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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS GRADUAÇÃO GESTÃO EMPRESARIAL COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL DIFERENÇAS INDIVIDUAIS ALUNA: LUCIANA SOARES DE CARVALHO ORIENTADOR: PROFESSOR MARIO LUIZ RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS GRADUAÇÃO GESTÃO EMPRESARIAL

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

ALUNA: LUCIANA SOARES DE CARVALHO

ORIENTADOR: PROFESSOR MARIO LUIZ

RIO DE JANEIRO

2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS GRADUAÇÃO GESTÃO EMPRESARIAL

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Trabalho monográfico apresentado como

requisito de conclusão do Curso de Pós

Graduação Gestão Empresarial pela aluna

Luciana Soares de Carvalho .

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AGRADECIMENTOS

Agradeço o apoio a todo corpo docente, em especial aos

professores Jorge Vieira e Mario Manhães, são

maravilhosos nos seus ensinamentos, enciclopédia de

conhecimentos, com certeza jamais serão esquecidos!

Agradeço especialmente ao professor orientador Mario

Luiz que mesmo sem conhecê-lo tenho admiração e

respeito, que Deus possa sempre abençoar seus

caminhos a cada dia, que o amanhecer seja o despertar

para uma renovação constante. Nessa vida, nessa

estrada, passamos correndo, mas precisamos chegar,

não tem jeito, mas quando se tem fé chegamos bem!

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia, às pessoas que fazem parte da

minha vida e que são as maiores responsáveis para cada

passo dado para conclusão deste Curso de Pós

Graduação, além de serem o meu maior motivo para

continuar buscando uma forma de contribuir para uma

vida melhor, seja profissional, financeira e social: Juliana

e Nathália Germano, minhas filhas, que entenderam

minha ausência durante o período de estudo.

Ao meu marido Paulo Roberto de Azevedo Germano que

teve toda sabedoria do mundo para me compreender,

quando se tem família, se tem tudo!

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RESUMO

Este trabalho monográfico de pesquisa aborda como tema e entendimento

das questões relacionadas com o comportamento organizacional com enfoque nas

diferenças individuais, que nos dias de hoje se apresenta de uma forma muito

expressiva dentro das organizações.

Embasada em grandes autores sobre o assunto, é possível através de

incentivos à integração melhorar a “vida” dentro das organizações, pois passamos

grande parte dentro dela.

O comportamento organizacional é um campo de pesquisa que ajuda a

prever, explicar e possibilitar a compreensão de comportamento nas organizações.

As três áreas do comportamento organizacional, comportamento micro, meso e

macroorganizacional, refletem diferenças entre as disciplinas das ciências sociais

que contribuíram para a fundação do campo mais amplo do comportamento

organizacional.

O campo do comportamento organizacional, munido de estudos e pesquisas,

tem o objetivo de proporcionar um conjuntos de ferramentas para a organização não

apenas para alcanças os resultados, como também para o desenvolvimento e

satisfação no trabalho por parte das pessoas. Aspectos como percepção, atitudes,

valores, crenças, diversidade, assédio moral, estruturas e processos de grupo

tornam-se essenciais para um modelo de gestão que transcenda as maiores

expectativas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................07

CAPÍTULO I

Comportamento Organizacional................................................................................09

1.1 Histórico ..............................................................................................................11

1.2 Valores.................................................................................................................12

1.3 Atitudes................................................................................................................13

1.4 Satisfação no trabalho.........................................................................................14

CAPÍTULO II

O respeito às diferenças............................................................................................16

2.1 A inteligência valorizada em nossa cultura..........................................................17

2.2 Como melhorar o relacionamento interpessoal....................................................19

2.3 A diversidade da força do trabalho.......................................................................21

2.4 Aprendizagem dentro da organização..................................................................23

CAPÍTULO III

Liderança...................................................................................................................27

3.1 Inteligência Organizacional..................................................................................31

3.2 O poder nas organizações...................................................................................33

CONCLUSÃO............................................................................................................35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASC.....................................................................38

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INTRODUÇÃO

Conversando com alguns funcionários da empresa em qual trabalho há cinco

anos, despertou a idéia de aprofundar-me na pesquisa sobre Comportamento

Organizacional, tema esse que se preocupa com o que as pessoas fazem dentro

das organizações, e de que modo este comportamento afeta o desempenho das

empresas.

Freqüentemente em conversas no almoço e encontros fora da Empresa,

sempre havia diálogos sobre os problemas e acontecimentos do dia-a-dia, muita das

vezes sobre a falta de respeito com as pessoas.

Cada indivíduo tem suas características, isso não significa que ele seja um

“asno” ou um “idiota”, sempre observei a falta de respeito pelas diferenças

individuais, os seres humanos não são idênticos, cada um trás sua história de vida,

isso na maioria das vezes é irrelevante, o individuo é apenas mais um dentro da

organização. Essas insatisfações podem interferir no alcance dos resultados da

Empresa e conseqüentemente no clima. Esses encontros e essas conversas

motivaram a realização desta pesquisa bibliográfica para que pudesse averiguar o

problema e trazer alguma alternativa.

Partindo do pressuposto que a motivação dos funcionários tem relação direta

com a satisfação no trabalho, é importante ressaltar também que as e as empresas

enfrentam grandes desafios, de um lado gestores que nem sempre estão

preparados, de outro lado funcionários que sofrem as consequências de uma gestão

não eficaz. Isso tudo interfere no comportamento, clima e na qualidade de vida dos

funcionários.

A liderança dentro da organização pode ser exercida de várias formas, o

importante é exercer com dignidade e ética. Percebe-se que com incentivos e

integração todos conseguem fazer parte de um bom grupo de trabalho, precisamos

que o Recursos Humanos seja bem humanizado, claro que dentro das regras da

Empresa, mas é necessário campanhas voltadas para qualidade de vida, palestras,

eventos de integração e principalmente harmonia para o ambiente organizacional

com intuito de elevar o clima e satisfação dos funcionários.

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Pelo menos três assuntos são de grande importância para o estudo do

comportamento organizacional: valores, atitudes e satisfação. Sem dúvida no

comportamento organizacional se encontra hoje uma fonte de vantagem competitiva.

O entendimento do comportamento individual e dos grupos em situação de

trabalho constitui o campo de estudo do comportamento Organizacional. Neste

campo de estudo percebemos a investigação das questões relacionadas com

liderança e poder, estruturas e processos de grupo, aprendizagem, percepção,

atitudes, processos de mudanças, conflito e dimensionamento de trabalho, entre

outros temas que afetam os indivíduos e as equipes nas organizações.

Os temas e o entendimento das questões relacionadas com o comportamento

Organizacional nunca foram tão importantes para os gestores como nos dias de

hoje, percebe-se a preocupação cada vez maior com o ambiente e clima

organizacional. Os diversos estudos e as pesquisas que acontecem dentro da

organização estão trazendo grandes contribuições não só para os gestores, mas

principalmente para os funcionários.

Entendemos que Organização é uma unidade social conscientemente

coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira

relativamente contínua, com o intuito de atingir um objetivo comum. As organizações

de aprendizagem são aquelas organizações preocupadas em construir o futuro, por

isso podemos citar alguns assuntos de extrema importância no dia-a-dia das

organizações: inovação, temporariedade, interação humana, desempenho,

diversidade, globalização, mudanças, novas estruturas, novas opções de carreira. A

variedade e a amplitude do estudo destas questões irão contribuir de maneira

significativa para que o gestor e o homem comum possam dispor de recursos para

uma vida melhor e um mundo organizacional mais humano para ser vivido.

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CAPÍTULO I

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Segundo (Wagner, 2003:6), o comportamento organizacional é um campo

voltado a prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no

contexto das empresas. Subjacentes a esta definição de comportamento

organizacional, encontram-se três considerações importantes:

1 - Enfocam comportamentos observáveis, tais como conversar com colegas

de trabalho, utilizar equipamentos ou preparar um relatório. Porém, também lida com

as ações internas, como pensar, perceber e decidir as quais acompanham as ações

externas.

2 - Estuda o comportamento das pessoas tanto como indivíduos quanto como

membros de unidades sociais maiores.

3 - Analisam o comportamento dessas unidades sociais maiores. Nem os

grupos nem as organizações se comportam do mesmo jeito.

O comportamento organizacional definido nesses termos tem suas origens no

final dos anos 1940, quando os pesquisadores das áreas de psicologia, sociologia,

ciência política, economia e de outras ciências sociais procuravam desenvolver uma

estrutura unificada de pesquisas organizacionais. Atualmente encontra-se dividido

em três áreas bem distintas:

Comportamento microorganizacional, que deriva da psicologia, ocupa-se

principalmente do comportamento do indivíduo ao trabalhar sozinho.

Comportamento mesoorganizacional, que deriva da psicologia social, ocupa-

se principalmente na compreensão dos comportamentos das pessoas que trabalham

em equipes e grupos.

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Comportamento macroorganizacional, que deriva da economia, sociologia,

antropologia e ciência política ocupam-se principalmente na compreensão dos

comportamentos de empresas inteiras.

Comportamento Organizacional é um campo de estudos que investiga a força

que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das

organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a

melhoria da eficácia organizacional.

O comportamento organizacional se preocupa de uma forma geral com as

questões rotineiras dentro da organização, problemas de produtividade, insatisfação,

rotatividade, stress, relacionamento e outros. Embora haja opiniões sobre a

importância relativa de cada um deles pois, cada um tem seu fundamento e motivo,

o comportamento organizacional inclui tópicos como motivação, comportamento e

poder de liderança, comunicação interpessoal, estrutura e processos de grupos,

aprendizado, desenvolvimento de atitudes e percepção, processos de mudanças,

administração de conflitos, planejamento do trabalho e estresse no trabalho.

Pelos estudos bibliográficos do comportamento organizacional, é possível

destacar que: valores, atitudes e satisfação tem grande importância no que diz

respeito a esse assunto . Os valores são parte importante do estudo do

comportamento organizacional, pois estabelecem a base para a compreensão das

atitudes e da satisfação.

A importância das organizações no mundo moderno. As organizações

exercem uma função considerável na vida do ser humano por que modelam o

comportamento dos respectivos membros, pois podem influenciar as necessidades e

motivos dos indivíduos em diferentes organizações, ou em grupos na mesma

organização, incentivarem a produtividade, bem como respostas rápidas as

estratégias administrativas variadas. Caracterizam-se pela sua complexidade e o

seu empenho em superar as pressões sociais, econômicas, culturais, tecnológicas e

políticas.

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1.1 Histórico

Analisando as teorias do Comportamento organizacional atuais verificamos

suas origens a partir da revolução industrial do século XVIII e XIX. Com as novas

formas de trabalho que surgiram nesta época, tornaram obsoletos os métodos

gerenciais. As grandes linhas de produção que se criaram, exigiam um número

maior de trabalhadores, com isso houve um impacto aos poucos gerentes que havia

na empresa.

Podemos citar um quadro da evolução histórica com quatro abordagens que

influenciaram o desenvolvimento do Comportamento organizacional:

a) Administração Científica – aumento da eficiência do comportamento no

trabalho e dos processos de produção.

b) Princípios da Administração – eficácia de todos os procedimentos

empregados para alcance dos resultados.

c) Relações Humanas – enfatiza o estímulo ao desenvolvimento e satisfação

dos trabalhadores.

d) Sistemas Abertos – toda empresa constitui um sistema, uma estrutura

unificada de subsistemas inter-relacionados sujeitos as influências do ambiente.

Atualmente percebe-se que Comportamento organizacional evoluiu de uma

orientação com ênfase nas estruturas e processos de pequenos grupos, para uma

perspectiva de grandes subsistemas, organizações e seus ambientes, contribuindo

para a compreensão e solução de problemas de trabalho por meio de diferentes

possibilidades de intervenção.

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1.2 Valores

Os valores representam convicções básicas de que um modo específico de

conduta ou de valores finais é individual ou socialmente preferível a um modo

oposto. (Robbins, 2002:60)

Os valores podem ser classificados em: valores terminais e valores

instrumentais. Valores terminais são aqueles relacionados a auge da vida: as metas

que uma pessoa gostaria de atingir durante sua vida. Valores instrumentais são os

modos de comportamento ou meios escolhidos para o alcance das metas dos

valores terminais. (Robbins, 2002:61).

As pessoas entram para a empresa com uma noção do que precisa ser feito e

do que não deve ser feito. Os valores trazem a idéia de que certos comportamentos

são preferíveis a outros. A convergência entre os valores da empresa e os dos

funcionários influencia grandemente a satisfação com o trabalho. (Marras, 2002:38)

A maneira como vemos a vida, as pessoas e o mundo, depende dos

nossos valores, eles são componentes dos nossos modelos mentais.

Têm-se modelos de boa qualidade, teremos uma melhor representação

da realidade, se estes são de má qualidade, teremos uma visão mutilada e

deturpada do mundo. Exemplo: para uma pessoa que valoriza a integridade e

competência, suas escolhas, decisões e implementações, serão sustentadas por

esses valores.

Embora na prática os executivos já tenham compreendido há muito tempo a

importância das habilidades interpessoais para a eficácia da gestão, as escolas de

administração demoraram um pouco para captar essa mensagem.

Até o final da década de 80, o currículo dessas escolas enfatizava os aspectos

técnicos da gestão. Seu foco principal era em economia, contabilidade, finanças e

métodos quantitativos. Temas como comportamento e habilidades interpessoais não

recebiam quase nenhuma atenção. (ROBBINS, 2002:103)

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1.3 Atitudes

Segundo (Robbins, 2002:66) As atitudes são afirmações avaliadoras –

favoráveis ou desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas ou eventos. Refletem

como um indivíduo se sente em relação a alguma coisa.

As atitudes não são a mesma coisa que os valores, mas estão intimamente

relacionados. Existem três componentes da atitude: cognição, afeto, comportamento.

A partir da percepção do meio social e dos outros, vamos organizando as

informações recebidas e as relacionamos com afetos – positivos ou negativos, o

que nos predispõe favorável ou desfavoravelmente em relação às pessoas, objetos

e situações. A estas predisposições chamamos de atitudes.

A aprovação de pessoas importantes para nós ou do grupo social de que

participamos exerce um efeito reforçador das nossas atitudes, o que faz com que

estas sejam incorporadas as nosso repertório de comportamento, enquanto que,

aquelas que são criticadas, costumam ser rejeitadas.

A pessoa que, continuamente busca uma maior consciência sobre si, sobre o

outro e o mundo, tem maior probabilidade de perceber as situações e de se

relacionar, diferentemente daquela que se comporta de maneira rígida,

preconceituosa, em fase dos valores dos outros, quando estes são diferentes dos

seus.

A cognição é a base para a parte mais crítica de uma atitude, enquanto que o

afeto é o segmento da atitude que se refere ao sentimento e às emoções. O

componente comportamental refere-se à intenção de comportar-se de uma

determinada maneira em relação a alguém ou alguma coisa. Uma pessoa pode ter

muitas atitudes, mas pelo menos três delas podem ser focalizadas no estudo do

comportamento organizacional: satisfação com o trabalho, envolvimento com o

trabalho e comprometimento organizacional. Existem três componentes chaves em

nossa definição de satisfação no trabalho: valores, importância dos valores e

percepção. (Wagner, 2003:121)

Satisfação com o trabalho refere-se à atitude geral de uma pessoa em relação

ao trabalho que realiza. O termo envolvimento com o trabalho seria o grau em que

uma pessoa se identifica psicologicamente com seu trabalho e considera seu

desempenho nele como algo valioso para si (Robbins, 2002:15).

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1.4 Satisfação com o trabalho

Satisfação com o trabalho pode ser definida como “a atitude geral de uma

pessoa em relação ao trabalho que realiza” (Robbins, 2002:60). Definição

complementar: “é um sentimento agradável que resulta da percepção de que nosso

trabalho realiza ou permite a realização de valores importantes ao próprio trabalho”.

(Wagner, 2003:121)

Existem três componentes chaves na definição do autor (Wagner, 2003:121)

valores, importância dos valores e percepção.

Em primeiro lugar - Satisfação no trabalho é uma função de valores.

Edwin Locke definiu os valores em termos daquilo “que uma pessoa deseja obter

consciente ou inconscientemente”. Locke distinguiu valores e necessidades,

sugerindo que as necessidades são mais bem concebidas como exigências

objetivas do corpo, que são essenciais à manutenção da vida, como as

necessidades de oxigênio e água. Por outro lado, valores são exigências objetivas,

existentes na mente da pessoa. (Wagner, 2003:121)

O segundo componente da satisfação no trabalho é a importância. As

pessoas não diferem apenas nos valores que defendem, mas na importância que

atribuem a esses valores, e essas diferenças são cruciais na determinação de seu

grau de satisfação no trabalho. (Wagner, 2003:121)

O último componente importante de nossa definição de satisfação no trabalho

é a percepção. A satisfação está baseada em nossa percepção da situação atua em

relação aos nossos valores. Lembre-se que as percepções podem não refletir com

precisão total a realidade objetiva. Quando não a refletem, para que possamos

entender as reações pessoais, precisamos atentar para a percepção que o indivíduo

tem da situação e não para a própria situação concreta. (Wagner , 2003:121).

A maioria das organizações não está no ramo da satisfação no trabalho. Por

isso, às vezes é difícil fazer com que os gestores percebam a importância de

compreender e melhorar as atitudes e os sentimentos dos seus funcionários para

com o trabalho.

A insatisfação e o stress do funcionário, porém, produzem na empresa

importantes efeitos que não podem ser negligenciados, entre os quais se inclui a

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elevação dos custos de assistência médica, rotatividade, absenteísmo, violência no

local de trabalho.

O stress é um estado emocional desagradável que ocorre quando as pessoas

estão inseguras de sua capacidade para enfrentar um desafio percebido em relação

a um valor importante. Tal como no caso da satisfação, é mais fácil entender a

natureza do stress se dividirmos sua definição em três componentes principais.

Um componente, o desafio percebido, enfatiza que o stress surge da

interação entre as pessoas e sua percepção do ambiente.

O segundo componente, o valor importante, é crucial pela mesma razão que é

fundamental à nossa definição de satisfação. O desafio só causará stress quando

ameaçar algum valor importante.

Finalmente, o terceiro componente, a incerteza da resolução, enfatiza que a

pessoa interpreta a situação em termos da percepção da probabilidade de lidar

satisfatoriamente com o desafio.

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CAPÍTULO II

O RESPEITO ÀS DIFERENÇAS

Esta pesquisa bibliográfica retrata um cenário comum que ocorre em algumas

empresas, onde somos atropelados pelos estereótipos preconceituosos, excesso de

poder e disputas acirradas dentro do próprio meio organizacional, onde muitas vezes

não somos respeitados.

Culturas, hábitos e costumes misturam-se de forma veloz, ocasionando um

cenário de disputa e competitividade. Somos desafiados a estabelecer,

sistemicamente, novos diferencias para os negócios pela constante agregação de

valor. Trabalhamos com pessoas de várias origens e cada um tem suas

características, gostos, fala, vocabulário, mania, raça, opção sexual, diferenças de

idade, pessoas com idade mais avançada.

Para alcançar a globalização o mundo corporativo exige que os olhares

estejam voltados para o capital intelectual, uma vez que a riqueza das empresas

depende da disponibilização do conhecimento e das habilidades das pessoas.

Com tanta evolução e busca por melhores resultados percebemos que as

vezes grandes empresas pecam na maneira de gerenciar pessoas, pois há uma

forma errada de separar quem tem muito conhecimento e quem tem pouco

conhecimento, há uma segregação absurda, aquele que por infelicidade não deter

de conhecimentos específicos que garante resultados, está perdido, será excluído,

pois muita das vezes não tem oportunidade de aprender devido as questões de

politicagem, pois quem de tem conhecimento tácito não quer em nenhum momento

transformá-lo em explicito.

Gestores que não conseguem administrar com êxito a diversidade

inevitavelmente caem em uma dentre duas armadilhas. Por um lado, podem ter a

tendência constante de supor que todas as pessoas são basicamente semelhantes.

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Se todos os supervisores, colegas e subordinados fossem semelhantes, a

administração seria uma tarefa fácil. Uma vez que não é possível que as diferenças

individuais desapareçam, as empresas que desejam ter êxito devem tentar

capitalizar as diferenças de modo a aumentar sua competitividade.

Entende-se que um ambiente constituído por profissionais de diferentes

formações, culturas e com diferentes histórias de vida, tem maior chance de fazer

uma leitura de mundo muito mais abrangente, visualizar ângulos não percebidos por

muitos, apresentarem idéias originais, potencialmente à empresa aberta para o

diferente, para o novo, tem mais possibilidades de gerar mais resultados.

Pessoas podem colocar seu talento a favor da empresa, quando encontram

ambiente para tal.

Pessoas trazem dentro de si histórias de vida, emoções, saberes, valores,

crenças e expectativas, são únicas e devem ser respeitadas.

2.1 A Inteligência valorizada em nossa cultura

No dicionário Aurélio Buarque de Holanda descreve inteligência como a

capacidade de aprender, apreender ou compreender; inclui percepção, apreensão,

intelecto, intelectualidade, capacidade de adaptar-se facilmente, agudeza,

perspicácia, destreza mental, habilidade.

Se compararmos o conceito de inteligência de Aurélio às exigências do novo

perfil profissional, percebemos uma convergência, quando ambos destacam um rol

de atitudes e habilidades humanas.

De que valem os ensinamentos e o conhecimento adquiridos na educação

formal ou em cursos específicos, se não vêm agregados a um perfil comportamental

adequado?

Profissional inteligente, hoje, é aquele que possui um conjunto de

competências disponibilizadas de forma assertiva, o que faz se destacar em

contextos variados.

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Nossa educação privilegiou e privilegia a inteligência lógica exata, e a

lingüística, deixando em segundo plano as restantes. Em uma sociedade

essencialmente cartesiana, a predominância do racional sobre o emocional e

intuitivo é evidente.

As portas geralmente se abrem para aqueles que dominam aquelas

inteligências menos estimuladas. Talvez por este motivo encontrássemos com

pessoas que, depois de algum tempo de experiência no mercado, fazem das

atividades alternativas seu lazer regular.

“... enquanto alguns andam no labirinto, outros caminham em linha reta. Eles

querem a festa e seus pares só pensam em atingir a meta. Há aqueles que lançam a

alma no espaço e outros ficam com os pés na terra. Há os que querem saber a

verdade e aqueles que se preocupam em não se machucar. Olhar o infinito ou

colocar os óculos escuros? Experimentar o futuro ou lamentar-se pelo que não se é?

Correr riscos ou se satisfazer com metades? Liberdade ou portas fechadas?”

(Música “a seta e o alvo” – Paulinho Moska e Nilo Romero).

Essa música retrata como o saber é caracterizado com aqueles

procedimentos, fatos e conceitos apreendidos nas experiências vividas – as

informações que recebemos e julgamos corretas no trato cotidiano com o outro.

Esses saberes por vezes se tornam obsoletos quando não há uma atitude de

constante curiosidade e vontade de aprender, compreender e buscar a comunicação

assertiva. Lidar com gente é diferente de lidar com algo inanimado.

O ambiente organizacional é formado por pessoas únicas, com um universo

particular e expectativas variadas, em que todos interagem e, geralmente, apontam

para alvos diferentes.

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2.2 Como melhorar o relacionamento interpessoal

O querer é o início de qualquer intenção de mudança. Se não houver a

vontade pessoal em melhorar a comunicação interpessoal, de nada adianta possuir

informações e conhecimentos específicos. O querer está relacionado com os

momentos existenciais do profissional.

Ninguém ensina o outro a querer. O saber e o querer fazem a dobradinha de

sucesso.

O relacionamento interpessoal trás habilidade para interagir com as pessoas

de forma empática, inclusive diante de situações conflitantes, demonstrando atitudes

positivas, comportamentos maduros e não combativos.

“A imagem que você tem de si mesmo, sua auto-

estima, molda seus pensamentos e atitudes que

contribuem para edificar ou destruir seus

relacionamentos, sua vida pessoal, sua vida profissional,

... sua vida ... sua felicidade!”

Amor e ódio. Alegria e tristeza. Medo e coragem. Emoções e sentimentos que

se misturam no dia-a-dia empresarial. Verdadeiro caldeirão de iguarias que, se bem

entendidas e administradas, enriquecem os relacionamentos.

A melhor maneira de lidar com a descrença pessoal e a ausência de

motivação para uma comunicação aberta é programar espaço dentro da organização

para trabalhar as emoções. Por meios de programas atitudinais, realizadas em forma

de seminários, workshops ou encontros sistematizados que as organizações vêm

alcançando resultados. Pelo resgate da auto-estima, o ser humano consegue

enxergar as próprias possibilidades e tende a ver seus pares de forma mais positiva.

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Sabemos que o relacionamento é um desafio constante, mas podemos nos

ajudar e ajudar o próximo. Melhorar o julgamento sobre si mesmo e sobre outras

pessoas auxilia na compreensão do relacionamento humano, pois promove a auto-

análise. Por exemplo, aceitar feedback de forma positiva é importante para que você

possa refletir sobre como melhorar o seu desempenho e se comportar de maneira

adequada em seu local de trabalho.

A compreensão sobre como entender a forma de pensar do outro nos ajuda a

evitar atritos e solucionar problemas, promovendo, assim, relações saudáveis, onde

a sinergia, o respeito e a empatia estarão presentes. Não posso asfixiar ou invadir a

sua individualidade, porém posso ajudá-lo a descobrir o que é melhor para si

mesmo.

A conseqüência da mudança de atitudes reflete-se no clima organizacional,

na produtividade e amplia a vantagem competitiva da organização que investir no

querer. Uma organização que conta com o fator humano terá em conta as suas

necessidades de crescimento pessoal e profissional, bem como aspectos que tem

em conta a qualidade de vida dos seus funcionários.

Embora as relações humanas sejam a essência de uma empresa, as

organizações ainda encontram limitações para realizar a conformação dessas

relações na formatação de sua estrutura organizacional.

É importante lembrar que o ser humano é responsável pelas escolhas que faz

e que cada um de nós precisa investir na construção da própria felicidade.

A capacidade de trabalhar com outras pessoas, compreendendo-as e

motivando-as, tanto individualmente como em grupos, seria a descrição das

habilidades humanas. Muitas pessoas são tecnicamente proficientes, mas

incompetentes nos relacionamentos interpessoais. Elas podem não ser boas

ouvintes, incapazes de entender as necessidades dos outros ou ainda ter dificuldade

para administrar conflitos. Como os executivos realizam suas tarefas por meio do

trabalho de outras pessoas, eles precisam ter habilidades humanas para se

comunicar, motivar e delegar.

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“Eu fico com a pureza da resposta das crianças: .... a vida é bonita

Viver e não ter a vergonha de ser feliz.

Cantar e ....cantar e...cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.

Eu sei que a vida devia ser bem melhor. E será.

Mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita, e é

bonita!(Gonzaguinha).

2.3 A diversidade da força de trabalho

Um dos desafios mais importantes e abrangentes enfrentados pelas

organizações hoje em dia é a adaptação às diferenças entre as pessoas. O tempo

utilizado para descrever esse desafio é diversidade da força de trabalho. Enquanto a

globalização enfoca as diferenças entre pessoas de diferentes países, a diversidade

da força de trabalho enfoca as diferenças entre as pessoas em um determinado

país.

A diversidade da força de trabalho significa que as organizações estão se

tornando mais heterogêneas em termos de raça, etnia e sexo de seus participantes.

Mas o termo também se aplica a qualquer pessoa que fuja da norma convencional.

Além dos grupos mais óbvios tais como mulheres, negros, latinos, asiáticos, também

se incluem na diversidade os deficientes físicos, os representantes da terceira idade

e os homossexuais.

Essa situação é comum praticamente em todo o mundo, especialmente no

Canadá, na Austrália, na África do Sul e no Japão, além dos países europeus e dos

Estados Unidos. Os executivos no Canadá e na Austrália, por exemplo, têm sido

obrigados a se adaptar aos grandes fluxos de trabalhadores asiáticos.

A “nova” África do Sul está se caracterizando pelo número cada vez maior de

negros em posições-chave, técnica e administrativamente. As mulheres,

tradicionalmente relegadas a trabalhos temporários mal-remunerados no Japão,

agora estão galgando posições de chefia. Os acordos com os sindicatos dentro da

criação da União Européia, que abriu as fronteiras em grande parte da Europa

Ocidental, aumentaram a diversidade de mão-de-obra nas empresas que operam

em países como Alemanha, Portugal, Itália e França.

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Costumava-se adotar a abordagem da fusão quanto às diferenças nas

organizações, assumindo que as pessoas que eram diferentes automaticamente

gostariam de ser assimiladas com rapidez. Hoje em dia, contudo, reconhece que os

trabalhadores não deixam de lado seus valores culturais e suas preferências de

estilo de vida quando chegam ao emprego.

O desafio para as organizações, portanto, é conseguir acomodar os diferentes

grupos de pessoas, atendendo a seus diferentes estilos de vida, necessidades

familiares e jeitos de trabalhar. A premissa da fusão está sendo substituída por uma

abordagem que reconheça e valorize tais diferenças.

Pode-se afirmar que as organizações sempre abrigaram membros de

diferentes grupos. Mas eles representavam apenas uma porcentagem muito

pequena e chegavam a ser totalmente ignorados pelas grandes organizações. Além

do mais, sempre se acreditou que essas minorias procurariam assimilar-se. Por

exemplo, a maioria da mão-de-obra norte-americana antes de 1980 era formada por

homens brancos, que trabalhavam em período integral para sustentar uma mulher

que não trabalhava e filhos em idade escolar.

Atualmente, 46% da força de trabalho empregada nos Estados Unidos são de

mulheres. As minorias e os imigrantes respondem por 23%. Como um exemplo, a

Hewlett-Packard tem em seus quadros 19% de minorias e 40% de mulheres.

Uma unidade da Digital Equipment Corporation, em Boston, fornece uma

previsão parcial do futuro. Entre os 350 funcionários da fábrica, existem homens e

mulheres provenientes de 44 países, que falam 19 idiomas diferentes. Quando uma

mensagem precisa ser publicada para esse pessoal, ela precisa ser feita nas

seguintes versões: inglês, chinês, francês, espanhol, português, vietnamita e dialeto

haitiano.

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A diversidade da força de trabalho traz implicações importantes para as

práticas administrativas.

Os executivos precisam modificar sua filosofia de tratar todo o mundo do

mesmo modo, reconhecendo as diferenças e respondendo a elas de maneira que

assegure a retenção de funcionários e maior produtividade, sem que se cometa

qualquer discriminação.

Essa mudança inclui, por exemplo, a oferta de treinamento diferenciado e a

revisão de programas de benefícios para torná-los mais “amigáveis às famílias”. A

diversidade, quando bem administrada, pode aumentar a criatividade e a inovação

dentro das organizações, bem como melhorar as decisões tomadas, por trazer novas

perspectivas em relação aos problemas. Quando não é administrada

adequadamente, há aumento potencial da rotatividade, maior dificuldade de

comunicação e mais conflitos interpessoais.

2.4 Aprendizagem dentro da organização

Aprendizado Organizacional, a organização que aprende é um conceito que

envolve o coração e a mente dos funcionários em uma mudança contínua,

harmoniosa e produtiva, projetada para atingir os resultados desejados pela

organização.

Um processo, que se bem desenvolvido, pode liberar uma enorme força

criativa que existe na motivação, na curiosidade e no amor ao aprendizado intrínseco

às pessoas e concentrar a inteligência e a energia dos funcionários nas estratégias

empresariais. O aprendizado ajuda a integrar as equipes, pois as pessoas

interessadas buscam sempre aumentar seus conhecimentos trocando suas

experiências umas com as outras, claro que deve haver o desejo de querer estar ali e

querer aprender.

Organizações “vivem” em ambientes que se caracterizam por sua constante

mudança que obrigam as organizações a aprender a executar novas tarefas e dar

conta das antigas com mais rapidez e eficácia, gerando sempre um novo

conhecimento e colocá-lo em prática.

O aprendizado é algo normal e continuo em qualquer empresa duradoura.

Entretanto, raramente é planejado e administrado para que ocorra de maneira

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rápida, sistemática e alinhada aos objetivos estratégicos da empresa.

Para este processo acontecer, as pessoas que compõem uma empresa terá

de aprender a trabalhar em equipe de forma eficaz. Para tal, os requisitos mais

importantes é a comunicação franca e direta e o respeito às pessoas que compõem

uma equipe de trabalho.

O maior benefício de tornar explícitos os processos de aprendizado é que, a

partir daí, a organização pode melhorar e acelerar sua capacidade de aprender. Em

geral, a reflexão revela oportunidades para aperfeiçoar o ciclo “aprender a agir” de

uma ou mais maneiras:

Tornando o ambiente externo mais saudável para o aprendizado.

Melhorando a infra-estrutura de aprendizado.

Aperfeiçoando o conhecimento e as habilidades de aprendizado das pessoas.

Um ambiente de aprendizado saudável - possui uma hierarquia relativamente

menor, um excelente clima de trabalho em equipe e comunicação de primeira linha.

Eles também recompensam a troca de conhecimento e estimulam todo mundo a

adquirir um conhecimento amplo e aprofundado da empresa.

O conhecimento e a capacidade de aprendizado das pessoas - no centro da

capacidade de aprendizado de uma organização estão seus funcionários. Para isto

ocorrer, as pessoas precisa estar profundamente engajado no processo de definição de

objetivos da sua organização e assim, alinhar suas metas particulares de aprendizado

a estes.

Para esse fim, eles precisam ter um conhecimento profundo da empresa e de

suas principais tecnologias, bem como o desejo e a capacidade de trabalhar em

conjunto para criar o novo conhecimento.

Especificamente, eles precisam ter capacidade de aprendizado nas áreas de

trabalho em equipe, criação de sistemas e reflexão, e a capacidade de trazer à luz e

discutir os vários modelos mentais.

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Segundo Peter Senge, como o mundo está se tornando cada vez mais

interconectado e os negócios mais complexos e dinâmicos, o trabalho deve

se tornar mais "aprendível".

Não é mais suficiente ter uma pessoa aprendendo em nome de toda a

organização.

Não é mais possível organizar lá do alto e fazer com que todos os outros

sigam as ordens do grande estrategista.

As organizações que sobressairão no futuro serão aquelas que conseguem

extrair o compromisso e a capacidade de aprender das pessoas de todos os

níveis, dentro da organização.

Portanto, os administradores deveriam encorajar o funcionário a:

Estar aberto a novas idéias;

Comunicar-se com franqueza com os colegas;

Compreender com maestria como sua empresa opera;

Formar visão compartilhada; e

Trabalhar em conjunto para atingir os objetivos.

Existem cinco componentes que formam uma organização que aprende, são

as cinco disciplinas:

1-Domínio pessoal

É a disciplina de, continuamente, esclarecer e aprofundar a visão pessoal, de

concentrar as energias, de desenvolver paciência e de ver a realidade

objetivamente. É a participação por escolha própria de compartilhamento livre de

informações e conhecimentos, pedra de toque essencial para a organização que

aprende e o seu alicerce espiritual.

A lacuna resultante entre visão e realidade produz a tensão criativa da qual surge o

aprendizado.

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2-Modelos mentais

São pressupostos profundamente arraigados, generalizações ou mesmo

imagens que influenciam nossa forma de ver o mundo e de agir. São as imagens

internas do mundo. Podem ser simples

Generalizações ou teorias complexas. São ativos, pois modelam o modo de agir e

influenciam o que se vê.

3-Visão compartilhada (objetivo comum)

Senge enfatiza a importância da criação em conjunto e argumenta

que uma visão partilhada somente pode ser construída sobre a visão pessoal.

Ele alega que existe visão partilhada quando a incumbência que se segue à visão

não é mais visualizada pelos membros da equipe como algo separado de si mesma.

Aprendizado em equipe (aprendizagem em grupo).

A matéria aprendizado em equipe envolve duas práticas: diálogo e

discussão. O diálogo é caracterizado por sua natureza exploratória. Já a discussão

é tida pelo processo oposto: o de estreitar o campo à melhor alternativa para as

decisões que precisam ser tomadas. As duas são mutuamente complementares,

mas os benefícios de combiná-las somente surgem quando foram separadas antes.

4-Pensamento sistêmico

É o pensamento voltado para o todo, onde nenhuma ação é empreendida

sem se considerar seu impacto em outras áreas da organização e da sociedade. É o

quadro de referência conceitual, o conjunto de conhecimentos e ferramentas

desenvolvidos para esclarecer os padrões como um todo e ajudar a ver como

modificá-los efetivamente.

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CAPÍTULO III

LIDERANÇA

Esse tema faz o diferencial, liderança é a capacidade de inspirar, motivar e

movimentar pessoas a atingir e superar metas, ultrapassando aquilo que aparentava

ser seus limites. É a capacidade de tornar a visão do futuro clara e atraente para

todos. Há pessoas que trazem a essência sem manipulá-la, são verdadeiros

profissionais e conseguem conduzir uma equipe com dignidade, respeito e

integridade.

Os líderes não reclamam, transformam a realidade. O propósito de vida é uma

lembrança de quem somos e do impacto que causamos no universo, precisamos

fazer o possível para nos tornar seres humanos mais completos, ser líder é ter uma

vida equilibrada, liderança não é um conceito que se aplica somente ao trabalho: é

um líder um sua família, em sua comunidade, na busca pela espiritualidade e pela

saúde.

A liderança é para todos que batalham por ela, muitas pessoas em várias

áreas da profissão e da vida dependem de um líder. Negócios dependem de líderes

que construam ótimos lugares para trabalhar e agregar valor, filhos precisam de

líderes que os ajudem a atingir seu potencial. A liderança começa em casa. O

confronto saudável é um ato de liderança.

Segundo (Wagner, 2003:245), as primeiras abordagens para explicar a

liderança sustentaram que os líderes não eram produzidos, mas já nasciam líderes.

Francis Galton afirmava em 1869 que os traços dos grandes líderes eram herdados

geneticamente. Mais tarde, pesquisadores influenciados por escolas de pensamento

comportamentalistas destacaram essa idéia, sugerindo, ao contrário, que muitas

características associadas à liderança efetiva podiam ser adquiridas.

Em termos de personalidade, existem indícios de que os líderes tendem a

exibir o traço social da dominação. Auto-estima também parece estar relacionada à

liderança para uma ampla variedade de situações e seguidores.

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“Atualmente o espírito de Liderança é muito valorizado, tanto no âmbito

profissional como no pessoal, ser Líder não é ser o "chefe" ou o "gerente", é

muito diferente disto. Os Líderes autênticos são pessoas que já absorveram a

verdade fundamental da existência: que não é possível fugir das contradições

inerentes à vida.

A mente de Liderança é ampla. Ela tem espaço para as ambigüidades do

mundo, para sentimentos conflitantes e idéias contraditórias

O comportamento de Liderança envolve funções como planejar, dar

informações, avaliar, arbitrar, controlar, recompensar, estimular, punir etc.,

deve ajudar o grupo a satisfazer suas necessidades.

Tannenbaum, Weschler e Massarik definiriram: "Liderança é a influência

interpessoal exercida numa situação e dirigida através do processo de

comunicação humana à consecução de um ou de diversos objetivos

específicos". A Liderança é encarada como um fenômeno social, pois ocorre

exclusivamente em grupos sociais, ou seja, envolve relações pessoais e

estruturas sociais.

Um líder nato pode ser facilmente reconhecido perante o grupo, pois sua

capacidade de coordenar, direcionar, conduzir o grupo a atingir seus objetivos

ficam evidentes e o tornam uma espécie de guia representativo do

grupo.”(http://pt.oboulo.com/comportamento-organizacional-18736.html)

Podemos ressaltar através das pesquisas que a inabilidade na gestão de

pessoas é o ponto crucial e detonador de estratégias bem planejadas e da

superação de metas e resultados. O impacto de pessoas insatisfeitas ou mal

direcionadas nos níveis iniciais da estrutura hierárquica empresarial é fortemente

sub-avaliado. Há muito tempo atrás, a liderança era exercida de forma simples, o

que poderia ser resumido num ditado popular: “manda quem pode, obedece quem

tem juízo”. No passado e talvez no presente a própria sociedade funcionasse desta

forma. Dentro dos lares, os chefes de família, os homens davam as ordens e as

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mulheres e filhos obedeciam. O mundo mudou e com isso mudou também a

liderança. A eficácia de um líder nos dias de hoje depende muito mais da capacidade

de motivar e inspirar pessoas do que da capacidade de tomar decisões e ordenar,

infelizmente o orgulho e a vaidade às vezes falam mais alto a acabam prejudicando

nas tomadas de decisão.

É possível definir uma competência de liderança: habilidade para estabelecer

um clima de espontaneidade e alegria, cedendo espaços para questionamentos,

renovação de idéias e melhoria nos processos empresariais.

A irreverência é importante para questionar o existente e deixar para trás o

que não serve mais. Uso do humor para rir dos próprios erros e dificuldades. Quando

tal faz acontece, as pessoas ao redor se sentem à vontade para ousar e inovar, sem

o medo da crítica.

Ter flexibilidade para lidar com as diferenças individuais, isso é uma

característica primordial para um líder.

“Você não consegue o melhor das pessoas

acendendo o fogo embaixo delas. Você consegue o

melhor das pessoas construindo uma fogueira dentro

delas.” Bob Nelson

É importante voltarmos ao passado para entendermos que nada aconteceu

por acaso, no contexto histórico é possível destacar que a representação da

liderança nos dias atuais, exige o conhecimento prévio dos caminhos pelas quais

passou as teorias administrativas ao longo do tempo e com isso iniciou-se a Teoria

das Relações Humanas. Com o impacto da "Teoria das Relações Humanas", os

conceitos antigos, tais como: organização formal, disciplina, departamentalização;

passam a ceder lugar para novos conceitos como organização informal, liderança,

motivação, grupos sociais, recompensas etc.

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A maior contribuição da Teoria das Relações Humanas foi ressaltar a

necessidade de boas relações humanas no ambiente de trabalho, o tratamento mais

humano dado às pessoas, a adoção de uma administração mais participativa em que

as pessoas possam ter um papel mais dinâmico.

Como conseqüência dessa teoria surge os líderes a fim de melhorar o

tratamento dado às pessoas e propiciar um ambiente motivacional de trabalho mais

favorável e amigável.

Embora na prática os executivos já tenham compreendido há muito tempo a

importância das habilidades interpessoais para a eficácia da gestão, as escolas de

administração demoraram um pouco para captar essa mensagem. Até o final da

década de 80, o currículo dessas escolas enfatizava os aspectos técnicos da gestão.

Seu foco principal era em economia, contabilidade, finanças e métodos quantitativos.

Temas como comportamento e habilidades interpessoais não recebiam quase

nenhuma atenção. (ROBBINS, 2002:103)

A maioria das pessoas encontra muita dificuldade para expressar o que quer

dizer exatamente à palavra Liderança, e as definições apresentadas por

especialistas muitas vezes entram em conflito.

Ao mesmo tempo, quando solicitadas a nomear os grandes líderes da história,

as pessoas respondem com notável coerência, exemplos Adolf Hitler, Getúlio

Vargas, Luis Inácio Lula da Silva e Napoleão Bonaparte, essas pessoas são citadas

como grandes líderes e podemos perceber como é difícil uma definição de liderança

que seja específica o bastante para ser útil, ainda que ampla o suficiente para incluir

pessoas diferentes entre si. Uma característica comum que percebemos dos nomes

citados é exatamente sua capacidade para influencias as outras. O uso da influência

deve ser certamente fundamental em qualquer definição de liderança.

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“Liderar é influenciar as pessoas a, entusiasticamente, contribuir com seu

coração, mente, criatividade, excelência e outros recursos rumo aos objetivos

comuns. É influenciar as pessoas a se cumprimentarem com a missão e,

principalmente, é influenciar as pessoas a serem melhores do que elas podem ser”.

James C. Hunter.

3.1 Inteligência Organizacional

Atualmente as empresas buscam cultura, estrutura e liderança do tipo

necessário para transformar sua inteligência coletiva em vantagem competitiva

relevante. Perde-se tempo com assuntos e ações que não resolvem nada.

O desperdício de conhecimento humano, e capacidade mental, são, na

maioria das empresas, tão habitual a ponto de ser aceito como fato consumado.

Falta de objetivos comuns, brigas internas, disputa e política de

departamentos internos, má organização e uma série de outros problemas

funcionais da organização causam um desperdício assustador de capacidade

intelectual.

Podemos definir o conceito de inteligência organizacional como a capacidade

da empresa de mobilizar todo seu potencial intelectual disponível e concentrar tal

capacidade na realização de sua missão.

“Inteligência Organizacional é a capacidade coletiva disponível em uma

organização para identificar situações que justifiquem iniciativas de aperfeiçoamento,

conceber, projetar, programar e operar os sistemas aperfeiçoados, utilizando

recursos intelectuais, materiais e financeiros” (Wikipédia)

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É provável que o número de companhias derrotadas pela própria estupidez

coletiva seja bem maior do que o daquelas realmente vencidas por mérito de bons

concorrentes. Muitas empresas de grande porte, agências governamentais,

universidades, organizações sem fins lucrativos e associações estão virtualmente

em guerra entre si, na maior parte do tempo. Quase todas as empresas têm ao

menos um exemplo escandaloso de incompetência autodestrutiva -algumas se

tornaram legendárias.

O conceito de entropia, emprestado da física, se refere ao grau de desordem

ou energia não-disponível em qualquer sistema.

Nas organizações, a entropia é a quantidade de capacidade intelectual

perdida ou desperdiçada, que não pode ser mobilizada para programar a missão. A

capacidade mental perdida e a energia desperdiçada em uma empresa funcionam

como um imposto interno sobre lucros.

Na medida em que líderes de uma companhia aceitam ou até encorajam o

desperdício de capacidade intelectual por meio da concorrência destrutiva ou da

gestão opressiva, o “imposto de entropia” é auto-infligido.

A inteligência organizacional deve ser desenvolvida, pois é a principal

responsável pela satisfação das necessidades de todos os componentes envolvidos

neste contexto organizacional.

Ao mesmo tempo em que é uma organização lucrativa, também deve cumprir

seu papel social de prestar serviços de boa qualidade a seus clientes, satisfazer

necessidades dos colaboradores e atender demandas dentro de um contexto de

responsabilidade social.

As seguintes características quando presentes em uma empresa são

exemplos de inteligência organizacional:

1) Clima motivacional – as organizações inteligentes estimulam um clima

motivacional, em que os profissionais são chamados a desenvolver seu trabalho de

maneira produtiva e competitiva, mas alinhados a uma filosofia de trabalho comum.

Os funcionários também devem ser avaliados através de regras claras e

remunerados de acordo com méritos particulares e pelo trabalho em equipe.

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2) Recrutamento e retenção de talentos – empresas inteligentes tem métodos

eficazes para recrutamento de talentos, e política consistente para manutenção

destes, através de incentivos à participação nos lucros, bônus por resultados e

outras fórmulas, além de incentivar o crescimento profissional através de

treinamentos:

3) Respeito aos clientes – a política de marketing e relacionamento com os

clientes das organizações inteligentes deve buscar um diferencial de atendimento no

mercado.

3.2 O poder nas organizações

Nos estudos bibliográficos pode-se perceber que o poder pode ser

considerado como um assunto muito interessante e chamativo que desperta muita

Atenção, tanto de pesquisadores acadêmicos, como nos profissionais das

organizações. Fazendo essa pesquisa bibliográfica entende-se que é cada vez mais

atrativo quando se fala em poder, pois ordens são ordens.

Observa-se que o poder é uma “ferramenta” para elevar a eficiência e eficácia

das organizações, mesmo sendo usado por uma perspectiva coercitiva ou

democrática. A natureza dinâmica, intrigante e, até desafiadora do tema reflete um

campo fértil que desenvolveram e são desenvolvidas as teorias, que passam por

vertentes diferenciadas das ciências sociais e humanas.

O poder é a forma pela qual aquele que tem um cargo exerce sua influência

sobre um colaborador em um determinado espaço ou esfera de atuação é expressa

de formas diversas (modos). Por isso, dizemos que há tipos de autoridade.

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Entre esses tipos, encontramos aquele que provém do cargo ou da hierarquia

na organização, chamado de autoridade formal ou autoridade linha.

Segundo Paulo Sertek, dois tipos de autoridade são necessários na vida da

organização. A autoridade de linha seria a de um gerente e a autoridade de staff a

de seu colaborador, detentor de conhecimento e experiência sobre determinada

técnica. Essa é a autoridade do saber ou expertise. Não existe dicotomia, as duas

podem ser complementares. Aquele que detém o poder de linha deve buscar o

conhecimento de seu subordinado para tomar ou delegar decisões, de acordo com o

caso específico.

Atualmente verificou-se que o respeito pelas pessoas, por sua capacitação e

envolvimento nas tarefas gera melhores resultados e cria ambiente mais adequada

ao trabalho.

“Incitar e provocar a evolução contínua das capacidades e habilitações dos

colaboradores são funções que caracterizam cada vez mais o trabalho dos líderes”.

(Sertek, 2008:65).

“Assim, existe a autoridade que se exerce por meio do uso do poder,

mediante as ordens daquele que manda por força do seu cargo (gestor), bem como

há a autoridade que se exerce por meio de domínio do assunto ou experiência

comprovada (operador).” (Sertek, 2007:63).

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CONCLUSÃO

Através desta pesquisa bibliográfica é possível concluir que a organização

que preza pela qualidade de vida dos seus funcionários só tem a ganhar, esse

ganho é mútuo, pois a produtividade e a qualidade aumentam e a satisfação é

constante, percebe-se que o clima e o comportamento organizacional ficam mais

harmoniosos, reduzindo o nível de stress.

Mas apesar de todo estudo percebe-se que não é fácil identificar claramente

esse problema comportamental existente dentro das organizações. A análise dos

números jamais vai mostrar esse impacto. Para resolver este problema, mais

importante do que tentar mensurar o verdadeiro efeito negativo do problema, as

empresas de forma geral deveriam começar a avaliar e treinar capacidades de

liderança e gestão de pessoas. Isso não deveria ser feito só com seus principais

executivos, mas também com sua média gerência e jovens talentos. Quanto mais

cedo esses profissionais forem treinados, maior o efeito do treinamento.

É preciso desmitificar a idéia que muitos têm de que a liderança é uma

capacidade inata de cada pessoa. As organizações podem e devem motivar, formar

e desenvolver novos líderes e funcionários satisfeitos. O primeiro movimento nessa

direção passa pela adoção de uma metodologia de gestão de pessoas dentro da

empresa.

Toda organização que se preza e precisa estar preparada para competir no

mercado com alto nível de concorrência tem a missão de valorizar seu capital

intelectual e preservar o ambiente de trabalho, buscando através de ações internas

fazer com que o funcionário sinta-se bem e com isso perceba que ao redor dele há

ambiente favorável e propicio para competitividade.

A inteligência competitiva precisa estar presente todos os dias na vida da

organização e só consegue isso se o clima e comportamento estiverem bem

inseridos na filosofia da organização. Recursos Humanos pode instituir metodologias

de Coaching, ou de desenvolver internamente.

É importante ressaltar que a motivação, liderança, treinamento, satisfação

com trabalho, avaliação de desempenho e comunicação eficiente, contribuem muito

para um comportamento satisfatório.

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Vimos o quanto é importante o respeito ao próximo, aprender a trabalhar com

pessoas de diferentes culturas tendo respeito às diferenças, de uma forma bem

abrangente: Diz respeito à raça, etnia, sexo, mulheres, negros, deficientes físicos,

idosos, e homossexuais.

Organizações que pensam na qualidade de vida de seus funcionários podem

ser classificadas como organizações boas para se trabalhar, onde há estimulo a

inovação e a mudança.

Organizações bem sucedidas precisam encorajar a inovação e dominar a arte

da mudança para expressar sua competitividade, ou estarão fadadas à morte.

Os funcionários de uma empresa podem ser a mola propulsora da inovação e

da mudança ou podem ser uma barreira poderosa contra elas. O desafio enfrentado

pelos gestores é estimular a criatividade e a tolerância à mudança.

O estudo do comportamento organizacional oferece muitas idéias e técnicas

para ajudar na realização desse objetivo.

Os gestores e os funcionários de hoje precisam aprender a lidar com a

temporariedade, bem como a conviver com a flexibilidade, a espontaneidade e a

imprevisibilidade, o estudo comportamento organizacional pode estimular e fornecer

dicas importantes para o entendimento de um mundo profissional em mudança

contínua para a superação da resistência à inovação e para a criação de uma

cultura organizacional voltada para ela.

Ajudando os funcionários a alcançar o equilíbrio entre a vida pessoal e a

profissional: Atenuar a confusão entre a vida profissional e a pessoal. Ter no

trabalho, maior flexibilidade para que seja possível compatibilizar os assuntos

profissionais e pessoais. Comportamento organizacional concede diversas

sugestões para orientar o planejamento de ambientes de trabalho que ajudem o

gestor a enfrentar esses conflitos.

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As lideranças exigem que seus colaboradores não se limitem a fazer bem o

seu trabalho, mas se sintam estimulados a ir além de sua descrição de cargo para

gerar mudanças que estabeleçam novos paradigmas de desempenho, que não

sejam apenas competentes no que fazem, mas estejam dispostos a correr riscos

para fazer a diferença, que não sejam apenas avaliados por seus resultados, mas

por tentativas de promover mudanças positivas para o negócio, que não se limitem

às suas funções, mas atuem em qualquer atividade que possam agregar valor, que

não obedecem ordens passivamente, mas as questionam e ousam desafiar aquelas

que contrariam a lógica.

As organizações buscam, enfim, pessoas com perfil empreendedor, e quando

as organizações são competitivas conclui-se que por meios de incentivos e

programas atitudinais, workshops, seminários, palestras, cursos as organizações

ficam cada vez atraentes pelos talentos do mercado.

As organizações que colocam as pessoas em primeiro lugar possuem uma

força de trabalho mais dedicada e comprometida. Isto, por sua vez, se traduz em

funcionários mais produtivos e satisfeitos.

Esses funcionários estão dispostos a todos os esforços necessários para que

seu trabalho seja realizado da melhor maneira possível. Esse tipo de atitudes

também possibilita que a organização recrute funcionários mais conscientes,

capacitados e leais.

A análise de algumas empresas como Intel, Motorola e HP percebe-se que as

pessoas estão em primeiro lugar, observa-se uma crescente evidência de que as

organizações são bem-sucedidas, isso é um ponto positivo no que diz respeito ao

capital intelectual humano.

Os executivos astutos perceberam que seus funcionários representam sua

única verdadeira vantagem competitiva. Os concorrentes podem igualar a maioria de

seus produtos, processos, locações, canais de distribuição e outros aspectos. O que

é muito mais difícil de ser emulado é uma força de trabalho formada por gente

altamente capacitada e motivada.

A característica que diferencia as empresas bem-sucedidas na quais

totalidades dos setores da economia é a qualidade das pessoas que elas são

capazes de conseguir e manter dentro das organizações.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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www.administradores.com.br/informe-se/artigos/comportamento-organizacional-

principios/13911/)

http://pt.oboulo.com/comportamento-organizacional-18736.html