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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DO ESTOQUE NA LINHA DE PRODUÇÃO
AUTOR
Claudio André da Silva Melo
ORIENTADOR
Profº. Luiz Cláudio
RIO DE JANEIRO 2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A IMPORTÂNCIA DO ESTOQUE NA LINHA DE PRODUÇÃO Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes – Instituto a Vez do Mestre, como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Engenharia da Produção. Por: Claudio André da Silva Melo.
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Agradeço ao Deus de amor e de imensa bondade que me conduziu até aqui aos professores, companheiros de turma, aos meus amores Fabiana e Lucas e a todos os meus familiares e amigos.
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Dedico esse trabalho a minha linda esposa Fabiana e ao meu gracioso filho Lucas que souberam superar com amor minha ausência durante o curso aos meus formadores de caráter Pai in memória,Mãe e irmã por doar suas vidas a mim, meus professores,meus cunhados,sobrinhas e sobrinhos,sogro e sogra e a todos os demais familiares e amigos espalhados pela face da terra
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RESUMO O objetivo dos quatro capítulos deste trabalho é explicar o papel do
estoque em uma cadeia de suprimentos de forma a ajudar a melhorar a
disponibilidade do produto final. Diante de um mercado cada dia mais competitivo,
os atrasos tem causados em geral muitos conflitos e custos elevadíssimos . Este
trabalho descreve ações que podem ser realizadas pelos gerentes dando
visibilidades as criticidades para estratégias específicas de demanda, estoque,
planejamento e suprimentos objetivando sempre minimizar os atrasos e
maximizar os lucros.
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METODOLOGIA
Os métodos que levaram a realização deste trabalho tiveram base em pesquisas
bibliográficas, por constituírem material completo, consultas na internet, e
conversas com profissionais de nível operacionais e gerenciais.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................8
CAPÍTULO I
CLASSIFICAÇÃO DE DEMANDAS........................................................................9
1.1 – Conceito de demanda...................................................................................9
1.2 – Tipos de demanda ......................................................................................10
1.3 - Importância e aplicação..............................................................................10
1.4 – Classificação quanto à criticidade............................................................11
CAPÍTULO II
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE SUPRIMENTOS ..............................................14
2.1 – Conceitos de planejamento.......................................................................14
2.2 – Conceitos operacionais..............................................................................15
2.3 – Planejamento na gestão de estoque.........................................................16
CAPÍTULO III
CONTROLE DE ESTOQUES................................................................................17
3.1 – Introdução....................................................................................................17
3.2 – Acuracidade do estoque............................................................................17
3.3 – Erros operacionais ocasionados por entrada e saídas...........................19
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3.4 – Registros da movimentação interna.........................................................21
3.4 – Contagens de estoque...............................................................................22
3.6 – Inventário geral...........................................................................................22
3.7 – Inventário dinâmico....................................................................................23
3.8 – Inventário rotativo.......................................................................................23
3.9 – Inventário por amostragem........................................................................24
3.10 – Planejamento de inventário.....................................................................24
CAPÍTULO IV
GETÃO DE ESTOQUES......................................................................................27
4.1 – Conceito de gestão de estoque.................................................................27
4.2 – Visão financeira...........................................................................................28
4.3 – Funções dos estoques...............................................................................28
4.4 – Processo da gestão de estoque................................................................29
4.5 – Classificação básica dos estoques..........................................................30
4.6 – Classificação quanto a natureza...............................................................31
CONCLUSÃO........................................................................................................32
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................
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INTRODUÇÃO
Atualmente, estoque é uma grande oportunidade para os gestores de
materiais, isso por causa das mudanças de fatores que influenciam nos custos
referentes, a busca contínua por soluções, visando uma redução dos custos e a
eficiência nas entregas, e para isso cria-se ferramentas que satisfaçam as
políticas atuais da empresa. Dessa forma a organização pode planejar
detalhadamente nos níveis de detalhe do curto ao longo prazo, todos os aspectos
de suas ações atuais ou futuras, entretanto, podem e deve ter uma visão
estratégica de todo o complexo produtivo.
Diante da globalização e da era PRE-SAL o mercado de Petróleo e Gás
cada vez mais competitivo, em busca de novas tecnologias, as empresas
procuram estratégias competitivas, sendo a gestão de estoques a de grande
importância dentro das empresas, vai ser ela que vai saber o momento da
comprar, quanto comprar e como negociar a comprar qual o limite do estoque
mínimo de segurança para evitar falta de produtos, além de tudo, evitar
investimentos de capital de giro em estoques desnecessários.
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CAPÍTULO I
CLASSIFICAÇÃO DE DEMANDA I
Por demanda podemos entender a pré-disposição de consumidores
comprarem determinada quantidade de produtos ou serviços. Em síntese,
significa a “procura” devidamente quantificada por produtos ou serviços.
Torna-se fácil imaginar que a quantificação ou dimensionamento da demanda de
materiais, tais como matérias-primas e produto acabado, tem uma relação muito
íntima com os recursos necessários para operacionalizarmos todas as atividades
referentes à movimentação, armazenagem e controle de materiais. Afinal, se
imaginarmos demandas diferentes dos mesmos materiais, certamente estaremos
nos preparando de maneiras também diferentes para lidar com os insumos.
O conhecimento da demanda é vital, portanto, para buscarmos
adequação entre os recursos necessários para todas as atividades do processo
logístico, como recebimento de materiais, estocagem, e todas as atividades
voltadas ao atendimento dos clientes, envolvendo a distribuição de produtos,
passando pelo adequado preparo de meios de produção, nos quais
converteremos matérias-primas em produto acabado, quando aplicável.
1.1 – Conceitos De Demanda
Demanda é a quantidade de material necessária ao atendimento dos clientes,
relacionada a uma determinada unidade de tempo ou a um evento específico. As
demandas podem ser classificadas, por sua lei de formação, em duas
modalidades:
(I) Demanda Independente
É a demanda que não pode ser estabelecida por uma lei de formação exata, isto
é, a necessidade não se vincula diretamente com a demanda de qualquer outro
item.
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(II) Demanda Dependente
É a demanda que pode ser estabelecida por uma lei de formação exata, isto é, a
necessidade está diretamente relacionada com a demanda de outro item.
Para facilitar a operacionalização, utilizaremos o detalhamento das modalidades
acima como tipos de demanda.
1.2 – Tipos de demanda
(I) Demanda Programada (Dependente)
São as demandas planejadas quanto a quantidades e prazos de utilização,
vinculadas a programas de operação ou investimento específicos.
(II) Demanda Probabilística (Independente)
São as demandas não vinculadas a programas específicos, com distribuição de
probabilidades conhecida, previsíveis através de modelos estatísticos.
(III) Demanda com Tendência (Independente)
São as demandas que apresentam uma evolução definida ao longo do tempo.
Podem ser de elevação no caso de produtos novos, que estão ganhando
mercado. Ou de queda, no caso de produtos que estão chegando ao final do seu
ciclo de vida
(IV) Demanda Sazonal (Independente):
São aquelas que apresentam um comportamento cíclico bem estabelecido
(V) Demanda Eventual
São demandas decorrentes de necessidades específicas, para aplicação imediata
e
cuja repetição não é prevista. Como as vendas resultantes de uma promoção ou
de uma situação especial, como um show de grandes proporções.
1.3 – Importância e aplicação
(O conhecimento do tipo de demanda é fundamental, pois para cada tipo, são
diferentes:
ü os critérios de formação dos estoques;
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ü a responsabilidade pelas informações para manutenção de estoques;
ü os métodos de controle de estoques;
ü os índices e parâmetros de avaliação;
ü a necessidade de interferência gerencial na decisão de manutenção de
estoque.
1.4 – Classificação quanto a criticidade
1.4 1– Conceito
Criticidade é o termo utilizado para caracterizar o impacto operacional
que a falta de um dado item de estoque pode acarretar. Itens críticos em falta
podem paralisar a produção, atrasar as entregas e comprometer o faturamento e
a qualidade do serviço ao cliente
1.4 2– Tipos de criticidade
Ø Tipo 1- Materiais cuja falta ocasiona custos não recuperáveis, ameaça à
segurança de pessoas, equipamentos, instalações ou agressões ao meio
ambiente.
Ø Tipo 2 - Materiais cuja falta pode ocasionar custos adicionais,
compensáveis por menores níveis de estoques e seus custos decorrentes.
Distinguem-se dos itens do nível 1 por fatores como facilidade de compra
ou a possibilidade de utilização de itens equivalentes.
Ø Tipo 3 - Materiais cuja falta não implica em custos adicionais significativos.
1.4 3– Determinação da criticidade
Como distinguir o crítico do não crítico? Se você, leitor, for pedir ao
Supervisor da montagem uma lista de itens críticos, é possível que ouça algo
como “tudo é crítico e causa parada de linha e atrasos”(o supervisor da
montagem odeia ficar com as células paradas por falta de uma parafuso de R$
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5,00). No extremo oposto, ao fazer a mesma pergunta para o diretor financeiro
deverá ouvir que “nada é crítico” (o diretor financeiro parece ter uma obsessão por
estoques mais baixos).
A definição de criticidade é de fato subjetiva1 e, portanto, a área de estoques tem
um papel importante na mediação dos interesses de forma que seja possível
equilibrar uma redução do risco operacional com montante investido na forma de
estoques (a premissa é de que o preço para a redução do risco é o investimento
nos estoques).
Lembrando que o custo da falta e maior que o custo do excesso de estoques,
muitas indústrias se preocupam demais com os estoques altos e esquecem
que,os estoques baixos que são os geradores da perda de oportunidades e no
caso das industrias que trabalham com contratos de entrega como as prestadoras
de serviços para Petrobras e outras pagam multas altíssimas por atrasos
causados pela falta de estoque .
Justamente pela complexidade de estabelecer um valor de criticidade
como resultado de cálculo é que se utiliza uma classificação qualitativa em vez de
um valor quantitativo. Dessa forma é possível classificar os itens entre Crítico e
Não-crítico ou pode-se atribuir criticidade Alta, Média ou Baixa. A regra aqui é
manter a simplicidade.
Ao avaliar a criticidade de um item considere os seguintes aspectos:
• Impacto operacional: quanto tempo e em que condições é possível operar
na falta do material.
• Tempo de reposição: deve ser menor que o tempo que se consegue operar
sem impacto operacional significativo. Se for maior, a criticidade do item é
alta.
• Possibilidade de erro na previsão de demanda: se a previsão tem erro
elevado, a chance de falta com impacto operacional aumenta, elevando a
criticidade.
1 em teoria é possível calcular o impacto operacional da falta de um item, o que pode ser feito com base na perda de receita potencial, mas na prática isso é bem pouco usual.
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1.4 4– Importância e aplicação
A classificação pela criticidade indica a importância de cada item para a
continuidade operacional da empresa, independentemente de seu valor.
O Planejamento Tático de Suprimento utiliza esta classificação para formular
diretrizes diferenciadas de Nível de Serviço (grau de atendimento arbitrado para a
demanda de um item) vinculadas a cada nível de criticidade, formando estoques
precaucionais, para cada item, de tamanho compatível com sua importância.
Como dito, a determinação da criticidade é feita pelo cliente que, muitas vezes,
tende a optar desnecessariamente pelo Tipo 1(TIPOS DE CRITICIDADE)
sistematicamente.
É importante que a área de Suprimento esclareça aos clientes as conseqüências
da classificação inadequada: elevação dos valores imobilizados em estoque e a
impossibilidade do Suprimento poder agir de forma seletiva, concentrando seus
esforços nos itens realmente prioritários, em todo o ciclo logístico do material, e
em última análise, atendendo melhor o próprio cliente.
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CAPÍTULO II
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE SUPRIMENTOS
2.1- Conceitos de planejamento
O Planejamento, nas empresas, normalmente ocorre em três níveis:
I. Estratégico
II. Tático
III. Operacional
(I) Planejamento Estratégico
Processo de definição de objetivos, diretrizes e estratégias de longo prazo,
considerando a organização como um todo e sua relação com o ambiente,
buscando antecipar-se e adaptar-se às mudanças.
O Planejamento Estratégico, como definido, orienta e direciona os demais
níveis de planejamento, em todas as áreas (finanças, produção, recursos
humanos etc.), cabendo à área de Suprimento identificar qual sua
contribuição para os resultados da empresa. Os objetivos, diretrizes e
estratégias definidos devem ser dissecados, buscando os subsídios para a
formulação do Plano Tático de Suprimentos, o qual deve ser coerente com
as orientações corporativas.
Evidencia-se a importância do Planejamento Estratégico: sua existência faz
com que os planejamentos setoriais se tornem um detalhamento das
grandes orientações, facilitando a definição de metas, diretrizes e planos
de ação, e determinando um rumo comum para todas as áreas,
prevalecendo a visão de resultados da empresa.
(II) Planejamento Tático de Suprimento
Focando já especificamente a área de suprimentos, podemos definir o
Planejamento Tático de Suprimentos: Processo de formulação de objetivos
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e metas de curto prazo para a área de suprimentos da empresa, visando
otimizar a utilização de seus recursos para a consecução dos objetivos e
estratégias aprovadas no nível estratégico.
É importante destacar que o Planejamento Tático de Suprimento abrange
todas as suas funções (compras, gestão, qualidade, movimentação,
transporte, estocagem etc.) devendo haver uma avaliação conjunta de
forma a gerar, para cada função, objetivos e metas que sejam harmônicos
e efetivamente direcionem o sistema para um rumo comum. É necessário,
portanto, enfocar a área de suprimentos considerando todo o ciclo logístico
dos materiais.
É óbvio concluir que o processo de planejamento deve ser participativo, de
forma a obter o comprometimento da equipe, e negociado com as outras
áreas da empresa envolvidas, para que as ações sejam integradas.
(III) Planejamento Operacional de Suprimento
Processo de detalhamento do Planejamento Tático de Suprimento, programando
as atividades operacionais e o gerenciamento dos meios necessários para sua
execução.
2.2- Conceitos operacionais
• Objetivo Permanente: Objetivo relacionado com a razão de ser da
área de materiais; é geral e não se prende a características
conjunturais, sendo válido por largos períodos de tempo.
• Objetivo Atual: Objetivo relacionado com uma determinada
conjuntura ou administração; são válidos por menores períodos de
tempo e acompanham as mudanças do meio-ambiente.
• Meta: Etapa para consecução de um objetivo, quantificada e com
prazo definido, visando permitir um melhor controle dos resultados
de uma determinada estratégia.
• Estratégia Forma de aplicação dos meios disponíveis para se atingir
um objetivo.
• Diretriz Direção ou rumo a ser seguido, visando atingir os objetivos,
definindo os limites para o estabelecimento de estratégias.
• Política Conjunto harmônico de diretrizes.
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2.3- Planejamentos na gestão de estoque
Na formulação do Plano Tático de Suprimentos, a visão da Gestão de Estoques
está centrada, basicamente, no aspecto de nível de imobilização de capital em
estoques, observado o nível de serviço logístico determinado para os clientes.
cabe sempre ressaltar a importância de prevalência da visão do processo de
suprimento como um todo na definição de qualquer ação.
Alguns direcionadores, associados à “razão de ser” da atividade de Gestão de
Estoques, devem ser lembrados no processo de planejamento, como:
• Assegurar o suprimento de material com os riscos de falta julgados
convenientes.
• Manter níveis de estoques compatíveis com a Política de Suprimento
estabelecida.
• Controlar os níveis de estoques e promover o ressuprimento de forma
econômica.
• Realizar a análise dos estoques e promover o aproveitamento ou
destinação dos itens desnecessários.
• Gerenciar os estoques utilizando critérios de seletividade.
• Garantir a disponibilidade, atualidade e qualidade de informações para a
própria gestão e todas as suas interfaces.
Avaliar a contribuição da Gestão de Estoques para os objetivos da
empresa
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CAPÍTULO III
CONTROLE DE ESTOQUES
3.1- Introdução
Os relatórios, acompanhamentos e gráficos desempenham o papel de
acompanhar a operação do estoque reportando para o gestor avaliar o
desempenho da operação em relação àquele que foi planejado, identificando
situações que representem risco ao cumprimento das metas, em especial as
seguintes:
• Diferenças de inventário.
• Problemas de documentação e rastreabilidades
• Ruptura de estoque.
• Extravio, furto ou dano de materiais.
Esses problemas são redutíveis a erros operacionais que geram uma informação
errada sobre o saldo disponível nos estoques, ou seja, afetam diretamente a
acuracidade,
3.2. Acuracidade do estoque
Acuracidade é um sinônimo para qualidade e confiabilidade da informação.
Quando a informação do estoque no sistema não confere com o saldo real
disponível, dizemos que este estoque não é confiável ou não tem acuracidade.
Como vimos a falta de confiabilidade nas informações afeta todos os setores da
empresa, desde o nível gerencial até o operacional. E o que é preciso fazer para
manter a acuracidade dos estoques?
O cálculo da acuracidade pode ser feito segundo a fórmula abaixo:
100×=contadosSKUsdenúmero
corretosaldocomSKUsdenúmeroeAcuracidad
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Depois se calculam as divergências, comparando as informações contidas no
sistema com as quantidades físicas disponíveis:
100×−
=sistemanovalor
sistemanovalordoinventariavaloraDivergênci
Exemplificando:
Fonte CADEMP-FGV
Item UM Custo Unit Qte Contada Qte Sistema Saldo R$ Direfença Valor Dif.lápis preto no.2 unid R$ 1,00 120 125 R$ 125,00 5 R$ 5,00Papel A4 pct R$ 1,00 20 18 R$ 18,00 -2 -R$ 2,00Caneta Azul unid R$ 1,00 320 320 R$ 320,00 0 R$ 0,00
Total R$ 463,00 3 R$ 3,00Tabela 1 - Resultado da contagem de estoques Fonte CADEMP-FGV
Para a contagem apresentada na Item UM Custo Unit Qte Contada Qte Sistema Saldo R$ Direfença Valor Dif.lápis preto no.2 unid R$ 1,00 120 125 R$ 125,00 5 R$ 5,00Papel A4 pct R$ 1,00 20 18 R$ 18,00 -2 -R$ 2,00Caneta Azul unid R$ 1,00 320 320 R$ 320,00 0 R$ 0,00
Total R$ 463,00 3 R$ 3,00
Tabela 1 temos apenas um SKUs correto entre três SKUs contados o que daria
uma acuracidade de 33%.
É importante perceber a distinção entre a acuracidade e a divergência. A
acuracidade é um critério mais rigoroso que a divergência, basicamente porque
no cálculo da divergência, uma diferença para mais compensa uma diferença
para menos. Assim no nosso exemplo, apesar de uma acuracidade de apenas
33% a divergência é de:
%6,010000,463$
00,3$=×=
RR
ADIVERGÊNCI
Ou seja, do ponto de vista da divergência o registro de saldo tem um índice de
acerto de 100% - 0,6% = 99,4%.
O cálculo da divergência dessa forma, atende aos requisitos da contabilidade,
pois o erro entre o valor do estoque físico e do estoque registrado nos livros
fiscais seria de apenas R$ 3,00 em um valor total de R$ 463,00.
A medição da acuracidade que interessa ao processo de planejamento dos
estoques e atendimento aos clientes internos e externos é aquela baseada nas
quantidades físicas dos materiais existentes nos depósitos, e comparada com as
registradas no sistema de controle de saldos.
Não interessa se existem diferenças positivas compensando divergências
negativas. Cada item com erro é um item candidato a ser planejado erradamente,
não importando se está faltando ou sobrando.
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O item que está sobrando fisicamente pode, pelo sistema de planejamento, gerar
novas ordens de compra ou produção, o que redundará em excessos de estoque.
Da mesma forma, um item que está faltando fisicamente, poderá deixar de gerar
ordens e causar rupturas de estoque com causando sérios problemas
,atrasos,insatisfação do cliente , multas, prejuízos ;perda de vendas futuras,
diminuição de faturamentos ..
3.3. Erros operacionais ocasionados por entradas e saídas
Os erros operacionais têm origem na movimentação de entradas e saídas e na
movimentação interna (manuseio e armazenagem). A Figura 1 a seguir mostra os
processos de movimentação que podem gerar diferenças de inventário.
Recebimentode compras
Recebimentode produção
Recebimentode devoluções
Saídas devendas
Saídas dereposição
Saídas derequisições
Saídas paraprodução
Movimentaçãointerna
•Furto•Manuseio inadequado•Armazenagem inadequada•Obsolescência
ESTOQUE
Saídas parainspeção
Figura 1 - Processos de estoque Fonte CADEMP-FGV
Para controlar os processos de entrada e saída, é preciso assegurar que o percentual de erro nas operações de entrada e saída seja o menor possível, uma vez que todo erro no processamento das entradas e saídas vai gerar uma diferença de inventário no estoque. Então, a primeira coisa a se certificar é que absolutamente todo2 movimento de estoque tenha um documento de autorização que sirva de base para registro. Nos processos representados na figura Figura 11 teremos: 2 Há um caso especial aqui ligado ao sistema Toyota de produção quando faz uso do kanban. Neste caso, o estoque é armazenado em um “supermercado” aberto e posicionado dentro da área de produção. Toda a movimentação é feita usando-se os kanbans sem que nenhum registro da movimentação seja gerado.
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Movimento Documento Recebimento de compras Pedido de compras Recebimento de produção Ordem de fabricação Recebimento de devolução Nota fiscal ou Romaneio Saída de vendas Pedido de venda/Nota fiscal/TEF Saída de reposição Nota fiscal da devolução Saída de requisição Requisição de material (documento
interno) Saída para produção Requisição de peças da ordem de
fabricação Saída para inspeção de qualidade
Requisição de material (documento interno)
Tabela 2 - Processos de estoque e os documentos relacionados Fonte: CADEMP-FGV
O segundo passo é assegurar-se que a movimentação física corresponde
exatamente à quantidade registrada no documento, e por último, que essa
quantidade seja corretamente registrada no cadastro de materiais.
Resumindo:
1º) Certifique-se de que toda movimentação tem um documento que a autoriza.
2º) Certifique-se de que as quantidades e códigos do documento conferem com a
movimentação física.
3º) Certifique-se de que o movimento foi corretamente registrado do sistema de
controle de estoque.
Em especial, o segundo passo pode requerer um esforço considerável no
processo de conferência na entrada do material, no qual a pressão da demanda
exige uma liberação rápida. Há várias técnicas que podem contribuir para
melhorar essa situação. Pode-se utilizar a leitura de códigos de barra, a
conferência com base na pesagem, ou se após uma série de recebimentos com
conferência 100% (contagem completa do carregamento), o fornecedor se
mostrar confiável pode-se adotar a técnica de conferir carregamentos alternados.
Na medida em que o fornecedor se mostrar mais confiável pode-se aumentar o
espaçamento entre as conferências.
Por outro lado, quando falamos de saída para vendas, há que se levar em
consideração o impacto no cliente de receber um pedido com material faltando.
Neste caso, a solução simples é assegurar-se que o responsável pela separação
Assume-se aqui que não há furto ou desperdício de material que compensem a despesa de uma área de estoques fechada e da manutenção dos registros de inventário.
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e acondicionamento do material para o pedido do cliente possa ser rastreado e
responsabilizado.
Por fim, em relação aos processos externos é muito importante dedicar atenção
aos movimentos de estorno ou reversão dos estoques. Trata-se de ações de
devolução de material recusado pelo cliente, seja por que motivo for, retorno de
material aos fornecedores, cancelamento de notas de entrada ou saída de
material.:
3.4. Registros da movimentação interna:
O controle eficiente dos fluxos de entrada e saída é capaz de reduzir
imediatamente o surgimento e acúmulo de grandes diferenças de inventário,
porque é nessas operações que se concentra o maior volume de movimentação
dos materiais. Porém, há outras situações que podem igualmente ocasionar erros
e diferenças de inventário, só que neste caso decorrem dos processos internos do
estoque, ou da própria armazenagem por longos períodos.
Essas diferenças têm origem nas seguintes circunstâncias:
• Armazenagem no endereço de estoque errado
• Perda por degradação do material
• Perda por obsolescência do material
• Dano durante o manuseio e movimentação do material
• Furto do material
Para solucioná-las é possível atuar preventivamente, com controles de
endereçamento, e controles de lotes e prazo de validade, ao mesmo tempo em
que se atua corretivamente, detectando as diferenças por meio de inventários de
estoque, para então identificar e eliminar as causas.
Assim, no cadastro de saldo de estoque e no cadastro de movimentação do
material é possível incluir o número do lote de produção, a data de validade e o
endereço de estoque, e adotar os seguintes procedimentos:
• Movimentação do material pelo método FIFO
• Emissão de relatório de lotes com prazo de validade próximo do
vencimento
• Identificação dos endereços permitidos e disponíveis para o produto
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3.5. Contagens de estoque
Todos os controles discutidos até agora têm o objetivo de prevenir a geração de
diferenças de inventário, até certo ponto. Quando há uma movimentação de
grandes volumes de estoque, em ritmo constante, com equipes numerosas e
várias atividades manuais, o custo de eliminar completamente as diferenças de
inventário usualmente é proibitivo. Nestes casos, torna-se mais interessante
efetuar contagens de estoque, ou inventários como são mais conhecidos.
O princípio básico é efetuar uma contagem do material em estoque, e depois
comparando com os dados do cadastro de saldo, verificar se há diferenças, qual a
quantidade e valor envolvidos, e depois efetuar o acerto.
Existem diversos tipos de procedimentos para inventários. Cada empresa vai
escolher o tipo que mais se coaduna ao seu ambiente. Mas algumas regras são
universais e devem ser levadas em consideração:
• Contagem “cega”: a pessoa que faz a contagem não deve nunca saber de
antemão qual é a quantidade que figura no sistema de controle de saldos
ou nos documentos de entrada, para não ter a sua contagem influenciada.
• Segunda contagem: quando houver diferença entre a quantidade contada e
a quantidade esperada, deve-se efetuar uma segunda contagem,
preferencialmente por outra pessoa. É preciso obter pelo menos duas
contagens iguais para validar um inventário.
• Ajuste dos registros de saldo: as diferenças têm de ser formalmente
registradas e os acertos autorizados, também formalmente, pela direção da
empresa.
Vejamos agora os diferentes métodos de inventários:
3.6. Inventário geral:
É um processo de contagem física de todos os itens da empresa em uma data
pré-fixada. É utilizado, usualmente, no fechamento contábil do exercício anual.
As desvantagens deste tipo de inventário são:
• Muitos itens para contar em pouco tempo
• Difícil coordenação, dependendo do número de itens e dos volumes.
• Dificuldade para realizar novas contagens, em caso de divergências
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• Falta de credibilidade nos estoques ao longo do ano
• Não orientado para as causas das divergências e sim para ajustes
• Empresa fechada para realizar o inventário, o que envolve custos e
perdas desnecessárias
3.7. Inventário dinâmico:
É um processo de contagem física de um item, sempre que ele é
movimentado. Ou seja, ao ser recebido ou expedido na área de
armazenagem, o item sofre contagem.
Podem ser também aproveitadas oportunidades em que o estoque ou o
endereço de armazenagem são zerados.
A principal vantagem deste tipo de inventário é que os itens com maior
movimentação, que costumam ter maiores disparidades de inventário, são
contados mais vezes.
3.8. Inventário rotativo:
É uma contagem física contínua dos itens em estoque, programado de modo
que os SKUs sejam contados a uma freqüência pré-determinada (DIÁRIA,
SEMANAL,QUINZENAL OU MENSAL).
Principais vantagens:
• Contagem freqüente
• Orientado para prevenção dos erros
• Contínuo aprimoramento das equipes pela percepção da
responsabilidade
• Monitoração contínua dos índices de acuracidade
• Realização em pleno funcionamento das operações
A desvantagem que pode ser alegada é quanto ao uso do tempo dos funcionários
dos depósitos diariamente. Podemos argumentar que isto é um problema de
coordenação dos responsáveis pelos depósitos que devem estabelecer uma
pequena quantidade de horas diariamente para fazer o inventário rotativo de
alguns itens.
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3.9. Inventário por amostragem:
É empregado em procedimentos de auditoria, valendo-se de uma abordagem
estatística. Neste caso são contados apenas alguns SKUs que representem uma
boa amostra do universo de itens da empresa. Este método é recomendado
quando a acuracidade dos estoques é mantida por meio de inventários rotativos.
3.10. Planejamento de inventário
Para que qualquer método de inventário obtenha sucesso é preciso antes de tudo
realizar um planejamento. A preparação prévia do ambiente a ser contado elimina
muitos erros e aumenta a produtividade do pessoal envolvido com as contagens.
Essa preparação inclui:
• Organizar área a ser inventariada
• Definir e treinar equipes de contagem
• Arrumar mercadorias que estão fora da área de armazenagem
• Verificar cadastro de materiais no sistema (não pode haver
duplicidade de itens)
• Verificar se as etiquetas de código de barras estão legíveis e se
existem coletores de dados suficientes para o pessoal de contagem
• Identificar materiais rejeitados e contá-los informando este status
• Evitar movimentação de mercadorias que estão sendo inventariadas
e, se houver, fazer as devidas anotações
• Realizar análise de risco, procurando identificar os riscos e as
medidas preventivas e contingenciais do inventário
• Requisitar a devolução ao estoque de todos os materiais que
estejam no recebimento, controle da qualidade, engenharia,
manutenção, expedição e demais setores
Após a contagem, analisar as divergências acusadas no sistema. Conferir e
acertar itens não identificados no sistema. Elaborar uma segunda contagem dos
itens que apresentaram divergência. Se ainda for constatada diferença com as
contagens anteriores, realizar quantas contagens forem necessárias até haver
segurança das mesmas.
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Após a confirmação do inventário, emitir relatório e encaminhar às áreas
responsáveis. É importante ao final, discutir com as pessoas envolvidas as lições
aprendidas no processo de inventário, para que erros passados não sejam
repetidos no futuro.
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CAPÍTULO IV
4. GESTÃO DE ESTOQUES
4.1.- Conceito de gestão de estoques
O atendimento das necessidades de material aos clientes do suprimento é
realizado de duas formas:
- obtenção do material (compra, transferências, produção etc) a cada solicitação;
- uso dos estoques existentes.
O ideal é que pudéssemos dispor de condições para não formar estoques, que
representam imobilização de capital. Entretanto, como o mercado não pode nos
atender sempre de forma imediata, torna-se imprescindível mantermos em
estoque os materiais necessários ao atendimento das demandas de forma a
evitarmos paralisações das atividades que gerem prejuízos ou comprometam a
segurança de pessoas e do meio-ambiente.
A Gestão de Estoques, nesse contexto, pode ser definida como:
Função responsável pelo planejamento e controle da formação, manutenção e
desmobilização de estoques, de acordo com os níveis de investimento e de
serviço estabelecidos na Política de Suprimento.
O desafio da Gestão de Estoques é, portanto, conseguir o equilíbrio entre a
necessidade de investir o menos possível em estoques, e, ao mesmo tempo,
garantir satisfação ao cliente, atendendo suas necessidades de forma adequada.
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4.2- Visão financeira dos estoques
Estoques constituem uma conta importante do Ativo Circulante no balanço das
empresas, influindo diretamente na liquidez, o que determina a manutenção de
seus valores em níveis adequados e compatíveis com as disponibilidades
financeiras.
A Gestão de Estoques é a função do Sistema Logístico de Suprimentos que
detém a responsabilidade direta pelo dimensionamento e aplicação dos recursos
financeiros a serem utilizados na formação dos estoques.
Considerando-se que, em empresas industriais, o custo dos materiais representa,
em média, mais do que 50% do custo total dos produtos, é fácil perceber a
importância de utilizar tais recursos da forma mais racional possível. Em
empresas comerciais o custo dos materiais é ainda mais relevante, e o giro dos
estoques fundamental para sua competitividade.
Podemos concluir, portanto, que as decisões tomadas pela Gerência de Estoques
refletem
diretamente nos resultados das empresas.
4.3- Funções dos estoques
Os estoques exercem, basicamente, três funções:
• Operacional
Estoque cuja existência decorre da impossibilidade de dispormos dos
materiais no exato momento em que as demandas ocorrem, ou formados
em função dos ganhos de escala que proporciona.
• Precaucional
Estoque cuja existência visa garantir segurança no atendimento ao cliente,
bem como proteção às pessoas, instalações e ao meio-ambiente
• Especulativa
Estoque formado como forma de investimento ou proteção contra aumento
de preços.
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4.4- Processo da gestão de estoques
A Gestão de Estoques é parte integrante do Processo de Suprimento.
Focaremos nossa análise, nos próximos capítulos, nas fases do processo de
suprimento em que a atividade de Gestão de Estoques está diretamente
envolvida, principalmente com:
Estabelecimento de Normas Básicas (Organização)
Regras de atuação e padronização de conceitos em relação às principais
atividades da Gestão de Estoques.
Análise das Políticas e Diretrizes Gerais da Empresa
Verificação das Políticas, Diretrizes Gerais, Objetivos e Programas constantes do
Planejamento Estratégico da Empresa que impactam a área de Materiais.
Planejamento Tático de Suprimento
Planejamento da área de Suprimento de forma a atingir os resultados esperados
definidos no Planejamento Estratégico da Empresa.
Planejamento Operacional de Suprimento
Detalhamento do Planejamento Tático para o gerenciamento de dia-a-dia.
Gestão da Demanda
Análise conjunta das informações prestadas pelo cliente, matriz gerencial, custos
logísticos, Política de Estoques e mercado do item, determinando seu modelo
logístico de suprimento.
Controle de Estoques
Suprimento inicial, registro, controle e análise da movimentação dos estoques
formados, seu ressuprimento e saneamento/destinação dos estoques inativos.
Avaliação de Desempenho
Avaliação do processo de suprimento e dos resultados alcançados, em
comparação com as metas de desempenho estabelecidas.
.4.5 Classificações básicas dos estoques
O objetivo das Classificações Básicas dos Estoques é permitir a ação seletiva na
Gestão de Estoques, bem como apoiar as decisões gerenciais, através da
identificação da importância, sob diversos aspectos, de cada item em relação aos
demais. O uso combinado das classificações básicas forma uma matriz gerencial
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que possibilita a análise, de forma global, dos diversos aspectos necessários ao
gerenciamento de um item.
4.6- Classificação quanto à natureza
4.6.1- Conceito
A classificação quanto à natureza é o agrupamento dos materiais em
subconjuntos em função das perspectivas de sua utilização futura.
4.6.2- Natureza dos Estoques
• Estoque Ativo : Estoque resultante de um planejamento prévio e destinado a
uma utilização conhecida. Para facilitar o controle operacional, pode ser
subdividido em função das necessidades de cada empresa. Em empresas
industriais, por exemplo, uma das possíveis alternativas de subdivisão pode
ser:
o Estoque para Produção: constituído por matérias-primas e
componentes que integrem o produto final.
o Estoque para Manutenção, Reparo e Operação (MRO) : formado por
materiais empregados durante o processo produtivo, sem integrar o
produto final. Estoque de Produtos em Processo: constituído por
materiais em diferentes estágios de produção.
o Estoque de Produtos Acabados: compreende os materiais ou
produtos em condições de serem vendidos. Estoque de Materiais
Administrativos: formado por materiais de aplicação geral na empresa
sem vinculação direta com o processo produtivo.
o Estoque de semi-elaborados: compreende os sub-conjuntos que são
montados antecipadamente, e cujo saldo é controlado.
o Estoque de material em processo: compreende as matérias-primas e
sub-conjuntos já requisitados para as ordens de fabricação, mas que
ainda não estão concluídas como produtos acabados.
(b) Estoque Inativo: Estoque sem perspectiva de utilização, total ou parcialmente,
decorrente de mudanças na Política de Estoques, conclusão e/ou alterações de
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programas e/ou cronogramas, devoluções ao estoque ou eventuais falhas de
planejamento. Pode ser subdividido, como sugerido abaixo:
• Estoque Disponível: materiais sem perspectivas de utilização, total ou
parcialmente, em perfeito estado de conservação, constituindo-se em
disponibilidade para uso de outras filiais, fábricas ou empresas do mesmo
grupo empresarial.
• Estoque Alienável: constituído de materiais inservíveis, obsoletos e sucatas
destinadas à alienação.
4.6.3- IMPORTÂNCIA E APLICAÇÃO
A classificação quanto à natureza dos estoques permite identificar o tipo de ação
gerencial a ser adotada: ressuprir, programar, disponibilizar, transferir,
reaproveitar ou alienar materiais. Identifica, ainda, a responsabilidade pelos
valores estocados: a inclusão ou manutenção de qualquer item no estoque ativo
deve ser rastreável em relação às áreas responsáveis por sua formação. As
causas da passagem de um item para o Estoque Inativo devem ser registradas,
permitindo o rastreamento, pois determinam também a responsabilidade pelo
estoque desnecessário.
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CONCLUSÃO
Podemos afirmar que a gestão de estoques requer uma completa harmonia entre
os diversos departamentos de uma empresa de forma a assegurar que o estoque
esteja sendo bem dimensionado para atender as necessidades de cada um deles,
sem imobilizar de forma desnecessária o capital da empresa ou prejudicar a
operacionalidade de seus departamentos. Para um correto dimensionamento dos
estoques é preciso fazer um previsão confiável do mesmo, onde podem ser
aplicadas técnicas qualitativas ou quantitativas, sendo as quantitativas as mais
usuais.
Conclui-se que os estoques são de suma importância para as
organizações.
. Reduzir consideravelmente a possível falta de insumos melhora
velocidade de abastecimentos (produtos disponíveis). Com isso surge a gestão de
estoque, que é a forma de melhor administrar tudo isso.
Sendo assim, a gestão de estoque é trabalhada de forma vital por muitas
empresas para atingir o maior grau de flexibilidade e controle, pois é ali que é
investida grande parte do capital.
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BIBLIOGRAFIA
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Bookman, 2002. CORREA, H. L. Planejamento Programação e Controle da Produção – MRP II /
ERP, Conceitos, uso e implantação, São Paulo: Atlas, 2000. CHOPRA, S M, Gerenciamento da cadeia de suprimentos-Estratégia, Planejamento e Operação PORTER, Michael – Vantagem competitiva. Campus. SHINGO, Shigeo. O Sistema Toyota de Produção
SITES WEB
Beergame on-line e muitos vídeos::WWW.POM.EDU Referencia essencial::WWW.APICS.ORG Site do Prof Chuda Basnet, bons artigos em gestão industrial:
http://www.mngt.waikato.ac.nz/departments/staff/chuda/chuda.htm Plugins para MS-Excel com cálculos de estoque e simuladores monte Carlo: http://www.me.utexas.edu/~jensen/ORMM/frontpage/jensen.lib/index_omie.html