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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM
ARQUIVO, MEMÓRIA E HISTÓRIA DA SOCIEDADE EDUCACIONAL LUIS MARIA RAMOS SANTOS
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes Instituto a Vez do Mestre como requisito para obtenção do grau de especialista em Administração e Supervisão Escolar.
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AGRADECIMENTO
A Jesus Cristo. Deus.
3
DEDICATÓRIA
A minha mãe, as minhas filhas e aos amigos que participaram deste sonho junto comigo até aqui...
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RESUMO
Este trabalho coloca em pauta o lado intelectual do diagnóstico
arquivístico, do administrador dentro das escolas, assim como seu
planejamento pelo gestor mostrando que para tal e necessário dedicação dos
profissionais de arquivo, educadores e gestores utilizando seus conhecimentos
teóricos e principalmente a pesquisa aplicada, buscando a objetividade e a
racionalidade dentro de uma síntese analítica interpretativa do processo de
evolução e de funcionamento da organização educacional mostrando e
refletindo os problemas projetando, as soluções consolidadas na realidade e
nos critério científicos, procurando explicar a relação das atividades da
organização educacional como o fluxo documental e as condições das
informações contidas nos documentos.
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METODOLOGIA
O objetivo desta pesquisa foi buscar respostas as questões levantadas sobre o
arquivo escolar da Sociedade Educacional Mel e apresentar um diagnóstico da instituição
educacional acima mencionada, através da documentação armazenada em seus arquivos e
verificar quais serviços eram oferecidos à comunidade, pelos profissionais que ali atuavam.
A pesquisa desenvolveu-se em etapas e se baseou na cientificidade, na metodologia
e experiência dos profissionais da educação. Tendo em vista o novo modo de pensar a
educação em que se ergue nesta área do conhecimento, como conseqüência de novas
discussões, do abandono do empirismo e adoção de conceitos das ciências sociais aplicadas
por parte da arquivologia e das ciências humanas por parte da pedagogia..
Inicialmente procedeu-se a uma revisão de literatura em torno do tema, consultando
livros e periódicos.
A seguir realizou-se diversas visitas, de cunho informal, à escola, para pôr em
prática o levantamento arquivístico-escolar, ressaltando-se os conhecimentos e métodos que
habilitavam o Arquivista a ser um observador crítico, norteado pela racionalidade e
cientificidade.
Depois, ocorreram entrevistas com os responsáveis pela documentação, visando à
relação das atividades organizacionais seu fluxo informacional. Levou-se a efeito, então, o
diagnóstico da Sociedade Educacional Mel quanto ao funcionamento, mobiliário, local,
acervos e serviços prestados à comunidade.
A pesquisa qualitativa foi conseguida por meio do trabalho de campo, utilizando-se
técnicas de observação direta e entrevista estruturada para se obter o máximo de informação.
Espera-se que esta pesquisa venha a ser proveitosa a estudantes de Pedagogia,
História, Arquivologia, professores, pesquisadores e qualquer pessoa interessada em se
aprofundar no assunto e que possa reconhecer o valor dos arquivos de instituições
Educacionais e dos Arquivistas, assim como dos profissionais da área de educação, que
atuam nesses locais.
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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO. 7
2.HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO. 10
3.HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL. 17
4.OS ARQUIVOS: A HISTÓRIA DE SUA ORIGEM. 23
5.OS ARQUIVOS ESCOLARES 26
6.A SOCIEDADE EDUCACIONAL MEL. 28
7.A ORGANIZAÇÃO DOS ARQUIVOS COMO CONTRIBUIÇÃO DO
PLANEJAMENTO ESCOLAR 30
8.O DIAGNÓSTICO ARQUIVÍSTICO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO
ESCOLAR 32
9 ARQUIVO, HISTÓRIA E MEMÓRIA. 36
10.CONCLUSÃO 40
11.NOTAS 41
12.REFERÊNCIAS. 43
13.ABSTRACT 45
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1.- INTRODUÇÃO
Nas linhas que se seguem, pretende-se colocar em questão a analise histórica do
fundo arquivístico da Sociedade Educacional Maria Luis Ramos Santos e discorrer os fatos
históricos dessa instituição de ensino e da sua relação com a sociedade do bairro de
Guadalupe.
O planejamento escolar e o diagnóstico arquivístico tendem a dar informações que
aguçam o conhecimento do gestor e o habilita a ser um observador critico, norteado pela
racionalidade e cientificidade da gestão, sendo auxiliador por outros profissionais dos quais
esta o arquivista que se baseia na relação dos dados sobre as atividades organizacionais e o
seu fluxo informacional.
Pretende-se mostrar que o diagnóstico arquivístico e todo o planejamento escolar é
importante para a instituição de ensino como fruto da autoridade intelectual do
administrador e dos demais profissionais que se interessa por educação.
A justificativa deste trabalho se relaciona pelo fato de o pesquisador ter
acompanhado a escola desde a sua fundação e ter participado durante o processo de
formação e desenvolvimento da empresa e de entender que um arquivo bem organizado
assim como toda a secretaria, trás maior segurança ao gestor que poderá tomar suas decisões
sem a preocupação de não encontrar a documentação desejada.
Assim, justifica-se que como profissional da área de gestão documental e como
educador pretende-se mostrar nesse trabalho que um ambiente de escolar bem organizado
trará ao gestor educacional a serenidade ao planejar e a confiança ao tomar decisões difíceis
em diversos setores que esse profissional atua diariamente.
O objetivo desta pesquisa acadêmica e buscar e apresentar um diagnóstico dos
arquivos acima mencionados, assim como, a importância da administração baseada na
documentação armazenada em seus depósitos e verificar quais serviços são oferecidos à
comunidade, pelos profissionais que ali atuam.
Tal pesquisa desenvolveu-se em etapas e buscou na ciência arquivística, pedagógica,
administrativa e histórica métodos e experiência técnica-prática da pesquisa, tem em vista o
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novo horizonte em que se ergue esta área do conhecimento, como conseqüência de novas
dimensões do empirismo e adoção de conceitos das ciências sociais aplicadas.
Enfocar o procedimento administrativo educacional e sua legislação que revela sobre
a política nacional de educação.
A metodologia utilizada para a realização desse trabalho será utilizada as seguintes
etapas; Consulta bibliográfica, entrevista com os profissionais da escola, diagnóstico do
arquivo e da documentação e análise do diagnóstico.
Em seguida far-se-á do material conseguido a sua seleção para a construção da
monografia.
No procedimento metodológico para a formação do trabalho serão utilizados todos
os materiais selecionados, a organização da informação e a revisão dos textos.
A construção final do trabalho será feita com base na Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
Serão utilizados como parte da literatura que formarão o conjunto intelectual e
acadêmico deste trabalho os seguintes autores;
ARQUIVO Nacional (Brasil). Manual de identificação de acervos documentais para transferência e/ou
reconhecimento aos arquivos públicos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1985. 77 p. Publicações
Técnicas,40.
ARQUIVO Nacional (Brasil). Orientação para avaliação e arquivamento intermediário em arquivos públicos.
Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1985. 27 p. Publicações Técnicas, 41.
ARQUIVO Nacional (Brasil). Relação de métodos de arranjos de documentos. Rio de Janeiro: Arquivo
Nacional, 1995. 40 p. Série Instrumentos de Trabalho.
BELLOTTO, Heloísa Liberali. Arquivos permanentes: tratamento Documental. São Paulo: T.A . Queiroz ,
1991.
BITTENCOURT,Circe Maria Fernandes: Ensino da história fundamentos e métodos,São Paulo Cortez, 2005.
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Record.1975.
FROTA, Guilherme de Andréa. Uma visão panorâmica da história do Brasil. Rio de Janeiro:
Gráfica Cervantes Editora Ltda. 1983. 607 p.
9
GONÇALVES, Nadia Gaiofatto.Arquivo Histórico Escolar: Contribuições para o Ensino de
História e a História Local.EDUFRN
GONZAGA,Kátia Valeria Pereira.anotações de aula da disciplina Didática 1 projeto de
monografia.Rio de Janeiro: Universidade Estácio de Sá 2008.1.
JARDIM, José Maria, FONSECA, Maria Odila. A formação do arquivista no Brasil.
Niterói: EDUFF. 1999. 188 p.
LE GOFF,Jacque : História e Memória. Campinas,SP: Edetora da Unicamp,2003.
LIBANEO, José Carlos: Didática,São Paulo: Cortez, 1994,
LOPES, Luis Carlos. A informação e os arquivos: teorias e práticas. Niterói: EDUFF. 1996.
133 p.
NADAI, Elza, NEVES, Joana. História geral: antiga e medieval. São Paulo: Editora Saraiva,
1989. 163 p.
NOVO Conhecer Dicionário Enciclopédico. São Paulo: Abril, 1977. 177 p. – 1184. V. I.
PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática: Rio de Janeiro: FGV, 1998. 163 p.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico; diretrizes para o
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TACHIZAWA.Takeshy; MENDES; Gildásio. Como fazer monografia na prática. 6º ed.Rio
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VARINE-BOHAN, Hugues de:Os museus no mundo.Rio de Janeiro:Salvat, 1979.
2 - HISTÓRIAS DA EDUCAÇÃO.
Para os povos do Neolítico a educação dos mais novos, tornou-se o utensílio central
para a atividade fundamental na sobrevivência do grupo, realizar e propagar o
desenvolvimento da cultura. Nos animais superiores tem fixado biologicamente a disposição
para guardar a transmissão dada pela mãe. Todos o mamíferos recém chegados brincam com
os adultos instrutores e realizam nessa brincadeira um adestramento, como técnicas de
defesa e de ataque controlando seu território e aprimorando seus instintos. O homem
primitivo, que através da observação e imitação, aprende ou ensina o uso dos objetos de
defesa e de controle da vida como os alimentos e da linguagem.
A época do neolítico nasce às civilizações agrícolas uma verdadeira sublevação
cultural torna-se também uma mudança violenta na forma educativa e um divisor de tarefas
do trabalho entre homens e mulheres e suas especializações, colocando-se com rigidez o
papel da família na reprodução das infra-estruturas culturas; produz os locais de
aprendizagem e de treinamento específico nas diversas oficinas artesanais no exercício nos
rituais nas artes que embora ocorra sempre por contra facção e segundo processo de
participação ativa no adestramento de uma tarefa, tendem depois a se tornar especialistas
cada vez mais exclusivos para a aprendizagem. Depois os modelos de educação vão se
tornando específicos e formam grupos de educação como a linguagem e as técnicas que vão
regular esse campo da vida humana.
Um grupo de origem camita e de influencia semita na sua formação que ocupou as
margens do rio Nilo, no Egito, país localizado ao norte do continente africano há mais de
seis mil anos antes de Cristo, foram os primeiros que se organizou realmente como uma
civilização.
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Podemos destacar que eles fizeram da arte e da escrita seus instrumentos para um
progresso rápido e majestoso. Criaram signos fonéticos, hieróglifos, figuras que representam
uma só sílaba, tinham a sua disposição um alfabeto de vinte e quatro signos cada um com
um som e uma letra representante, este sistema alfabético foi um dos primeiros dos povos
antigos que a ciência tem conhecimento.
Os egípcios encontraram uma maneira de substituir a maneira antiga de registrar seus
pensamentos e feitos, criando uma espécie de papel com a palha de lótus, o papiro, que tinha
uma boa superfície para se escrever.Criaram também uma espécie de tinta para escrever com
gomo vegetal, água e fuligem fazendo da educação instrumento essencial para suas
conquistas.
Com o desenvolvimento na área cultura e educacional os egípcios se tornaram mais
hábeis que os outros povos do oriente. Estudaram os astros e aprenderam a regular a
agricultura, suas colheitas eram pelas fases da lua, estudaram o movimento do sol e
dividiram o ano em doze meses e os meses em trinta dias formando o ano de 365 dias e de
366 para o ano bissexto.
Na Grécia clássica a educação passava pelo crivo da família a criança era auxiliada
pela mãe e obedeciam as ordens e vontade do pai, que poderia como seu tutor legal escolher
sua função social e ate mesmo abandona-lo. A infância na antiguidade não era muito
valorizada por ser essa parte da vida muito incerta, por doenças, batalhas e outros
acontecimentos, portanto os gregos não faziam investimentos na área afetiva.O filho era
criado em casa a margem da vida social.A criança era subjugada e sofria violências e até
sacrifícios rituais.O menino era introduzido na vida pública e social que lhe dava uma
identidade e lhe concedia uma função.A menina era criada para a vida doméstica e
aprendiam funções manuais com a mãe.
A educação grega era concentrada na totalidade do cidadão quando ainda não
conheciam a escrita era adquirida pela família, nas formas da tradição religiosa.
A propagação da cultura grega se fazia através das inúmeras atividades coletivas. A
escola era apenas para a formação dos filhos da elite, atendendo as crianças de famílias
tradicionais da nobreza e ricos comerciantes. O ensino dos cálculos e das letras veio um
pouco mais tarde já que a civilização grega era muito esportiva.
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Nas cidades a organização social era próxima a de um acampamento militar. A
educação tinha o intuito de estimular as virtudes guerreiras.
Em Esparta a educação era mais severa para formar guerreiros, os meninos eram
iniciados desde os sete anos nos treinamentos militares.
Em Atenas a disciplina era menos rígida, havia pessoas que controlavam a vida
escolar dos filhos dos homens livres. O pensamento grego expressava que o culto do espírito
se dava pela filosofia, arte e literatura. Materiais componentes da música e que era protegida
pelas musas.
Por volta de seiscentos anos antes de Cristo aparece na Grécia a escola elementar, no
intuito de auxiliar o ensino de tradição oral. Nesse período que os algarismos entram na
educação dos nobres, mas secundário as armas. Os jovens nobres eram levados por um
currículo de ensino básico e exercício físico até os quatorze anos se preparando para
ocupações políticas e militares, aos dezoito anos. Com vinte era considerado cidadão. Essa
educação era para os nobres e tinham terras e escravos, cujo trabalho era tido como desonra.
No inicio da dominação romana ao território grego século II a.C, Roma absorve com
a conquista a cultura grega que tornou-se base da educação do império romano, levando
muitos deles a dedicar-se ao estudo em Atenas e Alexandria centro de referencia de cultura
no Mediterrâneo.
Nas escolas os alunos eram direcionados pelo ludimagister, que era o orientador da
educação de base na República romana (séculos VI a I a C), a partir dos dezesseis anos de
idade começavam a ser orientados pelo rehetor. Como continuação da educação aprendia
eloqüência, direito, história e filosofia. Os filhos da elite romana estudavam por toda sua
vida, pois os jovens sabiam que o ensino superior era fundamental a sua vida pública. Sob o
governo de Juliano o Estado passa a se impor a educação e o imperador passa a nomear os
professores.
Cícero, afirmava que na base da educação romana estava marcado o valor da
tradição (a disciplina dos pais os costumes e o espírito) e um código civil era demarcado,
com base em uma relação social de uma cidade agrícola que tinha como valores
educacionais a valentia e a dignidade.
Com a abertura do mundo romano as pressões estrangeiras, chamados de bárbaros
pelos latinos, há uma mudança na educação do império, o ensino de lideres e outros
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membros do governo têm sua função desvalorizada deixando de existir com o tempo sendo
seus participantes auxiliados financeiramente pelo governo, que não se encontrava mais
centralizado e unificado. Com a intervenção definitiva dos outros povos ao império romano
a igreja consegue manter sua unidade, passando a alcançar outros lugares da Europa que
eram distrito dos romanos antes da invasão.
No século VII a instituição religiosa passa a controlar a educação definitivamente e
delega monges a se dedicar ao ensino do culto e outros às demais atividades.
Na baixa Idade Média as primeiras escolas surgem nos mosteiros, o ensino era
dividido em duas etapas: “interiores” preparação de alunos para a vida religiosa e as
“exteriores”: aberta a sociedade era conhecida como escola monástica, seu objetivo era
apenas ensinar a doutrina cristã. Os filhos dos senhores podiam aprender a ler e escrever e a
outros ensinamentos como a dialética, retórica, gramática e artes liberais se seu interesse
fosse tornar-se um religioso.
Com poucos habitantes nas vilas medievais até o século X, o ensino era ministrado
apenas por monges as elites locais. No início do século XI com a valorização do comércio
começa a transformar esses burgos em centros comerciais, essa transformação financeira
formado pelos burgueses reflete no sistema educacional.A Sé percebendo a necessidade de
mudar seu modo de agir passou a formar escolas próximas as catedrais, mudando também o
ensino que era ministrado por monges e ser dado pelo clero secular.
No século XIV o Renascimento nascido na Itália se debruça com um novo olhar para
o estilo greco-romano clássico. Para fazer novas descobertas sobre o homem e o mundo,
esse movimento ideológico e artístico adotava a razão como essencial modo para se chegar
ao conhecimento.
Esse movimento cultural de pensamento racional e laico deu grande valor à
matemática e as ciências naturais, compararam com as teorias medievais e agregou novos
conhecimentos em diversas áreas pesquisadas dando um novo olhar a educação da Idade
Moderna.
A família e a escola foram às instituições que nessa época tiveram uma modificação
mais acentuada tornando-se mais especial na perspectiva da formação do homem que sai do
medieval para entrar no moderno e no pensamento cultural e ideológico dessa sociedade.
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A escola a partir do século XVI, passa a ter mais valor com a valorização da família,
os pais nesse momento não mais se satisfazem com apenas ter o filho, agora a instituição
familiar tem a necessidade de passar valores de educá-los para a vida.
A escola passa a ser ao lado da família essencialmente importante na formação do
individuo, que projetava com o conhecimento da didática, a racionalização dos saberes das
disciplinas. Mas, especialmente uma educação que reestruturava seus ideais e seus próprios
caminhos.
No século XVII Jan Komensky um dos grandes pensadores da educação da Idade
Moderna expõe a apreciação um conjunto de novas partes coordenadas entre si baseada em
vários graus: escola maternal, escola elementar, escola de latim (que corresponde ao atual
ensino médio) e a universidade.
Com o considerável aumento da economia européia, as mudanças política alcançadas
pela Revolução Francesa, e a nova reorganização social entusiasmam os especialistas em
educação em adotar outros meios que serão explorados nos séculos futuros.
No século XVIII Jean Jacques Rousseau lança um novo olhar sobre a educação com
a teoria de que a educação básica deveria alcançar as crianças de todos os níveis, vem
contribuir para o melhoramento do ensino.
Johann Heinrich Pestalozzi afirmava que a escola seria o complemento da educação
que a criança receberia dos seus familiares. O cientista propôs um método de educação que
os homens deveriam receber sua instrução de acordo com a classe social a que estava
inserido podendo ele sair do seu padrão social.
Friedrich Froebel idealizou uma escola que para ele seria o método mais indicado
para os impulsos naturais da criança, colocando a disposição dos alunos condições de
desenvolver suas habilidades físicas e mentais. Esse método aconteceria através das
atividades espontâneas das crianças com os jogos e movimentos. Essas atividades era
projetada para acontecer em um jardim, onde a criança poderia aplicar sua atividade na
argila, brincavam e desenhavam. É o kindergarten, que em alemão quer dizer jardim de
infância, que se difundiu na Europa rapidamente e foi introduzido pelas escolas no mundo.
Segundo Fernanda Bombarde em seu trabalho acadêmico do livro de Mario
Alighiero Manacorda: História da educação: da antiguidade aos nossos dias fala sobre
Pestalozzi:
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“A natureza boa da criança deveria ser cultivada e a ruim exterminada. A criança
deveria ser instigada a pensar, deveria ser encorajada. Segundo ele, as lições não
deveriam começar de forma abstrata. A musica deveria ser incorporada à educação
pois ela faz com que venha à tona o que a pessoa tem de melhor. Para ele, a
educação não deve ser limitada.”(BOMBARDE,2011.P7)1
No século XIX com a evolução da indústria e do comércio cria-se a necessidade do
trabalho técnico, especializado, foi necessário por uma questão vital valorizar o aprendizado
cientifico, pelas escolas técnicas. Foram criadas as escolas politécnicas (do Grego poly
muito, e techne, arte ou ciência), juntos as indústrias por capital privado para preparar a
mão-de-obra especializada.
O ensino técnico era para os filhos dos trabalhadores, operários assalariados; para os
filhos dos burgueses havia o ensino médio e teórico, com o intuito de formar empresário e
diretores.
No final do século XIX, o ideal era reduzir o tempo e fazer o mínimo de esforço para
obter o Maximo de produção dentro das indústrias, esse novo modo de pensar das industrias
influenciam a educação fazendo com que a escola também buscasse novos métodos.
Pestalozzi defendia seu sistema de ensino, pois conseguia bons resultados em menos
tempo de ensino.
A Criança era exigida um raciocínio igual ao do adulto, época não havia os estudos
sistemáticos da psicologia infantil, e por isso as fases evolutivas da criança eram ignoradas.
No ano de 1990 surge a “nova didática”, nessa concepção é de primaz importância
aos estudos realizados por Freud na psicologia.
O trabalho escolar em equipe começa a ser valorizado, quebrando a tendência do
ensino individualizado, as indústrias passam a necessitar de um trabalho em cooperação, que
vai fazer novamente os estudiosos da educação a criar novo método pedagógico e leva a
socialização da nova escola. Assim, as instituições de ensino deixam de ser uma adição das
diversas unidades e se transforma em uma comunidade escolar de ensino e trabalho. Passa a
ser um pequeno mundo, onde o aluno tem responsabilidade e obrigações, aprendendo as
suas tarefas em equipe, aliando a socialização o respeito e a espontaneidade infantil.
A partir da descoberta da psicologia a educação segue ganhando em qualidade ao
revelar que a criança não tem a mesma capacidade de compreensão e de atenção do adulto.
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O modo de pensar e de agir de acriança e exclusivo a cada fase da sua vida, pois a
infância tem meios diferenciados de qualquer outro estagio de ser humano. Por essa razão os
especialistas tem se debruçando no estudo e na observação das diversas fases do
desenvolvimento em que a criança e o adolescente passam.
A educação enquanto transmissão de conhecimento não tinha como preocupação em
suas observações as diversas etapas do desenvolvimento da criança. A educação funcional
vai trabalhar mais a força da personalidade da criança. Para alcançar esse objetivo o método
mais eficaz é motivar o aluno constantemente no que interessa ele.Esse despertar do aluno
não deve ser motivo apenas inicial, mas deve conduzir a criança a sentir uma necessidade
por aquilo que o motivou.
Oviede Decroly um educador e psicólogo belga que viveu entre 1871 e 1932
pensavam que desencadeamento do pensamento como a observação, associação e a
expressão, era possível fazer desse grupo de alunos ações de um único grupo com a
iniciativa das crianças. Outros professores observando e analisando os diversos interesses de
cada aluno, decidiram individualizar o ensino. O programa e dividido entre os meses do
calendário escolar e, em cada mês, uma disciplina é subdividida em unidades de trabalho,
que a criança trabalha sob sua responsabilidade. Em outras unidades educacionais, esta
divisão foi logo associada a um trabalho cooperativo.
Maria Montessori, que iniciou sua carreira em uma escola de excepcionais em uma
clinica psiquiatra de Roma, experimentou nas crianças um método no qual a atividade tem
participação principal. A professora pensou que essa mesma atividade poderia ser aplicada
com êxito na educação de alunos normais.
Fundou a “Casa da Criança” onde tudo era feito para o tamanho dos alunos, na casa
miniatura elas estudavam e trabalhavam como parte do processo de ensino.
A proporção do ensino para crianças especiais, foi o maior mérito da professora, e
seu método continua sendo usado, pesquisado e desenvolvido.
No contexto geral, todo o trabalho do sistema tem como base dois pontos
primordiais: a atividade física e a socialização das pessoas.
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3 - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
A nossa história da educação e anterior a chegada os portugueses, em 1500. Os
habitantes das terras dominadas por Portugal, tinham sua própria pedagogia para que seus
conhecimentos fossem passados às novas gerações Esse tipo de educação sofre sua primeira
grande quebra das relações sociais na História do Brasil com a chegada dos Europeus.
Em 1549 os Padres jesuítas chegaram ao América portuguesa com a instauração do
Governo Geral, na Bahia, num grupo de seis religiosos tendo como líder o Padre Manuel da
Nóbrega, os nossos primeiros educadores desembarcaram em Salvador com Tomé de Sousa.
Passados quinze dias fundaram a primeira escola elementar no nordeste brasileiro, “A
Sociedade de Jesus,” aprovado pela santa Sé foi criada por Inácio de Loiola e tinha dupla
função, reconquistar os católicos atraídos pela nova religião formada por Martinho Lutero
denominada protestantes e catequizar os gentios no novo continente. Nesse primeiro século
de descoberta tem-se uma ação cultural muito atuante dos padres, junto do Governo
Português que promoveu o catolicismo no Brasil. Os primeiros diplomas foram emitidos em
1576 no Colégio da Bahia. Os religiosos tinham se empenhados a aprender a língua indígena
com a intenção de simplificar seu trabalho de catequese junto aos índios, sobre pondo mais
tarde sua cultura aos indígenas.
O sistema de ensino empregado pela “Companhia de Jesus,” dava ênfase a retórica,
esse sistema ditava regras que eram cumpridas dentro de uma organização hierarquia, as
normas estabelecidas pelos jesuítas nesse período vão se tornar modelo tradicional de
educação. Com isso, os jesuítas sobressaíram nos aspetos culturais e intelectuais e sociais na
colônia e se tornaram condutores dos portugueses no sentido de preservar a cultura européia
no novo continente.
O ensino no Brasil até 1759 ficou a cargo dos religiosos, quando são desligados das
suas obrigações pelo Marques de Pombal. O fato de o Marques ser de nacionalidade
holandesa e de religião protestante deu argumentos à dupla significação da ação de Pombal.
Para suprir as aulas dos jesuítas Inácio de Loiola deixa a educação a cargo de pessoas sem
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experiência nessa área e inicia um novo quadro disciplinar chamada de régia com aulas de
Latim, Grego e Retórica.
Em 1808 com a transferência da Família Real para o Brasil, o Príncipe Regente Dom
João VI para organizar a sua permanência na colônia ou nova metrópole, se preocupou em
abrir as academias faculdade de direito e a faculdade de medicina, a Biblioteca Real, o
Jardim Botânico e a Imprensa Regia o que foi um grande passo para a nossa educação. Mas
a principal preocupação da gestão joanina no ambiente educacional limitou-se a preparação
das elites do seu governo e militares.
Três anos após a volta de Dom João a Portugal e dois da independência, sai a nossa
primeira constituição promulgada por Dom |Pedro I no Brasil. As revoltas em Lisboa e no
Porto no ano de 1820, fizeram regressar o rei e sua corte a 26 de abril de 1821.
Aos 23 anos, Dom Pedro herdou o Reino do Brasil, seu governo como Príncipe
Regente durou 17 meses. Depois de ter se emancipado politicamente de Portugal a 7 de
setembro de 1822, o país ainda amargava um índice de apenas 97% da população sem
nenhum estudo oficial.
No governo de Dom Pedro I foram formados duas faculdades de direito no estado de
Pernambuco e no estado de São Paulo, porém a educação só era acessível as pessoas das
elites formadas no Brasil, a intenção era que esses cursos fossem direcionados aos “homens
de bem” que iriam ocupar os mais altos níveis na administração de Dom Pedro.
Em 1824 foi feita a promulgação da primeira constituição do Brasil, que mencionava
a gratuidade da formação primaria para a população comum, o ensino continuava
abandonado pelas autoridades do império, o que não os 21 % de alfabetizados, ao final do
Segundo Reinado.
Dez anos após a primeira constituição é promulgado o ato adicional que dava a
autonomia para as províncias para formular suas diretrizes do ensino primário e secundário.
De fato o modelo educacional só foi questionado com a chegada da república, forma-
se no Brasil idéias inspiradas no positivismo para a educação. A urgente necessidade de
organização do Sistema Nacional e Ensino como plano norteador da nova época vivida no
país.
No ano de 1890 o governo do então Marechal Deodoro da Fonseca anunciava as
reformas no sistema educacional por um Decreto que colocava alguns projetos deste
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governo para a constituição, tornando a escola pública laica e gratuita organizando dessa
forma o ensino primário e secundário. Nesse mesmo ano, foi criado o Ministério da
Instituição Pública, Correios e Telégrafo cujo ocupante efetivo do cargo era Benjamin
Constant, sendo extinto dois anos após sua criação.
O ensino público passa a ser laico após a constituição de 1891, o magistério assim
como o ensino primário e o normal ficaram nesse período delegado aos governos estaduais.
Nesse período inspirado em um ensino positivista o governo substitui o nome do
colégio PII e passa a chamá-lo de ginásio Nacional; cria no Rio de Janeiro a escola
politécnica e amplia os cursos de medicina e de direito. Em São Paulo formaram os cursos
de engenharia.
Como no início da República a influência positivista era mais forte no sistema
educacional, tendo sua posição mais rigorosa no ensino da matemática. Pautado na liberdade
que se tinha oferecido pela constituição o ensino religioso entrou em atrito com o governo
laico e retrucou. O Código de ensino Epitácio Pessoa nasceu com o intuito de organizar a
administração educacional nesse período da república.
Temos nesse período reformas na educação, uma foi a em 1911 chamada Rivadavia
Corea que constituiu a livre docência com defesa de tese e também o poderia ingressar na
faculdade pelo exame público. A outra reforma Carlos Maximiliano no ano de 1945,
acertava os defeitos deixados pela primeira.
A educação brasileira ganhou mais fôlego e novos pensamentos com relação a
modernidade após a Primeira Guerra Mundial, com isso, foi necessário buscar e levara
educação de maneira simples as partes mais distantes do território nacional. São Paulo tendo
com base o modelo herbetiano, era o estado mais desenvolvido educacionalmente apoiado
na lei Cesário Mota.
Os outros estados seguiram modelos educacionais de diversos educadores como
Pestalozzi e Montessori.
O presidente Epitácio Pessoa em 1920 cria a primeira universidade no Rio de
Janeiro, os cursos tinham regimentos próprios e sua localização eram distantes uns dos
outros.
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A primeira Guerra Mundial trouxe ainda a “Nova Escola”, uma nova visão na
interpretação da educação nacional, surgindo desse acontecimento a Associação Brasileira
de Educação sob o comando de |Heitor Lira no Rio de Janeiro.
Lourenço Filho em 1920 em seu livro introdução ao estudo da Nova Escola, que
fazia referência às novas correntes da educação brasileira.
O ensino brasileiro se torna mais democrático a partir do governo Vargas. Getulio
cria em 1931 o Ministério da Educação e Saúde, com o intuito de orientar as decisões dessas
áreas fundamentais para o país. O presidente fez uma convocação aos educadores que
estavam reunidos na ABE (Associação Brasileira de Educação) que era necessário fazer
projetos para nortear a política educacional do país chamado de formula feliz pelo próprio
presidente Vargas. Em 1932 os professores fizeram a publicação do manifesto dos Pioneiros
da Educação Nova, em resposta ao presidente. O manifesto pregava a busca pelo
conhecimento, educação participativa com método mais moderno e ensino mais racional.
Entre 1937 e 1945 período conhecido como Estado Novo, o presidente se volta para
a cultura e para a educação com a intenção de justificar sua forma de governo. O ensino
recebe um fiscalização dura do MEC que centralizou e fechou escolas, as mais visadas eram
as escolas dos imigrantes, que significava uma ameaça a integridade nacional.
No governo Vargas o ensino tinha boa qualidade e era direcionada a elite nacional.
Com o ministro Gustavo Capanema o presidente formulou um novo projeto, onde estipulou
o ensino primário de 4 anos, a administração ao secundário, que era um período de estudo
preparatório para o exame ao ensino secundário que foi dividido em dois ciclos o primeiro
era o ginasial com 4 anos e o cientifico ou clássico com 3 anos e o vestibular.
Na verdade o presidente Vargas durante seu governo não conseguiu tornar a escola
pública democrática menos elitista e mais popular.
No Brasil os governos após a Segunda Guerra Mundial estiveram preocupados com
o analfabetismo, o plano SALTE do governo Dutra, foi o começo dessa preocupação mais
acentuada dos nossos governantes, esse projeto não atingiu seus objetivos mas deu inicio a
outros planos do governo com relação a educação.
O ensino superior federal ganhou uma lei nº 1254 de 4 de dezembro de 1950 que
definiu suas regras, inaugurando um colégio modelo da Fundação Getulio Vargas que foi
extinto no final da década de 1970.
21
O SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, nasceu em 1958 no
governo de Juscelino Kubitschek, deixando de lado a legislação anterior o ensino industrial
se modernizou.
As discussões em torno da educação ganharam forças. O método Paulo freire se
destacou nessa época e chama a atenção do presidente João Goulart, responsável pela lei de
DBEN (Diretrizes e Bases da Educação Nacional) numa tentativa de empregar novas regras
a educação do país.
Em 1964 é interrompido o projeto de João Goulart de expandir o método Paulo freire
para todo Brasil, o analfabetismo também era motivo de preocupação dos governos
militares. Foram criadas duas reformas na educação a do ensino básico que foi chamado de
Primário e a do segundo grau. Três anos anterior foram feitas reformas no ensino superior
confirmando uma vocação tecnicista e burocrática na educação no governo militar.
Ainda na década de 60 é considerada insubordinação pelo decreto Lei nº 477 a
organização de professores, alunos e funcionários. Nasce o MOBRAL, Movimento
Brasileiro de Alfabetização, que tem suas primeiras atividades em 1970, com a intenção de
erradicar o analfabetismo num período de dez anos.
Durante a década de 70 o ensino básico sofre um aumento expressivo de alunos,
como conclusão, um numero elevado de alunos concluíram o curso neste segmento,
havendo um grande numero de alunos para o ensino médio, fato que aumentou a pressão
para o governo expandir o ensino médio e do nível superior.
Na década seguinte com o fim do governo militar e a abertura política, a escola
reaparece com uma nova possibilidade de inclusão social. São criados pelo governo do Rio
de Janeiro os CIEPS, para as comunidades mais pobres do estado, em uma tentativa de
melhorar o ensino.
A Constituição brasileira de 1988, diz que a educação seria para todos e seria
também dever do Estado e da família. Com a intenção de desenvolver completamente o
individuo dando a ele instrução suficiente para o exercício da cidadania e para a qualificação
o trabalho.
Com a criação do Sistema Nacional de Ensino que é formado pelo sistema público e
outros órgãos públicos ou privados que o governo terceiriza seus serviços educacionais.
Tem por objetivo manter o sistema coeso e o padrão de qualidade em todo o país.
22
Na teoria em concordância com a lei existe um setor que se responsabiliza pelas
diversas camadas do poder público que deveria trabalhar em conjunto. No dia –a- dia essa
articulação é cheia de dificuldades. No Brasil o sistema administrativo compreende os
federais, estaduais e municipais.
Na camada mais ampla, a federal, o Ministério da Educação e Cultura, MEC; e
também o Conselho Nacional de Educação, CNE; que foi fragmentado e ganhou dois novos
conselhos: Educação Básica e Educação Superior.
No degrau abaixo, na esfera estadual, quem dita as regras e a Secretaria Estadual de
Educação, SE; e o Conselho estadual de Educação, CEE.
Nos municípios estão a Secretaria de Educação ou Departamento de Educação e o
Conselho Municipal de Educação, CME.
As escolas privadas dos segmentos fundamental e médio também sofrem a
fiscalização e o controle do Estado, já o ensino infantil e o município que o fiscaliza.
Em 1996 foi estabelecido a LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional)
com o sentido de promover a descentralização e a autonomia para as instituições
educacionais em todos os segmentos.
Nesse início século as universidades estão passando por uma extraordinária dilatação
dos números de vagas. As pós-graduações abrem novos cursos aumentando também o
numero de vagas.
O nível fundamental e médio se desenvolveu muito nos últimos anos e a quantidade
de alunos é grande, aumentando a responsabilidade para assegurar a universidade para
todos.
Com a obrigatoriedade e gratuidade, o Brasil dá sinais de avanço no quesito à
legislação da educação em seus ensinos fundamental I, fundamental II e no ensino Médio
sendo dado pelo estado e município. Essas mudanças levam o Estado e ser grande
responsável pela educação e um direito das crianças e jovem. Surge condições para que os
meninos e meninas desses segmentos educacionais tenham escolarização, acesso e
permanência nas escolas, diminuindo como conseqüência a exclusão nas escolas.
A pesquisadora Graziella Rossetto Giron, expõe em seu artigo a questão sobre a
educação popular:
“A educação popular surge em contrapartida a esse modelo de educação
neoliberal; fundamenta-se nos princípios de uma educação emancipatória e
23
humanizadora, em que a razão de ser do ato de educar não é apenas capacitar os
indivíduos (por meio de transferência de conhecimento) a viverem e se adaptarem
ao mundo em que vivem, mas torná-los conscientes.”(Giron,p11) 2
A educação não deve ser vista como um serviço com a finalidade utilitária moldando
de forma cruel as pessoas para viverem em sociedade. Dessa maneira Giron continua a nos
esclarecer sobre a educação popular:
“Ainda que represente uma escola de saberes, de sentidos, de significados, de
sensibilidade e sociabilidade, entre outras, a educação não pode preestabelecer de
maneira restrita modelos de pessoas” (BRANDÃO apud GIRON artigo, p11) 3
Giron continua a falar a Educação Popular:
“A Educação Popular é uma proposta educacional voltada aos interesses populares
...visando, fundamentalmente, a ser uma democracia, ou seja, propiciar maior
consciência aos excluídos da sociedade, para que lutem pela garantia dos seus
direitos como cidadãos. Suas praticas estão, predominantemente, voltadas para o
exercício da cidadania, para a afirmação e o desempenho do papel que as classes
populares deveriam assumir no cenário político e social”(Giron, p11) 4
É importante que a educação esteja envolvida com as realidades e se comprometa
com as mudanças sociais, recuperando o direito e ser cidadão. O governo precisa investir
nos professores, e desenvolver as regiões que no Brasil que ainda estão sem saneamento
básico para que estas pessoas não venham aos grandes centros urbanos para estudar.
4 - OS ARQUIVOS HISTÓRIA DE SUA ORIGEM..
Segundo Armando Malheiros os arquivos surgiram antes da criação das bibliotecas.
Entretanto, alguns estudiosos confundem o início da criação dos arquivos com a designação
aplicada para nomeá-los como dêmosia bibliothechê.
Por isso, numa mesma estruturação era freqüente a convivência de vários serviços
como scrinium, o arquivo e a biblioteca, como foi o caso do Mosteiro de Qümram, que
utilizou seus serviços para cuidar dos manuscritos do Mar Morto.
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Tertuliano, registrou em detalhes os arquivos da Igreja de Cartago, que reunia uma
documentação diversificada de origem administrativa e textos canônicos litúrgicos.
No século V, foi identificado no palácio de Latrão um Chartarium Eclesiae
Romanae, que tinha certa autonomia, apesar de seus serviços funcionarem próximos da
chancelaria e da biblioteca. Muitos textos também o indicam como “ARCHIVUM SEDIS
APOSTOLICAE ou ARCHIVUM SANTAE ROMANAE, ECLESIAE ET SACRUM
LATERANENSE SCRINIUM” É provável que o conceito de Archivum ou chartarium para
a Cúria Romana já tivesse no século V um sentido concreto, não se confundindo com o
Scrinium Pontifício e biblioteca, se tornando clara no período medieval.
No apogeu da Idade Média já funcionavam importantes chancelarias da Cúria
Romana. Os mosteiros continuavam com seus scriptório, pelo menos entre as sociedades
religiosas.
É importante assinalar que muitos arquivos daquela época se perderam pela
instabilidade política e social e a fraca resistência dos suportes que contribuíram para isso.
Alguns países como a França só iniciou a troca de papiro para pergaminho a partir do século
VIII. No século XI a chancelaria pontifícia ainda emitia bulas nesse material, contudo,
apesar do suporte em pergaminho ser mais resistente muito se perdeu na voracidade do
tempo.
Devido à fragilidade das organizações e do próprio Estado, os novos Estados
monárquicos e os novos senhores feudais deram origem a uma administração do tipo
itinerante. Os scriptório do Estado e dos senhores de terra tornaram-se ambulantes e, do
mesmo modo os respectivos arquivos. Notando isto, os patronos dos mosteiro iniciaram o
hábito de copiar ou depositar seus documentos nos principais cartórios eclesiásticos, que
davam mais garantia de estabilidade.
Os mais importantes registros de chancelaria dos Monarcas Portugueses, foram
lavrados no scriptorium do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
O homem medieval não foi impedido de progredir em certos domínios da
administração apesar do seu espírito prático, por força do seu novo interesse pelas normas
do direito romano.
Este acontecimento ocorre ao mesmo tempo em que a formação dos novos Estados
europeus e com o desenvolvimento de certos principados e cúrias eclesiásticas.
25
É interessante notar a transição de um diploma de Santo Tirso, em 1101. Já naquela
época, se apostava na importância dos documentos do ARCHIVIO MONASTERII, como
fundamento para a “memória” da posteridade.
Os registros de documentos desenvolvem-se na centúria imediata, nas cortes de
Roma, com Inocêncio III, da Inglaterra com João Sem Terra.
No primeiro caso, é importante notar o fato de Jaime II de Aragão ter mantido a
concentração de depósitos documentais dispersos, como os do Mosteiro de Sijana e Santes
Creus, das casas de San Juan e dos templários, em Barcelona e do Palácio Real.
É nesse momento que Gerard de Montaigu organiza a primeira grande relação dos
bens, inventário do tesouro de Carlos V e Urbano V e ordena uma descrição minuciosa do
Arquivo Pontifício, em 1366.
No século XVI aconteceu o primeiro grande alvoroço no sistema tradicional, com as
grandes concentrações de arquivos. As reformas institucionais ocorridas no seio da igreja
levaram a migração de arquivos entre organizações que se fundiram ou se reestruturaram. É
o caso da Companhia de Jesus (que veio para o Brasil) a quem foram entregues diversos
edifícios de conventos extintos, juntamente com os respectivos acervos.
Tal prática levou à concentração de vários cartórios medievais onde os jesuítas
fizeram ingressar os cartórios de diversos mosteiros.
No que se refere ao desenvolvimento dos órgãos e ao pessoal responsável pela
organização desses arquivos.
No primeiro período as administrações, executivas, legislativas e jurídicas das terras
colonizadas pela Espanha e Portugal foram regidas pelos monarcas desses países fazendo
com que a teoria e a prática se tornassem estabilizadas, segundo os seus costumes, tradições
e suas leis.
Os responsáveis pela produção, conservação e arquivamento dos acervos eram
constituídos por tabeliães e secretários.
A prática requerida dessas funções estava fundamentada na experiência documental
passada às gerações.
Algumas mudanças práticas foram estabelecidas ao longo do tempo, para atender
melhor à necessidade da administração local.
26
O desenvolvimento educacional e o importante papel que teve a Igreja Católica
fizeram com que fosse naturalmente atraída ao clero, além das suas diversas obrigações, a
tarefa de organizar seus próprios documentos.
Essas tarefas se baseavam nas tradições e experiências do mundo europeu. Com o
tempo, os conhecimentos práticos deram margem ao reajuste de alguns procedimentos.
Na etapa seguinte, o poder exercido pelos reis de Portugal e Espanha foi modificado
por novas autoridades locais, dando início aos países latino-americanos.
Os países independentes, criados sobre princípios democráticos, tiveram uma
organização política dividida entre os poderes legislativo, executivo e judiciário. Essas
mudanças foram motivos de várias alterações, principalmente no que se refere à produção
documental.
Na última etapa, os métodos se revelaram arbitrários no núcleo das administrações.
Com isso, o acesso aos acervos documentais, principalmente os religiosos, tornam-se
restritos. Podemos observar que houve um aprofundamento gradual de princípios e práticas
Arquivísticas a partir do início dos anos 40.
Depois de uma exposição rápida e superficial sobre a origuem e evolução histórica
dos arquivos relacionados à Igreja Católica torna-se efetivo abordar a Basílica do Imaculado
Coração de Maria e seus respectivos arquivos.
5 - O ARQUIVO ESCOLAR
Existem duas formas de conceituar arquivo segundo a professora em arquivologia e
membro do Conarq, Marilena Leite Paes, assim nos explica.
“As definições antigas acentuavam o aspecto legal dos arquivos, como deposito de
documento e papeis de qualquer espécie, tendo sempre relação com os direitos das
instituições ou indivíduos. Os documentos serviam apenas para estabelecer ou
reivindicar direitos. Quando não atendiam mais a esta exigência, eram transferidos
para museus e bibliotecas. Surgindo daí a idéia de arquivo administrativo e
arquivo histórico.(PAES,1997.P19)”5
27
A outra forma de conceituar arquivos de maneira moderna segundo nos ensina
Marilena leite Paes de acordo com Sólon Buck, ex-arquivista americano assim definiu:
“Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um
governo, organização ou firma, no decorrer de suas atividades, arquivados e
conservados por si e seus sucessores para efeito futuro” (PAES apud
BUCK.,1997)6
Indo ao encontro de um conceito mais especifico, o manual da secretaria da Faetec ,
da Secretaria Estadual de Educação, diz que:
“O Arquivo Escolar é o conjunto, rigorosamente organizado, de documentos e
informações que comprovem, inequivocamente, a identidade e os fatos à
escolaridade de cada aluno e o conjunto e alunos da escola que evidenciem ao
mesmo tempo os aspectos de organização e ação da unidade de ensino referente ao
processo educacional e ensino vivenciado pelos alunos, ao longo do
funcionamento da instituição” (SEE,P1).7
Os arquivos escolares tem se tornado assunto para diversos diretores, professores e
pesquisadores a partir do momento em que o governo enfatizou o assunto sobre a educação
em seus discursos e projetos a fim de melhorar o desempenho do ensino no Brasil.
As instituições de ensino de caráter público ou privado produzem inúmeros
documentos exigidos pólos órgãos públicos de ordem administrativa burocrática e jurídica,
em seu cotidiano indo alem do pedagógico. Porém os documentos produzidos por uma
escola seguem uma legislação que foi criada para orientar a produção dessa massa
documental, como determinação para que essa instituição tenha suas ações legais, que
dizem respeito ao seu funcionamento e a fiscalização de suas atividades.
De acordo com o professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Ruy
Hermann Araújo Medeiros explica que:
”As escolas particulares exercitam a liberdade de ensino, mas exercem múmus
públic, pois para isso são autorizados ou reconhecidos. Quando um diretor de uma
escola superior de ensino, por exemplo, confere grau a um formando faz no
exercício de um múmus (oficio) público que lhe foi delegado”(MEDEIROS,.8
Além dos documentos de natureza burocrática, legal e pedagógica, são encontrados
nesses arquivos diversos tipos de documentos que fazem parte da memória da instituição
em diversos tipos de suportes como: livros, fotografias, jornais, cadernos etc
De acordo com a professore Nadia Gaiofatto Gonçalves da UFRP:
28
“Estes documentos comprobatórios do cotidiano da instituição esolar constituem
registros que foram produzidos por instituições ou indivíduos singulares, tendo em
vista não uma utilização ulterior, e sim, na maioria das vezes, um objetivo
imediato, espontâneo ou não, sem a consciência da historicidade, de caráter de
fonte que poderia(m) vir a assumir mais tarde”. (Gonçalves apud Rousso, 1996,
p87)9
Esses arquivos sendo eles intencionais ou não fazem parte da história e da memória
dessa instituição, além de servir como fonte de pesquisa para o estudo para a administração
ou para a história.
Sendo assim, os arquivos escolares de ordem pública ou particular, sua massa
documental será sempre de proveito publico quando proveniente do poder público, havendo
o encerramento das suas atividades, o arquivo é considerado de fundo fechado e sua massa
documental será integralmente pública, ficando sob a custódia do arquivo publico, onde
deverá ser tratado e seu acesso liberado ao publico de acordo com seu grau de sigilo.
6 - A SOCIEDADE EDUCACIONAL MEL
A Sociedade Educacional Maria Luiz Ramos Santos, conhecida no bairro pelo nome
de SEMEL ou pelo alcunho de MEL, nasceu do sonho da professora Maria José e de seu
primeiro sócio Luiz Cláudio, que conversando sobre o futuro, descobriram que tinham a
mesma proposta e esperança. Amadureceram a idéia e foram a diante com o projeto de abrir
seu próprio negócio.
Conseguiram um prédio em Guadalupe cujas condições eram boas e as instalações
eram mantidas em perfeita ordem, no que tange a salubridade, iluminação, ventilação
segurança, funcionalidade e higiene.
Os sócios procuraram o SEBRAE para saber mais sobre o negócio que eles estavam
iniciando. Contrataram um contador, que fez o registro do colégio no cartório de pessoa
jurídica. A parte voltada a Secretária de Educação a própria professora teve que agir, assim
29
como, fez também com a prefeitura, resolvidos todas as partes burocráticas, passaram a fase
seguinte.
A Sociedade Educacional Mel começou a funcionar como, Jardim Escola Mel e era
mantido pela Sociedade Educacional Luiz Maria Ramos Santos Ltda.; e se identifica por ser
um estabelecimento educacional baseado no principio do pluralismo de idéias e concepções
pedagógicas e no direito de livre iniciativa.
Está sediado na Rua Brício Filho, nº56 no bairro de Guadalupe e presta serviços a
uma comunidade localizada na zona norte do município do Rio de Janeiro.
Suas atividades tiveram inicio em 27 fevereiro de 1993, com a Educação Infantil e
atualmente a escola ministra até o Ensino Fundamental do segundo segmento.
Atende a alunos de diversas classes sociais, em regime de externato, com ensino
presencial e regular, oferecido em dois turnos.
O colégio para funcionar foi legalizado em 16 de dezembro de 1992, de acordo a
legislação da época, não imputando prejuízo aos alunos que estudaram lá.
O SE MEL tem o compromisso político de educar. E um instituição particular sem
nenhum comprometimento que macule sua identidade e se propõe a uma ação educativa
com o objetivo total de ensinar, entendida como formação para o exercício de uma cidadania
consciente e ativa.
As aulas dadas estão baseadas nas diversas formas legais apresentadas aos
responsáveis, tendo os princípios epistemológicos e pedagógicos de ação da escola.
Os princípios epistemológicos e pedagógicos Adotados pelo colégio se reportam a
uma concepção humanista renovada, voltada para o processual, para o refazer constante,
cujas as bases são a integração e a busca da significação das idéias relacionadas com os
contextos histórico cultural da sociedade, apoiada numa nova perspectiva cujo eixo é o
desenvolvimento das potencialidades do ser humano.
Segundo a professora Maria José diretora da Sociedade Educacional Mel, foi
adotado como linha pedagógica a corrente da Psicologia denominada Cognitivismo e na
Teoria construtivista Sócio-Histórica, cuja aplicação no ensino corresponde ao que de mais
científico e atual se apresenta nos tempos modernos de pós-modernidade multicultural, que
é como se caracteriza esse inicio de século XXI,
30
Na construção da sua linha pedagógica, a Sociedade Educacional Mel se utilizou do
arcabouço teórico construtivista e também dos Parâmetros e Referencias Curriculares
Nacionais, publicados pelo MEC, os quais elegem a cidadania como eixo da educação
escolar, calcada nos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade de direitos, da
participação e da co-responsabilidade pela vida social.
A Sociedade Educacional mel tem como objetivo alcançar a excelência no ensino e
tornar-se uma referencia em educação escolar, no bairro em que atua e seu entorno.
Tem ainda dentro de seus objetivos educacionais, possibilitar acesso a
conhecimentos e saberes que preparam o aluno para uma ação ética, critica e participativa na
sociedade, no âmbito cultural, social, político e profissional. Buscando desenvolver as
potencialidades do aluno, na sua identidade pessoal, construindo valores essenciais aos
novos tempos.
O colégio tem o seu currículo respaldado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, em Parecer do Conselho Nacional de educação, no Referencial Currículo
Nacional Infantil, nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino Fundamental, em
Parecer, Deliberação e Normas emanadas do Conselho Estadual de Educação do Rio de
Janeiro e do Conselho Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
7.- A ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO COMO CONTRUIBUIÇÃO NO PLANEJAMENTO ESCOLAR.
A administração de uma instituição de ensino esta embasada no planejamento na
qual é formado por atividades escolares consideráveis que tende a evoluir, articulando uma
programação, onde os objetivos são marcados pelas metodologias e os recursos das são
destinados a sua implementação.
Nesse contexto, as atitudes do administrador escolar deverão planejar suas ações
baseadas nas informações contidas nos arquivos para que este planejamento tenha
argumentos sólidos para uma tomada de decisão no tempo previsto pelo diretor, tanto no
31
tocante ao planejamento pedagógico como o administrativo terá que ser precisa diante dos
recursos e definições já apresentados.
Para se ter acesso às informações os arquivos escolares deverão estar sempre bem
organizados evitando desgastes extras para que não haja perda da qualidade no que foi
programado:
“A gestão escolar constitui em caráter de atuação que objetiva a organização, a
coordenação, a mobilização e a articulação de todas as condições humanas e
materiais na, escola, com o intuito de garantir o avanço dos processos
socioeducacionais da instituição de ensino, orientadas para o desenvolvimento de
cidadão capaz de enfrentar adequadamente e sociedade globalizada. Entende-se,
dessa forma, que o objetivo final da gestão escolar é a aprendizagem efetiva e
significativa dos alunos.” (Luck 2000,p7 apud Perfeito 2007, p51) 10
Para que a aprendizagem seja e qualidade os arquivos deverão ter a sua organização
planejada pelo diretor, assim como todas as atividades de gestão:
“Ao se discutir a gestão numa perspectiva escolar, imediatamente pensa-se no
responsável por conduzir os processos administrativos e pedagógicos da
instituição de ensino: o diretor. A ele cabe articular a diversidade para dar-lhe
unidade e consistência na construção do ambiente educacional e promover a
formação dos alunos”(Perfeito, artigo,p52) 11
Para Perfeito ( 2007,P 53):
“Um dos princípios básicos da administração que vem merecendo maior atenção
das instituições de ensino é o planejamento. Planejar implica um
comprometimento com a ação. O planejamento só tem significância quando é
implantado e avaliado de acordo com a consecução de seus objetivos; caso
contrário resumir-se-á a uma coletânea de intencionalidades que não trazem
benefícios reais á organização.”(PERFEITO,2007.P53)12
Frente a uma realidade complexa e ativa na organização o planejamento estratégico
marca a partir dessas duas realidades, as tomadas de decisão nos diversos passos que o
formam.
Portanto, a analise do processo de planejamento para um bom desempenho
administrativo, seja pedagógico ou financeiro, dependerá da organização (acervo
documental), delegação segura das tarefas, apurar dentro de uma complexidade opiniões do
grupo envolvido, formando assim, o futuro filosófico da instituição:
“(...) é um processo de gestão que apresenta, de maneira integrada, o aspecto
futuro das decisões institucionais, a partir da formulação da filosofia da instituição,
32
sua missão, sua orientação, seus objetivos, suas metas, seus programas e as
estratégias a serem utilizadas para assegurar sua implantação”( Arguin 2000,p.23
apud Perfeito 2007,p.56)13
Logo, a equipe geradora de tais informações para a administração sentirá a
necessidade deste planejamento, já citado, para que cada documento formulado ou
analisado, seja uma corrente, onde os elos não poderão ser esquecidos. Outrossim, deverão
ser melhorada tanto no referente ao ambiente interno quanto externo, respeitando suas
definições de missão, visão de futuro e valores estabelecidos através de objetivos
estratégicos e planos operacionais.
Esses planos operacionais como todo o corpo já citado deverá sempre ser calcado nas
metas, planos de ação, obtendo controle e avaliação dos mesmos.
8 - O DIAGNÓSTICO ARQUIVISTICO NO PROESSO AMINISTRATIVO ESOLAR
O diagnóstico arquivístico de uma instituição de ensino como parte do refere-se a um
levantamento capaz de reunir informações sobre os acervos arquivístico no intuito de
estabelecer condições para a definição de um projeto de trabalho capaz de resolver todos os
problemas detectados.
É com o diagnóstico, que o que o funcionário da secretaria escolar obterá
informações palpáveis quantitativas e qualitativas sobre o acervo e a organização em que
este está inserido. São estas informações aliadas ao seu conhecimento teórico prático
arquivístico e administrativo da escola que possibilitarão o embasamento, a segurança e
precisão na construção de programas de conservação, classificação, avaliação, recolhimento,
transferência, armazenamento, acondicionamento, microfilmagem e demais atividades de
sua competência influenciando na tomada de decisão da direção.
É com base nos dados adquiridos aliados à metodologia arquivística e orientado pela
secretaria escolar que o arquivista irá traçar seu projeto de trabalho dentro da escola.
33
Dada à importância do diagnóstico arquivístico, justifica-se a fiel dedicação e
perseverança do arquivista em sua execução, sendo que, para tal proeza, é necessário que
este profissional faça usufruto de seus conhecimentos metodológicos e científicos, de sua
criatividade, da sua capacidade de visão crítica e analítica tornando-se num eficiente e eficaz
observador e pesquisador, ou seja, utilizar das suas habilidades intelectuais. São estas
habilidades as fórmulas para o arquivista analisar as situações, fatos e fenômenos
encontrados ao diagnosticar o acervo escolar. É com sua capacidade intelectual adquirida
que este profissional poderá fazer do diagnóstico uma forma de comunicação inicial com o
acervo documental em questão e de começar a compreendê-lo; construindo assim, a base da
ação recíproca na relação arquivista-acervo documental.
No diagnóstico, o arquivista iniciará um contato com fragmentos da vida social
escolar e história da organização em questão e, portanto deve organizá-los de modo a
ficarem compreensíveis para a secretaria escolar como um todo. Aqui este deverá buscar
informações capazes de espelhar a razão de ser da organização. Estudando a sua história e a
sua estrutura administrativa, buscando o fundamental, o essencial, tentando visualizar a sua
vida (presente, passado e futuro); tendo sempre em mente que as informações do presente
são mais importantes.
O diagnóstico deve-se tornar numa interpretação do processo evolutivo da instituição
escolar buscando os seus pontos chaves no passado e no presente. A qualidade do
diagnóstico estará associada ao conhecimento adquirido sobre os que geraram e/ou estão
gerando as informações que se pretende organizar. Um bom diagnóstico irá se transformar
numa radiografia da escola.
Como arquivistas, sabemos que os documentos pertencem a um sistema, ou seja,
“Um conjunto de partes, logicamente relacionadas, formando uma unidade que
almeje alcançar um ou mais objetivos com a máxima eficiência”
(LUPORINE,1997.P1).14
Sabemos também, que este sistema – a escola – está localizado em um meio
ambiente com o qual interage constantemente. O arquivista deve ter noção ainda, de que este
ambiente possui outros sistemas que interagem entre si. Cabe ao arquivista estar atento de
que inicia-se o estudo de um sistema observando os seus limites, ou seja, até onde suas
partes influenciam ou são influenciadas pelos outros sistemas que estão à sua volta.
34
O arquivista como funcionário da secretaria deve empenhar-se em pesquisar para
conhecer o funcionamento da instituição a que pertencem os documentos isto é, pesquisar
suas inter-relações orgânicas. Mas esta pesquisa não deve estar associada apenas ao
conhecimento da organização, mas mostrando os seus problemas lógicos, refletindo sobre
estes problemas e agindo no sentido de projetar as soluções, buscando critérios científicos.
Pesquisar não é só fazer perguntar, não consiste apenas em ver e ouvir.
A pesquisa aqui deverá basear-se nos métodos de investigação das ciências sociais,
buscando a experiência da historia, da sociologia, da filosofia, do conhecimento tecnológico
pedagógicos, etc.
“Precisarão consultar organogramas ou, quando for o caso, produzi-los, estudar os
documentos normativos e jurídicos de cada instituição; e realizar entrevistas com
pessoas envolvidas na administração”. Dependendo da complexidade da
organização, devem utilizar os métodos da história oral (...). Deverão estar cientes
dos limites destes métodos de trabalho e produzir ou solicitar produtos concisos e
específicos para as suas necessidades.(LOPES,1997.P91) 15
O arquivista deve atentar-se ainda à estrutura orgânica – funcional da organização,
nas suas funções genéricas e complexas, nas funções não pré-definidas e atípicas, nas
intervenções administrativas, nos expedientes de procedimentos regulamentados, nas
semelhanças e diferenças dos procedimentos administrativos da escola, na procedência dos
expedientes, na unidade de informação habitual, deve procurar compreender as informações
e os seus efeitos, ou seja, não é chegar e começar a tratar as informações. Deve primeiro
organizá-las sobre um objeto dar acesso as informações a administração escolar com um
planejamento ,dedicando-se ao conhecimento teórico e à pesquisa aplicada. Deve esforçar-se
para elaborar uma síntese analítica dos dados obtidos.
O arquivista deve mergulhar na complexidade da organização norteado pela razão,
pela racionalidade, buscando o modo científico de se tratar as suas informações orgânicas.
“Racionalizar significa diminuir o trabalho, alcançar maiores resultados e,
principalmente, ter a chance de provar que o tratamento profissional dos arquivos
pode ser útil.(LOPES,1997.P41) 16
Diagnosticando, o arquivista terá os problemas à vista e por isso deverá assumir um
papel pedagógico, demonstrando a existência destes problemas; problemas estes que podem
iludir os geradores das informações e que por isso devem ser informados. O arquivista deve
35
mostrar que a organização pode não ter consciência do que tem e em que condições podem
estar.
“... a solução do problema está numa Arquivística e em profissionais que possam
se impor por suas autoridades intelectuais, da pesquisa e da experimentação”.
(LOPES,1997.P39)17
O arquivista deve conduzir o objetivo da sua pesquisa (a organização e suas
informações) para além das suas aparências. Deve mostrar que o principal dado que está
procurando é a descrição das atividades da organização e a relação das mesmas com o fluxo
das informações contidas nos documentos. Assim ele estará revelando o processo global das
informações alicerçado na realidade.
“O espírito da organização está nas suas atividades”.
O conhecimento delas ilumina todos os outros aspectos.
Compreendem-se melhor as funções ou, muitas vezes, as disfunções.
Entendem-se as estruturas efetivas, as pseudo – estruturas e a
existência de formalizações”.(LOPES,1997) 18
Só será possível alcançar um diagnóstico que retrate a situação Arquivística de uma
instituição de ensino e propor soluções que possam ser identificadas como científicas, de
acordo com metodologias e parâmetros enquadrados no conceito das ciências sociais
aplicadas; se o arquivista construir o seu objeto da pesquisa baseado num levantamento
geral dos dados sobre as atividades da organização e seu fluxo informacional, bem como
buscar explicitar o diálogo existente entre a estrutura da organização, as suas funções e as
questões referentes ao seu acervo.
Somente desta maneira o arquivista, fará do diagnóstico um espelho da vida
informacional a organização, começando de modo científico o trabalho de tratamento da
informação, viabilizando os seus próximos passos e garantindo o seu trabalho prático com
segurança, economia, precisão e embasamento metodológico.
O microcomputador, a calculadora, o lápis, o papel de anotações, o gravador e a
máquina fotográfica só irão produzir um diagnóstico de qualidade, se aliados aos
conhecimentos que habilitem ao arquivista ser um observador crítico, norteado pela
racionalidade e cientificidade.
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9 - ARQUIVO, MEMÓRIA E HISTÓRIA.
A palavra memória segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira vem:
“(do latim memória) s.f faculdade de reter as idéias, impressões e conhecimentos
adquiridos anteriormente... lembranças reminiscência, recordação”.(FERREIRA,1979)19
Nesse caso pensamos no termo exclusivamente como condições realizadas por
indivíduos ou animais que tenham suas mentes apropriadas para este processo, ou seja,
sejam capazes de guardar as informações recebidas durante os seus dias de vida. Para o
professor da UFF, Luís Carlos Lopes:
“O termo memória gera bastante confusão quando é aplicado ao conjunto das
informações registradas, tal como é possível defini-las nos dias de hoje. Trata-se de uma
palavra usada por biólogos, médicos, filósofos, sociólogos, antropólogos, historiadores,
psicólogos e cientistas da informação, frequentemente em sentidos diversos. O sentido
original do termo seria a capacidade humana de guardar no cérebro, impressões das
experiências vividas”(LOPES,1997.p51) 20
Para Jacque Le Goff; memória seria a capacidade de reter informações, ou seja,
armazenar dados; partindo desse conhecimento os arquivos em seus diversos suportes e suas
relações orgânicas, seria o sentido mais apropriado desse conceito inicial de memória, como
nos explica o professor Armando Malheiro da Silva:
“Sem memória não seria possível conceptualizar, não seria possível conheer e não haveria
possibilidade de armazenar informações”(MALHEIROS. 1999.p27).21
A memória que se encontra na escola e armazenada por cumprimento a lei ou por
uma questão cultural ou por consciência individual do homem, serve como base de pesquisa
para as atividades administrativas, jurídicas ou históricas da escola até mesmo da
comunidade que ali freqüenta.
As memórias formadas em grupos são influenciadas pelas relações sociais formadas
através do processo de alimentação e dilatação dessa memória com relação ao local e ao
tempo. Esses elementos são necessário para que o individuo no convívio social forme uma
imagem como produto dessa relação.
37
Com relação aos documentos escolares a memória e que vai integrar o projeto
político pedagógico, pois ela revelará sua história desde seu surgimento passando por
diversas etapas ate sua completa formação.
Cabe ao profissional a secretaria as escolas ao lidar com os documentos, armazenam-
los e preserva-los de acordo com a legislação a fim de que quando solicitado seja liberado a
informação necessária dentro do tempo solicitado. Esses arquivos são as provas do processo
que se formou durante a atividade administrativa, pedagógica e jurídica e até mesmo
histórica da instituição em estudo e que apresentará a intenção nas atividades humanas.
O planejamento da secretaria se torna necessário a fim de formar uma rotina, com o
intuito de registrar as informações a ponte de criar uma memória com riqueza de detalhes,
facilitando na construção dos documentos escolares atribuindo a ele valores dados pelo
órgão a que pertence, assim como também, características pedagógicas e disponibilizando
esse documento aos interessados sobre a rotina escolar.
As informações armazenadas nos arquivos escolares deverão ser tratadas para
quando forem solicitadas, forem liberadas suas memórias criadas com essas
intencionalidades pelo profissional arquivista ou outro que tenha esse conhecimento.
Os profissionais da educação assim como os arquivistas deverão estar conectados a
memória, pois o grande problema da arquivística e a grande massa documental acumulada
pela administração e a necessária eliminação de documentos depois de avaliados. Porem
muitos desses documentos, não é administrativo e sim histórico e é por esse motivo, que a
arquivologia é tão ligada à história. O arquivista desenvolve padrões de avaliação, elabora
planos de descarte, prepara tabelas e listas. Portanto, a preservação da memória, a
preservação do patrimônio cultural, sofre intervenção direta do arquivista, ao qual é de fato,
um agente construtor da memória. É possível entender que o desenvolvimento e a natureza
do conhecimento arquivístico, merece cada vez mais uma compreensão de maior qualidade,
pois é esse profissional norteado pela ciência dos arquivos é que vai guardar e preservar o
passado de uma nação, sendo que as práticas arquivísticas, terão em sua essência, um
avanço organizacional cada vez mais forte.
Ao tratar com o documento o arquivista interfere com consciência sobre a
documentação, esse fato, vai de encontro à necessidade e a organicidade, entendendo que
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sendo ele um agente que interfere na construção da memória, pode o mesmo também agir
diretamente em todos os alicerces da sustentação da memória.
É necessário ressaltar também a importância do processo de conhecimento nas
praticas arquivísticas, tendo em vista que quanto maior o conhecimento, maior será o
volume de informação disponível, tendo-se condições de absorver melhor e transmitir mais
informações, conhecimento este, que só será transmissível se estiver registrado na memória.
Só assim, as pessoas poderão obter mais informação de alguém, ou de algum documento.
A correlação passada e presente da história da educação pelo historiador são
percebidos com características intrínsecas dos documentos e de sua contribuição com o
passado e deixando claro também, que o arquivista deve explicitar suas concepções, para
deixar evidente e sua trajetória, permitindo aos pesquisadores e os próprios colegas,
comentarem as idéias que o orientaram.
A história teve como função primaria diante da sociedade explicar seu gênesis. Das
ciências que estudam o homem, a história junta a sociologia, antropologia, investigando o
passado para poder explicar a extensão que o homem conquistou e ainda busca na
sociedade, guardadas a cada ciência o seu objetivo específico, como nos explicar Edward H.
Carr:
“O principal sujeito da história é o mesmo das outras ciências sociais: o
comportamento do homem em sociedade. O que dá á história um caráter
especifico, donde provém outras diferenças, é que estuda dito comportamento no
passado. As relações entre a história e as outras ciências sociais (sociologia,
antropologia, economia) são necessárias e valiosas; o historiador pode beneficiar-
se dos métodos com que os cientistas sociais estudam seus problemas no presente.
Evidentemente é necessário prudência e, pessoalmente, desconfio de algumas
experiências recentes que consistem em aplicar à história técnicas matemáticas e
econômicas; uma vez que tais técnicas suficientemente em conta, ao que parece, a
complexidade do processo histórico. Também os cientistas sociais podem aprender
com o historiador que as situações com que se confrontam no presente nunca são
estatísticas e que é preciso estuda-las à luz das situações do passado, de onde
provem e das situações futuras para onde evoluem. Toda a ciência social é, neste
sentido, histórica”(CARR,1979).22
A história como ciência social se preocupa com demasia a observar as mudanças
ocorridas nas sociedades, com um sentido macro da visão e nos comunidades com um
sentido micro da visão histórica.
39
É importante salientar que as mudanças que ocorrem nas sociedades ou comunidades
precisam de um determinado tempo, esse tempo é a dimensão que a história precisa para
fazer sua analise.
O tempo histórico não são definidos por tabelas (calendários) ou aparelhos modernos
(relógios) esse tempo é percebido pelas mudanças que a nosso ver são rápidas, como a vida
cotidiana. Podemos perceber também as mudanças lentas, como nos valores tradicionais,
como afirma E.H.Carr;
“Objetivo” e “subjetivos” são conceitos relacionados entre si: um implica o outro. A obra
de qualquer historiador ontem elementos subjetivos e está sujeito a influencia de tempo e
lugar. A objetividade absoluta e intemporal é uma abstração irreal. Mas a história requer a
seleção e ordenamento dos fatos ocorridos no passado à luz de um principio ou norma de
objetividade admitido pelo historiador, que inclui, necessariamente elementos de
interpretação. Sem isso, o passado dilui-se numa profusão de inumeráveis incidentes
isolados e sem significado e, então, não é possível escrever história” (CARR,1979)23
O conhecimento histórico tem por finalidade favorecer o desenvolvimento da ação
transformadora da História, contribuindo para uma sociedade mais consciente, pois é através
da consciência de uma sociedade é que se poderá haver uma análise mais completa do meio
em que pertence.
Essa análise que ao conhecimento histórico se propõe em fazer e a ensinar, não e
dizer por que motivos os homens estão sobre a terra ou justificar suas ações. A finalidade da
história é investigar e entender o que passado do homem revela e o que passa a ser realidade
no seu presente para fazer uma conjetura de seu futuro, para E.H.Carr, a História se constitui
da seguinte maneira:
“A História se constitui de um processo continuo de interação entre o historiador e seus
fatos, e de um dialogo interminável entre o presente e o passado”.(CARR,1979) 24
Partindo deste ponto a escola possui uma história que esta armazenada em ‘sua
memória individual’ e ‘sua memória coletiva’, para isso, temos que considerar que a
cotidianidade escolar influencia as relações da comunidade local e das pessoas que irão
contribuir para a formação dessas memórias dentro do espaço escolar.
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10 - CONCLUSÃO
Concluímos que o diagnóstico dos Arquivos escolares da Sociedade educacional
Mel e sua importância para a administração escolar, escolhido para esta pesquisa, foi
plenamente alcançados.
Verificou-se, após observar toda a documentação que é necessária a maior
divulgação dos Arquivos por historiadores e arquivistas, destacando a importância e a
riqueza de informação desses acervos.
O cuidado com que os administradores da escola tratam os documentos de seus
arquivos vai de encontro à modernidade que se faz necessária nos dias de hoje, para se ter
um arquivo bem organizado.
Vivencia-se uma época de tecnologia avançada, com uma vasta implicação nas
instituições e na história. Essa nova tecnologia está, também, dentro da Sociedade
Educacional Mel, que criou uma página na Internet para divulgar seus eventos e
programação.
Após análise dos Arquivos da instituição de ensino constatou-se que retratam não
só a história dessa escola, como também, estão diretamente ligados a história da
comunidade, fazendo com que este acervo se torne patrimônio dessa sociedade.
Foi colocado uma parte da evolução da educação desde os primórdios passando
pela Idade Média até os nossos dias; para mostrar aos estudantes, futuros arquivistas, e
professores e também administradores que trabalhem com educação a interdisciplinaridade
da escola com a Arquivologia que tanto se faz necessária para o enriquecimento cultural
desse profissional.
Acredita-se que não existe, verdade absoluta, mas uma tentativa de salientar a
importância desses arquivos no que diz respeito a informações arquivísticas e históricas.
Tendo em vista os fatos abordados nesse tema, procurou-se mostrar uma tradição
de alguns anos da Sociedade Educacional Mel, tanto da parte documental mais antiga,
arquivo permanente, quanto da parte documental mais recente os arquivos correntes e
intermediários.
41
11 – NOTAS
1 – Fernanda BOMBARDE. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. Trabalho
acadêmico,p7
2 – Graziela Rossetto GIRON. Desafio políticos para a educação, p11
3 – ibidem, p11
4 – ibidem, p11
5 – Marilena Leite PAES. Arquivo: teoria e prática. 3º ed. rev. Ampl. Rio de Janeiro. Ed:
FGV,1997.p19
6 – ibidem, p19
7 – Manual da Secretaria: O secretário escolar. p2
8 – Ruy Hermann Araújo MEDEIROS. Arquivos escolares breve introdução ao seu
conhecimento, artigo, p2
9 – Nadia Gaiofatto GONÇALVES. A escola e o arquivo: Discutindo possibilidades de
interlocução entre atividades de ensino, pesquisa e extensão. artigo, p3
10 – Cátia Deniana Firmino PERFEITO. Planejamento estratégico como Instrumento de
Gestão Escolar, artigo, p51
11 – ibidem, p52
12 – ibidem, p53
13 - ibidem, p56
14 – C.E. LUPORINE, N.M. PINTO.estruturas do sistema, p51
15 – Luis Carlos LOPES. A informação e os arquivos, p91
16 – ibidem, p41
17 – ibidem, p39
18 – ibidem, p41
19 – Aurélio Buarque de Holanda FERREIRA. Dicionário da Língua Portuguesa, p910
20 – Luis Carlos LOPES. A informação e os arquivos, p51
21 – Armando Malheiros da SILVA,1999, p27
42
22 – Edward H. CARR. A HISTÓRIA. Rio de Janeiro: Biblioteca Salvat de Grandes Temas,
livro GT, Nº40,1979.p10
23 – ibidem, p9
24 – ibidem, p11
43
12 – BIBLIOGRAFIA
ARQUIVO Nacional (Brasil). Manual de identificação de acervos documentais para transferência e/ou
reconhecimento aos arquivos públicos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1985. 77 p. Publicações
Técnicas,40.
ARQUIVO Nacional (Brasil). Orientação para avaliação e arquivamento intermediário em arquivos públicos.
Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1985. 27 p. Publicações Técnicas, 41.
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TACHIZAWA.Takeshy; MENDES; Gildásio. Como fazer monografia na prática. 6º ed.Rio
de janeiro,FGV, 2001
45
13 – ABSTRACT
This work brings forth the intellectual archives of diagnosis the administrator within
schools as well as planning manager by showing that this requires dedication of the archive
professionals, educators and managers using their theoretical knowledge and especially
applied research, seeking objectivity and rationality within an analytical synthesis of the
interpretative process of evolution and functioning of the educational organization showing
projecting and reflecting the problems, the solutions consolidated in reality and scientific
criteria, seeking to explain the relationship of the organization’s educational activities such
as document flow and conditions of the information contained in the documents.