condiciona todos os

aprendizados pré-escolares, leva a criança a tomar consciência de

seu corpo, lateralidade,a situar-se no espaço, a dominar seu tempo a

adquirir habilidades de coordenação de seus gestos e movimentos”(

Oliveira, 1997)

O corpo que se movimenta desde o ventre, precisa de estimulo mesmo

ainda no útero. Na vida intra-uterina o bebê pode escutar e reconhecer a voz

de sua mãe. O nosso corpo é de certa forma a nossa primeira casa.

A motricidade começa com o toque, ao pegar o bebê, ao acariciá-lo, ao

banhá-lo e alimentá-lo, estamos de certa forma cuidando deste corpo. A mãe

e/ou a pessoa que cuida da criança já começa a fazer isto até mesmo

inconscientemente.

A Psicomotricidade trabalha este corpo em movimento desde os

primeiros anos de vida, pois é essencial a prática psicomotora na educação

infantil. É sobre isto que este capítulo vai abordar.

Nas fases entre de 0 a 18 meses é fundamental o toque na criança e

deixar com que ela descubra o próprio corpo. Nesta fase é importante que ela

se sinta amada, porém não se deve ficar apenas no colo, é de suma

importância que ela fique no chão (mas com proteção), brincando,

descobrindo-se, mexendo, experimentando. É normal nesta fase que a criança

coloque tudo na boca, pois esta é fase oral, a fase da experimentação, tudo é

novidade.

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Como inserir a psicomotricidade nesta fase onde são tão pequenos?

Certamente iremos aplicar a psicomotricidade de acordo com a faixa etária,

pode-se trabalhar com música, cantando-se para dormir, pois música traz

emoção. Um bebê consegue perfeitamente dormir com uma canção suave.

Podem-se trabalhar também as cantigas de roda, histórias cantadas e não

esquecendo o toque. Trabalhar a música é de certa forma estimular a

linguagem do bebê, linguagem oral e corporal

As crianças nesta faixa etária, já são capazes de demonstrar suas

satisfações ou insatisfações, através do corpo, fazendo pirraça, jogando

objetos, gritando ou batendo palmas, dando gargalhadas, abraços e beijos.

Dos 18 meses a três anos (fase anal) a criança já consegue andar

sozinha, está mais independente, expressando assim sua vontade.

Conseguem perceber mais o espaço onde estão inseridas, ficam mais

equilibrada, seus movimentos são copiados do meio onde convive, a parte

motora está mais rica, nesta idade as crianças movimentam-se muito. É

importante que elas tenham um lugar amplo para se movimentarem bastante,

correr, saltar, cantar, dançar e brincar de roda.

Esta é a fase de imitação das pessoas próximas, deve-se tomar cuidado

com o que se diz e fala na frente de criança desta idade, pois copiam tudo. No

entanto mesmo pequenos podemos educar, sempre com muito amor e carinho

colocando limites e estabelecendo regras.

Estimular o emocional, juntamente com o motor é fundamental, pois um

depende do outro, uma criança que não tiver bem emocionalmente, nem

sempre consegue se expressar verbalmente, mas certamente o seu corpo

demonstrará quando não estiver bem, pois o corpo fala!

Neste período a psicomotricidade pode-se ser aplicada além de música,

com jogos cooperativos, pois nesta fase há muita disputa por brinquedos.

Podemos trabalhar com quebra cabeça, rodas, escravo de Jô ritmado,

maratonas psicomotoras, trabalhar jogos ou livros com diferentes espécies de

texturas para trabalhar o tato.

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Temos ainda a fase fálica que vai dos quatro aos seis anos. As crianças

nesta faixa etária brincam muito e tem acumulada em seu corpo muita energia

que parece não ter fim, parecem que não conseguem andar, vivem saltando, e

correndo. Os pequenos querem fazer e brincar todas as brincadeiras possíveis.

Esta também é a fase da descoberta, uma criança já percebe seu corpo,

o do outro e suas diferenças. É capaz também de fantasiar de compartilhar

objetos brincadeiras e amizades. Onde a psicomotricidade contribui nesta

fase? Em vários aspectos, o profissional tem um olhar diferenciado até mesmo

quando as crianças estão brincando livremente, podem-se observar falhas na

parte motora. Como corrigir isto? Organizando atividades psicomotoras

(sempre voltada para o lúdico), com o intuito de suprir estas falhas, brincar de

roda, meus pintinhos venham cá, coelhinho na toca, cobra cega, brincadeiras

de equilíbrio (passar por cima da corda no chão) etc

Percebe-se em nossas crianças certa falha na parte motora e emocional,

tendo o profissional um papel fundamental em suprir esta falha, pois sabemos

que quando se iniciou o segmento de educação infantil as creches e pré-

escolas tinham uma visão de cuidado, higiene e brincadeiras sem nenhum

intuito de socialização. Até porque seus profissionais não eram qualificados.

Todavia houve uma mudança histórica e por isso não podemos atualmente

fechar os olhos para a motricidade e expressão corporal das crianças.

1.2 - Histórias da Educação Infantil no Brasil

Segundo a revista Nova Escola o primeiro jardim da infância foi

inaugurado em 1895 em são Paulo. Mas as mudanças somente ocorreram em

70 quando houve um processo de urbanização e introdução da mulher no

mercado de trabalho, isto ocasionou um demanda por vagas em escolas para

crianças de 0 a 6 anos.

As políticas nesta época não eram definidas para este nível, o

crescimento de instituições de educação infantil nessa época foi sem ordem

alguma por profissionais sem alguma formação.

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Já em 75 o ministério da educação assumiu a responsabilidade quando

criou a coordenação de educação pré-escolar, para a inserção de crianças de 4

a 6 anos. No entanto o governo continuou fazendo em paralelo, políticas

públicas separadas da educação. Dois anos mais tarde criou-se o ministério da

providência e Assistência Social, a LBA (Legião Brasileira de Assistência)

tendo o intuito de dirigir os serviços de instituições responsáveis pela educação

a crianças de 0 a 6 anos, que eram separadas em : comunitárias localizadas e

tendo como mantenedor associações de bairro, igrejas etc. porém a mesma

LBA acabou em 95, todavia o Governo Federal deu continuidade a repassar

recursos para as creches através da assistência social.

Sendo assim, houve uma pequena mudança, aconteceu a separação do

segmento de 0 a 3 anos, neste segmento a s crianças freqüentavam creches e

seus alunos eram de baixa renda. As creches eram sustentadas pela

assistência social para crianças de baixa renda e o trabalho com as crianças

eram mais de higiene, saúde e alimentação, uma vez que as profissionais não

tinham formação de professora. Já as crianças que eram inseridas as pré-

escolas eram as de classe média e alta.

A Educação Infantil somente passou a ser e ter importância a partir de

1988, antes disto era apenas assistencialista. Isto durou por quase cem anos.

... O que cada momento histórico constrói, reserva e atribui como

“função” e período da infância impõem tarefas a essas Instituições

educativas. Isto significa dizer que ser criança e vivenciar uma

infância nem sempre foram às mesmas coisas. E que educação

infantil também teve vários significados no decorrer da história (p.9)

Como apresenta a definição em uma reportagem da revista Nova Escola

o professor e escritor Mário de Andrade, em 1930 colecionava em sua

biblioteca muitos desenhos feitos por crianças, muitos visitantes achava

estranho.

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O professor Mário começou a promover concursos de desenhos e

apoiava a atividades artísticas, quando foi chefe de departamento cultural da

prefeitura da capital paulista.

Explica a professora Márcia Gobbi da USP que Mário de Andrade é um

dos pioneiros pensadores em acreditar na Educação Infantil, na valorização

das produções das crianças e também inserir atividades artísticas como base

neste segmento.

A constituição de 1988 acabou com este parâmetro e impôs a educação

Infantil como dever do estado Brasileiro. Sendo assim a educação Infantil e da

pré-escola foi vista então com direito da criança facultativo a família e não

somente da mãe que trabalha. A Educação infantil passou então a ter

planejamento e políticas sociais e educacionais (Regina Scarpa)

Passado dois anos o ECA (Estatuto da criança e do Adolescente),

confirmou os direitos do segmento de Educação Infantil. Em 94 o MEC publicou

um documento de política nacional de Educação Infantil que determina funções

como mais números de vagas e políticas para um melhor atendimento as

crianças dentre elas a capacitação dos profissionais de Educação Infantil.

Somente em 96 foi inserida a Emenda Constitucional que cria a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação (LDB), desta forma a Educação Infantil ficou

sendo a primeira etapa da Educação Básica.

Só então a Educação Infantil ganhou uma dimensão mais ampla

dentro do sistema educacional e a criança foi vista como alguém

capaz de criar e estabelecer relações, um ser sócio-histórico,

produtor de cultura e inserido nela e que, portanto, não precisa

apenas de cuidado, mas está preparado para a Educação (Beatriz

Ferraz, coordenadora pedagógica do centro de educação e

Documentação para ação Comunitária (CEDAC) SP.)

O artigo 62 da LDB foi pioneiro ao estabelecer a necessidade de

formação para profissional da Educação Infantil. Segundo a lei, a formação do

educador desse segmento deve ser em nível superior, admitindo-se como

formação mínima a oferecida em nível médio, modalidade normal.

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1.2.1- A História da educação infantil contribui para a

Psicomotricidade?

A história da educação infantil contribui muito, pois sabendo do passado

podemos construir um futuro, melhor, com mais qualificação e mudando a

história, com um olhar psicomotor e valorizando o corpo.

1.3 - Percebendo o Corpo

Na hora da higiene também é um papel importantíssimo para a criança.

Deve-se observar sempre a hora da troca de fralda, se a criança esta suja.

Após a brincadeira e antes das refeições é fundamental a lavagem das mãos

da criança com sabão. E o profissional que cuida da criança também precisa

manter sua higiene pessoal.

Através do banho, da troca de roupa é importante o toque, olhar, o

cuidado, segurança e carinho.

Outra forma de haver essa troca de carinho e cuidado é aplicar uma

massagem que chamamos de Shantala, ela é de origem indiana e acalma

muito a criança e tem uma troca de carinho e olhar.

1.3.1- Massagem Shantala

Quando o bebê faz um mês de vida pode-se iniciar a massagem

chamada da shantala. Esta massagem é um momento de comunicar-se com o

corpo, é uma comunicação entre o corpo de bebê e a educadora ou de quem a

faz. Pode ser a crianças de até no máximo dois anos.

Deve-se fazer a massagem quando ambos tiverem em paz, a pessoa

que aplica e a criança que recebe e já alimentados. É bom ter um horário para

fazer a massagem, individual em cada criança enquanto uma recebe a

massagem as outras estão em outras atividades, ao término na massagem

pode-se colocar a criança para dormir ou para tomar um banho.

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1.3.2 - Shantala, passo a passo

1. Tórax: Coloque as duas mãos sobre o peito do bebê. Do centro para fora,

deslize as mãos para cada lateral, como se estivesse alisando as páginas de

um livro.

2. Braços: Uma das mãos segura o ombro do bebê, como um bracelete, e a

outra segura o pulso. Vá deslizando a mão do ombro para o pulso. Quando

elas se encontrarem, traçam de posição: a mão que segurava o pulso passa a

segurar o ombro recomeçando o movimento. As mãos deslizando e se

alternando sempre

3. Mãos: Com seu dedo polegar, massageie do centro da palma da mãozinha

em direção a cada dedo.

4. Barriga: Coloque uma das mãos na base do peito e deslize-a em direção

ao ventre.

5. Pernas: Faça como fez com os bracinhos, deslizando da coxa em direção

dos tornozelos, terminando nos pezinhos.

6. Pés: Massageie com suavidade, pois os pezinhos do bebê são muito

sensíveis. Primeiro o seu polegar parte para calcanhar em direção a cada

dedinho. Em seguida, passe a palma da sua mão na sola do pezinho do bebê.

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CAPÍTULO II

O LÚDICO NA PSICOMOTRICIDADE

Brincando, a criança organiza e constrói seu próprio conhecimento e

conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve

a expressão oral e corporal, reforça as habilidades sociais e reduz a

agressividade. (p.85, Pedagogia do Movimento 2007)

2.1- Apresentação do lúdico

Ludus vem do latim e quer dizer brincar. É isto que significa a palavra

Lúdico.

Muito tem se ouvido falar de lúdico na educação infantil, mas dentro

deste contexto estão inseridos todos os tipos de brincadeiras, o brincar com

brinquedos, como brincar de pique pega, e também de jogos.

Toda criança tem direito de brincar, isto é garantido pelo ECA (Estatuto

da Criança e do Adolescente), não importando a classe social da criança.

2.2 - Brincadeira é coisa séria

Através da brincadeira (lúdico) acriança pode expressar seus

sentimentos, seus movimentos e suas emoções. E também se pode aprender

brincando.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e

não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do

aspecto pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde

mental, prepara para um estado do inferior fértil, facilita os processos

de socialização, comunicação, expressão e construção do

conhecimento (1997. Santos, Santa Marli Pires Org. p.12)

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Segundo Santa Marli trabalhar as atividades lúdicas é o princípio da

infância. ...”Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a

saúde, a habitação e a educação” (p.20)

Olhando para traz na história da evolução humana dentro da sociedade,

a criança não era considerada como atualmente. Tempos atrás, era

considerada como adulto, ou parecida com adulto, ou ainda como um adulto

pequeno, não tinha importância socialmente. Elas eram consideradas de

acordo com as classes, classe baixa era considerada quando já conseguia

contribuir no trabalho, ajudando assim na família, já as classes altas as

crianças eram preparadas para o futuro.

Os brinquedos não eram vistos como hoje, apesar de ser fazerem

presentes, eram considerados como um objeto para diversão. Atualmente o

brincar faz parte da maior parte da sociedade.

A utilização do brinquedo como um eixo para o desenvolvimento infantil,

contribui em um ensino mais prazeroso, tanto para o educador como para o

educando.

E trabalhar ludicamente ajuda no desenvolvimento da criança nas áreas:

cognitiva, motora, emocional, afetiva, social, cultural, física e também na

expressão oral. Por todos estes motivos é que brincadeira é coisa séria!

Quando o assunto é criança o imaginário da fantasia está inserido,

principalmente no que diz respeito a conhecimento cognitivo. Desta forma o

profissional, psicomotricista ou professor, pode contribuir com seu

conhecimento, transmitindo o aluno de forma lúdica, com atividades

psicomotoras, jogos cooperativos, sabendo e respeitando o lugar onde será

aplicada a atividade, o planejamento e organização são imprescindíveis.

O conhecimento do profissional é fundamental, para que haja o interesse

e envolvimento do aluno.

Mesmo sendo atividades lúdicas, tem que ter objetivo, regras e

fundamento. É relevante que o profissional sinta o clima da turma que irá

aplicar a atividade, pois se têm uma turma que esta agitada no momento, não

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será bom que coloque uma atividade também agitada. O profissional tem de ter

este olhar cuidadoso.

De acordo com os autores com os autores de pedagogia do movimento,

o pedagogo Froebel (1826) foi o pioneiro em inserir o jogo no ensino da

educação, ele cria que as crianças aprendiam brincando e que sua

personalidade poderia de certa forma ser moldada e preenchida através do

brinquedo. Então, o papel do profissional é formar situação e materiais para

que o jogo ocorra.

Os autores de Pedagogia do movimento afirmam ainda que o processo

de educação das crianças dê continuidade também pelos educadores

contemporâneos:

Claparède (1940) afirma que a criança é um ser feito para

brincar, e que o jogo é um artifício que a natureza encontrou para

envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e

mental [...] Jacquim (1963) enfatiza que o jogo tem sobre a criança o

poder de um excitador universal. Diz que o jogo facilita tanto o

progresso da personalidade integral da criança como o progresso de

cada uma de suas funções psicológicas, intelectuais e morais.

Partindo da consideração de que as atividades lúdicas podem

contribuir para o desenvolvimento intelectual da criança, Cratty (1975)

sugere a utilização de atividades motoras sob a forma de jogos para o

domínio de conceitos [...] e para o desenvolvimento de algumas

capacidades psicológicas, tais como: memória, avaliação e resolução

de problema [...] Piaget (1962 e1976) diz que a atividade lúdica é o

berço obrigatória das atividades intelectuais da criança, sendo por isso

indispensável à pratica educativa[...] Vygotsky (1989) diz que é

enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento da criança. No

brinquedo a criança cria e expressa uma situação imaginária [...] Para

Vygotsky, no brinquedo a criança projeta-se nas atividades adultos de

sua cultura e ensaia seus futuros papéis e valores (p.82)

O lúdico tem uma enorme importância na educação e pode ser uma

ferramenta didática no processo ensino-aprendizagem, auxiliando no

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desenvolvimento pedagógico. Desta forma podemos considerar o jogo como

uma ferramenta educativa e indispensável, pois estimula à criança um ensino,

trabalhando o corpo, podendo a criança, utilizá-lo através de situações

concretas.

2.3 - Brincando com o Corpo

A expressão corporal é importantíssima para o processo de

desenvolvimento infantil, pois assegura aprendizagem.

A afirmação dos autores é de que o movimento está inserido em todo

processo de ludicidade, nas quais contribuem de forma importante ao processo

de construção do conhecimento pela criança.

Brincando, a criança organiza e constrói seu próprio conhecimento e

conceitos, relaciona idéias, estabelece relações lógicas, desenvolve

a expressão oral e corporal, reforça as habilidades sociais e reduz a

agressividade. (2007, Pedagogia do movimento, p.85)

A brincadeira pode ser vista como criação da criança através de sua

vivência.

De acordo com os autores “toda brincadeira é uma imitação

transformada”, de algo que a criança vivenciou, dos pensamentos e do

emocional. O brincar proporciona à criança a construção de sua auto-estima,

colaborando para interiorizar alguns modelos de adultos, inseridos nos grupos

sociais.

Os autores de Pedagogia do movimento nos mostram que quando a

criança joga e brinca de certa maneira está fazendo um treinamento para uma

vivência social melhor, cumprindo regras, trabalhando em grupo, conhecendo e

superando seus limites e melhorando também suas dificuldades que poderá

surgir durante as brincadeiras e jogos.

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Os movimentos e as vivências que as crianças têm através de jogos e

brincadeiras é uma possibilidade do desenvolvimento social, da linguagem, da

coordenação motora, da noção corporal e espacial.

2.4 - Percepções de Espaço e Tempo

Segundo Sônia Maria Mafassioli Corrêa autora do livro Psicologia

Educacional, as crianças a partir do meio em que estão inseridas vai tendo

noção de espaço e tempo construindo-a pouco a pouco com suas ações.

Em concordância com Sônia Maria as relações topológicas devem ser

trabalhadas na educação infantil através de diversas noções tais com:

vizinhança, ordem ou sucessão, separação, continuidade e envolvimento. No

entanto é papel do psicomotricista / professor escolher atividades que a criança

consiga se orientar, identificar e representar seu espaço. Certamente a criança

com todo este estimulo terá no futuro mais condições de ler e interpretar

“representações espaciais” elaborados por outra pessoa.

Para a noção temporal está inserida na criança leva um pouco mais de

tempo, comparada com a noção de espaço. É muito comum uma criança de

educação infantil se referir a ontem como amanhã, pois nesta fase a criança

ainda não tem muita percepção do tempo. Para que uma criança tenha esta

noção ela passa por algumas etapas anteriormente: o tempo vivido, depois o

tempo intuitivo e no final o tempo operário.

É de suma importância que se tenha as atividades no concreto para que

a criança assimile melhor.

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2.4.1- Estrutura Espacial

• Estruturação espacial se dá em três etapas: espaço vivido, espaço

percebido e espaço concebido.

• Dois aspectos importantes na estruturação espacial são: o esquema

corporal e a lateralidade.

• Manter a criança em “chiqueirinho” dificulta sua capacidade psicológica

de estruturar o espaço imediato.

• Espaço vivido é aquele que a criança explora com seu próprio corpo.

• Lateralidade é a tomada de consciência do predomínio lateral do corpo

para a esquerda ou para a direita.

• A criança de 5 anos possui a capacidade de aprender mentalmente o

espaço que já conhece.

• As crianças preferem organizar suas brincadeiras em espaços amplos.

• As crianças de séries inicias têm condições de interpretar informações

contidas em um mapa.

• As crianças até 6 anos conseguem representar a distância entre dois

objetos após ter percorrido o trajeto entre eles.

• Quando a criança, ao olhar uma fotografia, reconhece a localização dos

objetos, ela está na fase do espaço concebido. (retirado do livro: O lúdico na

Formação do Educador-SANTOS, Santa Marli Pires (org.))

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2.4.2 - Relações Topológicas

• As primeiras relações que a criança estabelece são as relações

topológicas.

• Quando a criança diz: ”A cadeira está ao lado da mesa” ela está

estabelecendo uma relação de vizinhança

• As palavras “antes” e “depois” referem-se à relação espacial de ordem

ou sucessão

• Para entender o conceito geográfico de fronteira, é necessário dominar a

relação espacial de separação.

• Nas relações topológicas não são consideradas as distâncias, as

medidas e os ângulos.

• As relações topológicas só são estabelecidas após os dez anos de

idade.

• A noção de envolvimento é percebida em uma só dimensão.

• A relação de continuidade mostra a distância entre dois pontos

• A relação de vizinhança envolve as noções de esquerdo-direita. retirado

do livro: O lúdico na Formação do Educador-SANTOS, Santa Marli Pires (org.))

O Lúdico é um instrumento fundamental para se trabalhar na educação

Infantil e não é recomendado restringir a idade, para realizar as brincadeiras,

pois dependendo do estimulo que a criança teve ela pode realizar qualquer

brincadeira.

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2.4.3 - Atividades Psicomotoras

Muitas das crianças que chegam as escolas não brincam mais como

seus avós brincavam: de roda, de subir em árvore, pique esconde, boneca e

carrinho. A tecnologia está substituindo as brincadeiras livres, tem brinquedos

tão tecnológicos que muitos até fazem tudo sozinho, sem precisar da interação

da criança. Existe um vídeo game que você pode jogar tênis, futebol dentre

outros jogos, com um simples toque no controle remoto, não precisando de um

parceiro, de um contato físico do ser humano.

• Maratona

• Colocar bambolês em um espaço grande, no mínimo quatro um

paralelo ao outro

• Usar cordas uma paralela a outra também

• Cones ou cadeiras enfileiradas dando um pequeno espaço

• Fitas colorida, para utilizar nos braços dos competidores (verde e

amarela)

Cada material deste colocar em dois lados, para as duas equipes

fazerem ao mesmo tempo a maratona.

Formando dois grupos um utilizando a fita a verde e o outro utilizando a

fita amarela, colocar os grupos em filas paralelas, então começa a competição,

passando pelo bambolê um pé em cada bambolê, andar no meio da corda com

um pé atrás do outro e por último passar entre os cones ou cadeira. Quando o

primeiro de um grupo chegar ao final volta correndo por fora e bate na mão do

próximo da fila e assim em diante até que todos terminem.

Importante não há um grupo vencedor, todos ganham se possível, dê uma

medalha de participação ou algum brinde.

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• Perna de Pau

Constitui-se de dois sarrafos com até um metro de comprimento. Em

cada sarrafo, a cinqüenta centímetros do chão, há um apoio para os pés. A

criança sobe nesse apoio, tentando andar como um equilibrista de circo. Pode

também ser feita com duas latas de tamanho e diâmetros iguais, sustentadas

por um barbante de mesmo comprimento. A partir dos cinco anos podem-se

organizar competições ou brincar de circo

• Pular Elástico

Duas educadoras ou duas crianças mantêm-se de pé numa distância de

um metro, prendendo um elástico à altura dos tornozelos.

Uma terceira criança tentará pular de um lado para o outro depois para dentro

e para fora, e por fim, traçando os elásticos. O elástico poderá ir “subindo” na

perna daqueles que o estão prendendo e criando desafios maiores.

• O Alarme

Na parte superior de um arco ou bambolê coloca-se um sino. As

crianças devem passar através do arco sem deixar tocar o sino.

Na medida em que as crianças vão crescendo, podem-se organizar

percursos compostos, de forma que as crianças tenham que andar

equilibrando-se em cima de uma tábua, pular, arrastar-se dentro de um túnel,

escorregar etc.

• Pique - Esconde

Uma criança, o “pegador”, ficará de costas no pique, “batendo cara”, até

que todos se escondam. Após um momento, deve perguntar: posso ir?

Partindo em seguida em busca dos amigos escondidos. Aqueles que voltarem

ao pique sem serem alcançados pelo “pegador” estarão salvos; aqueles que

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forem descobertos pegos serão próximo “pegador”. As variações dessa

brincadeira são temáticas, super-heróis em busca de personagens “malvados”;

polícia e ladrão etc.

Bebês e crianças de até três anos gostam de esconder o rosto com as

mãos e esperam ser “achadas”, por alguém, aguardando que digam: “Achou”!

È legal também brincar de esconder as partes do corpo, ou objetos.

2.4.4 - Brinquedos apropriados por faixa etária:

• 0 a 2 anos

Chocalhos, brinquedos para martelar e empilhar, brinquedo com guizo

inteiro para apertar, brinquedos flutuantes, blocos com ilustrações fios com

contas, trapézios para berço, brinquedos de puxar e empurrar, copos ou caixas

que se encaixam uma na outra, blocos e argolas para empilhar, livro de rima,

ilustrações e estribilhos, brinquedos musicais e com guizos.

• 2 a 4 anos

Brinquedos para cavalgar, carrinho de mão, carvalhinho de pau,

brinquedos para empurra e puxar, objetos para caixa de areia, blocos de

tamanhos e formas diferentes bolas, espelho d’agua e caixas de areia, móveis

do tamanho da criança, aparelhos e utensílios domésticos de brinquedos,

objetos úteis feitos em casa, mobília para boneca, fantasias animais de pelúcia,

bonecas e bonecos, quebra-cabeças simples, jogos de construção com peças

grandes, blocos, serviços de chá.

• 4 a 6 anos

Mais roupas de fantasia, mais bonecos e bonecas, fantoches e

teatrinhos, brinquedos para montar “a lojinha”, telefone e relógio de brinquedo,

casinhas de brinquedo, brinquedos para brincar da casinha, soldadinhos de

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chumbo, fazendas, vilarejos e outros cenários para brincar caminhõezinhos,

carro, aviões e baços, jogos de construção simples, brinquedos imitando

utensílios domésticos, discos toca-discos, rádios, equipamentos e imprensa,

livros para colorir cardemos para desenho, livros de histórias.

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CAPÍTULO III

AFETIVIDADE X PSICOMOTRICIDADE

A capacidade tanto para o amor como para a agressividade é, até

certo ponto, constitucional, embora varie individualmente em força e

interaja desde o começo com as condições externas (1976

Psicologias Educacionais Apud Marlene Rodrigues Klein)

Segundo Marlene a falta do amor também é um problema muito sério

que ocorre na educação infantil, pois muitos pais acham que apenas comprar

brinquedos, roupas, alimentos e trabalhar demasiadamente estão

demonstrando o quanto gosta da criança, mas isto não é verdade. Todo

indivíduo desde seu nascimento, até mesmo antes dele, precisa sentir e ser

amado.

3.1 - Caso Zezinho

Zezinho é um menino que foi rejeitado desde a gestação tanto por sua

mãe quanto pelo pai, ele não teve nenhum estímulo ou afeto desde a vida intra-

uterina, sua mãe agia como se não tivesse grávida, tanto nas vestimentas, na

alimentação e na vida cotidiana. Inclusive não preparou o enxoval do bebê.

Logo depois de nascido, Zezinho foi entregue aos avós por parte de pai,

sem qualquer constrangimento e sem sua mãe ter o olhado.

O menino até os quatro anos teve carinho, amor, estímulos e cuidados.

Porém seu avô morreu e sua avó ficou sem condições psicológicas de

continuar cuidando do menino. Zezinho foi devolvido aos pais, que desde então

não tinham nenhum contato físico ou emocional com o menino depois do

nascimento. Logo seus pais admitiram uma enfermeira para cuidar dele, sendo

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que a enfermeira teria um tratamento científico, cuidando da saúde, sem afeto

ou estímulo algum.

Os pais, assim como quando ele nasceu teve pouco contato emocional.

Passado dez meses Zezinho que era considerado um menino “normal” teve

uma enorme regressão: Não lembrava mais nada que aprendeu, não se

comunicava, parou de andar, não conseguia conter as excreções e foi

prejudicado também na parte motora

Ele foi colocado por seus pais em uma escola para crianças especiais. E

passou a ser um menino sem alegria, tristezas, emoções e também

movimentos. Apenas após um tratamento psico-motor é que conseguiu adquirir

novamente as capacidades que havia deixado de praticar, no entanto ainda

não conseguia comunicar-se oralmente com as pessoas. Apenas se

comunicava utilizando maquinários, no início imaginário e posteriormente

construído com canudos de plásticos.

Zezinho ficou conhecido como Menino Mecânico. Ele usava a “máquina”

para realizar tudo. Somente após conseguir ligá-las em uma tomada também

imaginária é que conseguia comer, se locomover, excretar, brincar e

descansar.

Constantemente, demorava bastante construindo as “máquinas” que no

término já não estava mais interessado na brincadeira.

Um de seus desenhos foi um auto-retrato, ele desenhou um boneco que

parecia um robô, feito com fios elétricos e ligado a tomada. Somente desta

forma que o menino se comunicava com as pessoas.

Quando completou nove anos, depois de um rigoroso tratamento sob a

coordenação do professor Bruno Bettelheim onde todas as pessoas que

trabalhavam na clínica se envolveram em sua fantasia para tentar atingi-lo, o

menino foi considerado “normal”, com um melhoramento em seu desempenho

escolar e uma inteligência considerada mediana e uma ótima agilidade para a

construção e manipulação com máquinas uma de suas frases após fazer um

carro alegórico para um desfile da escola escrito em uma faixa era: “Os

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sentimentos são o que de maior existe de baixo do sol” Rodrigues, Marlene,

Psicologia Educacional, SP 1976

3.2 - Afetividade

A construção do amor no indivíduo e a capacidade de amor estão

diretamente conectadas á satisfação das necessidades iniciais da vida, tendo a

mãe um papel primordial nesta construção.

“A capacidade tanto para o amor como para a agressividade é até certo

ponto, constitucional, embora varie individualmente em força e interaja desde o

começo com as condições externa” (Klein apud Rodrigues, Marlene)

De acordo com a autora uma mãe considerada boa é um porto seguro

para a criança que se sente confortável, sentindo alívio quando passa por

algum desconforto ou aflito, resta à mãe lhe transmitir paz, prazer, alegria,

proteção e estímulo.

Existe uma empatia entre a mãe e a criança, pode-se dizer que isto é a

capacidade de amor.

Uma criança que não tem afeto da mãe ou da pessoa responsável por

ela, que não lhe transmite segurança e estímulo, não consegue desenvolver-se

da mesma forma que a que foi estimulada. Certamente, não conseguirá

transmitir o amor, pode ser uma pessoa indiferente, insensível e até mesmo

agressiva.

O cuidado por si só não é suficiente, pois o ser humano é movido por

emoção e faz-se necessário receber o amor

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3.3 - Caso Emília

Adaptado do livro Saúde e Educação (Werner, Gryphus, RJ, 2001)

Uma menina chamada Emília nasceu de parto normal, porém com pouco

peso. Aos primeiros meses ela foi hospitalizada algumas vezes, mas em curto

prazo, apresentando o quadro de desidratação mais uma vez o quadro de

desidratação. Quando chegou aos seis meses apresentou mais uma vez o

quadro de desidratação, junto com desnutrição.

Por conta das condições econômicas da família, a equipe médica achou

por bem deixá-la mais um tempo internada.

No tempo de internação Emília foi alimentada, teve cuidados higiene e

saúde, no entanto o contato social e afetivo foi nulo. Ela ficou internada até

completar quatro anos de idade. Neste período de quatro anos a menina teve

alta e foi entregue a família como uma criança deficiente, que não teria a

possibilidade de andar falar ou fazer alguma coisa sozinha.

Sua mãe que não tinha a menor conhecimento acreditou e se conformou

com o que lhe disseram.

Passado alguns anos Emília completou dezessete anos, apenas com

noventa e sete centímetros, recebendo alimento e cuidados. Ela era do

tamanho de uma criança de quatro cinco anos, ela era incomunicável e imóvel.

Neste mesmo período de tempo a mãe de Emília voltou a ficar doente desta

vez apresentando um quadro de erisipela bolhosa (uma espécie de infecção

causada por uma bactéria)

No hospital foi tratada a doença e também a equipe do hospital se

interessou pelo seu caso e resolveu fazer exames para saber a causa de seu

tamanho pequeno (nanismo) e atraso cognitivo. Sendo assim foi oferecida a

oportunidade de estimular Emília a brincar com brinquedos, a ter acesso de se

envolver socialmente com crianças e adultos.

Com todos estes estímulos e cuidados em pouco tempo por volta de

onze meses, já pode perceber mudanças no quadro de Emília, a menina já

conseguia falar e cresceu 23 centímetros, passando a medir então 1,20, sem

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medicamentos para crescimento. Concluíram que foram bloqueados fatores

hormonais com relação a crescimento. Perceberam através de diagnóstico que

o organismo da menina conseguia produzir hormônios. Porém faltou a

interação social.

Pode-se observar que neste caso de Emília, ela teve todo o cuidado e

acesso a alimentação, higiene, porém faltaram outros dois fatores que

podemos observar que é indispensável o fator social e afetivo.

Analisando o caso de Emilia com o de Zezinho o menino mecânico,

verificamos que ele teve estímulo amor e carinho, desde os primeiros anos de

vida, ao contrário de Emília que tinha apenas os cuidados básicos.

Zezinho após perder seu avô (ele morreu) e a avó não teve condições

psicológicas de continuar com ele, teve uma regressão, pois ambos eram os

responsáveis de cuidar do menino e também o amava incondicionalmente. Ele

deixou de falar e se comunicava como se fosse um robô, foi uma maneira de

escapar da realidade.

Já Emília teve seus primeiros anos de vida, em um hospital, apenas

recebendo cuidados básicos sem muito contato social, apenas com equipe

médica, não tendo estímulo em sua fala, corpo ou mente. Quando completou

dezessete anos é que recebeu este estímulo que faltou em sua infância, então

teve um ótimo progresso, cresceu em seu tamanho e também em seu

desenvolvimento motor e cognitivo.

Para o Homem é importante amar e ser amado. Porém só pode dar o

que se recebe, uma pessoa que foi hostilizada desde criança, terá muito mais

dificuldade em expressar e sentir o afeto.

A criança precisa receber o afeto desde recém nascido, não apenas pela

mãe, mas por todas as pessoas que a cercam

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CONCLUSÃO

“Nós não podemos mudar a cor da nossa pele. O que nós

podemos mudar é como nós a sentimos. Nós não podemos mudar a

dor do passado. O que podemos mudar é como isso nos afeta. Nós

não podemos mudar o que outras pessoas provavelmente sentem

sobre o que somos e o que tenhamos sido. O que nós podemos

mudar é como vemos isso, como nós usamos isso e como os outros

usam isso em nosso benefício ou detrimento. O passado já foi

escrito, mas nós temos o poder de escrever o futuro, baseados no

que somos e no que estamos fazendo agora. Nós podemos escrever

o futuro baseado na auto-ajuda e respeito. Nós podemos escrever o

futuro baseado no quanto nós temos a crescer. Nós podemos

escrever o futuro cheios de força, paz, prosperidade e amor. Tudo

que temos a fazer é isso e exatamente agora.

Eu estou escolhendo o meu futuro pelo que estou fazendo agora”.

Iyanla Vazant, 1993

Que a educação das crianças possa ser de maneira diferente da que

de seus pais foram educados e seus avós, sendo assim que possa ser mudada

a forma de construir a educação com mais movimento, que não eduque apenas

a criança e sim o seu corpo e sua mente, com o intuito de serem adultos mais

questionadores, pensadores mas que consiga expressar-se controlando seus

impulsos.

Não se pode alterar o passado, mas pode-se construir um futuro

brilhante e com gotas de psicomotricidade na vida dessas pequenas grandes

pessoas que são as crianças.

A psicomotricidade vem para somar na melhoraria dessa educação que

tanto sofreu com mudanças, mas que ainda não chegou ao seu auge, faltam

mais preparos, investimentos e reconhecimento nos profissionais de educação

de um modo geral. Como podemos observar no capítulo II tem diversas

atividades que auxiliam no desenvolvimento motor e que não há muito custo,

são materiais que já se tem na escola ou que pode-se improvisar/substituir.

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Conclui-se que é necessário que se estimule a parte motora, social e

afetiva, pois a criança não pode ter apenas os cuidados básicos de higiene e

alimentação, observa-se isto no capítulo III que mostra justamente os casos de

uma criança que teve os cuidados básicos e não teve estimulo motor nenhum,

desta forma ela não andou, falou e cresceu até que teve o estímulo necessário

aos dezessete anos, para a surpresa de todos da família e equipe médica a

menina Emília andou, falou e até mesmo cresceu. E o outro caso foi do

Zezinho o menino “mecânico”, que foi rejeitado durante a gestação e logo

depois foi acolhido por seus avós paternos, porém quatro anos mais tarde ele

foi devolvido aos pais, que continuaram o rejeitando, não tendo envolvimento

emocional com o menino, apenas contrataram uma enfermeira para cuidar

dele. Zezinho parou de comunicar- se verbalmente, de limpar suas excreções,

e de ter qualquer tipo de emoção (alegria ou tristeza).

Observa-se que em ambos os casos o fator estimulo motor, afetivo e

social é indispensável para a educação de uma criança, caso falte um desses

fatores, certamente vai haver uma lacuna que pode fazer uma enorme

diferença.

Este trabalho tem o objetivo de mostrar que maneiras pode-se trabalhar

com a psicomotricidade de forma afetiva e lúdica.

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BIBLIOGRAFIA

Alves, Fátima (org) - Como Aplicar a Psicomotricidade-Uma atividade

multidisciplinar com Amor e União – 3ª Ed – Editora Wak Rio de Janeiro 2009

Alves, Fátima – Psicomotricidade, Corpo e Emoção- 4ªed. Editora Wak 2008

Garcia, Regina Leite (Org ) – O corpo que fala dentro e for a da escola:

Rj D e A 2002

Kishimoto, Tizuko Morchida(org) – Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a

Educação- 4ª Ed. Editora Cortez - 2000

Pedagogia do Movimento - Universo Lúdico e Psicomotricidade

Ed: IBPEX 2ª edição – 2007 Curitiba

Rodrigues, Marlene – Psicologia Educacional- Uma crônica do

desenvolvimento- São Paulo 1976

Santos, Santa Marli Pires (org)- O Lúdico na Formação do Educador – 3ª Ed.

Editora Vozes – 1997

Educação Infantil Creches- Atividades para crianças de zero a seis- Ed

Moderna 2ª edição – Rio de Janeiro 1999

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WWW.revistaescola.abril.com.br – acesso 24/11210

WWW.pessoal.educacional.com.br acesso 27/11/210

Vazant, ,Iyanla Acts of Faith – Daily Meditations for People of Color – Fireside –

New York – 1993. Tradução Wânia Santa’nna.

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ÍNDICE

Introdução __________________________________________ 8

Capítulo I ________________________________________ 10

Como aplicar a Psicomotricidade na Educação Infantil

1.1 Um breve comentário sobre o início da Psicomotricidade_____________10

1.2 História da Educação Infantil no Brasil __________________________ 13

1.2.1 A História da Educação Infantil contribui para a psicomotricidade? ___ 16

1.3 Percebendo o corpo ________________________________________ 16

1.3.1 Massagem Shantala ______________________________________ 16

1.3.2 Shantala, passo a passo___________________________________ 17

Capítulo II ________________________________________ 18

O Lúdico na Psicomotricidade

2.1 Apresentação do Lúdico____________________________________ 18

2.2 Brincadeira é coisa séria____________________________________ 18

2.3 Brincando com o corpo_____________________________________ 21

2.4 Percepção de espaço e tempo _______________________________ 22

2.4.1 Estrutura Espacial______________________________________ 23

2.4.2 Relações Topológicas ___________________________________ 24

2.4.3 Atividades Psicomotoras _________________________________ 25

2.4.4 Brinquedos apropriados por faixa etária ________________________ 27

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Capítulo III _______________________________________ 28

Psicomotricidade x Afetividade

3.1 Caso Zezinho ___________________________________________ 28

3.2 Afetividade______________________________________________ 30

3.3 Caso Emília ____________________________________________ 31

Conclusão________________________________________ 33

Bibliografia_______________________________________ 35

Índice ___________________________________________ 37