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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA LIDERANÇA ORGANIZACIONAL: A NOVA ROUPAGEM DO LÍDER COMO PEÇA GARANTIDORA DO SUCESSO Por: Aline Aparecida Frutuoso Gonçalves Orientador Prof.ª Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

LIDERANÇA ORGANIZACIONAL: A NOVA ROUPAGEM DO

LÍDER COMO PEÇA GARANTIDORA DO SUCESSO

Por: Aline Aparecida Frutuoso Gonçalves

Orientador

Prof.ª Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

LIDERANÇA ORGANIZACIONAL: A NOVA ROUPAGEM DO

LÍDER COMO PEÇA GARANTIDORA DO SUCESSO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Empresarial.

Por: Aline Aparecida F. Gonçalves

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por sua força em meio a minha

fraqueza, a minha querida mãe, por

seu carinho e incentivo e aos meus

amigos e familiares.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus, meu criador

e sustentador que é o meu socorro bem

presente em tempos de tribulação. A

minha mãezinha, minha amiga de todas

as horas, e por fim aos meus amigos que

são os irmãos que eu escolhi na terra.

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RESUMO

É do conhecimento de todos que a junção de dois ou mais seres

humanos para a execução de uma tarefa, seja ela qual for, tem por condição

básica o envolvimento para que o objetivo seja atingido. Assim acontece nas

organizações. Essas estão inseridas em um contexto turbulento de um mundo

globalizado e extremamente competitivo e precisam garantir sua sobrevivência

no mercado. O presente trabalho apresenta a liderança como uma das peças

fundamentais para o sucesso das organizações enfatizando sobre tudo, o

papel do líder na motivação humana para o trabalho bem como a relação deste

com o clima organizacional. Mostra também a importância das pessoas para as

organizações. O estudo termina tirando algumas conclusões com aplicabilidade

prática.

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METODOLOGIA

O método utilizado foi a revisão bibliográfica. O que levou ao problema

proposto foi a leitura de livros, jornais, revistas, artigos, documentários. Feito

este levantamento, obteve-se a resposta após coleta de dados, pesquisa

bibliográfica e averiguação da realidade. Embora não tenha sido feita pesquisa

de campo, alguns artigos, entrevistas e matérias fornecidas por revistas e

jornais serviram para avaliar e dimensionar o problema bem como chegar-se a

uma possível solução para o mesmo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A Liderança 10

CAPÍTULO II - A Motivação 21

CAPÍTULO III – A Nova roupagem do líder 28

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

ÍNDICE 43

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INTRODUÇÃO

Em um ambiente de constante avanço tecnológico e de constantes

transformações de um mundo globalizado a liderança se torna cada vez mais

crucial nas organizações tendo em vista ser a mola propulsora dessas

mudanças.

O mundo está em constante transformação e o mercado cada vez mais

competitivo. Isso faz com que a exigência sobre os profissionais que ocupam

cargos de liderança aumente. Muitas coisas mudaram e com isso alguns

paradigmas foram renovados na mesma velocidade em que essas mudanças

aconteceram trazendo então a nova roupagem do líder que é o que veremos

neste trabalho.

Segundo esta nova roupagem do líder, seu papel e seu estilo de

liderança são fundamentais para desenvolver e influenciar o clima

organizacional, contribuir para a motivação da equipe, o comprometimento dos

funcionários, a confiança na empresa, a segurança e o sentimento de

valorização do funcionário conquistado através da credibilidade e do respeito.

A filosofia do comando não cabe mais neste novo modelo de gestão. O

líder moderno, precisa saber lidar com pessoas, pois estas são fundamentais

para a organização e sem estas não há como realizar ações e alcançar

resultados. Diante disso, torna-se importantíssimo cuidar da motivação.

O presente trabalho tem por objetivo mostrar a transformação que

ocorreu na liderança e mostrar como o líder da atualidade deve se comportar

para obter sucesso na arte de liderar. Para tanto, no primeiro capítulo

falaremos sobre a liderança. Através deste capítulo acompanharemos as

transformações ocorridas ate que cheguemos à nova roupagem do líder.

Também trataremos neste capitulo sobre os estilos de liderança existentes,

sobre a teoria dos traços de personalidade, e sobre as teorias situacionais.

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Após o entendimento sobre liderança e suas teorias, no capítulo 2

trataremos da motivação nas organizações. Neste capítulo falaremos das

expectativas das pessoas, da importância da valorização destas já que são

fundamentais para a organização e a importância de se ter um clima favorável

para a execução do trabalho.

Finalmente o capítulo 3 trata do que é o tema do presente trabalho que

é a nova roupagem do líder. Neste capítulo veremos as características que o

líder da atualidade precisa ter para que consiga desempenhar sua função.

O presente trabalho possui sua relevância tendo em vista que ele

enfatiza a importância do líder na atualidade e de como algumas qualidades

fazem-se determinantes para o sucesso da liderança.

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CAPÍTULO I

A LIDERANÇA

Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar as pessoas que

você é, você não é.

Margareth Thatcher.

Muito temos ouvido falar a cerca de liderança. São vários

congressos, cursos de capacitação para líderes e uma enxurrada de livros que

falam sobre o assunto tentando elucida-lo. No ambiente corporativo a liderança

está presente em todos os departamentos. Desde a copa até a sala do

presidente da empresa. Mas a grande pergunta que norteia as pessoas hoje é:

o que é liderança? Diante de tantas distorções que vivenciamos sobre o que é

de fato a liderança, ou de qual é o papel do líder na atualidade, conceito de

liderança ficou perdido, ou melhor, esquecido.

A liderança é algo que está presente na nossa vida desde que

nascemos. Isso porque desde os nossos primeiros segundos de vida somos

apresentados aos nossos primeiros líderes que são os nossos pais. Por eles

somos ensinados, motivados, corrigidos e também cobrados, orientados a

cerca do que fazer, como fazer e os melhores caminhos a seguir, bem como as

melhores decisões a serem tomadas.

A segunda liderança a que somos apresentados são os nossos

professores. Estes são responsáveis por nosso crescimento intelectual. Alguns

acabam se tornando conselheiros, amigos, instrutores, dada a sua confiança e

empatia. Com eles aprendemos não somente a ler e a escrever, mas

aprendemos também um pouco da vida. Eles compartilham conosco seu

conhecimento e nos capacitam a vivenciarmos as nossas próprias

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experiências, sempre nos instruindo e nos mostrando os vários caminhos que

podem ser seguidos.

Outra liderança que convivemos ao longo de nossas vidas (digo

convivemos porque passamos mais tempo com eles do que com nossa família)

são os nossos chefes. Estes tem o poder de nos motivar ou de nos frustrar

enquanto profissionais dependendo do estilo de liderança por ele adotado. Na

atualidade, o mercado não quer apenas chefes (pessoas encarregadas pelas

tarefas e atividades da organização e que comanda pessoas tendo autoridade

sobre elas), mas líderes.

A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana.

Ela é a influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida por meio do

processo da comunicação humana para a consecução de um determinado

objetivo.

As organizações são formadas por pessoas e estas são dotadas de

sentimentos, motivações diferentes que estão sujeitas às forças do ambiente

que influenciam a motivação.

A liderança é algo necessário em todos os tipos de organização

humana, principalmente nas empresas. O administrador precisa conhecer a

motivação humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

O líder procura criar e desenvolver um clima em que os membros da

equipe tenham o máximo de oportunidades para alcançar o sucesso. Por este

motivo, alguns autores referem-se à liderança como o ato de definir estratégias

dando orientação aos outros tendo uma visão do que pode ser feito, ou ate

mesmo como o ato de desenvolver um envolvimento social e psicológico –

cultura da equipe – que permita alcançar os objetivos definidos na estratégia,

isto é, incorpora recompensa, unifica.

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Muitas foram as roupagens que o líder recebeu ao longo dos anos. Ate

a década de 60, por exemplo, o líder era comumente conhecido como chefe.

Este bastava sentar-se na cadeira e exercer controles mecânicos; saber

planejar, organizar, controlar e corrigir. Naquela época, o bom chefe era aquele

que tinha sua equipe na palma de suas mãos, ou seja, exercia o total controle

dos seus funcionários dentro da empresa. Já na década de 70, começou a se

manifestar nas empresas a necessidade de uma contribuição intelectual maior

por parte de seus funcionários. No final dos anos 80, com a evolução da

concorrência, criou-se a necessidade de funcionários mais dedicados. Neste

momento da história, o bom chefe passa a ser então chamado de líder, que

nada mais é do que aquele que consegue estimular, incentivar os funcionários

a disseminar os objetivos para toda a equipe e a favorecer um bom clima no

ambiente de trabalho.

Muitos são os nomes utilizados para definir o líder. Uns chamam de

chefe, outros de comandante, outros de autoridade. Outro fato comum é

pensarmos que a arte de liderar é exclusividade das pessoas com uma

inteligência acima da média, o que é um engano. Observa-se, portanto que

hoje a liderança é conceituada da seguinte forma: “Liderança representa a sua

capacidade de influenciar pessoas a agir”. (HUNTER, 2004, P.105). Diante

disto, entendemos que a liderança está intimamente ligada a características

pessoais que o bom líder precisa ter como capacidade de convencimento,

sensibilidade, conhecimento, carisma e não somente o poder como se pensava

antigamente. Portanto, para HUNTER, (2006, p.18) liderança é:

A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem

entusiasticamente visando atingir objetivos comuns,

inspirando confiança por meio da força do caráter.

Ou seja, a liderança é uma habilidade. O dicionário define habilidade

como uma capacidade aprendida ou adquirida. É claro que existem líderes

natos, mas, estes são bem poucos para que possamos depender deles. A

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liderança é algo que adquirimos ou aprendemos por meio da educação e da

aplicação. È desenvolvida por alguém que tenha o desejo e pratique as ações

adequadas. A liderança também é influência, é fazer com que as pessoas

contribuam com entusiasmo, de preferência com o coração, a mente, a

criatividade, a excelência e outros recursos. E se tornarem as melhores que

são capazes de ser.

Para entendermos bem o que é influência é necessário

compreendermos a diferença entre poder e autoridade. HUNTER, (2004, p.29)

diferencia muito bem estes dois conceitos, a saber:

Poder: É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade,

por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o

fazer.

Autoridade: É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa

vontade o que quer por cauda de sua influência pessoal.

O poder é definido como uma faculdade, enquanto autoridade é

definida como uma habilidade. Isso porque o poder pode ser vendido e

comprado, dado e tomado. Pessoas podem ocupar cargos de poder

simplesmente porque são amigas de alguém influente, ou porque possuem

muito dinheiro, ou porque são de uma família renomada. A autoridade,

entretanto, não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada. Ela diz

respeito a quem você é como pessoa, a seu caráter e a influência que

estabelece sobre as pessoas.

É bem verdade que a liderança não é o único fator que influencia o

desempenho da equipe, mas, dependendo do tipo de líder, as equipes podem

mostrar-se mais motivadas, comprometidas, vencedoras ou, menos engajadas

visando cumprir tão somente suas obrigações porem sem satisfação no que

faz. Para Kelley (1999, p.177), a liderança esta centrada na capacidade do líder

de ser eficaz:

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Para ser um líder eficaz [...], um membro de equipe deve

garantir o respeito dos colegas de trabalho em pelo

menos uma das três áreas cobertas por essa habilidade

crítica: 1. Quociente de conhecimento – respeitada

qualificação e comprovado bom-senso em áreas

relevantes para as metas do grupo. 2. Quociente de

pessoas-habilidade – indica que você tem consideração

pelos colegas e que as metas deles têm tanto valor

quanto as suas; assim eles são levados a trabalhar de

forma voluntária com você para alcançar o objetivo. 3.

Quociente de iniciativa – indica que você desempenhará

as atividades que ajudam o grupo a alcançar, de fato, a

meta.

1.1 – Teorias sobre liderança Muitas são as pesquisas feitas sobre o tema nas ultimas décadas. As

teorias sobre liderança que foram apresentadas por autores humanistas podem

ser classificadas em três grupos conforme mostra a figura abaixo:

As teorias sobre liderança (Fig.1)

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Conforme mostra a figura, cada uma dessas teorias possuem

características próprias que serão estudadas a seguir.

1.1.1 - Teorias de traços de personalidade

São as teorias sobre liderança mais antigas. Segundo elas, o líder é

aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o distingue

dos demais. Esses traços marcantes podem influenciar o comportamento das

demais pessoas. Os autores especificam alguns traços característicos de

personalidade que definem o líder, a saber:

• Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e

peso.

• Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e

autoconfiança.

• Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e

habilidade administrativa.

• Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização,

persistência e iniciativa.

Na verdade esses são traços que contribuem para que o líder tenha

condições de liderar com sucesso. Essas teorias são criticadas por que:

• Nem todos os traços são igualmente importantes na definição de

um líder;

• As teorias dos traços ignoram a influência e a reação dos

subordinados;

• Elas não fazem distinção entre traços válidos quanto ao alcance

de diferentes tipos de objetivos a serem alcançados;

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• Elas ignoram a situação em que a liderança se efetiva porque

nas organizações existem diferentes situações que exigem

características diferentes dos líderes.

• Essa teoria acredita que uma pessoa dotada de traços de

liderança é sempre líder durante todo o tempo e em toda e

qualquer situação, o que não ocorre na realidade.

1.1.2 - Teoria dos estilos de liderança Muito se fala sobre os estilos de liderança que nada mais são do que

estilos de comportamento do líder em relação aos seus subordinados. Refere-

se aquilo que o líder faz, ou seja, o seu estilo de comportamento para liderar. A

teoria mais conhecida refere-se a três estilos de liderança, a saber: autoritária,

liberal e democrática.

Liderança autocrática: é o estilo de liderança caracterizado pela

autocracia e pelo comando, no qual o líder assume e centraliza todas as

decisões e impõe suas ordens ao grupo enquanto os subordinados apenas

obedecem cegamente as suas ordens.

Liderança liberal: é o estilo de liderança caracterizado pela omissão do

líder e no qual os subordinados atuam livre e espontaneamente sem nenhuma

orientação ou direção. Delega totalmente as decisões ao grupo e deixa-o

completamente à vontade e sem controle algum.

Liderança democrática: é o estilo de liderança caracterizado pela

participação dos subordinados nas decisões e no comportamento orientador e

impulsionador do líder. Este conduz e orienta o grupo e incentiva a participação

democrática das pessoas.

Os três estilos de liderança (Fig.2)

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Para Chiavenato, 2003 p. 125, o que acontece na prática é que o líder

utiliza os três processos de liderança, de acordo com a situação, com as

pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens,

como consulta os subordinados antes de tomar uma decisão, como sugere a

maneira de realizar certas tarefas: ele utiliza a liderança autocrática,

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democrática e liberal. O desafio do líder reside em saber quando aplicar qual

estilo, com quem e em que circunstância e atividades.

As diferentes ênfases decorrentes dos três estilos de liderança (Fig. 3).

A figura acima nos ajuda a identificarmos as diferentes ênfases

decorrentes dos estilos de liderança. No estilo autocrático, a ênfase está no

líder. Este é comumente chamado de chefe pois é ele quem define o que e

como deve ser feito. Como é ele quem define tudo, pode-se supor que este,

acredita ser a sua opinião sempre a mais correta e que os subordinados são

pouco merecedores de confiança. No estilo liberal a ênfase está nos

subordinados. O líder é omisso, não tem autoridade e, portanto, se exime de

seu papel de líder deixando tudo a cargo de seus subordinados. Finalmente no

estilo democrático, a ênfase está em ambos, no líder e nos subordinados. Isso

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porque o líder democrático busca compartilhar suas decisões e atividades com

os outros membros do grupo. Pode-se dizer que ele possui outra visão do ser

humano e de si. Não pensa ser o dono da verdade e acredita que todos

possuem condições de agir com autonomia e responsabilidade.

1.1.3 – Teorias situacionais

Diferentemente das teorias sobre traços de personalidade que são

simplistas e limitadas, e das teorias sobre estilos de liderança que consideram

apenas certas variáveis da situação, as teorias situacionais explicam a

liderança dentro de um contexto mais amplo e partem do princípio de que não

existe um único estilo de liderança válido para toda e qualquer situação.

As teorias situacionais são tidas como mais atrativas por aumentarem

as opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-las a um modelo

de liderança e vice-versa. O líder deve se ajustar a um grupo de pessoas sob

condições variadas.

De acordo com Hersey e Blanchard (1986, p.187) a chave da utilização

da Liderança Situacional consiste em avaliar o nível de maturidade dos

liderados e comportar-se de acordo com o modelo. Na liderança situacional

está implícita a ideia de que o líder deve ajudar os liderados a amadurecer ate

o ponto em que sejam capazes e estejam dispostos a fazê-lo. Esse

desenvolvimento dos liderados deve ser realizado ajustando-se o

comportamento de liderança, ou seja, passando pelos quatro estilos.

Na visão de Hersey e Blanchard (1986, p.190) a teoria situacional

reside na tentativa de assegurar a possibilidade de escolha efetiva de um

comportamento do líder adaptado à situação. O fator de contexto utilizado para

determinar a escolha é a maturidade dos subordinados, avaliada em termos de

grau de capacidade e de interesse em fazer um bom trabalho. Este modelo

recomenda um estilo de liderança dinâmico e flexível, pois consoante o grau de

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motivação e experiência dos subordinados, o estilo do líder deve corresponder

àquele a ser utilizado.

Um dos pontos fortes nessa teoria é o reconhecimento da competência

e motivação como elementos importantes do processo de liderança e a

constatação de que a maturidade é dinâmica. Um problema dessa proposição

está na ideia de que as pessoas imaturas devem ser tratadas com o “uso forte”

da autoridade, criando-se a possibilidade de que essas pessoas não cheguem

a se desenvolver.

A Teoria Situacional de Tannenbaum e Schmidt propõe três critérios

para avaliar a situação:

I – O gerente: a forma como o líder se comporta é influenciada

principalmente por sua formação, conhecimento, valores e experiência. Uma

pessoa que valorize a iniciativa e a liberdade, por exemplo, tende a dar

prioridade aos comportamentos democráticos.

II – Os funcionários: as características dos funcionários influenciam a

escolha e a eficácia do estilo de liderança. Para Tannenbaum e Schmidt, o

dirigente deveria proporcionar maior participação e liberdade de escolha para

os funcionários quando estes apresentassem as seguintes características,

entre outras: capacidade de identificar os objetivos da organização, desejo de

assumir responsabilidade e tomar decisões, experiência para resolver o

problema eficientemente, expectativa de participar e intensa necessidade de

independência.

III – A situação: o clima da organização, o grupo de trabalho, a

natureza da tarefa e a pressão do tempo caracterizam a situação na qual os

estilos funcionam com maior ou menor eficácia.

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CAPÍTULO II

A MOTIVAÇÃO

Você obtém o melhor esforço dos outros não por acenderem uma fogueira sob

seus pés, mas por atear um incêndio dentro deles.

Bob Nelson

Grande parte das pessoas concorda que a motivação é um

componente importante da liderança. Como as ações humanas são

impulsionadas pelas consequências do comportamento, quando alguém é

recompensado por ter agido de determinada forma, a tendência é repetir a

ação. Já quando o comportamento é punido ou ignorado, ele tende a cessar.

Mediante essas constatações muitos deduziram que motivar as

pessoas consiste em usar uma estratégia de recompensa e punição o que não

é verdade.

O estudo da motivação no comportamento supõe o conhecimento das

necessidades humanas. O comportamento humano é determinado por causas

que por vezes fogem ao próprio entendimento e controle da pessoa. Ou seja, o

comportamento humano é determinado por necessidades ou motivos (forças

conscientes ou inconscientes) que levam a pessoa a determinado

comportamento. A motivação se refere ao comportamento que é causado por

necessidade dentro do indivíduo e que é conduzido aos objetivos que podem

satisfazer essas necessidades.

Bergamini (1997, p.105), ao analisar a relação entre liderança e

motivação, constatou que “esses dois termos, a partir de um determinado

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momento parecem definitivamente unidos na teoria e na prática por uma

relação de causa e efeito”. Porém ela afirma que a função do líder não é

motivar seus liderados, pois a motivação é uma força intrínseca, mas cabe ao

líder manter seus liderados motivados. Esta proposta baseia-se na premissa de

que quando aceitam um novo emprego, as pessoas, de uma forma geral, estão

cheias de esperança e acalentam expectativas, sendo por isso, depositárias de

um rico manancial de motivação.

Para falarmos de motivação é necessário primeiro compreendermos

que a verdadeira motivação consiste em manter a pessoa entusiasmada,

querendo agir e dar o melhor de si a equipe. Motivar é influenciar e inspirar

ação. Não podemos mudar as pessoas, mas podemos influenciar em suas

futuras escolhas.

Não é sempre que o líder irá se deparar com uma equipe

voluntariamente motivada. Por vezes será necessário que ele saiba criar um

ambiente no qual o trabalhador possa despertar o seu potencial motivacional

que na verdade é uma tarefa muito mais complexa que apenas manter o

trabalhador motivado. Diante desta verdade, todo esforço no sentido de não

desmotivar um trabalhador é fundamental no processo de liderança. É papel do

líder auxiliar na alavancagem de energia motivacional nos liderados. Não é

apenas incentivar os trabalhadores a alcançarem os objetivos propostos. O

papel do líder é desenvolver um ambiente de trabalho no qual o trabalhador

possa acionar sua motivação intrínseca. Isso pode ser conseguido despertando

no funcionário o sentido do trabalho, estimular sua participação e proporcionar-

lhe educação. O líder também precisa manter a energia motivacional dos

liderados. Se por um lado, é impossível motivar alguém, por outro lado é muito

fácil desmotiva-la. Cabe ao líder, através da comunicação correta e de um

adequado esforço de reconhecimento, estar constantemente preocupado em

manter a motivação do seu liderado. Segundo Bergamini (1997, p.23)

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Se no início deste século, o desafio era descobrir aquilo

que se deveria fazer para motivar as pessoas, mais

recentemente tal preocupação muda de sentido. Passa-se

a perceber que cada um já trás, de alguma forma, dentro

de si, suas próprias motivações. Aquilo que mais

interessa, então, é encontrar e adotar recursos

organizacionais capazes de não sufocar as forças

motivacionais inerentes às próprias pessoas. O

importante, então, é agir de tal forma que as pessoas não

percam a sua sinergia motivacional.

O homem é um ser dotado de necessidades que se alteram ou se

sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade logo surge

outra. As necessidades motivam o comportamento das pessoas dando-lhes

direção e conteúdo. Durante sua vida, o homem evolui por três níveis ou

estágios de motivação que correspondem às necessidades fisiológicas,

psicológicas e de auto realização.

As necessidades fisiológicas são as necessidades primarias do ser

humano e estão diretamente relacionadas com a sua sobrevivência. São inatas

e instintivas exigindo do ser humano que as satisfaça periódica e ciclicamente.

As principais necessidades fisiológicas são as de alimentação, sono, atividade

física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de segurança

física contra o perigo. As necessidades fisiológicas podem ser satisfeitas por

antecipação, sem mesmo atuarem no comportamento humano.

As necessidades psicológicas são secundárias e exclusivas do homem.

São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam uma

complexidade maior. O individuo busca indefinidamente satisfazer essas

necessidades que vão se desenvolvendo e se sofisticando. As principais

necessidades psicológicas são:

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• Necessidade de segurança íntima, que leva o individua a

autodefesa, procura por proteção conta o perigo, ameaça ou

privação;

• Necessidade de participação que é a necessidade de fazer

parte, de ter contato humano, de participar conjuntamente com

outras pessoas de algum evento ou empreendimento;

• Necessidade de autoconfiança que é decorrente da auto

avaliação e auto apreciação de cada indivíduo. Refere-se à

maneira pela qual cada pessoa se vê e se avalia, ao auto

respeito e a consideração consigo mesma;

• Necessidade de afeição que é a necessidade de dar e receber

afeto, amor e carinho.

As necessidades de auto realização são as mais elevadas e decorrem

da educação e da cultura. Raramente são satisfeitas em sua plenitude já que o

ser humano procura maiores satisfações e estabelece metas crescentemente

sofisticadas. É o impulso de realizar o próprio potencial e de estar em contínuo

desenvolvimento.

Este acervo de teorias psicológicas a respeito da motivação humana

passou a ser aplicado dentro das organizações, afinal, o comportamento

humano é motivado.

2.1 - Ciclo motivacional

A motivação é a tensão persistente que leva o individuo a alguma

forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais necessidades.

Com isso surge o conceito de ciclo motivacional: o organismo humano

permanece em estado de equilíbrio psicológico ate que um estímulo o rompa e

crie uma necessidade. Essa necessidade provoca um estado de tensão em

substituição ao estado de equilíbrio anterior. A tensão conduz a um

comportamento ou ação para alcançar a satisfação da necessidade. Quando

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isso acontece, o organismo retorna a seu estado de equilíbrio inicial ate que

outro estímulo venha. Ou seja, toda a satisfação representa uma liberação de

tensão ou descarga motivacional. Este ciclo pode ser observado na figura a

seguir:

Etapas do ciclo motivacional resultando em satisfação de necessidade

(Fig. 4)

2.1.1 - Frustração e compensação

Nem sempre as necessidades são plenamente satisfeitas, pois podem

existir obstáculos que impeçam este processo. Sempre que a satisfação for

bloqueada por uma barreira ocorreu a frustração. Esta impede que a tensão

existente seja liberada e mantém o estado de desequilíbrio e tensão. Além da

satisfação ou frustração da necessidade, o ciclo pode também revelar uma

terceira solução: a compensação ou transferência que ocorre quando o

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individuo tenta satisfazer uma necessidade impossível de ser satisfeita através

de outra necessidade complementar ou substituta. Desta forma aplaca-se a

necessidade mais importante com uma outra satisfação e reduz ou evita a

frustração. A figura a seguir mostra perfeitamente esses processos:

Ciclo motivacional resultando em frustração ou compensação (Fig. 5)

Assim sendo, as necessidades podem ser satisfeitas, frustradas, ou

compensadas porem é importante observar que a frustração pode conduzir a

reações comportamentais como: desorganização do comportamento onde a

pessoa frustrada pode de repente sem que haja explicação aparente se tornar

ilógica; agressividade onde a pessoa frustrada pode liberar a tensão

acumulada por meio da agressividade física, verbal, simbólica etc.; reações

emocionais onde a tensão retida pela não satisfação da necessidade pode

provocar formas de reação como ansiedade, aflição, estados de intenso

nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios, digestivos etc.; alienação e apatia

que ocorrem exatamente pela não satisfação da necessidade. Pode provocar

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além da alienação e da apatia o desinteresse pelo alcance dos objetivos

frustrados como mecanismo inconsciente de defesa do ego

Diante disso, concluímos que é de suma importância evitar a frustração

no comportamento das pessoas.

2.2 - Clima Organizacional

As pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de

organizações. Lá elas passam a maior parte do seu tempo, portanto o trabalho

precisa ser algo prazeroso e não um ato meramente mecânico.

O clima (ambiente) organizacional afeta a personalidade dos

indivíduos. Daí decorre a necessidade de que este seja saudável. Para que o

clima seja saudável, é necessária uma administração centrada no individuo.

O comportamento das pessoas nas empresas torna-se mais saudável

quando há consonância dos objetivos, metas e finalidades organizacionais com

os valores e normais grupais. O equilíbrio organizacional depende do equilíbrio

dos indivíduos e das relações estabelecidas entre estes e as organizações.

O clima representa o ambiente psicológico e social que existe em uma

organização e que condiciona o comportamento dos seus membros.

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CAPÍTULO III

A NOVA ROUPAGEM DO LÍDER

Há algumas décadas atrás, a visão que se tinha de líder era bastante

simplória. Na verdade ele era chamado de chefe e exercia funções de controle

como planejamento, organização, controle e correção. Destacava-se aquele

que conseguia ter total controle de sua equipe.

Antigamente, o conhecedor mais profundo da empresa era tido como

um rei, mas, hoje esta realidade foi suprimida. “Liderança não é sinônimo de

gerência, mas de influência”. (Hunter 2006, p.27). A preocupação do gerente

era causar uma boa impressão ao chefe, em vez de fazerem a coisa certa para

sua equipe. Vale ressaltar aqui que há uma grande diferença entre gerência e

liderança. O gerente deve possuir competência técnica e são eficientes nas

realizações de suas tarefas. Eles planejam, fazem orçamento, organizam,

buscam soluções para os problemas controlam, mantem a ordem,

desenvolvem estratégias e varias outras coisas, logo, gerência é o que

fazemos e liderança é o que somos. Por isso é comum ver excelentes gerentes

fracassando ao serem desafiados a arte de liderar. O inverso também é

verdadeiro. Excelentes líderes as vezes podem ser péssimos gerentes. O dito

bom gerente, em sua maioria, é aquele que é autoritário e centralizador e sua

eficiência é mensurada pela sua capacidade em manter o controle, resolver

todos os problemas e ter sempre respostas para tudo. Hunter, 2006, p.20

afirma:

Liderar significa conquistar as pessoas, envolve-las de

forma que coloquem seu coração, mente, espírito,

criatividade e excelência a serviço de um objetivo. É

preciso fazer com que se empenhem ao máximo na

missão, dando tudo pela equipe.

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Você não gerencia pessoas. Você lidera pessoas.

Com o passar dos anos, algumas necessidades foram se

manifestando mais rotineiramente nas organizações dentre elas está uma

maior contribuição intelectual de seus funcionários e uma dedicação maior

destes. É neste momento que surge a nova roupagem do chefe. Essa

transformação é tão profunda que o chefe deixa de ser visto como um mero

controlador de sua equipe e passa a chamar-se de líder, ou seja, um motivador

que consegue estabelecer uma comunicação adequada com a sua equipe e

favorece um bom clima no ambiente de trabalho.

O líder precisa ter sensibilidade, dedicação à equipe e intuição do

coletivo. Precisa ser antes de qualquer coisa, um gestor de pessoas e como tal,

deve agir de acordo com seu discurso uma vez que deve servir de exemplo

para sua equipe.

Ter conhecimento das ferramentas de gestão de pessoas poderá

auxiliar o líder na tomada de decisões em relação ao aproveitamento e

valorização dos talentos que integram as equipes de trabalho.

O aprendizado contínuo é a principal ferramenta de gestão, pois

direciona o líder ao desenvolvimento da capacidade de promover educação

com serviço de alta qualidade e dar abertura para a transmissão de

informações, tanto no ambiente interno quanto no ambiente externo de maneira

a permitir a participação dos colaboradores na tomada de decisões atuando

como educador, negociador, incentivador e coordenador.

O líder deve estar sempre atento ao comportamento profissional e

pessoal de seus colaboradores, buscando neles os seus pontos fortes e fracos,

conduzindo-os a uma busca continua por aprimoramento técnico e

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comportamental. Precisa ajuda-los a enxergarem a realidade e estimularem a

mudanças e a superação pessoal encarando sempre novos desafios.

A nova roupagem do líder hoje é de condutor para o alcance da

excelência e da própria superação. A descoberta da necessidade de

reconhecimento, segurança e sentimento de pertença por parte dos

empregados viabilizou esta nova roupagem do líder.

Peters (1989) ressaltou a importância da liderança no cenário de

incerteza e mudanças que vivemos atualmente. Para ele, o sucesso dos

empreendimentos dependerá 99% da capacidade de liderança e apenas 1% de

todo o resto que é ensinado nas escolas tradicionais como Harvard, Stanford e

Chicago que apesar de sua tradição, não ensinam liderança.

“O papel da liderança é descobrir e desenvolver novos

talentos e, muitas vezes, isso significa confrontar antigos

conceitos.” Peters (1989, p.36).

Peters acredita veementemente que gestão é talento e não uma

ciência. Por esta razão ele entende que líderes tem uma paixão, uma causa e

não um negócio. São verdadeiros entusiastas e acreditam nas pessoas, nos

relacionamentos.

3.1 – As qualidades de um líder

Liderança é uma habilidade. Peter Drucker, o guru da administração,

diz que pode haver muitos líderes natos, mas são bem poucos. “A liderança é

uma coisa que deve ser adquirida.” É muito perigoso acreditar que liderança é

pura e simplesmente um fator genético. Ao contrario do que se pensa os

líderes são feitos. A liderança é uma capacidade aprendida ou adquirida por

meio da educação e da aplicação.

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Partindo deste pressuposto, entendemos que o líder precisa ter ou

desenvolver algumas qualidades que serão como ferramentas chaves para o

desempenho da liderança.

3.1.1 - Paciência

A paciência é uma qualidade de caráter essencial para um líder na

medida em que paciência e auto controle são fundamentos do caráter e,

portanto, da liderança. Auto controle também pode ser entendido como controle

de impulso. Situações embaraçosas exigem do líder auto controle para que

possa reagir bem a essas situações conseguindo controlar seus desejos

básicos e seus caprichos.

O líder precisa desenvolver o habito de reagir de acordo com princípios

morais. A paciência e o auto controle refletem atitudes consistentes e

previsíveis. Isso facilita inclusive a convivência e torna o líder mais acessível.

3.1.2 - Gentileza

“Gentileza é dispensar atenção, apreciação e encorajamento aos

outros.” É “tratar os outros com cortesia”. Essa duas afirmações descrevem

muito bem o que é de fato a gentileza. Este ato exige que nos interessemos

pelos outros independentemente de afeição. Hunter, 2006 p. 53 afirma:

Pequenas manifestações de apreciação, de

encorajamento, de cortesia e de atenção, além de

conceder créditos e elogios pelos esforços realizados,

ajudam os relacionamentos a se desenvolverem de forma

adequada.

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A apreciação também é uma forma de motivação e cabe ao líder

apreciar seus funcionários. É seu papel encorajar as pessoas a partilharem

conhecimentos e experiências influenciando positivamente todos ao seu redor.

Palavras como “bom dia”, “por favor”, “obrigado”, “desculpe”, “eu estava

enganado”, são fundamentais para um bom relacionamento.

3.1.3 - Humildade

A palavra humildade, por ter como seu oposto a arrogância, vaidade ou

orgulho, tem sido empregada erroneamente. Isso porque as pessoas associam

humildade com passividade, modéstia ou ate mesmo com baixa auto estima.

Humildade na verdade é ausência de orgulho, arrogância ou pretensão;

comportamento autêntico.

Os líderes humildes tem plena consciência de que não tem todas as

respostas e aceitam isso com naturalidade. Não se iludem sobre quem são na

realidade e sabem que vieram ao mundo sem nada e que partirão sem nada e,

por este motivo aprenderam a se controlar e a não serem egoístas.

O líder que é humilde está sempre disposto a ouvir as opiniões dos

outros ainda que sejam contrárias e mostra com isso, que não está procurando

adulação e o credito para si mesmo. Sabem dizer “não sei”, “o que você

acha?”, “desculpe, eu estava enganado”, “você se saiu muito melhor do que eu

seria capaz.” É certo que eles têm ambições, mas ambições em primeiro lugar

e acima de tudo, pela empresa, e não por si mesmos. Sobre o líder humilde

Hunter, 2006, p.55, afirma:

Os líderes humildes consideram sua liderança uma

enorme responsabilidade e levam muito a sério a posição

de confiança e as pessoas a eles confiadas. Seu foco não

está nos benefícios corporativos nem na politicagem

interna, muito menos na corrida para ver quem vai ocupar

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a sala maior. Eles preferem se concentrar nas

responsabilidades inerentes à liderança.

Autênticos, eles não posam de sábios, estão sempre

disponíveis e, de certa forma, vulneráveis, porque tem seu

ego sob controle e não se baseiam em ilusões de

grandeza, acreditando que são indispensáveis para

empresa. Sabem muito bem que os cemitérios estão

repletos de pessoas indispensáveis.

Seguros de suas forças e limitações, os líderes humildes

estão conscientes de que o maior de todos os desafios é

acreditar que não cometeram erro algum.

Os líderes humildes são capazes de manter as coisas em

sua devida perspectiva.

3.1.4 - Respeito

Uma excelente definição para respeito é “tratar todas as pessoas com

a devida importância”. O líder precisa saber respeitar a todos independente de

cor, etnia, religião, orientação sexual etc. Uma forma de o líder demonstrar

respeito à capacidade e as habilidades de seus funcionários é delegando

funções. Desta forma, o líder constrói com sua equipe uma relação de

confiança. Hunter, 2006, p. 56 diz:

Respeito não é algo que você ganha quando se torna o

líder, o respeito é conquistado quando você se é o líder.

As pessoas não merecem ser respeitadas como seres

humanos ou mesmo porque trabalham para a mesma

organização que você? Se eu fosse um dos acionistas,

poderia argumentar que a função do líder é ajudar seu

pessoal a vencer e ser bem sucedido.

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Relembre a definição de amor. O amor é uma escolha, a

disposição de ajudar os outros a procurar seu bem maior,

independentemente de eles terem conquistado ou ganho.

O amor (liderança) não é uma tabela de Excel, na qual

você cria colunas com os pontos positivos e negativos das

pessoas e depois aperta o botão para a soma automática,

a fim de determinar se é devido algum respeito.

Nada disso. O líder concede respeito – ele opta por tratar

todas as pessoas como importantes, mesmo quando se

comportam mal ou “não fazem por merecer”. A priori,

todas as pessoas agregam valor a uma organização. E se

não o fazem, de quem é a culpa por isso? Por que ainda

estão ali?

3.1.5 - Altruísmo

Uma boa definição para altruísmo é “atender as necessidades dos

outros”. A pessoa quando se candidata a ser líder precisa tem em mente a

vontade de servir e de se sacrificar pelos outros, a disposição de abrir mão dos

próprios anseios pelo bem maior.

O líder que serve aos outros não tenta mudar ou melhorar os outros,

mas vive em um constante empenho em mudar e a melhorar a si mesmo.

3.1.6 - Perdão

Alguns não compreendem a importância que há no fato de um líder

saber perdoar. Perdoar significar “deixar para lá o ressentimento”. O líder

precisa ter sempre a plena consciência de que pessoas cometem erros. Em

algum momento alguém irá meter os pés pelas mãos, fazer uma besteira e

decepcioná-lo, magoá-lo e não se esforçarão como ele desejaria que fizessem.

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Algumas podem ate mesmo tentar se aproveitar dele. Por este motivo, é que o

líder precisa aceitar as limitações nos outros e ter uma enorme capacidade de

tolerar a imperfeição, afinal, ninguém é perfeito.

Deixar o ressentimento não é ser passivo, nem aceitar a impunidade e

muito menos fingir que qualquer tipo de comportamento é aceitável. Deixar o

ressentimento, perdoar, é como o comportamento das pessoas lhe afetou, lidar

com o problema e depois revelar todo e qualquer ressentimento existente. Isso

não acontece da noite para o dia. É uma qualidade que precisa ser

desenvolvida ao longo do tempo e para tanto é necessário ter maturidade, pois

costumamos encontrar desculpas para não perdoar quando nosso orgulho e

sentimentos são atingidos.

3.1.7 - Honestidade

Uma definição para honestidade é “não tentar enganar ninguém”.

Honestidade e integridade são qualidades essenciais em um líder. As pessoas

costumam se relacionar com que elas confiam, logo, sem confiança uma

organização, que é alicerçada em relacionamentos, não subsiste. Uma relação

baseada no respeito se constrói com honestidade e integridade. Para Hunter,

2006 p. 60

Desenvolver confiança exige esforço e comunicação. A

habilidade de comunicação ideal para os líderes eficazes

é a do tipo afirmativo. De certa forma, ela pode ser

considerada agressiva porque é franca, honesta e direta,

e não hesita em dizer a verdade, quer seja uma boa ou

má notícia. A diferença é que as pessoas afirmativas não

violam os direitos das outras – mantem um

comportamento respeitoso.

Muitos líderes se esquivam de fazer más avaliações sobre

desempenho ou questões organizacionais, como cortes

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no orçamento e dispensas coletivas. Quer saber de uma

coisa? As pessoas podem absorver o golpe! Elas

enfrentam problemas muito mais difíceis na vida

cotidiana.

Transmitir más notícias de uma forma objetiva e honesta

é a oportunidade perfeita para desenvolver uma relação

de confiança e credibilidade. Trata-se de uma

demonstração de confiança, porque mostra que você joga

limpo e não evita a verdade, qualquer que seja ela. Isso

se chama integridade.

Pense em integridade como uma postura coerente e

alinhada em pensamentos, palavras e ações. É como se

você incorporasse valores corretos, previsíveis e

compatíveis com seu comportamento. Como Gandhi

disse: “Um homem não pode fazer o que é certo em uma

área da vida, ao mesmo tempo que está ocupado fazendo

o que é errado em outra”.

3.1.8 - Compromisso

É uma qualidade importantíssima no líder. Pode ser definido como “ser

fiel a escolha.” Os melhores líderes são aqueles que cumprem com os

compromissos que assumem afinal, seria uma contradição muito grande exigir

que a equipe cumpra com todos os seus compromissos, e eles não cumprirem

com os seus, que sejam o melhor que possam ser, se eles próprios não

assumissem o compromisso de se tornarem os melhores. Hunter, 2006 p.61

diz:

Compromisso exige uma relação de lealdade com sua

equipe, especialmente quando surgem falhas ou quando

alguém precisa e sua ajuda. Mas veja bem: isso não

significa uma fidelidade cega. Compromisso é ter a

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coragem moral de fazer a coisa certa, independentemente

de relações de amizade ou outras alianças, mesmo que

seja impopular ou implique em risco pessoal.

Essas qualidades mencionadas são importantes para a formação de

um líder e para o sucesso de sua liderança. Nem sempre o líder conseguirá

reunir todas elas, mas este deve estar comprometido em desenvolvê-las ao

longo de sua jornada. Entender-se e enxergar-se como imperfeito, habilita o

líder a perseguir essas qualidades todos os dias, pois ao partir deste

pressuposto o líder entenderá que precisa melhorar em algo para servir e

atender de melhor forma as necessidades de sua equipe. Hunter, 2006, p.72

diz:

A liderança começa com uma opção, que é feita quando

nos alistamos para líderes. Quando a liderança opta por

fazer a coisa certa dia a dia, hora a hora, isso acaba se

tornando um hábito. Por “fazer a coisa certa” entenda ser

paciente, gentil, humilde, respeitoso, altruísta, honesto e

dedicado. Estes princípios são autoexplicativos, além de

revelarem também as qualidades de amor, liderança e

caráter.

Não é um trabalho fácil. Exige muito esforço e dedicação, mas a

colheita é recompensadora!

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CONCLUSÃO

A liderança é uma habilidade. Esta é desenvolvida através da

combinação do conhecimento com as ações necessárias para se tornar

eficiente. É, portanto, o processo de influenciar pessoas para que estas ajam

em prol dos objetivos da empresa. Os líderes são pessoas comuns, que na

maioria das vezes desenvolvem a habilidade da liderança ao longo da vida. Ao

contrário do que pensam pouquíssimos são os que nascem líderes. Ser líder

está relacionado à persistência e constância no aprendizado de habilidades

interpessoais que auxiliam no contexto em que o líder está inserido.

Eles criam as condições necessárias para que as pessoas exerçam

seu potencial proporcionando-lhes auto confiança e estimulando-as a correrem

atrás de seus objetivos. O líder é o motivador e entusiasta da equipe. Ele é

responsável por manter em seus liderados a paixão pelo que faz e o orgulho de

pertencer.

O líder também é responsável por desenvolver o ambiente (clima)

favorável para que sua equipe desenvolva suas atividades, conquistem seus

objetivos e se superem. Eles desenvolvem entusiasmo auto estima e ideias

entre seus funcionários e principalmente, ele tem a responsabilidade de

desenvolver novos líderes que sejam capazes de exercer a liderança no futuro.

A nova roupagem do líder descarta a filosofia do comandar e traz um

novo conceito em liderança que é o líder que se envolve e que busca atender

as necessidades de sua equipe em prol de um objetivo comum. Ele se envolve

e sabe usar seus envolvidos, procurando o comprometimento pela consciência

do próprio grupo em se sentir importante pelo meio escolhido.

A motivação neste processo de liderança é um componente

importantíssimo. Isso porque as ações humanas são impulsionadas pelas

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consequências do comportamento. Quando alguém é recompensado por

alguma ação, a tendência é que este alguém a repita. Os estímulos

motivadores incentivam a colocar mais energia, esforço e entusiasmo em seu

trabalho. O bom líder é aquele que consegue criar este ambiente favorável e

que consiga estimular sempre seus liderados a vencerem objetivos e se

superarem sempre.

Os trabalhadores são motivados acima de tudo pela qualidade de seu

trabalho e pelas relações que lhe dão suporte nele. Cabe ao líder a função de

motivar seus funcionários para que a empresa possa atingir da melhor maneira

possível os seus objetivos.

Para o profissional, sentir-se importante para a empresa em que

trabalha faz toda a diferença. O receber um elogio traz para este, o prazer de

exercer sua função e o orgulho de pertencer e contribuir para a empresa.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A LIDERANÇA 10

1.1 – Teorias sobre liderança 14

1.1.1 – Teoria de traço de personalidade 15

1.1.2 – Teoria dos estilos de liderança 16

1.1.3 – Teorias situacionais 19

CAPÍTULO II

A MOTIVAÇÃO 20

2.1 – Ciclo motivacional 24

2.1.1 – Frustração e compensação 25

2.2 – Clima Organizacional 27

CAPÍTULO II

A NOVA ROUPAGEM DO LÍDER 28

3.1 – As qualidades de um líder 30

3.1.1 – Paciência 31

3.1.2 – Gentileza 31

3.1.3 – Humildade 32

3.1.4 – Respeito 33

3.1.5 – Altruísmo 34

3.1.6 – Perdão 34

3.1.7 – Honestidade 35

3.1.8 – Compromisso 36

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CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

ÍNDICE 43