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Página 1 19/5/2009 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS Por: Regina Célia Israel Moça Orientador Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2009

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Página 1 19/5/2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES

ESPECIAIS

Por: Regina Célia Israel Moça

Orientador

Prof. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES

ESPECIAIS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Arteterapia em

Educação e Saúde.

Por: Regina Célia Israel Moça

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AGRADECIMENTOS

Agradeço as pessoas que deram-me

força para fazer este curso, que está

sendo muito importante para meu

enriquecimento profissional. Em

especial ao meu marido Fernando e a

minha amiga Denise.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os

profissionais que trabalham com pessoas

com necessidades especiais e que como

eu, sentem uma enorme satisfação com o

progresso das mesmas. Á todos vocês:

Parabéns pela DEDICAÇÃO!

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RESUMO

Pesquisar o fator de maior importância ou maior relevância para

progresso de pacientes com necessidades especiais.

Alguns fatores parecem óbvios, como por exemplo, o apoio da família,

um tratamento correto, ou mesmo, o esforço do paciente, e é claro, podem até

ser mesmo os fatores mais importantes, mas, como explicar pessoas que nem

família possuem, que fazem um tratamento precário, ou mesmo pessoas que

não aceitam sua condição, e ainda assim, apresentam progresso? Seria algum

tipo de revolta? Alguma outra motivação?

As pessoas reagem de formas diferentes a situações e condições

iguais ou parecidas. Por isso, com ajuda de profissionais que trabalham com

pessoas com necessidades especiais, vou pesquisar, junto aos mesmos, o

grau de importância de alguns fatores que possam contribuir para o progresso

clínico dessas pessoas, e, quem sabe, assim, ter um direcionamento para o

tratamento desses pacientes.

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METODOLOGIA

Nesta pesquisa, a principal fonte para estudo foi a pesquisa de campo.

Na parte inicial do trabalho a leitura de livros, reportagens em jornais e

revistas e pesquisas na internet, muito contribuíram para elaboração do

trabalho. A composição de idéias, a definição de termos técnicos, foi possível,

somente, com consultas a fontes bibliográficas. Mas, a pesquisa de campo,

torna-se a principal fonte de consulta, porque foi dela que saiu a resposta do

problema.

Muito importante também foi à colaboração dos profissionais que

trabalham com pessoas com necessidades especiais e que responderam ao

questionário e deram relatos sobre o progresso de alguns pacientes.

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SUMÁRIO

Introdução

Capítulo 1 – Pessoas com necessidades especiais

Capítulo 2 - Tratamento

Capítulo 3 - Inclusão

Conclusão

Anexos

Bibliografia

Atividades Culturais

Índice

Folha de Avaliação

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1- Introdução

Não faz muito tempo em que pessoas com necessidades especiais

eram vistas como uma aberração da natureza, sendo olhadas com horror e

desprezo, como se contagiosas fossem.

Após o acontecimento das duas guerras mundiais, com o aumento de

casos de pessoas portadoras de deficiência, em especial na parte de

locomoção, audição e visão, é que se deu um avanço no tratamento e

aceitação de pessoas com necessidades especiais, afinal de contas tratavam-

se de heróis de guerra, pessoas já consideradas especiais.

Não temos guerras explicitas, em compensação, os acidentes de

trânsito, à carência alimentar e a falta de condições de higiene resultam em

uma estatística preocupante: dez por cento da população com deficiência.

Tratamentos e profissionais adequados são um problema para

portadores de deficiência e seus familiares. Atualmente temos mais recursos,

mais locais de tratamento, leis que protegem os portadores de deficiência (nem

sempre cumpridas), mas que de certa forma protegem e amparam os mesmos.

Mas, ainda assim, mesmo o quadro de assistência, a estas pessoas especiais,

ter melhorado bastante, está longe do ideal, ou melhor, do básico,

principalmente na parte de locomoção (barreiras arquitetônicas), transporte

(falta de adaptação de ônibus e outros veículos), educação (falta de

professores capacitados), lazer (falta de estrutura em cinemas, teatros,

museus, estádios, etc.).

A educação está começando a melhorar. Já não se tem tanto

preconceito como há algum tempo atrás, mas como anteriormente

mencionado, faltam profissionais capacitados.

Na parte profissional, houve um grande avanço, as empresas possuem

uma cota para empregar pessoas com necessidades especiais, dependendo

do número de funcionários. Hoje podemos ver nos classificados de empregos

em jornais, internet, etc, oportunidade para pessoas portadoras de vários tipos

de deficiência: visual, auditiva, síndrome de down, etc. Podemos ver com

freqüência portadora de síndrome de down em supermercados (super

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simpáticos e felizes, por sinal), empacotando produtos ou fazendo outro tipo de

atendimento.

Nos concursos públicos também há uma cota de vagas para pessoas

com necessidades especiais e todo um aparato para a realização de provas. O

que falta mesmo são pessoas preparadas para o mercado de trabalho.

Existem empresas que tem no seu quadro de vagas oportunidades para essas

pessoas especiais e que não conseguem preenchê-las por falta de pessoal

preparado.

Atualmente, embora enfrentando vários problemas, como vimos acima,

os portadores de necessidades especiais, são tratados com mais naturalidade.

Quem sabe, um dia, serão tratados como pessoas normais que requerem,

apenas, um tratamento especial.

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2 - CAPÍTULO I - PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Existem diversas nomenclaturas nacionais e estrangeiras, para se

referir a este grupo de pessoas. Vejamos algumas: indivíduos de capacidade

limitada, minorados, impedidos, descapacitados, excepcionais, minusválidos,

disable person, handicacpped person, unusual person, especial person,

inválidos, deficientes (a mais usada) e a empregada atualmente: pessoas com

necessidades especiais.

Podemos dar diversas definições para o verbete “deficientes”, mas

vamos dar a definição de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira: deficiente =

falto, falho,carente: incompleto, imperfeito.

Podemos perceber que este verbete empregado sozinho dá a idéia de

falha, de falta de alguma coisa.

2.1 - Tipos de Deficiência

Para quem lida com portadores de necessidades especiais, será

importante saber o significado de algumas palavras, bem como o nome dado

para alguns tipos de deficiências:

Afasia - perda da capacidade de usar ou de compreender a linguagem

oral. Esta usualmente associada com um traumatismo ou anormalidade do

sistema nervoso central. Utilizam-se várias classificações tais como: afasia

expressiva e receptiva, congênita e adquirida.

Afetividade - área das emoções e dos sentimentos relacionados com

as modificações do vivido corporal e com o meio.

Agrafia - impossibilidade de escrever e reproduzir os seus

pensamentos por escrito.

Agnósia - etimologicamente, falta de conhecimento. Impossibilidade de

obter informações através de um dos canais de recepção dos sentimentos

embora o órgão do sentido não esteja afetado. Ex.: agnosia auditiva é a

incapacidade de reconhecer ou interpretar um som mesmo quando é ouvido.

Assim um indivíduo pode ouvir mas não reconhecer a campainha do telefone.

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No campo médico está associada com uma deficiência neurológica do sistema

nervoso central

Alexia - perda da capacidade de leitura de letras manuscritas ou

impressas.

Aneural - classifica-se aneural uma função que não é condicionada

pelo sistema nervoso, em particular entre as que, como funções motoras são

habitualmente registradas por ações nervosas. As primeiras manifestações da

motilidade fetal são aneurais.

Angiomatose encefalotrigeminal (ou Síndrome de Sturgeweber) -

Caracteriza-se por uma angiomatose cutânea, ao lado de manifestações

oculares e centrais e de sinais radiológicos.

Angiomatose retinocerebelosa (ou Síndrome de Hipper-Lindau) - se

caracteriza pela presença de uma angiomatose retiniana, geralmente

unilateral, por uma angiomatose do cérebro, que produz sintomatologia

cerebelar e, às vezes, por sinais de hipertensão intracraniana.

Anomia - impossibilidade de designar ou lembrar de palavras ou nome

de objetos.

Anoxia - diminuição da quantidade de oxigênio existente no sangue.

Apnéia - paragem voluntária dos movimentos respiratórios; retenção da

respiração.

Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na realização de

movimentos com uma finalidade (movimentos voluntários). Ex: uma pessoa

que não pode realizar os movimentos necessários, apesar de conhecer a

palavra e não ter qualquer paralisia.

Ataxia - dificuldade de equilíbrio de coordenação dos movimentos

voluntários.

Atetóstico - indivíduo afetado por uma forma de paralisia cerebral

caracterizada por lentidão e repetição dos movimentos dos braços e das

pernas, associados a adiadocoinesias, dismetrias, sincinesias e mímicas

faciais inexpressivas.

Atonia - inexistência de tonicidade.

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Autismo - crianças que tem inaptidão para estabelecer relações

normais com o outro; um atraso na aquisição da linguagem e, quando ela se

desenvolve, uma incapacidade de lhe dar um valor de comunicação. Essas

crianças apresentam igualmente estereotipias gestuais, uma necessidade

imperiosa de manter imutável seu material, ainda que dêem provas de uma

memória freqüentemente notável.

Catatonia - síndrome complexa em que o indivíduo se mantêm numa

dada posição ou continua sempre o mesmo gesto sem parar. Persistência de

atitudes corporais, sem sinais de fadiga.

Cenestesia - impressão geral resultante de um conjunto de sensações

internas caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.

Cinestesia - sensações internas (dos músculos, dos ligamentos) que

informam sobre os deslocamentos no espaço dos diferentes elementos

corporais.

Clônico - estado que se segue à contração muscular tônica (espasmo)

na crise epiléptica e caracteriza-se pela convulsão. Estado do músculo

caracterizado por contrações rápidas e involuntárias.

Cognição - o ato ou processo de conhecimento. As várias aptidões do

processo de conhecimento são sinônimas de aptidões cognitivas.

Complementamento (closure) - capacidade de reconhecer o aspecto

global (ou Gestalt) especialmente quando uma ou mais partes do todo está

ausente ou quando a continuidade é interrompida por intervalos.

Deficiência auditiva - é a perda parcial ou total das possibilidades

auditivas sonoras, variando de graus e níveis.

Deficiência física é a alteração completa ou parcial de um ou mais

segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função

física, apresentando-se sob várias formas. Dentre elas: amputações;

artropatias; lesão cerebral (paralisia cerebral, hemiplegias); lesão medular

(tetraplegia, paraplegia); miopatias (distrofias musculares); patologias

degenerativas do sistema nervoso central (esclerose múltipla, esclerose lateral

amiotrófica); lesões nervosas periféricas; sequelas de politraumatismos;

malformações congênitas; distúrbios posturais da coluna e seqüelas de

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patologias da coluna; distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das

articulações dos membros; reumatismos inflamatórios da coluna e das

articulações; lesões por esforços repetitivos (L.E.R.); sequelas de

queimaduras.

Deficiência mental - é possuir o funcionamento intelectual

significantemente inferior a média, com manifestação antes dos 18 anos e

limitações na área de comunicação, de cuidado pessoal, etc.

Deficiência múltipla - é a associação de duas ou mais deficiências.

Deficiência permanente - é aquela que ocorreu ou se estabilizou

durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação, ou ter

probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos.

Deficiência visual - é a acuidade visual igual ou menor que 20/200 no

melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20° (tabela de

Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações.

Diadococinesia - dissociação, alternância e coordenação de

movimentos, realizados por dois membros ou por dois segmentos corporais.

Dificuldade de aprendizagem - a definição escrita e debatida por 15

especialistas: deficiências mais significativas são difinidas em termos de

diagnóstico educacional e psicológico; A.D.A. é uma desarmonia evolutiva,

normalmente caracterizada por uma imaturidade psicomotora que inclui

perturbações nos processos receptivos, integrativos e expressivos da atividade

simbólica.

Dificuldades binoculares - dificuldades de controle funcional dos dois

olhos que originam perturbações visuais.

Diplegia - paralisia bilateral afetando ambos os membros do corpo.

Disartria - dficuldade na articulação de palavras devido a disfunções

cerebrais.

Discalculia - dificuldade para realização de operações matemáticas

usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral,

assomatognosias, agnosias digitais e deficiente estruturação espaço-temporal.

Disgenesias das comissuras inter-hemisféricas - a agenesia do corpo

caloso se caracteriza por distúrbios psicomotores, ou puramente motores

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(hemiplegia ou diplegia), e por um atraso intelectual marcante, com ou sem

crise epilética.

Disgnosia - perturbação cerebral comportando uma má percepção

visual das formas.

Disgrafia - escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de

realização dos movimentos motores necessários à escrita. Esta condição está

muitas vezes ligada a disfunções neurológicas. É uma forma de dispraxia.

Dislexia - mesmo com todas as dificuldades que a dislexia pode trazer

para a vida escolar, é possível controlar o problema. O grau da doença varia

muito e os sinais costumam ser inconstantes. Características: A criança é

inteligente e criativa, porém tem dificuldade em leitura, escrita e soletração.

Aprende mais facilmente fazendo experimentos, observações e usando

recursos visuais. Lê repetidas vezes sem entender o texto. Tem dificuldade em

colocar os pensamentos em palavras. Pode ser ambidestro. Com freqüência

confunde direita e esquerda ou acima e abaixo. Faz exercícios de aritmética,

mas difícil problema com enunciados. Excelente memória em longo prazo para

experiências, lugares e rostos.

Dispnéia - dificuldade em respirar.

Disortografia - dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada

por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos

na compreensão e na expressão da linguagem escrita.

Distrofia muscular - uma das doenças primárias do músculo,

caracterizada pelo ultra-enfraquecimento e atrofia dos músculos esqueléticos

que tende a aumentar as dificuldades de coordenação e que tende a uma

deformação progressiva.

Dominância cerebral - diz respeito ao controle cerebral das atividades e

das condutas, considerando um hemisfério (esquerdo) o dominante em relação

ou outro (direito). O esquerdo controla as funções verbais e a função da

linguagem. O direito controla as funções não verbais e as gnoso-espaciais.

Ecolalia - limitação de palavras ou frase ditas por outra pessoa, sem a

compreensão do significado da palavra.

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Esclerose múltipla - é uma doença neurológica crônica de causa

desconhecida. É uma doença desmielinizante, isto é, leva a destruição da

bainha de mielina que recobre e isola as fibras nervosas do Sistema Nervoso

Central (principalmente o cérebro, o nervo óptico e a medula espinhal).

Epilepsia - nome dado a um grupo de doenças nervosas caracterizadas

principalmente por convulsão de várias formas e graus.

Hemiplegia - é a perda dos movimentos de um lado só do corpo (pode

ser o esquerdo ou direito).

Hemiparesia - é a perda da sensibilidade de um lado só do corpo

(pode ser esquerdo ou direito).

Lesão raquimedular - é o comprometimento total, ou parcial, da medula

espinhal.

Macrocefalias ou megalocefalias - caracterizam-se pelo aumento de

peso do cérebro e pode ser avaliada pela circunferência da cabeça, uma vez

eliminada a hidrocefalia. Implicam em deficiência mental com atraso no

desenvolvimento da linguagem, associada a transtornos na marcha, certa

espasticidade e, freqüentemente, crises epiléticas.

Monoplegia - é a perda de movimentos de um só dos membros do

corpo.

Monoparesia - é a perda de sensibilidade de um só dos membros do

corpo.

Paralisia cerebral ou DCO - desordem permanente, mas não imutável o

que exclui toda patologia oriunda do sistema nervoso ou musculatura em

caráter progressivo, ainda reconhecendo a variação que a incapacidade

motora pode sofrer. Causas:

Fatores perinatais: fatores intraparto, parto pélvico prolongado,

traumatismo de parto.

Fatores pós-natais: fatores virais e/ou bacteriológicos; traumatismos.

Fatores pré-natais: alcoolismo da mãe. Infecções virais: rubéola,

toxoplasmose, hemorragias em gravidez adiantada.

Paresia - significa perda da sensibilidade.

Paraparesia - é a diminuição da sensibilidade da cintura para baixo.

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Poliomielite - Doença viral causada envolvimento do sistema nervoso

central, resultando muitas vezes numa paralisia.

Praxia - movimento intencional organizado, tendo em vista obtenção de

um fim ou de um resultrado determinado. Não é um movimento reflexo, nem

automático; é um movimento voluntário, consciente, intencional, organizado,

inibido, isto é, humanizado, sujeito portanto a um planejamento cortical e a um

sistema auto-regulação

Plegia - significa perda dos movimentos.

Síndrome de Asperger - a presença das três categorias de disfunção:

relacionamento social, uso da linguagem para a comunicação e certas

características de comportamento e estilo envolvendo características

repetitivas ou perseverativas sobre um número limitado, porém intenso, de

interesses, que pode variar de relativamente amena a severa, que clinicamente

define toda as desordens pervasivas de desenvolvimento, de síndrome de

Asperger até o autismo clássico. Fatores genéticos parecem ser mais comuns

em Asperger que o autismo clássico. Dados disponíveis sugerem que,

comparados a outras formas de autismo, crianças com Asperger são mais

aptas a crescer e ser adultos independentes em termos de emprego,

casamento, família, etc.

Síndrome de Bardet-Biel - que compreende uma retinopatia

pigmentarias, anomalias das extremidades, obesidade precose e importante,

hipogenitalismo, distrofias cefálicas freqüentes e deficiência mental.

Síndrome de Biemond - associa um coloboma iridiano, anomalias dos

dedos das mãos e dos pés, nanismo e infantilismo genital, com atraso mental

mais ou menos acentuado.

Síndrome de Prader-Willy - síndrome de natureza genética e que inclui

baixa estatura, retardo mental ou transtorno de aprendizagem,

desenvolvimento sexual incompleto, problemas de comportamento

característicos, baixo tono muscular e uma necessidade involuntária de comer

constantemente, a qual, unida a uma necessidade de calorias reduzida, lava

invariavelmente à obesidade. É um problema congênito associado a um tipo de

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retardo mental. Comem sem parar. Parece estar relacionado com um mau

funcionamento do hipotálamo.

Síndrome de Rett - desordem neurológica que provoca estagnação no

desenvolvimento físico e mental. Aos poucos a criança deixa de andar, falar,

brincar, manipular objetos, faz movimentos estereotipados e repetitivos com as

mãos, surgindo em seguida a perda das habilidades manuais. Estas meninas

se desenvolvem de forma aparentemente normal entre oito e doze meses,

depois começa a mudar o padrão de desenvolvimento. Causa: Pesquisas

sugerem que a causa seja a mutação no braço do cromossomo “X” paterno,

transmitido apenas aos filhos do sexo feminino.

Síndrome de Williams - algumas características são particularmente

comuns nas crianças portadoras da SW: grande sociabilidade, entusiasmo

exuberante, grande sensibilidade com as emoções alheias; sentem-se

excessivamente a vontade com estranhos; pequeno intervalo de atenção;

memória excelente para pessoas,nomes e locais; grande sensibilidade aos

sons e ansiedade (especialmente com acontecimentos futuros); medo de

alturas; escadas e superfícies irregulares com areia, tapetes e a relva;

preocupação excessiva em determinados assuntos ou objetos. Fala demais. A

SW é uma doença que cursa com alterações vasculares, problemas

cardiovasculares, particularmente estenose aórtica supravalvular, anomalias do

tecido conjuntivo, hipercalcemia e retardo mental, associado a comportamento

hipersocial e loquaz.

Síndrome do CRI ou CHAT (grito do gato francês) - é uma desordem

genética causada pela perda de material genético do braço curto do

cromossomo 5. É também chamado de miado do gato, pois o choro

característico dos bebês portadores da síndrome é muito parecido com o

miado de um gatinho.

TDAH (transtorno de déficit de atenção hiperatividade) - o TDAH

interfere na habilidade da pessoa de manter a atenção – especialmente em

tarefas repetitivas – de controlar adequadamente as emoções e o nível de

atividade de enfrentar conseqüências consistentemente e, na habilidade de

controle e inibição. As características do TDAH aparecem bem cedo para a

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maioria das pessoas, logo na primeira infância. Causa: A responsabilidade

sobre a causa geralmente recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento,

alimentação, ferimentos ou malformação, problemas familiares e

hereditariedade. Essas possíveis causas afetam o funcionamento do cérebro

e, como tal, o TDAH pode ser considerado em distúrbio funcional do cérebro.

Trissomia 13 - a criança co trissomia 13 é um deficiente mental em alto

grau.

Trissomia 18 - o retardo mental e motor são consideráveis; está

associado a uma hipotrofia e a diversas malformações; escafocefalia e

microrretrognatismo; pés deformados em “piolet”, malformações cardíacas,

renais e digestivas.

Trissomia 21 - Síndrome de Down faz parte do grupo de encefalopatias

não progressivas, isto é, que à medida que o tempo passa não mostram

acentuação da lentidão do desenvolvimento, nem a agente da doença se torna

mais grave..

Tretaparesia - é a diminuição da sensibilidade dos quatro membros do

corpo.

Tretraplegia - é a perda dos movimentos dos membros superiores e

inferiores do corpo.

Triplegia - é a perda dos movimentos em três membros do corpo.

Triparesia - é a perda de sensibilidade em três membros corpo.

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3 - CAPÍTULO II - TRATAMENTO

Tratamento é um dos capítulos mais importantes deste trabalho, pois o

tema desta pesquisa é: o progresso de pessoas com necessidades especiais,

portanto, para que haja progresso, deverá haver também algum tratamento,

logo, este assunto é um dos principias. Tanto que, segundo o resultado desta

pesquisa, o fator “Tratamento Correto” foi escolhido como sendo o de maior

importância para o progresso de pessoas com necessidades especiais, tendo

sido escolhido por 45 dos 51 profissionais que responderam este fator no

questionário (vide anexo 3 – “Resultado da Pesquisa”), obtendo 88% do

conceito 5 (muito importante) na opinião dos pesquisados.

Tratamento é fundamental para qualquer tipo de transtorno: físico ou

mental seja para deficientes ou não, portanto é a parte crucial para qualquer

progresso ou mesmo cura.

Outro fator ligado ao tratamento que é o fator “Empatia com o

Profissional” ficou, na pesquisa, em terceiro lugar em grau de importância para

o progresso de pessoas com necessidades especiais. Tendo 74% da escolha

do conceito 5 (muito importante) pelos profissionais que responderam a este

fator.

Podemos perceber que não há muita diferença no progresso de um

tratamento, seja com pessoas deficientes ou não, pois para ambos os casos é

necessário que o paciente esteja em boas mãos, ou seja, com um médico ou

profissional adequado ao seu caso, bem como é importante que o paciente

confie e tenha empatia com o profissional. Neste contexto é possível obter,

muita das vezes, um belo resultado.

Em segundo lugar na pesquisa com 87% da escolha do conceito 5

(muito importante), ficou o fator “Apoio da Família”, que com certeza faz toda

diferença num tratamento, principalmente para deficientes, pois como descrito

no capítulo I , o próprio nome deficiente sugere a falta, falha, carência, o que é

normalmente suprida pela família.

O apoio da família é fundamental num tratamento, principalmente o

afetivo, mas, o apoio moral, financeiro, nas ações do cotidiano, motivacional,

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etc, também são muito importantes, pois as dificuldades sempre existem

mesmo para quem tem uma boa estrutura financeira. Normalmente as

pessoas: o deficiente e os familiares ficam perdidos, desestruturados, pois

além de ser tudo diferente e novo o tratamento normalmente é longo e o

progresso bem demorado, causando, muitas vezes, desânimo no paciente e

na família. Por isso, um acompanhamento psicológico é sempre muito

importante, não só para o paciente como para os seus familiares que ficam tão

ansiosos quanto o deficiente por uma melhor recuperação (mais rápida, com

mais evidências de melhora, etc.). Pode até parecer que não, mas, em longo

prazo, obtêm-se resultados significativos quando se tem um acompanhamento

psicológico.

Como foi falado na introdução, atualmente temos mais locais para

tratamento, mas, ainda assim todo cuidado é pouco, pois um tratamento

incorreto pode causar outras complicações. Como no relato abaixo.

“Durante a minha cirurgia tive muitas complicações, com várias paradas

cardíacas no centro cirúrgico, o que dificultou a minha recuperação, e

prejudicou o meu laudo médico”. Na anciã de salvar a minha vida, os médicos

não puderam avaliar o que de fato acontecera na minha medula e, com isso o

meu laudo acabou ficando sigiloso. O que sei é que houve um cavalgamento

das vértebras C5 e C6.

“Os problemas clínicos que surgiram após a minha cirurgia, só vieram

agravar o meu estado, atrapalhando o início do meu tratamento. O problema,

naquela altura, não se limitava apenas ao quadro neurológico. Por conta

desses contra tempos, desenvolvi uma escara; tive que ser submetida a uma

traqueostomia; a vários raios X; e a uma biopsia pulmonar, pois, devido a uma

infecção hospitalar, fiquei com problemas pulmonares”. (VAITSMAN, 2001, p.

3).

No caso do relato acima o atendimento foi feito no primeiro hospital que

aceitou ficar com a paciente (com leões em função de acidente de carro). Mas

em condições normais o ideal é que se procure um local apropriado para o

atendimento, evitando assim procedimentos incorretos, e, portanto maior

sofrimento para o paciente.

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3.1 - Tratamentos Convencionais

Fisioterapia - Visa promover a prevenção, habilitação e a reabilitação de

pessoas portadoras de deficiências físicas e deficiências especiais,

favorecendo a integração social.

A Fisioterapia é uma ciência da área de saúde voltada para o

entendimento da funcionalidade humana. Ela estuda, diagnostica, previne e

trata os distúrbios, entre outros, da cinesia humana.

É administrada em consultórios, clínicas, centros de reabilitação, asilos,

escolas, clubes, academias, residências, hospitais, empresas, unidades

básicas ou especializadas de saúde, pesquisas, entre outros, tanto por

serviços públicos como privados.

A Fisioterapia atua nas mais diferentes áreas com procedimentos,

técnicas, metodologias e abordagens específicas que tem o objetivo de avaliar,

tratar, minimizar e prevenir as mais variadas disfunções.

Além disto, a complexidade da profissão reside na necessidade do

entendimento global do ser humano através da fisiologia, anatomia,

propedêutica e semiologia funcional do corpo humano, baseado na Biofísica,

Bioquímica, Cinesiologia, Biomecânica e outras ciências básicas; e na

cidadania, antropologia, ética e outras ciências humanas.

Psicologia - Além de fazer um trabalho de apoio com o paciente, atua

também com a família, dando suporte psicológico, para que todos possam lidar

melhor com a situação eminente.

O acompanhamento psicológico tanto para o portador de deficiência,

quanto para o responsável, é fundamental para superação de problemas e

muito auxiliará na inclusão deles na sociedade.

Segundo, Luciana Cavanellas, no seu artigo Psicologia e compromisso

social – educação inclusiva: desafios, limites e perspectivas, onde relata a sua

experiência como psicóloga numa instituição voltada para acompanhamento

de pessoas portadoras de deficiência, tendo observado que alguns pais se

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abriam com a chegada de alguém interessado, outros deixavam seus filhos na

expectativa que alguém servisse de amparo.

Nos depoimentos de pais de crianças com deficiência e confirmados em

outros estudos, dão conta de que médicos têm dificuldade na comunicação do

diagnóstico e dessa maneira restringem-se a transmitir a deficiência como uma

doença crônica, não fazendo referencia a elementos terapêuticos e

educacionais que pudessem auxiliar as famílias no planejamento da vida de

seu filho.

Foi criado um espaço de escuta e de vínculo com as famílias, de forma

a incentivar o investimento no processo de desenvolvimento das crianças.

O papel do psicólogo neste processo facilitará uma melhor comunicação

entre a família e a instituição, onde muitas vezes a primeira é vítima dos seus

próprios preconceitos, além do receio de delegar a terceiros os cuidados com

seu filho.

A utilização da Psicologia tem como papel, ajudar a transformar apoio

externo em auto suporte, sempre atenta as suas possíveis falhas e envolvida

nas interferências que atuam em torno.

Psicopedagogia - é um campo de conhecimento e atuação em Saúde e

Educação que lida com o processo de aprendizagem humana, seus padrões

normais e patológicos, considerando a influência do meio - família, escola e

sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios.

A Psicopedagogia também é conhecida como aquela que lida

principalmente com crianças com dificuldade de aprendizagem, muito embora

os distúrbios ou patologias possam surgir em qualquer momento da vida e por

isso a Psicopedagogia não faz distinção de idade ou sexo para atendimento.

Tem como missão, retirar as pessoas da sua condição inadequada de

aprendizagem, dotando-as de sentimentos de alta auto-estima, fazendo-as

perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus processos

internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: cognitivo, afetivo-

emocional e de conteúdos.

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A Psicopedagogia também desempenha um papel importante que

consiste na inserção e manutenção dos alunos com necessidades educativas

especiais (NEE) no ensino regular, comumente chamada inclusão.

No aspecto clínico, o trabalho do psicopedagogo se constitui em:

Avaliar e diagnosticar as condições da aprendizagem, identificando as áreas

de competência e de insucesso do aprendente, além disso, tem como objetivo

superar as dificuldades encontradas na avaliação, orientando os pais quanto a

suas atitudes para com seus filhos, bem como dos professores para com seus

alunos.

Neurologia - Lida com as diferenças neurológicas, atribuída a genética e

traumas especiais, ou seja: de parto e transtornos espontâneos.

Psicoterapia – se dirige à solução dos problemas emocionais que os

deficientes apresentem. Este campo de trabalho tem sido ampliado com

técnicas novas e acredita-se que a psicoterapia deva ser procurada quando o

deficiente apresentar distúrbios de personalidade e de comportamento que a

família não consiga resolver.

Psicoterapia – se dirige à solução dos problemas emocionais que os

deficientes apresentem. Este campo de trabalho tem sido ampliado com

técnicas novas e acredita-se que a psicoterapia deva ser procurada quando o

deficiente apresentar distúrbios de personalidade e de comportamento que a

família não consiga resolver.

A utilização da psicoterapia contribui para transformações profundas da

personalidade, com resultados em diversas situações, como: tratamento de

transtornos psicológicos, crises existenciais e transições difíceis, desafios,

sentimentos e problemas que a vida apresenta; Fortalecimento psicológico

diante de doenças.

Segundo Scarpato, cada ser humano - psicossomático por natureza –

vive uma história de interações, encontros e acontecimentos em que as

doenças, se manifestam mais no corpo ou na mente, resultando de

desequilíbrios existenciais e de soluções inadequadas de vida.

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A psicoterapia, Scarpato, oferece recursos importantes para uma

compreensão mais ampla do processo de adoecimento, assim como

estratégias para uma vida mais íntegra.

Com a criação de um ambiente que permita a revelação de suas

angústias e sentimentos, propiciará um clima, que o ser mais oculto e

amedrontado se mostre, seja ouvido e transforme-se.

Psiquiatria – é o ramo da Medicina que lida com distúrbios mentais:

enfermidades cujas manifestações são principalmente comportamentais ou

psicológicas.

A meta principal é o alívio do sofrimento psíquico e o bem-estar

psíquico. Para isso, é necessária uma avaliação completa do doente, com

perspectivas biológica, psicológica, sociológica e outras áreas afins.

Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado através de

medicamentos ou várias formas de psicoterapia. A avaliação psiquiátrica

envolve o exame do estado mental e a história clínica. Testes psicológicos,

neurológicos e exames de imagem podem ser utilizados na avaliação, assim

como exames físicos, contudo publicações sobre estudos realizados indicam

que outros fatores podem auxiliar no tratamento, dentre elas o esporte e o

lazer.

A pessoa portadora de deficiência mental, além de ser estigmatizada

pelas próprias características de sua deficiência, acaba sendo isolada do meio

social em que vive por não ser considerada com um adulto produtivo em

potencial.

Ao mesmo tempo, acaba sendo bombardeada de atividades e

compromissos, que da a família uma esperança de que possa vir a ser útil um

dia.

Na década de 80, importantes movimentos a favor dos direitos civis,

provocaram iniciativas em torno da inclusão de pessoas portadoras de

deficiência na sociedade.

Inclusão é receber alguém e fazer deste alguém parte importante de

tudo que ocorre no dia a dia da sociedade. Uma das formas de inclusão se dá

através do lazer.

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Segundo Lefebvre apud Dumazier (1997), “é no interior das práticas de

lazer e por meio delas que os homens, conscientemente ou não, realizam na

extensão de suas possibilidades as críticas de sua vida cotidiana”.

Segundo Cruz, Luciana, chutar uma bola ou virar cambalhota podem ser

maneiras saudáveis de liberar aquela adrenalina concentrada em nosso

organismo e que muitas vezes, não permite nos concentrarmos nas atividades

mentais, incluindo o aprendizado.

Ainda segundo Cruz, é impossível pensar que o sucesso ou fracasso na

inclusão da pessoa portadora de deficiência mental está unicamente vinculado

a sua capacidade individual nata. É na relação com o outro, numa atividade de

lazer comum que este, por intermédio da linguagem, acaba por constituir-se

enquanto sujeito.

Assim, o artigo sugere que o lazer pode ser um veículo de inclusão e por

favorecer momentos prazerosos, já que estabelece uma relação direta entre

indivíduos normais e pessoas portadoras de deficiência mental.

Fonoaudiologia - é uma ciência voltada, para pesquisa, prevenção,

avaliação e terapia, focada na área de comunicação oral e escrita, voz e

audição, tem como uma das principais finalidades é auxiliar os indivíduos que

apresentam alguma dificuldade em relação à leitura e escrita, aquisições

fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo.

O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia

fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Pode

atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais.

A Fonoaudiologia, quando aplicada como ação preventiva ou de

reabilitação, necessita utilizar a leitura como recurso, em especial, com as

crianças, com a finalidade de desenvolver habilidades que estejam associadas

à linguagem, visto que essa área é de fundamental importância para o

desenvolvimento psicossocial da criança.

Neste sentido, é importante incentivar a criança à prática da leitura

desde cedo, visto que estimulá-la precocemente torna-se um mecanismo que

ira facilitar a aprendizagem e a integração com o meio no qual vivemos. A

fonoaudiologia pode ser desenvolvida de forma individual ou coletiva,

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dependendo de alguns fatores como o problema a ser trabalhado, as

condições sócio culturais e ambientais do paciente e sua família.

O fonoaudiólogo necessita, em grande parte, da ajuda do paciente no

sentido de freqüência e ambiente adequado. Muitos indivíduos pensam que

existe uma idade limite para obter resultados relevantes na estimulação

fonoaudiológica, mas não há um limite pré-estabelecido. O ideal é que haja

intervenção fonoaudiológica após o surgimento do distúrbio.

Terapia Ocupacional – O terapeuta ocupacional é o profissional que

atua na área da saúde, buscando promover a qualidade de vida, a

humanização do atendimento, a prevenção de doenças e a reabilitação física e

mental através de um tratamento específico de atividades mediadoras.

O ciclo denominado vida, compreende as atividades que são realizadas

desde o momento que nasce até a sua morte. Essas ações podem ser

complexas ou grandiosas, ou simples como as atividades rotineiras, como

tomar o café da manhã, escovar os dentes ou pentear os cabelos. Porem

essas ações tem um ponto em comum, são significativas, por terem traços

individuais que são únicos para cada indivíduo.

A terapia ocupacional pode atuar na prevenção, habilitação ou da

reabilitação.

Todas as pessoas que possuem uma disfunção ocupacional em suas

atividades da vida diária são elegíveis de obter ganhos através da terapia

ocupacional. Essa disfunção ocupacional ocorre quando não se consegue

realizar de maneira satisfatória as atividades de trabalho, lazer e auto-cuidado.

Assim, pessoas com disfunções neurológicas, com condições incapacitantes

ou degenerativas, com disfunções motoras, com disfunções relacionadas ao

trabalho, com condições pediátricas incapacitantes, com transtornos mentais,

são o público alvo do terapeuta ocupacional.

O Terapeuta Ocupacional utiliza como recurso terapêutico, diferentes

atividades, com o objetivo de tratar disfunções de origem física, mental, social,

e de desenvolvimento, nas diferentes faixas etárias.

A utilização de técnicas de pintura com um grupo de terceira idade, por

exemplo, o terapeuta ocupacional pode despertar potencial ou desenvolver

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habilidades em seus pacientes, melhorando sua auto-estima. Também é

bastante comum o uso de instrumentos musicais, trabalhos manuais e

artesanais e mesmo atividades como horticultura na superação de problemas

físicos e mentais.

Serviço Social – É o trabalho desenvolvido pelo profissional que tem em

mente o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade. Tem

uma área de atuação muito ampla e estará onde for necessário, orientando,

planejando e promovendo uma vida mais saudável - em todos os sentidos.

Mesmo quando atende a um indivíduo, o assistente social está

trabalhando com um grupo social, pois entende que esta pessoa está inserida

em um contexto no qual não se pode dissociar o individual do coletivo.

3.2 - Tratamentos Alternativos

Equoterapia ou equitação - é um método terapêutico e educacional,

que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de

saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de

pessoas portadoras de deficiência e/ou com necessidades especiais. O cavalo

influência, através do movimento, o desenvolvimento motor, psíquico, cognitivo

e social do praticante.

Segundo a história, já na Grécia Antiga, a equitação era vista como

elemento regenerador da saúde, exercitando não só corpo como também os

sentidos, isto porque o cavalo apresentava movimento tridimensional, que

consiste em deslocamentos para frente e para traz, para cima e para baixo e

para os lados, propiciando assim uma variada gama de estímulo sensórias,

através da visão, tato, olfato e audição; favorecendo a conscientização

corporal, o desenvolvimento da força muscular, o aperfeiçoamento da

coordenação motora e o equilíbrio.

O que determinou definitivamente o uso do cavalo para a equoterapia foi

a marcha do animal, uma vez esta produz um balanceio harmônico e

assemelha-se a marcha humana.

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São inúmeros os benefícios alcançados, dos quais citaremos alguns:

auto estima, auto confiança, auto controle, comunicação, responsabilidade,

liberdade, segurança e domínios, atenção e concentração, relaxamento e

desconcentração, exteriorização de sentimento, afetividade, equilíbrio

emocional, sociabilização, motivação para definir e atingir objetivos, facilita na

aprendizagem, organização, melhora do tônus muscular, coordenação e

dissociação de movimentos, movimentação, reação de equilíbrio, lateralidade,

postura e simetria, melhora o esquema corporal e a imagem corporal, controle

de cabeça e de tronco, mobilização de quadril, mobilização da pelve e da

coluna lombar, inibição de reflexos posturais tônicos, reação de

endireitamento, flexibilidade, indução a uma marcha melhor, melhora da

orientação espacial e melhora a noção do espaço e tempo.

As principais indicações para este tratamento: dependência química,

estresse, depressões, hiperatividade, correções de postura, deficiência visual e

auditiva, atraso no desenvolvimento da linguagem, dificuldade no aprendizado,

síndrome de Down, entre outras alterações cromossômicas, masformações do

sistema nervoso, algumas disfunções ósseas e articuladas.

Natação – A cada dia um número maior de pessoas com algum tipo de

incapacidade física está envolvida em atividades física e esporte pelos

benefícios para a reabilitação e para o bem estar.

A natação para pessoas portadoras de deficiência é compreendida

como capacidade do indivíduo para dominar o elemento água, deslocando-se

de forma independente e segura sob e sobre a água utilizando, para isto, toda

sua capacidade funcional, residual e respeitando suas limitações. É

considerada um dos exercícios mais completos na atualidade a ponto de

exceder o divertimento, para ser utilizado com finalidades terapêuticas na

recuperação de atrofias musculares e tratamento de problemas respiratórios.

As atividades motoras em meio líquido, visam o desenvolvimento

cognitivo, afetivo, emocional e social, sendo mencionadas como um excelente

meio de execução motora, favorecendo o desenvolvimento global do indivíduo

portador de deficiência física.

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Musicoterapia - é a utilização da música e de seus elementos

constituintes, ritmo, melodia e harmonia, por um musico terapeuta qualificado,

em um processo de promover a comunicação, relacionamento, aprendizado,

mobilizado, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes,

a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e

cognitivas. Este tratamento é indicado particularmente no autismo e na

esquizofrenia, onde a musicoterapia pode ser a primeira técnica de

aproximação.

A musicoterapia é aplicável ainda em outras situações clínicas, pois

atua fundamentalmente como técnica psicológica, ou seja reside na

modificação dos problemas emocionais, atitudes, energia dinâmica psíquica,

que será o esforço para modificar qualquer patologia física ou psíquica. Pode

ser também coadjuvante de outras técnicas terapêuticas, abrindo canais de

comunicação para que estas possam atuar eficazmente.

A musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos.

Alguns são receptivos quando o musicoterapeuta toca música para o paciente.

Este tipo de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes

dificuldades motoras ou em apenas uma parte do tratamento com objetivos

específicos. Grande parte dos casos a musicoterapia age de forma ativa, onde

o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza

outras atividades junto com o terapeuta.

Os objetivos da produção durante uma sessão de musicoterapia são

não musicais, por isso não é necessário que o paciente possua nenhum

treinamento musical para que possa participar deste tratamento.

Arteterapia – é um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística

como base de comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação

estética e a elaboração artística em prol da saúde.

Na arteterapia são utilizados materiais e recursos da Arte, tais como:

pintura, desenho, colagem , cores, bem como contos, histórias e música, tendo

como objetivo a expressão dos sentimentos.

O arteterapeuta tem como função servir de ponte entre o novo caminho

do autoconhecimento, desde que a pessoa esteja interessada em percorrê-lo.

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Trata-se de uma terapia bastante agradável, uma vez nesses encontros

as pessoas se sentem livres para criar e fazer novas descobertas. Nesses

encontros são estimulados sentimentos como afeto, amor, mágoa, tristeza,

esperança, funcionando como um alerta e de caráter preventivo.

A arteterapia está ao alcance de todas as classes sociais e para

pessoas de todas as idades, sendo especiais ou não.

Segundo a terapeuta Marcia Collarile, em sua publicação no Jornal

Tribuna Paulista, muitas pessoas chegam estressadas e desanimadas e com

o tempo vão se libertando de padrões ultrapassados e passam a olhar a vida

de uma maneira mais otimista, com amplas possibilidades.

A arteterapia através da arte tem benefícios como:

• Melhora a comunicação consigo mesmo e com o outro;

• O paciente torna-se independente do terapeuta, passando a ser

criativo;

• O tempo do tratamento é menor, pois a transferência é reduzida,

a atividade diminui o valor desta;

• Favorece a busca da harmonia e do equilíbrio da vida;

• Facilita o diagnóstico propiciando leitura de material pré e

inconsciente através de imagens pictórias, sonoras, táteis

kinestéricas;

• Aumenta a espontaneidade e a criativamente positivamente

orientadas.

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Página 31 19/5/2009

4 - CAPÍTULO III – INCLUSÃO

Atualmente fala-se muito em inclusão: inclusão escolar, inclusão social,

inclusão digital, inclusão esportiva e etc. E, pode até parecer fácil, mais incluir

é muito mais complicado do que se imagina.

Neste capítulo falaremos especificamente da inclusão de pessoas com

necessidades especiais, o que torna a inclusão mais difícil ainda, pois para

isso é preciso muito envolvimento, empenho, vontade e boa vontade, não só

por parte dos portadores de necessidades especiais, como também por parte

da família e do grupo ao qual o portador de deficiência será incluído: (grupo

escolar; grupo esportivo; profissional, etc.).

É notório que de um tempo para cá pessoas com necessidades

especiais vem ganhando mais espaço na sociedade. As pessoas que se

destacam na escola, no esporte, nas artes ou mesmo profissionalmente, tem

sempre destaque na mídia. São citadas como exemplo para portadores de

necessidades especiais ou não, afinal de contas, alguém que não está na sua

condição “totalmente normal” conseguir alçar caminhos que outros seres

considerados normais, ou seja, sem nenhum tipo de deficiência, não

conseguem alcançar, é realmente um exemplo.

Neste contexto, pessoas com necessidades especiais que conseguem

notoriedade por seus desempenhos, pelos seus sucessos, por suas

superações, devem servir realmente de exemplo, pois não são poucos os

obstáculos. Além de suas limitações que podem ser: físicas, mentais, visuais,

auditivas, etc, há também a falta de recursos físicos: corrimãos, banheiros

apropriados, acomodações, materiais (de acordo com a deficiência) e recursos

humanos preparados e empenhados em ajudar os portadores de necessidades

especiais; atende-los na sua parte deficiente, respeitando suas limitações e

aproveitando suas potencialidades.

Muito se fala em inclusão,, mas na parte prática, poucas são as

pessoas, em todos os seguimentos: educacional, esportivo, profissional e

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social com capacidade, interesse e boa vontade para ajudá-los na longa e

penosa caminhada rumo ao sucesso.

Dentre os diversos motivos conferidos para este interesse, destacam-

se as ações de marketing, onde os portadores de necessidades especiais são

vistos a cada dia, como indivíduos mais atuantes na sociedade, e também ao

aumento do nível de pressão sobre os governantes, de modo que sejam

colocadas em prática políticas de inclusão, ao invés de se limitarem aos

discursos.

4.1 - Educação Inclusiva

Em primeiro lugar é importante que se defina o que é Educação

Inclusiva.

Segundo publicação no site da Elizabeth Salgado:

(www.elizabethsalgadoencontrandovoce.com/inclusão_escola_sonho)“ é

aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que

qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de

necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser,

num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a

formação de uma consciência crítica”.

A inclusão escolar só acontece quando há um empenho de todos os

profissionais que fazem parte da instituição desde o porteiro até a direção,

tendo todos que adotar uma conduta de afetividade, de entendimento das

necessidades e carências dos alunos especiais, despindo-se de qualquer

sentimento de aversão, piedade e incredulidade em relação aos mesmos.

Nossos estabelecimentos, de um modo geral, não estão preparados para

oferecer uma educação inclusiva, pois já há desavenças entre pais e

professores em situações envolvendo os alunos “normais”. É muito difícil lidar

com características, pontos de vistas, educação, comportamento, desejos,

emoções e anseios totalmente variados.

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A inclusão escolar tem que ser olhada como uma forma de reformulação

de conceitos, conhecimentos, atitudes e até espaço, capazes de absorver a

diversidade.

A atual forma de educar, onde só se trabalha com alunos “normais” está

totalmente fora da realidade, por isso a necessidade imediata de reformulação

na educação. A inclusão escolar tem que ser olhada como uma forma de

reformulação de conceitos, conhecimentos e atitudes capazes de absorver a

diversidade.

Segundo um artigo da Internet “Relato de Casos” – Inclusão – APAE

PASSOS – 3º parágrafo: “Assim”, ressaltamos aqui relatos de um trabalho que

vem sendo desenvolvido pela equipe itinerante de Apae Passos, cujo objetivo

principal é prestar assessoria às escolas regulares que possuem alunos com

necessidades especiais incluídos, esclarecendo a todos os profissionais que

atuam na instituição sobre o processo de inclusão.

“Através de uma avaliação contínua do trabalho realizado, a equipe realiza

uma análise qualitativa, visando apreciar os sucessos e fracassos dos casos

acompanhados e as dificuldades enfrentadas desde o início das visitas

periódicas às escolas”.

4.2 - A Declaração de Salamanca

De Princípios, Políticas e Práticas Para as Necessidades Educativas

Especiais.

1. A presente Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais foi

aprovada pela Conferência Mundial sobre Necessidade Educativas

Especiais, organizada pelo Governo da Espanha, em colaboração com

a UNESCO, e realizada em Salamanca, no período de 7 a 10 de junho

de 1994. Seu objetivo foi definir a política e inspirar a ação dos

governos, de organizações internacionais e nacionais de ajuda, de

organizações não governamentais e de outros organismos na aplicação

da Declaração de Salamanca, de princípios , política e prática para as

necessidades educativas especiais. A Linha de Ação espira-se na

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experiência Nacional dos países participantes e nas resoluções,

recomendações e publicações do sistema das Nações Unidas e de

outras organizações intergovernamentais, especialmente as Normas

Uniformes sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com

Deficiência. Considerada também as propostas, diretrizes e

recomendações formuladas pelos cinco seminários regionais

preparatórios desta Conferência Mundial.

2. O direito de toda criança à educação foi proclamado na Declaração de

Direitos Humanos e retificados na Declaração Mundial sobre Educação

Para Todos. Toda pessoa com deficiência tem o direito de manifestar

seus desejos quanto a sua educação, na medida de sua capacidade de

estar certa disso. Os pais tem o direito inerente de serem consultados

sobre a forma de educação que melhor se ajuste às necessidades,

circunstâncias e aspirações de seus filhos.

3. O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas

devem acolher todas as crianças, independentemente de suas

condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou

outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem

dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de

populações distantes ou nômades; crianças de minorias lingüísticas,

étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas

desfavorecidos ou marginalizados. Todas essa condições levantam

uma série de desafios para os sistemas escolares. No contexto desta

Linha de Ação, a expressão “necessidades educativas especiais “

refere-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de

sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem. Muitas

crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e tem, portanto,

necessidades educativas especiais em algum momento de sua

escolarização. As escolas têm que encontrar a maneira de educar com

êxito todas as crianças inclusive as com deficiências graves. É cada vez

maior o consenso de que as crianças e jovens com necessidades

educativas especiais sejam incluídos nos planos de educação

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elaborados para a maioria de meninos e meninas. Essa idéia levou ao

conceito de escola integradora. O desafio que enfrentam as escolas

integradoras é o desenvolver uma pedagogia centralizada na criança,

capaz de educar com sucesso todos os meninos e meninas, inclusive

os que sofrem deficiências graves. O mérito dessas escolas não está na

capacidade de dispensar educação de qualidade a todas as crianças;

com sua criação, dá-se um passo muito importante para tentar mudar

atitudes de discriminação, criar comunidades que acolham a todos e

sociedades integradoras.

4. As necessidades educativas especiais incorporam os princípios já

aprovados de uma pedagogia equilibrada que beneficia todas as

crianças. Parte do princípio de que todas as diferenças humanas são

normais e de que a aprendizagem deve, portanto, ajustarem-se as

necessidades de cada criança, em vez de cada criança se adaptar aos

supostos princípios quanto ao ritmo e a natureza do processo educativo.

Uma pedagogia centralizada na criança é positiva para todos os alunos

e, conseqüentemente, para toda sociedade. A experiência tem

demonstrado que é possível reduzir o número de fracassos escolares e

de repetições, algo muito comum em muitos sistemas educativos, e

garantir um maior índice de êxito escolar. Uma pedagogia centralizada

na criança pode contribuir para evitar o desperdício de recursos e a

frustração de esperanças, conseqüências freqüentes de má qualidade

do ensino e da mentalidade de que “o que é bom para um é bom para

todos”. As escolas que se centralizam na criança são, além disso, a

base para a construção de uma sociedade centrada nas pessoas que

respeite tanto a dignidade quanto as diferenças de todos os seres

humanos. Existe a imperiosa necessidade de mudança da perspectiva

social. Durante muito tempo os problemas das pessoas com deficiência

foram agravados por uma sociedade mutiladora que se fixava em sua

incapacidade do que em seu potencial.

5. Esta Linha de Ação compreende as seguintes partes

I. Novas idéias sobre as necessidades educativas especiais;

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II. Diretrizes de ação no plano nacional;

A. Política e organização;

B. Fatores escolares;

C. Contratação e formação do pessoal docente;

D. Serviços externos de apoio;

E. Áreas prioritárias;

F. Participação da comunidade;

G. Recursos necessários;

III. Diretrizes de ação nos planos regional e internacional.

4.3 - A Inclusão Social Através do Esporte

Todos nós estamos expostos aos problemas de saúde, decorrentes da vida

sedentária, sem um programa de atividade física corretamente elaborada.

Comprovadamente hoje não mais se discute os benefícios da atividade

física, mas a maneira mais correta de alcançar e manter a saúde, uma vez que

a falta e principalmente os excessos, podem ser prejudiciais ao organismo,

principalmente as pessoas portadoras de deficiência. Com base nos

fundamentos da atividade física, o esporte pode levar saúde e qualidade de

vida aos praticantes, desde que orientados e utilizados de forma correta.

O esporte, sendo um dos instrumentos da atividade física, pode atuar

significativamente no alcance de uma melhor qualidade de vida, no

desenvolvimento humano e equidade, Sposati, que consiste em ter acesso aos

direitos da população e o respeito das suas diferenças, sem discriminação.

De acordo com Costa, a atividade esportiva inclusiva, levando em

consideração as potencialidades e as limitações físico-motoras, sensoriais e

mentais dos seus praticantes, é toda aquela que propicie a sua participação

nas diversas atividades esportivas recreativas, com o desenvolvimento de

todas as suas potencialidades. Ele ressalta, que numa perspectiva inclusiva,

para se desenvolver um trabalho com pessoa portadora de deficiência, através

de atividade física, não é suficiente conhecer apenas suas características

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físicas, mas também o entendimento de suas relações com os demais

participantes e o significado dessas atividades para eles.

A “UNESCO estabelece que a prática de educação física é um direito de

todos e que programas devem dar prioridade aos grupos menos favorecidos no

seio da sociedade, 1978”

Quanto a escolha de um esporte, depende das oportunidades

oferecidas e da condição econômica para a seleção de determinado esporte,

da aptidão da criança ou da falta de condição do próprio deficiente tendo em

vista o grau de sua deficiência.

Os esportes podem ser praticados pelos deficientes em quase sua

totalidade considerando-se seu grau de deficiência e suas dificuldades, devido

a estas são feitas algumas modificações de regras e adequações que facilitam

a prática promovendo a participação de um maior número de deficientes.

É preciso dar a pessoa com deficiência, plenas condições para

desenvolver suas capacidades criativas e espontâneas.

4.3.1 - Legislação Direcionada Aos Portadores de Deficiência

A partir da década de 1970, com o surgimento de inúmeras

manifestações mundiais que acabaram por regulamentar as leis que

asseguram os direitos a pessoas portadoras de deficiência, passando a ser

observado em diversos países. No Brasil, a Constituição Federal assegura

direitos que visam a oferecer condições de justiça social. Podemos citar: a

proibição de discriminação, garantias individuais, cuidados com a saúde,

proteção, integração social, habilitação, reabilitação, educação, atendimento

especializado, acessibilidade e adaptação de instalações.

Legislações esportivas voltadas ao portador de deficiência. O

movimento em defesa dos indivíduos portadores de deficiência ocorrido em

todo o globo provocou a criação e/ou mudanças de leis internacionais e

reflexos nos dispositivos legais de grande parte das nações.

A 20ª reunião da Conferência Geral das Organizações das Nações

Unidas para a Educação, A Ciência e a Cultura – 1978. “ A Carta Internacional

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38

da Educação Física e Desportos”, destaca a prática da educação física e o

esporte como um direito fundamental para todos e que deverão ser oferecidas

oportunidades especiais de prática às pessoas muito jovens, ou idosas ou com

algum tipo de deficiência ou enfermidade limitante, a fim de poder fazer

possível o desenvolvimento integral de sua personalidade, por meio de

programas de Educação Física e Desporto, adaptados às suas necessidades.

4.3.2 - Principais Legislações e Resoluções

A partir da década de 1970, surgem inúmeras manifestações mundiais

que culminam com regulamentações de leis que passam a assegurar de

maneira pontual, direitos a pessoas portadoras de deficiência. Os reflexos

dessas leis somente após décadas de luta passam a ser observados em nível

significativo em diversos países.

A Constituição Federal brasileira, assegura diversos direitos e

mecanismos que visam oferecer as condições de justiça social para as

pessoas deficientes. Dentre eles podem ser citados: proibição de

discriminação; garantias individuais, cuidados com a saúde; proteção;

integração social; assistência social; habilitação e reabilitação; educação;

atendimento especializado; acessibilidade e adaptação de instalações.

4.3.3 - Principais legislações e resoluções em nível nacional

O Decreto Federal Nº 914/1993, Brasil, preconiza como uma das diretrizes da

Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, a

inclusão da pessoa portadora de deficiência, respeitadas, as suas

peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas à

educação, saúde, trabalho, à edificação pública, seguridade social, transporte,

habitação, cultura, esporte e lazer.

A Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 – Lei Pelé – Brasil, prevê dentre

outras coisas, a elaboração de projeto de fomento da prática desportiva para

pessoas portadoras de deficiência (artigo 5º, § 4º).

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39

O Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 - Brasil, aborda

precisamente o tema “esporte e lazer”. Define que os órgãos e as entidades da

Administração Pública Federal direta e indireta específicos dispensarão

tratamento prioritário e adequado com vista a viabilizar, sem prejuízo de outras,

as seguintes medidas: incentivo à prática desportiva formal e não-formal e o

lazer; estímulo aos meios que facilitem o exercício de atividades desportivas

entre a pessoa portadora de deficiência e suas entidades representativas;

acessibilidade às instalações desportivas nos estabelecimentos de ensino;

inclusão de atividades desportivas para pessoa portadora de deficiência na

prática da educação física ministrada nas instituições de ensino.

Além disso, este Decreto preconiza o apoio prioritário às manifestações

desportivas de rendimento e educacionais; promoção de competições

desportivas internacionais, nacionais, estaduais e locais; pesquisa científica,

desenvolvimento tecnológico, documentação e informação; e construção,

ampliação, recuperação e adaptação de instalações desportivas e de lazer.

Enfim, surge uma norma legal que objetiva a operacionalização de tudo o que

antes estava na definição geral da Carta Magna brasileira.

Existem, também, regulamentações e leis estaduais e municipais que

definem os direitos dos portadores de deficiência e suas relações com as

práticas de atividades físicas e o esporte em geral.

4.3.4 - O problema da inacessibilidade

Para Ferreira e Botomé, contraditoriamente a uma falta de assistência,

característica às pessoas deficientes nascidas no terceiro mundo, no Brasil,

muitos centros de reabilitação não atendem a toda a sua capacidade. Os

serviços se mantêm disponíveis e, ao mesmo tempo, a população fica carente

deles. Isso porque estar disponível não significa estar acessível.

Para ter acesso aos serviços, esses autores verificaram que os

deficientes necessitam de informações que, muitas vezes, não estão ao seu

alcance, tais como:

• Saber qual o serviço mais adequado ao seu caso;

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40

• Saber qual instituição presta esse serviço;

• Conhecer os passos a serem dados para obtenção desse serviço;

• Cumprir pré-requisitos (documentação, por exemplo);

• Chegar à instituição para obter o serviço.

Ainda que disponíveis, os serviços poderão não estar acessíveis. O

exemplo dado é o de um guarda noturno de uma biblioteca. Uma quantidade

enorme de informações está disponível, mas poderá não estar acessível;

podendo ser necessários requisitos como: saber ler; autorização para utilizar

os livros; ter o hábito de leitura e até o fato de possuir orientação para a

escolha de livros.

Se a evolução da legislação esportiva que regulamenta a administração

dos clubes esportivos brasileiros caminha para um modelo onde prevaleça a

gestão profissional sobre a amadorista, é importante que, o próprio governo,

que busca resultados sociais abrangentes a todo o país utilize ações

respaldadas no que existir de mais eficiente e eficaz. No caso do Governo

Federal, a precisa definição de metas, a decisão sobre os melhores meios de

atingi-las, os resultados obtidos, associados a um eficiente mecanismo de

constatação dos efeitos, constituem-se nos indicadores para avaliação do

processo de gestão, que é predominantemente associada a “lucros” sociais.

Segundo Pettengill, o Governo Federal de 1995-2002 buscou construir

um novo paradigma de desenvolvimento, no qual o maior desafio seria deixar

as mudanças como marca irreversível de melhoria de vida do cidadão e abrir

o campo das oportunidades para os excluídos. No desporto de alto

rendimento para portadores de deficiência atuou em parceria com o Comitê

Paraolímpico Brasileiro e com as entidades nacionais de administração do

desporto. O Projeto de Esporte Educacional e o Programa Esporte Solidário

funcionaram como agente de inclusão dos portadores de deficiência. Para o

esporte de participação para as pessoas portadoras de deficiência, o Projeto

de Fomento Desportivo foi direcionado para as atividades que envolvem o

cotidiano da prática da atividade física, esportiva e de lazer, tendo por objetivo

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41

o acesso e a permanência de todos nessa prática e, por pressuposto, a

inserção social, a inclusão, a reabilitação e a qualidade de vida.

Do modelo de gestão dos programas e recursos disponíveis para o

oferecimento de atividade física em todos os níveis para o portador de

necessidades especiais é que dependerão os resultados almejados para o

fortalecimento desta etapa do processo de inclusão social. O comportamento

atual do administrador mostrará adiante, se o seu nível de competência,

talento, comprometimento, espírito empreendedor e atuação como agente de

mudanças que coloca sua visão em ação foi capaz de conseguir criar as

condições necessárias para que o futuro seja efetivamente construído.

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5 – CONCLUSÃO

O progresso de pessoas com necessidades especiais vai depender

essencialmente de um bom tratamento e do apoio da família, como foi

constatado na pesquisa. Tem deficiências que, mesmo com um tratamento

correto, pouco se nota o progresso, ou mesmo, não se nota progresso algum.

Mas mesmo nestes casos o apoio familiar e um acompanhamento médico são

imprescindíveis, pois, muitas das vezes, quando não se tem noção deste

pequeno progresso, tudo o que já se conseguiu pode ir por água abaixo. É

importante ter alguém que acompanhe o paciente e consiga enxergar o que

muitas vezes a família não consegue perceber, deixando o paciente ainda

mais triste, mais desmotivado, portanto com menos força para reagir a

qualquer outro progresso que possa ter.

O progresso, no caso das pessoas com necessidades especiais, não

precisa ser na deficiência propriamente dita, mas na adaptação a nova

situação. Uma pessoa cega, por exemplo, na maioria das vezes não volta a

enxergar com tratamento, somente com transplante. Mas, se conseguir se

vestir, preparar seu lanche, andar pela rua, etc., será um grande progresso,

mesmo que continue com sua deficiência, ou seja, não enxergando

absolutamente nada.

Neste contexto o fator “Aceitação a Nova Situação” ficou em oitavo lugar

(com 59% de escolha do conceito muito para quem respondeu a este fator), ou

seja, nem sempre o progresso está associado a aceitação do paciente, o que é

uma pena, pois em aceitando sua nova condição, seria mais fácil adaptar-se a

ela.

Uma das coisas que conta muito também é a natureza de cada um.

Cada pessoa reage de forma diferente a situações iguais ou parecidas,

dependendo da sua personalidade, da sua forma de ver a vida, sua força

interior, sua situação intelectual, financeira, etc, logo, casos iguais ou

parecidos, com certeza, terão progressos diferentes.

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Um fator que não pesquisamos, mas que com certeza ajuda muito numa

recuperação e dá força ao paciente é a fé. Não só a fé do deficiente, mas a da

família também, que está ali no dia a dia com o deficiente e sente na pelo o

quanto é dolorido (fisicamente e psicologicamente) e demorado um tratamento.

A pessoa com fé (de um modo geral) tem mais força interior, mais esperança,

e isso, é fundamental para o progresso de qualquer pessoa e principalmente

para pessoas com necessidades especiais, onde qualquer fio de esperança

aliado a qualquer progresso é muito importante.

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6 – ANEXOS

Os anexos a seguir, referem-se à pesquisa realizada com 53

profissionais ligados a área estudada nessa monografia.

6.1 - ANEXO 1 – Questionário

QUESTIONÁRIO Este questionário deve ser respondido por profissionais que tratam de pessoas com necessidades especiais. É importante que o profissional que responder ao questionário não tenha em mente um único paciente. É necessário que responda com base no todo,ou seja, levando em conta a maioria dos casos. Nome da instituição: Nome do profissional: Especialidade: Tempo de serviço na instituição: Nas questões abaixo, circule a opção que melhor expresse sua avaliação, utilizando a escala de 1 a 5 , onde 1significa muito pouco, 2 pouco, 3 razoavelmente, 4 em grande parte e 5 muito, para responder a uma única pergunta:

QUALO FATOR QUE MAIS CONTRIBUI PARA O PROGRESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS?

1) Fatores relacionados a parte pessoal Muito Pouco Razoa - Em grande Muito Pouco velmente Parte . Apoio da família 1 2 3 4 5 . Auto Estima 1 2 3 4 5 . Esforço individual 1 2 3 4 5 . Aceitação/adaptação a nova situação 1 2 3 4 5 . Revolta 1 2 3 4 5 2) Fatores relacionados a parte social/ Muito Pouco Razoa - Em grande Muito profissional Pouco velmente Parte . Ter amigos presentes 1 2 3 4 5 . Ter convívio social (sair) 1 2 3 4 5 . Ter uma ocupação ou perspectiva de 1 2 3 4 5 exercer alguma atividade 1 2 3 4 5 3) Fatores relacionados ao tratamento Muito Pouco Razoa - Em grande Muito Pouco velmente Parte . Ter tratamento correto 1 2 3 4 5 . Ter empatia com o(s) profissional (is) 1 2 3 4 5 . Não ter resistência/medo do tratamento 1 2 3 4 5 . Saber sua real situação/condição 1 2 3 4 5 RELATO (Neste espaço pedimos que o profissional relate algum caso de progresso fora dos padrões normais - utilizar o verso da folha, se necessário).

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6.2 - ANEXO 3 – Gráficos e Resultados

Abaixo gráficos representando o resultado da pesquisa, realizada com

53 (cinqüenta e três) profissionais de várias instituições que trabalham com

pessoas com necessidades especiais.

Cada pergunta do questionário tem sua visualização abaixo:

6.2.1 - Aceitação da condição adversa

Muito Pouco 1

Pouco 1

Razoavelmente 5

Em Grande Parte 14

Muito 30

Aceitação Muito Pouco; 1; 2%

Pouco; 1; 2%

Razoavelmente; 5; 10%

Em Grande Parte; 14; 27%Muito; 30; 59%

6.2.2 - Amigos por perto

Muito Pouco 1

Pouco 0

Razoavelmente 9

Em Grande Parte 12

Muito 28

Amigos por perto Muito Pouco; 1; 2%

Pouco; 0; 0%

Razoavelmente; 9; 18%

Em Grande Parte; 12; 24%

Muito; 28; 56%

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46

6.2.3 - Apoio da família

Muito Pouco 1

Pouco 1

Razoavelmente 0

Em Grande Parte 5

Muito 46

Apoio da Famila

Muito; 46; 87%

Pouco; 1; 2%

Em Grande Parte; 5; 9%

Razoavelmente; 0; 0%

Muito Pouco; 1; 2%

6.2.4 - Atividade

Muito Pouco 2

Pouco 0

Razoavelmente 2

Em Grande Parte 11

Muito 36

Atividade

Muito; 36; 70%

Pouco; 0; 0%

Em Grande Parte; 11; 22%

Razoavelmente; 2; 4%

Muito Pouco; 2; 4%

6.2.5 - Auto Estima

Muito Pouco 0

Pouco 1

Razoavelmente 3

Em Grande Parte 14

Muito 31

Auto Estima

Muito; 31; 63%

Pouco; 1; 2%

Em Grande Parte; 14; 29%

Razoavelmente; 3; 6%

Muito Pouco; 0; 0%

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47

6.2.6 - Convívio Social

Muito Pouco 2

Pouco 0

Razoavelmente 2

Em Grande Parte 11

Muito 34

Convivio Social

Muito; 34; 70%

Pouco; 0; 0%

Em Grande Parte; 11; 22%

Razoavelmente; 2; 4%

Muito Pouco; 2; 4%

6.2.7 - Empatia com Profissional

Muito Pouco 1

Pouco 0

Razoavelmente 1

Em Grande Parte 12

Muito 39

Empatia C/ Profissional

Muito; 39; 73%

Pouco; 0; 0%

Em Grande Parte; 12; 23%

Razoavelmente; 1; 2%

Muito Pouco; 1; 2%

6.2.8 - Esforço Individual

Muito Pouco 0

Pouco 0

Razoavelmente 4

Em Grande Parte 10

Muito 37

Esforço individual

Muito; 37; 72%

Pouco; 0; 0%

Em Grande Parte; 10; 20%

Razoavelmente; 4; 8%

Muito Pouco; 0; 0%

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48

6.2.9 - Revolta

Muito Pouco 28

Pouco 6

Razoavelmente 5

Em Grande Parte 7

Muito 1

RevoltaMuito; 1; 2%

Pouco; 6; 13%

Em Grande Parte; 7; 15%

Razoavelmente; 5; 11% Muito Pouco; 28;

59%

6.2.10 - Saber Real Condição

Muito Pouco 1

Pouco 4

Razoavelmente 7

Em Grande Parte 20

Muito 18

Saber real condicao

Muito; 18; 36%

Pouco; 4; 8%

Em Grande Parte; 20; 40%

Razoavelmente; 7; 14%

Muito Pouco; 1; 2%

6.2.11 - Tratamento Correto

Muito Pouco 1

Pouco 0

Razoavelmente 1

Em Grande Parte 4

Muito 45

Tratamento correto

Muito; 45; 88%

Pouco; 0; 0%

Em Grande Parte; 4; 8%

Razoavelmente; 1; 2%Muito Pouco; 1; 2%

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6.2.12 - Não oferecer resistência ao Tratamento

Muito Pouco 4

Pouco 1

Razoavelmente 8

Em Grande Parte 11

Muito 26

Não oferecer resistencia tratamento

Muito; 26; 52%

Pouco; 1; 2%

Em Grande Parte; 11; 22%

Razoavelmente; 8; 16%

Muito Pouco; 4; 8%

6.2.13 - Consolidação Resultados

0

10

20

30

40

50

60

Aceitação

Amigos por

perto

Apoio da

Fam

ila

Atividade

Auto Estima

Convivio

Social

Empatia C/

Profissional

Esforço

individual

Não

oferecer

resistencia

Revolta

Saber real

condicao

Tratamento

correto

Muito Pouco Pouco Razoavelmente Grande Parte Muito

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6.2.14 - Consolidação por ocupação Profissional

1 39

16 10 329

4

8 181 5

11

126

3843

1011

44

23 15120

8552

32

Fisioterapeutas

Fonoaudiólogos

Outros Profissionais

Pedagogos

Psicólogos

Sem identificação

Ter. Ocu/Arteterapia

Muito Pouco Pouco Razoavelmente Em Grande Parte Muito

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7 - BIBLIOGRAFIA

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8 - ATIVIDADES CULTURAIS

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS............................................................................................................................... 3

DEDICATÓRIA......................................................................................................................................... 4

RESUMO.................................................................................................................................................... 5

METODOLOGIA ...................................................................................................................................... 6

SUMÁRIO .................................................................................................................................................. 7

1- INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 8

2 - CAPÍTULO I - PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS .................................................. 10 2.1 - TIPOS DE DEFICIÊNCIA................................................................................................................. 10

3 - CAPÍTULO II - TRATAMENTO ..................................................................................................... 19 3.1 - TRATAMENTOS CONVENCIONAIS................................................................................................. 21 3.2 - TRATAMENTOS ALTERNATIVOS................................................................................................... 27

4 - CAPÍTULO III – INCLUSÃO........................................................................................................... 31 4.1 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA ................................................................................................................. 32 4.2 - A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA................................................................................................. 33 4.3 - A INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE .............................................................................. 36

4.3.1 - Legislação Direcionada Aos Portadores de Deficiência ...................................................... 37 4.3.2 - Principais Legislações e Resoluções..................................................................................... 38 4.3.3 - Principais legislações e resoluções em nível nacional.......................................................... 38 4.3.4 - O problema da inacessibilidade............................................................................................ 39

5 – CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 42

6 – ANEXOS............................................................................................................................................. 44 6.1 - ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ........................................................................................................ 44 6.2 - ANEXO 3 – GRÁFICOS E RESULTADOS ....................................................................................... 45

6.2.1 - Aceitação da condição adversa............................................................................................. 45 6.2.2 - Amigos por perto................................................................................................................... 45 6.2.3 - Apoio da família .................................................................................................................... 46 6.2.4 - Atividade ............................................................................................................................... 46 6.2.5 - Auto Estima ........................................................................................................................... 46 6.2.6 - Convívio Social ..................................................................................................................... 47 6.2.7 - Empatia com Profissional ..................................................................................................... 47 6.2.8 - Esforço Individual ................................................................................................................. 47 6.2.9 - Revolta................................................................................................................................... 48 6.2.10 - Saber Real Condição........................................................................................................... 48 6.2.11 - Tratamento Correto............................................................................................................. 48 6.2.12 - Não oferecer resistência ao Tratamento ............................................................................. 49 6.2.13 - Consolidação Resultados .................................................................................................... 49 6.2.14 - Consolidação por ocupação Profissional ........................................................................... 50

7 - BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................. 51

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8 - ATIVIDADES CULTURAIS ............................................................................................................. 54

ÍNDICE ..................................................................................................................................................... 57

9 - FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 59

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9 - FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Título da Monografia: O PROGRESSO DE PESSOAS COM

NECESSIDADES ESPECIAIS

Autor: Regina Célia Israel Moça

Orientador: Mary Sue Pereira

Data de entrega: 30 de janeiro de 2009

Avaliado por: Conceito: