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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE CURSO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL GERENCIAMENTO DE ESTOQUE: A EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS FLÁVIA GONÇALVES NUNES RIO DE JANEIRO 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

CURSO DE LOGÍSTICA EMPRESARIAL

GERENCIAMENTO DE ESTOQUE:

A EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

FLÁVIA GONÇALVES NUNES

RIO DE JANEIRO

2009

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GERENCIAMENTO DE ESTOQUE:

A EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

FLÁVIA GONÇALVES NUNES

Monografia apresentada à

Universidade Cândido

Mendes, como requisito

parcial para obtenção de grau

de especialista em Logística

Empresarial.

Orientador: Jorge Tadeu Vieira Lourenço

RIO DE JANEIRO

2009

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RESUMO

Este trabalho buscou mostrar que, com a evolução do gerenciamento da manutenção, aplicando-se novas técnicas, novas ferramentas e novos procedimentos, as organizações conquistaram uma manutenção centrada, enxuta e eficaz, obtendo confiabilidade por parte operacional, atingindo uma total disponibilidade dos equipamentos e, conseqüentemente, um aumento significativo da produção a um custo suportável, gerando um melhor custo-benefício para empresas/indústrias apresentado através de pesquisas bibliográficas. Nosso trabalho esta dividido em três capítulos, aonde tratamos respectivamente dos seguintes sub-temas: as características da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o gerenciamento e no ultimo capítulo, no qual o estudo se pauta no gerenciamento efetuado pelos Correios, a empresa analisada. A metodologia dotada neste trabalho foi a da revisão bibliográfica e do estudo de caso, aonde se buscou analisar o processo de gerenciamento na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 07 CAPÍTULO I: A ECT 11 1.1 – Missão da Empresa 11 1.2 – Visão 11 1.3 – Seus Objetivos 11 1.4 – Atividades Principais da Empresa 12 1.5 – Estrutura Organizacional 13 1.6 – Tecnologia Utilizada 13 1.8- Intranet 13 1.9 – Internet 13 3.1 – A logística do ECT 15 1.10 – O sedex mundi dos correios 17 CAPITULO II: O GERENCIAMENTO 19 2.1 – Evolução do Gerenciamento da Manutenção 22 2.2 Gerenciamento da Manutenção dos Equipamentos 24 3.3. Manutenção dos Equipamentos nas Organizações 25 3.3.1. Definições dos Tipos de Manutenção 25 3.3.2. Gestão Estratégica da Manutenção 29 3.3.3 Benchmarking e Benchmark 30 3.3.4. Papel da Manutenção 32 3.3.5. Produto da Manutenção 34 3.3.6. Custos da Manutenção 35 3.3.7. Confiabilidade 39 3.3.8. Sistemas Informatizados para Manutenção 41 CAPÍTULO III: A ECT E TELÉGRAFOS E O GERENCIAMENTO 42 3.2 – Ações Concretas na busca da excelência 44 3.2.1 – Programa de recuperação e ampliação do Parque Industrial 46 3.2.2 –Programa de recuperação e ampliação do atendimento 46 3.2.3 – Programa de recuperação e ampliação do transporte 47 3.2.4 – Programa de correio avançado 47 3.2.5 –Programa de adequação administrativa 47 3.2.6 – Programa de pesquisa e desenvolvimento 48 3.3 – Diretoria Regional / RJ 48 3.4 -GEREN (Gerência de Engenharia) 49 3.5 -SMTA (Seção de Manutenção de Triagem Automática) 49 CONSIDERAÇÕES FINAIS 50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53

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INTRODUÇÃO

A era industrial começa a perceber que o nível da organização da

manutenção reflete as particularidades do estágio de desenvolvimento

industrial de um País. Em seu início no Brasil, a baixa produtividade industrial,

a baixa utilização anual e dos altos custos de operação e de produção refletiam

justamente um baixo nível ou inexistência quase total do gerenciamento na

manutenção.

A produção enxuta, através do Just-In-Time, teve a sua origem na falta

de recursos, tornando a produção flexível e enxuta, tendo como um dos tópicos

de sustentação obter ótima utilização das instalações e dos equipamentos

mediante uma manutenção controlada e planejada.

A partir do momento em que começa a ocorrer o envelhecimento dos

equipamentos e instalações, surge a necessidade de uma política de

racionalização das técnicas e dos procedimentos, evidenciando-se a

necessidade de maior disponibilidade, bem como maior confiabilidade, tudo

isso na busca da maior produtividade, ficando em destaque o gerenciamento

da manutenção, que ganha poder no processo produtivo e, como não poderia

deixar de ocorrer em benefício próprio das empresas e indústrias visando o

melhor custo-benefício em suas atividades afins.

Assim sendo, o estudo abordou a importância do gerenciamento da

manutenção na cadeia produtiva, que gerencia as etapas do processo,

controlando os desperdícios e que tem como meta o aumento da

disponibilidade dos equipamentos, destacando os recursos do processo na

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), classificada pela revista

Valor 1000 (publicada em agosto de 2005), como a Maior Empresa, na

categoria Serviços Especializados, além de obter o 2º lugar no ranking das

Maiores Empresas nas regiões Norte e Centro-Oeste (entre 50 empresas) e o

29º lugar entre as 1.000 maiores empresas do País. Tal avaliação se deu a

partir de balanços e demonstrações de avanço em responsabilidade social,

inovação e governança corporativa.

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Escolhemos esta empresa para realizar o estudo de caso, porque

acreditamos que os seguintes fatores perpassam a sua atuação:

Investe continuamente na empregabilidade no país dando destaque a

área social com enfoque na diversidade dos serviços especializados; busca

sempre a satisfação dos empregados envolvidos com a implantação de

mecanização dos processos; buscar aumentar sua capacidade e infra-estrutura

para escoar a produção e dá vulto ao processo de implantação do setor de

gerenciamento da manutenção que está em desenvolvimento.

Neste sentido, percebe-se que a eficiência do gerenciamento da

manutenção está diretamente relacionada ao aumento da disponibilidade dos

equipamentos, à redução de custo a um melhor ambiente de trabalho e,

conseqüentemente, maior produtividade.

O gerenciamento da manutenção tem como principal finalidade

estabelecer métodos para aferição dos equipamentos para que estes tenham

maior disponibilidade e confiabilidade a um menor custo de manutenção.

A relevância deste trabalho pode ser demonstrada com a implantação

destas metodologias organizacionais tornando-se mais premente a uma

empresa, buscando em um âmbito social mais confiança e eficiência.

No fator de relacionamento pode ser notada na busca contínua de

pessoas especializadas e treinadas, porque somente praticando incentivos

humanos a implantação de novas tecnologias apresenta resultados

satisfatórios.

No Brasil, a Lei nº 8630, conhecida como Lei dos Portos, foi sancionada

pelo presidente Itamar Franco no dia 25 de fevereiro de 1993, a indústria

nacional se viu obrigada a buscar a qualidade total de seus produtos e

serviços, alinhando a um custo operacional capaz de permitir um maior poder

de competição do produto nacional, com os estrangeiros que aportavam cada

vez em maior em nosso território.

No mundo globalizado o gerenciamento da manutenção tem suas

próprias regras, sua lógica interna, com pontos fortes, pontos fracos,

oportunidades e ameaças que afetam a vida de um País.

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Para o administrador da área de gerenciamento da manutenção não é

relevante procurar ganho de produtividade se os equipamentos não dispõem

de manutenção adequada. À manutenção cabe zelar pela conservação da

indústria, especialmente de máquinas e equipamentos, devendo antecipar-se

aos problemas através de um contínuo serviço de observação dos bens a

serem mantidos.

O gerenciamento da manutenção é o órgão responsável pela

especificação dos equipamentos aplicados na automação dos sistemas de

gerenciamento de uma empresa, como também pela própria manutenção

desses equipamentos elaborando um plano de manutenção detalhado,

fluxograma, cronograma e gráficos com todas as rotinas de manutenção com

principal objetivo manter o máximo de disponibilidade dos equipamentos com

equipe reduzida visando um maior custo/benefício e melhoria na qualidade e

no ambiente de trabalho.

Depois de definido e implantado todo o processo de gerenciamento da

manutenção será beneficiado todos os empregados envolvidos, por ter um

melhor ambiente de trabalho, atingindo a sociedade, como um todo, pelos

melhores serviços prestados nacionais e internacionais.

Este trabalho buscou mostrar que, com a evolução do gerenciamento da

manutenção, aplicando-se novas técnicas, novas ferramentas e novos

procedimentos, as organizações conquistaram uma manutenção centrada,

enxuta e eficaz, obtendo confiabilidade por parte operacional, atingindo uma

total disponibilidade dos equipamentos e, conseqüentemente, um aumento

significativo da produção a um custo suportável, gerando um melhor custo-

benefício para empresas/indústrias apresentado através de pesquisas

bibliográficas.

Nosso trabalho esta dividido em três capítulos, aonde tratamos

respectivamente dos seguintes sub-temas: as características da Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos, o gerenciamento e no ultimo capítulo, no

qual o estudo se pauta no gerenciamento efetuado pelos Correios, a empresa

analisada.

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METODOLOGIA

A metodologia dotada neste trabalho foi a da revisão bibliográfica e do

estudo de caso, aonde se buscou analisar o processo de gerenciamento na

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

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CAPÍTULO I: A EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tem como propósito

oferecer soluções, com tecnologia de ponta, para atender às necessidades de

comunicação das empresas e instituições num mercado cada vez mais

competitivo.

1.1- Missão da Empresa

A missão da empresa é facilitar as relações pessoais e empresariais

mediante a oferta de serviços de correios com ética, competitividade,

lucratividade e responsabilidade social.

1.2 -Visão

Ser reconhecida pela excelência e inovação na prestação de serviços

de correios.

1.3- Seus Objetivos

• Satisfação dos clientes;

• Respeitar os empregados;

• Ética nos relacionamentos;

• Competência profissional;

• Compromisso com as Diretrizes Governamentais;

• Responsabilidade Social;

• Excelência Empresarial.

1.4 - Atividades Principais da Empresa

• Planejar, implantar e explorar o serviço postal e o serviço de telegrama;

• Explorar atividades correlatas;

• Promover a formação e o treinamento do pessoal necessário ao

desempenho de suas atribuições;

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• Exercer outras Atividades afins, autorizadas pelo Ministro das

Comunicações.

1.5 - Estrutura Organizacional

A empresa funciona com a seguinte estrutura básica: I – Administração

Central: Direção (1 – Conselho de Administração e 2 – Diretoria), Conselho

Fiscal e Administração Setorial, composta de Departamentos.

II – Administração Regional, constituída por Diretores Regionais.

O Regimento Interno da Empresa definirá sua estrutura organizacional,

determinando às atribuições dos órgãos da Administração Central e da

Administração Regional, incluindo os Departamentos e as Diretorias Regionais,

observadas as disposições legais e estatutárias.

Figura1: Órgãos da Administração Central e Administração Regional

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1.6 - Tecnologia Utilizada

Sistema ERP – Enterprise Resource Planing – Sistema Integrado de

Gestão Empresarial: O sistema ERP tem como objetivo continuar a ser uma

instituição de elevados padrões de qualidade e de credibilidade, melhorando a

competitividade das operações, o gerenciamento dos negócios, a engenharia

logística e a aplicação dos recursos físicos e humanos. Todo esse esforço não

está voltado apenas para a renovação do aparelhamento tecnológico da

organização.

Ao contrário. Está diretamente vinculado à noção segundo a qual, para

continuar a satisfazer os clientes de hoje e de amanhã, os Correios devem

buscar soluções que simplifiquem, tornem mais ágil e confiável o seu trabalho

em todo o país. Para os Correios, a modernização não pode ser vista como

uma ação que se encerra na conquista de novos estágios de sofisticação

computacional, mas sim como um meio de exercer com mais competência o

seu papel de empresa pública do setor postal, que é o de atender aos

brasileiros da melhor forma possível. É utilizado para o aumento da eficiência

operacional.

A tecnologia da informação tem ajudado de forma decisiva a mudar o

cotidiano dos Correios. As transformações em curso visam inserir a empresa

no círculo restrito das organizações que utilizam intensivamente o mundo

computacional como instrumento da construção de seu futuro.

Sistema PGP – Programa de Gestão Pessoal: O sistema PGP mantém

atualizados os controles de cargos e salários, pagamentos e recolhimentos e

todos os registros de pessoal, com qualidade, criatividade e eficiência,

disponibilizando informações fidedignas para gestão de processos e satisfação

dos nossos clientes.

SASMED: O SASMED é utilizado para emitir guias médicas e

odontológicas no padrão TISS – Troca de Informações em Saúde Suplementar,

estabelecido pela ANS - Agência Nacional de Saúde Complementar, através de

suas Resoluções Normativas nº 114/05 e 153/07.

Os formulários disponíveis no SASMED são os seguintes:

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• Guia de Consulta;

• Guia de Solicitação e de Realização de Serviço Profissional/Serviço

Auxiliar de Diagnóstico e Terapia – SP/SADT (Exame e Ambulatorial);

• Guia de Solicitação de Internação;

• Guia de Solicitação de Tratamento Odontológico;

• Guia de Honorário Individual;

• Guia de Outras Despesas.

WEBBDCR – Sistema de Consulta de Custos e Receitas: O sistema

WEBBDCR é o sistema oficial da empresa para a consulta e a gestão das

despesas por centro de custos.

Sua estrutura básica é composta de consultas orientadas ao banco de

dados do BDCR (Movimentação de custo) que são relacionadas à tabelas

próprias contendo dados específicos, assim gerando relatórios gerenciais e

estratégicos, os quais são exibidos na intranet.

1.7- Banco Postal

Nome comercial utilizado para designar o conjunto dos Serviços

Financeiros Postais, que inclui os serviços de correspondente, os serviços

financeiros Postais convencionais e outros serviços financeiros correlatos ou

afins prestados pelos Correios.

1.8- Intranet (http://intranetrj/index1.cfm)

Onde os funcionários têm acesso a notícias (boletim interno, rede urgente),

serviços (manual extrato de horas de treinamento, indicador horas de

treinamento da unidade), sistemas (sistema de gestão de pessoal (PGP),

consulta de custos (WEBBDCR), cartilha virtual da qualidade, consulta rede

credenciada (SASMED), sistema ERP), contracheque, biblioteca, dados da

empresa (histórico, organograma, equipe, principais prédios, Reops) e sites

gerenciais.

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1.9 -Internet (www.correios.com.br)

Onde a população pode acessar dados sobre: achados e perdidos, busca

CEP, rastreamento de objetos, licitação, agências, banco postal, Caixa Postal,

carta via internet, catálogo de produtos e serviços, concursos, contatos

comerciais e acompanhamento do pedido de CPF.

1.10 – A logística do ECT

Entre os anos de 1950 a 1970 (período de desenvolvimento)

considerando-se na primeira década, houve o surgimento do período próprio

para a implementação e aplicação da logística.

As alterações nos padrões e atitudes de demanda dos consumidores, a

pressão por custos nas indústrias, os avanços na tecnologia dos

computadores.

Após os anos 70 (anos de crescimento), verificou-se que os princípios

básicos estavam implementados, contudo ainda não existia um compromisso

completo com o efetivo controle de custos e sim de lucro. Tal afirmação

decorre da falsa idéia obtida pela expansão do mercado, não demonstrando os

problemas com a ineficiência na produção e distribuição.

Porém viera as crises dos países produtores de petróleo em 1973, o

mercado consumidor diminuiu, a inflação aumentou e a produção diminuía

gradativamente.

Tudo isto acabou por deslocar em definitivo a atenção das empresas

para a logística, pois controlar custos, produção e qualidade passava a

interessar mais do que antes, devido à situação econômica que apresentava

aquela época.

De acordo com a definição acima se identifica como sendo atividades-

chave que são importantes para atingir os objetivos logísticos de custo e nível

de serviços. São elas: transportes, manutenção de estoques e processamentos

de pedidos.

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Os transportes são considerados uma das atividades logísticas mais

importantes por absorverem cerca de um a dois terços dos custos distribuídos

com logística; sendo ser considerados como os vários métodos para se

movimentar produtos, como por exemplo, o rodoviário, o ferroviário, o

aeroviário e marítimo.

A atividade de transporte executa os movimentos de produtos ao longo

dos canais de distribuição mediante o uso de varias modalidades de transporte

que fazem os “links” entre unidades de produção ou armazenagem e os pontos

de compra ou consumo.

A escolha das modalidades de transporte a serem escolhidas para

efetuar operações logísticas eficientes está ligada às formas de desempenho

de cada tipo de transporte.

O objetivo centra da logística é atingir um nível desejado de serviço ao

cliente pelo menor custo possível; onde seu escopo de trabalho é detalhado e

complexo.

O crescimento dos mercados nacionais e internacionais, a expansão das

linhas de produtos e as possibilidades enormes de telecomunicações, fazem da

distribuição e do processo logístico um conjunto importante das operações

gerenciais.

As chamadas fronteiras logísticas em geral são consideradas como as

últimas etapas que podem ser exploradas para alimentar a praticabilidade das

empresas de qualquer categoria a manter “vantagens diferenciais

competitivas”.

As atividades logísticas afetam os índices de preços, custos financeiros,

produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes. Com o processo

industrial a disponibilidade de ofertas mais amplas por parte de mais

competidores ocorre simultaneamente a agilidade via escolha de fontes de

suprimento e de compra muito mais ampla, desta forma o mercado espera e

exige níveis de serviço de maior eficiência e afetividade.

Em suma, a logística envolve a integração de informação, transporte,

estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. Todas essas

áreas que envolvem que envolvem o trabalho logístico oferecem ampla

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variedade de tarefas estimulantes. A responsabilidade operacional da logística

esta diretamente relacionada com a disponibilidade de matérias-primas,

produtos semi-acabados, e estoques de produtos acabados, no local onde são

requisitados, ao menor custo possível.

1.11- O sedex mundi dos correios

Os Correios, sempre atentos com as necessidades de seus clientes,

estão trazendo até eles mais uma solução logística: O SEDEX Mundi, que é o

novo serviço de remessas expressas internacionais dos Correios, que possui

prazo garantido para as principais cidades do mundo. Além disso, existem

outros benefícios para os clientes.

Como exemplos: rastreamento completo, (que é possível obter

informações online, através da página dos Correios na Internet). Coleta

gratuita, (para aquelas localidades atendidas pelo disque coleta, será possível

solicitar a coleta de sua remessa, com agendamento de horário). Seguro

Gratuito, (documento ou mercadoria, sempre contará com a segurança de um

seguro gratuito, que garante a chegará ao destinatário no tempo certo!),.

Seguro Opcional, (será possível complementar o valor segurado pelo seguro

gratuito até o valor de mercado ou até o equivalente em reais) Central de

atendimento, (a qualquer momento o cliente poderá entrar em contato com

nossa central de atendimento, pela internet ou pelo telefone e ficara informado

sobre a entrega de sua mercadoria).

O SEDEX Mundi é oferecido nas principais Agências dos Correios e será

entregue em mais de 200 países, com prazo garantido para mais de mil

cidades ao redor do mundo. Pelo SEDEX Mundi há a possibilidade de envio de

qualquer produto desde que não haja restrição de saída do Brasil ou entrada

no destino pelo canal contratado.

O Cliente que envia suas mercadorias ou outras coisas pelo SEDEX

Mundi, terá a segurança que vai chegar no prazo e por algum motivo não

chegue no prazo, os Correios devolvera os valores pagos. As remessas serão

condicionadas nas embalagens próprias do serviço, disponíveis em dois

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tamanhos para envelopes e dois tamanhos para caixas, que serão fornecidas

gratuitamente.

Também poderá ser usado embalagens próprias do cliente, no entanto

tem que ser de boa qualidade. E para finalizar os objetivos do SEDEX Mundi

são: Isenção ou redução do imposto de importação em decorrência de

disposições previstas em acordos internacionais. Cumprimento de exigências

impostas pela legislação do país de destino.

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CAPITULO II: O GERENCIAMENTO

O gerenciamento da manutenção é uma área em que encontramos

grandes oportunidades de desenvolvimento. Isto é real não só no Brasil, mas

também em diversos países da Europa e nos Estados Unidos. O nível de

habilidade e experiência para desenvolver e implementar estratégias de

manutenção apropriada depende dos objetivos de negócio específicos e, está

alinhado com outros elos de cadeia de valor, como planejamento e organização

das atividades.

No momento atual, diante do fenômeno da globalização, o

gerenciamento da manutenção passa a ser visto sob a ótica de qualidade e

produtividade das empresas, que visam o seu aprimoramento com técnicas

cada vez mais modernas evitando interrupções gerando qualidade nas

atividades afins da empresa ou indústria com o objetivo de se alcançar o

melhor custo/benefício.

A ABRAMAN - Associação Brasileira de Manutenção destaca em

pesquisa sobre a situação da manutenção no Brasil, publicada em 2003, que

80 % das empresas consultadas são representadas pela área de transportes

no Brasil; os índices indicam que 42,52% da forma de atuação da manutenção

são centralizadas, 22 % do efetivo próprio de pessoal na área de manutenção

apresentaram crescimento e com o gerenciamento da manutenção notou-se

uma redução no nível hierárquico como, também, a disponibilidade operacional

das empresas brasileiras continua mantendo uma tendência de crescimento.

A história da manutenção iniciou-se através da conservação de

instrumentos e ferramentas; prática observada, historicamente, desde os

primórdios da civilização, mas, efetivamente, foi somente quando da invenção

das primeiras máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a função

manutenção emerge.

Na era moderna, após a Revolução Industrial, Fayol propõe seis funções

básicas na empresa, destacando a função técnica, relacionada com a produção

de bens ou serviços, da qual a manutenção é parte integrante, conforme coloca

Chiavenato (2000).

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A manutenção teve uma evolução gradativa sendo dividida em três

gerações.

Na primeira geração, antes da Segunda Guerra Mundial, a indústria não

era mecanizada e a mão de obra não era especializada não dando prioridade a

produtividade com conseqüência não era necessária uma manutenção

planejada tendo somente manutenção corretiva nos equipamentos.

Na segunda geração, desde a Segunda Guerra Mundial até os anos 60,

a indústria dependia de um bom funcionamento das máquinas necessitando de

maior disponibilidade, bem como maior confiabilidade em busca de maior

produtividade resultando em uma manutenção programada e preventiva.

Na terceira geração, a partir da década de 70, a confiabilidade e

disponibilidade tornaram-se pontos-chave no crescimento da automação e da

mecanização nas organizações buscando uma manutenção preditiva buscando

atingir um melhor custo / benefício.

A interação entre as gerações nas fases de manutenção e operação terá

por objetivo garantir a funcionalidade dos equipamentos, sistemas e

instalações no decorrer de sua vida útil e a não-degeneração do desempenho.

Nesta fase da existência, normalmente são detectadas as deficiências geradas

no projeto, seleção de equipamentos e instalação e a não-interação entre as

três fases percebe-se que a manutenção encontrará dificuldades de

desempenho das suas atividades, mesmo que se apliquem nelas as mais

modernas técnicas conforme menciona Pinto; Xavier (2003, p.6).

Segundo Wyrebski (1997, p.18), em sua dissertação de mestrado, relata

o período em que alguns conceitos que foram implantados nas

empresas/indústrias, como também o surgimento de algumas práticas:

• Em 1951 a Manutenção Preventiva (MP);

• Em 1954 a Manutenção do Sistema Produtivo (MSP);

• Em 1957, a Manutenção Corretiva com incorporação de Melhorias

• A Introdução da Prevenção de Manutenção, em 1960;

• O desenvolvimento da Engenharia de Sistemas;

• A oficialização do TPM na empresa japonesa Nippon Denso, em

1971.

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• A introdução do TPM no Brasil, em 1986.

• A introdução da Engenharia Mecatrônica;

• Empresas brasileiras implantando o TPM.

Segundo Moura (1999), gerenciamento moderno de manutenção

significa: o gerenciamento não deve estar voltado para reparar os

equipamentos quebrados no menor tempo possível. Consiste acima de tudo,

em manter os equipamentos em operação, e produzindo com qualidade.

Baseado neste conceito pode-se considerar relevante estudar o

gerenciamento da manutenção na organização.

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3.6 -Evolução do Gerenciamento da Manutenção

Viana (2002, P.1), em sua citação, aponta a necessidade da evolução do

gerenciamento da manutenção:

A presença de equipamentos cada vez mais sofisticados e de alta produtividade fez a exigência de disponibilidade ir às alturas, bem alto. Então não basta se ter instrumentos de produção, é preciso saber usá-los de forma racional e produtiva. Baseadas nesta idéia as técnicas de organização, planejamento e controle nas empresas sofreram uma tremenda evolução.

Na década de 1990, com a verdadeira abertura dos portos, a indústria se

viu obrigada a buscar qualidade total dos seus produtos e serviços, buscando

também um custo operacional capaz de permitir um poder de competição do

produto nacional com os estrangeiros, que aportavam cada vez em maior

quantidade em nosso território. Esta prática vem confirmar que somente com o

gerenciamento da manutenção focado em novas técnicas de organização,

planejamento e controle nas empresas, as mesmas atingiriam seus objetivos.

Xavier (2003, p.3), em sua citação, demonstra a evolução do

gerenciamento da manutenção:

Nas empresas vencedoras o homem de manutenção tem reagido rápido a estas mudanças; esta nova postura inclui uma crescente conscientização de quanto uma falha de equipamento afeta a segurança e o meio ambiente, maior conscientização da relação entre manutenção e qualidade do produto, maior pressão para se conseguir alta disponibilidade e confiabilidade da instalação, ao mesmo tempo que se busca a redução de custo. Estas alterações estão exigindo novas atitudes e habilidades das pessoas da manutenção, desde gerentes, passando pelos engenheiros, supervisores, até chegar aos executantes.

A partir do século XVI, com a aparição dos primeiros teares mecânicos

deu-se início ao abandono da produção artesanal. O sistema econômico

feudal, o início de um processo de acumulação de capitais e a coexistência de

formas diversas e antagônicas de produção tornou necessário que os

fabricantes do maquinário buscassem um menor custo, treinando os novos

executantes para operar e manter seus próprios maquinários.

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As primeiras técnicas de planejamento de serviços surgiram por volta de

1900 com Taylor. A manutenção se afirmou como necessidade absoluta do

sistema de gerenciamento durante a 2ª Guerra Mundial, quando houve então

uma extraordinária mudança nos desenvolvimentos de técnicas de

organização, planejamento e controle para tomada de decisão. O

planejamento e controle da manutenção se tornam peças fundamentais de uma

empresa. A manutenção, cuidando das dificuldades de uma organização, e o

PCM – Planejamento e Controle da Manutenção a organiza e aperfeiçoa; se

este for eficiente, a empresa terá saúde financeira para existir no mercado, com

seus produtos, obtendo qualidade superior e com preços competitivos.

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3.7 Gerenciamento da Manutenção dos Equipamentos

Moura (1999, p.11), destaca o quanto é importante o gerenciamento da

manutenção dos equipamentos:

O gerenciamento da manutenção, tem sido sempre importante em todo ramo industrial, e para o futuro, prevê-se cada vez mais o seu aprimoramento e rejuvenescimento com técnicas cada vez modernas. As principais preocupações e desafios para a gerência da manutenção nos tempos mais recentes, tem sido: alta disponibilidade das instalações, com volumes de produção elevados, baixos custos diretos de manutenção e alta produtividade organizacional da manutenção.

Nos últimos quinze anos, a manutenção foi a disciplina onde se teve o

maior investimento para atingir com eficácia o processo de Gerenciamento da

Manutenção, visando menos tempo de equipamentos ociosos a um menor

custo nos processos de manutenção, atuando na definição detalhada de planos

de manutenção preventiva e corretiva, com o objetivo de se obter maior

disponibilidade dos equipamentos e o alcance de melhor relação

custo/benefício.

Moura (1999, p.56) conceitua o desempenho da disponibilidade,

confiabilidade e produtividade na manutenção:

O desempenho da disponibilidade pode ser definido como a capacidade do equipamento ou da instalação operar sem apresentar problemas, sob determinadas condições externas. Esta capacidade depende em parte das características técnicas do equipamento, e em parte da eficiência da manutenção. Aumentar a disponibilidade significa aumentar a confiabilidade e reduzir o tempo de manutenção nos equipamentos.

Com a evolução do gerenciamento da manutenção hoje é possível adquirir

equipamentos específicos para determinada área operacional. Com as novas

técnicas e ferramentas de aferição pode se chegar total confiabilidade tendo

como respostas disponibilidade satisfatória dos equipamentos a um menor

custo.

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3.3. Manutenção dos Equipamentos nas Organizações

Xavier (2003, p.29), em sua citação, define a importância da

manutenção dos equipamentos nas organizações:

A competitividade de uma organização depende de vários subsistemas que se interligam através de relações extremamente fortes e interdependentes.Nesse contexto a Manutenção tem um papel muito importante pois, para cumprir a sua Missão, ela precisa atuar como elo de ligação das ações dos subsistemas de engenharia, suprimento, inspeção de equipamentos, dentre outros, para atender ao cliente interno, que é a operação

Neste contexto, entende-se que a manutenção é responsável por todos

os ativos físicos implantados em uma organização que compõem os

subsistemas e tem a responsabilidade de manter os equipamentos disponíveis

atendendo às expectativas da operação, e atuando como um elo de ligação

entre os subsistemas e suas ações, com o objetivo de atingir melhor

custo/benefício e como meta um aumento de qualidade e produtividade nas

empresas / indústrias buscando sempre a satisfação do seu cliente interno, que

é a operação.

3.3.1. Definições dos Tipos de Manutenção

Segundo Martins (1999, p.351), os tipos de manutenção são:

Manutenção Corretiva: visa corrigir, restaurar e recuperar a capacidade

produtiva de um equipamento ou instalação que tenha cessado ou diminuído

sua capacidade de exercer as funções para as quais foram projetadas. São

tipicamente reativas só agem depois de ocorrido os problemas. A manutenção

corretiva apresenta-se de em duas classes:

Manutenção Corretiva não Planejada: visa correção de falhas de

maneira aleatória;

Manutenção Corretiva Planejada: visa à correção de desempenho

menor que o esperado ou da falha, por DECISÃO GERENCIAL, isto é, a

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atuação em função de acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar

até a quebra.

Manutenção Preventiva: visa eliminar ou reduzir as probabilidades de

falhas por manutenção das instalações em intervalos pré-planejados, exigindo,

acima de tudo, muita disciplina. Algumas vantagens deste tipo de manutenção:

• Aumenta a vida útil dos equipamentos;

• Reduz custos, mesmo em curto prazo;

• Diminui as interrupções do fluxo produtivo;

• Cria uma mentalidade preventiva na empresa;

• Melhora a qualidade dos produtos, por manter as condições

operacionais dos equipamentos.

Manutenção Preditiva: consiste em monitorar certos parâmetros ou

condições de equipamentos e instalações de modo a antecipar a identificação

de um futuro problema. Esta modalidade de manutenção é quase toda

terceirizada, pois necessita de tecnologia específica, que poucas empresas

podem fornecer.

Manutenção Produtiva Total – “Total Productive Maintenance” –

TPM: este modelo vai bem além de uma forma de se fazer manutenção. É

muito mais uma filosofia gerencial, atuando na forma organizacional, no

comportamento das pessoas, na forma com que tratam os problemas, não só

os de manutenção, mas todos os diretamente ligados ao processo produtivo.

Visa atingir o que se pode chamar de “zero falha” ou “zero quebra”. Segundo

Slack (1999, p.496), a TPM visa estabelecer boas práticas de manutenção na

produção através da perseguição das “cinco metas da TMP”, a saber:

• Melhorar a eficácia dos equipamentos;

• Realizar manutenção autônoma;

• Planejar a manutenção;

• Treinar todo o pessoal em habilidades de manutenção relevantes;

• Conseguir gerir os equipamentos logo no início, através de “prevenção

de manutenção”.

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Manutenção Detectiva: Visa a atuação efetuada em sistemas de

proteção buscando detectar falhas ocultas ou não-perceptíveis ao pessoal de

operação e manutenção.

São sistemas de aquisição de dados, controladores lógicos

programáveis, sistemas digitais de controle distribuídos - SDCD, multi-loops

com computador supervisor e outra infinidade de arquiteturas de controle

somente possíveis com o advento de computadores de processo.

A principal diferença entre a manutenção preditiva e a detectiva é o nível

de automatização. Na manutenção preditiva, faz-se necessário o diagnóstico a

partir da medição de parâmetros; na manutenção detectiva, o diagnóstico é

obtido de forma direta a partir do processamento das informações colhidas

junto à planta.

Engenharia de Manutenção: É uma nova concepção que constitui a

segunda quebra de paradigma na manutenção. Praticar engenharia de

manutenção é deixar de ficar consertando continuadamente, para procurar as

causas básicas, modificar situações permanentes de mau desempeno, deixar

de conviver com problemas crônicos, melhorar padrões e sistemáticas,

desenvolver a manutenibilidade, dar feedback ao projeto, interferir

tecnicamente nas compras. Ainda mais: aplicar técnicas modernas, estar

nivelado com a manutenção de primeiro mundo.

Figura 2: Resultado das definições dos Tipos de Manutenção

Fonte: Pinto; Xavier (2003, p.47)

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O gráfico acima mostra a melhoria de resultados, à medida que se evolui

dentre os tipos de manutenção. As duas mudanças de inclinação representam

as quebras de paradigma. Observe o aumento significativo quando se adota

engenharia de manutenção. Em seguida temos alguns gráficos comparativos

com relação às diversas definições dos tipos de manutenção.

Figura 3: Tipos de Manutenção

Figura 4: Custo das Aplicações dos Tipos de Manutenção Fonte: Pinto; Xavier (2003, p.49)

Tipos de Manutenção Custo

US$/HP/Ano

Corretiva Não Planejada 17 a 18

Preventiva 11 a 13

Preventiva e Monitoramento de

Condição / Corretiva Planejada 7 a 9

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3.3.2. Gestão Estratégica da Manutenção

Xavier (2003, p.9), em sua citação, descreve a importância de “pensar e

agir estrategicamente”, para que a atividade de manutenção se integre de

maneira eficaz ao processo produtivo contribuindo, efetivamente, para que a

empresa caminhe rumo a Excelência Empresarial.

A base da política de manutenção é ponto determinante para definir as

estratégias e seus sub-processos de manutenção a serem aplicadas em um

processo produtivo. O termo política de manutenção, com certeza, abrange um

leque bem maior de variáveis do que simplesmente a escolha de se fazer

intervenções em máquinas.

Com a escolha certa das ferramentas a serem aplicadas em uma

manutenção, tais como: técnicas de planejamento, perfil formativo do militante

da área, os índices de qualidade e o sistema de gerenciamento formam as

bases da estruturação da Manutenção Industrial de uma empresa.

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3.3.3 Benchmarking e Benchmark

Pinto; Xavier (2003, p.12), em sua citação, conceitua o Benchmarking

e Benchmark como processo de análise e comparação de empresas do mesmo

segmento de negócio:

Benchmarking pode ser definido como sendo o processo de identificação, conhecimento e adaptação de práticas e processos excelentes de organizações, de qualquer lugar do mundo, para ajudar uma organização a melhorar sua performance. Benchmark é uma medida, uma referência, um nível de performance reconhecido como padrão de excelência para um processo de negócio específico.

Resumindo: Benchmarking é um processo de análise e comparação de

empresas do mesmo segmento de negócio, objetivando conhecer:

• As melhores marcas ou benchmarks das empresas vencedoras,

com a finalidade de possibilitar definir as metas de curto, médio e

longos prazos.

• A situação atual da sua organização e, com isto, apontar as

diferenças competitivas.

• Os caminhos estratégicos das empresas vencedoras ou as

“melhores práticas.

• Além de conhecer e chamar a atenção da organização paras as

necessidades competitivas.

Se hoje uma organização não souber definir os melhores processos de

análise e comparação de empresas com o mesmo segmento de negócio, corre

o risco de ser levada ao insucesso.

Para se definir uma estratégia dentro de uma organização não basta que

esta esteja, somente, melhorando seus indicadores empresariais e, sim, evoluir

mais rápido que seus concorrentes para poder passar a frente, tendo como

visão global em seu planejamento estratégico, os seguintes conceitos:

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• Benchmarking: é ação, é busca de práticas responsáveis por alta

performance;

• Benchmarks são indicadores de desempenho: Qual é a melhor

disponibilidade?, Qual é a melhor segurança?, Qual é o melhor

custo?

Xavier (2003, p.12), em sua citação, conceitua os indicadores de

manutenção que tem como objetivo a excelência na empresa:

• Disponibilidade e confiabilidade;

• Redução da demanda de serviços;

• Faturamento;

• Otimização de custo;

• Segurança pessoal e das instalações;

• Preservação ambiental;

• Moral e motivação dos colaboradores.

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3.3.4. Papel da Manutenção no Sistema da Qualidade da Organização

Xavier (2003, p.165), cita que a ISO 9000 Versão 2000 com vigência

conjunta com a versão de 1994, deve ser uma etapa do Programa da

Qualidade na Manutenção:

A ISO 9000 deve ser uma etapa do Programa da Qualidade na Manutenção por fornecer um guia completo para a realização dos serviços com a qualidade garantida. Além disso, a necessidade de certificação da empresa implica que a Manutenção esteja praticando os preceitos da Norma.

A certificação de processos, segundo a ISO 9000, proporciona maior

credibilidade quanto à qualidade dos produtos e serviços da organização. É

uma forma de garantir o atendimento às necessidades dos clientes e a

continuidade na execução dos processos internos, bem como uma gestão mais

efetiva destes processos baseados em indicadores de desempenho. No

Controle do Processo do Sistema de Qualidade 9000 - descreve a necessidade

da existência de um sistema efetivo de manutenção preventiva planejada que

inclui:

• Um programa de manutenção com responsabilidades específicas e

atribuídas;

• Manutenção avaliada pela melhoria da capacidade de processo;

• Avaliação da redução do tempo ocioso da máquina por processo;

• A manutenção deve ser conduzida na freqüência prescrita para todos os

equipamentos;

• Disponibilidade de peças de reposição para os equipamentos

importantes na manufatura;

• Método de manutenção preditiva;

• Como se verifica, o sistema de qualidade, busca a vantagem competitiva

das organizações através da cadeia de valores.

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• Figura 5 – A Empresa que não atingiu a excelência

Fonte: Pinto; Xavier (2003, p.29)

A figura acima demonstra a empresa que não atingiu a excelência,

certificação ISO 9000 Versão 2000, ficando comprovado o descaso da

manutenção; com facilidade podemos distinguir, o homem da operação

(motorista), o homem das finanças (banco da frente) e o homem da

manutenção (banco de trás).

Nota-se que, literalmente, que cada um está vendo apenas, a sua parte,

sendo o ideal para uma empresa excelente ter a visão do todo, buscando

otimizar a organização e não somente a sua área.

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3.3.5. Produto da Manutenção

Xavier (2003, p.21), em sua citação, aponta que quanto maior for a

disponibilidade menor será a demanda de serviços:

O único produto que a operação deseja comprar da manutenção e da engenharia chama-se MAIOR DISPONIBILIDADE CONFIÁVEL AO MENOR CUSTO. Ás vezes o aumento da Confiabilidade é feito com prejuízo da Disponibilidade. Em sistemas de alta complexidade e risco este balanço tende a caminhar para o lado da segurança, por exemplo sistemas de intertravamento que privilegiam a segurança do equipamento.

O conceito do produto da manutenção está estruturado de

maneira que se verifique o valor agregado pelas atividades aos diversos

produtos da manutenção. Para tanto, as organizações utilizaram-se uma

metodologia baseada em 7 fases:

• Fase 1 – Mapeamento dos Processos e definição das atividades; • Fase 2 - Identificação dos Produtos; • Fase 3 – Alocação dos recursos e determinação dos custos das

atividades; • Fase 4 – Alocação dos tempos de passagens dos produtos nos

processos; • Fase 5 - Determinação dos custos dos produtos; • Fase 6 – Análise dos resultados; • Fase 7 – Melhorias.

Figura 6: Disponibilidade X Demanda de Serviços

Fonte: Pinto; Xavier (2003, p.21)

A figura demonstra a tendência da variação da disponibilidade de

maneira indireta, medindo-se a tendência da evolução da demanda de

serviços.

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3.3.6. Custos da Manutenção

Quando se falava em custos de manutenção a maioria dos gerentes

achava que: não havia meios de controlar os custos da manutenção; a

manutenção, em si, tinha um custo muito alto; os custos e manutenção

oneravam, e muito, o produto final.

Na tabela abaixo, apresenta a relação entre custo total da manutenção e

o faturamento bruto da empresa com as respostas oferecidas pelas empresas

e a relação percentual (valor %) do custo anual da manutenção pelo

faturamento bruto anual das empresas:

Figura 7: Relação entre Custo Total da Manutenção e o Faturamento Bruto da Empresa FONTE: ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção

Documento Nacional de 2005

No Brasil, ainda não temos uma cultura de acrescentar os componentes

Depreciação e Perda de Faturamento na composição do custo de manutenção.

Podemos observar, na tabela abaixo, através da pesquisa realizada pela

ABRAMAN, divulgada no documento nacional de 2005, destacando-se o custo

pessoal e material como sendo os mais importantes no custo total da

manutenção pois representa 2/3 do custo total. Figura 8: Composição

dos Custos de Manutenção (%) FONTE: ABRAMAN – Associação

Brasileira de Manutenção Documento Nacional de 2005

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Viana (2002, P.145), em sua citação, aponta que a composição dos

custos de manutenção era formada de gastos com pessoal, material e

contratação de serviços externos até 1993; com o advento do conceito de

manutenção classe mundial, foram incluídas a depreciação e a perda de

faturamento.

• Pessoal: Despesas com salários e prêmios (diretos), encargos sociais e

benefícios concedidos pela empresa (indiretos), e gastos com

aperfeiçoamento do efetivo;

• Materiais: Custo de reposição dos itens (diretos), energia elétrica,

consumo d’água e capital imobilizado (indiretos), custos ligados à

administração do almoxarifado e setor de compras;

• Contratação de Serviços Externos: Contratos com empresas externas

para serviços permanentes ou circunstanciais;

• Depreciação: Custos diretos de reposição ou investimentos de

equipamentos e ferramentas, custos indiretos de capital imobilizado, e

custos administrativos com o setor contábil da empresa;

• Perda de Faturamento: São os custos da perda de produção, e custos

com desperdício de matéria-prima.

Conclui-se que o custo de manutenção por faturamento até 1993 era obtido

pelos gastos com pessoal, material e contratação de serviços externos e com a

evolução do gerenciamento da manutenção pode-se perceber a necessidade

da inclusão dos gastos com a depreciação e a perda de faturamento tornando-

se real a relação entre os gastos totais com manutenção e o faturamento da

empresa. Na tabela abaixo, destaca-se a média geral dos anos de

1995,1997,1999,2001,2003 e 2005:

Figura 9: Média Geral do Custo Total da Manutenção/Faturamento Bruto

FONTE: ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção Documento Nacional de 2005

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O gráfico abaixo mostra que o faturamento bruto se manteve praticamente

estável com pequenas variações enquanto os custos totais anuais da

manutenção tiveram variações acentuadas no período de 1995 até 2005:

Figura 10 – Custo Total da Manutenção pelo Faturamento Bruto

FONTE: ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção Documento Nacional de 2005

Xavier (2003, p.58), em sua citação, classifica os custos de manutenção

em três grandes famílias:

• Custos Diretos: São aqueles necessários para manter os

equipamentos em operação. Neles se incluem: manutenção

preventiva, inspeções regulares, manutenção preditiva, detectiva,

custos de reparos ou revisões e manutenção corretiva de uma

maneira geral.

• Custos de Perda de produção: São os custos oriundos de perda

de produção, causados: pela falha do equipamento principal sem

que o equipamento reserva, quando existir, estivesse disponível

para manter a unidade produzindo; pela falha do equipamento, cuja

causa determinante tenha sido ação imprópria da manutenção.

• Custos Indiretos: São aqueles relacionados com a estrutura

gerencial e de apoio administrativo, custos com análises e estudos

e melhoria, engenharia de manutenção, supervisão, dentre outros.

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O acompanhamento de custos, um dos itens de controle na

manutenção, deve ser colocado na forma de gráfico para fácil visualização,

mostrando pelo menos: previsão de custos mês a mês; realização - quanto foi

efetivamente gasto em cada mês; realizado no ano anterior (ou anos

anteriores); e Benchmark - qual a referência mundial, isto é, valores da

empresa que tem o menor custo de manutenção nesse tipo de instalação.

É fundamental que cada especialidade da manutenção faça um controle

e custos, independente do modo que a estrutura organizacional as agrupa ou

divide.

Outro aspecto importante nos custos de manutenção é: mais

manutenção não significa melhor manutenção.

O gráfico abaixo representa bem esta afirmação, e mostra que existe um

compromisso entre o nível de manutenção, a disponibilidade operacional e os

custos. Conclui-se então que desse modo pode-se estabelecer um nível ótimo

de intervenção que varia para cada tipo de instalação ou equipamento.

Figura 11: Relação Custos - Disponibilidade - Nível de Manutenção

Fonte: Pinto; Xavier (2003, p.60)

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3.3.7. Confiabilidade

A operação prolongada e eficaz dos sistemas produtivos de bens e

serviços é uma exigência vital em muitos domínios, as falhas súbitas causadas

por fatores aleatórios devem ser entendidas e contrabalançadas se for

pretendido evitar os danos não só econômicos, mas especialmente sociais.

Os conceitos básicos de confiabilidade são:

• Confiabilidade: É a probabilidade de um sistema (componente, aparelho,

circuito, cadeia de máquinas etc) cumprir sem falhas uma missão com uma

duração determinada.

• Tempo Médio Entre Falhas (TMEF ou MTBF): É o tempo médio de

trabalho de um certo tipo de equipamento (reparável) entre duas falhas

seguidas.

• Duração de Vida: Tempo durante o qual um componente ou um sistema

mantém a sua capacidade de trabalho, fora do intervalo dos reparos, acima

de um limite especificado (de rendimento, de pressão etc).

• Tempo Médio Para a Falha (MTFF): É o valor médio dos tempos de

funcionamento, sem contar o tempo de manutenção.

• Confiabilidade Medida (ou Estimada): É a confiabilidade de um certo

equipamento medida através de ensaios empíricos (normalmente no

fabricante).

• Confiabilidade Prevista (ou Calculada): É a confiabilidade observada

durante a operação real dos componentes e dos sistemas. É este valor da

confiabilidade média de grande número de casos que permite a aferição

das confiabilidades medida e prevista.

• Eficácia de Um Componente ou Sistema: É a capacidade de

desempenho da função pretendida, incluindo a freqüência de falhas, o grau

de dificuldades da manutenção e reparação e a adequação ao trabalho

projetado. É interessante notar que o projetista e o utilizador têm conceitos

diferentes sobre o melhor modo de desempenhar a função pretendida.

Assimilando o sistema a um ser vivo, poderíamos dizer que o projetista

fornece a hereditariedade do sistema e o utilizador contribui com o meio

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ambiente. A eficácia do sistema depende da interação entre os dois

conjuntos de fatores.

• Dependabilidade: Medida da condição de funcionamento de um item em

um ou mais ponto durante a missão, incluindo os efeitos da Confiabilidade,

Mantenebilidade e Capacidade de sobrevivência, dadas às condições da

seção no início da missão, podendo ser expressa como probabilidade de

um item: Entrar ou ocupar qualquer um dos seus modos operacionais

solicitados durante uma missão especificada, ou; Desempenhar as funções

associadas com aqueles modos operacionais.

• Disponibilidade: Medida do grau em que um item estará em estado

operável e confiável no início da missão, quando a missão for exigida

aleatoriamente no tempo.

• Envelhecimento Acelerado: Tratamentos prévios de um conjunto de

equipamentos ou componentes, com a finalidade de estabilizar suas

características e identificarem falhas iniciais.

• Mantenebilidade: Facilidade de um item em ser mantido ou recolocado no

estado no qual pode executar suas funções requeridas, sob condições de

uso especificadas, quando a manutenção é executada sob condições

determinadas e mediante os procedimentos e meios prescritos.

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3.3.8. Sistemas Informatizados para Manutenção

Para consolidar todos os processos que interagem na manutenção, é

importante que se tenha um Sistema de Controle da Manutenção. Ele permite

construir um histórico dos equipamentos com todas as informações relevantes

relacionadas com ocorrências nos equipamentos.

Viana (2002, P.163), em sua citação, identifica os objetivos de um sistema

de manutenção:

• Organizar e padronizar os procedimentos ligados aos serviços de

manutenção, tais como: solicitação de serviços, programação de

serviços e informações provenientes do banco de dados;

• Facilitar a obtenção de informações da manutenção, por exemplo,

custo do equipamento, performance, características técnicas etc;

• Gerenciar a estratégia de manutenção através dos planos

preventivos, de forma a garantir que as tarefas planejadas sejam

automaticamente emitidas em forma de Ordem de Manutenção;

• Aumentar a produtividade da manutenção através de informações,

otimização de mão-de-obra e/ou priorização dos serviços;

• Controlar o estado dos equipamentos;

• Fornecer relatórios de histórico dos equipamentos, bem como de

índices consolidados.

Além disso, o sistema possibilita: nivelamento de recursos, programação

das máquinas operatrizes, registro para consolidação do histórico e emissão de

relatórios com dados estatísticos dando condição de uma avaliação ampla do

sistema.

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CAPÍTULO III: A ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o

gerenciamento

Pode-se dizer que a história da evolução tecnológica da Empresa

Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, data de 1o de maio de 1500, quando

foi enviada a primeira carta ao rei por Pero Vaz de Caminha e o primeiro

documento histórico brasileiro. No Brasil, foi instituído o Correio, com o

regimento de 25/01/1663, no Rio de Janeiro. Posteriormente, ocorreu à criação

do Departamento de Correios e Telégrafos (DCT), em 26/12/1931, resultado da

fusão da Repartição Geral dos Correios com a Repartição Geral dos

Telégrafos.

Já no período compreendido entre 1931 e 1969 o DCT (Departamento

de Correios e Telégrafos), foi o órgão responsável pelos Serviços Postais e

Telegráficos oferecidos no Brasil. Neste período ocorreu a emissão do

Regulamento dos Correios e Telégrafos, a criação do CAN (Correio Aéreo

Nacional) e a instituição do Código Brasileiro de Telecomunicações.

Enquanto isto, no período de 1969 a 1985 o DCT (Departamento de

Correios e Telégrafos), deu lugar à Empresa Brasileira de Correios e

Telégrafos, em 20/03/1969, em busca de evolução organizacional, de

instalações adequadas, de parâmetros exigentes, de maior oferta de serviços e

produtos e maior produtividade. Houve ênfase no compromisso com a rapidez,

no transporte e na distribuição da correspondência.

Nesse período foram criados o Serviço Especial de Entrega de

Documentos, o Serviço de Correspondência Agrupada, o Serviço de

Encomenda Expressa Nacional e o serviço Express Mail Service, foi fundada a

Escola Superior de Administração Postal e foi criada a Rede Postal Aérea

Noturna que interliga as capitais e principais cidades do País. A Administração

Central se transferiu do Rio de Janeiro para Brasília. Foram inaugurados

complexos administrativo-operacionais em São Paulo, Brasília e Rio de

Janeiro, sendo implantado o Serviço de Seguridade Social dos Correios -

POSTALIS. A triagem de correspondência foi mecanizada em Brasília, Rio de

Janeiro e São Paulo. Foi implantada a Rede Nacional de Gentex com centrais

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de comutação próprias, destinada à transmissão de telegramas. Foram

automatizados os Serviços de Telegramas Fonados por sistemas

computadorizados e equipamentos Distribuidores Automáticos de Chamadas.

De 1985 a 1990 foi um período de estabilização do desenvolvimento da

Empresa, com dificuldades conjunturais, foram criados os Postos de Correio

Rural e a ECT participa do Programa de Prioridades Sociais do governo

federal, por meio da distribuição de livros didáticos para o ensino fundamental,

de ticket’s de leite para crianças carentes e do encaminhamento de

processos/carnês de recebimento de seguro desemprego. Foi celebrado o

primeiro acordo coletivo de trabalho entre a ECT e as entidades sindicais. Foi

implantado o Serviço de Atendimento ao Usuário, a Rede Postal Fluvial da

Amazônia e o Projeto de Integração Correios/Comunidade.

De 1990 a 1994 a qualidade foi a principal tendência. A ECT assumiu

uma postura empresarial para fazer face aos novos desafios nacionais e

internacionais. O usuário como o principal objetivo. Ficou mais acentuada a

abertura do leque de serviços e produtos a serem oferecidos aos públicos,

passando a ECT a assumir características de um Banco de Serviços. Foi

implantado o Sistema de Franchising no atendimento ao público.

De 1995 em diante, atendendo a 98% das localidades e com a maior

rede governamental ao alcance dos mais distantes cidadãos, os Correios

deverão transformar cada unidade em uma prestadora completa de serviços

básicos e apoio governamental, buscando a modernização tecnológica de

todos os seus sistemas. A gestão deverá ser totalmente voltada para

resultados, procurando ampliar a margem de lucro e melhorar os níveis de

eficiência, reposicionando o serviço postal, de simples entregador de

correspondência a um diversificado provedor de serviços, reduzindo custos

objetivando a obtenção de ganhos de produtividade, com a revisão dos

processos operacionais tradicionais dos correios.

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3.1- Ações Concretas na busca da excelência: A ECT hoje e amanhã

A capacidade de coleta, tratamento, distribuição de informações,

mercadorias, correspondências, encomendas pessoais e valores assume hoje,

papel vital no apoio às relações sociais e comerciais da sociedade. O

extraordinário desenvolvimento da eletrônica, da informática e das

telecomunicações verificado nas duas últimas décadas foi o principal

catalisador desse processo.

Em conseqüência, a motivação da clientela, de qualquer produto ou

serviço, está passando a se efetuar de maneira segmentada, e quase

particularizada, através de meios interativos, como compras pela TV, catálogos

em vídeo e por meio de outros canais, que integram computadores, telefones,

fax, vídeo e redes internacionais de telecomunicações.

Este contexto ainda não é inteiramente usual no Brasil, mas sua

evolução é muito rápida e há indícios claros de que se estará vivenciando esta

situação no país em curto espaço de tempo. Os Correios deverão levar em

consideração este cenário ao definir suas estratégias de diversificação, mesmo

porque mudanças significativas nessa direção já se delineiam em seu mercado

de atuação.

À ECT caberá destacar inversões, no decorrer dos próximos anos, para

esses serviços. Para tanto, cabe distinguir segmentos específicos de clientes,

em função da condição econômica e social, visando compatibilizar o tipo de

recurso ou serviço oferecido às exigências específicas do mercado a ser

atendido.

O PASTE - Programa de Recuperação e Ampliação do Sistema de

Telecomunicações e do Sistema Postal - consiste de um amplo programa de

investimento para o período 1995/1999, com enlace para 2003, a ser

executado pelas empresas do Setor de Telecomunicações e Correios. Entre

seus objetivos para os Correios destacam-se:

• Estabelecer diretrizes, metas, programas e projetos para a

recuperação e ampliação dos serviços postais no País;

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• Implementar amplo programa de investimentos, com incentivo ao

aporte de recursos privados;

• Modernizar o setor, recuperando em curto prazo o atraso tecnológico,

de forma a que possa prestar apoio efetivo ao desenvolvimento

econômico nacional;

• Estimular a inovação tecnológica, como ferramenta de ganhos de

produtividade e competitividade;

• Consolidar e ampliar o papel dos Correios como agência de serviços

de interesse da sociedade;

• Desenvolver a prestação de serviços postais e postais-telemáticos

(HDI - Hibrid Data Interchange ou Correio Híbrido), mediante o

emprego de facilidades de telecomunicações, com ênfase no

planejamento mercadológico de suas ações comerciais;

• Estruturar a ECT para uma sólida e crescente atuação no mercado de

encomendas e marketing direto, agindo como canal de vendas e de

distribuição de bens e mercadorias;

• Modernizar a rede de atendimento, priorizando as capitais e as

grandes cidades, e expandir o atendimento direto e indireto, em um

primeiro momento a todos os municípios e, posteriormente, a todas as

localidades que apresentem viabilidade de operacionalização;

• Aumentar a produtividade do parque industrial dos Correios;

• Implantar rigoroso programa integrado de automação, mecanização e

informatização das etapas do fluxo de prestação dos serviços;

• Estimular a inovação tecnológica e o desenvolvimento profissional e

pessoal de seus quadros, atuando como difusor de conhecimento e

de recursos.

Os seis programas estabelecidos no PASTE para a ECT, descritos a

seguir, abrangem as etapas estratégicas do fluxo de serviços e atividades de

suporte, contemplando:

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3.1.2- Programa de recuperação e ampliação do Parque Industrial

Ao parque industrial estão associadas as atividades internas de

separação, acondicionamento, encaminhamento e entrega de objeto. Cerca de

400 grandes centros e aproximadamente 60% do efetivo de empregados da

empresa estão destacados para esses trabalhos. A utilização de recursos

tecnológicos para a mecanização dessas atividades restringe-se atualmente a

30% do tráfego movimentado pelos Correios.

Os esforços de modernização apresentados têm por diretriz o aumento

da eficácia da cadeia operacional dos Correios, através da progressiva

automação do tratamento dos objetos. Compreende os seguintes projetos:

• Mecanização da triagem

• Rastreamento de objetos

• Mecanização de terminais e entrepostos

• Conteinerização da carga

• Obras de engenharia

3.1.3-Programa de recuperação e ampliação do atendimento

A área de atendimento é a parte mais visível ao público, o que lhe

confere relevância estratégica na construção da imagem de um serviço postal

moderno, e corresponde, em sua maior parte, às agências próprias e

franqueadas. O programa buscará ampliar o atendimento através da

implantação de novas alternativas, além da modernização das já existentes,

tendo como diretriz o aperfeiçoamento da qualidade da rede de atendimento

como elemento diferenciador e indutor de vantagens competitivas, nos

aspectos relativos ao contato direto com os clientes, compreendendo os

projetos:

• Informações aos clientes

• Automação de agências

• Auto-atendimento

• Caixa coletora para encomendas

• Caixa de coleta inteligente

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3.1.4- Programa de recuperação e ampliação do transporte

O sistema de transporte complementa as demais etapas do fluxo

operacional, assegurando regularidade e rapidez aos deslocamentos da carga

postal. Como diretrizes básicas a ECT deverá automatizar e mecanizar toda a

infra-estrutura de controle e recepção de cargas nos terminais de transporte, de

forma a assegurar adequada fluidez e integração aos processos operacionais

subseqüentes, compreendendo os seguintes projetos:

• Rastreamento de veículos

• Automação do sistema de transporte

• Renovação e ampliação da frota

• Obras de engenharia

3.1.5 –Programa de correio avançado

O ambiente integrado de teleinformática tem por diretriz básica viabilizar

a implantação da nova geração de serviços de correios. Também propicia

suporte às atividades operacionais a às funções administrativas. Abrange os

projetos:

• Rede de teleinformática denominada Correios-Net

• Sistema móvel de dados, com a utilização de comunicação rádio-

digitalizada no serviço de encomendas

• Correio eletrônico

3.1.6-Programa de adequação administrativa

Este programa engloba os recursos necessários às atividades de

suporte para a execução dos serviços e o desenvolvimento dos negócios, além

das relacionadas ao modelo institucional da ECT. Enfoca a modernização da

gestão empresarial, automação administrativa e sistemas de informação,

tendo, como diretriz geral, que os sistemas administrativos deverão ser

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reformulados, tendo em vista a racionalização dos processos de trabalho, para

sua posterior automação. Compreende os projetos:

• Contenção do crescimento da força de trabalho, sem prejuízo dos

aspectos qualitativos do efetivo, tendo por base, para o

dimensionamento do quadro, modelos quantitativos previamente

estabelecidos e aprovados;

• Desenvolvimento articulado de estratégia para a formação, atualização,

desenvolvimento, valorização e comunicação, visando a mobilização e

adesão participativa dos empregados aos objetivos dos Correios

• Automação administrativa.

1.9.1 - Programa de pesquisa e desenvolvimento

A crescente demanda dos Correios por tecnologia e a especificidade dos

equipamentos, materiais, produtos e meios adotados para a prestação dos

serviços, vêm exigindo da ECT à adoção de ações, muitas vezes improvisadas,

para o desenvolvimento desses recursos.

Busca-se, como diretriz, a sistematização dessas ações, concentrando,

em ambiente adequado, laboratórios, unidades de produção de protótipos e de

desenvolvimento, adaptação e aperfeiçoamento de sistemas e equipamentos,

para atender plenamente às necessidades atuais e futuras dos serviços,

compreendendo o projeto de implantação do Centro de Pesquisa e

Desenvolvimento.

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3.2 - Diretoria Regional / RJ

Figura 12: Organograma da DR/RJ Fonte: Intranet - CORREIOS

3.3 - GEREN (Gerência de Engenharia)

Figura 13: Organograma da GEREN/RJ Fonte: Intranet – CORREIOS

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3.4 - SMTA (Seção de Manutenção de Triagem Automática)

Figura 14: Organograma da SMTA (Seção de Manutenção de Triagem Automática)

Fonte: Intranet – CORREIOS

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Considerações Finais

O desenvolvimento desta pesquisa buscou proporcionar maior interesse

no conhecimento das ferramentas gerenciais no setor de manutenção

industrial, através da administração, demonstrando desta forma, que este setor

não é simplesmente operacional, e sim, que possui importância estratégica na

cadeia produtiva da organização, influenciando diretamente nas decisões dos

stakeholders da empresa.

Como se pode verificar durante o desenvolvimento da pesquisa, cada

vez mais a manutenção vem se firmando nas grandes empresas como elo de

integração entre as diversas instâncias responsáveis não apenas pela geração

de valor, mas também pela criação de uma ambiência organizacional que

garanta a conformidade e fomente a inovação voltada para a melhoria

continua, objetivando alcançar os resultados esperados em termos de

desempenho econômico-financeiro, seguindo a estratégia de gestão dos

negócios da empresa.

Analisando a pesquisa da empresa em que se focou o estudo,

verificamos que a importância administrativa no setor de manutenção, originou

um departamento especificamente de planejamento, responsável pelas

informações, decisões e estratégias do setor na logística do processo

organizacional. Porém, como uma tendência considerada nova no mercado, e

mais ainda, na organização em questão, ela ainda apresenta divergência em

sua aplicabilidade.

Foi observado que no terminal de embarque de minério da empresa,

ainda há um grande índice de manutenções corretivas em relação às

manutenções preventivas, e que outras metodologias mais inovadoras, que

estão sendo aplicadas no mercado, ainda não foram implantadas na

organização.

Verificamos ainda erro de gestão por haver falta de formalidade nas

normas dos índices de controles gerenciais, que durante o questionário foram

constatados em algumas respostas discrepantes entre os respondentes do

mesmo setor, ou por vezes entre outros setores. Mas o fator determinante é

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que todos possuem o conhecimento da importância das ferramentas

administrativas, do setor de planejamento de manutenção, e que este processo

é inserido na contabilização de uma produção enxuta, que é um diferencial na

atual competição mercadológica.

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