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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA COMO O DIFERENCIAL DA EMPRESA COMPETITIVA Por: Elaine Felippe Rodrigues Orientador Prof. Fernando Lima Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA COMO O DIFERENCIAL DA

EMPRESA COMPETITIVA

Por: Elaine Felippe Rodrigues

Orientador

Prof. Fernando Lima

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA COMO O DIFERENCIAL DA

EMPRESA COMPETITIVA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do curso de Pós-Graduação – “Latu

Sensu” em Gestão Estratégica de Vendas e

Negociação.

Por: Elaine Felippe Rodrigues

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus por

me permitir realizar mais esta conquista, a

meus familiares, a meu esposo que

sempre me apoiou e me incentivou, e a

todos que dividiram comigo as

experiências vivenciadas durante este

curso.

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DEDICATÓRIA

......dedica-se a meu filho Benício.

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RESUMO

Obter vantagem competitiva no atual mercado globalizado tem sido uma

busca incansável das organizações na atualidade. A logística torna-se neste

momento uma estratégica importante, contribuindo para minimizar os custos

operacionais e principalmente uma ferramenta essencial à eficácia das

tomadas de decisões. Os transportes, no interior da atividade de distribuição,

deixam de ser encarado como simples atividade de movimentação para se

tornar um elo estratégico entre clientes e fornecedores, ou seja, a última

fronteira de custos das empresas. As organizações estão reconsiderando a

importância da logística e dos canais de distribuição, vistos como ponto fraco

de muitas empresas até pouco tempo. Mudanças na logística podem criar

aumentos impressionantes na eficácia e na eficiência das organizações. O

objetivo geral deste trabalho é apresentar ou demonstrar alguns aspectos

relacionados à Logística como diferencial competitivo nas organizações

globalizadas. O investimento na Logística e em seus processos torna-se um

meio altamente eficaz para as empresas obterem sucesso em suas metas e no

alcance de seus objetivos. Ao investir na Logística as organizações tendem

tornarem-se mais aptas para enfrentar os desafios do mundo competitivo. A

competitividade entre as organizações pode ser feita de diversas maneiras,

seja na definição de novas estratégias, seja principalmente no investimento dos

processos Logísticos. Processos esses que poderão trazer para as

organizações maior competitividade, contribuindo assim para expansão dos

seus negócios e tornando-as mais globalizada. A Logística tornou-se um forte

elemento de diferenciação competitiva entre as organizações, exercendo papel

decisivo na sobrevivência ou decadência de uma corporação.

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METODOLOGIA

O modelo utilizado neste trabalho foi à pesquisa bibliográfica, que é um

conjunto de técnicas e estratégias que se empregam para localizar, identificar e

acessar documentos que sirvam de base para obter informação para a

pesquisa. Esta pesquisa foi feita em livros, revistas, internet e outros

documentos pertinentes ao tema.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Origem e Evolução Histórica da Logística 10

CAPÍTULO II

Logística: Conceitos e Abordagens 16

CAPÍTULO III

Gestão e Desafios 23

CAPÍTULO IV

Supply Chain Management 29

CAPÍTULO V

Logística Empresarial: Uma Vantagem Competitiva 36

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

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INTRODUÇÃO

Até poucos anos atrás a logística empresarial, como estrutura

organizada e integrada, era solenemente ignorada pela maioria da empresas

manufatureiras e prestadoras de serviços.

Com a abertura comercial, a partir do inicio dos anos 90, tornou-se

crescente a necessidade das empresas desenvolverem maior competitividade

nos mercados nacional e internacional.

O crescimento dos mercados nacionais e internacionais, a expansão das

linhas de produtos e as possibilidades enormes das telecomunicações, fazem

da distribuição e do processo logístico um conjunto importante das operações

gerenciais. As chamadas fronteiras logísticas em geral são consideradas como

as últimas etapas que podem ser exploradas para aumentar a praticabilidade

das empresas de qualquer categoria do obter e manter vantagens diferenciais

competitivas.

As atividades logísticas afetam os índices de preços, custos financeiros,

produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes.

No clima econômico rigoroso de hoje, em que os mercados em

expansão são poucos, em que os novos concorrentes globais estão acirrando a

competitividade, os negócios passaram inevitavelmente a enfatizar, como

ponto central, as estratégias que estabelecem uma lealdade de longo prazo

com o cliente.

O reconhecimento de que o relacionamento com o cliente é a chave

para os lucros a longo prazo, trouxe consigo a compreensão da importância

crucial de estabelecer um serviço diferenciado ao cliente. Como os mercados

apresentam cada vez mais características do alto consumo, em que os clientes

vêem pouca diferença entre as características físicas ou funcionais do produto,

há vários produtos similares, é através da prestação especial de serviços, que

cada organização faz a sua diferença.

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9Um serviço eficaz ao cliente não se consegue somente através de

empregados motivados embora isso seja um pré-requisito, mas por meio dos

sistemas logísticos que permitam a entrega do produto dentro dos padrões

exigidos pelo cliente.

Considerando este contexto, o trabalho no primeiro capítulo volta ao

passado e tenta mostrar as origens da logística, assim como, suas primeiras

referencias antes da época da logística empresarial.

No segundo capítulo são apresentados alguns conceitos e abordagens

sobre a logística, bem como a sua divisão em atividades primarias e de apoio.

No terceiro capítulo falaremos sobre a gestão da Logística e quais os

desafios enfrentados pelos Administradores nessa gestão.

Deixamos o quarto capítulo para falarmos sobre a ferramenta chamada

Supply Chain Managemente. Suas diferenças para a logística, assim como,

implantação, funções, dificuldades e resultados obtidos.

Por fim, o quinto capítulo nos mostra porque a logística empresarial

quando bem administrada, se torna uma importante vantagem competitiva para

as organizações.

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CAPÍTULO I

ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA

Desde a época dos homens das cavernas, mesmo que de uma forma

primária, o ser humano já utilizava logística, quando de tempos em tempos, de

forma nômade, deslocava-se de um local para outro, a fim de conseguir as

melhores condições de alimentação para sustentar a sua tribo e se proteger de

animais ferozes. Isso pode ser considerado como uma forma rudimentar de se

pensar a logística.

O conhecimento logístico foi utilizado de forma mais sistemática na arte

da guerra, tornando-se um diferencial para quem conseguia implementar

estratégias mais eficientes de movimentação e deslocamento das tropas,

suprimentos e equipamentos. Considerando que as características da logística

desenvolvidas para fins militares apresentavam muita afinidade com as

atividades industriais, esta estratégia passou a ser utilizada com sucesso nas

empresas, dando origem à Logística Empresarial.

A palavra logística vem do grego Logistikos, que em latim foi transcrito

como Logisticus, ambas as palavras significando o raciocínio matemático

relativo a lógica como hoje a conhecemos.

Não vamos encontrar na Antiguidade Grega referências diretas á

logística, como a gestão total da cadeia de suprimentos, como nós a

conhecemos hoje, por exemplo, mas elementos em torno dos quais ela se

formou, no transporte, no estudo de terrenos, suprimentos, máquinas, cavalos

e homens.

“Assim, o logos, para Aristóteles, é uma enunciação, uma fórmula, uma

explicação, um discurso explicativo ou um conceito. Lógica torna-se sinônimo

de conceito, de significação, de regras de verdade.” (SIQUEIRA, 2003, p.20)

Na obra atribuída ao General Chinês Sun Tzu (A arte da Guerra, 500

a.C. no reino de Wu na China) ele diz:

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11“O valor do tempo, isto é, estar ligeiramente adiante do adversário, vale

mais que a superioridade numérica ou os cálculos mais perfeitos com relação

ao abastecimento.” (SUN TZU na adaptação de CLAVELL, 2003 p.22)

Este ensinamento prático da Arte da Guerra com relação á velocidade

das batalhas trata das questões da duração das provisões diretamente

relacionadas ás batalhas: quanto mais rápido o desfecho menos importância

tem as questões de suprimentos. Mas pelo texto percebe-se que “cálculos mais

perfeitos com relação abastecimento” já era um assunto comum nos grandes

exércitos. Logo adiante ele relata: “Um general inteligente estabelece um ponto

de reabastecimento por saque no território inimigo” (Op. Cit, p.23)

Em outras traduções da obra de Sun Tzu encontraremos menções a

logística no campo militar, mas que poderia ser traduzida como fornecimento

no sentido de suprimento, abastecimento ou víveres:

“Há cinco elementos importantes nas regras militares:

O primeiro é a análise do terreno;

O segundo é o cálculo de força de trabalho e dos recursos de material;

O terceiro é o cálculo da capacidade logística;

O quarto é uma comparação de sua própria força militar com a do

inimigo;

O quinto “é uma previsão de vitória ou derrota.”

Fonte: SUN TZU, A ARTE DA GUERRA

Conforme o homem foi deixando de ser nômade e passou a prender-se

no solo por causa do desenvolvimento da agricultura, a logística não como arte

estudada e nem assim percebida como algo específico, foi tomando

importância na vida das pessoas. Decisões de como e para onde transportar os

grãos, localização de culturas e locais apropriados para a sua armazenagem

começaram a tomar importância.

A afirmação do parágrafo anterior encontra força ao analisarmos a

civilização egípcia, a manutenção do vasto Império do Egito deu-se no Delta do

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12Nilo e ao longo do Nilo, nos vales férteis inundáveis, com produção agrícola

suficiente de trigo par sustentar uma complexa sociedade e que necessitava de

armazéns públicos para sustentar a população nas entre safras ou no

desabastecimento, cerca de 1800 – 2000 a.C. O próprio trigo um grão duro,

resistente e estocável por razoável período de tempo cumpriu bem esta função.

Vejamos esta interessante passagem sobre os hebreus no Egito na

época dos Faraós:

“33. Agora, pois, escolha o rei um homem sábio e prudente para pô-lo á

testa do país.

34. Nomeie também o faraó administradores do país, que recolham a

quinta parte das colheitas do Egito, durante os sete anos de abundância.

35. Eles ajuntarão todos os produtos destes bons anos que vem, e

armazenarão o trigo nas cidades, á disposição do faraó como provisões a

conservar.

36. Estes mantimentos formarão para o país uma reserva em previsão

dos sete anos de fome que assolarão o Egito. Dessa forma o país não será

arruinado pela fome.

37. Essas palavras agradaram o faraó e toda a sua gente”.

Fonte: BÍBLIA AVE MARIA, Gênesis, 41

A mesma questão da produção agrícola ocorreu nas margens do rios

Tigres, Eufrates e Ganges (ANTUNES, 2005 p.61), onde se formaram também

grandes civilizações, o mesmo ocorrendo nos terraços da China, na cultura

alagada do arroz, e na cultura do milho nas civilizações pré-colombianas das

Américas, os Maias, Astecas e Incas do século XIII até XV (SILVA SOUZA,

2004 p.2).

Na Grécia, o florescimento do comércio por meio das rotas comerciais

entre as ilhas e o continente intensificou a importância da navegação. É

atribuído a Anaximandro de Mileto (610 – 546 a.C.) o primeiro mapa-múndi

Grego, mostrando os arredores da Grécia, a Península Ibérica, o Norte da

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13África (Líbia e Egito), a Península Itálica, uma parte da Pérsia e um pouco do

norte da Europa (COUPRIE, 2006 p.1).

Por meio de seus estudos BARKER (2005, p.87) concluiu que o avanço

Persa em 480 a.C. sobre a Grécia, mesmo sendo os persas derrotados, foi um

dos mais grandiosos exercícios logísticos da Antiguidade e envolveu grandes

esforços para abastecer mais de duzentos mil homens em território hostil.

Na obra a Arte da Guerra, escrita entre 1513 e 1521 existem duas

passagens interessantes e claramente os conceitos da logística estão

implícitos neste contexto:

“É melhor vencer o inimigo com a fome do que com o ferro, pois na

vitoria obtida com este vale muito mais a sorte do que o valor”.

“Quem não prepara os alimentos necessários para subsistir é vencido

sem o emprego das armas.” (MAQUIAVEL, 2002 p.127)

Foi no século XX, com a própria evolução da Arte da Guerra que a

Logística aprimorou-se, mas não poderemos falar da Ciência Logística, pois

como a guerra é uma arte.

BALLOU (1993, p.28) faz um interessante resumo da Logística

“adormecida”, este autor considera a Logística muito rudimentar antes de 1950

e só ganhando força no pós-guerra dos “Anos de Chumbo”.

A incorporação da Logística por parte das empresas é o que vai criar a

Logística Empresarial a partir dos anos 50 e que hoje contribui como Vantagem

Competitiva nas empresas que atuam globalmente.

Até a década de 40 o mundo empresarial era caracterizado por:

• Alta produção;

• Baixa capacidade de distribuição;

• Despreocupação com custos;

• Inexistência do conceito de logística empresarial.

De 1950 a 1965 surge o conceito de logística empresarial, motivado por:

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• Uma nova atitude do consumidor;

• Pelo desenvolvimento da análise de custo total;

• Pelo início da preocupação com os serviços ao cliente e de maior

atenção com os canais de distribuição.

De 1965 a 1980:

• Consolidação de conceitos;

• Colaboração decisiva da logística no esforço para aumentar a

produtividade da energia, visando compensar o aumento dos

fretes, conseqüência:

• Crise do petróleo;

• Crescimento dos custos da mão-de-obra;

• Crescimento dos juros internacionais.

Após 1980:

• Desenvolvimento revolucionário da logística decorrente das

demandas ocasionais;

• Pela globalização;

• Pelas alterações estruturais na economia mundial;

• Pelo desenvolvimento tecnológico.

A evolução da logística empresarial tem inicio a partir de 1980, com as

demandas decorrentes da globalização, alteração estrutural da economia

mundial e desenvolvimento tecnológico, tendo como conseqüência a

segmentação da logística empresarial em três grandes áreas:

1 – Administração de materiais: que é o conjunto de operações

associadas ao fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-

prima até a entrada na fabrica; em resumo é “disponibilizar para produção”;

sendo que participam desta área os setores de: Suprimentos, Transporte,

Armazenagem e Planejamento e Controle de Estoques.

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152 – Movimentação de materiais: transporte eficiente de produtos

acabados do final de linha de produção até o consumidor; sendo que fazem

parte o PCP (Planejamento e Controle da Produção), Estocagem em processo

e Embalagem.

3 – Distribuição física: que é o conjunto de operações associadas à

transferência dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção

até o local designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo

garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais,

oportunamente e a preços competitivos; em resumo é “tirar da produção e fazer

chegar ao cliente”. Participam os setores de Planejamento dos Recursos da

Distribuição, Armazenagem, Transportes e Processamento de Pedido.

Com a globalização e o nascimento da Internet no mundo moderno, a

logística se mostrou muito mais que necessária. Com isso, as pessoas

passaram a adquirir produtos no conforto de suas próprias casas, aparecendo

cada vez mais campo para a logística crescer. As empresas de hoje em dia

deve estar preparadas para a competição logística a nível mundial, prontas

para fazer entregas ao outro lado do mundo em menos de 24 horas, mesmo

dentro do seu território local, mudando, assim, o foco de empresas

multinacionais.

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CAPÍTULO II

LOGÍSTICA: CONCEITOS E ABORDAGENS

O objetivo deste capítulo é demonstrar alguns conceitos relacionados à

atividade logística, assim como, algumas abordagens para que esta atividade

possa ser melhor compreendida e implementada em qualquer tipo e porte de

organização.

Muito se fala a respeito da logística como sendo, atualmente, a

responsável pelo sucesso ou insucesso das organizações. Porém, o que se

pode perceber no mercado é que muito pouco se sabe sobre as atividades

logísticas e como as mesmas devem ser definidas nas organizações. É

importante então evitar que situações de modismo acabem por influenciar o

uso errado da palavra e, o que seria muito pior, de suas técnicas e atividades.

Pode-se definir logística como sendo a junção de quatro atividades

básicas: as de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos.

Para que essas atividades funcionem, é imperativo que as atividades de

planejamento logístico, quer sejam de materiais ou de processos, estejam

intimamente relacionadas com as funções de manufatura e marketing.

O termo Logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês

logistique e tem como uma de suas definições a parte da arte da guerra que

trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção,

armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação

de material (para fins operativos ou administrativos).

O termo Logística vem sendo cada vez mais empregado por executivos

e profissionais de administração. Os avanços do comércio eletrônico,

fulgurantes em termos de rapidez da informação e da comunicação, para se

concretizarem, dependem de processos na logística, hoje o “calcanhar-de-

aquiles” do comércio globalizado.

O sistema logístico inclui o fluxo total dos materiais, desde o ponto de

aquisição de matéria-prima até o da entrega ao consumidor. De acordo com

Dias et al: “...a logística foi definida na década de 1970, num livro pioneiro da

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17área no Brasil, como a arte de administrar o fluxo de materiais, produtos e

pessoas de determinados locais para outros, onde estes são necessários.”

(2003, p.216)

Uelze (1974) definiu a logística como o processo de planejamento,

implementação, controle eficiente e eficaz do fluxo de matérias-primas,

estoques de produtos semi-acabados e acabados, bem como do fluxo de

informações a eles relativas, desde a origem até o consumo, com o propósito

de atender aos requisitos dos clientes. Segundo este mesmo autor, anos mais

tarde, essa definição foi ampliada incorporando a responsabilidade pelo

planejamento de todo o processo da cadeia de suprimentos. A logística encara

suas funções sob o ângulo de uma empresa, ao passo que o olhar da cadeia

de suprimentos é panorâmico e estende-se de ponta a ponta do mercado.

Christopher (2001) afirma que a logística pode ser vista como o

processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e a

armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de

informações correlatas), por meio da organização e de seus canais de

marketing, de modo a maximizar, pelo atendimento dos pedidos a baixo custo,

as lucratividades presente e futura.

Pela definição do Council of Logistics Management:

“Logística é a parcela do processo da cadeia de

suprimentos que planeja, implanta e controla o fluxo

eficiente e eficaz de matérias primas, estoque em

processos, produtos acabados e informações,

relacionadas, desde seu ponto de origem até o ponto de

consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos

clientes”. (apud Novaes, 2001)

Esta definição exprime a amplitude da logística, destacando desde sua

visão estratégica, focada no atendimento ao cliente e no comprometimento

com a extensão da cadeia de suprimentos, até o nível mais operacional, pela

preocupação com o controle de atividades (medição da eficiência e eficácia),

que envolve os fluxos físicos e de informações.

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18Já Ballou afirma que:

“A logística empresarial trata de todas atividades de

movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de

produtos desde o ponto de aquisição de matéria-prima até

o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de

informações que colocam os produtos em movimentos,

com o propósito de providenciar níveis de serviço

adequados aos clientes a um custo razoável.” (1993, p.

24)

Podemos separar a Logística em atividades, sendo que as atividades

primárias seriam divididas em pelo menos três: transporte, manutenção de

estoque e processamento de pedidos. Vamos a elas:

Transporte – Como o transporte é confundido como a Logística em si, há

uma visão distorcida que seria essa a mais importante; na verdade, com o

conceito de Logística integrada, o transporte não perde a importância, mas

divide as atenções com as demais funções Logísticas.

Referindo-se, ainda, ao transporte, podemos salientar que, para a

maioria das empresas, ele é a atividade Logística mais importante,

simplesmente porque ela absorve, em média, de um a dois terços dos custos

logísticos. O transporte refere-se aos vários métodos para se movimentar

produtos, sendo que as alternativas mais populares são o modos rodoviário,

ferroviário e aeroviário. A administração da atividade de transporte geralmente

envolve a decisão quanto ao método de transporte, aos roteiros, e à utilização

da capacidade dos veículos.

Manutenção de Estoque – Não podemos desprezar essa importante

atividade, que envolve uma grande responsabilidade e compromete igualmente

os recursos financeiros, impactando sobremaneira o processo logístico.

Geralmente, não é viável providenciar produção ou entrega instantânea aos

clientes. Para atingir um grau razoável de disponibilidade de produto é

necessário manter estoques e por se tratar de um valor consideravelmente alto,

a manutenção dos estoques é uma atividade-chave da Logística. A

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19administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto

possível, ao mesmo tempo em que provê a possibilidade desejada pelos

clientes.

Processamento de Pedidos – A outra atividade básica da Logística está

relacionada diretamente com os custos de processamento de pedidos, que

tendem a ser pequenos quando comparados aos custos de transportes ou de

manutenção de estoques. Sua importância deriva do fato de ser um elemento

crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes.

É a atividade primária que inicia a movimentação de produtos e a entrega de

serviços.

Além dessas atividades relacionadas com a parte básica da Logística,

ainda temos que analisar as atividades de apoio, que serão fundamentais para

o melhor desenvolvimento da ação Logística.

Essas atividades são fundamentais para as ações Logísticas de

execução e estão relacionadas com a parte prática propriamente dita.

A Logística tem uma nova concepção muito mais abrangente e não está

mais relacionada apenas com transporte, estocagem ou distribuição. A

Logística está relacionada praticamente com todos os pontos da organização,

quer como atividade principal, quer como atividade de apoio.

As atividades de apoio são fundamentais para a boa prestação de

serviços e implicam diretamente no resultado operacional das organizações.

Para tanto, devem ser administradas e coordenadas com o máximo de eficácia,

pois caso apresentem problemas, irão comprometer a cadeia produtiva como

um todo.

As atividades de apoio são divididas em seis: armazenagem, manuseio

de materiais, embalagem de proteção, obtenção, programação de produtos e

manutenção de informação. Vamos a elas:

Armazenagem – Refere-se à administração do espaço necessário para

manter estoques. Envolve problemas como localização, dimensionamento de

área, arranjo físico, recuperação do estoque, projeto de docas ou baías de

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20atracação e configuração do armazém. Esse princípio também tem sofrido

modificações na era moderna, onde se tenta cada vez mas diminuir o nível de

estoques, buscando a distribuição direta como forma de redução de custos,

sendo que os armazéns também têm sofrido diretamente com essa nova

filosofia, mudando as suas características originais.

A armazenagem e o manuseio de mercadorias são componentes

essenciais do conjunto de atividades Logísticas. Seus custos podem chegar a

absorver de 10% a 40% das despesas Logísticas de uma empresa.

Ao contrário do sistema de transporte, que ocorre entre locais e tempos

diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais acontecem, na maioria

das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos dessas

atividades estão intimamente associados à seleção desses locais.

Manuseio de Materiais – Está associada com a armazenagem e também

apóia a manutenção de estoque. É uma atividade que diz respeito à

movimentação do produto no local de estocagem. Deve estar atento a alguns

detalhes como: seleção do equipamento de movimentação, procedimentos

para a formação de pedidos, balanceamento da carga de trabalho.

O manuseio das cargas é relevante para o estudo logístico porque sua

função de apoio nos locais de armazenagem e estocagem de produtos segue

princípios rigorosos de proteção da carga, evitando danificar os produtos, e

também formas mais econômicas de utilização de mão-de-obra que, embora

representem uma pequena parcela do custo final, podem influir diretamente

sobre o diferencial logístico.

Embalagem de Proteção – Um dos objetivos da Logística é movimentar

bens sem danificá-los além do economicamente razoável. Bom projeto de

embalagem do produto auxilia a garantir movimentação sem quebras. Além

disso, dimensões adequadas de empacotamento encorajam manuseio e

armazenagem eficientes. Da mesma maneira que o manuseio de materiais

está ligado a armazenagem, a embalagem de proteção está ligada ao

manuseio de materiais, formando, assim, uma ligação entre as ferramentas de

apoio da Logística que são importantes para o seu pleno funcionamento.

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Obtenção – É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema

logístico. Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem

adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o produto é

comprado. É importante para a Logística, pois decisões de compra têm

dimensões geográficas e temporais que afetam os custos logísticos.

A obtenção não deve ser confundida com a função de compras.

Compras incluem muitos detalhes de procedimento que não são

especificamente relacionados com a tarefa Logística, daí o uso do termo

obtenção como substituto. Na Logística integrada, os departamentos interagem

visando ao melhor aproveitamento logístico. Esse talvez seja o melhor exemplo

que podemos ter, embora o departamento de compras seja independente do

de Logística, a sua decisão de compra será fatalmente influenciada pelas

condições apontadas pelo departamento de Logística.

Programação de Produtos – Enquanto a obtenção trata do suprimento

(fluxo de entrada) de empresas manufatureiras, a programação de produto é

tida como a distribuição (fluxo de saída). Refere-se primariamente às

qualidades agregadas que devem ser produzidas e quando e onde devem ser

fabricadas. Não diz respeito à programação detalhada de produção, executada

diariamente pelos programadores de produção. Está diretamente ligada a

obtenção, sendo que a soma da obtenção e da programação de produtos é

fundamental para a função compras de uma organização; é nelas que a

empresa deve apoiar suas decisões de compra, pois tem uma enorme

formação de dados e informações substanciais e reais.

Manutenção de Informações – Nenhuma função Logística dentro de

uma empresa poderá operar eficientemente sem as necessárias informações

de custo e desempenho. Tais informações são essenciais para o correto

planejamento e controle logístico. Manter uma base de dados com informações

importantes – por exemplo, localização dos clientes, volumes de vendas,

padrões de entregas e níveis dos estoques – apóia a administração eficiente e

efetiva das atividades primárias e de apoio. Sobre esses aspectos lembramos

que a manutenção de informações está ligada também à Tecnologia de

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22Informação, e serve como fundamentação para tomada de decisões, tanto na

ordem conceitual, ou de planejamento, como na ordem operacional.

A relevância da manutenção de informações para as organizações é

inquestionável. O seu Know How, o seu diferencial competitivo, ou a sua

enorme capacidade de planejamento estão proporcionalmente comparados à

sua capacidade de absorção e de tratamento das informações adquiridas e

mantidas por elas.

Essas ferramentas de apoio logístico, isoladamente, talvez não tenham

um peso tão significativo sobre os resultados operacionais, mas, sem qualquer

uma delas, ou com uma delas operando de forma inconsistente, o resultado

final será severamente comprometido, tornando a operação vulnerável tanto

em competitividade, quanto em eficiência e rentabilidade. É necessário ter em

mente que, sempre, o conjunto de ações fará com que as opções Logísticas

tendam a ser realizadas por uma ou por outra organização, ou de maneira

própria, sendo que todos os aspectos se tornam importantes.

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23

CAPÍTULO III

GESTÃO E DESAFIOS

No contexto altamente competitivo que as organizações se encontram, a

gestão correta da logística vem contribuindo como um diferencial de qualidade

e de fidelização do cliente que hoje é bastante exigente, pois sabe exatamente

o que quer.

Anteriormente a logística era vista apenas como uma atividade

esquecida, considerada apenas como função de apoio, não figurando muitas

vezes nas estratégias empresariais. Estas empresas mantinham seu foco em

Marketing, Vendas e Lucro. A partir da década de 1950 algumas empresas

deram ênfase ao controle e redução de custos, tendo aí a Logística uma

analise mais aprofundada, e seus conceitos e estudos bem mais levados em

conta.

Sendo a logística tão importante para o gerenciamento de custos,

composição de preço, prazos de entrega e satisfação de clientes, ela não pode

mais ser apresentada só como uma área das organizações. Mas sim como

ferramenta de competitividade, liderança e sucesso.

Para que a Logística contribua de forma significativa com a organização

faz necessário ater-se a fatores e processos que com certeza farão a diferença

na hora de estruturar um projeto.

• Eliminar atividades que não agregam valor;

• Reduzir os custos de produção por meio da simplificação e integração

de processos, bem como a utilização de novas tecnologias;

• Reduzir as necessidades de estoques por meio de sistema de

planejamento, melhorar a flexibilidade e conformidade ao mercado;

• Alinhando com sinergia e responsividade os setores de finanças,

recursos humanos, marketing, compras, produção e engenharia;

• Agir com transparência, respeito à equipe, ética, comprometimento e um

bom gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.

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24Tudo isso contando com profissionais qualificados, comprometidos e

competentes porque no mercado e no mundo de hoje advindo da globalização,

crises e competitividade entre nossos diversos concorrentes, temos que estar

aptos a solucionar estas questões no conceito gerencial.

Numa economia globalizada, os saberes da logística surgem para

planejar, executar e controlar o transporte, movimentação e armazenagem dos

produtos dentro e fora das empresas, garantindo a sua integridade física e o

prazo de entrega acordado com o cliente. Fazer um produto, serviço ou

informação chegar intacto, no tempo certo, ao menor custo, na mão daquele

que o deseja, de maneira que atenda todas as suas expectativas: isto é o

estado da arte da logística.

Dentre os aspectos mais importantes no processo logístico, o

fundamental é ter a visão integrada de toda a cadeia logística, promover ações

para melhorar os níveis de serviço, racionalizar os processos e reduzir os

custos, além de estabelecer indicadores de desempenho para mensuração dos

resultados.

Uma das mais importantes tendências comerciais do século XX foi à

emergência da Logística como conceito integrado que abrange toda a cadeia

de suprimentos, desde a matéria-prima até o ponto de consumo.

A filosofia fundamental, que está por trás deste conceito, é a do

planejamento e coordenação do fluxo de materiais da fonte até o usuário como

um sistema integrado, em vez de, como é o caso tão freqüente, gerenciar o

fluxo de bens como uma série de atividades independentes.

Desta forma, sob o regime de gerenciamento logístico, o objetivo é ligar

o mercado, a rede de distribuição, o processo de fabricação e a atividade de

aquisição, de tal modo que os clientes sejam servidos com níveis cada vez

mais altos, ainda assim mantendo os custos baixos.

O ciclo de vida dos produtos está ficando cada vez menor, essa

diminuição exige informações bem mais velozes, precisas e oportunas, que faz

com que qualquer falha na qualidade, quantidade ou processamento da

informação seja fatal para a empresa. O que temos presenciado em muitos

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · alagada do arroz, e na cultura do milho nas civilizações pré-colombianas das Américas, os Maias, Astecas e Incas do século

25mercados é o efeito das mudanças de tecnologia e da demanda do

consumidor, que se combinam para produzir mercados mais voláteis em que

um produto pode ficar obsoleto quase tão logo seja lançado.

Esse encurtamento do ciclo de vida tem criado sérios problemas para o

gerenciamento logístico. De modo particular, os ciclos de vida curtos exigem

prazos menores, na verdade, nossa definição de prazo precisa ser mudada.

Tradicionalmente, prazo (lead-time) é definido como período de tempo

decorrido entre o recebimento do pedido do cliente e a entrega do produto.

Entretanto, no ambiente atual, existe uma perspectiva mais ampla que precisa

ser considerada. O prazo real é o tempo consumido desde a prancheta,

passando pela aquisição de material, fabricação e montagem, até a entrega do

produto final. Este é o conceito de prazo estratégico, e o gerenciamento deste

tempo é a chave do sucesso no gerenciamento das operações logísticas.

O meio de alcançar o sucesso em tais mercados é acelerar o movimento

através da cadeia de suprimentos e tornar todo o sistema logístico mais flexível

e sensível a estes mercados em mutação rápida.

Sendo assim, os principais desafios do gerenciamento logístico são:

1. Encurtar o fluxo logístico: As empresas tendem a encurtar os fluxos

logísticos e trazê-los para próximo de suas plantas o que permite a

operação adotando-se os princípios de Just-in-Time na entrega, e na

fabricação, agilizando a colocação dos produtos no mercado.

Entende-se por Just-in-time como filosofia de manufatura baseada na

eliminação de toda e qualquer perda e na melhoria contínua da

produtividade. Envolve a execução com sucesso de todas as atividades

de manufatura necessárias para gerar um produto final, desde o projeto

até a entrega. Os elementos principais do Just-in-Time são: ter somente

o estoque necessário, quando necessário; melhorar a qualidade

tendendo a zero defeito; redução de tempo e tamanhos de lotes da

produção; revisar as operações e realizar tudo isto a um custo mínimo.

De forma ampla, aplica-se a todas as formas de manufatura, seções de

trabalho e processos, bem como as atividades repetitivas.

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262. Melhorar a visibilidade do fluxo logístico: A visibilidade do fluxo

logístico é de vital importância para a identificação dos gargalos de

produção e na redução dos estoques, para isto as barreiras

departamentais devem ser quebradas e as informações compartilhadas.

As estruturas devem ser voltadas para o mercado, caracterizadas pela

qualidade dos sistemas de informação.

3. Gerenciar a logística como um sistema: O processo logístico deve ser

gerenciado de forma sistêmica, pela importância na combinação da

capacidade de produção com as necessidades do mercado. É

importante que o processo reconheça os inter-relacionamentos e

interligações da cadeia de eventos que conectam fornecedor ao cliente.

É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte

do sistema causará reflexos nos sistema inteiro.

Os gerentes devem identificar como finalidade principal adicionar valor

ao seu negócio pelo enfoque no fluxo de materiais.

A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem

competitiva em mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo às

empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em prazos cada

vez menores.

A finalidade principal de qualquer sistema lógico é a satisfação do

cliente. Esta é uma idéia simples, nem sempre fácil de entender por

gerentes envolvidos com o planejamento da produção ou controle de

estoque, que parecem estar distante do mercado. O fato evidente é que

todas organizações possuem o serviço ao cliente como meta. Em

verdade, muitas pessoas de empresas bem sucedidas começaram a

examinar os padrões de seus serviços internos para que todas as

pessoas que trabalham no negócio compreendessem que elas deveriam

prestar serviços para alguém, no caso o cliente.

O objetivo deve ser estabelecido de uma cadeia de clientes, que liga as

pessoas em todos os níveis de organização, direta ou indiretamente, ao

mercado; o administrador é forçado a pensar e agir de forma sistêmica,

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27transformando a logística, de ferramenta operacional em ferramenta

estratégica para as empresas.

No começo era interessante, que as empresas estavam apenas

interessadas em praticar a Logística como uma ferramenta meramente

operacional para escoamento de produção. Nessa época, o atendimento ao

cliente era algo que não tinha valor.

Com o passar do tempo, as empresas perceberam que se as

necessidades dos clientes fossem atendidas, maiores seriam as chances de

que eles se tornassem fiéis, principalmente pela grande concorrência que se

iniciava. É importante destacar que durante os últimos trinta anos, as empresas

também buscaram se estruturar internamente, investindo em áreas e

processos. A última fronteira para a equalização de suas atividades para

atender as necessidades dos clientes e controlar seus custos é a área de

Logística, que não era tão valorizada e notada como está sendo agora, daí a

principal razão para esse crescimento que estamos presenciando.

Hoje, diante do cenário mundial, as empresas perceberam que para

atender as necessidades dos clientes, é impossível trabalhar isoladamente. Por

isso, tem buscado a integração entre fornecedores e clientes para conseguir

chegar ao cliente final, satisfazendo as necessidades do consumidor e

conseguindo sucesso nos negócios.

É importantíssimo destacar que a Logística começa pela necessidade do

cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de produção.

A boa gestão da Logística é importante porque cria valor para os

consumidores e fornecedores da empresa, valores estes, expressos em tempo

e lugar. Além disso, faz com que a Logística torne-se um forte elemento de

diferenciação competitiva entre as companhias, exercendo papel decisivo na

sobrevivência ou decadência de uma corporação.

Os fatores logísticos se estabelecem desde os fornecedores de

matérias-primas e insumos, com os prestadores de serviços, parceiros,

clientes, distribuição de produtos, enfim, com uma visão completa da cadeia de

suprimentos, em perfeita consonância com os objetivos do negócio.

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28 Na empresa moderna, há a necessidade de grande flexibilidade na

produção, isto é, cada vez mais é preciso fabricar produtos com muitos

modelos, feitos em prazos mais curtos, com vidas úteis menores, devendo ser

entregues em menos tempo ao cliente. A Logística traduz estes requisitos do

negócio em realizações físicas, garantindo o sucesso empresarial.

A Logística tem um papel relevante na modernidade empresarial; um elo

produtivo insofismável, que vem ganhando espaço e reconhecimento, na hora

de focalizar custos, receitas e, principalmente, quando configura a certeza da

entrega no lugar certo, no tempo acordado e daquilo que foi contratado. Os

movimentos físicos de produtos e insumos fazem parte de uma rede complexa

e variável, requerendo especialização e conhecimento que permitam, ao

mesmo tempo, otimizar processos Logísticos e assegurar os resultados dos

negócios das empresas.

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CAPÍTULO IV

SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

O Supply Chain Management foi definido, em 1994, pelo Internacional

Center of Competitive Excellence (ICCE) como:

[2] a integração dos processos do negócio, desde o

usuário final até os fornecedores originais que

proporcionam os produtos, os serviços e as informações,

a fim de agregar valor para o cliente. A ênfase está na

integração entre as empresas que participam da cadeia

de suprimentos e na meta suprema de criar valor para o

cliente. (DIAS et al., 2003,p.217)

O Supply Chain Management (SCM) começou a se desenvolver apenas

no início dos anos 90, e mesmo a nível internacional, são poucas as empresas

que já conseguiram implementá-lo com sucesso. A nível acadêmico, o conceito

pode ser considerado ainda em construção, sendo que alguns profissionais

consideram o SCM como apenas um novo nome, uma simples extensão do

conceito de logística integrada, ou seja, uma ampliação da atividade logística

pra além das fronteiras organizacionais, na direção de clientes e fornecedores

na cadeia de suprimentos.

Em contraposição a esta visão restrita de que o Supply Chain

Management é apenas uma extensão da logística integrada, o SCM acrescenta

outras atividades de fundo mais gerenciais e estratégicas, como a questão das

parcerias e das alianças estratégicas. Assim, as empresas passaram a quebrar

suas fronteiras organizacionais, visando, num primeiro momento, a

aproximarem-se dos elos vizinhos na cadeia de suprimentos (fornecedores e

clientes primários) com o intuito de resolverem problemas de qualidade, fluxo

de abastecimento e flexibilidade de pedidos. O nível dos problemas tratados,

quanto à complexidade e à importância tende a evoluir com o estreitamento

dos relacionamentos, passando de operacionais para estratégicos.

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · alagada do arroz, e na cultura do milho nas civilizações pré-colombianas das Américas, os Maias, Astecas e Incas do século

30O SCM busca intensificar os benefícios de uma gestão integrada da

cadeia de suprimentos. Assim, as estratégias e as decisões deixam de ser

formuladas e firmadas sob a perspectiva de uma única empresa, mas sim de

uma cadeia produtiva como um todo. O SCM introduz uma mudança no modelo

competitivo, à medida que considera que cada vez mais a competição no

mercado ocorrerá no nível das cadeias produtivas e não apenas no nível das

unidades de negócios isoladamente.

O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução

natural do conceito de Logística. Enquanto a Logística representa uma

integração interna de atividades, o Supply Chain Management representa sua

integração externa, pois estende a coordenação dos fluxos de materiais e

informações aos fornecedores e ao cliente final.

Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente

interativa e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-

offs (representa uma troca compensatória entre alguns parâmetros como

custos, tempo, etc), pois ele expande as fronteiras organizacionais e deve

assim considerar, trade-offs dentro e entre as organizações no que diz respeito,

por exemplo, a estoques: aonde inventários devem ser mantidos e onde

atividades diversas devem ser desenvolvidas.

Para reforçar o entendimento do que é SCM e o que é Logística, pode-

se citar Bowersox (1996) que afirma ser o Supply Chain um termo que

considera uma sequência de compradores ou vendedores trabalhando em

conjunto para levar o produto da origem até a casa do consumidor e, que a

Logística é o movimento de produtos, e da informação relativa a eles de um

lugar a outro. Isto conclui transporte, armazenagem, movimentação de

material, estoques e a informação inerente a tudo isto.

Em síntese o autor resume que a Logística é a integração de todas estas

partes de uma maneira seqüenciada, é algo envolve a operação e o Supply

Chain (e, por conseguinte seu gerenciamento) é uma estratégia, uma parte

maior do negócio.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · alagada do arroz, e na cultura do milho nas civilizações pré-colombianas das Américas, os Maias, Astecas e Incas do século

31Vollmann & Cordon (1996), afirmam que um objetivo básico do SCM é

maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias entre as partes da cadeia

produtiva, de forma a atender o consumidor final mais eficientemente, tanto

através da redução dos custos, como através da adição de mais valor aos

produtos finais. A redução dos custos tem sido obtida, através da diminuição do

volume de transações de informações e papéis, dos custos de transporte e

estocagem, e da diminuição da variabilidade da demanda de produtos e

serviços, dentre outros.

Mais valor tem sido adicionado aos produtos, através da criação de bens

e serviços customizados, do desenvolvimento conjunto de competências

distintas; através da cadeia produtiva e dos esforços para que, tanto

fornecedores como clientes, aumentem mutuamente a lucratividade.

Práticas eficazes na SCM tem sido implementadas em todo mundo, as

quais tem visado a simplificação e obtenção de uma cadeia produtiva mais

eficiente. Resultados positivos têm sido obtidos principalmente através de

procedimentos como os listados abaixo:

1. Reestruturação e consolidação do número de fornecedores e

clientes – Significa reestruturar (geralmente através de redução) o

número de fornecedores e clientes, construindo e aprofundando as

relações de parceria com o conjunto de empresas com as quais,

realmente, se deseja desenvolver um relacionamento colaborativo e com

resultado sinérgico.

2. Divisão de informações e integração da infra-estrutura com clientes

e fornecedores – A integração de sistemas de

informações/computacionais e a utilização crescente de sistemas como

o EDI (Eletronic Data Interchange), entre fornecedores, clientes e

operadores logísticos tem permitido a prática, por exemplo, da reposição

automática do produto na prateleira do cliente (Efficient Consumer

Response). Tais práticas têm proporcionado, sobretudo, trabalhar com

entregas Just-in-time e diminuir os níveis gerais de estoque. Também, a

utilização de representantes permanentes (In plant representatives) junto

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32aos clientes tem facilitado, dentre outras coisas, um melhor

balanceamento entre as necessidades do mesmo e a capacidade

produtiva do fornecedor, bem como uma maior agilidade na resolução

do problema.

3. Desenvolvimento conjunto de produtos – O envolvimento dos

fornecedores desde os estágios iniciais do desenvolvimento de novos

produtos (Early Supplier Involvement) tem proporcionado,

principalmente, uma redução no tempo e nos custos de desenvolvimento

dos mesmos.

4. Considerações logísticas na fase de desenvolvimento dos produtos

– Representa a concepção de produtos que facilitem o desempenho da

logística da cadeia produtiva, geralmente também envolvendo a escolha

de um operador logístico eficiente para administrar a mesma.

5. Integração das estratégias competitivas na cadeia produtiva –

Implica na compatibilização da estratégia competitiva e das medidas de

desempenho da empresa à realidade e objetivos da cadeia produtiva

como um todo.

Dentre as principais funções do SCM podemos citar as seguintes:

• O sistema inclui processos de logística que abrangem desde a entrada

de pedidos de clientes até a entrega do produto no seu destino final,

envolvendo aí o relacionamento entre documentos, matérias-primas,

equipamentos, informações, insumos, pessoas, meios de transporte,

organizações, tempo, etc...;

• Fiscalizar alguns indicadores de performance fundamentais para o

controle do resultado, como por exemplo, a qualidade e a inovação dos

produtos e serviços, velocidade da execução dos processo, tempo de

chegada ao mercado e aos consumidores, nível de serviço adequado às

necessidades de cada cliente e custos compatíveis com a percepção de

valor da demanda;

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• Possibilitar à empresa usuária cumprir rigorosas condições de entrega e

qualidade para os relacionamentos de longo prazo com clientes que se

baseiam na produtividade;

• Integrar os fluxos de informações para as programações de envio e

recebimento com os outros processos.

O SCM inclui processos de negócios que vão muito além das atividades

relacionadas à logística integrada, considerando tanto os trade-offs internos

quantos os interorganizacionais. A aplicação deste conceito vai exigir um

esforço rumo à integração não só de processos dentro da empresa – o que

sugeriria a adoção de uma logística integrada, mas também dos processos

chaves que interligam os participantes da cadeia de suprimentos. Exemplos

destes processos são as compras e o desenvolvimento de novos fornecedores

e produtos, este podendo envolver marketing, pesquisa e desenvolvimento,

finanças, operações e logística.

No processo de implantação do SCM encontramos algumas dificuldades

que ainda atrapalham o seu avanço, vamos a elas:

1. Os problemas com as Organizações Tradicionais – Entre os

observadores e comentaristas experientes no processo de

gerenciamento logístico, existe um consenso generalizado de que a

maior barreira para implementação do SCM é organizacional. Em outras

palavras, o maior impedimento para a mudança, nesta área vital, é a

estrutura entrincheirada e rígida, que se constitui num peso para a

maioria das companhias;

2. Os estoques avolumam-se nos limites funcionais – Se as funções

encorajadas a otimizar seus próprios custos, devido ao método

orçamento vigente, isto será muito freqüentemente realizados às custas

de estoques substancialmente volumosos no sistema como um todo. O

que acontecerá, digamos, se a produção procurar minimizar seus custos

unitários através de grandes lotes? Será a criação de mais estoque do o

normalmente exigido pelas necessidades imediatas. Da mesma forma,

se o gerente de compras procurar baixar os custos dos materiais através

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34da compra de grandes quantidades, novamente o estoque de matérias-

primas também será excessivo. Pulmões similares de estoques existirão

em toda a cadeia de suprimentos, nos limites das funções dentro da

organização e até mesmo nos limites entre as organizações;

3. Os custos do fluxo logístico não são transparentes – Os custos

relativos aos fluxos de materiais, através das áreas funcionais, não são

fáceis de medir. Daí o motivo por que os custos reais para prestar

serviços a diferentes combinações de produtos são raramente

revelados;

4. Os limites funcionais impedem o gerenciamento do processo – O

processo para satisfazer a demanda dos clientes começa com o

fornecimento de insumos que fluem através das operações de

fabricação ou montagem e continuam até a distribuição para os clientes.

Logicamente, a maneira ideal de gerenciar este processo é

considerando-se como uma entidade, e não o fragmentando em seções

estanques. Contudo, isto é mais ou menos o que acontece nas

companhias tradicionais, como temos visto, o que não somente é

ineficiente, mas realmente conduz a uma perda de eficácia em termos

competitivos.

5. As organizações tradicionais apresentam muitas faces aos clientes

– Na critica as organizações tradicionais, talvez o mais condenável seja

o fato que elas não apresentam uma única face ao cliente. Em vez

disso, quando este negocia como uma organização, em verdade tem

que tratar com muitas.

Esta critica vai além dos problemas óbvios que surgem quando um

cliente, procurando informações sobre um pedido, é passado de uma

seção para outra dentro da companhia – embora esta ocorrência seja

muito comum. O problema real é que ninguém, ou nenhum

departamento, tem poder para tratar da indagação do cliente, até a

entrega do pedido, ou melhor, para prestar serviços ao cliente.

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356. Falta de maturidade das empresas – Outra limitação para a

implementação do SCM está na dificuldade de se estabelecer um

entrosamento mais profundo entre as empresas que atuam numa

mesma cadeia. Muita desconfiança impera nessas relações, com

avanços lentos. A realização de parcerias com resultados efetivos só

pode dar certo quando a relação entre as empresas participantes forem

apoiadas em muita confiança e em ações profissionais permanentes.

As empresas que conseguirem vencer essas dificuldades perceberão

que as oportunidades são muitas e, com certeza, irão aumentar a

competitividade de quem se aventurar na implementação da SCM.

“Supply Chain é todo esforço envolvido nos diferentes

processos e atividades empresariais que criam valor na

forma de produtos e serviços para o consumidor final. A

gestão do Supply Chain é uma forma integrada de

planejar e controlar o fluxo de mercadorias, informações e

recursos, desde os fornecedores até o cliente final,

procurando administrar as relações na cadeia Logistica de

forma cooperativa e para o beneficio de todos os

envolvidos.” (CHING, 1999, p.67)

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CAPÍTULO V

LOGÍSTICA EMPRESARIAL: UMA VANTAGEM

COMPETITIVA

Em um mundo cada vez mais globalizado e sem fronteiras, encontrar um

diferencial competitivo se torna cada vez mais necessário para a sobrevivência

das empresas no mundo todo. Uma das opções que já vem sendo usado por

muitos são os conceitos de logística. A integração dos diversos setores da

empresa, e o pensamento comum na redução de custos, qualidade de

produção e fluxo rápido de informações, vem levando grandes empresas para

esse novo mundo chamado logística.

O ambiente em que as empresas operam atualmente é muito complexo

e fortemente competitivo. Portanto, elas estão buscando a diferenciação e o

estabelecimento de vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes.

Para alcançar esses objetivos, cada uma tenta encontrar o seu próprio

caminho; porém, entre muitas delas, um ponto comum pode ser observado: a

opção pela aplicação da logística, que deve ser entendida como o

gerenciamento estratégico dos fluxos de materiais e das informações correlatas

para levar, de forma eficiente e eficaz, os produtos de uma origem a um

destino.

Christopher (1997) visualiza a gestão da logística sob a ótica da geração

de vantagem competitiva, afirmando que:

[...] o gerenciamento logístico pode proporcionar uma

fonte de vantagem competitiva – em outras palavras, uma

posição de superioridade duradoura sobre os

concorrentes, em termos de preferência do cliente, pode

ser alcançada através da logística.

A mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo de

vida dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as

organizações adquiram e desenvolvam novas competências para conquistar e

manter clientes. Ampliam-se as dimensões da competitividade, a qual deixa de

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37ser regional para ser global. A concorrência passa a acontecer entre cadeias

produtivas e não mais entre empresas isoladas.

Nesse contexto, as vantagens e diferenciais competitivos são cada vez

mais efêmeros. Rapidez e flexibilidade deixam de ser apenas um discurso e

tornam-se obrigatórias.

A pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística

mostrar-se como uma escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas

exigências? Algumas respostas podem ser encontradas ao analisar os

aspectos seguintes:

1. A evolução de seu conceito: Ao incorporar e utilizar preceitos de

marketing, qualidade, finanças e planejamento, a logística tornou-se

uma disciplina multifuncional e, assim, aumentou sua contribuição para a

eficiência e a eficácia da gestão. Ainda mais, é capaz de manter a

atenção às necessidades internas da empresa e, ao mesmo tempo,

voltar os seus olhos aos desejos dos clientes;

2. O aumento de seu escopo: Com o tempo, a logística passou a se

preocupar com um número cada vez maior de atividades e deixou de ser

vista como operacional para tornar-se estratégica. Assim, deve ser

considerada em decisões importantes e receber a atenção dos mais

altos escalões da empresa;

3. A ampliação de sua abrangência: Inicialmente tratada de forma

funcional, passou a integrar as diversas funções internas da empresa e,

hoje, funciona como elo entre clientes e fornecedores;

4. Enfoque sistêmico e orientação para processos: Permitem uma visão

global da empresa e da cadeia produtiva como um todo. Desse modo,

de forma integradora, propicia que todos os interesses e pontos

relevantes sejam analisados na tomada de decisão;

5. Preocupação com a gestão de fluxos: O primeiro fluxo é o dos

materiais, o qual se inicia no fornecedor e termina na entrega ao

consumidor final. O segundo é o das informações, o qual tem um sentido

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38inverso ao do anterior. Então, pela sincronização e racionalização destes

fluxos, procura-se, simultaneamente, a redução de estoques, que são

consumidores de recursos, e o aumento da disponibilidade dos

produtos. Essa sinergia favorece, também, o fluxo financeiro da

empresa.

Machado (2008), explica que uma logística bem aplicada e entendida

ajuda a empresa na redução de custos e aumenta os produtos ou serviços

oferecidos ao cliente. Podendo torna-se um diferencial competitivo em seu

mercado de atuação. Esse é o caminho utilizado por vários setores da

economia brasileira como o automobilístico e o grande varejo. Nos últimos

anos varias empresas de automóveis vem construindo complexos produtivos,

utilizando os mais modernos conceitos de logística. São fabricas compactas,

com alta eficiência operacional e que produzem automóveis para todo mundo.

Machado (2008), ainda explica que não só empresas vêm investindo em

logística, mas sim países inteiros. Nações como Estados Unidos e Japão

utilizam há muitas décadas esses conceitos de logísticas e também vem

pesquisando e desenvolvendo novos conceitos. Suas superioridades

competitivas são vista quase a todo instante em nosso mercado globalizado, e

foram um fator determinante em seu desenvolvimento econômico.

A logística tem uma grande importância na gerencia de custos. Um dos

grandes diferenciais competitivos é justamente o controle de custos. Essa

vantagem é obtida através de uma boa administração logística que engloba

uma planta de produção compacta, estoques reduzidos, número de produtos

adequados com o objetivo de vendas para obter economia em escala e

centralização da compra de matéria prima. E com todo esse esforço produtivo

a empresa poderá oferecer um produto ou serviço de melhor qualidade e preço

para seu cliente, obtendo uma grande vantagem competitiva contra seus

concorrentes.

Fleury et al. (2000) listam seis dimensões necessárias ao atingimento da

excelência competitiva na logística:

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39O sucesso do cliente, dimensão relacionada com a forma como a

empresa enxerga seu relacionamento com os clientes.

A integração interna, gerenciamento integrado dos diversos

componentes do sistema logístico.

A integração externa, significando desenvolver relacionamentos

colaborativos com os diversos participantes da cadeia de suprimentos.

Os processos baseados no tempo, considerando que a velocidade de

resposta é um fator determinante para construção da vantagem competitiva.

A mensuração abrangente, pois garantir a velocidade de resposta torna

fundamental a adoção de sistemas de mensuração de desempenho ágeis,

abrangentes e consistentes.

O benchmarking, direcionador de melhorias contínuas, prioridade para

as empresas que buscam a excelência logística.

A vantagem competitiva não pode ser compreendida olhando-se para

uma empresa como um todo. Ela deriva das muitas atividades discretas que

uma organização desempenha projetando, produzindo, comercializando,

entregando e apoiando seu produto. Cada uma dessas atividades pode

contribuir para a posição de custo relativo de empresa e criar a base para a

diferenciação.

A cadeia de valor desdobra a empresa em suas atividades

estrategicamente relevantes, para compreender o comportamento dos custos e

as fontes de diferenciação existentes ou potenciais. Uma organização ganha

vantagem competitiva executando estas atividades estrategicamente

importantes de maneira mais barata ou melhor do que seu concorrente.

A vantagem competitiva surge da maneira como as empresas

desempenham estas atividades discretas dentro da cadeia de valor. Para

ganhar vantagem competitiva sobre seus rivais, uma empresa deve

proporcionar valor para seus clientes desempenhando as atividades de modo

mais eficiente do que seus concorrentes ou desempenhando atividades de

forma que crie maior valor percebido pelo comprador.

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40Não se pode mais admitir que um “bom” produto se venda por si só e

que o sucesso de hoje esteja garantido para amanhã, temos então a

importância estratégica da logística empresarial. A qualidade que no passado

constituiu um instrumento de competitividade é hoje um pressuposto assumido.

Podemos citar como as fontes atuais de diferencial competitivo

duradouro a vantagem de custo. A vantagem de custo pode ser obtida através

da administração logística, que permite racionalização e redução de custos, do

aumento de produtividade por diversos meios e da economia de escala, que

leva à diluição de custos fixos.

A concentração de produção e armazenagem é um exemplo do

diferencial de vantagem de custo, onde em decorrência da necessidade de

reduzir custos, as empresas têm pensado e investido em fabricas para

propiciar o crescimento da produção de um conjunto reduzido de produtos,

numa única planta, com o objetivo de obter economias de escala e

centralizando estoques visando à redução dos níveis de estoque.

Em conseqüência dessa concentração pode-se também induzir: o

crescimento dos custos logísticos, pelo aumento das distâncias e a redução do

nível de atendimento ao cliente, em função do afastamento dos mercados.

Portanto, nessas circunstancias torna-se necessário um grande esforço para

oferecer ao cliente um diferencial, que pode ser obtido através da

administração logística.

Pode-se afirmar então que o gerenciamento logístico tem grande

potencial para auxiliar a organização de alcançar tanto a vantagem em

custo/produtividade como a vantagem em valor.

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CONCLUSÃO

De tudo quanto aqui exposto, torna-se possível afirmar que a logística

tem por objetivo tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são

necessários, no momento em que são desejados. Um alto nível de

competência logística, por exemplo, permite que um fornecedor abasteça o

estoque de um cliente automaticamente, exatamente no momento em que os

produtos são necessários.

Entende-se que a logística é fundamental para qualquer empresa,

independentemente do seu tamanho ou setor de atuação. Por exemplo, de

nada adianta fazer uma maravilhosa campanha de marketing, que cria uma

imensa demanda para o produto, se ele não está disponível onde os

consumidores estão procurando.

A logística envolve a integração de informações, transporte, estoque,

armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. Todas essas áreas que

envolvem o trabalho logístico oferecem ampla variedade de tarefas e

oportunidades de maximização das operações, aumento do nível de serviço e

redução de custos. Essas tarefas integradas formam o gerenciamento

integrado da logística.

A globalização fez as empresas repensarem em suas estratégias

competitivas: a aceleração da transformação tecnológica, a disputa em

mercados globais contra correntes globais e o aumento das expectativas dos

consumidores são fatores a se considerar, para a manutenção e prosperidade

da empresa.

Com o progresso industrial a disponibilidade de ofertas mais amplas por

parte de mais competidores ocorre simultaneamente à agilidade de escolha de

fontes de suprimento e de compra muito mais amplas, desta forma o mercado

espera e exige níveis de serviço de maior eficiência e efetividade. Para que as

organizações consigam atender a essas exigências dos consumidores, tem

cada vez mais ampliado seu leque de opções de produtos e serviços,

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42oferecendo, muitas vezes, não exatamente aquilo que os consumidores

realmente necessitam e querem.

Porém, a necessidade de algo e a oferta para suprir essa necessidade

sempre existiram e sempre existirão, mas hoje, se uma empresa quiser atender

a uma necessidade de compra oferecendo produtos bons e baratos, mas não

se comprometer a disponibilizá-los no momento certo, com o preço justo e de

acordo com as expectativas dos clientes, muito provavelmente não atingirá seu

objetivo de venda. Diante de situações como essa, as empresas começaram a

perceber que não basta vender, precisam disponibilizar. Em outras palavras,

tem que existir Logística.

Com o passar do tempo, as empresas perceberam que se as

necessidades dos clientes fossem atendidas, maiores seriam as chances de

que eles se tornassem fiéis, principalmente pela grande concorrência que se

iniciava.

É importante destacar que durante os últimos trinta anos, as empresas

também buscaram se estruturar internamente, investindo em áreas e

processos. A última fronteira para a equalização de suas atividades para

atender as necessidades dos clientes e controlar seus custos é a área da

Logística, que não era tão valorizada e notada como está sendo agora, daí a

principal razão para esse crescimento que estamos presenciando.

É importantíssimo destacar que a Logística começa pela necessidade do

cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de produção.

A logística é importante porque cria valor para os consumidores e

fornecedores da empresa, valores estes, expressos em tempo e lugar.

Na empresa moderna, há a necessidade de grande flexibilidade na

produção, isto é, cada vez mais é preciso fabricar produtos com muitos

modelos, feitos em prazos mais curtos, com vidas úteis menores, devendo ser

entregues em menos tempo ao cliente. A Logística traduz estes requisitos do

negócio em realizações físicas, garantindo o sucesso empresarial.

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43A Logística tem um papel relevante na modernidade empresarial; um elo

produtivo insofismável, que vem ganhando espaço e reconhecimento, na hora

de focalizar custos, receitas e, principalmente, quando configura a certeza da

entrega no lugar certo, no tempo acordado e daquilo que foi contratado. Os

movimentos físicos de produtos e insumos fazem parte de uma rede complexa

e variável, requerendo especialização e conhecimento que permitam, ao

mesmo tempo, otimizar processos Logísticos e assegurar os resultados dos

negócios das empresas.

.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Origem e Evolução Histórica da Logística 10

CAPÍTULO II

Logística: Conceitos e Abordagens 16

CAPÍTULO III

Gestão e Desafios 23

CAPÍTULO IV

Supply Chain Management 29

CAPÍTULO V

Logística Empresarial: Uma Vantagem Competitiva 36

CONCLUSÃO 41

BIBLIOGRAFIA 44

ÍNDICE 46

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