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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUACÂO EM LATO SENSU
PROJETO
RESPONSABILIDADE SOCIAL E INCLUSÃO DE PESSOAS
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS NO SETOR BANCÁRIO
BRASILEIRO
Catarina Ambuta
Prof.orientador Ivan Garcia
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS GRADUACÃO EM LATO SENSU
PROJETO
RESPONSABILIDADE SOCIAL E INCLUSÃO DE PESSOAS
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS NO SETOR BANCÁRIO
BRASILEIRO
Apresentação da monografia a universidade Candido Mendes como
requisito parcial para a obtenção do grau de especialista em direito
empresarial e negócios
Catarina Ambuta
3
Agradecimentos
Ao meu orientador prof.Ivan Garcia que sem a sua ajuda apoio e
orientação,aos meus colegas do instituto AVM e a direção toda da
faculdade Candido Mendes especialmente o Instituto A vez do
mestre o meu muito obrigada
5
Eu dedico este trabalho com muito amor e bastante agradecimento
as minhas irmãs especialmente a minha mãe pela confiança e por
terem apostado em mim ,a minha família e a todos que diretamente
ou indiretamente ajudaram me nesta caminhada Erika e Joe
;Helder santos ,loide e Silvio e a minha pequena Aline ,Bráulio kiala
e o grande amor da minha vida meu noivo Nicolau de Sousa
Rio de janeiro 2010
6
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABRACEEL Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia
Elétrica
ABRADEE Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica
ANELL Agência Nacional de Energia Elétrica
CCEE Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
CEPEL Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
CNPE Conselho Nacional de Política Energética
COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
COGEN-Rio Associação Fluminense de Cogeração de Energia
CPFL Companhia Paulista de Força e Luz
CRC Conta de Recursos a Compensar
DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica
DNDE Departamento Nacional de Desenvolvimento Energético
ELETROBRÁS Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
ELETROPAULO Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.
EPE Empresa de Planejamento Energético
GD Geração Distribuída
IEE Indústria de Energia Elétrica
INEE Instituto Nacional de Eficiência Energética
LIGHT Light Serviços de Eletricidade S.A.
vii
7
MAE Mercado Atacadista de Energia
MME Ministério das Minas e Energia
ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico
P&D Pesquisa e Desenvolvimento Energético
PCH Pequenas Centrais Hidrelétricas
PLD Preço de Liquidação de Diferenças
TFSEE Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica
TIR Taxa Interna de Retorno
TMA Taxa Mínima de Atratividade
TUSD Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição
TUST Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão
VPL Valor Presente Líquido
LISTA DE FIGURAS
viii
8
Figura 1 Segmentos da Indústria de Energia Elétrica ................................... 21
Figura 2 Modelo de Organização do Ambiente Cativo e Ambiente Livre ...... 28
Figura 3 Mercado Spot de Compra de Energia ............................................. 43
Figura 4 Fatura Consumidor A ....................................................................... 44
Figura 5 Geração na Ponta a Óleo Diesel ..................................................... 51
Figura 6 Geração na Ponta a Gás Natural ..................................................... 52
Figura 7 Aplicações Típicas de Co-geração .................................................. 53
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Atribuições dos Novos Agentes – ANEEL, ONS, MAE e CCEE ...... 25
Quadro 2 Comparativo entre o Antigo Modelo e o Novo Modelo do Setor
Elétrico Brasileiro .............................................................................
26
Quadro 3 Classes de consumo de energia ...................................................... 31
Quadro 4 Grupos de consumidores ................................................................. 33
Quadro 5 Tarifas de Alta Tensão ..................................................................... 36
Quadro 6 Composição da Receita Requerida ................................................. 37
Quadro 7 Mecanismos de Correção dos Valores das Tarifas de Energia
Elétrica no Brasil ..............................................................................
39
Quadro 8 Exigências técnicas para consideração do consumidor livre ........... 41
Quadro 9 Clientes Livres e Clientes com Fornecimento Regulado ................. 42
Quadro 10 Custos Diretos e Indiretos ................................................................ 60
Quadro 11 Viabilidade econômico-financeiro – Perfil Shopping ........................ 63
Quadro 12 Viabilidade econômico-financeiro – Perfil Indústria ......................... 65
ix
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Análise de Custos com Energia Elétrica – Perfil Shopping ............. 62
Tabela 2 Análise de Custos com Energia Elétrica – Perfil Indústria ............... 64
RESPONSABILIDADE SOCIAL E INCLUSÃO DE PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIAS NO SETOR BANCÁRIO BRASILEIRO: EXPERIÊNCIAS DOS
BANCOS BRADESCO E ITAÚ.
Responsabilidade Social e Inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiências no Setor
Bancário Brasileiro: Experiências dos Bancos Bradesco e Itaú.
TÍTULO I: RESPONSABILIDADE SOCIAL E INCLUSÃO DE PESSOAS
PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS NO SETOR BANCÁRIO BRASILEIRO:
TÍTULO II: EXPERIENCIAS DOS BANCOS BRADESCO E ITAÚ.
1. Balanço Social, 2.Inclusão das Pessoas Portadora de deficiência, 3.
Responsabilidade Social e Inclusão social, 4. Banco Bradesco. 5. Banco Itaú, 6.
Evolução conceitual do tema Responsabilidade Social Corporativa, 7. Estatísticas de
Resultados Operacionais, 8. Desenvolvimento Sustentável, 9. Inclusão das PPDS, 10.
Ministério Público do Trabalho, 11. Definições e novas abordagens, 12. Ministério do
Trabalho13 Metodologia de Estado Por Amostragem. 14. Ações Sociais do Banco
Bradesco e do Banco Itaú.
x
11
UCAM-2010
Resumo
A Presente pesquisa apresenta dados sobre Responsabilidade Social e
Inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiências no setor bancário brasileiro
nos bancos Bradesco e Itaú. Discute a dicotomia existente entre a
responsabilidade das empresas bancárias e o cumprimento da lei 8.9890 de
1991 e emendas e mostra como está o processo de inclusão social das
pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho a partir da
experiência dos Bancos Bradesco e Itaú. Apresenta dados estatísticos dos
dois Bancos e mostra porque os Bancos não cumprem a cota exigida pelo
Ministério do Trabalho e emprego, partindo da lei.
Palavra-chave: Responsabilidade Social e Inclusão das PPDS no Setor Bancário
Brasileiro
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 12
1 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E INCLUSÃO DE PESSOAS PORTADORAS DE
DEFICIÊNCIAS: ASPECTOS HISTÓRICOS E DEFINIÇÕES ............................................................... 15
1.1............................................... Evolução Conceitual de Responsabilidade Social Corporativa
..................................................................................................................................................... 15
1.2......................................... Responsabilidade Social Corporativa em Instituições Financeiras
..................................................................................................................................................... 19
xi
vi
12
1.3................................................................... PPDげS W PヴラIWゲゲラ de Inclusão nas Organizações
..................................................................................................................................................... 21
2 PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL
BRASILEIRO ................................................................................................................................. 24
2.1 Definições SW PWゲゲラ;ゲ Pラヴデ;Sラヴ;ゲ SW DWaキIキZミIキ; ふPPDげゲぶ SW ;IラヴSラ Iラマ ; Oヴェ;ミキ┣;N?ラ
Mundial de Saúde ....................................................................................................................... 26
ヲくヲ D;Sラゲ ゲラHヴW PPDげS ミラ MWヴI;Sラ SW Tヴ;H;ノエラ Fラヴマ;ノ ミラ Bヴ;ゲキノ ............................................ 29
2.3 Aspectos sobre a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91) ................................................................... 31
3 PROCESSO DE INSERÇÃO DE PPD'S EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NO BRASIL: UMA
ANÁLISE DOS DADOS DOS BANCOS BRADESCO E ITAÚ ............................................................ 37
3.1 Metodologia da Pesquisa ...................................................................................................... 75
3.2 Estrutura do Balanço Social dos Bancos Pesquisados ........................................................... 77
3.2.1 Banco Bradesco S.A. ........................................................................................................... 78
3.2.2 Banco Itaú S.A. ................................................................................................................... 79
3.3 Análise das Empresas Pesquisadas (Bradesco e Itaú) ........................................................... 80
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 81
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa procura averiguar se a lei 8.213/91 lei de cotas estabelecida pelo
ministério do trabalho sobre a responsabilidade Social e Inclusão de Pessoas
Portadoras de Deficiências no mercado de trabalho está sendo cumprida pelo
setor privado brasileiro.
13
Pata tal fez-se um levantamento no setor Bancário a partir da experiência dos
Bancos Bradesco e Itaú, através das respectivas fundações e verificou-se que
o setor bancário brasileiro, nos bancos Bradesco e Itaú, essa lei não foi
cumprida cabalmente. Ou seja, a cota estabelecida pela lei não foi alcançada.
Os motivos alegados estão na pesquisa: Entre os mais alegados pelos bancos
pelo não cumprimento da lei de cotas e por não terem alcançado a meta
estabelecida pela lei 8.213/91 destacam-se a falta de mão de obra qualificada
entre as pessoas portadoras de deficiência (PPD’s).
Assim no capítulo 1 descreve-se a responsabilidade social corporativa, e a
inclusão das pessoas portadoras de deficiência, retratando-se os aspectos
históricos e as definições dos conceitos, a partir da bibliografia em referência.
No Capítulo 2 descreve-se e retratam-se as estatísticas presentes nos
relatórios pesquisados e mostra-se os números de contratações das PPD’s e a
situação atual do mercado de trabalho em relação ao cumprimento e o alcance
das metas estabelecidas pela lei de cotas. Ainda no capítulo 2 define-se a partir
da lei quem é portador de deficiência, como e em que condições pode-se
considerar essas pessoas.
No capítulo 3 descreve-se e retrata-se a inclusão das pessoas das PPD’s nas
instituições financeiras a partir dos dados disponíveis na fundação Itaú Social e
na Fundação Bradesco. Descreve-se o método adotado para a montagem e
desenvolvimento da pesquisa, colocando-se a disposição no texto a estrutura
do balanço social dos dois bancos; e por fim faz-se uma análise critica da
situação atual do mercado em relação a inclusão das PPD’s.
Na pesquisa procura-se entender se a lei 8.213/91 lei de cotas e inclusão das
pessoas portadoras de deficiência está sendo cumprida, pois os Bancos, pelo
que se constatou na pesquisa não cumpriram, alegando falta de mão de obra
especializada.
Conclui-se descrevendo o assunto como um processo contínuo que precisa de
ajustes para que seja cumprida cabalmente a lei de cotas, já que os bancos
não são o único culpado nessa situação, pois o ministério alem de não
fiscalizar não forma pessoas para que os bancos absorvam esses profissionais,
14
pois eles não estão disponíveis no mercado. Os bancos precisam selecionar e
forma-los para que possam então inseridos no mercado de trabalho do setor
bancário.
Para se chegar a essa conclusão contou-se com relatórios sobre PPD’S, no
mercado de trabalho em geral, no setor dos Bancos de Varejo do País e a
seguir dos dois Bancos pesquisados (Banco Bradesco e Banco Itaú), sobre o
cumprimento da lei de cotas número 8.213/91.
A apresentação dos dados coletados foi sob a forma de evolução dos
resultados estatísticos presentes (em R$ e em % da RL) para o período
analisado e comparativo entre o Banco e outras instituições financeiras através
de comentários após citações de autores pesquisados. Para cada citação fez-
se um comentário baseado no pensamento do autor e opinião do pesquisador.
Esta apresentação foi dividida da seguinte forma: i) informações do ranking das
outras instituições financeiras e dos Bancos pesquisados Banco Bradesco e
Banco Itaú, a partir do histórico de atividades desenvolvidas ao longo dos anos
pesquisados (2000 a 2009); ii) dados financeiros; iii) dados dos investimentos
sociais em geral e sociais destinados a PPD’S (internos e externos); e iv)
dados dos investimentos sociais: financiamentos e programas de crédito e
outras formas de financiamento destinados às PPDS; E, ao final de cada item
realiza-se a análise dos resultados com base nos capítulos teóricos da
pesquisa, mostrando a realidade atual e a possível nos próximos anos.
15
1 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E INCLUSÃO
DE PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS: ASPECTOS
HISTÓRICOS E DEFINIÇÕES
O objetivo deste primeiro capítulo é apontar alguns aspectos teóricos do tema
da pesquisa, com a finalidade de contribuir para a análise do que se propõe
como objetivo principal da monografia, ou seja, analisar o conceito de
responsabilidade social e o instrumento balanço social no contexto bancário,
avaliando os indicadores sociais e ambientais dos Bancos Itaú e Bradesco.
Para tanto, serão abordados neste capítulo os seguintes itens; i) evolução
conceitual da RSC; ii) responsabilidade social corporativa em instituições
financeiras; iii) PPD’S e processo de inclusão nas organizações.
1.1 Evolução Conceitual de Responsabilidade Social Corporativa
O conceito de Responsabilidade Social Corporativa foi assim chamado pela
primeira vez ao ser discutido inicialmente a partir de 1950, com maior ênfase
no início no século XX, para chamar à atenção dos investidores de que o maior
bem que existe no planeta é o próprio ser humano.
Que as empresas de todos os ramos ao pensar em investir tinham que, em
primeiro lugar olhar para o ser humano como meta; pois é ele a razão dos
investimentos em qualquer instância. Assim, a evolução conceitual do termo
responsabilidade social é destacada na citação a seguir:
Segundo Cruvinel (2009 apud CHEIBUBUB; LOCKE, 2002, p. 39) o conceito de
responsabilidade social não é novo, mas não se chegou a um consenso sobre o
significado e limites, uma vez que é ainda objeto de disputa. E se é algo
disputado, indica que deve ser valioso para os atores envolvidos.
16
Como foi demonstrada, a definição de RSC passou a ser alvo de disputa entre
seus defensores, pois é visto como um fator positivo dentro das organizações
podendo gerar benefícios. A mesma (RSC) apóia-se na percepção de negócios
e desempenho econômico caminhando para uma mudança de paradigma tendo
como base os apontamentos das motivações e dos ganhos conquistados pela
sua adoção.
ANOS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES
1999
Glo
bal
Co
mp
act
Dav
os –
Su
iça Valores fundamentais nas áreas de direitos humanos, trabalho
e meio ambiente, para a construção de um mercado global
mais inclusivo e igualitário do ponto de vista social com a
inclusão de todos.
2000
Cú
pu
la d
o M
ilên
io
No
va Y
orq
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stad
os
Un
ido
s
Metas para os estados-membros da ONU (até 2015): i) reduzir
à metade o nr. de pessoas que vivem com menos de um dólar
por dia; ii) alcançar a educação primária universal; iii)
promover a eqüidade de homens mulheres; iv) reduzir em dois
terços a mortalidade de crianças com menos de 5 anos; v)
reduzir em dois terços a mortalidade pré-natal; vi) combater a
AIDS, a malária e outras doenças infecciosas , reduzindo a
metade o número de novos casos; vii) reduzir à metade o
número de pessoas sem acesso a água potável e introduzir o
conceito de desenvolvimento sustentável nas políticas
públicas dos países- membros; e viii) desenvolver uma
parceria global para o desenvolvimento que inclui assistência
oficial para o desenvolvimento, acesso a mercados e redução
da dívida externa.
Fonte: Santos, Maria da Conceição Morais dos: Responsabilidade Socioambiental em
Instituições Financeiras, 2009.
17
A evolução conceitual do termo de responsabilidade social, segundo Tenório1 (2004 p.
13-14, apud SCOFANO, 2008), pode ser descrita da seguinte forma:
A evolução conceitual do termo Responsabilidade Social Corporativa
ocorreu durante o século XX, em dois momentos, no 1º momento sob
a ótica da sociedade industrial, com o surgimento da Filantropia
Social. E no 2º momento sob a ótica da sociedade pós-industrial,
quando o conceito evolui e passa a incorporar as necessidades dos
agentes sociais da firma, funcionários, consumidores, fornecedores,
ou seja, todo o público com o qual ela se relaciona no seu plano de
negócios. Sendo assim, além do conceito de filantropia surgem outros
durante este processo, como, voluntariado empresarial, cidadania
corporativa, responsabilidade social corporativa, e por último o de
desenvolvimento sustentável.
Conforme exposto, pressupõe-se a existência de dois momentos distintos, porém,
fundamentais na evolução do conceito de responsabilidade social, no primeiro
momento era considerada uma atividade filantrópica e o outro conceito estava atrelado
a idéia de uma abordagem sustentável, relacionando todos os aspectos que possam
beneficiar toda a sociedade com os programas e projetos implementados pela
organização.
Segundo Stroup; Neubert2 (1989 apud GUEDES, 2000, p.11):
A evolução da responsabilidade social tem sido do voluntariado (fazer
o bem, mesmo com a redução do lucro pelo consumo de recursos),
para o mandatório pressão da sociedade e dos acionistas, forçando
certas ações e respostas desejáveis socialmente, ainda que às
custas da lucratividade do negócio). Atualmente, a concepção
empresarial é de investimento no futuro (a responsabilidade social
tornou-se um investimento que melhora o desempenho da empresa
no longo prazo).
Diante do que foi exposto e, com o esclarecimento e comprovação da evolução da
responsabilidade social, supõe-se que a mesma ajudou de alguma forma na
1 TENÓRIO, Guilherme Fernando et al. Responsabilidade social empresarial: teoria e prática. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
2 Stroup and Neubert (1987) discuss the evolution of social responsibility as it has been ... far outweighs the short-term costs (Stroup and Neubert 1987).
18
divulgação e promoção de conceitos importantes que contribuíram para o crescimento
de uma sociedade mais justa e solidária, que não visa somente ganhos financeiros,
mas também o desempenho e melhoria socioambiental.
Ao longo dos últimos anos, com o desenvolvimento das correntes de pensamento,
constatou-se a RSC como um dos maiores desafios para a teoria organizacional.
Logo, o consenso comprovado no campo acadêmico concorre para o entendimento e
que se faz necessário que as empresas executem ações socialmente responsáveis.
Com base nesse contexto, pode-se determinar a RSC como um conjunto de
manifestações que podem proporcionar ganhos sociais e também lucros básicos para
a organização, observando que a mesma abrange os limites legais da empresa e que
a atuação empresarial intervém o ambiente interno, bem como outros fatores externos
que estão de alguma forma ligados diretamente a organização.
Para melhor compreender a Responsabilidade Social nas empresas, é necessário
observar que os dirigentes não restringem sua responsabilidade somente a gestão do
negócio favorecendo a geração de riqueza e a obtenção de lucro, mas também ao
desenvolvimento e a própria influência de suas ações na sociedade. Ou seja, que a
RSC baseia-se na obrigação da administração de tomada de decisões e ações onde
as mesmas contribuirão para o bem-estar, interesses sociais e organizacionais.
Logo, empresas que são socialmente responsáveis buscam ter uma visão de que
grande parte do que é produzido por ela causa efeitos diretos, indiretos, internos e
externos, alcançando os consumidores, empregados e até mesmo o meio ambiente.
Em suma a RSC baseia-se na idéia de que para a melhoria do bem-estar da
sociedade faz-se necessário um trabalho em coletividade.
Embora comportamentos socialmente responsáveis queiram permear a conduta em
sociedade, as empresas ainda estão em processo de amadurecimento deste conceito,
ainda assim as empresas que pretenderem ter uma imagem positiva têm de ficar
atentas às exigências do mercado, pois o consumidor está evidentemente mais atento
com as questões socioambientais. A sociedade exige uma maior transparência na
divulgação dos resultados, o que leva as empresas criarem mecanismos para a
publicação dos recursos voltados para o bem-estar social e ambiental.
Após os assuntos tratados neste item sobre a evolução histórica do conceito de
Responsabilidade Social Corporativa, que ao longo dos últimos anos, de acordo com
19
algumas correntes de pensamentos, tem sido vista como um dos maiores desafios para
a teoria organizacional serão abordados no próximo item as práticas da RSC em
instituições financeiras.
1.2 Responsabilidade Social Corporativa em Instituições Financeiras
A Responsabilidade social Corporativa em instituições financeiras surgiu da
necessidade dos bancos prestarem serviços sociais que promovessem o bem estar
das pessoas envolvidas no seu negócio. O negocio dos bancos na verdade são as
pessoas a quem ele serve, satisfazendo suas necessidades através do dinheiro.
Segundo Cruvinel (2009), o setor financeiro tem avançado nessa direção em todos os
países, devido o movimento da responsabilidade social corporativa. Esse crescimento
se dá por conta do aumento da complexidade do setor nesses mercados, deixando os
bancos cada vez mais vulneráveis aos riscos financeiros e não-financeiros, assim
como o aumento da competitividade. O setor bancário brasileiro vem ganhando
destaque em relação aos demais países subdesenvolvidos por incluir em seus
negócios avaliação socioambiental desde o ano 2000.
Em um mundo globalizado, vale lembrar que, o setor bancário representa um papel de
grande importância em relação à disponibilidade de recursos financeiros, já que a
grande maioria das empresas e governo depende deste setor, de modo que estas
organizações têm valores-chave em todos os segmentos da atividade humana. O
setor bancário brasileiro tem um porte considerável no que diz respeito à capilaridade
e a potência de geração de empregos, podendo contribuir significativamente para a
mudança de atitude da maioria da sociedade brasileira.
Silva; Silva (2007, p.2), abordam que:
(...) os bancos brasileiros deram um salto qualitativo na questão
sustentabilidade, obtendo o reconhecimento internacional. Muitas
ações, que já faziam parte da estrutura de gestão, passaram a ser de
conhecimento público por meio de peças publicitárias veiculadas na
mídia, como a do Banco do Planeta (Bradesco) e do Banco do
Crédito Consciente (Itaú). Um desafio a ser enfrentado daqui para
frente é a criação de ferramentas para mensurar o desempenho das
instituições nessa área.
20
De fato, nos últimos anos o número de iniciativas visando a incorporação da
sustentabilidade dos negócios no setor financeiro tem aumentado, desempenhando
um importante papel na adoção de boas práticas socioambientais e em toda a cadeia
produtiva, ainda assim apesar destes reconhecimentos, nenhum trabalho preocupou-
se em avaliar a inserção da sustentabilidade das instituições financeiras. Este salto se
deu justamente pelas ações publicitárias informando as formas de trabalho dos
Bancos pesquisados.
Segundo Silva; Silva (2007, p.3):
Os bancos avançaram muito no sentido de permear a
sustentabilidade na gestão, mas existe uma disparidade entre as
práticas e o resultado efetivo. Um dos principais entraves nesse
sentido é a falta de ferramentas para mensurar o desempenho das
instituições nessa área. Percebesse que alguns produtos dessa
natureza poderiam ser mais explorados, como o micro crédito, linhas
de financiamento socioambiental, seguros e atividades ligadas ao
mercado de carbono. Entretanto, o principal desafio é a maior
conscientização de seus próprios colaboradores quanto ao tema da
sustentabilidade.
O avanço dos bancos como se refere a citação foi no sentido de permear os gestores
no trabalho com os clientes e no cuidado com a natureza. Deste modo, pelo fato de as
instituições financeiras serem responsáveis pelos financiamentos, poderia existir
estratégias oportunas para a aplicação dos recursos apenas em negócios
sustentáveis, de modo a influenciar e conscientizar as empresas tomadoras de
créditos na responsabilidade com o bem estar da sociedade e com a conservação do
meio ambiente, como por exemplo as parcerias para reflorestamento e replantio de
árvores pelos jovens e adolescentes da Fundação Bradesco e da Itaú Social e
ambiental;
Conforme Santos3 (2001, apud Schuster, 2009, p.30) “os bancos são instituições
quase-publicas”, ou seja, já têm um papel social na sociedade, pois assumem
posições importantes junto ao governo, de acordo com o autor, os bancos não
3SCHUSTER, Santos The societal responsability of commercial and social savingsbanks.__________ In: GUENE, Christophe; MAYO, Eduard. (org). Banking and social cohesion. Charlbury : Jon Carpenter Publishing, 2001.
21
deveriam causar desconfiança com os altos lucros, mas realizar de fato a
responsabilidade social empresarial.
Góis; Duarte (2008) apontam que:
Os bancos no Brasil ao longo do século XX conseguiram atingir um
patamar muito elevado de importância econômica, social e política.
Eles alcançaram à condição de agentes privilegiados nas relações
econômicas em esfera global e têm influenciado direta ou
indiretamente as diferentes políticas governamentais.
Assim, o setor financeiro passou a ter considerável poder econômico, influenciando
diversos setores da economia exercendo um papel de indutor de mudanças no sentido
de desenvolvimento sustentável, assumindo posição importante junto à esfera
governamental, sendo assim não devendo causar desconfiança e sim, de fato, a
responsabilidade social.
Após esta breve abordagem sobre a prática da RSC em instituições financeiras, no
próximo capítulo o propósito será expor algumas considerações sobre o processo de
inclusão das pessoas portadoras de deficiências nas organizações, sobretudo analisar
as práticas assistencialistas, as dificuldades que as empresas enfrentam no processo
de seleção e inclusão e tecer uma breve análise sobre a aplicação da Lei de Cotas.
1.3 PPD’s e Processo de Inclusão nas Organizações
Conforme o Censo 2000 (IBGE 2000) no Brasil cerca de 14,5% da população é
portadora de algum tipo de deficiência. E que deste percentual a grande
maioria têm idade e condições de interagir no mercado de trabalho, porém em
todos os países o mercado de trabalho é mais restrito para as pessoas
portadoras de deficiências.
O movimento de inclusão de pessoas portadora de deficiência no mercado de
trabalho teve inicio a partir do século XXI, sendo considerado um grande marco
na sociedade. Logo, a partir deste fato as empresas têm buscado cada vez
mais se encaixar na chamada Lei de Cotas, que obriga as empresas a reservar
de 2% a 5% de suas vagas para pessoas portadoras de deficiências. As
22
empresas que descumprem a Lei de Cotas têm sido alvo de intensa
fiscalização por parte da Delegacia Regional do Trabalho.
Ceccim4 (1997, apud DIAS, 2008, p.50), estudioso da questão, afirma que a
partir da ética cristã torna-se explícito o dilema entre caridade e castigo, entre
proteção e segregação:
(...) despontam duas saídas para a solução do dilema: de um lado, o
castigo como caridade é o meio de salvar a alma das garras do
demônio e salvar a humanidade das condutas indecorosas das
pessoas com deficiência. De outro lado, atenua-se o castigo com o
confinamento, isto é, a segregação.
A citação destaca que pessoas com deficiências tinham comportamento vergonhoso,
que a salvação se dava por meio do castigo e que deveria existir uma separação das
demais pessoas, porém houve uma crescente rejeição do caráter demoníaco fazendo
com que as pessoas com deficiência fossem incluídas em práticas sociais e
assistenciais junto à sociedade.
Segundo Sawaia5 (1999, apud DIAS, 2008, p. 52):
A expressão “inclusão social” trata-se de um “conceito/processo”
capaz de indicar o movimento. Pensar sobre a “inclusão social” é
pensar em uma sociedade que atende a todos, indistintamente, e que
pode ser repensada em função das novas demandas da própria
sociedade. Para sua efetivação, é preciso começar por questionar as
suas práticas segregacionistas, o que implica questionar concepções
e valores.
4 CECCIM, R. B. Exclusão e alteridade: de uma nota de imprensa a uma nota sobre a deficiência mental. In Skliar (Org.). Educação e exclusão: abordagens sócio-antropológicas em educação especial (p.27-35). Porto Alegre: Mediação, 1997. 5 SAWAIA, Bader B. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis, RJ : Vozes, 1999.
23
Segundo o autor, o significado de inclusão social, entendido como um progresso que
repercutiu no âmbito político e social, tendo em vista que não se trata de adequar, mas
de transformar a realidade, proporcionando o desenvolvimento humano. Um segundo
critério abordado era que, as pessoas que possuíam algum tipo de deficiência não
tinham condições de serem integradas na sociedade, em virtude de suas limitações,
essa mesma sociedade criava espaços onde elas teriam tudo o que necessitavam;
embora ainda de forma segregada.
Conforme afirma Mader6 (1997, apud DIAS, 2008, p.54):
Na tentativa de proporcionar um desenvolvimento semelhante ao das
pessoas ditas normais, durante décadas adotou-se uma forma
individualista de trabalho, pois visava a aproximar as pessoas com
deficiência do nível médio da população. A integração se daria mais
facilmente na proporção em que a pessoa com deficiência se
aproximasse do padrão social considerado normal.
As práticas assistencialistas abrangem um conjunto diversificado de realizações que,
no entanto, possuem uma estrutura comum determinada pela existência de certos
grupos carentes e pela necessidade de atendê-los. Para o recebimento da assistência,
um dos critérios estabelecidos seria de que a pessoa deveria pertencer àquele grupo,
assim rejeitando-se os estrangeiros.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego7 (2007, p.27):
O que deve ser buscado pela empresa é a pessoa e não a
deficiência. As pessoas com deficiências têm o direito de serem
respeitadas sejam quais forem a natureza e a severidade de sua
deficiência.
6 MADER, G. Integração da pessoa portadora de deficiência: a vivência de um novo paradigma. In M.T.E. Mantoan, et al. A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema (p.20). São Paulo: Memnon, 1997. 7 A Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho. Brasília: MTE, SIT, DEFIT, 2007.
24
Portanto o que deve ser considerado num primeiro momento é a inserção da pessoa
portadora de deficiência no mercado de trabalho, possibilitando sua integração na
sociedade. Ainda assim, faz-se necessário uma avaliação do individuo quanto à
capacidade de adaptação e integração junto à organização. Este processo tende a ser
lento, porém contínuo, destacando que a seleção é um meio que possibilita à
organização realizar os seus objetivos.
Quanto ao assessoramento e apoio as empresas nos processos de inclusão de
pessoas com deficiência o Ministério do Trabalho e Emprego (2007, p.28) afirma que:
A maior dificuldade das empresas reside no seu desconhecimento
sobre a questão da deficiência reconhecendo suas possibilidades e
limitações. Essa situação gera medo, insegurança e preconceitos e
pode inviabilizar o processo de inclusão. (Ministério do Trabalho e
Emprego, 2007, pag. 28)
Face ao exposto acima, pode-se observar que, além do despreparo das empresas,
elas ainda continuam presas a idéia funcionalista de corpo perfeito e bem estruturado,
no entanto, percebe-se que a realidade exige que amadureçam no sentido de
identificar no portador de deficiência nada mais que uma pessoa comum, com
potencialidades e limitações.
Esta dinâmica pressupõe uma série de mudanças, não apenas no espaço
físico, mas nos valores e na cultura organizacional. Substituir conceitos
equivocados não é tarefa fácil. O preconceito que existe na sociedade em
relação aos portadores de deficiência foi introduzido ao longo de muitos anos e,
por vezes, encontra reforço nos próprios deficientes, talvez acostumados, com
o passar do tempo, com a idéia de não serem produtivos.
2 PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS NO MERCADO
DE TRABALHO FORMAL BRASILEIRO
As pessoas portadoras de deficiência no mercado formal brasileiro estão num
processo de inserção que é lento, mas que vem acontecendo aos poucos. O
desafio consiste agora na fiscalização, na qualificação e na formação dos 24
25
milhões de pessoas portadoras de deficiência no Brasil conforme estatística do
IBGE.
Segundo Ciszewski (2005, p.25, 27), a fiscalização tem sido a grande vilã do
não cumprimento da lei, além dos incentivos que o Estado não concede às
empresas para contratarem ou reservarem vagas para deficientes em todos os
níveis de atividade profissional. Deveria existir na opinião da autora, incentivos
como redução nos impostos para a contratação dos deficientes físicos, e se há,
não estimulam os empresários a contratar pela visão que se tem no meio
empresarial.
A divulgação de cartilhas também está na pauta da autora quando o assunto é
conscientização dos setores de RH das empresas para mudarem a idéia de
que empregar um deficiente é prestar solidariedade. Por ultimo há pouca
divulgação na mídia fala e escrita da inclusão destes no mercado de trabalho, e
sobre as leis já existentes.
No Brasil existe uma política nacional de saúde para pessoas portadoras de
deficiência, mas ela não se aplica na sua totalidade ou fica presa na burocracia
do Estado. O programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência,
elaborado por um grupo de especialistas e aprovado e adotado pelas nações
unidas, é seguido por todos os países membros das nações unidas, cujo Brasil
é signatário, porém, as políticas públicas direcionadas às pessoas portadoras
de deficiência esbarram na burocracia do Estado e dos governos desde a
criação da lei que os beneficia.
O embasamento deste segundo capítulo busca apresentar as definições de
PPD’S de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a fim de demonstrar
sob um ponto de vista técnico, os tipos e origens de deficiências, para depois
mostrar os dados sobre PPD’S no mercado de trabalho formal no Brasil e os
aspectos sobre a lei de cotas (Lei 8.213/91), com o propósito de discutir os
diferentes padrões sociais, visando a compreensão e a racionalidade
empresarial em relação a inclusão das pessoas portadoras de deficiências no
mercado de trabalho brasileiro. O trabalho visa averiguar se os bancos
Bradesco e Itaú estão cumprindo a lei 8.213 de 1991 e versa sobre a ilusão das
pessoas portadoras de deficiência tem sido cumprida na pratica. Para verificar
26
isso levantou-se uma serie de dados dos dois Bancos e a partir da experiência
deles generalizar vendo em que situação a lei esta sendo cumprida e em que a
condições a partir da experiência do Bradesco e Itaú.
Segundo o Ministério do Trabalho (2007, p.19, 23), do ponto de vista médico, a
deficiência é a incapacidade de uma ou mais funções do indivíduo, ou seja,
refere-se à perda ou anomalia de uma estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica (OMS, 1980).
Entretanto, a própria Organização Mundial de Saúde vem promovendo desde
1999, a revisão e a ampliação deste conceito estritamente médico,
incorporando agora uma dimensão social, e, passando a considerar que uma
pessoa é deficiente quando tem restrições de estrutura ou funções corporais
não compensadas por providências sociais, assim, levando em conta apenas
as pessoas que tem limitações para o trabalho, a OMS estimam que 10% da
população são portadores de deficiência em qualquer país do mundo.
Na perspectiva do trabalho, a questão foi definida pela Convenção 159 (1983)
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 1991,
através do Decreto nº 129. De acordo com essa Convenção, a pessoa
portadora de deficiência para o trabalho foi definida como aquela cuja
possibilidade de conseguir, permanecer e progredir no emprego é
substancialmente limitada em decorrência de uma reconhecida desvantagem
física ou mental. Com base nessa definição, a OIT estima que cerca de 8% da
população economicamente ativa do mundo são constituídos por portadores de
deficiência.
2.1 Definições de Pessoas Portadoras de Deficiência (PPD’s) de acordo com a Organização Mundial de Saúde
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil são consideradas
pessoas com deficiências, aquelas que possuem deficiência motora, múltipla,
mental, auditiva e visual, já para o aspecto cultural vigente e a definição legal
as deficiências auditiva e visual não se enquadram neste grupo.
Em seu artigo 36, § 5o, o Decreto prevê que compete ao Ministério do Trabalho
e Emprego (2007, p.18, 22) estabelecer a sistemática de fiscalização, avaliação
27
e controle das empresas, bem como instituir procedimentos e formulários que
propiciem estatísticas sobre o número de empregados portadores de
deficiência e de vagas preenchidas, pela lei de cotas, é tarefa dos órgãos
fiscalizadores do Estado.
Para Ciszewski (2005, p.25);
O que define a pessoa portadora de deficiência não é a falta de
um membro nem a visão ou a audição reduzidas. O que
caracteriza a pessoa portadora de deficiência é a dificuldade de
se relacionar de se integrar na sociedade. O grau de dificuldade
para a integração social é que define quem é ou não portador
de deficiência.
A autora faz uma referência à definição exata do perfil da pessoa portadora de
deficiência, relatando que a falta de um membro não caracteriza a pessoa, pois
o que acaba sendo levado em consideração pela sociedade é o julgamento, o
preconceito das pessoas dentro das organizações que vai reduzi-la quanto à
capacidade de assumir determinada função ou que o está atestada no seu grau
de instrução. As pessoas vão colocar em dúvida principalmente a capacidade
em relação à tarefa ou a profissão que ele (a) pretende exercer.
O Ministério do Trabalho (2007, p.16), no seu Decreto nº 3.298/99, considera
deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser
humano. Esse decreto define ainda com mais detalhes as diversas
deficiências, sendo considerada pessoa portadora de deficiência a que se
enquadra nas seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos
do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física,
apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros
com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e
as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
28
II - deficiência auditiva - perda parcial ou total das possibilidades auditivas
sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:
a) de 25 a 40 decibéis (db) - surdez leve; b) de 41 a 55 db - surdez moderada;
c) de 56 a 70 db - surdez acentuada; d) de 71 a 90 db - surdez severa;
e) acima de 91 db - surdez profunda; e f) anacusia;
III - deficiência visual - acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor
olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de
Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações;
IV - deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à
média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a
duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como comunicação,
cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e
segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho;
V - deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que no Brasil existam cerca de
16 milhões de pessoas portadoras de deficiência, mais ou menos 10% da
população. Nessa perspectiva, em meados da década de 1990, o governo
criou a secretaria de Formação e Desenvolvimento Profissional (Sefor) com a
finalidade de qualificar e requalificar, até 1999, trabalhadores de baixa
escolaridade e afetados por processos de reestruturação produtiva,
desempregados e populações excluídas, visando à sua inserção no mercado
de trabalho e à geração de renda.
Entre estes estão incluídos desde então, as pessoas portadoras de deficiência
no mercado formal brasileiro, na sua grande maioria constituídos por
deficiências visuais, ou locomotivas encaminhadas pelo instituto Benjamim
Constant, onde se formam 95% dos deficientes.
Segundo o Ministério do Trabalho (2007, p.10), citando estatísticas da ONU,
10% da população brasileira é portadora de algum tipo de deficiência. O Censo
2000 sustenta que é 14,5% da população, o que corresponde a 24,5 milhões
de pessoas (mais precisamente, 24.537.984 PPD’S), das quais 15,14 milhões
têm idade e condições de integrar o mercado formal do trabalho.
29
De acordo com dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT), o desemprego entre os PPD’S com idade para trabalhar é extremamente
maior do que para as pessoas normais, ou seja, o desemprego é maior entre
os deficientes do que o número de vagas destinadas para estes. No Brasil,
como no resto do mundo, ante o crescente desemprego, com conseqüências
mais graves ainda, quando se trata de pessoas portadoras de deficiência ou as
reabilitadas, que necessitam de condições especiais para o desempenho
satisfatório de suas funções, só a lei, garante-os o direito de reserva de
mercado em benefício dessas pessoas, consignando no art. 93, da Lei n.º
8.213/91.
2.2 Dados sobre PPD’S no Mercado de Trabalho Formal no Brasil
Segundo Ciszewski (2005, p.21, 23), o Instituto Brasileiros de Geografia e
Estatística (IBGE), estima que existam no Brasil 24,5 milhões de pessoas
portadoras de deficiência. Cerca de 48% dos 24 milhões de pessoas
apresentam deficiência; 22,9% deficiência motora, 16,7% deficiência auditiva
visual; 8.3% deficiência mental; 4,1% deficiência física. Poucos têm acesso ao
mercado de trabalho formal por apresentarem baixíssimos níveis de
escolaridade ou por não usufruírem o direito de ir e vir garantido pela
Constituição Federal (CF).
Segundo Ministério do Trabalho e Emprego, (2007, p.10) as pessoas com
deficiência, estão limitadas até dentro de seus próprios domicílios, não circulam
dentro dos seus próprios domicílios, muito menos nas ruas, não têm acesso às
escolas públicas e comuns, não tem acesso aos locais de lazer e cultura, e não
têm acesso ao trabalho, ficando, portanto limitados a vida em sociedades,
confinados e restringidos os seus direitos de uma forma geral. As principais
dificuldades estão em se deslocarem mesmo acompanhados muitas vezes por
seus familiares ou auxiliares. A tabela a seguir mostra essa disparidade:
Dados do Censo realizado em 2000 a 2002 pelo IBGE
1 Brasileiros PPDS 24,5 milhões Números da População em milhões entre PPDS
30
2 P. com deficiência 14,5% 16,5 milhões
D.visual
159.824
incapazes
de enxergar
5,7 milhões
D.auditiva
3 Deficiência física 4,1% 176.067 não
ouvem
9 milhões
têm Idade p
Trabalhar
280 mil
alunos estão
matriculados
1 a 8ª. Serie
4 Deficiência motora 22,9% 9 mil
conseguiram
terminar o
2º. Grau
18.200
escolas
públicas no
País
120 títulos
didáticos
têm versão
em braile,
5 Deficiência visual 48,1% (11,1%)
exercem
alguma
atividade
remunerada
(2,2%) são
empregados
com carteira
assinada
1 milhão
tem alguma
atividade
remunerada
6 Deficiência auditiva 16,7% 200 mil
empregados
com carteira
assinada
Fonte: Dados do IBGE 2000 a 2002.
31
Dados do Censo realizado em 2000 a 2002 pelo IBGE
14,50%4,10%
22,90%
48,10%
16,70% P. com deficiência
Deficiência física
Deficiência motora
Deficiência visual
Deficiência auditiva
Fonte: Dados do IBGE 2000 a 2002.
2.3 Aspectos sobre a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91)
O Ministério do Trabalho (2007, p.19,23), demonstra que a lei 8.213/91
assegura a inclusão da pessoa portadora de deficiência no mercado de
trabalho e cria a obrigatoriedade para as empresas, de contratação de PPD’s e
de reabilitados estabelecendo uma cota nos seguintes termos:
De 100 até 200 empregados - 2%
De 201 até 500 empregados - 3%
De 501 até 1000 empregados - 4%
Mais de 1000 empregados - 5%
Segundo a coletânea do Ministério do Trabalho e Emprego de 2007, a razão da
criação da lei de cotas está baseada no princípio de que as pessoas com
deficiência tenham as mesmas qualificações e atributos a qualquer profissional.
O que as empresas devem buscar, é respeitar o princípio constitucional do
valor social do trabalho, a livre iniciativa para implementação da cidadania
plena e a dignidade do trabalhador com ou sem deficiência em condições de
igualdade como rege a constituição federal de 1988, no artigo 1º. e 170.
O número de deficientes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, é de 24 milhões de pessoas entre os 191 milhões de habitantes
32
estimados em 2007, que não tem acesso ao trabalho, por apresentarem níveis
baixíssimos de escolaridade, associados à dificuldade de inserção social e de
vínculos familiares.
Assim o estado e as organizações não governamentais estão obrigados a
escolarizar através das instituições SENAI, SENAR, SENAC, SENAT, e
SENACOP, as pessoas com deficiências e inseri-las no mercado de trabalho
conforme a recente alteração legal (Lei 11.180/2005), possibilitando a
formalização de contratos de aprendizagem beneficiando os 24 milhões de
deficientes brasileiros em todo País sem limite máximo de idade.
Para Ragazzi (2007, p.20,21);
A denominação utilizada para se referir às pessoas com algum
tipo de limitação física mental ou sensorial assume várias
formas ao longo dos anos. Utilizam-se expressões como
“inválidos”, “incapazes”, “excepcionais” e “pessoas deficientes”
até que a Constituição de 88 por influencia do movimento
internacional de pessoas com Deficiência incorporou a
expressão “pessoa portadora de deficiência” que se aplica na
legislação ordinária”.
Nestas condições o processo de inserção social vem sendo feito em condições
normais, respeitando-se o principio constitucional, estendendo a cidadania a
todos os brasileiros, e obedecendo-se a convenção número 159 de 1983, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil por meio de
decreto legislativo número 51 de 28 de agosto de 1989, outorgando-lhe força
de lei, e adquirindo importância primordial na integração ou reintegração das
pessoas com deficiência na sociedade brasileira.
O sistema de reserva de mercado para empregar as pessoas portadores de
deficiência foi desenvolvido na Europa, no início do século XX, para integrar os
feridos da Primeira Guerra Mundial. Em 1944, essa Recomendação da OIT foi
estendida para os portadores de deficiência não-combatentes. Nas décadas
seguintes, com o objetivo de ampliar as oportunidades de trabalho para os
portadores de deficiência, vários países adotaram o sistema de cotas.
33
No Brasil, o sistema de cotas foi instituído no governo Fernando Collor em
1991, através da Lei nº 8.213 (Plano de Benefícios da Previdência Social),
ligado ao conceito de habilitação. Assim, o sistema é aplicável apenas aos
beneficiários da Previdência Social reabilitados ou pessoas portadoras de
deficiência habilitadas.
As controvérsias em torno das cotas têm sido muito grandes, inicialmente o
sistema exige uma boa definição de portador de deficiência para saber a quem
é empregável, porém, o sistema brasileiro requer a comprovação da
qualificação e da capacidade produtiva do portador de deficiência.
Segundo IGNARRA (2009, p.4), existe um preconceito pré-estabelecido antes
mesmo do conhecimento do conceito “deficiência”, em relação às PPD’S, e que
esse preconceito é que acaba gerando empecilhos, barrando a inserção no
mercado de trabalho formal dos mesmos.
Para a autora, este preconceito pré-estabelecido sem ao menos conhecer a
pessoa portadora de deficiência e quais as suas reais capacidades para
determinadas funções e/ou habilidades profissionais acaba gerando conflitos,
pois nem todos estão limitados 100% para realizar algum tipo de atividade
profissional.
Portanto é por essas razões que mesmo conhecendo a deficiência e as
capacidades da pessoa que se enquadra entre os deficientes fica difícil a
inserção no mercado de trabalho formal brasileiro. O problema esta na
consciência das autoridades em criarem incentivos e até de reabilitarem uma
pessoa que adquiriu algum tipo de deficiência, seja esta acidental ou de
nascença.
Na abordagem da questão da ampliação das oportunidades de trabalho para
os portadores de deficiência, é possível evidenciar basicamente duas
diferentes correntes de pensamento: a “jurídica” e a “econômica”.
Conforme Ciszewski (2005, p.22, 23), do ponto de vista jurídico para a questão
há necessidades de o Estado criar mecanismos legais para obrigar a
sociedade a assumir o tratamento condigno dos portadores de deficiência,
impondo penalidades aos infratores da lei e sanções para os que não
assumem a sua responsabilidade social.
A ênfase tende a ser colocada nos direitos civis, buscando evitar e punir toda e
qualquer forma de discriminação das pessoas portadoras de deficiência.
34
Para os defensores do Estado, os empregadores não vão se adaptar
integrando os portadores de deficiência enquanto o mercado oferecer uma
expressiva parcela de trabalhadores que não demandam adaptação.
Segundo Ciszewski (2005, p.22, 23), do ponto de vista econômico, os
empregadores devem ser educados e estimulados, a selecionarem entre seus
trabalhadores os portadores de deficiência. A ênfase deve ser colocada na
necessidade de se prover recursos e estímulos econômicos para que os
empregadores apóiem a inserção dos portadores de deficiência no mercado de
trabalho formal, tais como renúncia fiscal, créditos tributários e ajuda financeira.
A autora sustenta que as empresas reagem melhor a estímulos e punições
econômicas do que à sanções legais, na verdade no campo do trabalho, os
portadores de deficiência são rotulados como geradores de custos, ou seja, a
inserção deles no mercado de trabalho depende não só da superação de
preconceitos, mas também da viabilização econômica de sua adaptação.
Os empregadores, em geral, têm sido críticos das medidas legais que obrigam
a admissão dos portadores de deficiência. As grandes empresas alegam haver
falta de candidatos qualificados, como exposto acima. As pequenas e médias
argumentam que a obrigatoriedade legal as obriga a assumir despesas
arquitetônicas e de equipamentos, que possibilitem o acesso destes às suas
instituições empregadoras.
Neste contexto, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)
realiza, periodicamente, um estudo envolvendo 516 empresas e a constatação
é que apenas 30% destas declararam considerar a questão dos portadores de
deficiência dentro da política geral da empresa, sendo que somente 7%
afirmaram possuir programas específicos de emprego ou convênios com
organizações não governamentais e associações representativas e de
assistência ao portador de deficiência.
Embora o sistema de cotas tenha sido adotado e persista em vários países,
parece que existe uma forte tendência de mudar a sua concepção, com a
ênfase sendo colocada na combinação de leis anti-discriminatórias, sistemas
de cotas e esquemas de contribuição, dentro do conceito de rede de apoio.
É de realçar que a rede de apoio se constitui numa articulação de instituições
públicas e privadas que agem no sentido de educar, formar, reabilitar, informar,
intermediar e criar estímulos para inserir, reter e recolocar os portadores de
35
deficiência no mercado de trabalho. Essas redes de apoio podem ser tanto
formais como informais, beneficiando os portadores habilitados e não
habilitados no mercado de trabalho de uma forma geral.
Para Ciszewski (2005, p.22,23), o que a experiência mundial tem revelado é
que a pouca eficiência do sistema de cotas e da regulação compulsória do
emprego, depende de mais fiscalização por parte do Estado depois de aplicada
nas empresas, principalmente as privadas que apresentam muitos argumentos
para não empregarem. Para as empresas privadas, empregar um deficiente é o
mesmo que prestar solidariedade a um ser humano sem teto ou sem emprego.
De acordo com Ciszewski (2005, p.22,23), o Brasil tem hoje uma jurisdição
forte que avança assegurando direitos às pessoas portadoras de deficiência,
mas ainda incipiente para facilitar o trabalho à eles. As informações estatísticas
sobre o número de portadores de deficiência empregados no mercado não são
confiáveis e as estimativas existentes são bastante destorcidas, pese - embora
essa situação esteja mudando de 2007 para os dias atuais.
Atualmente já se pode dizer que há uma grande distancia entre o prescrito pela
lei e o que acontece na prática, já que as políticas públicas do país têm sido
incapazes de motivar a maioria das empresas e o mercado de trabalho a
abrirem mais espaço para os portadores de deficiência; nos concursos
públicos, quadro que já é notável, porém nas empresas privadas
potencialmente as de pequeno porte, ainda não há respeito pela legislação
atual. BERNARDO (2008).
Em transportes alternativos, por exemplo, é comum não haver vagas para
PPD’S, a fraca participação dessas pessoas no mercado de trabalho brasileiro,
decorre não só da falta de leis/ou do cumprimento destas, mas sim de uma
fiscalização insuficiente e da carência de ações de estímulos e instituições que
viabilizem de forma concreta, a formação, habilitação, reabilitação e inserção
dos portadores de deficiência no mercado de trabalho. ASHILEY (2009).
Em resumo as empresas estão se adequando às leis num processo que vem
evoluindo no curto, médio e longo prazo: a fiscalização do Ministério Público
tem sido efetiva mas ainda carece de uma atividade mais freqüente, o esforço
dos Bancos é na direção do cumprimento da lei embora o ministério da
Educação não tenha estrutura para atender as Pessoas Portadoras de
Deficiência na sua totalidade.
36
As instalações dos Bancos também vêm se adequando às pessoas Portadoras
de deficiência, mas há ainda algumas falhas, em algumas agencias que não
estão adaptadas, como por exemplo, a agência do Banco Bradesco na Av. Rio
Branco onde o Balcão é tão alto que um cadeirante teria dificuldades para ser
atendido corretamente. Todo um processo de adaptações ainda é necessário
para que as empresas pesquisadas estejam adequadas totalmente para
atender as PPD’s.
O Banco Itaú tem agências que nas suas instalações (agências e caixas
eletrônicos) já mostram uma adequação bem aprimorada para o atendimento
das Pessoas portadoras de deficiência. Segundo a FEBRABAN – essas
adequações só foram possíveis pelos esforços dos próprios Bancos assim
como a capacitação para que elas pudessem recrutar trabalhadores portadores
de algum tipo de deficiência.
Para resumir pode-se dizer que os Bancos Bradesco e Itaú vêm se adequando
às normas estabelecidas pela lei de cotas, e que demonstram um certo
interesse em incluir as Pessoas Portadoras de Deficiência no mercado de
trabalho formal brasileiro.
37
3 PROCESSO DE INSERÇÃO DE PPD'S EM INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS DADOS DOS
BANCOS BRADESCO E ITAÚ
O processo de inserção e inclusão das pessoas portadoras de deficiência nas
instituições financeiras como frisado acima ocorre com muita lentidão, num
processo lento e demorado pelas dificuldades apresentadas pelos Bancos
como o exemplo da formação dessas pessoas. A alegação dos bancos para
não contratarem mais PPD’s é a formação destas para facilitar a inclusão delas
no mercado de trabalho, particularmente no setor financeiro, pelo que se
constatou nas pesquisas e estatística apresentadas pelas fundações Itaú
Social e Bradesco. A lei é clara e estabelece metas como se descreveu acima,
mas as dificuldades estão em encontrar pessoas formadas entre os portadores
de deficiência, o que impede aos bancos contratarem e cumprir a meta
estabelecida pela lei 8.213 de 91.
Segundo a FEBRABAN, de 1992 a 2000 os Bancos não cumpriam a lei de
cotas, porque havia pouca divulgação no ramo financeiro sobre a inserção das
pessoas portadoras de deficiência, além da ineficiência na formação destas.
Os oito maiores bancos de varejo do País não cumpriam a lei 8.123 de 1991 –
mais conhecida como lei de cotas, que obriga que, em empresas com mais de
1.000 funcionários, 5% sejam portadores de deficiência física. É o que mostra
uma pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor).
Os Bancos ABN Amro Bank, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Caixa
Econômica Federal, Itaú, Santander e Unibanco empregam juntas 400.662
trabalhadores. Dos citados, pelo menos, 20.033 deveriam destinar-se aos
portadores de deficiência. Mas, o número de contratações nas condições atuais
é de apenas 6.239, número correspondente a 31,1% da meta que segundo a
lei não cumpre com cotização.
38
Elas alegam que as pessoas portadoras de deficiência não estão em condições
de assumir cargos nas vagas destinadas a eles e assim eles precisam
preencher as vagas com pessoas normais e que o que eles procuraram fazer
através da FEBRABAN, é a capacitação profissional das pessoas portadoras
de deficiência e que o número vem aumentando conforme o programa vem
sendo implantado. Essa capacitação está a cargo da FEBRABAN segundo os
Bancos e dados da própria FEBRABAN, e parcerias.
Os resultados das contratações em alguns Bancos privados preocupam por
conta das dificuldades acima referidas no Unibanco, que foi adquirido
recentemente pelo Itaú, às contratações foram apenas de 118 trabalhadores
deficientes, quando o número mínimo é de 1.623 (que representa 5% do total
de 32.461 funcionários).
Já o melhor é o ABN Amro Bank que também foi adquirido pelo Santander que
preenche 92,9% da quantidade esperada de portadores de deficiência, com
1.320, sendo que para atingir a lei seria preciso que empregasse 1.421, mas a
alegação do departamento dos recursos humanos é também de que não há
deficientes no mercado de trabalho e quando encontram, eles não estão
capacitados para os cargos e vagas oferecidas.
O que os Bancos dizem é que a FEBRABAN ficou responsável de selecionar e
formar as pessoas deficientes que serão distribuídas em diversos bancos
privados do País, o que obedece a um processo de curto, médio e longo prazo.
Segundo a FEBRABAN, o Idec, (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor),
todo ano é realizada uma pesquisa que é feita uma vez por ano baseada em
perguntas e respostas; e respondida pelas próprias instituições financeiras,
entre 2000 e 2009, sobre o número exato de deficientes no País foi
surpreendente. Pois o número de deficientes surpreende, e o número de
formados surpreende ainda mais: o número de deficientes é muito pequeno em
relação ao que o IBGE apresenta nas suas estatísticas.
Para a FEBRABAN (Federação Brasileira dos Bancos), o principal obstáculo
em cumprir a lei é a dificuldade de encontrar deficientes físicos qualificados,
quando se chega ao mercado para contratar pessoas deficientes, os bancos
39
constatam que 76,77% das pessoas com deficiência em idade de trabalho não
possuíam 8 anos de estudo, o que as impede que contratem nestas condições, no
que alguns bancos já criaram programas de capacitação para deficientes, em parceria
com a FEBRABAN.
No Brasil 76,77% das pessoas portadoras de deficiência não tem o segundo
grau completo, e em bancos de varejo o nível exigido é pelo menos este grau
de escolaridade, a realidade da educação brasileira é crítica e a situação da
educação no País muito mais.
A fiscalização é feita pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e pelo
Ministério do Trabalho, mas precisa ser intensificada cada vez mais, para que o
cumprimento da lei seja cabal. Mesmo com os Bancos cumprindo a lei o
problema está na falta de capacitação dos PPD’S.
Segundo a FEBRABAN a procuradoria regional do trabalho do Estado de São
Paulo – coordenadoria que promove a fiscalização, no nível estadual, os
bancos que não cumprem a lei de cotas estão sujeitos a multa, e sabem disso,
por isso encontram sempre uma brecha para driblar a lei, apresentando falhas
como as da educação, por exemplo, que é real na situação em que o Brasil se
encontra, pois a própria fiscalização, entende que realmente não há deficientes
formados, diante da realidade da educação brasileira.
Acredita-se que estão evoluindo e agora se comprometeram a realizar um
censo bancário, que começou em 2001 conseguiu restabelecer esse número
no mercado de trabalho com os programas de capacitação profissional dos
próprios Bancos, através da FEBRABAN.
Somente os bancos Bradesco, Banco do Brasil, HSBC e Unibanco
responderam os pedidos de entrevista para fins de pesquisa sobre a inclusão
de PPD’S, segundo a FEBRABAN. De acordo com o Departamento de
Recursos Humanos do Banco Itaú, o censo bancário tem facilitado a
elaboração de propostas para inclusão social das pessoas portadoras de
deficiência, o que possibilita a sua capacitação pela FEBRABAN.
Segundo o Bradesco, através do departamento de Recursos Humanos da
empresa, é difícil cumprir a lei de cotas, pois a maioria das instituições
40
financeiras do País trata dos deficientes de forma assistencialista, além de não
haver pessoas qualificadas para as vagas destinadas para as PPD’S.
A solução que os Bancos encontram é realizar cursos de capacitação
profissional financiados pelos próprios Bancos e que habilitem os deficientes
selecionados para inseri-los no mercado de trabalho através da FEBRABAN,
que é uma instituição filantrópica.
Os dados anexados nesta pesquisa mostram a realidade atual do mercado de
trabalho formal e as vagas destinadas as PPD’S. As tabelas a seguir
apresentadas correspondem à realidade atual do período estudado, nos dois
Bancos: são o resultado do Balanço Social Anual entre 2000 e 2007.
BALANÇO SOCIAL ANUAL/ 2001 EMPRESA: BANCO BRADESCO
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 8.098.947
Resultado Operacional (RO) 2.774.781
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 3.548.805
2. Indicadores Sociais Internos Valor (mil
R$)
% sobre
FPB
% sobre
RL
Alimentação 309.550 8,72% 3,82%
Encargos sociais compulsórios 660.268 18,61% 8,15%
Previdência privada 119.951 3,38% 1,48%
Saúde 172.580 4,86% 2,13%
Segurança e medicina no trabalho 0 0,00% 0,00%
Educação 0 0,00% 0,00%
Cultura 0 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 37.328 1,05% 0,46%
Creches ou auxílio-creche 29.365 0,83% 0,36%
Participação nos lucros ou resultados 159.703 4,50% 1,97%
Outros 24.363 0,69% 0,30%
Total - Indicadores Sociais Internos 1.513.108 42,64% 18,68%
3. Indicadores Sociais Externos Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Educação 60.932 2,20% 0,75%
Cultura 11.297 0,41% 0,14%
Saúde e saneamento 707 0,03% 0,01%
Habitação
41
Esporte 5.745 0,21% 0,07%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 239 0,01% 0,00%
Outros 3.390 0,12% 0,04%
Total das contribuições para a Sociedade 82.310 2,97% 1,02%
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.403.197 50,57% 17,33%
Total Indicadores Sociais Externos 1.485.507 53,54% 18,34%
4. Indicadores Ambientais Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da
empresa 0 0,00% 0,00%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 0 0,00% 0,00%
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 0 0,00% 0,00%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar
resíduos, o consumo em geral na produção/operação e
aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a
empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 65.713
Nº de admissões durante o período 12.616
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.194
Nº de estagiários(as) 930
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 3.725
Nº de mulheres que trabalham na empresa 29.284
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 17
Nº de negros(as) que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais 536
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2001 Metas 2002
Relação entre a maior e a menor
remuneração da empresa
Número total de acidentes de
trabalho
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
42
foram definidos por:
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por:
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa:
A previdência privada contempla:
A participação nos lucros ou
resultados contempla:
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa:
Quanto à participação dos
empregados(as) em programas
de trabalho voluntário, a
empresa:
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
Valor adicionado total a distribuir
(em mil R$): Em 2001: 6.970.763 Em 2002:
Distribuição do Valor Adicionado
(DVA):
25,20% governo 43,70%
colaboradores(as)
12,10% acionistas %
terceiros 19,00% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros %
retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
BALANÇO SOCIAL ANUAL/ 2002 EMPRESA: BANCO BRADESCO
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 10.894.879
Resultado Operacional (RO) 2.309.746
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 4.075.613
2. Indicadores Sociais Internos Valor (mil
R$)
% sobre
FPB
% sobre
RL
Alimentação 336.052 8,25% 3,08%
43
Encargos sociais compulsórios 752.560 18,47% 6,91%
Previdência privada 134.903 3,31% 1,24%
Saúde 180.236 4,42% 1,65%
Segurança e medicina no trabalho 0 0,00% 0,00%
Educação 0 0,00% 0,00%
Cultura 0 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 48.993 1,20% 0,45%
Creches ou auxílio-creche 30.445 0,75% 0,28%
Participação nos lucros ou resultados 139.764 3,43% 1,28%
Outros 41.763 1,02% 0,38%
Total - Indicadores Sociais Internos 1.664.716 40,85% 15,28%
3. Indicadores Sociais Externos Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Educação 52.314 2,26% 0,48%
Cultura 8.759 0,38% 0,08%
Saúde e saneamento 1.343 0,06% 0,01%
Habitação
Esporte 6.094 0,26% 0,06%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 444 0,02% 0,00%
Outros 12.116 0,52% 0,11%
Total das contribuições para a Sociedade 81.070 3,51% 0,74%
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.601.638 69,34% 14,70%
Total Indicadores Sociais Externos 1.682.708 72,85% 15,44%
4. Indicadores Ambientais Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da
empresa 0 0,00% 0,00%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 0 0,00% 0,00%
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 0 0,00% 0,00%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar
resíduos, o consumo em geral na produção/operação e
aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a
empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 74.393
Nº de admissões durante o período 14.000
44
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.463
Nº de estagiários(as) 459
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.254
Nº de mulheres que trabalham na empresa 32.857
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 18
Nº de negros(as) que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais 605
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2002 Metas 2003
Relação entre a maior e a menor
remuneração da empresa
Número total de acidentes de
trabalho 457
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: todos(as) +Cipa todos(as) +Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa: não se envolve não se envolverá
A previdência privada contempla: todos(as) empregados(as) direção
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em programas de
trabalho voluntário, a empresa: não se envolve organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas na no na Justiça na no na Justiça
45
solucionadas: empresa PROCON empresa PROCON
Valor adicionado total a distribuir
(em mil R$): Em 2002: 7.357.210 Em 2003:
Distribuição do Valor Adicionado
(DVA):
25,00% governo 47,50%
colaboradores(as)
12,90% acionistas %
terceiros 14,60% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros %
retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
BALANÇO SOCIAL ANUAL/ 2003 EMPRESA: BANCO BRADESCO
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 10.831.978
Resultado Operacional (RO) 3.553.108
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 4.779.491
2. Indicadores Sociais Internos Valor (mil
R$)
% sobre
FPB
% sobre
RL
Alimentação 396.441 8,29% 3,66%
Encargos sociais compulsórios 831.487 17,40% 7,68%
Previdência privada 302.013 6,32% 2,79%
Saúde 193.046 4,04% 1,78%
Segurança e medicina no trabalho
Educação
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional 61.168 1,28% 0,56%
Creches ou auxílio-creche 31.928 0,67% 0,29%
Participação nos lucros ou resultados 170.579 3,57% 1,57%
Outros 40.906 0,86% 0,38%
Total - Indicadores Sociais Internos 2.027.568 42,42% 18,72%
3. Indicadores Sociais Externos Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Educação 61.638 1,73% 0,57%
Cultura 15.146 0,43% 0,14%
Saúde e saneamento 3.019 0,09% 0,03%
Habitação
Esporte 8.547 0,24% 0,08%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 532 0,02% 0,00%
46
Outros 11.041 0,31% 0,10%
Total das contribuições para a Sociedade 99.923 2,81% 0,92%
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.982.963 55,81% 18,31%
Total Indicadores Sociais Externos 2.082.886 58,62% 19,23%
4. Indicadores Ambientais Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da
empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 0 0,00% 0,00%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar
resíduos, o consumo em geral na produção/operação e
aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a
empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 75.781
Nº de admissões durante o período 8.436
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.103
Nº de estagiários(as) 363
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.288
Nº de mulheres que trabalham na empresa 34.097
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 19
Nº de negros(as) que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais 686
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2003 Metas 2004
Relação entre a maior e a menor
remuneração da empresa
Número total de acidentes de
trabalho 431
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: todos(as) +Cipa todos(as) +Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao não se envolve seguirá as normas da OIT
47
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa:
A previdência privada contempla: todos(as) empregados(as) direção
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em programas de
trabalho voluntário, a empresa: apóia organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
Valor adicionado total a distribuir
(em mil R$): Em 2003: 9.007.625 Em 2004:
Distribuição do Valor Adicionado
(DVA):
31,10% governo 43,20%
colaboradores(as)
15,00% acionistas %
terceiros 10,70% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros %
retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
BALANÇO SOCIAL ANUAL/ 2004 EMPRESA: BANCO BRADESCO
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 11.189.231
Resultado Operacional (RO) 4.118.111
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 4.969.007
2. Indicadores Sociais Internos Valor (mil
R$)
% sobre
FPB
% sobre
RL
Alimentação 436.355 8,78% 3,90%
Encargos sociais compulsórios 924.264 18,60% 8,26%
Previdência privada 217.755 4,38% 1,95%
Saúde 218.838 4,40% 1,96%
Segurança e medicina no trabalho
Educação
Cultura
48
Capacitação e desenvolvimento profissional 52.681 1,06% 0,47%
Creches ou auxílio-creche 43.798 0,88% 0,39%
Participação nos lucros ou resultados 182.386 3,67% 1,63%
Outros 89.936 1,81% 0,80%
Total - Indicadores Sociais Internos 2.166.013 43,59% 19,36%
3. Indicadores Sociais Externos Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Educação 72.378 1,76% 0,65%
Cultura 10.188 0,25% 0,09%
Saúde e saneamento 3.211 0,08% 0,03%
Habitação
Esporte 431 0,01% 0,00%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 311 0,01% 0,00%
Outros 12.595 0,31% 0,11%
Total das contribuições para a Sociedade 99.114 2,41% 0,89%
Tributos (excluídos encargos sociais) 2.018.791 49,02% 18,04%
Total Indicadores Sociais Externos 2.117.905 51,43% 18,93%
4. Indicadores Ambientais Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da
empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 0 0,00% 0,00%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar
resíduos, o consumo em geral na produção/operação e
aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a
empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 73.644
Nº de admissões durante o período 5.976
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 6.477
Nº de estagiários(as) 391
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.567
Nº de mulheres que trabalham na empresa 33.918
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 40
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 5.571
49
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 7
Nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais 706
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2004 Metas 2005
Relação entre a maior e a menor
remuneração da empresa 20,90
Número total de acidentes de
trabalho 586
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: todos(as) +Cipa todos(as) +Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa: não se envolve seguirá as normas da OIT
A previdência privada contempla: todos(as) empregados(as) direção
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em programas de
trabalho voluntário, a empresa: apóia organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
Valor adicionado total a distribuir
(em mil R$): Em 2004: 10.047.949 Em 2005:
Distribuição do Valor Adicionado
(DVA):
29,30% governo 40,20%
colaboradores(as)
13,20% acionistas %
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros %
50
terceiros 17,30% retido retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
BALANÇO SOCIAL ANUAL/ 2005 EMPRESA: BANCO BRADESCO
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 14.774.823
Resultado Operacional (RO) 7.853.504
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 5.311.560
2. Indicadores Sociais Internos Valor (mil
R$)
% sobre
FPB
% sobre
RL
Alimentação 455.151 8,57% 3,08%
Encargos sociais compulsórios 954.061 17,96% 6,46%
Previdência privada 279.687 5,27% 1,89%
Saúde 259.502 4,89% 1,76%
Segurança e medicina no trabalho
Educação
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional 52.306 0,98% 0,35%
Creches ou auxílio-creche 44.701 0,84% 0,30%
Participação nos lucros ou resultados 286.632 5,40% 1,94%
Outros 96.877 1,82% 0,66%
Total - Indicadores Sociais Internos 2.428.917 45,73% 16,44%
3. Indicadores Sociais Externos Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
Educação 4.253 0,05% 0,03%
Cultura 13.448 0,17% 0,09%
Saúde e saneamento 591 0,01% 0,00%
Habitação
Esporte 5 0,00% 0,00%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 100 0,00% 0,00%
Outros 9.226 0,12% 0,06%
Total das contribuições para a Sociedade 27.623 0,35% 0,19%
Tributos (excluídos encargos sociais) 4.102.704 52,24% 27,77%
Total Indicadores Sociais Externos 4.130.327 52,59% 27,96%
4. Indicadores Ambientais Valor (mil
R$)
% sobre
RO
% sobre
RL
51
Investimentos relacionados com a produção/operação da
empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 0 0,00% 0,00%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para minimizar
resíduos, o consumo em geral na produção/operação e
aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a
empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 73.881
Nº de admissões durante o período 7.290
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.670
Nº de estagiários(as) 628
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.945
Nº de mulheres que trabalham na empresa 34.260
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 41
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 6.108
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 7
Nº de portadores de deficiência ou necessidades especiais 769
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2005 Metas 2006
Relação entre a maior e a menor
remuneração da empresa 20,80
Número total de acidentes de
trabalho 567
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: todos(as) +Cipa todos(as) +Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa: não se envolve seguirá as normas da OIT
A previdência privada contempla: todos(as) empregados(as) direção
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
52
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em programas de
trabalho voluntário, a empresa: apóia organizará e incentivará
Número ções e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
PROCON na Justiça
na
empresa
no
PROCON na Justiça
Valor adicionado total a distribuir
(em mil R$): Em 2005: 14.928.337 Em 2006:
Distribuição do Valor Adicionado
(DVA):
32,00% governo 31,10%
colaboradores(as)
12,60% acionistas %
terceiros 24,30% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros %
retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
Balanço Social Anual/ 2007 Empresa: BANCO BRADESCO
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 18.032.173
Resultado Operacional (RO) 10.395.358
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 6.569.547
2. Indicadores Sociais Internos Valor (mil R$) % sobre
FPB
% sobre
RL
Alimentação 545.605 8,31% 3,03%
Encargos sociais compulsórios 1.147.386 17,47% 6,36%
Previdência privada 339.996 5,18% 1,89%
Saúde 325.159 4,95% 1,80%
Segurança e medicina no trabalho
Educação
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional 75.267 1,15% 0,42%
Creches ou auxílio-creche 43.143 0,66% 0,24%
Participação nos lucros ou resultados 520.816 7,93% 2,89%
Outros 111.727 1,70% 0,62%
Total - Indicadores Sociais Internos 3.109.099 47,33% 17,24%
3. Indicadores Sociais Externos Valor (mil R$) % sobre % sobre
53
RO RL
Educação 7.937 0,08% 0,04%
Cultura 81.861 0,79% 0,45%
Saúde e saneamento 5.125 0,05% 0,03%
Habitação
Esporte 21.826 0,21% 0,12%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 1.100 0,01% 0,01%
Outros 7.047 0,07% 0,04%
Total das contribuições para a Sociedade 124.896 1,20% 0,69%
Tributos (excluídos encargos sociais) 5.647.561 54,33% 31,32%
Total Indicadores Sociais Externos 5.772.457 55,53% 32,01%
4. Indicadores Ambientais Valor (mil R$) % sobre
RO
% sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação da
empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos 13.038 0,13% 0,07%
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 13.038 0,13% 0,07%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de
recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 82.773
Nº de admissões durante o período 10.543
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 7.678
Nº de estagiários(as) 752
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 8.160
Nº de mulheres que trabalham na empresa 39.454
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 43
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 12.631
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 14
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 1.075
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2007 Metas 2008
54
Relação entre a maior e a menor
remuneração da empresa 18,70
Número total de acidentes de
trabalho 479
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: todos(as) +Cipa todos(as) +Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa: não se envolve incentivará e seguirá a OIT
A previdência privada contempla: todos(as) empregados(as) direção
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os
mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em programas de
trabalho voluntário, a empresa: organiza e incentiva organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
111.794
no
PROCON
7.805
na Justiça
125.971
na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
100,00%
no
PROCON
100,00%
na Justiça
38,00%
na
empresa
no
PROCON na Justiça
Valor adicionado total a distribuir
(em mil R$): Em 2007: 19.833.628 Em 2008:
Distribuição do Valor Adicionado
(DVA):
29,50% governo 30,10%
colaboradores(as)
14,20% acionistas %
terceiros 26,20% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros %
retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
55
DADOS DO BANCO ITAÚ
Balanço Social Anual/ 2000 Empresa: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 4.541.118
Resultado Operacional (RO) 2.510.844
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 2.422.728
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 166.771 6,88% 3,67%
Encargos sociais compulsórios 465.282 19,20% 10,25%
Previdência privada 71.150 2,94% 1,57%
Saúde 62.179 2,57% 1,37%
Segurança e medicina no trabalho 0 0,00% 0,00%
Educação 8.344 0,34% 0,18%
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional 24.893 1,03% 0,55%
Creches ou auxílio-creche 13.125 0,54% 0,29%
Participação nos lucros ou resultados 112.187 4,63% 2,47%
Outros 29.121 1,20% 0,64%
Total - Indicadores Sociais Internos 953.052 39,34% 20,99%
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 8.778 0,35% 0,19%
Cultura 17.911 0,71% 0,39%
Saúde e saneamento 2.076 0,08% 0,05%
Habitação
Esporte 302 0,01% 0,01%
Lazer e diversão 0 0,00% 0,00%
Creches 0 0,00% 0,00%
Alimentação 0 0,00% 0,00%
Combate à fome e segurança alimentar
Outros 2.086 0,08% 0,05%
56
Total das contribuições para a Sociedade 31.153 1,24% 0,69%
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.007.719 40,13% 22,19%
Total Indicadores Sociais Externos 1.038.872 41,38% 22,88%
4. Indicadores Ambientais Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação
da empresa 8.325 0,33% 0,18%
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 8.325 0,33% 0,18%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na utilização
de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 47.524
Nº de admissões durante o período 5.327
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 8.501
Nº de estagiários(as)
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.665
Nº de mulheres que trabalham na empresa 24.325
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 12
Nº de negros(as) que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 539
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2000 Metas 2001
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
Número total de acidentes de
trabalho
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências
57
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por:
todos(as)
empregados(as)
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e
à representação interna
dos(as) trabalhadores(as), a
empresa:
A previdência privada
contempla:
todos(as)
empregados(as)
A participação nos lucros ou
resultados contempla:
todos(as)
empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: apóia
Número ções e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2000: Em 2001:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
Balanço Social Anual/ 2001 Empresa: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 5.892.193
58
Resultado Operacional (RO) 3.139.608
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 2.963.189
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 189.705 6,40% 3,22%
Encargos sociais compulsórios 594.469 20,06% 10,09%
Previdência privada 37.118 1,25% 0,63%
Saúde 72.080 2,43% 1,22%
Segurança e medicina no trabalho 493 0,02% 0,01%
Educação 14.318 0,48% 0,24%
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional 42.725 1,44% 0,73%
Creches ou auxílio-creche 12.770 0,43% 0,22%
Participação nos lucros ou resultados 212.747 7,18% 3,61%
Outros 34.920 1,18% 0,59%
Total - Indicadores Sociais Internos 1.211.345 40,88% 20,56%
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 9.402 0,30% 0,16%
Cultura 24.475 0,78% 0,42%
Saúde e saneamento 2.441 0,08% 0,04%
Habitação
Esporte 8 0,00% 0,00%
Lazer e diversão 271 0,01% 0,00%
Creches 6 0,00% 0,00%
Alimentação 7 0,00% 0,00%
Combate à fome e segurança alimentar
Outros 14.217 0,45% 0,24%
Total das contribuições para a Sociedade 50.827 1,62% 0,86%
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.121.969 35,74% 19,04%
Total Indicadores Sociais Externos 1.172.796 37,35% 19,90%
4. Indicadores Ambientais Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação 37.631 1,20% 0,64%
59
da empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 37.631 1,20% 0,64%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na utilização
de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 45.409
Nº de admissões durante o período 4.960
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 10.132
Nº de estagiários(as) 305
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 12.669
Nº de mulheres que trabalham na empresa 23.617
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 14
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 665
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 475
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2001 Metas 2002
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
Número total de acidentes de
trabalho 443
Os projetos sociais ambientais
desenvovidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por:
todos(as)
empregados(as)
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e
à representação interna
dos(as) trabalhadores(as), a
60
empresa:
A previdência privada
contempla:
todos(as)
empregados(as)
A participação nos lucros ou
resultados contempla:
todos(as)
empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: apóia
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2001: 6.289.333 Em 2002:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
23,90% governo 36,80%
colaboradores(as)
12,80% acionistas %
terceiros 26,50% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
Balanço Social Anual/ 2002 Empresa: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 7.182.542
Resultado Operacional (RO) 4.252.071
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 3.352.150
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 187.991 5,61% 2,62%
Encargos sociais compulsórios 607.883 18,13% 8,46%
Previdência privada 45.632 1,36% 0,64%
Saúde 81.479 2,43% 1,13%
61
Segurança e medicina no trabalho 528 0,02% 0,01%
Educação 20.373 0,61% 0,28%
Cultura 9 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 23.873 0,71% 0,33%
Creches ou auxílio-creche 13.171 0,39% 0,18%
Participação nos lucros ou resultados 179.439 5,35% 2,50%
Outros 42.665 1,27% 0,59%
Total - Indicadores Sociais Internos 1.203.043 35,89% 16,75%
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 10.781 0,25% 0,15%
Cultura 26.381 0,62% 0,37%
Saúde e saneamento 1.657 0,04% 0,02%
Habitação
Esporte 0 0,00% 0,00%
Lazer e diversão
Creches
Alimentação 14 0,00% 0,00%
Combate à fome e segurança alimentar
Outros 25.636 0,60% 0,36%
Total das contribuições para a Sociedade 64.469 1,52% 0,90%
Tributos (excluídos encargos sociais) 1.396.694 32,85% 19,45%
Total Indicadores Sociais Externos 1.461.163 34,36% 20,34%
4. Indicadores Ambientais Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação
da empresa 20.200 0,48% 0,28%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 0 0,00% 0,00%
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 20.200 0,48% 0,28%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na utilização
de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 42.051
62
Nº de admissões durante o período 2.311
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 10.181
Nº de estagiários(as) 364
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 4.772
Nº de mulheres que trabalham na empresa 22.115
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 31
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 617
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 547
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2002 Metas 2003
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
Número total de acidentes de
trabalho 381 343
Os projetos sociais ambientais
desenvovidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por:
todos(as)
empregados(as)
todos(as)
empregados(as)
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e
à representação interna
dos(as) trabalhadores(as), a
empresa: incentiva e segue a OIT seguirá as normas da OIT
A previdência privada
contempla:
todos(as)
empregados(as)
todos(as)
empregados(as)
A participação nos lucros ou
resultados contempla:
todos(as)
empregados(as)
todos(as)
empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela são exigidos serão exigidos
63
empresa:
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: apóia organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2002: 7.518.011 Em 2003:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
23,90% governo 39,30%
colaboradores(as)
11,00% acionistas %
terceiros 25,80% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
Balanço Social Anual/ 2003 Empresa: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 9.223.637
Resultado Operacional (RO) 5.713.764
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 3.469.498
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 208.381 6,01% 2,26%
Encargos sociais compulsórios 657.380 18,95% 7,13%
Previdência privada 2.510 0,07% 0,03%
Saúde 100.574 2,90% 1,09%
Segurança e medicina no trabalho 9.334 0,27% 0,10%
Educação 3.469 0,10% 0,04%
Cultura 18 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 38.176 1,10% 0,41%
Creches ou auxílio-creche 14.644 0,42% 0,16%
Participação nos lucros ou resultados 295.300 8,51% 3,20%
Outros 38.360 1,11% 0,42%
Total - Indicadores Sociais Internos 1.368.146 39,43% 14,83%
64
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 19.437 0,34% 0,21%
Cultura 32.100 0,56% 0,35%
Saúde e saneamento 3.630 0,06% 0,04%
Habitação
Esporte
Lazer e diversão
Creches
Alimentação 279 0,00% 0,00%
Combate à fome e segurança alimentar
Outros 10.627 0,19% 0,12%
Total das contribuições para a Sociedade 66.073 1,16% 0,72%
Tributos (excluídos encargos sociais) 2.606.985 45,63% 28,26%
Total Indicadores Sociais Externos 2.673.058 46,78% 28,98%
4. Indicadores Ambientais Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação
da empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 0 0,00% 0,00%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na utilização
de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 42.450
Nº de admissões durante o período 2.869
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 14.764
Nº de estagiários(as) 417
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 5.390
Nº de mulheres que trabalham na empresa 22.296
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 33
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 606
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 5
65
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 747
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2003 Metas 2004
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
Número total de acidentes de
trabalho 477
Os projetos sociais ambientais
desenvovidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: direção e gerências direção e gerências
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e
à representação interna
dos(as) trabalhadores(as), a
empresa: segue as normas da OIT seguirá as normas da OIT
A previdência privada
contempla:
todos(as)
empregados(as) direção e gerências
A participação nos lucros ou
resultados contempla:
todos(as)
empregados(as)
todos(as)
empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: apóia organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
% de reclamações e críticas na no na Justiça na no na Justiça
66
solucionadas: empresa Procon empresa Procon
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2003: 9.335.466 Em 2004:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
31,80% governo 34,40%
colaboradores(as)
12,00% acionistas %
terceiros 21,80% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
Balanço Social Anual/ 2004 Empresa: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 10.200.105
Resultado Operacional (RO) 7.341.693
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 3.573.445
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 233.077 6,52% 2,29%
Encargos sociais compulsórios 688.343 19,26% 6,75%
Previdência privada 31.839 0,89% 0,31%
Saúde 117.226 3,28% 1,15%
Segurança e medicina no trabalho 1.135 0,03% 0,01%
Educação 3.884 0,11% 0,04%
Cultura 0 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 45.354 1,27% 0,44%
Creches ou auxílio-creche 15.700 0,44% 0,15%
Participação nos lucros ou resultados 513.144 14,36% 5,03%
Outros 70.440 1,97% 0,69%
Total - Indicadores Sociais Internos 1.720.142 48,14% 16,86%
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 19.374 0,26% 0,19%
Cultura 27.648 0,38% 0,27%
Saúde e saneamento 1.134 0,02% 0,01%
Habitação
Esporte 50 0,00% 0,00%
67
Lazer e diversão 0,00% 0,00%
Creches 20 0,00% 0,00%
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 1.257 0,02% 0,01%
Outros 26.208 0,36% 0,26%
Total das contribuições para a Sociedade 75.691 1,03% 0,74%
Tributos (excluídos encargos sociais) 3.549.405 48,35% 34,80%
Total Indicadores Sociais Externos 3.625.096 49,38% 35,54%
4. Indicadores Ambientais Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Investimentos relacionados com a
produção/operação da empresa 4.539 0,06% 0,04%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 411 0,01% 0,00%
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 4.950 0,07% 0,05%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na
utilização de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 45.316
Nº de admissões durante o período 3.872
Nº de empregados(as) terceirizados(as)
Nº de estagiários(as) 1.021
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 6.296
Nº de mulheres que trabalham na empresa 24.029
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 36
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 4.258
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 5
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 900
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2004 Metas 2005
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
68
Número total de acidentes de
trabalho 524
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: direção e gerências direção e gerências
Quanto à liberdade sindical, ao
direito de negociação coletiva e
à representação interna
dos(as) trabalhadores(as), a
empresa: segue as normas da OIT seguirá as normas da OIT
A previdência privada
contempla:
todos(as)
empregados(as) direção e gerências
A participação nos lucros ou
resultados contempla:
todos(as)
empregados(as)
todos(as)
empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: apóia organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
Procon na Justiça
na
empresa
no
Procon na Justiça
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2004: 11.021.341 Em 2005:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
34,80% governo 30,50%
colaboradores(as)
12,50% acionistas %
terceiros 22,20% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
69
BALANÇO SOCIAL ANUAL/ 2005 EMPRESA: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 11.156.714
Resultado Operacional (RO) 8.182.604
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 4.428.350
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 264.357 5,97% 2,37%
Encargos sociais compulsórios 822.099 18,56% 7,37%
Previdência privada 31.481 0,71% 0,28%
Saúde 157.956 3,57% 1,42%
Segurança e medicina no trabalho 3.003 0,07% 0,03%
Educação 7.115 0,16% 0,06%
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional 51.872 1,17% 0,46%
Creches ou auxílio-creche 15.954 0,36% 0,14%
Participação nos lucros ou resultados 679.333 15,34% 6,09%
Outros 68.448 1,55% 0,61%
Total - Indicadores Sociais Internos 2.101.618 47,46% 18,84%
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 23.825 0,29% 0,21%
Cultura 28.199 0,34% 0,25%
Saúde e saneamento 2.418 0,03% 0,02%
Habitação
Esporte
Lazer e diversão
Creches
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 6 0,00% 0,00%
Outros 24.914 0,30% 0,22%
Total das contribuições para a Sociedade 79.362 0,97% 0,71%
Tributos (excluídos encargos sociais) 4.692.436 57,35% 42,06%
Total Indicadores Sociais Externos 4.771.798 58,32% 42,77%
4. Indicadores Ambientais Valor % sobre %
70
(mil R$) RO sobre
RL
Investimentos relacionados com a
produção/operação da empresa 2.627 0,03% 0,02%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 358 0,00% 0,00%
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 2.985 0,04% 0,03%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na
utilização de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 51.036
Nº de admissões durante o período 10.432
Nº de empregados(as) terceirizados(as)
Nº de estagiários(as) 995
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 6.926
Nº de mulheres que trabalham na empresa 27.894
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 37
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 5.823
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 5
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 1.161
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2005 Metas 2006
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
Número total de acidentes de
trabalho 540
Os projetos sociais
ambientais desenvolvidos
pela empresa foram definidos
por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: direção e gerências direção e gerências
71
Quanto à liberdade sindical,
ao direito de negociação
coletiva e à representação
interna dos(as)
trabalhadores(as), a
empresa: segue as normas da OIT
incentivará e seguirá a
OIT
A previdência privada
contempla: todos(as) empregados(as) direção e gerências
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e
de responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são exigidos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: organiza e incentiva organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
110.446
no
PROCON
3.350
na
Justiça
na
empresa
no
PROCON
na
Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
PROCON
98,20%
na
Justiça
na
empresa
no
PROCON
na
Justiça
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2005: 13.999.493 Em 2006:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
33,30% governo 29,50%
colaboradores(as)
13,50% acionistas %
terceiros 23,70% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
Balanço Social Anual/ 2006 Empresa: BANCO ITAU
1. Base de Calculo Valor (mil reais)
Receita Líquida (RL) 12.529.696
Resultado Operacional (RO) 6.076.928
Folha de Pagamento Bruta (FPB) 5.493.860
72
2. Indicadores Sociais Internos Valor
(mil R$)
% sobre
FPB
%
sobre
RL
Alimentação 323.825 5,89% 2,58%
Encargos sociais compulsórios 932.183 16,97% 7,44%
Previdência privada 66.500 1,21% 0,53%
Saúde 170.412 3,10% 1,36%
Segurança e medicina no trabalho 4.690 0,09% 0,04%
Educação 15.212 0,28% 0,12%
Cultura 0 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 55.357 1,01% 0,44%
Creches ou auxílio-creche 16.539 0,30% 0,13%
Participação nos lucros ou resultados 957.218 17,42% 7,64%
Outros 68.996 1,26% 0,55%
Total - Indicadores Sociais Internos 2.610.932 47,52% 20,84%
3. Indicadores Sociais Externos Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Educação 28.149 0,46% 0,22%
Cultura 34.776 0,57% 0,28%
Saúde e saneamento 1.873 0,03% 0,01%
Habitação 0 0,00% 0,00%
Esporte
Lazer e diversão
Creches 0 0,00% 0,00%
Alimentação
Combate à fome e segurança alimentar 0 0,00% 0,00%
Outros 45.179 0,74% 0,36%
Total das contribuições para a Sociedade 109.977 1,81% 0,88%
Tributos (excluídos encargos sociais) 5.539.365 91,15% 44,21%
Total Indicadores Sociais Externos 5.649.342 92,96% 45,09%
4. Indicadores Ambientais Valor
(mil R$)
% sobre
RO
%
sobre
RL
Investimentos relacionados com a produção/operação
da empresa 2.305 0,04% 0,02%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 350 0,01% 0,00%
73
Total dos Investimentos em Meio Ambiente 2.655 0,04% 0,02%
Quanto ao estabelecimento de metas anuais para
minimizar resíduos, o consumo em geral na
produção/operação e aumentar a eficácia na
utilização de recursos naturais, a empresa:
5. Indicadores do Corpo Funcional
Nº de empregados(as) ao final do período 59.921
Nº de admissões durante o período 12.621
Nº de empregados(as) terceirizados(as)
Nº de estagiários(as) 1.082
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 7.926
Nº de mulheres que trabalham na empresa 33.256
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 40
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 7.292
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 4
Nº de portadores de deficiência ou necessidades
especiais 1.489
6. Informações relevantes
quanto ao exercício da
cidadania empresarial
2006 Metas 2007
Relação entre a maior e a
menor remuneração da
empresa
Número total de acidentes de
trabalho 597
Os projetos sociais ambientais
desenvolvidos pela empresa
foram definidos por:
direção e gerências direção e gerências
Os padrões de segurança e
salubridade no ambiente de
trabalho foram definidos por: direção e gerências direção e gerências
Quanto à liberdade sindical,
ao direito de negociação
coletiva e à representação
interna dos(as)
trabalhadores(as), a
empresa: segue as normas da OIT incentivará e seguirá a OIT
74
A previdência privada
contempla: todos(as) empregados(as) direção e gerências
A participação nos lucros ou
resultados contempla: todos(as) empregados(as) todos(as) empregados(as)
Na seleção dos fornecedores,
os mesmos padrões éticos e
de responsabilidade social e
ambiental adotados pela
empresa: são sugeridos serão exigidos
Quanto à participação dos
empregados(as) em
programas de trabalho
voluntário, a empresa: organiza e incentiva organizará e incentivará
Número ações e críticas de
consumidores(as):
na
empresa
122.208
no
PROCON
7.393
na Justiça na
empresa
no
PROCON na Justiça
% de reclamações e críticas
solucionadas:
na
empresa
no
PROCON
85,00%
na Justiça na
empresa
no
PROCON na Justiça
Valor adicionado total a
distribuir (em mil R$): Em 2006: 13.609.470 Em 2007:
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA):
30,50% governo 37,50%
colaboradores(as)
16,30% acionistas 0,10%
terceiros 15,60% retido
% governo %
colaboradores(as)
% acionistas % terceiros
% retido
Fonte: http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp
Nos demonstrativos acima, os dados são estatísticas dos dois bancos sobre a
inclusão das PPD’s e confirmam o que já se descreveu acima, sobre o
cumprimento da cota estabelecida pela lei 8.213, que obriga as instituições a
cumprirem as metas estabelecidas pela lei. O que se vê na prática é que os
Bancos encontram dificuldades para contratar em função da formação das
pessoas portadoras de deficiência, e alegam ser responsabilidade dos Órgãos
públicos a formação destes para assim facilitar a sua contratação e cumprir a
cota estabelecida pela lei. Os Bancos alegam que fazem até a sua parte –
formando uma parcela que precisam para cumprir a lei através da FEBRABAN.
75
3.1 Metodologia da Pesquisa
O objetivo deste item é apresentar a metodologia adotada para elaboração
deste capítulo, bem como apresentar a forma como foi realizada e a coleta de
dados dos bancos pesquisados.
A metodologia de estudo obedeceu ao critério normal de investigação cientifica
usado pelo Centro Universitário Candido Mendes e pela Classe cientifica em
Geral no Brasil. Parte-se do principio de que os dados à disposição do
pesquisador serão analisados cuidadosamente, separados por ordem
alfabética, e a seguir relacionados por critério de importância para depois fazer
a montagem da pesquisa.
Na pesquisa procura-se concatenar as idéias propostas pelos autores
pesquisados de tal forma que a amostragem dos resultados estatísticos
estejam relacionadas às idéias dos autores que fundamentam a base da
pesquisa. Para isso contou-se com relatórios sobre PPD’S, no mercado de
trabalho em geral, no setor dos Bancos de Varejo do País e a seguir dos dois
Bancos pesquisados (Banco Bradesco e Banco Itaú), sobre o cumprimento da
lei de cotas numero 8.213/91. Portando o objeto desta pesquisa é analisar
através da amostragem dos resultados estatísticos se a lei de cotas esta sendo
cumprida. O que se constatou é que a lei não esta sendo cumprida, porque
segundo os bancos, as pessoas portadoras de deficiência estabelecidas pela
lei para que os bancos cumpram a cota de contratação não apresentam
condições de formação adequada para eles contratarem: ou seja os deficientes
físicos não estão enquadrados na mão de obra que os Bancos procuram, e por
isso os Bancos não conseguem cumprir a lei e dizem que essa
responsabilidade de formar quadros entre as PPD’s é do Estado, ou do setor
público, justamente o ministério do Trabalho e Segurança Social. Segundo os
Bancos a responsabilidade social de formação dos deficientes no mercado de
trabalho brasileiro é do Ministério do Trabalho. Ainda segundo os Bancos, os
deficientes que eles contratam são selecionados e formados pela FEBRABAN,
pois no mercado não há pessoas deficientes preparadas para atuarem no setor
financeiro.
76
O que se seguiu foi uma analise critica do cumprimento da lei sobre a inclusão
no mercado de trabalho das pessoas portadoras de deficiência o que
estabelece a lei numero 8.213/91.
O método de estudo de caso adotado foi o de critérios de amostragem,
relacionando dados estatísticos de 2000 e 2009 mostrando-se o desempenho
das empresas na empregabilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência,
através de seus Departamentos de Recursos Humanos que em contato com a
FEBRABAN, capacitam e empregam deficientes fiscos já que a alegação mais
comum quando se fala de vagas destinadas para cotas – PPD’s é de que as
Pessoas Portadoras de Deficiência não estão capacitadas para serem
contratadas pelas exigências do mercado de Bancos.
Procurou-se adequar amostragem de resultados e ações sociais organizadas
pelas empresas e destinadas aos deficientes em atividades realizadas entre
2000 e 2009 pela fundação Bradesco e pelo Itaú, pelas parcerias que as
holdings mantêm com instituições filantrópicas vocacionadas para contribuir
naquilo que habituou-se chamar de participação do Banco Bradesco e Banco
Itaú nos programas sociais conforme legislação vigente, para cumprimento da
Lei de cotas.
Quanto à coleta de dados os indicadores sociais e econômicos dos programas
destinados a PPD’S do Banco Bradesco e Itaú estão nas tabelas apresentadas
no estudo. A análise dos dados coletados para a elaboração do estudo
obedeceu ao conteúdo bibliográfico nos dois primeiros capítulos, para depois
mostrar os resultados alcançados através de leitura dos relatórios e dados
colhidos na internet direto dos slides dos Bancos, e do site da APAE.
WWW.apaebrasil.org.br
Primeiramente, foram analisados e coletados dados de relatórios dos bancos
sobre contratação das PPD’s, qualitativos sobre o mercado de trabalho e a
formação e capacitação dos deficientes pelos Bancos através da FEBRABAN
(ranking dos bancos): (Banco Bradesco e Banco Itaú). Procurou-se relacionar a
publicação do Balanço Social Bradesco e Itaú baseado no modelo IBASE, a
partir dos seus relatórios anuais com os dados de percentagem de deficientes
contratados entre o período de 2000 a 2009 que contempla todas as
77
informações necessárias para o preenchimento da planilha do modelo utilizado
neste estudo de caso.
Em seguida, dados quantitativos referentes às informações financeiras (receita
líquida, resultado operacional dos investimentos em programas sociais e
investimentos sociais destinados a deficientes (internos e externos) e aos
investimentos financeiros, constantes do Balanço Social do período de 2000 a
2009. Estes dados foram coletados no site do Instituto IBASE e nas web sites
do Banco Bradesco e Itaú, e também do site
http://www.balancosocial.org.br/bsonline/gerabs.asp, para relacionar os dados
apresentados.
A apresentação dos dados coletados foi sob a forma de evolução dos
resultados estatísticos presentes (em R$ e em % da RL) para o período
analisado e comparativo entre o Banco e outras instituições financeiras através
de comentários após citações de autores pesquisados. Para cada citação fez-
se um comentário baseado no pensamento do autor e opinião do pesquisador.
Esta apresentação foi dividida da seguinte forma: i) informações do ranking das
outras instituições financeiras e dos Bancos pesquisados Banco Bradesco e
Banco Itaú, a partir do histórico de atividades desenvolvidas ao longo dos anos
pesquisados (2000 a 2009); ii) dados financeiros; iii) dados dos investimentos
sociais em geral e sociais destinados a PPD’S (internos e externos); e iv)
dados dos investimentos sociais: financiamentos e programas de crédito e
outras formas de financiamento destinados às PPDS; E, ao final de cada item
realiza-se a análise dos resultados com base nos capítulos teóricos da
pesquisa, mostrando a realidade atual e a possível nos próximos anos.
3.2 Estrutura do Balanço Social dos Bancos Pesquisados
Quanto aos programas de financiamento o Banco Bradesco oferece credito
para deficientes que querem adquirir bem de transporte como carro adaptado a
eles por exemplo. Esse programa foi uma adaptação do financiamento para
aquisição de bens e serviços desenvolvidos especificamente para a mobilidade
78
e autonomia dos deficientes, existe nas instituições financeiras Caixa
Econômica Federal, Banco do Brasil e Nossa Caixa que já oferecem o acesso
ao crédito bancário desde 2005, de forma a viabilizar a inclusão social de
pessoas com deficiência.
Em relação ao financiamento de serviços prestados a pessoas físicas, a linha
de crédito do banco Bradesco oferece valor máximo de R$ 4.000,00 (quatro mil
reais), sendo que até R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) pode ser
financiado 100% do valor da nota fiscal e, acima deste valor, 80%. O prazo de
financiamento varia de dois a 24 meses e a taxa pós-fixada é de 0,95% ao
mês, para linhas de crédito com valor superior a R$ 3.000,00 (três mil reais), é
necessária a garantia de um avalista.
Entre as condições impostas pelos bancos Itaú e Bradesco, o valor máximo da
prestação não pode exceder 30% da renda líquida do beneficiado e na
composição da renda da pessoa com deficiência física, pode ser considerada a
renda familiar. Neste caso, será exigido aval de tantos quantos participarem na
comprovação da renda.
Já o Banco Itaú está implantando uma linha semelhante para seus correntistas,
mas realça que em algumas agências já está implantado esse serviço, porém
com taxas de juros um pouco menos atrativas, a quase 2% ao mês, o dobro
dos Bancos estatais. Os valores financiados podem variar de acordo com a
análise de crédito do banco, sendo o valor mínimo de R$ 500,00 (Quinhentos
reais) e o máximo R$ 10.000,00 (Dez mil reais), podendo ter duração de até 24
meses, para ter acesso ao financiamento não é necessário comprovação da
deficiência, uma vez que o equipamento, bem ou serviço pode ser destinado a
terceiros, a critério do tomador.
3.2.1 Banco Bradesco S.A.
O Banco Bradesco S.A. foi fundado por Amador Aguiar em 1943 na cidade de Marília
localizada em São Paulo. Hoje o Bradesco é a maior instituição financeira privada do
Brasil, de acordo com a pesquisa The Forbes Global 2000, divulgada pela Revista
Forbes em março de 2006, e também foi o primeiro grande banco privado de varejo no
país. Possui uma rede de 3.015 agências, 2.500 agências do Banco Postal, 74.500
funcionários (maior empregador privado do Brasil), maior rede privada de auto-
79
atendimento, líder privado em Internet Banking, 151,6 bilhões em recursos
administrados pela BRAM (Bradesco Asset Management), 54,4 milhões de Cartões de
Débito e Crédito Bradesco, 35 milhões de clientes, 1,3 milhões de acionistas e um
Ativo de 281,9 bilhões de reais. O Bradesco também fez a substituição do papel
branco pelo papel reciclado, que é uma das principais ações deste banco em favor da
preservação ambiental. O uso do papel reciclado é aplicado em todos os informativos
internos e externos, tornando-o um dos maiores consumidores desse produto no
Brasil. Trata-se de uma das principais iniciativas da Organização focada na
sustentabilidade e no uso racional dos recursos naturais. Como estímulo, criou o
Capital de Giro Ambiental, ou seja, uma linha de crédito especialmente para as
empresas cuja atividade apóie o desenvolvimento social e a preservação do meio
ambiente, o que acaba incentivando outras empresas a fazer o mesmo.
3.2.2 Banco Itaú S.A.
Em 1945 é inaugurado o Banco Central de Crédito S.A. por obra de Alfredo Egydio de
Souza Aranha, localizado no centro da capital de São Paulo. Em 1964, esta instituição
efetuou uma fusão com outro banco, o Banco Itaú S.A., um banco que na época era
ligado a empresários mineiros. Essa foi uma alternativa de crescimento rápido, a partir
da qual surgiu o Banco Federal Itaú S.A. No decorrer desta década e também na
década de 1970, houve outras fusões, e o banco expandia-se rapidamente. Em 1971,
diferencia-se dos outros bancos pelo forte uso do marketing, destacando-se para
eventos esportivos e patrocínios. Nesta década, passou a ser evidente o nome Itaú
perante o público. Com isso, a razão social foi alterada, e o Banco passou a
denominar-se Banco Itaú S.A. No ano de 2000, esse programa se tornou mais forte
com a criação da Fundação Itaú Social, vindo a reforçar a campanha do banco em
investimentos na área social. Como prova disto, surgiu ainda o Programa Escrevendo
o Futuro, que tem a finalidade de contribuir para o aperfeiçoamento da escrita dos
alunos da 4ª e 5ª séries do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras e para
a formação de educadores, professores polivalentes e de Língua Portuguesa. Já o
Programa de Saúde, que foi iniciado em 1996, tem o objetivo de buscar a capacitação
e aperfeiçoamento dos gestores municipais de serviços de saúde. O uso racional de
recursos é uma das políticas do banco, procurando desenvolver este tipo de cultura
em seus negócios. Dentre essas iniciativas, destacam-se: reuso da água utilizada no
Centro Empresarial do Itaú, permitindo a redução no consumo; com relação a resíduos
sólidos, como os materiais de expediente, alguns são reciclados e outros são doados
80
a entidades beneficentes; redução na emissão de poluentes, pois as centrífugas que
distribuem o ar condicionado no Centro Empresarial foram substituídas por máquinas
que não destroem a camada de ozônio. Apresentação dos Balanços Sociais das
Empresas Pesquisadas confirma o que já vem sendo sustentado desde o inicio desta
pesquisa: que a maior dificuldade das empresas em contratar para cumprir a lei é a
formação dos deficientes que nuca esta de acordo com a exigida pelos bancos o que
força os Bancos a formarem deficientes após seleção, por habilitação escolar o
Balanço Social dos dois bancos é analisado, de forma comparativa, nesta seção. O
documento completo publicado pelos bancos não é apresentado neste trabalho, mas,
pode ser acessado no site www.balancosocial.org.br. Tanto o Banco Bradesco S.A.
como o Banco Itaú S.A. utilizam o modelo proposto pelo IBASE para a divulgação do
Balanço Social, contendo informações referentes ao desenvolvimento de suas
atividades sociais, tanto no contexto interno como externo, além de outras informações
relevantes ao exercício da cidadania, sendo publicados juntamente com as demais
demonstrações contábeis. Na seqüência são analisados os dois Balanços Sociais,
comparando-se os indicadores divulgados nos anos de 2004 e 2005. 4.3.1 Base de
Cálculo Em relação à folha de pagamento, como se pode visualizar na Figura 1, no
período de 2004 para 2005, a folha do Bradesco cresceu 6,89 %, enquanto o Banco
Itaú, teve um percentual de acréscimo, neste item, quase quatro vezes maior, ou seja,
teve um acréscimo de 23,92% de um ano para o outro. Mesmo com esse crescimento
no percentual entre os dois bancos, a maior folha de pagamento em valores (R$), nos
dois anos, é a do Bradesco, porém seu número de funcionários também é superior,
somando um total de 73.881, já o Itaú possui um corpo funcional de 51.036 no final do
ano de 2005.
3.3 Análise das Empresas Pesquisadas (Bradesco e Itaú)
Esta seção apresenta a análise do Balanço Social das empresas pesquisadas
Banco Bradesco S.A. e Banco Itaú S.A. dados da empresa, funcionalidade e
formas de organização empresarial. A coleta de dados foi realizada por meio
de sites das organizações, livros e informativos fornecidos pelas mesmas,
encontradas em seus web sites e sites de parceiros destes. A análise que se
faz é estatística em relação à inclusão das Pessoas Portadoras de Deficiência,
e o que se conclui é se estão cumprindo a lei 8.123 de 1991.
81
A grande alegação que se faz dos Bancos e também analisada pelos autores
pesquisados, é de que as empresas não contratam porque encontram
dificuldades na formação dos deficientes e em muitos casos são as mesmas
que fazem capacitações freqüentes para incluírem deficientes em suas
empresas, pelo que alegam que há um processo em evolução já que nas
escolas públicas a política de educação inclusiva também é recente e por isso
a inclusão dos deficientes no mercado financeiro (Bancos) também é recente
pelos motivos já apresentados.
CONCLUSÃO
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Para concluir pode-se afirmar que realmente os Bancos têm recorrido ao
mercado de trabalho à procura de mão de obra qualificada para cumprir o que
estabelece a lei 8.213, mas não têm encontrado resposta, por falta de mão de
obra qualificada para o setor, ao que a FEBRABAN tem ajudado a superar,
selecionando e formando uma parte deste público. Nesse sentido a lei só
poderá ser cumprida cabalmente quando o Ministério do trabalho fizer a sua
parte: a seleção e a formação das PPD’s e assim o setor bancário poder então
cumprir a cota estabelecida pela lei.
A pesquisa objetivou verificar se a lei 8.213/91 lei de cotas estabelecida pelo
ministério do trabalho sobre a responsabilidade Social e Inclusão de Pessoas
Portadoras de Deficiências no mercado de trabalho está sendo cumprida pelo
setor privado brasileiro.
Pata tal fez-se um levantamento no setor Bancário a partir da experiência dos
Bancos Bradesco e Itaú, através das respectivas fundações e verificou-se que
no setor financeiro e setor bancário brasileiro nos bancos Bradesco e Itaú, essa
lei não foi cumprida cabalmente. Ou seja, a cota estabelecida pela lei não foi
alcançada. Os motivos estão na pesquisa.
Entre os motivos alegados pelos bancos pelo não cumprimento da lei de cotas
e por não terem alcançado a meta estabelecida pela lei 8.213/91 foi a falta de
mão de obra qualificada entre as pessoas portadoras de deficiência. A falta de
mão de obra qualificada, portanto foi a principal alegação dos Bancos, quando
perguntados o porquê do não cumprimento da lei de cotas estabelecidas pela
lei 8.213.
Como se viu na pesquisa do trabalho ora apresentado - as metas estabelecidas
pela lei não estão sendo cumpridas, porque não há pessoas portadoras de
deficiência qualificadas ou especializadas para concorrerem a vagas oferecidas
pelo setor bancário brasileiro. O que os Bancos têm feito, é a seleção de PPD’s
e qualifica-las para o setor, o que eles alegam ser responsabilidade do Estado,
mais propriamente do Ministério do Trabalho e Segurança Social.
É de ressaltar que o que se verifica na pratica é que não há coordenação entre
os setores que respondem pela seleção, formação, contratação, e inclusão das
83
pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho em geral, embora a
pesquisa só trate de averiguar se o setor bancário esta cumprindo a lei de
cotas estabelecida pelo ministério do trabalho. Um projeto de inclusão
coordenado pelo ministério do trabalho, pelos órgãos associados de cada setor
privado, deveria se encarregar de selecionar, formar e incluir pessoas
portadoras no mercado de trabalho brasileiro seja privado ou público.
A exemplo do que acontece no setor publico, que as vagas destinadas a
portadores de deficiência têm sido cumpridas na realização de concursos
públicos, já no setor privado pelo que mostrou a pesquisa, pelo menos no setor
bancário á falta de mão de obra qualificada para preencher vagas reservadas
às PPD’s, para assim poder-se cumprir o que estabelece a lei de cotas para o
mercado de trabalho, em geral. Em suma para contratar precisa haver pessoas
qualificadas entre as PPD’s, e para haver precisa haver formação, quem tem a
responsabilidade de formar são os órgãos públicos embora seja também
responsabilidade da sociedade em geral, mas a culpa cai sobre o ministério do
trabalho que não formou mão de obra entre as PPD’s, o que tira a
responsabilidade dos Bancos de cumprirem o que estabelece a lei 8.213/91.
Em resumo, os Bancos se eximem de responsabilidade, e culpam o seto0r
público encarregue de formar as PPD’s - ministério do trabalho, mas
analisando-se profundamente, verifica-se que o verdadeiro motivo da não
contratação não esta somente em não haver mão de obra no mercado de
trabalho; pois quando contratam os Bancos levam em conta a deficiência, de
tal forma que, quem eles forem contratar não traga prejuízo à rentabilidade do
Banco, pois deficientes com dificuldades para se locomover podem atrapalhar
o bom andamento do trabalho, o que ainda impede os deficientes de estarem
entre os contratados no mercado de trabalho privado em particular no setor
bancário.
Não se esgotou totalmente a questão, pois para haver cumprimento também é
necessário que o setor público encarregue de fazer cumprir a lei, fiscalize,
porque só a partir da fiscalização é que pode-se constatar se a lei esta sendo
cumprida ou não. No entanto por ora terma-se o assunto e deixa-se em aberto
para que futuros pesquisadores possam a partir deste esboço aprofundar cada
84
vez mais o assunto, a tal ponto que se esgote e se encontra uma solução para
aumentar a responsabilidade social do mercado de trabalho incluir as pessoas
portadoras de deficiência de tal forma que a lei só sirva de incentivo, e que o
mercado esteja preparado para recebê-los de mãos abertas, e sem
preconceitos.
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