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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM OS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NO ÂMBITO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITARIAS Por: Giselly da Silva Soares Orientador Prof. Marie Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

OS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NO

ÂMBITO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITARIAS

Por: Giselly da Silva Soares

Orientador

Prof. Marie Sue Carvalho Pereira

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

OS IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NO

ÂMBITO DAS BIBLIOTECAS UNIVERSITÃRIAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Tecnologia

Educacional

Por: . Giselly da Silva Soares

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AGRADECIMENTOS

A professora Marie Sue Carvalho Pereira, meus sinceros

agradecimentos, não apenas pela orientação, mas também pelo conhecimento

transmitido.

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DEDICATÓRIA

.....Dedico aos meus pais, Antonio(in

memorian) e Graça, aos meus irmãos,

Jefferson e Anieli. À Minha sobrinha

Patricia pelo incentivo, carinho, paciência

e amor.

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RESUMO

O objetivo geral desta pesquisa foi identificar os impactos da tecnologia

da informação no âmbito das bibliotecas universitárias. Tendo em vista a

implantação do sistema de gerenciamento na Biblioteca Jose de Alencar. Os

resultados demonstram que houve impactos decorrentes da introdução da

tecnologia de informação. Demonstrando que as transformações que

ocorreram favoreceu o profissional na informação, usuários e a biblioteca. A

biblioteca universitária e uma ambiente educacional, onde usuário constrói o

seu conhecimento e desenvolve competências e habilidades. O profissional da

informação educa, orienta e guia o usuário no processo ensino aprendizagem.

Constatou-se o laço afetivo entre o usuário e o bibliotecário e de suma

importância, pois o usuário sente-se a vontade para fazer perguntas e

desenvolver competências diante da tecnologia de informação. Deixando claro

que a tecnologia da informação e um recurso a mais para o acesso da

informação e de modo rápido e eficaz, porem o usuário necessita de um

profissional capacitada para que ocorra o processo educacional.

Palavras-chave: Biblioteca. Profissional da informação. Usuário. Tecnologia da

informação.

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METODOLOGIA

A metodologia empregada foi a pesquisa bibliográfica, através de

autores de biblioteconomia, educação e administração. Foram utilizados textos

de livros, dissertações e teses sobre o assuntos, dando-se ênfase a artigos

atuais do tema. Não podemos esquecer da parte empírica, pois e através dela

que constatamos a parte teórica.Incluindo assim, o usuário e o profissional da

informação como objeto de estudo também. A partir daí verificamos os

impactos da tecnologia na Biblioteca Jose de Alencar.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A implantação da tecnologia de informação na BJA 10

CAPÍTULO II - O impacto da tecnologia de informação na BJA 20

CAPÍTULO III – O novo papel do profissional, usuário e da Biblioteca

José de Alencar diante da tecnologia de informação 30

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

INDICE 41

FOLHA DE AVALIAÇÃO 42

INTRODUÇÃO

Segundo Morigi & Pavan (2004) as bibliotecas como instituições sociais são

partes integrantes da sociedade. Como tais, também acompanham os

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processos de desenvolvimento econômico, social e tecnológico. No mundo

contemporâneo, as bibliotecas passaram a utilizar técnicas e processos

automatizados. Sendo assim, as tecnologias de informação contribuíram para

o processo de automação do setor de circulação da Biblioteca José de Alencar

da Unidade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Procurou-se verificar quais modificações foram introduzidas no comportamento

dos bibliotecários dentro desta nova realidade, dos usuários e na cultura da

organização na Biblioteca José de Alencar (BJA), a partir da implantação das

tecnologias de informação e nas relações entre bibliotecários e usuários.

O processo de informatização permitiu enfatizar a capacitação do

profissional da informação de acordo com sua nova realidade e os benefícios

que foram trazidos após a implantação do sistema de informação para

Biblioteca José de Alencar. O software que foi utilizado para automação é o

Aleph. O Aleph é um software desenhado especificamente para o

gerenciamento de bibliotecas e centros de documentação. É um sistema

amigável e totalmente integrado. Trabalha em tempo real, e o banco de dados

é atualizado imediatamente. O software Aleph é um gerenciador de bibliotecas,

desenvolvido na The Hebrew University, em Jerusalém, Israel. Comercializado

no Brasil pela Ex Libris, está sendo utilizado por instituições como a USP,

Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e UFRJ. O Aleph é um conjunto completo de

características poderosas permite que o cliente da biblioteca execute uma série

de tarefas com a facilidade:

• Ver empréstimos atuais e renovar materiais, de acordo com políticas

da circulação da biblioteca

• Solicitar materiais usando funções tais como reserva, entrega

domiciliar de documentos e empréstimo entre bibliotecas

• Definir o idioma da interface e o formato de exibição dos registros

• Ver o histórico de empréstimos

• Flexível — Os componentes de customização do sistema são

parametrizados para acomodar as exigências das instituições de todos

os tipos e tamanhos

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• Fácil de usar — Fluxos de trabalho amigáveis e interfaces gráficas

intuitivas aumentam a eficiência da equipe de funcionários e dos

clientes da biblioteca.

• Adaptável — Crescentes e aprimoradas funcionalidades permitem

bibliotecas e consórcios criarem ambientes de funcionamento originais.

Considerando que a BJA não é um ente isolado, estando inserida em

um contexto maior, ou seja, dentro da UFRJ, o impacto das tecnologias de

informação no âmbito da biblioteca universitária foi analisado para que

possamos verificar as transformações ocorridas dentro da Biblioteca José de

Alencar. Esta unidade de informação tem a missão de promover o acesso à

informação, na área de Lingüística, Filologia e Literatura, a recuperação e a

disseminação da Informação para toda a comunidade acadêmica, de forma

atualizada, ágil e qualificada, visando contribuir para a formação profissional

do cidadão, colaborando, dessa forma, no desenvolvimento científico e

cultural da sociedade como um todo.

CAPÍTULO I

A IMPLANTAÇÃO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

NA BJA

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Nesta seção abordamos a implantação da tecnologia de informação na

Biblioteca Jose de Alencar. O processo ocorreu devido a necessidade de

facilitar rapidez no acesso e transferência de informação para os usuários e

pelo fato, que o mercado exige que o profissional da informação se atualize e

dinamize os produtos e serviços da Unidade Informacional.

Estamos passando por mudanças em todas as áreas da sociedade e por

isso, o impacto das tecnologias da informação vem sendo sentida na vida

social. É importante lembrar que estamos na era pós-industrial ou Sociedade

Informatizada deixando claro que quem detém a informação tem o poder.

Logo, houve grandes mudanças na sociedade.

O processo de ensino e aprendizagem na universidade passa por varias

mudanças e o desenvolvimento das bibliotecas devem estar inseridos neste

contexto, de forma agilizar e dar acesso a informação.

Conforme Masuda (1982), nesse contexto as tecnologias de informação

e comunicação operam como forças propulsoras que modelam as relações

sociais, econômicas e políticas, originando um tipo de sociedade diferente. A

sua aplicação transforma-se na principal fonte do crescimento econômico,

dissolvendo muitos dos problemas dos países menos desenvolvidos.

A bilbioteca tem seu papel dentro da sociedade, ou seja, oferecer o

acesso à informação, por isso devido a sua importância foi realizada uma

reunião, na BJA, para decidir o dia e como realizaríamos a automação sem ter

tanto impacto para os usuários.Ja que a biblioteca também se transformou e

continuam cada vez mais a modificar.

Houve a preocupação em não impactar os usuários, pois toda

transformação esta sujeita a possibilidade da insatisfação. Mesmo sabendo

que a tecnologia de informação cumpre o seu papel nos dias atuais de agilizar

o tempo e espaço do usuário.

No dia 6 de dezembro de 2010, sob a supervisão da chefe Cila Borges,

iniciou a automação dentro da Unidade Informacional com o suporte e

configuração do sistema Aleph, feito pelo NCE (Núcleo de Computação

Eletrônica). O processo de elaboração para automação do setor de circulação

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levou em consideração a capacitação dos bibliotecários, os usuários, o

ambiente e os serviços e produtos.

O primeiro passo foi dar treinamento aos bibliotecários para que os

mesmos dominassem o software e gerenciassem as informações inseridas. O

tempo de duração do treinamento foi de 1 dia, devido a facilidade da equipe

em utilizar o sistema de informação.

Em seguida, a equipe de bibliotecários alimentaram o sistema Aleph,

com as informações dos usuários, devidamente matriculados na UFRJ, BJA.

Através das fichas localizamos todos os usuários da BJA, pois o empréstimo

era feito manualmente, isto é, com fichas contendo informações necessárias

para que procurássemos pelo SIGA (Sistema Integrado de Gestão

Acadêmica).

Depois de checado, no SIGA, (Conforme Tabela 1 abaixo), que o

usuário estava devidamente matriculado, ou seja, ativo as informações dos

usuários foram transferidas para o Aleph. O endereço utilizado pelo SIGA e

https://ufrjwa07.nce.ufrj.br/bibliotecaUniversitaria/login.seam..

As informações que foram inseridas, no Aleph (conforme Tabela 2

abaixo), são as seguintes: nome completo, matrícula,CPF, endereço, telefone,

email e data de vencimento.

Ficando estabelecido, em reunião, com a equipe de bibliotecários, que

o usuário a cada semestre terá que fazer a renovação de sua matrícula na

biblioteca e esse procedimento só poderá ser realizado mediante comprovante

de matrícula e documento com foto.

A configuração do sistema permite ter acesso a vários serviços, como

por exemplo: empréstimo, renovação, pedidos de reservas, pedidos de

reservas múltiplas, pedidos de fotocópia, conferir transações, permissão para

sobrepor, ignorar devolução em atraso, reservar item disponível, permissão

para sala de leitura, reserva de equipamentos, ignorar horas de devolução.

Na BJA optamos por utilizar os seguintes serviços: empréstimo,

renovação, pedido de reserva, pedido de reserva múltipla, conferir transações.

Houve um critério para utilizar os serviços de modo padronizado, ou

seja, delimitando os serviços levando-se em consideração o usuário e a

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Unidade Informacional, pois a UFRJ e composta de 43 bibliotecas e cada uma

utiliza os serviços que achar viável dentro da necessidade do usuário e da

realidade da Unidade Informacional .

O critério utilizado pela BJA, foi decidido de acordo com a rotina de

usuários reais, usuários potenciais e da Unidade Informacional. Esses três

fatores foram relevantes para adaptarmos o Aleph ao dia a dia da biblioteca.

Segundo Rowley (1994) os sistemas de gerenciamento de bibliotecas

são sistemas de base de dados de finalidade especificas, projetados para

controlar as atividades essenciais de uma biblioteca.

Nesse sentido, a equipe de bibliotecárias conseguiram aplicar o que foi

citado acima. Haja vista que a implantação da Tecnologia da informação foi

feita de maneira gradativa. De acordo com a realidade da Unidade

Informacional.

Não podemos esquecer que antes de utilizarmos o modulo de

circulação, com as informações dos usuários. Foi utilizado o modulo de

catalogação para que os livros, teses, periódicos e folhetos fossem

recatalogados e inseridos os itens no sistema de informação com código de

barras.

Esse trabalho e desenvolvido em paralelo com o modulo de circulação,

pois uma informação depende da outra. Não podemos emprestar um livro que

não existe no sistema e muito menos a um usuário que não esta cadastrado.

Logo, as informações do usuário e do documento tem que constar no Sistema

de informação para que possa realizar os serviços oferecidos. Como por

exemplo empréstimo, renovação e reserva.

O trabalho analisa a aplicação da tecnologia de informação que

influenciam sobre as rotinas e o gerenciamento da BJA.

Na concepção de Rowley (1994) os sistemas de informação precisam

ser gerenciados de modo eficaz, a fim de prestar serviços confiáveis e úteis.

A preocupação da gestora da unidade informacional Cila Borges, foi

justamente essa citada acima por Rowley, que o Aleph gerenciasse de modo

eficaz e passando segurança para os usuários. E com isso, houve um cuidado

em escolher computadores e leitoras de códigos de barras novos, para que a

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transmissão de dados feita pela rede de maneira rápida. No contexto da

computação, as maquinas com potencialidades apropriadas e o software

planejado corretamente são pré-requisitos ao sucesso na informatização da

biblioteca. A implantação da informatização e um processo tecnológico quanto

humano. Logo, essa união e fundamental para que ocorra o sucesso na

implantação do sistema de gerenciamento.

Na semana da implantação do Aleph tivemos o retorno, pois os

usuários elogiaram os serviços do sistema de informação e alem disso,

sentiram confiança na equipe de bibliotecárias que souberam utilizar o sistema

de informação com propriedade. Esse conjunto de características trouxeram

segurança aos usuários em relação a essa nova tecnologia de informação.

A interface amigável do Aleph agilizou a implantação da tecnologia de

informação na BJA. Seus módulos integrados incluem o OPAC (Online Public

Acess Catalogue), que traduzindo para português seria catalogo em linha de

acesso publico. Ou seja, catalogo on-line que possibilitou diversos recursos por

vários usuários ao mesmo tempo e sem contar o espaço. O usuário acessa os

diversos serviços de qualquer lugar.

A busca de informação nos catálogos automatizados torna-se dinâmica

e rápida.

Para Grogan (2001) a medida que a cada dia o mundo da informação

se torna mais complexo, o usuário auto-suficiente parece mais do que nunca

uma miragem.

O advento dos serviços em linha, fez com que os usuários

percebessem que a figura do bibliotecário como mediador da informação e

crucial. E com isso, os usuários e bibliotecários da BJA, agregaram valores no

processo de implantação da tecnologia de informação. Uma vez que a

transição do carimbo em ficha para o código de barra veio a utilizar a quarta lei

de S.R. Ranganathan “poupe o tempo do leitor”.

Balby (2002) apresenta as características das OPACs em três

gerações. Na primeira geração, são considerados catálogos automatizados

com pontos de acesso somente para autor e titulo e como forma de busca

apenas a combinação exata de palavras ou frases. Na segunda geração

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surgem os índices, a visualização e as relações entre termos pelos usuários,

registro bibliográfico em formato completo, possibilitando a expansão da busca

através de links, agrupamentos de registros em bases lógicas e ligações

hierárquicas e horizontais entre registros, entre outros. Já a terceira geração,

além das características da segunda, possibilita o acesso a banco de dados

comerciais,relação do registro bibliográfico com os arquivos digitais e

mecanismos de busca.

Nesse sentido, percebeu-se que a implantação foi um trabalho

necessário, planejado e relevante. A tecnologia de informação trouxe uma

evolução histórica para BJA, pois esta inserida no tempo do antes e depois das

fichas

Esse marco para BJA, foi de suma importância para que os usuários

percebam que os tempo mudaram dentro da unidade informacional.

Para Tammaro e Salarelli (2008) outro papel que e cada vez mais

atribuído ‘as bibliotecas, especialmente as bibliotecas digitais, e o de apoio a

aprendizagem e a educação.

No processo de implantação foi sentido a extensão do papel das

bibliotecarias de orientar os usuários para utilizarem os serviços. Ficou

estabelecido em reunião que teriam folder para conscientizar os usuários a

como utilizarem os serviços e de fato ocorreu. E a equipe de bibliotecários

sempre pronta atender as duvidas no sentido de orientar a manusear os

serviços do Aleph e a utilizar a base minerva. O endereço da base minerva

(Conforme Tabela 3 abaixo) e http://www.minerva.ufrj.br.

Na visão de Cunha (1994) as bases de dados são fontes de

informação computadorizadas que podem ser pesquisadas em um modo

interativo ou conversacional por intermédio de um terminal de computador,

telex ou mesmo um microcomputador.

Na era da informação e do conhecimento e preciso esta capacitado

com a tecnologia e por isso, o profissional da informação visa a dar um

atendimento de qualidade através da tecnologia de informação.

A explosão documental é conseqüência da explosão tecnológica .

Sendo assim, essas novas tecnologias contribuíram para que a produção do

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conhecimento se encontre cada vez mais acelerada ficando difícil de

acompanhar, suas formas variadas (livros, periódicos, relatórios, cd-rom, fitas,

etc.). Para organizar, representar, armazenar e disseminar a informação ao

usuário em um sistema de recuperação da informação (SRI) torna-se

complexo, devido a grande quantidade de massa das informações.

A explosão informacional veio a atualizar a cada dia o profissional da

informação se tratando de um ambiente educacional expandido a biblioteca

não apenas como um lugar de transmissão de informação e sim de

compartilhamento de informações para que cada cidadão construa o seu

conhecimento.

Esse processo de ensino e aprendizagem no âmbito da BJA, so vem

agregar a literatura acadêmica dos usuários. Temos que ter em mente que a

ciência se alimenta da ciência.

Para Kuhlthau (1994) o termo mediação deve ser usado em

substituição ao termo intermediário, porque a mediação pressupõe uma

interação humana entre aqueles que estão envolvidos num processo de busca

de informação. Já o intermediário intervém entre a informação e o usuário sem

que haja qualquer interação entre eles.

A implantação da tecnologia da informação mostrou essa realidade

que o bibliotecário e o mediador. O usuário consegue construir conhecimento

com o profissional da informação.

Desta forma, a BJA tem sua função na formação de cidadãos e não

podemos esquecer que esse universo de informações e para todos, pois

quando falamos em usuário dentro de uma biblioteca universitária pensamos

em professores, alunos e funcionários. E a biblioteca e um lugar democrático

onde qualquer individuo tem acesso as informações.

Para Miranda (1999), na sociedade contemporânea tem se concedido

cada vez mais importância à produção, gestão e comunicação do

conhecimento. A rapidez com que o volume de conhecimento tem sido

produzido gera diversos problemas de ordem científica e profissional para

gestão e comunicação do conhecimento, mais especificamente para a área de

Organização do Conhecimento que, neste contexto, constitui um ponto de

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convergência entre teoria e prática para todos aqueles que se dedicam a

facilitar o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,

disponibilizando-o para a sociedade.

Segundo Miranda (1999) as representações utilizadas na recuperação

e transferência da informação são pontos de partida de ações sociais.

A unidade informacional ao implantar a tecnologia de informação criou

novos serviços e aperfeiçoou os já oferecidos.

Conforme foi mencionado a tarefa de automatizar a BJA foi feita com

planejamento e com isso houve muita consciência em demonstrar a

capacitação dos profissionais e todo o trajeto percorrido pelos funcionários no

processo da implantação do sistema de gerenciamento.

Os auxiliares de bibliotecas da BJA também foram treinados para

utilizarem o modulo de circulação e assim capacitados a usar o sistema para

empréstimo, devolução, renovação e alteração de informações dos usuários.

Sendo importante frisar que os mesmos não tem acesso ao modulo de

catalogação, pois e uma pratica inerente a equipe de bibliotecárias

Nesse processo de implantação a equipe se mostrou coesa e pronta a

auxiliar no que fosse necessário aos auxiliares. E os mesmos desenvolveram

com competência essa fase de implantação.

Na semana da implantação do sistema a rede caiu uma vez, porem já

havia ficado acertado em reunião que caso o sistema caísse utilizaríamos a

opção off do Aleph. As informações ficaram guardadas e colocados no modo

on, pois quando a rede voltasse as informações seriam passadas para o

sistema. Não podemos esquecer que utilizamos na BJA a impressora bematch

e arquivamos todos os comprovantes de empréstimos e renovações de

usuários.

Essa garantia tanto para Unidade informacional quanto para o usuário

e fundamental. Afinal, tecnologia e tudo aquilo que vem a facilitar a vida do

homem.

Ao implantar o Aleph na BJA foram colocados dois computadores,

somente, para atendimento ao usuário. E caso os usuários queiram acessar a

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base minerva existem três computadores disponíveis só para esse fim. Nesses

computadores os bibliotecários orientam como utilizar a base.

Para Gusmão e Mendes (2000): A implantação de sistemas informatizados de gerenciamento de bibliotecas é um processo complexo, onde podem surgir problemas de toda ordem, que devem ser contornados pela administração.Para minimizar e resolver estes problemas faz-se necessária a participação de todos os funcionários nas discussões sobre a automação, não sendo possível delegar as decisões a uma pessoa ou a um pequeno grupo.

Segundo Burin, Lucas e Hoffmann (2004): (...) a informatização das bibliotecas universitárias não ocorre em absoluto na sua primeira tentativa. Normalmente, conforme a própria literatura da área aponta, as bibliotecas universitárias passam por diversos processos de informatização até que esse seja totalmente realizado e esteja de acordo com as condições financeiras da instituição na qual está inserida e atenda todas as atividades e funções que a biblioteca necessita e deseja.

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Figura 1. SIGA (Sistema Integrado de Gestão Acadêmica)

Figura 2. Sistema Aleph (Módulo Circulação)

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Figura 3. Base Minerva (UFRJ)

Na seção a seguir percebemos uma outra etapa e realidade em

relação aos impactos, pois o processo de implantação do Aleph e a primeira

etapa na qual tudo e novidade tanto para o usuário como para equipe de

bibliotecárias. As rotinas do dia a dia gera diversas situações nas quais nos

mostra que a tecnologia de informação também tem seu lado positivo e

negativo.

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CAPÍTULO II

O IMPACTO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA

BJA

Abordamos o impacto da tecnologia de informação na BJA, onde os

serviços foram automatizados e através das situações rotineiras que

poderemos constata de fato os efeitos dos impactos.

Para compreender as mudanças nos serviços de informação em geral

e nos serviços de referencias em especial, é importante verificar como os

usuários buscam e utilizam a informação.

Segundo Marchionini (1995), reconhecer os conhecimentos e as

habilidades dos usuários na busca de informação contribui para o

desenvolvimento de um modelo mais adequado para a educação deles.

Neste sentido, existem duas abordagens distintas sobre estudo do

usuário na literatura: a abordagem tradicional ou demográfica e a abordagem

alternativa ou cognitiva.

Na BJA utilizamos a abordagem alternativa ou cognitiva, pois e o que

buscamos para construção do conhecimento do o usuário aliado ao impacto

das tecnologias de informação. Não deixaremos de explicar as duas

abordagens para que fique claro os motivos pelos quais utilizamos a segunda

abordagem.

Os estudos que se inserem na abordagem tradicional, denominada por

Kuhlthau (1994) de paradigma bibliográfico, têm como foco principal o sistema

de informação, o qual compreende o acervo, as bases de dados, os

bibliotecários, bem como os problemas, as barreiras, a satisfação ou

insatisfação que envolve a relação usuário e sistema de Informação/biblioteca.

Esses estudos fazem descrição dos usuários, para diagnosticar o

comportamento em relação a busca e ao uso da informação, considerando

características importantes: idade, sexo, formação acadêmica, o curso, o

departamento e etc. Com o objetivo de melhorar a satisfação do usuário.

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A partir dessas informações se traça o perfil do usuário e suas

necessidades informacionais. E com isso, chegam a resultados, como por

exemplo, usuários da área humanas, preferem utilizar os livros como fonte de

informação, em contra partida os usuários na área medica preferem utilizar os

periódicos e assim por diante.

Para Ferreira (1995) esses estudos na verdade mostram que as

características demográficas são válidas, mas não são indicadores potenciais

do comportamento de busca e de uso da informação.

Diante da afirmação acima, percebemos que havia significado o

pensamento do autor e tratamos de trabalhar a abordagem cognitiva.

Já os estudos que se inserem no paradigma centrado no usuário se

preocupam com a percepção, com os sentimentos, com o modo como as

pessoas aprendem, enfim, com aspectos que, segundo os teóricos da corrente

cognitivista, interferem no comportamento de busca e de uso de informação.

De uma maneira geral, o foco dos trabalhos inseridos nessa abordagem,

também conhecida como abordagem cognitiva, são:

a) os aspectos cognitivos e afetivos, que interferem na busca e no uso da

informação;

b) a relevância das experiências individuais;

c) a visão do ser humano como um ser ativo e criativo;

d) a necessidade da informação é situacional e contextualizada;

e) a necessidade de informação muda a medida que o usuário avança em seu

processo de busca de informação.

O trabalho de Taylor (1968) sobre negociação da questão é

considerado um marco para a abordagem cognitiva da busca de informação.

Conforme Taylor (1968), quando o usuário formula uma questão ou pergunta

de referência, ele não pede, de fato, o que necessita, por não ter consciência

do que precisa e por acreditar que o sistema de informação usado exige que

ele explicite sua necessidade em uma linguagem apropriada do sistema. A

partir da análise dessas questões, Taylor (1968) identificou quatro (4) estágios

de necessidades de informação:

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Q1 - Necessidade Visceral (Visceral Need) - Aquela ainda não expressa, mas

que pode ser manifestada por uma vaga insatisfação;

Q2 - Necessidade consciente (Concious Need) – Aquela indefinida pelo

usuário, que pode ( ou não), ser expressa de uma forma ambígua;

Q3 - Necessidade Formal (Formal Need) – Aquela que usuário pode descrevê-

la, em termos concretos, por isso ele procura o sistema de informação para

identificar em quais recursos, se em livro, em periódicos, em teses etc, pode

encontrar a informação desejada;

Q4 - Necessidade Comprometida (Compromised Need) - Neste nível, o usuário

já começou a sua busca e então procura o sistema de informação/

bibliotecário, dando início, por meio de uma entrevista de referência, a uma

negociação da questão (sua necessidade de informação).

Conforme Ingwersen (1982) observou, durante a negociação da

questão, um processo complexo de comunicação se estabelece entre o

usuário e o bibliotecário, a interação é influenciada pela percepção de um em

relação ao outro e, do próprio sistema de informação. É a percepção que o

indivíduo tem a respeito do sistema de informação que irá determinar a

atividade de busca de informação. Essa atividade é determinada não apenas

pela percepção que o usuário tem do sistema de informação, mas também,

pela tarefa e pelo assunto pesquisado.

Esse processo e importante para que possamos resgatar a percepção

do usuário à respeito do uso da biblioteca e de seus recursos, é possível não

apenas determinar e predizer o comportamento futuro desse usuário, mas

também corrigir possíveis erros.

Belkin et al. (1982) desenvolveram o conceito de estados anômalos do

conhecimento (ASK - Anomalous satate of knowledge). Para os autores, esse

processo tem início com um problema (ou uma dúvida) que motiva o usuário a

buscar informação para resolvê-lo ou “preencher uma lacuna” em seu

conhecimento.

O ASK se baseia na concepção da necessidade de informação do

usuário como um processo dinâmico e evolucionário, que se diferencia do

modelo estático da necessidade de informação, reflexo da concepção

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tradicional do usuário como um sujeito passivo, tendo em vista que ele deve

expressar a sua necessidade de informação de uma maneira clara e segura,

numa linguagem compatível com o sistema de informação.

Esta abordagem se contrasta com a abordagem centrada no usuário

que considera o usuário um sujeito ativo cuja necessidade de informação

muda à medida que ele avança no seu processo de busca de informação. Já a

visão tradicional traz em seu bojo a idéia de que é o usuário quem deve

adequar-se ao sistema de informação.

Não podemos esquecer que para uma informação ser relevante para o

usuário, devera ter significado para ele, caso contrario não haverá importância.

Como a necessidade de informação é dinâmica e está em constante mudança,

a relevância da informação também é dinâmica, pois se altera à medida que o

indivíduo interage com o sistema de informação.

Essa foi preocupação da equipe de bibliotecários, devido ao fato que

os usuários sentiram o impacto na medida que os bibliotecários foram

mediadores no processo pela busca de informação. Fizemos os consulentes

perceberem que a tecnologia e um recurso a mais e com isso veio a facilitar a

busca de informação. Com o objetivo de dar significado aquela informação

encontrado e com isso o profissional participa do processo ensino

aprendizagem.

Verificamos que esses impactos para os usuários e para os

profissionais da informação foi de suma importância, se tornando enriquecedor

para ambas as partes.

Não podemos esquecer que na rotina houveram resistência de

consulente que não estavam acostumados a essa nova realidade e com isso

houve a resistência. Afinal de contas, não podemos esquecer que estamos

lidando com o ser humano. Logo, cada usuário tem sua própria bagagem de

vida e personalidade.

Por isso, sentimos a necessidade de continuar com a abordagem

cognitiva.

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Através dessa abordagem estimulamos, estigamos e desafiamos os

usuários a essa nova realidade na BJA.

Atualmente, o consulente procura os bibliotecários querem satisfazer

as suas curiosidades, seus anseios pela busca da informação e a implantação

do Aleph criou essas nova situação.

O consulente ao se impactar com essa nova tecnologia percebeu

também que o processo dentro desse ambinte, que no caso e a biblioteca, veio

agregar valores no processo ensino aprendizagem.

Partido do principio que a informação, so será relevante quando houver

significado para o consulente, Kuhlthau (1994), desenvolveu um modelo

denominado ISP – Information Search Process. Ou seja, busca da informação

como um processo de aprendizagem.

Com a aplicação do ISP no início do processo, por exemplo, alguns

usuários sentem-se inseguros, cheios de dúvidas e de ansiedade, mas à

medida que avançam em direção à seleção do tópico, eles são tomados por

grande euforia e otimismo, para novamente terem sentimentos de incerteza até

que consigam delimitar o tema central de suas pesquisas.

O ISP é um modelo de aprendizagem de busca de informação para

bibliotecas, que parte de um problema real, contextualizado, uma tarefa que é

solicitada ao estudante: fazer um trabalho de pesquisa sobre um determinado

tema. Para resolver o problema que lhe foi apresentado, o estudante sente

necessidade de informação e vai buscá-la em uma biblioteca ou em um serviço

de informação qualquer.

Quando aplicamos na unidade informacional a abordagem cognitiva e

o IPS percebemos que o nosso trabalho foi realizado dar melhor forma

possível, pois houve planejamento.

E a rotinas da BJA foram impactadas por essa tecnologia de

informação, pois o processo do ensino aprendizagem na universidade passa

por varias mudanças e o desenvolvimento das bibliotecas universitárias deve

estar inserida nesse contexto.

Na concepção de Garcez (2002, p. 45):

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Deve refletir o estado transacional da biblioteca, que hoje não pode ser completamente impressa nem completamente digital e por esse motivo parece ser o mais adequado para satisfazer as atuais necessidades informacionais de transição pelas quais as bibliotecas convencionais vêm passando.

Assim, as bibliotecas universitárias devem estar atentas e dirigir seus

esforços para um novo conceito de estrutura: a “biblioteca hibrida”. O Aleph e

um sistema de gerenciamento capaz de disponibilizar dados digitais, facilitando

a mudança dessa biblioteca tradicional para o novo conceito de biblioteca a

hibrida.

Diante deste cenário, há uma redução do abismo cultura a favor da

valorização desse profissional da informação e que devem ser percorridos pela

equipe de bibliotecários na BJA, pois no mundo de informações que estamos

vivenciando na sociedade da informação valoriza essa rotina.

Na concepção de Moore (1999, p.97) define como "uma sociedade na

qual a informação é utilizada intensivamente como elemento da vida

econômica, social, cultural e política".

Segundo Miguel e Amaral (2004):

A informação, reconstituída pela sociedade da informação, cogita se estabelecer como elemento de resistência e sobrevivência, agindo como elemento chave de comunicação e de harmonização do indivíduo com o mundo. O acesso a ela torna-se imprescindível, vital, imperativo, potencial, obrigatório, necessário, além de garantir ao indivíduo maior liberdade na capacidade de escolha e de decidir por si e pelo melhor da sociedade, pois ela é condição básica à eficácia de qualquer tomada de decisão.

A sociedade da informação surgiu no século XX está provocando

mudanças cada vez maiores no dia a dia das pessoas, instituições e

empresas, impulsionando as organizações na busca de modernizações de

suas estruturas e na prestação de serviços à comunidade.

Em conseqüência, devido à importância do saber teórico, as

universidades e os institutos de pesquisa e de cultura assumem um papel

primordial, pois têm como recurso fundamental a inteligência, o conhecimento,

a criatividade, a inovação, as informações.

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Por isso, a sociedade da informação bate às nossas portas trazendo a

perspectiva do uso intenso da tecnologia da informação.

Nesta nova sociedade surge para os bibliotecários novas perspectivas,

considerando que a Biblioteconomia e uma profissão interdisciplinar, ou seja,

sujeita a transformações continuas.

Sendo assim, o processo de transformação da sociedade da

informação contribui para os impactos dentro da BJA. Fazendo transformações

significativas dos profissionais da informação,usuários e o serviços e produtos

na biblioteca.

Na Unidade de Informação foi alterado o aumento da produção de

trabalho, maior facilidade para armazenar as informações, melhor controle do

dados e disseminação da informação.

Essas condições melhorou o trabalho da equipe de bibliotecários e dos

usuários.Porem temos, infelizmente, alguns consulente que não tem acesso

remoto a outros computadores para utilizarem os serviços da BJA.

Os profissionais da informação da BJA reconhecem o direito do

cidadão de obter informação e nos preocupamos com uma biblioteca

democrática capaz de oferecer produtos e serviços para todos.

Conforme Cunha (2000, p. 80) a medida que a informação digital de

expande, as bibliotecas universitárias enfrentam os desafios de prover fácil

acesso desses documentos a esses usuários.

Segundo Martinez (2004, p.98) esse “novo modelo de biblioteca não

tem como centro o livro, e sim o sujeito”. Um serviço centrado no aluno,

professor e pesquisadores da comunidade acadêmica e funcionários.

De acordo com Cuenca ; Noronha; Alvarez (2008):

as bibliotecas, nos dias atuais, devem ser vistas como centros de aprendizado, com sua equipe desempenhando o papel fundamenta de capacitadores, oferecendo cursos e treinamentos para que os usuários conheçam os sistemas de recuperação da informação, a arquitetura das bases de dados, a organização da informação nas diferentes áreas do conhecimento.

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Nesse sentido, percebemos que a BJA soube cumprir seu papel, pois a

equipe de bibliotecários desenvolveram todo o processo de maneira que esse

consulente entenda que a instalação do software de automação veio a somar.

E alem disso, a mudança de postura do profissional da informação

inserida num contexto muito maior, por que participar, negociar, estimular, criar

maneira para que o usuário construa o seu próprio conhecimento não esta só

dentro das salas de aula e sim também nos âmbitos das bibliotecas

universitárias.

Segundo CHIAVENATO (1999), com os computadores e com a

tecnologia de ponta, o trabalho jamais será o mesmo. Microcomputadores,

minicomputadores e supercomputadores, trabalho e produção assistidos por

computador, sistemas de informação e de decisão grupal e outros

desenvolvimentos tecnológicos fazem parte vital do nosso local de trabalho e

de nossas vidas.

Para CHIAVENATO (1999) a Tecnologia da Informação trouxe novas

características: menor espaço, menor tempo e maior contato.

Todas essas características formam sentidas na BJA e podemos

ressaltar que a troca e compartilhamento de informações gera conhecimento,

pois e através desse intercambio de informações surge essa sociedade da

informação.

Para Morigi e Pavan (2004, p.122) “as bibliotecas universitárias são

responsáveis pelo tratamento, armazenamento e disponibilização do acervo

das mesmas e devem estar de acordo com os objetivos de suas instituições.

Para Gomes e Barbosa (2007):

A biblioteca universitária já nasce subordinada a uma instituição de ensino superior, com a função específica de apoiar as atividades desta instituição. Seu papel é contribuir decisivamente para o ensino, a pesquisa e a extensão, assumindo, assim, a função social de prover a infra-estrutura documental e promover a disseminação da informação, em prol do desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura.

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Disto tudo, fica enfatizado que a biblioteca e o reflexo da universidade,

por isso a importância em realizar um trabalho em paralelo com o professor

para que o usuário entenda todo o processo do ensino e aprendizagem em

busca da informação na BJA

O Aleph causou impactos na vida cotidiana como força propulsora no

processo de transformação das relações sociais. Ao mesmo tempo em que a

tecnologia de informação moldam a sociedade, também são moldadas por

elas.

Na unidade informacional ocorreu esse processo de transformação das

relações sociais. E de fato, ao mesmo tempo que a tecnologia de informação

moldou os consulentes, houve o inverso.

Os usuários com o impacto da tecnologia de informação nos mostra

que esse novo cenário esta estabelecimento um lado afetivo com os

profissionais da informação, na BJA.

A importância de criar dentro das relações sociais laços de

afetividades, nos mostra que os consulente se sentem mais a vontade para

esclarecer duvidas do funcionamento da biblioteca, dos serviços oferecido e

como fazer um busca de informação para a construção do conhecimento.

A tecnologia de informação contribui para conhecer os anseios desse

usuário e o motivo pelo qual busca aquela informação e isso tudo ocorre,

através do processo de referência.

Esse processo de referência e feito entre o usuário, a necessidade da

informação, bibliotecários, informação e a partir dessa etapa gerando

conhecimento para o consulente.

Na BJA sentimos os benefícios e eficácia da nova tecnologia, pois a

disponibilidade de dados e o programa computacional via internet ampliou e

facilitou o acesso as informações e serviços prestado pela unidade

informacional

Constata-se que o profissional da informação que temos hoje é bem

diferenciado, mais dinâmico e não está restrito ao universo de quatro paredes

de uma biblioteca.

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A partir do momento que a equipe de bibliotecários da BJA foi capaz

de organizar as fontes e os recursos de informação dos documentos

paralelamente com os dados dos usuários. Houve por parte dos consulentes a

confiança nos nossos serviço e credibilidade, consistência e rapidez na hora de

filtrar os conteúdos de pesquisa.

Devido o planejamento estratégico feito os impactos no âmbito da BJA

vieram a agregar e a estimular tanto aos profissionais de informação quanto

aos consulentes. Ainda conseguimos trazer para a biblioteca os usuários

potenciais, ou seja, aquele que não possui o hábito de freqüentar a biblioteca.

Se antes a atividade do bibliotecário podia ficar restrita aos limites

físicos de uma biblioteca e de uma coleção, agora o uso difundido da

tecnologia a serviço da informação transpõe barreiras físicas e institucionais.

CAPÍTULO III

O NOVO PAPEL DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO,

USUARIO E DA BIBLIOTECA JOSE DE ALENCAR

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Nesta seção abordamos o novo papel do profissional da informação,

usuário e da Biblioteca Jose de Alencar na era da tecnologia da informação.

Não podemos esquecer que o foco e o usuário mesmo diante do sistema de

informação nas bibliotecas universitárias.

O profissional da informação passa a ser o mediador, no qual o

bibliotecário assume uma postura pró-ativa, cria e estimula situações no

processo de busca e de uso da informação a qual devera gerar o

conhecimento. Fazendo com que o bibliotecários participe do processo do

ensino aprendizagem dos consulentes.

Neste sentido, a equipe de bibliotecários da BJA percebeu que o

usuário é quem gerencia e constrói o seu conhecimento quando reflete sobre

o que conhece e o que deve conhecer. Por isso, e importante criar situações

que estimulem as estruturas cognitivas e afetivas desses consulentes.

Na discussão sobre a mudança do serviço de referência o papel

assumido pelos bibliotecários da referência e o de mediador, aquele que

orienta, educa e guia. Antes da tecnologia de informação o papel era de

intermediário.

Desse modo, a equipe de bibliotecários da BJA percebeu que havia a

necessidade de desenvolver competências e habilidades em seus usuários à

identificação de seus problemas/necessidade de informação, ao acesso, à

avaliação e ao uso das informações disponíveis.

As habilidades tornam indivíduos críticos, reflexivos e com senso

critico, frutos de um novo modelo de educação que privilegia o aprender a

aprender na busca da informação para construção do conhecimento.

O profissional da informação deve investir na formulação da pergunta

ao consulente (a negociação da questão), substituindo a tradicional entrevista

de referência, por um diálogo, porque é na interação que o usuário percebe,

não apenas, que a sua necessidade de informação muda, como também ela

se torna mais clara.

Na orientação da delimitação da questão e na seleção dos conceitos

(palavras-chave), o bibliotecário poderá usar algumas ferramentas cognitivas,

como por exemplo, os mapas conceituais, que são particularmente

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facilitadoras desse diálogo no ambiente digital/virtual. Outros recursos como o

hipertexto, também já são utilizados.

O profissional que o mercado procura tem que ser capaz de organizar

as fontes e os recursos de informação. Deve existir credibilidade, consistência

e rapidez na hora de filtrar os conteúdos de pesquisa.

Para Miranda (2004), competência informacional pode ser expressa

pelo ciclo informacional que identifica todas as fases do trabalho com a

informação (coleta, processamento, uso, e distribuição da informação), com as

tecnologias da informação e com os contextos informacionais.

Neste sentido, para desempenhar o seu novo papel na BJA, a equipe

de bibliotecárias deve- se atualizar e ampliar os seus conhecimentos e

habilidades. Com isso, o profissional da informação agregou competências

diante da nova tecnologia de informação na unidade informacional.

Quanto ao usuário sentimos a mudança de postura, pois a partir do

momento que a tecnologia de informação foi inserida na rotina da BJA e

também ocorreu o novo papel do profissional da informação. O próprio usuário

mudou seu papel na BJA, pois passou a ter um senso critico e reflexivo.

Assim sendo, percebemos que e um ciclo onde o usuário e a figura

central, capaz de construir o seu conhecimento e desenvolver competências e

habilidades para exercer seu novo papel.

Para tanto, os consulentes tem a necessidade de criar laços afetivos

com os bibliotecários para que consiga se orientado pelos profissionais de

informação. Sentimento que faz parte do processo do ensino aprendizagem.

Com a tecnologia de informação o usuário assimilou o seu novo papel.

Sua atual função não e somente encontrar a informação e muito alem disso. O

consulente sabe que a competência só pode ser construida na pratica. Não e o

só o saber, mas o saber fazer. E a junção da parte pratica com a parte

empírica.

E para desenvolver competências nos usuários, e preciso entender

para que serve o conhecimento, quando e como aplicá-lo. Tendo significado

para o usuário, pois faz parte do processo aprendizagem.

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O novo papel do usuário tornou-se importante na sociedade

contemporânea, devido a necessidade de formar indivíduos críticos.

Nesse sentido, o usuário também e um sujeito mediador no processo

do ensino aprendizagem, pois na construção do conhecimento todos

compartilham de informações que possuem significado para o aprendizado.

Conforme argumentam a equipe de bibliotecárias, o trabalho em

equipe e um dos principais fatores para se desenvolver competências. Através

do trabalho em equipe e da liderança, o desenvolvimento das atividades

acontece de forma integrada.

As Bibliotecas Universitárias são destinadas a completar as

necessidades, informacionais da comunidade acadêmica, desempenhando

suas atividades de ensino, pesquisa e extensão (CARVALHO, 1981).

Através da tecnologia da informação, que a BJA mudou um paradigma

de trabalho a favor da qualidade no atendimento dos usuários.

Para Vieira (2006), a modernização das bibliotecas está diretamente

relacionada às rotinas e serviços automatizados, implementando uma estrutura

de comunicação ágil e ampla ao acesso da informação. Para tanto, a biblioteca

criou espaços físicos específicos para determinados produtos e serviços.

Diretamente relacionadas à criação de espaços físicos para

incorporação de novos serviços estão questões relacionadas à acessibilidade,

hoje uma discussão bastante atual em todas as áreas. Nesse sentido, no que

diz respeito especificamente à estrutura de uma Biblioteca Universitária, a

acessibilidade envolve tanto os aspectos urbanísticos (estacionamento,

caminhos de acesso, etc.), arquitetônicos (iluminação, ventilação, banheiros,

espaço para circulação entre ambientes, etc.) e aspectos de informação e

comunicação (sinalização, sistema para acesso remoto, tecnologia de apoio

para os usuários, sistema de consultas e empréstimos, etc.).

O espaço físico na BJA foi alterado com a utilização do sistema de

gerenciamento de biblioteca. No setor de circulação, por exemplo, colocamos

sinalizações e distribuímos folders para que o usuário entenda como funciona

essa nova biblioteca. Colocamos a disposição dos usuários terminais de

consulta para pesquisa dos catálogos online.

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Esse fatores deixaram a BJA dinâmica nos levando a concluir que a

biblioteca e um organismo em crescimento e de troca e compartilhamento de

informações.

Foram colocadas duas estantes com aquisições de documentos novos.

Deixando o usuário informado sobre as novas aquisições. Foi criado um

arquivo especifico para o canhoto de empréstimo que fica arquivado

cronologicamente.

Constata-se que o profissional da informação e o usuário de hoje é

bem diferenciado, mais dinâmico e não está restrito ao universo de quatro

paredes de uma biblioteca.

Com as Tecnologias de Informação a BJA, criou novos espaços,

justamente para acompanhar o crescimento e o avanço dessas tecnologias. A

tecnologia da informação possibilitou um aspecto variado dos serviços, de

forma que o usuário tenha a possibilidade de escolha.

Garvin (1993) define o conceito de organização de aprendizagem

como sendo aquela que está “habilitada a criar, adquirir e transferir

conhecimento modificando seu comportamento para refletir novos

conhecimentos e insights”.

Segundo Phipps, (1994) as bibliotecas precisam ser organizações de

aprendizagem devido a ocorrência dos serviços, novas tecnologias, mudança

de expectativas dos clientes, mudança dos valores no trabalho e os desafios

do ensino superior.

A BJA esta caminhando para que a unidade informacional seja vista na

pratica como uma ambiente de aprendizagem, pois esse processo e praticado

no dia a dia da biblioteca.

Sendo assim, a BJA tem um novo papel, como uma organização de

aprendizagem com o objetivo de compreender os mecanismos pelos quais a

organização de aprendizagem facilita o processo de inovação.

A automação trouxe uma mudança no bibliotecário, usuário e nas

bibliotecas. Para o ajuste destas situações, precisamos de profissionais da

informação capacitados e atualizados no que tange o âmbito da

biblioteconomia e área da educação.

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O Sistema de gerenciamento trouxe novas características, como por

exemplo: menor espaço, menor tempo e maior contato.

Menor espaço as comunicações tornaram-se móveis, flexíveis, rápidas,

diretas, permitindo maior tempo de dedicação ao usuário. A instantaneidade

passa a ser a nova divisão temporal fornecida pela Tecnologia da Informação

Menor tempo o usuário não perde tanto tempo na busca de

informação, facilitando na construção do conhecimento.

Maior contato permitem maior conectividade entre as pessoas, com

menor deslocamento físico. Uma vez que o usuário tem acesso remoto.

Nessa nova era, quanto mais poderosa a tecnologia da informação,

mais informado e poderoso se torna o seu usuário, seja ele uma pessoa, uma

organização ou um país. Como diz BARTLETT (1995), não é mais possível

implementar estratégias de terceira geração (para enfrentar os desafios da era

da informação) em estruturas empresariais de segunda geração (concebidas

na era industrial neoclássica), com executivos de primeira geração (treinados

para trabalhar na era industrial clássica).

Esse novo cenário nos faz refletir em relação ao usuário, pois todos os

serviços e produtos criados dentro da BJA, foram para facilitar e agregar

valores culturais para os mesmos.

Em relação a postura do usuário com a BJA foi bem positiva, uma vez

que o usuário não tinha o hábito de freqüentar a biblioteca,porem com o

advento do sistema de gerenciamento mudou a visão do usuário com essa

nova biblioteca. Os usuários se tornaram participativo e contribuíram com

perguntas para conhecer o Aleph.

Neste sentido a tecnologia transformou o comportamento e o papel

das figuras envolvidas: usuário, profissional da informação e a BJA.

A equipe de bibliotecários estão trabalhando arduamente para

enfrentar os desafios do dia a dia. Esse processo de mudança sempre ira

existir, pois houve uma transformação com a introdução da tecnologia de

informação na BJA.

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Não podemos esquecer que problemas sempre irão existir, como no

caso de resistência dos usuários a tecnologia de informação. Porem os laços

afetivos e importante no processo de busca de informação.

A tecnologia providência determinados recursos com os quais as

pessoas trabalham e afetividade diretamente as tarefas que estas executam. A

tecnologia causa um forte impacto nos relacionamentos e na produtividade das

pessoas.

As mudanças na BJA continuaram, pois a organização e composta por

pessoas, informação, estrutura e tecnologia. Isoladamente, estes elementos –

pessoas, informação, tecnologia, e estrutura – não são suficientes para formar

uma organização. Uma organização, portanto, é dependente destes três

elementos. Os três são inter-dependentes e necessários para sua existência, E

com esses elementos percebemos a necessidade de dar treinamento ao

usuário, capacitar os profissionais de informação e transformar esse novo

ambiente de aprendizagem, no qual vem se transformando a BJA.

Os fatores sociais, econômicos, políticos e demográficos constantes

não só provocam mudanças como também mudam rapidamente. As

empresas, organizações, universidades, bibliotecas e pessoas, que não

estiverem atentas e agirem levando em consideração estas transformações,

vão rapidamente se tornar obsoletas e incapazes de oferecer produtos e

serviços competitivos, e, talvez, não servirão para realizar o trabalho que se

propuseram.

O papel das bibliotecas universitárias na moderna sociedade da

informação é enfatizar a sua importância em democratizar o conhecimento

com o uso das novas tecnologias de informação e comunicação que ora se

apresentam. As bibliotecas universitárias são equipamentos sociais de uso

coletivo.

De fato, foi constatado na BJA, como a tecnologia de informação

democratizou o conhecimento na unidade informacional.Sendo assim, a

BJA exerceu sua função, pois tem o uso coletivo.

As biblioteca universitária tornar a Internet uma tecnologia de uso

coletivo, multiplicador e potencializados. Isto requer criatividade por parte

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dos bibliotecários no uso dos serviços disponíveis, na sua combinação com

os serviços bibliotecários tradicionais e na criação de novos serviços

informacionais.

Alguns elementos podem ser apontados como determinantes da

demanda por um novo profissional da informação para esse tempo que se

avizinha: novos tipos de usuários, novos assuntos interdisciplinares, novas

tecnologias da informação e da comunicação, novas categorias de informação

introduzidas pela associação da informática com os sistemas óticos, novos

estilos de trabalhos propiciados pela telemática, novas responsabilidades

éticas no lidar com a informação, novos ambientes de trabalho marcados pela

ergonomia.

Os paradigmas da qualidade, da ética e da convivencialidade

presidirão e orientarão a prática profissional na área de informação no Terceiro

Milênio. Assim, o novo profissional da informação deverá ter sua capacitação

orientada para o diálogo com o usuário e com seus pares, os quais, por sua

vez, advirão de áreas acadêmicas diversificadas e atuarão em atividades

especializadas no setor.

A Pós-modernidade se entende por um conjunto de características que

demarcam uma nova "Era Histórica", que pode ser entendida como uma nova

Revolução. A Pós-modernidade primeiro muda o homem e só depois – e como

conseqüência - muda a sociedade. É uma revolução de dentro para fora.

E essa revolução reflete também na BJA, pois e uma transformação de

dentro para fora. Esse processo ocorreu na equipe de bibliotecários e nos

usuários. Uma vez que todos nos temos nossas individualidades.

Com a consolidação das tecnologias, foram abertas inúmeras portas,

os serviços e possibilidades foram multiplicados.

O bibliotecário deverá estar sempre preparado para a evolução das

tecnologias trabalhando com qualidade. A biblioteca contemporânea procura

se estruturar de formar a atender as exigências do usuário, para tanto almeja

profissionais preparados a difundir a informação: não um técnico, mas um

interventor social.

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O uso da tecnologia de informação na biblioteca geralmente tem mais

benefícios, tanto para os profissionais bibliotecários no desenvolvimento de

suas atividades, aos técnicos e auxiliares e também aos usuários. Foi isso que

relatamos na BJA diante das situações corriqueiras do dia a dia.

Há uma observação referente ao profissional da informação que deve

dominar as metodologias existentes, bem como os novos métodos de

avaliação para os novos suportes da informação. Porque o mercado de

trabalho nessa área é amplo e precisa de profissionais dispostos a dar sua

parcela de contribuição nesse novo cenário.

Nesse sentido, o planejamento estratégico foi fundamental dento da

BJA, uma vez que o sistema de gerenciamento de biblioteca e o local onde os

dados estão disponíveis para os usuários. Ou seja, uma gestão fez toda a

diferença na hora da implantação do Aleph.

Também é grande a preocupação por parte dos gestores e

bibliotecários das unidades de informação para se capacitarem e buscarem

novidades para implantar na biblioteca, priorizando a qualidade nos serviços

prestados pela BJA.

Sendo assim, a tecnologia de informação e uma ferramenta capaz de

auxiliar o bibliotecário mediante ao atendimento ao usuário para o processo da

aprendizagem.

CONCLUSÃO

Baseada na pesquisa realizada na BJA constatou-se que a essência

do serviço de referência é a interação usuário bibliotecário, os bibliotecários

devem investir fundamentalmente na mediação. As tecnologias da informação

não substituem o bibliotecário, ao contrário, elas são ferramentas que

completam o trabalho deles, tendo em vista que possibilitam o acesso remoto

aos recursos antes disponível apenas aos usuários presenciais.

A principal função do bibliotecário de referência, não é mais

intermediar a informação, porque outros meios, entre eles, a Internet a fazem

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de forma mais eficaz. Sua competência deve deslocar-se no sentido de

incentivar a aprendizagem e a construção do conhecimento.

Logo, houve a mudança de postura não só do profissional da

informação. O usuário também mudou de postura se tornando questionador,

critico e reflexivo no processo da aprendizagem na BJA.

Em relação a postura do usuário com a BJA foi bem positiva, uma vez

que o usuário não tinha o hábito de freqüentar a biblioteca,porem com o

advento do sistema de gerenciamento mudou a visão do usuário com essa

nova biblioteca. Os usuários se tornaram participativo e contribuíram com

perguntas para conhecer o Aleph.

Neste sentido a tecnologia transformou o comportamento e o papel

das figuras envolvidas: usuário, profissional da informação e a BJA.

Sendo assim, a sociedade se transformar o tempo todo e diante de

toda essa mudança, percebe-se que, educar a si próprios e educar os

outros para a sociedade da informação, é um dos grandes desafios para o

profissional bibliotecário.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BALBY, Claudia Negrão. Estudos de uso de catálogos on-line (OPACs): revisão metodológica e aplicação da técnica de análise de log de transações a um OPAC de biblioteca. 2002. 137 f. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002. BARTLETT, Christopher. Managing across borders – The transactional solution – Nova York, Harper, 1995. BURIN, Camila Koerich; LUCAS, Elaine Rosângela de Oliveira; HOFFMANN, SandraGorete. Informatizar por quê: a experiência das bibliotecas informatizadas na Região Sul. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 13., 17-21 out. 2004, Natal. Anais... Natal: UFRN, 2004.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO

2

AGRADECIMENTO

3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

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A IMPLANTAÇÃO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA BJA 10

CAPITULO II

O IMPACTO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA BJA 20

CAPITULO III

O NOVO PAPEL DO PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO, USUARIO E DA

BIBLIOTECA JOSE DE ALENCAR 30

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 40

ÍNDICE 41