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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
REDES SOCIAIS
A COMUNICAÇÃO POSSÍVEL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Por: Paulo Murilo Fonseca da Costa
Orientador:
Prof. Fernando Lima
Rio de Janeiro
2010
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
REDES SOCIAIS
A COMUNICAÇÃO POSSÍVEL DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Comunicação
Empresarial.
Por: Paulo Murilo Fonseca da Costa
3
AGRADECIMENTOS
A todo corpo docente do Instituto “A Vez do Mestre”, aos meus pais e a minha esposa.
4
DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia a minha esposa Renata Moura Costa pelo carinho, apoio, pela revisão do texto e a colaboração total na realização deste trabalho, sempre com o sentimento maior da nossa rede - o amor.
5
RESUMO
O presente trabalho discute as Redes Sociais, como um recurso de
baixo investimento para solucionar e viabilizar, de forma inteligente e eficiente,
a comunicação das micro e pequenas empresas. Analisa a história da
comunicação e, mais especificamente, da comunicação empresarial, além de
apresentar as transformações ocorridas com a popularização do computador, o
surgimento da internet e a democratização deste veículo no mundo
contemporâneo. E aponta possíveis possibilidades de atuação das micro e
pequenas empresas no vasto mundo virtual, com foco nas redes sociais.
6
METODOLOGIA
Neste trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica como metodologia;
analisando a bibliografia produzida sobre os temas abordados em livros,
revistas, jornais e sites. Artigos de mestres doutores que possuem linha de
pesquisa no tema de redes sociais e comunicação empresarial disponibilizados
na Internet também foram uma fonte para o trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO 10 CAPÍTULO II A COMUNICAÇÃO NA ERA DA INTERNET 20 CAPÍTULO III AS REDES SOCIAIS 25 CONCLUSÃO 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45 ANEXOS 50 ÍNDICE 53
8
INTRODUÇÃO
Comunicar é sempre um desafio, principalmente, quando essa
comunicação está entrelaçada ao lucro financeiro de um negócio empresarial,
pois o processo da comunicação envolve diversos profissionais qualificados:
publicitários, jornalistas, designers, diagramadores, editores, entre outros; isso
do ponto de vista de conteúdo e ainda atuam os profissionais da área gráfica,
audiovisual e, por que não, multimídia, onde se consolida a comunicação.
Portanto, o custo da comunicação pode ser muito elevado e inviável para as
micro e pequenas empresas, porém, com a internet, surgiram inúmeras
possibilidades de comunicação e, mais especificamente, com as Redes Socias.
Percebe-se, então, desde o cidadão mais simples às grandes
multinacionias, que essas redes são a melhor alternativa de comunicação
viável do ponto de vista econômico para se atingir os resultados que irão gerar
o tão desejado lucro. Diante desse tópico, começa, então, um processo de
busca em relação à utilização das redes sociais de forma inteligente e eficiente
e, assim, colocar em prática um processo de comunicação empresarial nas
micro e pequenas empresas.
Os objetivos a serem atingidos passam por uma profunda análise da
importância das redes sociais, da escolha das inúmeras ferramentas
disponíveis, do valor agregado ao negócio e de como fazer isso tendo como
alvo um público, às vezes específico.
O presente trabalho, então, se propõe a analisar essa questão
contemporânea da possibilidade e do uso das redes sociais pelas micro e
pequenas empresas. Para tal, iniciamos a pesquisa com uma pequena história
da comunicação e, especificamente, da comunicação empresarial, para
embasar o momento atual através da busca de uma conceituação histórica do
processo e desenvolvimento da comuicação. Isso se mostrou necessário para
que melhor entendêssemos as mudanças ocorridas ao longo do tempo e as
novas estruturas vigentes. Nos amparamos em um conjunto de autores que
9 pesquisaram sobre esses temas, mas Philip Kotler, Paulo Nassar, Claudio
Amaral e Francisco Viana nos guiaram nesse percurso.
O segundo capítulo apresenta o surgimento da Internet e a mudança de
paradigma que essa invenção gerou. Analisamos como a Internet transformou
os hábitos e os procedimentos da vida contemporânea e, principalmente,
afetou as relações humanas. Por consequência, modificou todo o processo da
comunicação, apresentando novas atuações, como o uso das redes sociais
como alternativa para as micro e pequenas empresas.
Concluindo a pesquisa, nosso terceiro capítulo analisa as redes sociais
e as várias possibilidades que elas trazem. Nos baseamos em Márcio Chleba,
Alvin Tofler, pesquisadores das redes sociais como Marcelo Okano e Rafael
Kiso, além da analista de mercado Charlene Li. Num mundo como o nosso,
onde a velocidade da comunicação é acelerada, a relação com o tempo e com
a informação se modificou de maneira radical. Há não muito tempo atrás,
talvez uns vinte anos, era comum se escutar a frase: “quem tem a informação
tem o poder”. Atualmente, a informação pode ser acessada de qualquer
computador conectado à rede e o “poder” está nas mãos de quem melhor se
utilizar ou apresentar essa informação. As redes sociais se apresentam como
uma ferramenta potente de atuação das micro e pequenas empresas. Porém, a
infinidade de caminhos possíveis pode travar as ações. Nosso trabalho se
propõe a mostrar as várias redes sociais, suas características e a necessidade
de uma pesquisa sobre os objetivos a serem atingidos e o público-alvo para se
traçar um plano de atuação focado e não disperso, como é o universo da rede.
10
CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO
1.1 - Linguagem, cultura e tecnologia
O processo de comunicação representa um dos fenômenos mais
importantes da espécie humana. Compreendê-lo, implicaria em estudar o
desenvolvimento das linguagens e verificar como e por que ele se modificou ao
longo da história. Sem dúvida, este não é nosso interesse primordial neste
estudo, mas um sobrevôo sobre a questão comunicacional irá embasar a
construção das nossas ideias sobre as redes sociais e as micro e pequenas
empresas ao longo da pesquisa. Sendo assim, não podemos deixar de
salientar que a linguagem, a cultura e a tecnologia são elementos
indissociáveis do processo de comunicação. Não é arriscado afirmar que a
linguagem abriu caminho para a cognição simbólica do homem. E o estudo da
cultura e da tecnologia tornam evidentes a transformação humana. É notório
que uma pessoa do século XXI vê o mundo de maneira completamente
diferente de um cidadão da era vitoriana e que essa diferença se apóia em
múltiplos fatores, como os incríveis avanços da tecnologia.
O termo “comunicação”, etmologicamente, “vem do latim ‘communis’,
comum. O que introduz a idéia de comunhão, comunidade” (MARQUES DE
MELO, 1975, p. 14). Ideia extremamente pertinente para o mundo atual.
Devemos também falar em “processo de comunicação”, e nesse sentido, o
conceito de processo fundamenta a ideia civilizatória. O dicionário define
“processo” como “qualquer fenômeno que apresente contínua mudança no
tempo”, ou “qualquer operação ou tratamento contínuo” (BERLO, 1991, p. 33).
Desde a antiguidade este termo é vigente: o filósofo pré-socrático, Heráclito
destacou a importância do conceito de processo, ao declarar que um homem
não pode entrar duas vezes no mesmo rio; o homem será diferente e assim
também o rio. Os ingredientes do processo agem uns sobre os outros; cada um
influencia todos os demais. Isso será importante em nossa conceituação de
11“rede” no terceiro capítulo.
Em relação à tecnologia, que é uma questão importante de ser
ressaltada no processo comunicacional, iremos pensar tecnologia como
qualquer mecanismo que possibilite ao homem executar suas tarefas fazendo
uso de algo exterior ao seu corpo, ou seja, tudo aquilo que se caracteriza como
extensão do organismo humano. Assim visto, é necessário ressaltar que o uso
de tecnologia pelo homem teve início não relacionado à comunicação, mas à
sobrevivência, uma vez que as primeiras ferramentas utilizadas pela espécie
humana serviam para destrinchar alimentos, nos períodos mais remotos da
Pré-História. No que concerne à emissão de mensagens, ou seja, ao processo
de comunicação, só muito tempo depois é que o homem se serviu de algum
artefato a fim de quebrar a barreira do espaço e do tempo. Para que a
comunicação humana alcançasse o estágio atual, tanto em volume e formatos,
quanto em velocidade, foram necessárias diversas transformações fisiológicas
e processos tecnológicos revolucionários. Algumas mudanças aconteceram há
tanto tempo que quase nunca são mencionados ou percebidos pelo homem,
mas os seus traços se conservam e, vez ou outra, se fazem presentes nos
gestos, expressões e ruídos que emitimos.
Dando um salto para a modernidade, o inventário desse processo
histórico, evidentemente, está além do que pretende este trabalho, mas é
imprescindível citar ao menos os fatos mais relevantes: isso se inicia com o
computador, que quando surgiu, funcionava mecanicamente. Seu protótipo foi
exposto na Galeria de Instrumentos Científicos no King’s College, em Strand
(Grã-Bretanha), por seu inventor, o economista britânico Charles Baggage.
Sem o computador não haveria como lançar satélites e, nem tampouco,
possibilidades de interligar as pessoas por meio da Internet. Quando em
outubro de 1957, a ex-União Soviética colocou o Sputnik no ar, seu lançamento
chamou mais a atenção do que o próprio computador — equipamento
imprescindível para a ocorrência daquele ato — despertando, segundo Briggs
(2004, p. 293), o governo norte-americano para uma corrida tecnológica.
Por um breve período na história mundial, os satélites de comunicações,
12os “comsats”, impossíveis de serem lançados sem os computadores, atraíam
mais a atenção do que os próprios computadores. Os satélites eram as mais
fascinantes expressões de tecnologia depois do lançamento do Sputinik pela
União Soviética em outubro de 1957, o surpreendente “acontecimento” que
levou o governo norte-americano a encontrar uma resposta o mais rápido
possível.
As primeiras transmissões de programas de televisão via satélite foram
enviadas em 11 de julho de 1962. No futuro, o satélite teria sua utilização
ampliada para a telefonia. Foi o lançamento do Sputinik que levou o governo
norte-americano a investir no desenvolvimento da rede de computadores. A
Administração dos Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de
Defesa dos Estados Unidos foi fundada em 1957 e recebeu grande injeção de
verbas entre os anos de 1968 e 1969, como resposta aos soviéticos
De acordo com Perles, no início, tratava-se de uma rede limitada, a
Arpanet, que compartilhava informações entre universidades de alta tecnologia
e outros institutos de pesquisa. Independentemente das visões utilitaristas que
rivalizavam as universidades e o Pentágono, havia uma preocupação
tecnológica com a denominada “arquitetura do sistema” que, segundo opinião
de Briggs (idem, p. 311), qualquer que fosse a posição vantajosa, de cima ou
de baixo, era de importância crucial, tanto de imediato quanto a longo prazo,
que a “arquitetura do sistema” (termo empregado com freqüência) diferisse
daquela construída para a rede telefônica e os responsáveis pelo sistema
orgulhavam disso, pois qualquer computador podia se ligar à Net de qualquer
lugar, e a informação era trocada imediatamente, em “fatias” dentro de
“pacotes”. O sistema de envio quebrava a informação em peças codificadas, e
o sistema receptor juntava-a novamente, depois de ter viajado até seu destino.
A Internet, nos parece, representa a culminação de um ciclo de
desenvolvimento da tecnologia da informação, tanto quanto outros ciclos que
se completaram. Mas, tal afirmação, longe da ingenuidade e crença simplista,
não supõe fim algum, antes, aponta para o surgimento de uma nova era, ainda
que insipiente.
13Essa questão será discutida com mais rigor no segundo capítulo.
1.2 - Breve histórico da Comunicação Empresarial
As primeiras ações do que poderia se chamar de Comunicação
Empresarial surgiu no início do século XX nos Estados Unidos. Em 1906, o
jornalista Ivy Lee, que atuava em Nova Iorque, decidiu deixar a profissão de
lado para montar o primeiro escritório de Relações Públicas (RP) de que se
tem notícia (AMARAL, 1999).
Mas a decisão de Lee foi baseada em um bom motivo, que lhe garantiria
fama e história. O objetivo era concentrar esforços para recuperar a
credibilidade do empresário John D. Rockfeller, acusado de combater
impiedosamente as pequenas e médias organizações. A saga de Rockfeller em
busca do lucro a qualquer preço - modelo praticamente inaceitável décadas
mais tarde - havia se transformado em uma ameaça à sua reputação.
A idéia de Lee era garantir a publicação de notícias empresariais nos
espaços editoriais, deixando de lado o já tradicional espaço publicitário
comprado por grande parte das empresas. Mas como seria possível convencer
a imprensa sobre a novidade?
O jornalista, de acordo com Cláudio Amaral (1999), teria adotado uma
carta de princípios, que pode ser considerada atual até hoje, ainda que não
seja mencionada na relação entre os jornalistas e os assessores de imprensa:
“Este é não é um serviço de Assessoria secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um gerenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor na seção comercial, não o use. Nosso assunto é exato. Mais detalhes, sobre qualquer questão, serão dados oportunamente e qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso plano é divulgar prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à Assessoria e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público.”
14O trabalho para Rockfeller se transformou em case de sucesso - a
imagem pública do cliente passou de “patrão sanguinário” a “benfeitor da
humanidade” não só pela divulgação de matérias na imprensa, mas por uma
série de ações e atitudes traçadas por Lee que vão desde a dispensa de
guarda-costas para transitar pelas ruas até a colaboração com o Congresso
Norte-americano na apuração de denúncias contra ele próprio e, por fim, a
criação de fundações de interesse público. Aliás, a inauguração da Fundação
Rockfeller foi um dos primeiros passos rumo a um caminho que tem se tornado
inevitável nas organizações, a cidadania corporativa. A partir daí a carreira de
Lee deslanchou. Quando morreu, em 1935, gerenciava as relações públicas da
Chrysler.
A General Electric (GE) é considerada uma das pioneiras em
Comunicação Corporativa ao implantar, na década de 60 do século XX, uma
série de debates entre os executivos da empresa e os intelectuais da época
como o teórico Marshall Mcluhan. Além de estimular o pensamento estratégico
dos executivos, a GE divulgava o que a cúpula da empresa estava pensando.
As relações públicas ganharam o mundo a partir da experiência nos
Estados Unidos. Chegaram ao Canadá e à França nos anos 40 e na década
seguinte a países como Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e
Finlândia. Em 1958, a Alemanha começava a ter contato com a área.
O jornalista e escritor Paulo Nassar (1995) faz um alerta importante no
livro O que é Comunicação Empresarial, que deveria ser ouvido por
empresários e gestores de organizações públicas e privadas. Em um cenário
extremamente competitivo, em que os consumidores e cidadãos atentos e
exigentes estão dispostos até mesmo a boicotar produtos e serviços que não
estejam de acordo com a sua filosofia de vida, os seus princípios éticos e as
preocupações político-sociais, deve ser lembrado que
A Comunicação Empresarial não pode ser considerada apenas uma definição de dicionário. Ou seja, simplesmente como ‘um conjunto de métodos e técnicas de Comunicação dentro da empresa dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, consumidores, etc)’. Até porque
15definições como essas precisam ser sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial.
A Comunicação Corporativa é considerada ferramenta fundamental para
o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organização, funcionando
como um elo entre a comunidade e o mercado. E uma Comunicação eficiente
traz resultados que podem ser medidos no faturamento da empresa. É nesse
sentido que Francisco Viana (2001) avalia:
Quando uma empresa faz um plano de Comunicação ela se dispõe a olhar para ela mesma, os concorrentes e o contexto em que atua. Com o tempo, sob a pressão dos concorrentes e as exigências do público, ela se torna outra empresa para si mesma. Isso é que irá determinar sua renovação ou envelhecimento.
Empresas têm adotado a Comunicação Integrada, que envolve diversas
ações analisadas e planejadas em conjunto. Para trabalhar a imagem do
cliente por meio da Comunicação Integrada é necessário um plano estratégico.
E para tal, deve ser realizado um diagnóstico da empresa. Não existem
receitas ou fórmulas prontas que possam ser aplicadas nas diversas
organizações. Cada planejamento deve ser exclusivo, pois as empresas
apresentam peculiaridades que influenciam o processo de Comunicação.
Uma observação importante é que quando falamos em organização,
estamos nos referindo também a entidades e instituições públicas e privadas.
Na Comunicação, entendemos que o termo organização pode ser utilizado
para o cliente em geral sem, é claro, desprezar as particularidades de cada um.
A Comunicação desenvolveu ferramentas de Comunicação e Marketing
tais como Assessoria de Imprensa, Comunicação Interna, Produção de
Publicações Corporativas, Mala Direta, Realização de Eventos, Publicidade e
Propaganda, dentre outras.
Os canais diversos de Comunicação pessoal e impessoal são utilizados
por empresas na busca da Comunicação ideal, o que obviamente não existe.
Classifica-se como pessoal a Comunicação realizada face a face ou por meio
16do correio ou do telefone, em que o receptor é citado diretamente ou tem a
oportunidade de responder ao emissor. Tem sido assim nos encontros entre
presidentes e diretores de empresa, diretores e gerentes, presidentes e
operários e chefes de setor e subordinados. Quem nunca ouviu falar nos já
famosos Encontros com o presidente ou Café da manhã com o
superintendente? Impessoal é a mensagem sem contato direto, realizada pela
mídia impressa, televisiva, radiofônica e visual como outdoor, cartaz e pôster.
Lembramos o modelo tradicional para desenvolvimento de uma
Comunicação eficiente que, de acordo com Kotler (1998), tem nove elementos
fundamentais:
Emissor - quem emite a mensagem para a outra parte
Codificação - o processo de transformar o pensamento em forma simbólica
Mensagem - o conjunto de símbolos que o emissor transmite
Mídia - os canais de Comunicação através dos quais a mensagem passa do emissor ao receptor
Decodificação - o processo pelo qual o receptor confere significado aos símbolos transmitidos pelo emissor
Receptor - a parte que recebe a mensagem emitida pela outra parte
Resposta - as reações do receptor após ter sido exposto à mensagem
Feed Back - a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor
Ruído - distorção ou estática não-planejada durante o processo de Comunicação, que resulta em uma mensagem chegando ao receptor diferentemente da forma como foi enviada pelo emissor
Quando um desses elementos não é respeitado, o processo de
Comunicação enfrenta problemas difíceis de serem diagnosticados, que podem
trazer sérios danos aos objetivos e resultados da empresa.
A identificação do receptor ou público-alvo é um dos passos
fundamentais para uma Comunicação eficiente. Para quem estamos falando?
Com quem estamos nos comunicando? Para saber a melhor forma de se
comunicar, é preciso traçar o perfil desse público: número de pessoas a serem
atingidas, divisão por região, se houver nível de escolaridade, relacionamento
desse público com a organização, anseios e reivindicações desse público. A
partir daí, define-se a resposta desejada pelo cliente.
17Durante muitos anos, a Comunicação era praticamente unilateral. O
emissor elaborava suas mensagens, utilizava os veículos de Comunicação e
pouco se preocupava com o resultado do processo. O receptor era passivo e
não participava de maneira efetiva da Comunicação. Hoje, a situação é
bastante diferente. O emissor deve estar atento e aberto às opiniões, críticas e
sugestões do receptor para que a organização atenda as necessidades e
desejos de seu público-alvo, sempre com coerência, atitude que se tem
tornado palavra-chave no processo de Comunicação Corporativa.
Por mais que possa parecer óbvio para alguns e desencantador para
outros, a Comunicação só é eficiente se ela tem via de mão dupla. Por isso, o
retorno obtido dos receptores é precioso para avaliar não só a eficácia da
Comunicação mas também a imagem que se tem da empresa e ajustes que
devem ser providenciados.
A Comunicação no modelo simétrico não faz parte de muitas
organizações, mas tem se tornado meta de muitas delas. É um longo caminho,
que vem sendo percorrido aos poucos, com muitos erros e acertos, tanto por
parte dos profissionais da área quanto das próprias empresas e públicos.
Apurar os resultados da Comunicação é tarefa árdua, que deve ser
realizada permanentemente; afinal, o meio empresarial está sujeito a
mudanças diárias ou até mesmo, em momentos de crise, horárias. A partir das
auditorias é possível avaliar se o plano de Comunicação está sendo capaz de
repassar à sociedade, aos funcionários e à imprensa o conceito adotado pela
empresa, fortalecendo a sua imagem institucional. Mas nem todas as
empresas estão dispostas a “ouvir” o que não gostariam e por isso chegam a
evitar as auditorias de opinião e de imagem.
Podemos citar algumas ferramentas eficazes para fazer o
monitoramento do plano de Comunicação de empresas. Além das pesquisas
de ambiente interno, que podem ser realizadas a cada biênio, com funcionários
e executivos, a organização pode adotar pesquisa anual qualitativa de
Comunicação, avaliação mensal com os comitês de Comunicação, formulários
18de avaliação imediata e avaliação informal, sendo estas duas últimas
analisadas caso a caso.
Comunicar sem, entretanto, saber o efeito dos diversos meios de
Comunicação em seus públicos-alvo é, como se diz popularmente, atirar no
escuro. Para Viana (2001) é preciso estar atento às auditorias de opinião e
imagem, fortes aliadas da Comunicação:
E uma das melhores maneiras de identificar as demandas de Comunicação estratégica da empresa e focar suas ações. Seu propósito maior não é dizer o que a empresa deve fazer, mas como tornar viável o que está fazendo e porquê. Ao assessor de imprensa cabe insistir sempre em saber o que a mídia pensa da empresa ou do setor em que atua. Perguntar aos jornalistas que temas mais aguçam o seu interesse e conhecer suas críticas e inquietações é muito útil. O problema é que muitas vezes o jornalista é considerado um chato, um crítico pertinaz, e a qualidade da Comunicação se esvai como um fósforo queimado. É quando a desconfiança se instala.
O Guia Exame, que aponta as cem melhores empresas para se
trabalhar no país, tem como um dos fatores de avaliação a Comunicação.
Importante ressaltar que a publicação se tornou referência no Brasil e o fato de
figurar na lista significa prestígio junto a investidores, funcionários, clientes e
sociedade em geral. Na edição de 2001, o guia apresentou uma relação das
características de uma Comunicação excelente:
o é transparente;
o é uma via de mão dupla, que funciona com a mesma eficiência de baixo para cima como de cima para baixo;
o possui mecanismos formais que facilitam a abertura da Comunicação interna;
o se preocupa em informar o empregado sobre tudo que pode afetar sua vida;
o informa os empregados sobre fatos que podem mudar a empresa antes que os
jornais o façam;
A Comunicação interna também forma “embaixadores” da organização,
que são verdadeiros multiplicadores dos valores, atividades e produtos da
19empresa. O público interno é, certamente, um dos que têm maior crédito ao
falar a respeito da organização. Por isso é muito importante que ele esteja
sempre bem informado, sendo o primeiro a saber sobre as notícias da
empresa.
A Comunicação Empresarial ou Organizacional há muito ultrapassou a
definição apresentada por Kotler em Marketing para o século XXI de que “as
relações públicas disseminam notícias favoráveis sobre a empresa e fazem
‘controle de danos’ das notícias não favoráveis. E agem como clientes internos
e defendem publicamente melhores políticas e práticas na empresa”. As
relações públicas hoje vão muito além do conceito adotado pelo autor, um dos
estudiosos de Marketing mais influentes do nosso século. O conceito de
Comunicação está intimamente ligado à competitividade da empresa e a sua
sobrevivência.
Assim, introduzimos o próximo capítulo sobre a comunicação na era
digital e as transformações ocorridas com a “Rede de Alcance Mundial” ou
“www – World Wide Web”.
20
CAPÍTULO II
A COMUNICAÇÃO NA ERA DA INTERNET
2.1 – Um novo dispositivo de comunicação: a Internet
Ainda no início da chamada Guerra Fria, em meados da década de 60, o
departamento de defesa estado unidense procurava uma solução eficaz para
um problema que muito preocupava o exército norte-americano: como
armazenar suas informações de forma segura e inteligente, evitando uma
vulnerável centralização. E para responder tal pergunta, a Advanced Research
Projects Agency, ARPA, desenvolveria uma rede interligada de computadores,
que seria capaz de transmitir informações entre si, de forma organizada e útil,
evitando assim a concentração de dados importantes em um único lugar, e
ainda fornecendo a vantagem de poder se comunicar numa nova tecnologia,
rápida e eficiente. Esse projeto, ficaria conhecido como Arpanet, como foi
brevemente citado no capítulo anterior. Curiosamente, essa capacidade de
maneabilidade foi confirmada, não durante a Guerra Fria, mas sim na Guerra
do Golfo, quando o exército americano teve sérios problemas para capturar
dados, e até mesmo destruí-los dos servidores Iraquianos, que utilizavam esta
mesma idéia (CASTELLS, 2003). Não demoraria muito para que este projeto
migrasse para o meio acadêmico, onde o conceito foi aplicado de forma similar,
para facilitar a distribuição de informação, por uma outra rede, exclusivamente
administrada por estudantes e cientistas. Mais tarde, a disponibilidade de
novas redes de informação, levaria os esforços de muitos pesquisadores a
desenvolver um novo conceito: uma rede de redes. Ainda no início da década
de 90 do século XX, a obsoleta Arpanet começa a ser desativada pelo exército
americano. Agora, tudo passava às mãos da National Science Foundation,
NSF, que permaneceria por muito pouco tempo nesta função. A mesma NSF,
ciente da popularização do conceito, e de sua praticidade de desenvolvimento,
trataria de privatizar a internet. Ainda na década anterior, de olho na
comercialização da internet, o Departamento de Defesa norte-americano
21forneceu apoio aos fabricantes nacionais de computadores, auxiliando no
desenvolvimento de aparelhos compatíveis e funcionais. Quando a NSF
resolveu privatizar a rede, grande maioria dos computadores caseiros norte-
americanos já estavam prontos para se conectar à grande rede. Fato que
contribuíria para a rápida popularização desta tecnologia (CASTELLS, 2003).
No início da década de 1990, muitos provedores de serviços da Internet
montaram suas próprias redes e estabeleceram suas próprias portas de
comunicação em bases comerciais. A partir de então, a Internet cresceu
rapidamente como uma rede global de computadores. De fato, não demoraria
muito para que passassem a analisar este fenômeno com outros olhos.
Estudiosos e vanguardistas da comunicação social, logo passaram a
considerar este novo sistema de interação como um novo ambiente cultural.
Iniciava-se com a propagação da internet, a possibilidade de novos contatos e
transmissão de idéias. O que hoje conhecemos como sociedade virtual, no
inicio da internet era apenas o começo de um movimento culturalmente
avançado, onde estudiosos e entusiastas preparavam o caminho para que o
avanço tecnológico, caminhasse em conjunto com o interesse humano nesta
sociedade (CASTELLS, 2003).
Talvez o fator mais importante para o desenvolvimento da internet e de
seus subprodutos de comunicação, tenha sido a arquitetura aberta. Pois,
embora possua uma engenharia complexa de funcionamento, a sua evolução
veio de forma livre, realizada pelos próprios usuários, que moldaram, através
de suas propostas e intenções, a internet como sociedade. Graças a estes,
novas tecnologias como e- mails, fóruns e blogs, ganharam vida e puderam
evoluir, e com isso, a internet procriar novas formas de contato (CASTELLS,
2003).
Como em qualquer sociedade, os integrantes da rede seguem uma série
de preceitos de convívio e participação, dando a esta, uma forma concreta e
substancial. A relação entre os seus usuários, por mais que distantes
geograficamente, acontece de forma padronizada. Todos fazem parte de uma
mesma cadeia de conhecimento, onde quaisquer idéias e pensamentos podem
22ser absorvidos, utilizados e melhorados. E isso funciona de forma prática, seja
desenvolvendo programas ou plataformas de uso, tendo como base os três
seguintes critérios, relatados por Castells (2003, p. 29): Primeiro, a arquitetura
de interconexão deve ser ilimitada, descentralizada, distribuída e
multidirecional em sua interatividade; segundo, todos os protocolos de
comunicação e suas implementações devem ser abertos, distribuídos e
suscetíveis de modificação (embora os criadores de protocolos e
implementações para redes conservem a propriedade de parte de seu
software); terceiro, as instituições de governo da rede devem ser montadas em
conformidade com os princípios enraizados na internet, da abertura e da
cooperação. Essas práticas de interação foram, e ainda são responsáveis por
muitos dos avanços de utilização da internet, e o comprometimento da
comunidade online com estes, elevou sua usabilidade para o que
convencionou—se chamar de web 2.0.
Atualmente, vivemos numa realidade de fragmentos de conhecimento.
Os indivíduos controlam as ações de partes e não mais do todo. Foco em
conhecimento pressupõe a preocupação com a eficiência financeira, melhor
performance, o objetivo de se tornar líder de mercado, o fazer mais com
menos, e o ajuste a contingências quaisquer. Conhecimento não é igual a
informação. O conhecimento, e o valor construído diariamente quando o
focalizamos, é igual à análise e à ação em cima da informação.
A Internet, como rede mundial de computadores interconectados, é um
privilégio da vida moderna para o homem moderno. É o maior repositório de
informações acessíveis a qualquer pessoa que a acesse de qualquer parte do
mundo. E o que torna a Internet tão diferente das outras invenções humanas é
o insignificante período de tempo em que ela precisou para ser usada por
milhões de pessoas. A eletricidade (1873), por exemplo, atingiu 50 milhões de
usuários depois de 46 anos de existência. O telefone (1876) levou 35 anos
para atingir esta mesma marca. O automóvel (1886), 55 anos. O rádio (1906),
22 anos. A televisão (1926), 26 anos. O forno de microondas (1953), 30 anos.
O microcomputador (1975), 16 anos. O celular (1983), 13 anos. A Internet
(1995), por sua vez, levou apenas 4 anos para atingir 50 milhões de usuários
23no mundo (LEINER, 2009).
2.2 - A Web 2.0 e a Interatividade
O termo Web 2.0 é creditado a Tim O'Reilly e ele sugere a seguinte
explicação (2005): “Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma,
e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma.
Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem
os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas
pessoas, aproveitando a inteligência coletiva”. A partir da análise desse
conceito, será tratado um pouco do que acontece atualmente no ambiente de
rede mais adiante.
2.3 - O Atual Ambiente de Rede
Com a chegada do novo século, e de uma geração inteira já crescida na
era da internet, novas ferramentas online de convívio e exposição de idéias
têm sido difundidas na web. Plataformas de streaming de videos como o
Youtube – www.youtube.com — tem transformado simples produção de
conteúdo em comunicação social, considerando-se a nova possibilidade de
veículo de mídia, onde anunciantes podem atuar de forma mais direta com seu
possível consumidor. E o fato que mais impressiona é a proliferação das
chamadas Redes Sociais. Um fenômeno que radicaliza a ideia de interação
entre as pessoas na aldeia global onde vivemos.
As redes sociais são modelos de relacionamentos criados ou
expandidos a partir de ferramentas da internet, com o objetivo de conectar
pessoas de todo o mundo por meio de suas afinidades, gerando amizades,
comunicação e vínculos sociais. Essa experiência se dá pela criação de perfis
com exibição de textos (pensamentos, comentários, etc.), imagens, músicas,
fotos e vídeos.
Mais do que a exibição de um perfil, as redes sociais buscam um novo
comportamento das pessoas para garantir compartilhamento de idéias e
24colaboração mútua. Não obstante os aspectos citados acima, é preciso
destacar ainda que a opinião dos indivíduo é cada vez mais valiosa, e que
através das redes sociais, podemos ouvir nossos amigos, clientes,
colaboradores, fornecedores, comunidade local e concorrentes, para que
possamos entender suas opiniões, peculiaridades e características.
Como dissemos, a palavra de ordem das redes sociais é interação.
Comparando a internet com outros meios de comunicação em massa como
televisão, rádio e jornal, estes deixam muito a desejar na interação com seu
público.
Essas novas redes se configuram como uma possibilidade de
comunicação plenamente viável e de baixo custo para as micro e pequenas
empresas. Essa é a questão principal da nossa pesquisa e será abordada no
próximo capítulo.
25
CAPÍTULO III
AS REDES SOCIAIS
3.1 - A questão da comunicação na rede
Nos dias atuais, a internet oferece inúmeras vantagens que são
propagadas rapidamente pela tecnologia da informação, criando novos
cenários virtuais. As micro e pequenas empresas devem se utilizar destes
cenários e tirar proveito para os seus negócios. A principal possibilidade de
atuação na web, com baixo custo, são as redes sociais. Elas representam uma
destas vantagens da rede, que podem trazer retorno em divulgação e clientes
para as empresas. É preciso desenvolver uma cultura de comunicação nas
micro e pequenas empresas, que esteja presente em cada ação percebida pelo
cliente.
Não existe organização sem comunicação, mas um projeto de
comunicação, normalmente, implica em altas somas de investimento;
inviabilizando o uso da comunicação tradicional para os os micro e pequenos
empresários. Essa questão acaba sendo negligenciada e as redes sociais, hoje
em dia, se apresentam como uma solução para esses problemas.
Segundo CHLEBA (2000, p. 37), estamos nos “deparando com um novo
mecanismo de distribuição de conteúdos informacionais, que coloca em um
único caldeirão as técnicas de comunicação impressa e televisiva, a animação
computadorizada e a forma de apresentação de programas de computador”.
Para ele, o grande desafio é “reunir esses componentes para criar uma nova
linguagem que atenda aos desejos e às expectativas das pessoas na utilização
do computador como um veículo de distribuição de informação e
entretenimento”. Essa linguagem pode fazer com que as pequenas empresas
alcancem mercados antes inimagináveis em termos de atuação, pois elas vão
lidar com uma enormidade de desejos e gostos que até o presente momento
desconheciam.
26A utilização de comunicação digital, através do computador, no mundo
dos negócios, ficou muito interessante em virtude de alguns fatores, conforme
ressalta CHLEBA (2000, p. 107):
• Apoiar a comunicação Institucional.
• Promover um produto ou serviço.
• Criar serviços online para clientes atuais, potenciais e outros
públicos de interesse.
Muitas das pequenas empresas, quando iniciam suas atividades na
Internet, criam um site de forma amadora e tornam disponível um e-mail. É o
tipo de apresentação que CHLEBA (2000, p. 108) chama de “espelho”, ou seja,
“aquela que apresenta a empresa sob a ótica de quem está dentro dela. Não
existe a preocupação de adequar a apresentação ao público que poderá visitar
o site nem de criar um motivo para que ele volte, assim como não há estratégia
de comunicação para gerar tráfego e tirar proveito do veículo.”
Existem centenas de “momentos de comunicação” (RIBEIRO, 1998, p.
97) entre a sua empresa e seus consumidores, atuais ou potenciais. Eles
ocorrem no atendimento prestado no balcão, nos contatos telefônicos, nas
entregas de pedidos, no faturamento, através de embalagens dos produtos, do
layout do ponto de venda, dos veículos de transporte da empresa, da equipe
de vendedores, no atendimento, pós-venda, etc.. Isso quando tratamos da
realidade empresarial, mas existem outras formas de comunicação
empresarial. Por causa dessa abrangência do processo de comunicação, é
preciso desenvolver uma cultura de comunicação nas pequenas empresas,
que esteja presente em cada ação percebida pelo cliente. Como comunicação
é um processo e afeito a dinâmicas próprias, não é possível estabelecer um
conjunto de regras que o regulem de uma forma integral, mas, apesar disso, é
necessário definir os públicos com os quais você deseja se comunicar.
Reconhecemos como públicos de uma pequena empresa todos os entes que
entram ou podem entrar em contato com ela, em qualquer tempo.
A comunicação de uma pequena empresa deve ser recheada de informação. Seja essa informação técnica,
27quando apresenta as características de seus produtos ou serviços, seja promocional, quando comunica os benefícios e as vantagens desses mesmos produtos ou serviços. A boa e verdadeira informação sempre é o melhor conteúdo de qualquer comunicação que se pretenda estabelecer por longo tempo. A comunicação pode ser definida como “interação social através de mensagens”. “Mensagens são ocorrências formalmente codificadas, simbólicas ou representacionais, de alguma significação compartilhada numa cultura, produzidas com a finalidade de evocar significação” (GERBNER, [s.d.], p. 59).
A World Wide Web integrou os conceitos de comunicação de massa e
comunicação interpessoal. E devemos levar em conta que a comunicação
interpessoal é uma forma poderosa de se comunicar, porque ela nos reporta ao
início de tudo, quando não existiam os modernos meios de comunicação
eletrônicos. Conversar é a maneira mais antiga e eficaz de estabelecer uma
comunicação bem sucedida. Numa conversa pessoal, nos valemos de três
recursos, basicamente: palavra, tom e gestos (RIBEIRO, 1998, p.103). Esse
tipo de comunicação não custa nada para sua utilização pela pequena
empresa, somente depende do estímulo que cada pessoa dentro da
organização recebe para utilizá-la. “A comunicação cara a cara é o meio que a
maioria de nós aprende a utilizar desde criança” (WILLIAMS, 1992, p. 235).
A década de oitenta no século passado foi um período de intensas
mudanças, durante o qual apareceram, com bastante freqüência, novos meios
de comunicação. Segundo WILLIAMS (1992, p. 223), “os novos sistemas de
comunicação são uma convergência dos sistemas de transmissão de
informação – telecomunicações – e os sistemas de armazenamento e
processamento de informação – computadores”.
“Com o veloz desenvolvimento e a multiplicação dos meios de
comunicação, a pressão para aprender a manipulá-los se torna cada vez mais
intensa, e a adaptação humana vai requerer o máximo esforço” (WILLIAMS,
1992, p. 236).
Muito antes do advento desses meios de comunicação de massa, as
pessoas construíam seus próprios modelos e realidades, baseados no seu
28pequeno círculo de atuação. Mas, com a multiplicação do número de canais
dos quais os indivíduos tiram a imagem da realidade, o indivíduo começou a
receber também as imagens e informações transmitidas através de jornais, das
revistas de massa, do rádio e, mais tarde, da televisão. Muitas imagens
projetadas por esses canais se transformaram em ícones e povoam as
fantasias de muitas pessoas. Segundo TOFLER (1980, p. 163), “estas
fantasias produzidas centralmente, injetadas na ‘mente da massa’ pelos meios
de comunicação de massa, ajudaram a produzir a padronização do
comportamento exigida pelo sistema de produção industrial.”
As informações se alteram hoje muito rapidamente e as imagens mudam
a cada instante dentro de nossa percepção. Por isso muitas empresas devem
sempre se manter na mente das pessoas, manter fiéis seus consumidores,
cativá-los.
Mas TOFLER (1980, p. 164) ressalta um aspecto interessante, quando
denomina de “desmassificados”, os meios de comunicação de massa, que
além de não estarem conseguindo expandir sua influência, são subitamente
forçados a dividi-la.
Os mais diversos tipos de mídia tradicionais estão encontrando
concorrentes em suas próprias subdivisões e segmentações. E a Internet
acentuou ainda mais essa divisão.
Hoje, segundo TOFLER (1980, p. 171), “...em vez de massas de
pessoas recebendo todas as mesmas mensagens, grupos desmassificados
menores recebem e enviam grandes quantidades de suas próprias imagens
uns para os outros.” E continua, “em vez de apenas recebermos o nosso
modelo mental de realidade, nós agora somos impelidos a inventá-lo e
continuamente a reinventá-lo.”
Para TOFLER (1980, p. 172), o que explica a “sociedade de informação”
é a “...desmassificação da civilização, que reflete e intensifica os meios de
comunicação, traz com ela um enorme salto na quantidade de informação que
todos trocaremos uns com os outros.”
Segundo NEWELL (2000, p. 67), “muitos executivos de marketing e
29propaganda de hoje cresceram na empresa quando a única ferramenta
eficiente era a mídia de massa. A propaganda de mala direta era considerada
de segunda classe. (...) Os comerciais de televisão eram a varinha mágica para
ganhar novas contas.... Historicamente, os anunciantes e as agências sempre
assumiram a posição de que qualquer forma de marketing direto era
‘ineficiente’ e que a propaganda geral era efetiva. O que era ‘direto’ era sempre
desvalorizado”.
Atualmente, a comunicação direta é muito mais eficaz e com as redes
sociais isso se torna possível.
3.2 - Redes sociais
De acordo com Marcelo Okano (2009), redes sociais são formas de
interação entre pessoas que compartilham ideias, opiniões, sentimentos e
amizades através de ferramentas computacionais utilizadas na web. Os
vínculos entre os integrantes das redes são formados através de laços sociais,
tais como interesses e afinidades, permitindo ao indivíduo aceitar ou não as
solicitações de interação.
As pequenas empresas podem planejar estratégias de marketing para
divulgar serviços, produtos e até relacionar-se com o cliente nas redes sociais.
As vantagens são o baixo custo de infraestrutura, demanda focalizada (pois se
pode anunciar nas comunidades de interesse específico), atendimento
personalizado a cada cliente e, principalmente, a interatividade com o público-
alvo.
Outro ponto favorável, que destaca Okano, é o estabelecimento de um
canal de comunicação direto com o cliente através do uso das ferramentas de
redes sociais, que permitem “escutar” as reclamações e opiniões, verificando
suas necessidades e, principalmente, tratando-o como único e não como mais
um consumidor.
A internet vem evoluindo rapidamente, em especial no que diz respeito à
interatividade, à facilidade em seu manuseio e à implementação de novas
30ferramentas nas redes sociais. Isso tudo garante que sua utilização estará
cada vez mais presente em todos os processos empresariais.
As redes sociais têm tanta importância no mercado competitivo atual,
que um dos maiores estrategistas da atualidade, o professor Michael Porter,
confessou que devido ao aumento da importância das redes sociais no
ambiente negocial, que ele chamou de “efeito rede”, teve que revisar seu
famoso modelo de cinco forças competitivas, que ele define assim: 1. rivalidade
entre os concorrentes; 2. poder negocial dos clientes; 3. poder negocial dos
fornecedores; 4. ameaça de entrada de novos concorrentes e 5. ameaça de
produtos substitutos. Segundo Porter, devido a esse “efeito de rede”, os
clientes passaram a ser uma poderosa vantagem competitiva para empresas
que queiram evitar, por exemplo a ameaça de novos entrantes ou de produtos
substitutos; de acordo com uma artigo apresentado na revista HSM
Management.
Mais do que falar com os amigos e ver fotos, as redes sociais reúnem
um mundo de possibilidades para os gestores de empresas, seja lá qual for o
tamanho delas. Mas para usar essas ferramentas a favor dos negócios é
preciso desenvolver diferenciais inovadores. Essa é a proposta do especialista
em redes sociais Rafael Kiso (2009).
“É preciso se destacar em meio à multidão para o consumidor te ver. E
isso só é alcançado com criatividade e inovação”, afirma o especialista. Kiso
conta que atualmente 90% dos usuários de telefones celulares inteligentes
acessam o Twitter, dado que dá uma boa idéia do potencial mercado que o
Twitter e outras redes sociais oferecem ao empresário. Mas para ingressar
nesse mundo e usufruir das oportunidades virtuais é preciso conhecer melhor
as ferramentas disponíveis.
Kiso divide os sites da seguinte forma:
31- Sites de relacionamentos, como o Orkut e o Twitter: Permitem a conexão
entre os participantes, bem como os relacionamentos entre eles e as
comunidades por interesses mútuos. Os participantes utilizam ferramentas de
interação como fóruns, chats e blogs.
- Comunidades virtuais: Trata-se de um grupo de pessoas que estabelecem
entre si relações sociais. Os participantes do grupo permanecem um tempo
suficiente para que possam constituir um corpo organizado, através da
comunicação mediada por computador (Wikipédia). e
- Blogs: Estabelecem-se como redes sociais na medida em que também
possuem listas de amigos, que são os autores de outros blogs, e proporcionam
muitas conexões sociais entre as pessoas que ali interagem (Wikipédia). O
“dono” do blog pode emitir opiniões sobre diversos assuntos e receber
comentários de diversos leitores.
Um indicativo do poder citado por Kiso é o tempo médio que o brasileiro
gasta navegando pelas ferramentas virtuais. “Em um mês o brasileiro gasta em
média 17% do seu tempo navegando nas redes sociais, número que pode
chegar a 70% em públicos específicos”, explica. Outros números
impressionam. Atualmente oito em cada dez brasileiros participam de redes
sociais.
“O gestor não pode desconsiderar a potencialidade que isso representa
para os negócios”, diz Kiso. Alguns cases de uso bem sucedido das redes
sociais exemplificam bem essas possibilidades. eO mais famoso deles foi o
das eleições presidenciais americanas. O então candidato Barack Obama
conseguiu arrecadar US$ 320 milhões em doações graças à iniciativa de fazer
uso das ferramentas sociais na campanha política. Outro caso citado por Kiso
aconteceu no Irã, também em período de eleição presidencial, quando o
governo fechou todos os jornais, televisões e rádios do país. E o mundo só
soube das fraudes que ocorreram durante as eleições graças ao Twitter,
ferramenta utilizada pelo povo iraniano para se comunicar com o mundo e
denunciar as arbitrariedades.
Deve-se também prestar atenção que o potencial financeiro das redes
32sociais vai além do lucro. Segundo Kiso, as empresas despreocupadas com as
experiências dos consumidores podem sofrer graves prejuízos via internet. O
caso emblemático é o do músico Dave Carrol, que durante um vôo pela United
Airlines teve seu violão danificado. Carrol tentou reclamar o prejuízo, mas
ninguém da empresa deu atenção. O resultado foi um prejuízo de US$ 180
milhões em suas ações, que caíram após a disseminação de um vídeo via
Youtube em que Carrol cantava uma música reclamando da desatenção da
empresa. O vídeo teve seis milhões de acessos.
“Para inovar de verdade e lucrar com isso é preciso olhar para as
experiências do consumidor” (KISO, 2009). E continua: “Levar isso em
consideração é agregar valor à empresa, é evoluir contando com a ajuda do
consumidor, que aponta os problemas e onde as empresas devem agir para
saná-los” (Idem). De acordo com o especialista, essa contribuição pode ser
alcançada por meio das redes sociais, que se tornam ambientes de
experiências e conseqüentemente importantes ferramentas de medição da
satisfação do público.
Kiso ressalta que nenhum resultado será alcançado sem a estruturação
física e cultural da empresa para ingressar no mundo virtual e obter resultados
positivos. “É preciso treinar a equipe para estar preparada para absorver o que
vale a pena e responder em tempo real de forma acertada”.
3.3 - O uso interno das redes sociais nas empresas
Muitas empresas tem receio de utilizar redes sociais internamente
alegando que haverá queda na produtividade de seus funcionários. Isso prova,
como sempre, que as pessoas preocupam-se mais em identificar os problemas
do que em enxergar as oportunidades presentes em certas decisões. Esse tipo
de pensamento focado apenas no problema faz com que as empresas
substimem a capacidade criativa, de mobilização e criatividade coletiva das
pessoas dentro das empresas.
Segundo Marcelo Bastos, “a realidade das empresas mudou. A
33competição é muito maior do que no século passado e isso faz com que a
inovação seja a principal competência a ser desenvolvida pelas empresas.
Inovação que deve vir de todos os lugares da empresa. A empresa deve
buscar conhecimento onde quer que ele esteja.”
Bastos cita uma pesquisa que a IBM faz regularmente, chamada “CEO
study - The enterprise of the future”, na qual o consultor Mauro Segura, revela
que o estudo apontou 5 tendências: - As empresas serão ávidas por mudança;
- Inovação de fora para dentro; - Empresas globalmente integradas; -
Disruptivas por natureza; - Pensam na sustentabilidade e no longo prazo;
Diante desse cenário, as empresas devem basear suas ações no
desenvolvimento do seu capital intelectual a fim de criar uma cultura de
inovação em que todos sintam que são livres para expor suas idéias. Para isso,
é preciso dar voz as conversas existentes dentro das organizações. Nesse
sentido, as redes sociais são ótimas ferramentas para criar esse ambiente de
conversas dentro das empresas, pois elas aproximam as pessoas e facilitam a
conexão entre pessoas com interesses comuns e que poderiam compartilhar
ideias.
Nesse sentido, Segura, o consultor da IBM, citado por Bastos, apresenta
as 10 razões para se adotar redes sociais dentro das empresas:
- Acesso rápido e fácil ao conhecimento: com as ferramentas atualmente
existentes, é muito fácil criar um ambiente onde as pessoas possam discutir,
apresentar suas idéias e registra-las para outras pessoas consultarem.
- O ser humano adora redes sociais: especialmente os brasileiros, uma
vez que mais de 80% dos brasileiros, que se conectam a Internet, participam
de algum tipo de rede social. Brasileiro gosta de conversar;
- A inovação aparece: o ambiente das redes sociais facilita o surgimento
da diversidade de perspectivas e opiniões, condição essencial para surgimento
da inovação;
- Quebra da barreira geográfica: você pode conversar com qualquer
pessoa independente da localização geográfica em que ela esteja;
34- Quebra da barreira hierárquica: talvez seja esse o maior temor de quem
está no comando das empresas. Não existem escadinhas que devem ser
escaladas para que as informações e as opiniões cheguem ao alto escalão da
empresa. Isso é irreversível e incontrolável;
- Comunicação direta sem intermediários: comunicação sem filtros. Não
existe mais aquela de que “Quem conta um conto aumenta um ponto”;
- Identidade pessoal: nas redes sociais, você tem a oportunidade de
mostrar quem você é. Você pode expressar suas opiniões e suas crenças;
- Referências: é uma oportunidade de criar um grande conjunto de
referências para posteriores consultas;
- Política de portas abertas: deixe a comunicação fluir livremente e você
se surpreenderá com a capacidade de criar coletivamente de seus
funcionários;
- Tecnologia simples e fácil: não é preciso ser um expert em tecnologia ou
em construção de sites para você montar sua rede social. Existem ferramentas
que auxiliam qualquer pessoa na criação de um blog, por exemplo.
Adotar redes sociais dentro das empresas potencializa a geração de
inteligência coletiva dentro das empresas, além de descobrir pessoas
talentosas, que ficam escondidas, às vezes numa outra função que não é de
destaque, além de facilitar na identificação dos agentes de mudança dentro da
empresa e que podem influenciar outras pessoas a se tornarem inovadoras.
Aliás, o analista da IBM, Segura, também apresentou o resultado de um estudo
da universidade de Melbourne de que funcionários que utilizam redes sociais
são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam.
3.4 - O e-mail marketing x as redes sociais
35Pensemos numa mala-direta, um componente bastante usado dentro do
plano de comunicação de muitas pequenas empresas: os consumidores
recebem, diariamente, uma quantidade muito grande de malas-diretas, mas
consideram grande parte desnecessárias, dispensáveis e até mesmo “lixo” –
que acaba sendo o destino da maioria.
Através do marketing de permissão, conceitualmente, o cliente escolhe
apenas aquele tipo de comunicação que considere útil – e, desta forma, o
investimento na mala-direta não acabaria no lixo, pois presume-se que o cliente
irá se interessar pela correspondência. Quando o Banco do Brasil começou a
oferecer ações da Petrobrás com o dinheiro do FGTS, ao invés de utilizar as
tradicionais 3 milhões de malas-diretas reduziu o número para 650.000 clientes
selecionados dentro de sete grandes grupos (formados através da
segmentação de acordo com seu perfil). Como resultado, o Banco conseguiu
vender as ações da estatal para 70% dos que receberam a proposta.
Desta premissa simples (mala-direta segmentada de acordo com o perfil
e a permissão do cliente) nasce o conceito do “e-mail marketing”. A utilização
do e-mail como via de comunicação direta entre a empresa e seu cliente
oferece inúmeros recursos ao empresário: o custo de um e-mail é praticamente
zero quando comparado ao envio de malas-diretas, além de ser mais rápido e
oferecer a possibilidade de criar uma comunicação mais atrativa (não há
preocupação em utilizar imagens com menos cores para reduzir o custo da
impressão, é possível inserir animações e sons à correspondência, etc).
Há restrições, entretanto, no momento da adoção do e-mail marketing:
basta ver a repulsa demonstrada por muitos internautas em relação aos
“spams” (termo que indica e-mails não solicitados, indesejados, que acabam
sobrecarregando de mensagens as pessoas que usam muito o e-mail). O
tempo é um bem cada dia mais escasso na vida de todos – portanto, fazer o
seu cliente perder tempo é uma péssima idéia. É exatamente isso que muitas
empresas fazem ao adotar o e-mail marketing sem critérios – e elas certamente
pagam o preço disso: ao invés de fidelizar os clientes, eles acabam com raiva
da empresa e jamais voltarão a querer fazer negócios com ela.
36 Pesquisa realizada pelo IMT Strategies, consultoria especializada em
marketing e novas tecnologias, indica que 77% das pessoas que recebem e-
mails não solicitados (spam) apagam a mensagem sem abri-la; em
contrapartida, para 48% há grande interesse em ler as mensagens solicitadas –
aquelas mensagens que têm a permissão do leitor/cliente para serem
enviadas.
Esses números comprovam que não adianta mais investir em listas de e-
mail atualizadas, compradas em fontes secundárias. É possível, hoje, ter
acesso a sites que “vendem” cadastros de e-mails dos mais diversificados.
Numa rápida pesquisa pela internet, podem-se comprar até 30 milhões de e-
mails, com preços que vão de 20 a 500 reais – entretanto, estes e-mails são
obtidos das mais variadas fontes (algumas ilícitas) e de forma aleatória, não
servindo, portanto, como base de dados confiável. Além disso, como a
pesquisa mencionada demonstrou, o consumidor não quer receber e-mails
indesejados.
É preciso haver contato direto com o consumidor, ele precisa conhecer
sua empresa, gostar do que ela tem a oferecer e concordar com o envio de
notícias e informações por e-mail. E, para que o consumidor goste do que sua
empresa tem a lhe oferecer é necessário investir em diferenciação da
concorrência. É possível fidelizar o cliente, mas é necessário muito
investimento nisso - e esse investimento não é, necessariamente, financeiro.
As pequenas empresas podem – e devem – aproveitar ao máximo as
reduções nos custos propiciadas pela comunicação via Internet, mas devem
estar sempre atentas para que não desrespeitem seu cliente. Poderão, desta
maneira, dar o primeiro passo para construir um bom relacionamento com seus
clientes, principalmente através das redes sociais, como sugere essa pesquisa
e como será comentado mais adiante.
O e-mail marketing é uma ferramenta extremamente mensurável. A
empresa produz a informação, define a lista para disparos do e-mail e envia a
mensagem, mede o número de cliques e consegue ver quantos interagiram
com sua marca. Porém, não se tem acesso ao perfil comportamental; isto é
37possível apenas nas redes sociais. Diferentemente do email marketing, a
coleta de informações sobre o que pensam de sua empresa, produto e serviço
é reativa. Você não emite, você recebe, desde que esteja disposto a abrir um
canal, no qual o fluxo de informações seja transparente.
Esse é mais um motivo que demonstra que as mídias sociais são
oportunidades de ouro para as empresas saberem o que fazer para seguir os
rumos atentas ao que seu consumidor anseia.
No entanto, há opção de integrar as ações de e-mail marketing a uma
rede social, potencializando a comunicação, como o twitter, por exemplo.
Poder acompanhar a geração e projeção de uma campanha ou um serviço,
através dessa integração com seguidores, é uma opção fantástica. As mídias
sociais oferecem inúmeros recursos e cabe a nós saber como aproveitá-los.
Podemos descobrir opiniões e sugestões altamente relevantes para uma ação
digital, seja ela qual for, se utilizarmos uma pesquisa eficiente. Se for uma ação
por e-mail marketing, pode-se direcioná-la para um grupo formador de uma
mesma opinião, identificado através das redes sociais. Pode-se mensurar,
analisar a receptividade, descobrir a proveniência dos acessos e, ainda, ir ao
encontro do que esse destinatário expôs em rede pública. Ao medir a eficiência
de sua ação, é mais provável fidelizar o cliente. E essa ação tem um efeito
cíclico.
Apesar do uso do e-mail marketing e da sugestão para integrá-lo a uma
rede social. Atualmente, a adesão a uma comunicação via redes sociais se
mostra imprescindível, na medida em que se vislumbra a ideia de que o e-mail
pode se tornar obsoleto. Hoje, ainda não conseguimos imaginar nossa vida
sem e-mail, mas pesquisadores da Universidade de Kent, na Inglaterra,
prevêem que o e-mail vai deixar de existir em dez anos, sendo substituido por
outras ferramentas online, como o MSN, Facebook, Orkut e Twitter.
E essa transformação de comportamento parece já ter começado, pelo
menos entre os jovens. A pesquisa, que foi financiada pela empresa de internet
TalkTalk, mostrou que somente 51% dos jovens britânicos ainda usam e-mail
com freqüência. Muitos jovens consideram a ferramenta ultrapassada, fora de
38moda e dirigida às pessoas mais velhas. O estudo indicou que 98% das
pessoas com mais de 65 anos de idade e 96% dos internautas com idades
entre 45 e 64 anos ainda usam esse tipo de serviço.
O porta-voz da Talk-Talk, Mark Schmid, acredita que cada vez mais
pessoas querem mandar mensagens rápidas e curtas que cheguem a várias
pessoas de uma vez só. “O e-mail é o modo de comunicação dominante há
cerca de 20 anos, mas isso não significa que vai ser sempre assim”.
Esse é um dado relevante que deve ser levado em consideração pelas
micro e pequenas empresas na hora de construir seu processo de
comunicação.
Um outro estudo, conduzido pela consultoria Watson Wyatt, consolida a
ideia de que as redes sociais são muito mais abrangentes do que o uso em
propaganda e promoções. De acordo com a pesquisa Communication ROI,
65% das empresas planejam utilizá-las para melhorar seus processos internos
de comunicação já em 2010.
O levantamento foi feito com 328 companhias de vários países e os
resultados mostram que as empresas estão em pleno processo de melhorias
de suas plataformas eletrônicas de comunicação. Cerca de 78% delas
melhoraram suas infraestruturas nos últimos 24 meses, 55% implantaram
programas de comunicação face-to-face e 48% buscaram formas de diminuir
os memorandos e relatórios impressos.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, é natural que essas
companhias procurassem inovações ainda maiores para redefinir a forma como
se comunicam internamente. Para Kathryn Yates, consultora da Watson Wyatt,
os empregados mostram necessidades novas de adequar suas agendas e
afazeres de acordo com as mudanças rápidas de mercado e as empresas
estão explorando as redes sociais como uma nova fronteira nesse sentido.
Nesse retrato atual, os meios internos de comunicação permanecem
mais populares. As reuniões de grupo são preferidas para 73% e outros 43%
ainda preferem a intranet do jeito que está.
39Atualmente, vivemos uma fase intermediária entre as antigas
plataformas de comunicação interna e as novas, baseadas nas novas mídias.
Embora haja muito interesse e isso deva se consolidar, por enquanto há
desafios a serem resolvidos. Muitos pesquisados apontam dificuldades na
implementação dessas novas mídias. Há problemas técnicos ou de usabilidade
para 36%, outros 40% reclamam de falta de conhecimento sobre os tópicos e
45% das empresas sentem falta de participação maior dos funcionários nas
mídias sociais implantadas internamente.
3.5 - As potencialidades das redes sociais
Quando o assunto é rede social, não há quem não se lembre do Orkut.
Não é para menos. Hoje, cerca de 20 milhões de internautas brasileiros entram
nesse site de relacionamento para deixar recados, reencontrar amigos e
participar de comunidades, inclusive aquelas onde os internautas expressam
suas opiniões sobre produtos e serviços.
Usadas a princípio para o lazer, as redes sociais começam aos poucos
a discutir assuntos mais sérios. Há sites de relacionamento que apostam numa
proposta diferente e servem de interface para a conversa entre empresário e
fornecedor, parceiros e clientes. Ou até mesmo prospectar novos profissionais.
“As redes sociais servem como um instrumento muito positivo para interagir
com seus contatos. Em alguns casos, é possível criar ações de marketing
específicas para esse público”, afirma Marcelo Sant’Iago, diretor de novos
negócios da MídiaClick, agência especializada em marketing digital.
Vivemos na era do conhecimento. A quantidade de conhecimento
disponível atualmente ultrapassou de longe a barreira do assimilável em uma
vida inteira e, por esse motivo, o formato do conhecimento passa a ter tanta
relevância quanto o conhecimento em si. Não é à toa que o design e os lay-
outs vêm se tornando ativos intangíveis diferenciais de valor absurdo para
empresas, produtos e serviços.
40Charlene Li, a autora do aclamado “Groundswell: fenômenos sociais nos
negócios – vença em um mundo transformado pelas redes sociais” é expert em
estratégias digitais. A frente do Altimer Group, Charlene Li fareja tendências e
as coloca na direção dos objetivos corporativos. Aqui apresentamos dez
dessas tendências:
1. Todo funcionário poderá ser um profissional de marketing – todos na
empresa usarão as ferramentas de marketing social para construir uma marca
e criar visibilidade.
2. Todos poderão ser um canal de marketing – os bloggers só têm de ter
a audiência certa e captar os corações de outras pessoas.
3. A mídia social será como o ar – estará em todo lugar e com todo
mundo, pois compartilhar informações será um hábito natural.
4. O microblogging será como o ar – integrado coerentemente à web, já
está presente em aplicações diversas. As pequenas pílulas de informação têm
se tornado disponíveis onde quer que sejam necessárias, daí o sucesso do
Twitter.
5. Consumidores terão mais poder e influenciarão diretamente os
resultados de buscas por meio do Twitter, ainda que sua empresa não esteja
no Twitter – os consumidores, usando plataformas móveis, podem fazer links
para conteúdos e influenciar resultados de busca, podendo colocar no topo dos
resultados um simples tweet.
6. Concorrentes influenciarão os resultados de buscas – como no caso
dos consumidores.
7. Os sistemas de buscam excluirão mensagens irrelevantes que ninguém
vê – os especialistas em marketing de busca verão que bombardear o
Facebook ou o Twitter com mensagens de marketing não será eficaz.
8. Os resultados de busca serão baseados em: informações em tempo
real sobre o que os usuários do Twitter estão dizendo; preferência por links e
URLs que são “twitados” por pessoas com mais seguidores ou autoridade;
localização geográfica dos tweets; amigos do usuário (o Google já sinalizou
41que fornecerá informação baseado no gráfico social das pessoas, por meio do
Google Profile).
9. O Google passará a organizar as informações de comportamento dos
usuários (o que as pessoas buscam, quem elas conhecem e o que fazem) e a
dar sentido a elas. Já possuindo relações de longo prazo com agências,
marcas e profissionais de marketing, o Google será o destino natural de
anunciantes e de oportunidades de marketing em torno de dados sociais, mais
do que os novos participantes desse mercado.
10. As pessoas continuarão a usar o Google, apesar das preocupações
com privacidade – os benefícios para o usuário comum superarão os pontos
negativos, seja por confiar no Google ou por estar disposto a desistir do
controle em troca de conveniência (um frete grátis, por exemplo).
De acordo com Charlene Li, as empresas precisarão ter uma estratégia
para a micromídia – uma “microestratégia”. Com esse objetivo, terão de
desenvolver uma estratégia de escuta, de modo a estarem aptas a identificar
rapidamente faíscas e a reagir e corrigir informações errôneas.
Outra mudança fundamental envolve o pensamento de marketing. Será
preciso encorajar as pessoas a compartilhar. Os e-mails marketing, por
exemplo, deverão ser facilmente adicionados ao Facebook, ao Twitter e a
outros sites sociais, como foi comentado anteriormente.
Como os sistemas de busca mostrarão resultados baseados em
autoridade e não no ranking de páginas, será preciso o dobro de esforços
sobre a construção de relações. As empresas terão de fomentar discussões no
Twitter, já que ele impactará as páginas de resultados. “Leva tempo construir
relações que evoluam para conversas públicas. Então, comece já”, aconselha
Charlene Li
A especialista ainda alerta que “as pessoas estão colocando as
tecnologias à frente dos objetivos de negócios, mas primeiro teriam de definir o
que querem conquistar, para depois tratar da tecnologia necessária”.
Ela também destaca que líderes que almejem o sucesso precisam
42compreender a necessidade de transparência na comunicação e abrir mão de
ter controle. Os profissionais de marketing, segundo ela, demonstram desejo
de fazer o tempo voltar a uma era em que sentiam como se estivessem no
controle, na qual podiam escolher quando se envolver com os clientes ou
deixá-los de I quando não diziam o que a empresa quisesse ouvir. “Mesmo
então, eles não estavam no controle, apenas pensavam estar”, pondera ela.
De acordo com Charlene, não há consolo possível para quem ainda
deseja controlar comentários negativos. “Quando um profissional de marketing
aborda seus consumidores pensando que é uma batalha controlá-los, está
claro quem vencerá. O cliente, não o profissional de marketing, porque não há
como realmente controlar os clientes. Quem nesse mundo quer receber
mensagens e ser controlado, ainda que seja pela melhor das marcas?”
A recomendação da analista é construir uma relação real com os
consumidores, baseada em confiança e diálogo. “Ou contratar um consultor
que prometa lhe devolver o controle. Difícil será fazê-lo entregar a promessa”.
Concluindo, percebemos que o uso da Internet, não só deve ser
utilizado pelas pequenas empresas, como deve ter uma postura de canal
multimídia, onde os relacionamentos com o mercado consumidor serão
privilegiados. Relacionamentos, que hoje são a tônica do marketing, baseados
em uma interatividade completa.
43
CONCLUSÃO
De acordo com a nossa pesquisa, hoje em dia, para a micro e pequena
empresa manter uma comunicação com todos seus stakehoders (público-alvo),
seja ele interno ou externo, é necessário utilizar as ferramentas disponíveis nas
redes sociais. Sem sombra de dúvida, é a maneira mais fácil e de custo quase
zero (tendo em vista que qualquer empresa terá que ter hoje, pelo menos, um
computador e acesso a internet).
No entanto, como também apontamos, as ofertas e possibilidades são
inúmeras, dificultando a visibilidade sobre qual o melhor caminho e a melhor
atuação.
Por conta da realidade da redes sociais, o mercado gerou novos
profissionais, especializados na utilização e alimentação das redes sociais.
Assim como surge empresas de pequeno porte, como as produtoras de web,
que além da criaçao e desenvolvimento de sites oferecem serviços de inserção
e manutenção de seus clientes nas redes sociais. Nessas empresas,
encontramos profissionais, tais como Analista de Redes Sociais, uma pessoa
responsável pela avaliação da repercussão e propagação das mensagens na
internet sobre a empresa/cliente.
O assunto rede social é tão importante e vultuoso que já existe uma
associação mundial denominada WMMA (Word of Mouth Marketing
Association) criada para cuidar especificamente dos negócios das mídias
sociais.
A comunicação através das redes sociais é mais do que possivel e
eficiente, principalmente pela sua bililateralidade e, abrem uma imensa vertente
de oportunidades para as micro e pequenas empresas que podem criar um
enorme ambiente de relacionamento com fim comercial instucional infinito.
O marketing em redes sociais já é um fato. Agora é preciso avançar em
melhores práticas, encontrando métodos e processos para potencializar as
ações no ambiente virtual. Inúmeros desafios estão sendo enfrentados pelas
44empresas, que deverão implantar formas de mensurar as relações complexas
que envolvem inúmeros atores sociais ao mesmo tempo.
Porém, mais importante que se adequar às novas exigências dos
ambientes virtuais, é não negligenciar o poder das redes sociais. Para isso, é
imprescindível pesquisar o público-alvo, investir em meios que proporcionem
continuidade da mensagem, estudar e testar novas formas de interação de
conteúdos, fazer mensuração de resultados e customizar suas ações de
comunicação
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS
49
Anexo 1
Exemplos de sites de redes sociais:
Emprelinkewww.emprelink.com.bre
CARACTERÍSTICAS: ao se cadastrar, cada empresa cria a sua página
e pode colocar vários funcionários para fazer o papel de interlocutor com
parceiros, fornecedores e seus contatos em uma rede de, atualmente, cerca de
450 empresas. As empresas podem receber notas que atestem sua
competência no mercado pelos integrantes da sua rede. Além disso, pode criar
ou participar de comunidades on-line para troca de experiência e solução de
dúvidas. Há ainda a possibilidade de se cadastrar para vender produtos, mas
não há transação pela rede.e
PREÇO: há três categorias: o básico (gratuito), o premium (R$ 148 ao
ano) e o gold (R$ 268 ao ano). Quem paga mais aparece no topo da lista
quando um interessado faz uma pesquisa.
e
Facebookewww.facebook.come
CARACTERÍSTICAS: é uma das redes sociais que mais crescem.
Segundo informações da ComScore, o Facebook tem em média 125 milhões
de acessos no mês, contra 115 milhões do MySpace (a rede concorrente). No
Brasil, a participação do Facebook ainda é pequena, com cerca de 130.000
usuários contra 27 milhões do Orkut, do Google. Você se cadastra como
pessoa física, mas o site tem uma área dedicada a negócios. Ali dá para fazer
enquetes junto à comunidade ou para mandar mensagens específicas,
divididas por sexo, idade, etc. O Facebook permite receber retorno direto de
seus clientes quanto a serviços ou produtos. O site gera estatísticas completas
de audiência na página da empresa.ePREÇO: gratuito.
KickStartehttp://kickstart.yahoo.come
50CARACTERÍSTICAS: a nova rede do Yahoo! É uma opção para as
empresas que procuram estudantes e recém-formados para integrar suas
equipes. Eles entram no site e cada um monta o seu perfil, formando um
grande banco de currículo. O mecanismo utilizado por esta rede é o de
indicações, já que interliga estudantes por instituições de ensino e preferências
de empresas. Assim, se um estudante faz o seu perfil e diz ser aluno de uma
determinada faculdade, um professor da instituição valida a informação. Como
é uma rede nova, conta com poucos brasileiros inscritos.ePREÇO: gratuito.
LinkedInewww.linkedin.come
CARACTERÍSTICAS: é uma das redes profissionais mais famosas
existentes na internet. Em inglês, cria uma conexão entre profissionais de
diversos ramos de atividade. Em geral, é usado como um canal para promover
trabalhos autônomos ou contratar profissionais com experiência no mercado.
Ao criar a página, o usuário coloca uma espécie de currículo com fotos, links
para alguns de seus trabalhos e também uma lista de competências. No caso
do empresário, dá para explicar o que a empresa faz, quais são seus produtos,
qual é o perfil do funcionário, entre outras características. Há um mecanismo
de inclusão de vagas de trabalho. No entanto, paga-se cerca de R$ 400 por
anúncio publicado na rede.ePREÇO: gratuito.
Twitterewww.twitter.come
CARACTERÍSTICAS: é uma rede social bem diferente das tradicionais.
Você cria uma página pessoal ou para a sua empresa. A partir daí, monta sua
rede de relacionamentos anexando perfis. Ao contrário das outras redes
sociais, como o Orkut e o Facebook, o Twitter não cria comunidades nem exige
a aprovação de amizades. Assim, se você anexar uma pessoa que pode ser
um potencial cliente, não precisará do seu ok para mandar-lhe mensagens.
Quando você escrever um texto, ele aparecerá na sua página, na de todos os
seus seguidores e também nos celulares daqueles que cadastraram seus
números para recebimento de torpedos. As mensagens são concisas. A idéia é
51misturar informações curtas, como em textos de celular, pensamentos diversos,
como em blogs, e até uma dose de bate-papo, como em mensageiros
instantâneos tipo Messenger. Você segue diversos usuários e é seguido por
eles. Pode ser usado na divulgação de novos produtos, em ofertas de preço e
até para conhecer parceiros e fornecedores.ePREÇO: gratuito.
Via 6ewww.via6.com.bre
CARACTERÍSTICAS: comparado a uma versão nacional do LinkedIn, o
site conta com mais de 260.000 usuários e cerca de 42.000 empresas, que se
espalham por mais de 6.000 comunidades. O portal agrupa os usuários com
interesses compatíveis para estimular o relacionamento entre eles. Se o seu
negócio é vender flores, pode entrar para uma comunidade de eventos, por
exemplo. Mas você não fecha negócios via internet. Cada empresa possui um
perfil com informações e responsáveis pelos grupos, que podem ser
contatados diretamente a partir de seus perfis.ePREÇO: gratuito.
Xingewww.xing.come
CARACTERÍSTICAS: concorrente direto do LinkedIn, o site oferece dois
modelos de cadastro, um básico e outro pago via mensalidade (que dá direito a
áreas específicas do site e a recursos como busca de profissionais por
qualificação, por exemplo). Além das comunidades, que integram profissionais
de diversos setores e empresários, o site possui uma área de transações
comerciais. Mediante o pagamento de uma tarifa, permite anunciar vagas de
emprego e encontrar profissionais de diferentes especificações.e
PREÇO: categoria básico (gratuito) e pacote a partir de R$ 150 por ano.
Anexo 2
52Formulário enviado para várias listas de e-mails corporativos de diversas
empresas que atuam no Estado do Rio de Janeiro. Aplicado em pesquisa feita,
via email, no período de dezembro de 2009 a fevereiro de 2010. As respostas
apresentadas se baseiam no resumo das respostas recebidas.
FORMULÁRIO 1. Voce conhece as Redes Sociais?
R. A maioria diz conhecer as redes socias.
2. Você utiliza algum tipo de Rede Social no seu dia-a-dia da empresa?
R. A grande maioria utiliza o ORKUT, tendendo mais para a vida social do que
empresarial. Em segundo lugar, aparece o Facebook e este apresentou maior
índice de uso corporativo.
3. Qual das Redes Sociais é mais eficiente no seu negócio?
R. O estudo mostrou que os entrevistados não têm conhecimento de todas as
redes sociais e seus diferencias, portanto não souberam definir qual seria a
mais eficiente. Os entrevistados também não fazem uso de análises que
demonstrem os resultados direta ou inderetamente no negócio com o uso das
redes
53
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO 10
1.1 – Linguagem, cultura e tecnologia 10 1.2 – Breve histórico da Comunicação Empresarial 13
CAPÍTULO II A COMUNICAÇÃO NA ERA DA INTERNET 20
2.1 – Um novo dispositivo de comunicação: a Internet 20 2.2 – A Web 2.0 e a Interatividade 23 2.3 – O Atual Ambiente de Rede 23
CAPÍTULO III AS REDES SOCIAIS 25
3.1 – A questão de comunicação na rede 25 3.2 – Redes sociais 29 3.3 – O uso interno das redes sociais nas empresas 32 3.4 – O e-mail marketing x as redes sociais 35 3.5 – As potencialidades das redes sociais 39
CONCLUSÃO 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45 ANEXOS 49
Anexo 1 49 Anexo 2 52
ÍNDICE 53