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1 7Wi UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GERENCIAMENTO DE PROJETOS: UM ESTUDO DE CASO DA SUPERVIA Rodrigo Carvalho dos Santos ORIENTADOR: Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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7Wi

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

GERENCIAMENTO DE PROJETOS: UM ESTUDO DE CASO

DA SUPERVIA

Rodrigo Carvalho dos Santos

ORIENTADOR: Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro 2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão de Projetos.

Rio de Janeiro 2013

GERENCIAMENTO DE PROJETOS: UM ESTUDO DE CASO

DA SUPERVIA

Rodrigo Carvalho dos Santos

3

AGRADECIMENTOS

A Deus por me conceder esta vitória. A meus pais pelo apoio e confiança em meu potencial. A minha noiva pelo companheirismo.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha querida família, meu pai, José Mauro, e minha mãe, Márcia Cristina, pelo apoio e exemplo de superação.

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RESUMO

A proposta da pesquisa é baseada na seguinte questão: Como

podemos avaliar a estratégia de gerenciamento de um projeto?

E no decorrer do estudo de casos reforça através dos resultados

apresentados o grau de importância ao gerenciamento dos projetos nas

empresas.

Objetivando desenvolver um estudo consistente dentro da proposta

inicial, esse trabalho assumiu algumas delimitações que devem ser levadas em

consideração na hora da interpretação do referencial teórico e também na

análise dos resultados. No que diz respeito à gestão de projetos, tem-se como

referência o guia Project Management Body of Knowledge (PMBOK, 2009),

Fundamentos do Gerenciamento de Projetos (FGV, 2009) e no que tange a

excelência na gestão empresarial, as referências são os cadernos de

excelência da (FNQ, 2008 a até i) que reúnem os conceitos que compõem os

critérios do PNQ.

6

METODOLOGIA

O projeto, propriamente dito, é avaliado, segundo Demo (1991), pela

sua qualidade política e pela sua qualidade formal. Qualidade política refere-se

fundamentalmente aos conteúdos, aos fins e à substância do trabalho

científico. Qualidade formal diz respeito aos meios e formas usados na

produção do trabalho. Refere-se ao domínio de técnicas de coleta e

interpretação de dados, manipulação de fontes de informação, conhecimento

demonstrado na apresentação do referencial teórico e apresentação escrita ou

oral em conformidade.

Para o desenvolvimento deste trabalho foi conduzida, inicialmente,

uma revisão da literatura no tocante à investigação e compreensão do conceito

de Gerenciamento de Projetos de acordo com os Fundamentos do

Gerenciamento do Projeto e de Excelência em Gestão de acordo com os

Cadernos de Excelência da FNQ, que reúnem os critérios do PNQ. Em

seguida, é apresentado um estudo de caso contemplando uma pesquisa, em

forma de questionário, aplicada ao Gestor de Projetos da empresa estudada.

Neste questionário foram avaliadas a importância e a aderência de cada

aspecto relativo a cada critério do PNQ com relação aos métodos e

ferramentas utilizados na gestão de projetos da empresa. Tal instrumento de

pesquisa tenta captar a subjetividade do entrevistado quantificando algo que é

essencialmente intangível, traduzindo em números sua percepção do assunto.

Após a aplicação do questionário foram utilizados gráficos radar para

a tabulação e análise dos dados obtidos com o mesmo. Através deste tipo de

gráfico é possível verificar de maneira mais fácil as maiores diferenças

existentes atualmente na empresa entre o grau de importância e aderência de

cada aspecto referente aos critérios do PNQ.

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INTRODUÇÃO

Atualmente, o mundo corporativo encontra-se em um ambiente em

que a competição mais acirrada entre as empresas exige a consecução de

modelos estratégicos cada vez mais bem sucedidos e, em contrapartida, com

utilização mínima de recursos. Vivenciando esse cenário, empresas que

desejam manter ou aumentar sua participação no mercado devem buscar

alternativas para sintetizar estas divergências. Uma opção que possibilita

orientar as organizações para o equacionamento definitivo desta questão é a

admissão de práticas estruturadas para o gerenciamento de seus projetos.

A gestão de projetos consolidou-se como metodologia, tornando-se

ferramenta obrigatória nas empresas que querem desenvolver e manter

vantagens competitivas (FRAME, 1999).

Nesse contexto, a gestão de projetos tende a crescer de importância

para as organizações de todos os tipos. Desde meados do século XX, a gestão

de projetos ampliou-se para abranger o mundo dos negócios. Para as

empresas, quanto mais alinhada estiver a administração de projetos com os

negócios e missões, mais vantagens serão alcançadas na competição (KING,

1993).

KATE (2000) acrescenta que o aumento da complexidade do mundo

dos negócios faz com que as empresas necessitem de uma maior capacidade

de coordenar, gerenciar e controlar suas atividades de maneira a responder

mais rapidamente aos estímulos externos. Essa coordenação e controle de

atividades são o foco do gerenciamento de projetos e está intimamente ligada

com o sucesso da implementação de estratégias de negócios por meio de

projetos.

Vivenciando este cenário, a Fundação Nacional da Qualidade

(FNQ), maior centro brasileiro de estudo, debate e irradiação de conhecimento

sobre excelência em gestão, busca conscientizar e disseminar os conceitos e

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fundamentos da excelência da gestão por meio do Prêmio Nacional da

Qualidade (PNQ).

Os critérios adotados pelo PNQ, em função de sua flexibilidade e,

principalmente, por não prescrever ferramentas e práticas de gestão

específicas, podem ser úteis para avaliação, diagnóstico e desenvolvimento do

sistema de gestão de qualquer tipo de organização.

A partir do cenário descrito, o objetivo deste estudo é empregar e

associar os critérios do PNQ às práticas de gerenciamento de projetos da

SuperVia.

O objetivo deste trabalho é analisar a gestão de projetos de uma

empresa com base nos critérios do PNQ. Para isso, será realizada uma

pesquisa na empresa com o propósito de compreender a importância e

aderência desses conceitos.

O trabalho, portanto, torna-se bastante relevante para as

organizações que desejam alcançar a excelência em gerenciamento de

projetos a partir do alinhamento das melhores práticas de gestão de projetos

com os conceitos e fundamentos apresentados para a avaliação do PNQ.

Pode-se ressaltar também que o presente trabalho reflete o

interesse do autor pela área de gestão de projetos e gestão da qualidade, que

são de extrema importância para o trabalho do Gestor de Produção Industrial.

Objetivando desenvolver um estudo consistente dentro da proposta

inicial, esse trabalho assumiu algumas delimitações que devem ser levadas em

consideração na hora da interpretação do referencial teórico e também na

análise dos resultados. No que diz respeito à gestão de projetos, tem-se como

referência o guia Project Management Body of knowledge (PMBOK, 2009),

Fundamentos do Gerenciamento de Projetos (FGV, 2009) e no que tange a

excelência na gestão empresarial, as referências são os cadernos de

excelência da (FNQ, 2008 a até i) que reúnem os conceitos que compõem os

critérios do PNQ.

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No primeiro capítulo tem-se a fundamentação teórica que está

dividida em: O Fundamento do Gerenciamento de Projetos (FGV, 2009),

PMBOK e o Modelo de Excelência de Gestão produzido pela FNQ.

O segundo capítulo tem como finalidade apresentar e esclarecer os

aspectos relevantes dos critérios do Prêmio Nacional da Qualidade.

No terceiro capítulo tem-se o modelo de pesquisa proposto, em que

são esclarecidos os procedimentos de execução, apresentação e análise dos

dados do estudo de caso.

No quarto capítulo é apresentada a empresa (objeto de estudo desta

pesquisa) em forma de pesquisa de campo, incluindo os planos de melhoria

desenvolvidos a partir da análise da pesquisa.

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CAPÍTULO I

GESTÃO DE PROJETOS

A seção tem como finalidade apresentar os conceitos e definições

contidos no Livro Fundamentos do Gerenciamento de Projetos e da Apostila de

Gestão de Projetos do curso de MBA ambos pertencentes a (FGV

MANAGEMENT, 2009). Qualquer referência adicional será citada no corpo do

texto.

1.1. Projetos

Segundo o PMBOK, projeto é um esforço temporário empreendido

para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Portanto, necessita de

objetivos claros, medida de resultados data de início e término que atendam

aos requisitos negociados e explícitos dos principais envolvidos (stakeholders).

Os principais envolvidos são as pessoas e organizações, como clientes,

patrocinadores, organizações executoras e o público, que estejam ativamente

envolvidas no projeto ou cujos interesses possam ser afetados de forma

positiva ou negativa pela execução ou término do projeto. Eles podem também

exercer influência sobre o projeto e suas entregas.

Segundo a (NBR ISO 10.006, 2000), um projeto é um processo

único, consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com

datas para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme

requisitos específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos.

Complementando as definições apresentadas, o PMBOK acrescenta

que cada projeto cria um produto, serviço ou resultado exclusivo. Embora

elementos repetitivos possam estar presentes em algumas entregas do projeto,

essa repetição não muda a singularidade fundamental do trabalho do projeto.

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1.2. Gerenciamento de Projetos

O Gerenciamento de Projetos é um ramo da Ciência da

Administração que trata do planejamento, execução e controle de projetos. Em

um mercado com dezenas de ofertas para cada tipo de produto, é o cliente que

dita o sucesso das empresas e isso tem levado as organizações a viverem em

permanente estado de mudança, seja lançando um novo produto ou inovando

o atual , seja efetuando uma ampliação ou modificação na linha de produção,

seja efetuando mudanças administrativas.

Todas as mudanças visam a tornar a empresa mais competitiva.

Cada mudança é um empreendimento ou projeto, ou seja, um esforço

temporário (possui data de início término) que tem por finalidade produzir um

bem (produto ou serviço) com as características peculiares que diferenciam de

outros que, eventualmente, já tenham sido produzidos Assim sendo, navegar

na arena de negócios exige, atualmente, o domínio das mais modernas

metodologias de Gerenciamento de Projetos.

O PMBOK apresenta sua definição da seguinte forma: o

gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades,

ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus

requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação e da

integração dos seguintes processos de gerenciamento de projetos: iniciação,

planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento.

Gerenciar um projeto inclui:

• Identificação das necessidades;

• Estabelecimento de objetivos claros e alcançáveis;

• Balanceamento das demandas conflitantes de qualidade, escopo,

tempo e custo;

12

• Adaptação das especificações, dos planos e da abordagem às

diferentes preocupações e expectativas das diversas partes

interessadas.

1.2.1. Gerente de Projetos

O gerente de projeto precisa de um conjunto básico de

conhecimentos para que possa desempenhar as suas funções. O gerente de

projeto ideal deve possuir habilidades gerenciais como liderança, decisão,

comunicação, capacidade de influenciar pessoas, negociação, resolução de

conflitos; conhecimento gerencial como, técnicas de gerenciamento de projetos

e de pessoas e, principalmente, o conhecimento técnico dos temas a serem

tratados no projeto, conhecimento da organização onde o projeto será

executado como, por exemplo, a cultura organizacional e pessoas-chave.

O gerente de projetos não necessita ser um especialista na área

técnica do projeto. Porém, em projetos de pequeno vulto, esta experiência

pode ser um diferencial. Em um grande projeto, por meio de sua capacitação

gerencial e da contribuição de um bom e competente staff, o gerente tem

plenas condições de obter sucesso. Assim sendo, os gerentes são de modo

frequente chamados a gerenciar e coordenar o trabalho de especialistas cujas

atividades e níveis de conhecimento não se encaixam na sua própria

especialização.

Tanto em casos como esses como em outras situações, o gerente

precisa entender que os projetos não são realizados por pessoas que

trabalham isoladamente, e sim por pessoas competentes e motivadas. Porém,

ao delegar competências na equipe o gerente esta delegando autoridade e não

responsabilidade. Assim, é necessário que o acompanhamento das ações seja

feito pelo gerente do projeto. Como o gerente não consegue ser onipresente é

importante que ele dê prioridade ao acompanhamento do que for mais

importante/crítico no projeto.

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Assim, efetivos e bem sucedidos gerentes de projetos são como

mestres de uma bateria de escola de samba, que não necessitam tocar todos

os instrumentos, mas devem obter o melhor de seus especialistas.

1.3. Os Intervenientes (Stakeholders ou Partes Interessadas) do

Projeto

Projetos são iniciados, planejados, executados, controlados, e

encerrados por pessoas, que são o elo fundamental do gerenciamento do

projeto. O termo Stake no mundo corporativo significa participação, interesse

ou financiador de algum empreendimento. As partes interessadas (pessoas ou

organizações) são todas as envolvidas no projeto, que possam ser afetadas ou

exercer alguma influência, positiva ou negativa, nos seus objetivos e resultados

finais.

Segundo o PMBOK, as partes interessadas são entidades

ativamente envolvidas no projeto ou cujos interesses podem ser afetados pela

execução do projeto. Elas também podem exercer influência sobre o projeto,

suas entregas e sobre os membros da equipe do projeto. A equipe de

gerenciamento do projeto precisa identificar as partes interessadas, tanto

internas quanto externas, a fim de determinar os requisitos e as expectativas

em relação ao projeto de todas as partes envolvidas. Além disso, o gerente do

projeto precisa gerenciar a influência das várias partes interessadas em relação

aos requisitos do projeto para garantir um resultado bem-sucedido.

Os principais stakeholders são:

• Gerente do Projeto: pessoa responsável pelo gerenciamento do

projeto;

• Cliente: pessoa ou organização que irá utilizar o produto ou

serviço do projeto;

• Membros da equipe: pessoas que compõem a equipe do projeto;

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• Organização executora: empresa em que o projeto está sendo

executado;

• Patrocinador (sponsor): pessoa ou grupo, dentro ou fora da

organização executora, que provê recursos financeiros e/ou apoio

institucional para a execução do projeto.

1.4. O Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Os projetos e seu gerenciamento são executados em um ambiente

mais amplo que o do projeto propriamente dito. A compreensão desse contexto

mais amplo ajuda a garantir que o trabalho seja conduzido em alinhamento aos

objetivos da empresa e gerenciado de acordo com as metodologias e práticas

estabelecidas pela organização.

A organização ou os gerentes de projetos podem dividir projetos em

fases para oferecer melhor controle gerencial com ligações adequadas com as

operações em andamento na organização executora. Coletivamente, essas

fases são conhecidas como o ciclo de vida do projeto. Muitas organizações

identificam um conjunto específico de ciclos de vida para serem usados em

todos os seus projetos.

Os projetos variam em tamanho e complexidade. Independente das

características do projeto em questão, todos possuem uma estrutura de ciclo

de vida que compreende as seguintes etapas:

1. Iniciação: fase em que se define o escopo do projeto, os recursos

necessários e os critérios de aceitação do produto;

2. Planejamento: nessa fase se define e refina o objetivo do projeto,

planejam-se as ações necessárias para atingir os objetivos e o escopo para o

qual se propõe o projeto. Nessa fase são desenvolvidos planos auxiliares para

a gestão do projeto (plano de qualidade, comunicação, riscos, suprimentos e

recursos humanos);

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3. Execução: integra as pessoas e os outros recursos para colocar

em prática o plano do projeto. É geralmente nessa fase em que ocorre a maior

parte do esforço/dispêndio do projeto;

4. Controle: ocorre em paralelo à execução. Mede e monitora o

progresso para identificar variações em relação ao planejado para que ações

corretivas sejam disparadas quando necessário;

5. Encerramento: formaliza a aceitação do projeto, serviço ou

resultado. Nessa fase também são registradas lições aprendidas durante o

projeto.

1.5. As Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos

Para o gerenciamento de projetos é necessário aplicação de

conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas, a fim de atender ao

propósito para o qual ele está sendo executado. A metodologia de

gerenciamento de projetos do PMBOK é dividida em nove áreas de

conhecimento onde, em cada uma delas, são apresentados os processos

necessários para um gerenciamento bem sucedido. As nove áreas são estas:

1. Gerenciamento do Escopo do Projeto – são os processos

envolvidos na verificação de que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e

apenas o trabalho necessário, para que seja concluído com sucesso;

2. Gerenciamento do Tempo do Projeto – são os processos

necessários para que haja o término do projeto no prazo correto;

3. Gerenciamento do Custo do Projeto – são os processos

envolvidos em planejamento, estimativa, orçamento e controle de custos, de

modo que o projeto termine dentro do orçamento aprovado;

4. Gerenciamento da Qualidade do Projeto – são os processos

envolvidos na garantia de que o projeto irá satisfazer os objetivos para os quais

foi realizado;

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5. Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto – são os

processos que organizam e gerenciam a equipe do projeto;

6. Gerenciamento da Comunicação do Projeto – são os processos

relativos à geração, coleta, disseminação, armazenamento e destinação final

das informações do projeto de forma oportuna e adequada;

7. Gerenciamento dos Riscos do Projeto – são os processos

relativos à realização do gerenciamento das ameaças e oportunidades em um

projeto;

8. Gerenciamento de Aquisições do Projeto – são os processos que

compram ou adquirem produtos, serviços ou resultados, além dos necessários

a gerenciamento de contratos;

9. Gerenciamento da Integração do Projeto – são os processos que

integram os diversos elementos do gerenciamento de projetos, que são

identificados, definidos, combinados, unificados e coordenados dentro dos

grupos de processos de gerenciamentos de projetos.

A figura 1 apresenta este modelo de gerenciamento de projetos.

Figura 1: Áreas de conhecimento da metodologia de gerenciamento de projetos

Fonte: Critérios da Excelência. (PMBOK, 2004). Acesso em

http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-03/gerencia-de-projetos--

apresentacao-sec-cidades-e-semarh.pdf

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CAPÍTULO II

PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE (PNQ)

Este tópico tem como finalidade apresentar e esclarecer os aspectos

relevantes dos critérios do PNQ. Para tal, serão utilizadas como referência as

publicações da FNQ Cadernos de Excelência: Clientes/Estratégias e

Planos/Informações_e_Conhecimento/Liderança/Pessoas/Processos/Resultad

os/Sociedade listadas na bibliografia. Qualquer referência adicional será citada

no corpo do texto.

Os prêmios de excelência em qualidade e negócios, que

reconhecem o desempenho organizacional de excelência, emergiram como um

componente importante de produtividade e de qualidade, fornecendo modelos

a partir de conceitos fundamentais da gestão pela qualidade total para alcançar

o desenvolvimento organizacional e o sucesso do negócio em longo prazo.

Assim, o crescimento de prêmios de excelência tem encorajado

empresas a adotarem estes modelos de gestão para auto-avaliação

organizacional.

No Brasil, o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), foi criado em

1992, sob a administração da então denominada Fundação para o Prêmio

Nacional da Qualidade (FPNQ).

O Prêmio busca promover:

• Amplo entendimento dos requisitos para se alcançar a excelência

do desempenho e, portanto, a melhoria da competitividade;

• Ampla troca de informações sobre métodos e sistemas de gestão

que alcançaram sucesso e sobre os benefícios decorrentes da

utilização dessas estratégias.

O PNQ tem como referência o Modelo de Excelência da Gestão

(MEG), cuja característica mais importante é a de ser um modelo sistêmico,

18

portanto, com o benefício de buscar a estruturação e o alinhamento dos

componentes da gestão das organizações sob a ótica de um sistema. O

Modelo estabelece uma orientação integrada e interdependente para gerir uma

organização. Considera que os vários elementos da organização e as partes

interessadas interagem de forma harmônica e balanceada nas estratégias e

resultados.

Assim, o MEG permite que os vários elementos de uma organização

possam ser implementados e avaliados em conjunto, de forma interdependente

e complementar.

A seguir são apresentadas algumas características importantes do

Modelo de Excelência da Gestão da FNQ:

• Proporciona um referencial para a gestão de organizações, na

forma de um modelo completo e reconhecido mundialmente;

• É atualizado anualmente com base em práticas de gestão de

organizações de Classe Mundial;

• É direcionado aos resultados do negócio;

• Não indica formas preestabelecidas de implementação;

• Promove o aprendizado organizacional;

• Enfatiza a integração e o alinhamento sistêmico;

• Permite um diagnóstico objetivo e a medição do grau de

maturidade da gestão.

2.1. A Estrutura do MEG

A representação do MEG da FNQ organiza os seus oito Critérios de

forma sistêmica, evidenciando o seu caráter interdependente e complementar,

visando à geração de resultados. A Figura 2 apresenta estes critérios.

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De acordo com o MEG, a organização pode ser considerada como

um sistema orgânico, adaptável ao ambiente externo. Os vários elementos do

Modelo encontram-se imersos num ambiente de informação e conhecimento, e

relacionam-se de forma harmônica e integrada, voltados para a geração de

resultados.

2.2. Critérios da Excelência

Este tópico tem como finalidade apresentar e esclarecer os critérios

do PNQ. São eles: Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade,

Pessoas, Resultados e Processos.

2.2.1. Liderança

A liderança deve ser entendida como um conjunto de práticas e

ações em todos os níveis da organização. Considera aspectos relativos à

governança que promove a responsabilidade corporativa e a forma de atuação

da Direção. A liderança baseia-se em valores e princípios e leva à mobilização

Figura 2: Representação do Modelo de Excelência da Gestão

Fonte: Critérios da Excelência. (FNQ, 2008). Acesso em

http://www.fnq.org.br/avalie-se/metodologia-meg/modelo-de-excelencia-da-gestao

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da força de trabalho, não se restringindo somente à manifestação exclusiva e

pessoal de um único executivo de escalão superior.

A liderança que é exercida em nível da governança deve promover o

tratamento igualitário e justo entre os detentores de participação, pautar-se por

propor e praticar a ética e a transparência. Ela deve estar atenta aos riscos

buscando minimizar a probabilidade de eventos adversos aos objetivos dos

projetos da organização, ampliando-se assim as chances de sucesso.

Desenvolver a competência do líder nesta área é requisito fundamental para a

governança da organização.

O exercício da liderança pressupõe que os líderes na Direção sirvam

de exemplo para todos, a partir de seu comportamento ético e transparente, de

suas habilidades de planejamento, comunicação e análise. Isso é que revela a

cultura e as necessidades de mudanças culturais e estimula as pessoas a

buscarem a excelência. A organização voltada para a excelência busca o

engajamento de todos os líderes, para que eles possam sensibilizar todos os

demais colaboradores da organização.

As ações dos líderes devem conduzir ao estabelecimento e

manutenção de relações com todas as partes interessadas, de forma a obter

também o comprometimento necessário para concretizar a visão da

organização atuando como parte de uma rede no mercado e na sociedade.

Estabelecer um sistema de governança considerando um processo para

levantamento e mapeamento de riscos, tomada de decisões e promover a

análise do desempenho da organização por meio de processos estruturados

que indicam os resultados alcançados, são ações fundamentais da liderança. A

liderança esclarecida é responsável pela trajetória sustentável e de progresso

da organização, alavancando os resultados e compensações e por minimizar a

probabilidade de eventos adversos aos objetivos da organização, protegendo

os interesses de todas as partes interessadas.

O Critério está organizado em três temas principais. O primeiro

referente à Governança Corporativa aborda a atuação dos sócios detentores

da propriedade, conselheiros, representantes de partes interessadas,

21

comunidades, poder público e demais líderes para aprimorar o nível de

confiança entre as partes interessadas, em condições de impactar

favoravelmente o valor, a sustentabilidade financeira, social e ambiental e a

imagem da organização. Considera a implementação de controles sobre a

direção, a geração de valores e princípios agregadores, as regras de conduta e

tratamento das questões éticas para os integrantes de sua administração,

assim como gestão de riscos e o processo decisório e de comunicação ampla.

O segundo referente ao Exercício da Liderança aborda a forma de

exercício da liderança, a interação da direção com as partes interessadas.

Aborda ainda as mudanças culturais, a diversidade de ideias necessárias à

busca da excelência, baseada no conjunto de valores e princípios

compartilhados entre a direção e a força de trabalho em coerência com as

propostas da governança corporativa. Esses valores e princípios, entendidos

em toda a organização, são utilizados pela Direção como guia e inspiração na

consecução das estratégias; implementação dos processos e práticas de

gestão, definindo padrões de trabalho e assegurando o seu cumprimento por

meio de mecanismos de controle estruturados. Trata dos elementos

necessários ao desenvolvimento da liderança e da preparação dos líderes

como também das formas do aprendizado da organização; e do

desenvolvimento da inovação.

O terceiro referente à Análise do Desempenho da Organização

aborda como os líderes analisam o desempenho da organização, incluindo a

avaliação do atendimento aos principais requisitos das partes interessadas, em

alinhamento com a estratégia organizacional.

Foram analisados 12 itens do critério Liderança. São eles:

1. Transparência, valores e princípios organizacionais;

2. Conduta e comportamento ético;

3. Interação, alinhamento e mobilização das pessoas;

4. Identificação, avaliação e desenvolvimento de líderes;

22

5. Verfificação do cumprimento de padrões de trabalho;

6. Aprendizado;

7. Comparação de desempenho;

8. Comparação para melhoria de processos;

9. Avaliação do desempenho do Projeto;

10. Análise do desempenho do projeto;

11. Avaliação do alcance da estratégias da organização;

12. Acompanhamento das tomadas de decisão.

2.2.2. Estratégias e Planos

A formulação das estratégias é de extrema importância para o

sucesso de uma organização. Ela ocorre por meio de processos gerenciais que

contribuem diretamente para a geração de opções para escolhas vitais como a

dos recursos a aplicar, das posições a ocupar e dos relacionamentos a manter.

A implementação das estratégias significando o seu desdobramento,

realização e atualização é um desafio permanente no caminho de sucesso de

uma organização.

A formulação das estratégias aborda o processo de planejamento,

que visa definir os caminhos que a organização deve trilhar para tornar real

uma visão de futuro, a partir da identificação de forças restritivas e impulsoras,

externas e internas, decorrentes de uma análise ambiental. Esses caminhos

são traduzidos em objetivos estratégicos a serem perseguidos e monitorados

ao se tratar a correlação dessas forças, a fim de viabilizar produtos

competitivos e rentáveis no mercado e maximizar os resultados para as partes

interessadas.

O processo de formulação ocorre geralmente com base em uma

sequência controlada de eventos, que tem início com análises ambientais e

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termina com as estratégias definidas. Essas atividades são geralmente

executadas pela liderança da organização e, dependendo do porte da mesma,

envolvem outros níveis da estrutura.

Foram analisados 04 itens do critério Estratégias e Planos. São eles:

1. Análise do ambiente interno;

2. Definição das estratégias do projeto;

3. Envolvimento das áreas e partes interessadas;

4. Definição de metas e planos de ação.

2.2.3. Clientes

O conceito de cliente refere-se àquelas organizações e pessoas que

recebem os produtos oferecidos pela organização.

As características e atributos dos produtos é que adicionam valor

aos clientes, intensificam sua satisfação, determinam suas preferências e os

tornam fiéis. Isso define a importância que a organização deve dar às diversas

etapas do seu envolvimento com os clientes, no que se refere às suas

necessidades e expectativas: identificação (definição das especificações),

produção do bem ou serviço (entrega) e percepção do cliente e do mercado. A

organização com foco no cliente está atenta a todas essas etapas, procurando

minimizar a ocorrência de falhas que comprometam o produto entregue ao

cliente.

A qualidade é definida pelo cliente. A melhoria dos processos e dos

produtos precisa ter como objetivo a antecipação das necessidades futuras dos

clientes. (DEMING, 1990).

O Critério “Clientes” está diretamente relacionado com o fundamento

“Foco no cliente” que está estruturado ao Relacionamento com clientes.

24

Ø Relacionamento com Clientes

O relacionamento é um recurso fundamental para o entendimento e

a gestão das necessidades e expectativas dos clientes, bem como para o

desenvolvimento de novos negócios. É importante que os canais de

relacionamento escolhidos pela organização estejam de acordo com os tipos

de clientes e que a existência desses canais seja convenientemente

comunicada, por exemplo, por meio de folhetos, propaganda, rótulos dos

produtos.

No momento de fazer a gestão das reclamações e sugestões é

indispensável que sejam incluídas a análise das causas e a determinação de

prioridades, com base no impacto das demandas nos custos, na retenção do

cliente e na imagem da organização.

É comum o uso pelas organizações de procedimentos de tratamento

de reclamações e sugestões pertencentes a sistemas de gestão como o ISO

9001 e o 14001 destacando a fonte da demanda como originária de cliente.

O acompanhamento das transações é uma forma de realimentação

processada na organização para evitar problemas de relacionamento, em que

se procura verificar o desempenho dos produtos e, até mesmo, o atendimento

durante todo o processo de fornecimento do produto ou serviço. O

acompanhamento das transações demonstra a consideração com o cliente,

sendo um forte mecanismo de aumento da satisfação e fidelização.

As organizações de Classe Mundial sabem que conquistar novos

clientes custa muito mais caro do que manter clientes já existentes. Assim, a

busca da fidelidade dos mesmos é economicamente mais interessante.

O fortalecimento da relação com os clientes vem não apenas pela

sua satisfação com o produto ou serviço oferecido, mas também pela

estruturação de uma forma constante (sistemática) de relacionamento em que

a credibilidade, a confiança e a lealdade estejam presentes.

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Foram analisados 04 itens do critério Clientes. São eles:

1. Definição dos clientes-alvo;

2. Divulgação do projeto;

3. Envolvimento;

4. Tratamento das reclamações.

2.2.4. Sociedade

A organização que pretende implementar uma cultura da excelência

deve estar preparada para atuar proativamente no que se refere ao

atendimento das necessidades da sociedade. Para essa organização, não é

suficiente atender aos requisitos legais e regulamentares. É necessário

procurar superá-los, com a convicção de que ao longo do tempo os requisitos

serão cada vez mais exigentes, em função dos níveis crescentes de

conscientização da sociedade. Nesse sentido, deve preservar os recursos

ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e

promovendo a redução das desigualdades sociais.

O valor da organização depende de sua credibilidade perante a

sociedade e de seu reconhecimento público. Por esta razão, o zelo com a

imagem perante a sociedade é elemento fundamental para o sucesso e a

perenidade da organização.

O Critério Sociedade contempla dois temas: Responsabilidade

Socioambiental e Desenvolvimento Social.

A Responsabilidade socioambiental contém requisitos cuja finalidade

é orientar a organização para a importância de minimizar quaisquer impactos

negativos (ambientais e sociais) que seus processos, produtos e instalações

possam representar para a sociedade, bem como para a conservação dos

recursos e a preservação dos ecossistemas. É importante destacar que esses

26

conceitos devem ser considerados durante todo o ciclo de vida do produto, ou

seja, desde o projeto até a disposição final.

O Desenvolvimento social reúne os requisitos necessários para que

uma organização direcione sua força de trabalho e parceiros para o

fortalecimento da sociedade, por meio de projetos sociais alinhados às

necessidades das comunidades.

Foram analisados 05 itens do critério Sociedade. São eles:

1. Eliminação/Minimização dos aspectos Sociais e Ambientais;

2. Ações para o desenvolvimento Sustentável;

3. Acesso aos produtos e instalações da Organização;

4. Avaliação do grau de Satisfação da Sociedade;

5. Imagem perante a Sociedade.

2.2.5. Informações e Conhecimento

Para alcançar a excelência é primordial que as pessoas estejam

plenamente informadas e que analisem continuamente as informações,

transformado-as em conhecimento, a fim de poder compartilhá-lo,

desenvolvendo permanentemente os ativos de conhecimento da organização.

As informações e o conhecimento são os principais insumos para o

planejamento estratégico e a comunicação necessária para a excelência da

gestão.

A gestão das informações requer a identificação de necessidades e

a implementação de sistemas para assegurar acesso e agilidade na análise

das situações de interesse, alavancar o negócio e promover a integração com

partes interessadas, bem como a atualização tecnológica dos sistemas

desenvolvidos, a disponibilização plena aos usuários e a segurança das

informações.

27

A comparação com os resultados de outras organizações propicia a

avaliação do nível de desempenho alcançado, identificando-se diferenciais

favoráveis, a serem mantidos, ou desfavoráveis, a serem tratados, além de

viabilizar a definição de metas desafiadoras baseadas em fatos. A comparação

da configuração e do desempenho de produtos e processos, incluindo-se os

processos gerenciais, com os de finalidade similar de outras organizações

propicia a descoberta de novas possibilidades, induzindo o aprendizado e a

inovação, e aumentando o diferencial competitivo.

§ Informações da Organização

As organizações lidam com uma enorme quantidade de fatos e

dados, gerando informações, que são coletadas, tratadas, guardadas e

disponibilizadas, sistematicamente aos usuários internos e externos por meio

de sistemas de informação. Essas informações permitem a avaliação do êxito

de sua missão, de suas estratégias e de seus processos e produtos, permitindo

decidir, em todos os níveis de gerenciamento, sobre as direções a serem

dadas aos seus planos. Em geral, os sistemas de informação são

implementados por meio de aplicativos informatizados.

A configuração e otimização dos sistemas de informação devem

partir da identificação regular de necessidades de coletar, tratar, guardar e

disponibilizar informação de três tipos principais:

• Apoio às operações diárias;

• Acompanhamento do progresso dos planos de ação;

• Subsídio ao processo de tomada de decisões.

Um plano de informatização, ou similar, é elaborado, mantido

atualizado e implementado periodicamente, considerando as necessidades dos

usuários, que são consultados regularmente para expressarem suas

necessidades. Para isso são utilizados canais de comunicação entre os

usuários e os supridores dos sistemas de informação, como pesquisas,

reuniões ou entrevistas.

28

A atualização tecnológica dos sistemas de informação é um grande

desafio, não só em razão da complexidade da tecnologia e velocidade do

desenvolvimento, mas, principalmente, por causa da dificuldade de avaliar as

tecnologias necessárias para sustentar as estratégias e produzir diferenciais

competitivos para a organização.

§ Informações Comparativas

As organizações se inter-relacionam em uma rede e, portanto, não

operam isoladamente. Algumas se tornam alvo de diversos tipos de

comparação. Assim, não é possível falar em excelência da gestão que leva ao

aumento de competitividade sem tratar das informações comparativas.

Para alcançar níveis de excelência e aumentar a competitividade,

não basta assegurar a melhoria contínua dos resultados, produtos e processos.

É preciso olhar com atenção para o mercado e realizar comparações para

conhecer o nível de excelência ou de competitividade alcançado e para

evidenciar oportunidades de melhoria.

As fontes de informações comparativas necessárias para avaliar a

consecução das estratégias e dos principais processos e para estabelecer

metas de competitividade e excelência costumam ser definidas durante o ciclo

de planejamento. Essas fontes de informações são geralmente identificadas

para direcionar as atividades de estudos de características de produtos e

processos com finalidade similar, de concorrentes e de outras organizações

referenciais, também chamados de processo de benchmarking.

Um aspecto essencial do benchmarking é a necessidade de

adaptação das informações comparativas obtidas externamente à realidade e à

cultura da organização.

2.2.6. Ativos Intangíveis

Os ativos intangíveis são bens e direitos não palpáveis reconhecidos

pelas partes interessadas como “patrimônio” da organização e considerados

relevantes para determinar o seu valor. Os ativos intangíveis estão associados

29

ao acervo de conhecimentos e outras condições geradoras do diferencial

competitivo que agregam valor à organização e podem abranger ativos de

mercado, humanos, de propriedade intelectual, de infra-estrutura, dentre

outros.

Uma vez identificados esses ativos, é preciso avaliar, com base em

fatos, a sua expansão, já que a sua tradução em ativos financeiramente

contabilizáveis não é possível (são intangíveis).

A organização deve identificar e reconhecer claramente qual é o

acervo de conhecimentos críticos associado a cada ativo identificado, a fim de

possibilitar um foco especial no seu desenvolvimento. Isso pode ser realizado

pela análise crítica consensual dos gestores e especialistas seniores

envolvidos com o ativo, utilizando, por exemplo, ferramentas como

brainstorming, análise de pareto e diagramas de causa-e-efeito. Uma vez

identificado esse acervo de conhecimento crítico, a organização pode focar o

seu tratamento e seu compartilhamento de forma mais eficiente.

Foram analisados 05 itens do critério Informações e Conhecimento.

São eles:

Necessidade de lidas com as informações;

1. Estruturação de Sistemas de Informação;

2. Utilização e atualização de tecnologia;

3. Disponibilização e segurança das informações;

4. Intensificação da satisfação.

2.2.7. Pessoas

Ao analisar os requisitos do Critério Pessoas, é fundamental uma

reflexão a respeito de quais são as pessoas que a direção da organização deve

ter em mente. Historicamente, ao se pensar nas pessoas de uma organização,

ou seja, em quem executa os seus processos, sempre se consideram aquelas

30

que mantêm com ela vínculo empregatício, normalmente chamados de

empregados, funcionários ou colaboradores. Porém, devido às diversas

alterações que as organizações têm incorporado ultimamente em seu

gerenciamento, estes personagens não são atualmente os únicos que atuam

nas mesmas e que contribuem para a obtenção dos resultados. Por essa

razão, é expandido o conceito de pessoas para força de trabalho como sendo

pessoas que compõem uma organização e que contribuem para a consecução

de suas estratégias, objetivos e metas, tais como empregados em tempo

integral ou parcial, temporários, autônomos e contratados de terceiros que

trabalham sob a coordenação direta da organização.

O Critério Pessoas está estruturado em três temas: Sistemas de

trabalho, Capacitação e desenvolvimento e Qualidade de vida.

Ø Sistemas de Trabalho

O tema Sistemas de Trabalho enfoca as formas como a organização

proporciona à sua força de trabalho as condições para definir e executar seus

processos. Inclui como as pessoas são organizadas, visando assegurar

condições adequadas de trabalho no que se refere a aspectos como

cooperação, comunicação, autonomia, estrutura de cargos e outros. Esses

aspectos são reconhecidos como importantes para que as pessoas tenham a

possibilidade de utilizar plenamente seu potencial. Este tema contempla os

seguintes temas:

• Seleção e contratação: toda organização deve manter processos

de seleção e contratação, tanto para assegurar o efetivo e o conhecimento nos

níveis necessários para suas atividades, como para atender a novas demandas

em caso de crescimento. As práticas de seleção e contratação devem levar em

consideração os requisitos de desempenho, igualdade e justiça perante a força

de trabalho, bem como as estratégias e as necessidades do modelo de negócio

da organização.

31

• Integração, cooperação e comunicação: um sistema

organizacional é composto por diversos subsistemas inter-relacionados e

interdependentes. O desempenho de uma organização depende, entre outros

aspectos, do nível de entendimento que as pessoas que nela atuam tenham

das relações de interdependência entre os diversos componentes da mesma e

da forma como perseguem os mesmos objetivos. Isso implica a necessidade

de uma comunicação eficaz, integração e cooperação entre todas as pessoas,

mesmo que trabalhem em áreas e localidades diferentes.

• Integração dos recém-contratados: após a contratação de

novos membros para a força de trabalho, é fundamental que a organização

desenvolva atividades de integração, com o objetivo de assegurar que esses

novos membros recebam as informações mínimas necessárias para iniciar

suas atividades. Normalmente, são realizados programas de integração, que

incluem, por exemplo, a comunicação das políticas e valores da organização e

orientações sobre segurança.

• Gerenciamento do desempenho: essa é uma atividade crítica

para o sucesso de qualquer organização. A forma como o desempenho é

medido sinaliza para as pessoas o que a organização quer delas. As práticas

de avaliação são também importantes para identificar necessidades de

treinamento e desenvolvimento, assim como oportunidades de

desenvolvimento de carreira.

• Remuneração, reconhecimento e incentivos: a organização

deve utilizar-se dessas práticas para estimular o alcance de metas e o

desenvolvimento da cultura da excelência. Razão pela qual se recomenda que

as organizações façam uma vinculação adequada entre esses elementos de

mobilização e o aumento do desempenho e a busca da excelência.

Ø Capacitação e Desenvolvimento

Esse tema aborda as atividades de capacitação e desenvolvimento

da força de trabalho, desde a fase de identificação das necessidades,

passando pela realização e avaliação da eficácia, levando em conta as

32

estratégias da organização. Destaca-se o fato de que este tema aborda

explicitamente o desenvolvimento da cultura da excelência e também o

desenvolvimento pessoal (além do desenvolvimento profissional) dos

componentes da força de trabalho.

Para assegurar que a força de trabalho poderá utilizar plenamente

seu potencial de contribuição, a organização deve proporcionar a capacitação e

o desenvolvimento adequados. Isso deve ser feito tanto para as pessoas que

ingressam na força de trabalho quanto para os integrantes da mesma, à

medida que estes evoluem na carreira e ocupam diferentes posições dentro da

organização.

Os programas de capacitação e desenvolvimento devem ser

definidos de forma a compatibilizar os seguintes tipos de necessidades:

• Necessidades operacionais da organização: são aquelas voltadas

para garantir o desempenho das operações, normalmente associadas à

capacitação das pessoas para executar os processos atuais, identificadas com

base nas lacunas observadas tanto no desempenho das pessoas (avaliações

de desempenho) como no desempenho dos processos (não-conformidades de

produtos, processos e sistemas).

• Necessidades estratégicas da organização: são aquelas voltadas

para assegurar a preparação das pessoas para as necessidades futuras da

organização (novos processos, novos produtos, novas instalações, novas

metodologias), identificadas com base nos planos estratégicos.

• Necessidades das pessoas: são aquelas voltadas para

desenvolver as pessoas e capacitá-las para seus novos passos de carreira,

normalmente identificadas com base no perfil e aspirações individuais das

pessoas.

O sucesso das pessoas depende das oportunidades que lhe são

oferecidas para aprender e de um ambiente favorável ao pleno

desenvolvimento de suas habilidades. Por esta razão, é importante que a

33

organização estabeleça práticas voltadas a desenvolver a força de trabalho,

pessoal e profissionalmente, isto é, de forma integral.

Ø Qualidade de Vida

O tema Qualidade de Vida considera que a organização precisa, de

um lado, ser capaz de atrair e reter as pessoas que necessita para suas

operações e para suas estratégias e, de outro, manter um clima organizacional

que proporcione à força de trabalho e a utilização máxima de seu potencial, de

forma a assegurar o alto desempenho.

Também orienta que as organizações que buscam a excelência

dêem grande prioridade à preservação da integridade física de sua força de

trabalho, razão pela qual as práticas voltadas para a saúde ocupacional,

segurança e ergonomia devem ser tratadas com atenção.

Para isso, as empresas devem estabelecer métodos que

identifiquem os perigos e riscos envolvidos em suas operações e definam

formas de reduzir sua importância ou, mesmo, de eliminar os riscos. A

legislação brasileira contém exigências relativas à saúde ocupacional,

segurança e ergonomia, o que já assegura a existência de algumas práticas

mínimas no caso de empresas de um determinado porte, tais como o PCMSO

(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e o PPRA (Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais).

Dependendo do porte e das características da organização, este tipo

de atividade pode requerer a contribuição de especialistas em segurança do

trabalho. As atividades de identificação dos riscos podem ser realizadas por

meio de mapeamento de riscos e análises de probabilidade de ocorrência e

impacto. Em função da gravidade dos riscos identificados devem ser

estabelecidas ações preventivas. Considerando-se que a segurança das

pessoas é bastante dependente de aspectos comportamentais, ações de

conscientização quanto aos riscos envolvidos devem também ser consideradas

na implementação de ações preventivas. Empresas de grande efetivo e

aquelas que, pelas suas atividades, apresentam maiores riscos podem

34

encontrar benefícios na adoção de sistemas de gestão estruturados, como os

sistemas com base na norma OHSAS 18001.

Para ser capaz de melhorar a qualidade de vida da força de

trabalho, a organização precisa, inicialmente, identificar e avaliar os fatores que

afetam o bem-estar, a satisfação e a motivação das pessoas. Apesar de alguns

fatores estarem presentes em qualquer organização, como os ligados à

remuneração e benefícios, a identificação dos mesmos se faz necessária, pois

os fatores não são os mesmos em todos os casos. Eles variam em função da

cultura organizacional, da localização geográfica, do tipo de atividade, dos

níveis de pessoas, dos diferentes grupos de pessoas presentes na organização

e de diversos outros aspectos.

A melhoria da qualidade de vida das pessoas e de seu

correspondente impacto favorável no desempenho da organização deve ser

meta permanente das organizações que buscam a excelência. Práticas nesse

sentido podem estar ligadas às atividades fora do ambiente de trabalho, ao

envolvimento dos dependentes, ao esporte, à cultura ou ao lazer.

Foram analisados 06 itens do critério Pessoas. São eles:

1. Definição e Implementação dab Organização do Trabalho;

2. Seleção e Contratação;

3. Integração e Comunicação entre as Pessoas;

4. Remuneração, reconhecimento e incentivos;

5. Necessidades de capacitação e desenvolvimento;

6. Bem-estar, satisfação e motivação das pessoas.

2.3. Processos

Os processos são constituídos pelo conjunto das atividades inter-

relacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos

35

ou serviços (saídas). Ou, numa abordagem mais técnica, é um conjunto de

atividades preestabelecidas que executadas numa sequencia determinada vão

conduzir a um resultado esperado que assegure o atendimento das

necessidades e expectativas dos clientes e outras partes interessadas.

Segundo essa visão dos processos, compreende-se, facilmente, que

a organização é um “mar de processos”, em contínua execução pelas pessoas

que compõem sua força de trabalho. Estes processos estão inter-relacionados

e interagem entre si, de tal forma que os produtos ou serviços deles

provenientes constituem a entrada para um ou mais processos na sequencia

de execução objetivando o atendimento das necessidades e expectativas dos

clientes.

Toda organização é um sistema, ou seja, funciona como um

conjunto de processos. A identificação e o mapeamento destes processos

apoiam o entendimento das necessidades e expectativas dos seus clientes e

demais partes interessadas, permitindo-se um planejamento adequado das

atividades, a definição das responsabilidades das pessoas envolvidas e o uso

adequado dos recursos disponíveis. Nestas condições, as pessoas são

envolvidas não somente na execução, mas também no planejamento dos

processos, na prevenção e solução de problemas, na eliminação de

redundâncias e no aumento da produtividade. A gestão por processos une as

pessoas da organização, criando um ambiente agradável, cooperativo e

produtivo, o qual assegura os resultados da organização.

Os processos da organização precisam ser conhecidos,

principalmente os de agregação de valor. Por meio dos processos de

agregação de valor, a organização gera benefícios para os seus clientes, para

o negócio da organização e para as outras partes interessadas. É importante

observar que os clientes aqui mencionados são as pessoas (físicas) ou

entidades (jurídicas) que adquirem os produtos ou serviços da organização

para a satisfação das suas necessidades e expectativas. As outras partes

interessadas são os acionistas e proprietários, os funcionários, os fornecedores

e a sociedade.

36

Outro ponto relevante é a questão da agregação de valor pelos

processos. Qualquer processo, do mais simples ao mais complexo, tem que

agregar valor, ou seja, sua saída tem que ser mais valorizada que as suas

entradas. O processo em si é, efetivamente, uma atividade de transformação,

que trabalha ou processa as entradas, agregando, principalmente, a mão-de-

obra envolvida no processo, o que faz com que a saída tenha um valor maior

do que a entrada, ou entradas, do respectivo processo. Qualquer processo que

não agregue valor deve ser considerado como desnecessário na organização e

prontamente eliminado.

Os processos de agregação de valor são classificados em dois

grandes grupos: processos principais do negócio e processos de apoio.

• Processos principais do negócio: são aqueles que agregam valor

diretamente aos clientes da organização;

• Processos de apoio: são aqueles que apoiam ou suportam os

processos principais do negócio e a si mesmos.

A organização deve identificar seus processos de agregação de

valor, considerando o seu mercado de atuação, os seus produtos, o seu

modelo do negócio e as suas estratégias, entre outros fatores. Esta

identificação é feita de forma direta, objetiva, clara e concreta, observando os

processos da organização e identificando-os em relação aos fatores de

agregação de valor pelo processo, às necessidades e expectativas dos clientes

e à natureza do negócio da organização. Os processos identificados são,

então, classificados em processos principais do negócio e processos de apoio,

como explicado.

Os processos principais do negócio e os processos de apoio

precisam ser gerenciados para que as necessidades e expectativas dos

clientes e outras partes interessadas, traduzidas em requisitos, sejam

plenamente atendidas. Para tanto, é necessário estabelecer, pelo menos, um

indicador de desempenho para cada um dos requisitos a serem cumpridos ou

atendidos pelos processos. O indicador de desempenho mede ou quantifica as

37

entradas (recursos ou insumos), o processamento e as saídas (produtos ou

serviços) dos processos, permitindo o seu monitoramento durante a execução

e após a conclusão do mesmo, assegurando, desta forma, o atendimento dos

requisitos do processo e, em decorrência, das necessidades e expectativas dos

clientes e demais partes interessadas.

Foram analisados 07 itens do critério Processos. São eles:

1. Identificação dos processos;

2. Controle dos processos;

3. Análise e melhoria dos processos;

4. Seleção e qualificação de fornecedores;

5. Avaliação de desempenho dos fornecedores;

6. Riscos financeiros;

7. Elaboração e controle do orçamento.

2.4. Resultados

O termo Resultados refere-se aos efeitos das atividades produzidos

pela organização no atendimento aos requisitos de seu modelo de gestão. Sua

importância é evidenciada pela necessidade prática de demonstrar a passagem

do “discurso para a ação”, mostrando a medição do desempenho, o

cumprimento das metas e o posicionamento em relação ao alcance dos

objetivos estratégicos.

Para colocar este conceito em prática as organizações devem

considerar que:

• Gerar valor para todas as partes interessadas visa aprimorar

relações e assegurar o desenvolvimento da organização.

38

• A organização que age desta forma enfatiza o acompanhamento

dos resultados em relação às metas, a comparação destes com referenciais

pertinentes e o monitoramento da satisfação de todas as partes interessadas,

obtendo sucesso de forma sustentada e adicionando valor para todas elas.

• A geração de valor depende cada vez mais dos ativos intangíveis,

que atualmente representam a maior parte do valor das organizações.

• O conhecimento tácito oriundo do trabalho em redes formais e

informais também deve ser considerado.

Foram analisados 05 itens do critério Resultados. São eles:

1. Apresentação de resultados econômico-financeiros;

2. Apresentação de resultados relativos aos clientes;

3. Apresentação de resultados relativos à sociedade;

4. Apresentação de resultados relativos às pessoas;

5. Apresentação de resultados relativos ao fornecedor.

39

CAPÍTULO III

ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA

Este capítulo esclarece os procedimentos de execução,

apresentação e análise dos dados do estudo de caso.

3.1. Critérios para Elaboração do Instrumento de Pesquisa

Segundo Yin (1999, apud NASCIMENTO, 2002), a elaboração do

instrumento de pesquisa compõe-se numa etapa fundamental do estudo de

caso. Este instrumento de pesquisa representa a principal fonte de aumento da

confiabilidade da pesquisa de um estudo de caso, e também tem como

propósito orientar o pesquisador na condução da investigação.

Com isso, a fim de desenvolver um instrumento de pesquisa

assertivo, foram considerados dois fatores como principais nesta elaboração.

São eles:

• Os itens abordados no questionário, com objetivo de representar

os fundamentos e conceitos que definem os critérios de avaliação do PNQ;

• A quantificação da concordância do entrevistado em relação às

variáveis importância e aderência.

3.2. Definição dos Graus de Importância e Aderência

A avaliação do grau de aderência e importância, no estudo de caso,

se dá pelos critérios de excelência do PNQ, e esta verificação é feita através de

um questionário aplicado. Os graus de importância e aderência foram definidos

da seguinte maneira:

O grau de importância atribuído aos critérios de excelência do PNQ

caracteriza o quanto a empresa os considera relevantes na gestão de seus

projetos. Seus valores estão apresentados em escala relativa de um a nove,

obedecendo aos escopos assim descritos:

40

1 – nenhuma importância

3 – pouca importância

5 – importância neutra

7 – importância

9 – muita importância

Na dúvida entre os graus definidos o entrevistado pode optar pelos

números pares intermediários.

O grau de aderência atribuído aos critérios do PNQ caracteriza o

quanto a empresa efetivamente os pratica na gestão de seus projetos. Os

valores estão apresentados em escala relativa de um a nove, obedecendo aos

escopos assim descritos:

1 – não existe prática

3 – não existem prática, mas será implementada dentro de um

período de 2 anos

5 – praticado eventualmente

7 – praticado rotineiramente, porém não documentado

9 – praticado rotineiramente e documentado

Na dúvida entre os graus definidos o entrevistado pode optar pelos

números pares intermediários. O Anexo I apresenta o questionário e as

respostas obtidas da pesquisa.

3.3. Formulação do Instrumento de Pesquisa

A formulação do instrumento de pesquisa foi dimensionada de forma

a contemplar toda a teoria, sem tornar a entrevista cansativa. A duração da

aplicação do instrumento de pesquisa foi estimada em uma hora.

41

3.4. Aplicação do Instrumento de Pesquisa

Foi realizada uma entrevista com um Gestor de Projetos da empresa

SuperVia, tendo sido tomado todo o cuidado do pesquisador em garantir que o

entrevistado tenha entendido corretamente os aspectos abordados no

questionário.

Portanto, é de fundamental importância ressaltar a necessidade do

pesquisador em proceder às interpretações próprias a cerca de determinadas

respostas fornecidas pelo entrevistado que, em alguns casos, poderiam não

refletir corretamente a realidade da empresa devido a possibilidade do

entrevistado não ter considerado todos os itens envolvidos em cada aspecto no

momento da avaliação no questionário ou pela própria tendência do Gestor de

Projetos da SuperVia em avaliar as práticas da empresa de forma mais positiva

do que reflete a realidade. Com isto, pretendia-se aproximar ao máximo da

realidade os resultados obtidos com o questionário.

A pesquisa assim foi estruturada:

• Precedente a aplicação do questionário, o profissional

entrevistado fez a leitura das definições dos critérios do PNQ expostas no item

2.2.3 deste trabalho;

• Foi solicitado ao entrevistado que graduasse a importância de

cada aspecto dos critérios do PNQ no que diz respeito às ferramentas e

métodos utilizados na gestão de projetos de sua empresa;

• Por fim, foi solicitada ao entrevistado a definição do grau de

aderência de cada aspecto dos critérios do PNQ às ferramentas e métodos

utilizados na gestão de projetos de sua empresa.

3.5. Ferramenta de Priorização

Para um melhor entendimento, visualização e avaliação do nível de

importância e do nível de aderência dos critérios de excelência do PNQ

associados às ferramentas e métodos de Gestão de Projetos da empresa

42

estudada, bem como para a classificação dos critérios mais importantes e

menos importantes, Slack (1999) recomenda o uso da matriz importância -

desempenho, a qual foi adaptada neste projeto para matriz importância –

aderência (Figura 3). Esta matriz prioriza os itens de forma a aplicar ações de

melhoria nos itens de maior relevância.

A matriz é dividida, tanto na horizontal como na vertical, por uma

escala de nove pontos para mensurar o nível de importância e o nível de

aderência dos critérios. A técnica de construção da matriz permite identificar

quatro zonas de prioridade de melhoramento: excesso, adequado,

melhoramento e ação urgente.

Figura 3: Zonas de Prioridade na Matriz importância-aderência

Fonte: Adaptação do Slack. (1999) Acesso em

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-

Qq4id9f6SZ8/TdJcTIX3bnl/AAAAAAAAAPQ/xw6Rl8r_EcQ/s320/SLACK.j

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43

A matriz importância – aderência facilita a visualização dos critérios

a serem valorizados, propiciando um melhor desdobramento das ações a

serem implementadas. Porém, como desvantagem, pode-se citar que a escala

de nove pontos é muito detalhada para se trabalhar, tendo em vista que as

respostas atribuídas são classificadas por critérios subjetivos. Sendo assim,

uma das propostas utilizadas é a adaptação da escala de nove pontos para a

de cinco pontos (números ímpares de um a nove), que reduz o nível de

detalhamento e não compromete os resultados.

44

CAPÍTULO IV

PESQUISA DE CAMPO

4.1. SuperVia – A Empresa

A SuperVia Concessionária de Transporte Ferroviário

S.A.(SUPERVIA, 2007) começou a operar no Rio de Janeiro em 1º de

novembro de 1998, após vencer licitação relativa ao transporte ferroviário na

região metropolitana, em julho do mesmo ano. O valor pago pelo Consórcio

Bolsa 2000 foi de R$ 279,7 milhões, com direito a operar o sistema ferroviário

durante 25 anos, tendo a possibilidade de prorrogação por mais 25.

Em 2001, a concessão se estendeu aos ônibus e no mesmo ano

foram criadas duas novas linhas: Nova Iguaçu – Central e Queimados –

Engenho de Dentro. Em 2002, entrou em operação o primeiro trem com ar

condicionado.

Dois anos depois foram recuperadas 27 estações na Baixada

Fluminense e o número de trens com ar condicionado chegou a 11.

Em 2006, a SuperVia recebeu mais 10 trens do Governo do Estado

do Rio de Janeiro, por meio do Programa Estadual de Transportes. Todas as

estações passaram a funcionar com o vale transporte eletrônico. No ano

seguinte, mais 10 trens coreanos (com ar condicionado), provenientes do

acordo com o Governo do Estado e financiados pelo Banco Mundial, foram

incorporados à frota, que passou a contar com 34 carros com ar condicionado.

A integração entre trem e ônibus começou a operar na Baixada Fluminense,

um centro comercial foi inaugurado na estação Bangu, um espaço cultural foi

aberto na estação Realengo e, com um investimento de US$ 100 milhões, os

cartões eletrônicos começaram a ser implantados.

Em 2009, o governo entregou mais quatro trens, com ar

condicionado, elevando o número para 38. Em 30 de Junho de 2009 um novo

passo foi dado, visando à modernização do sistema ferroviário da Região

45

Metropolitana do Rio de Janeiro o Governador Sérgio Cabral assinou o maior

contrato de aquisição de trens dos últimos anos, em solenidade no Palácio do

Povo em Beijing, capital da República Popular da China. O contrato firmado

com a empresa CNR – Changchun Railway Vehicles Co., contempla o

fornecimento de mais 30 novos trens que serão entregues à Supervia á partir

de 2011.

Alguns números ajudam a caracterizar melhor a SuperVia:

• Início/Fim a operação (dia útil): 03h45h/00h23h;

• Investimento de R$ 596 milhões em recuperação e modernização

desde 1998;

• Investimento de R$ 51 milhões só em 2010;

• 89 estações de passageiros;

• 2 Oficinas: Oficina São Diogo e Oficina Deodoro;

• 142.846.025 passageiros transportados em 2010;

• 160 trens, sendo destes, 38 com ar condicionado;

• 716 viagens por dia;

• Extensão da malha ferroviária: 992 km;

• Capacidade estimada de atendimento a 500 mil passageiros por

dia útil.

A Identidade organizacional da SuperVia é composta pela sua Visão,

Missão e Valores.

A Missão da SuperVia é oferecer serviços de transporte de

passageiros na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a preço compatível,

com segurança, rapidez, confiabilidade e simpatia. Sua Visão é transportar um

milhão de passageiros por dia útil até 2015. Seus Valores são: segurança

46

inegociável, espírito de servir, foco no resultado, aversão a custo, transparência

e comprometimento.

4.2. Projeto SuperVia

Hoje, a SuperVia tem um portfólio de 43 (quarenta e três) Projetos

entre as fases de execução e encerramento. Além disso, conta com 01 (um)

Projeto de grande dispêndio financeiro O Projeto de Instalação de Ar

Condicionado em 20 trens que está em fase de planejamento.

O Projeto de Instalação de Ar Condicionado em 20 Trens tem como

objetivo o incremento do número de passageiros a partir do aumento do

conforto proporcionado por trens com ar condicionado e ambientação interior

moderna. Serão instalados 02 (dois) aparelhos de ar condicionado por carro e

01 (um) conversor a cada dois carros do trem. Além disso, será instalada nova

pega-mãos, bancos, policarbonatos nas janelas, luminárias, bem como toda

estrutura de fibra de vidro do interior dos trens. Este Projeto será executado por

uma empresa terceirizada em oficina nas dependências da SuperVia e deverá

ser executado em 24 meses.

4.3. Resultado da Pesquisa

Nesse tópico estão apresentados os resultados da pesquisa

aplicada no Anexo I. Para cada Critério de Excelência do PNQ foi criado um

gráfico radar, em que se visualiza facilmente o distanciamento entre o grau de

importância e aderência de cada aspecto dos Critérios no que diz respeito às

ferramentas e métodos utilizados na gestão de projetos da empresa estudada.

A comparação entre o grau de importância e aderência foi realizada

da seguinte forma nos gráficos:

• Foi utilizada uma escala de valores de 0 a 9, que vai do centro

para as extremidades, ou seja, o meio do gráfico representa o grau 0 e a última

linha externa representa o grau 9;

47

• O gráfico foi dividido pela quantidade de aspectos presentes no

critério associado, o que está representado pelas extremidades do gráfico. Por

exemplo, se o Critério possui 5 aspectos, então o gráfico deve ser dividido de 1

a 5 nas extremidades;

• Por fim, para cada aspecto do Critério foram marcados o seu grau

de importância em azul e o grau de aderência em vermelho.

4.3.1. Liderança

Avaliação dos Itens do Critério Liderança

Gráfico 1: Principais itens do Critério Liderança – ImportânciaxAderência

Fonte: Elaboração Própria

1. Transparência, valores e princípios organizacionais;

2. Conduta e comportamento ético;

3. Interação, alinhamento e mobilização das pessoas;

4. Identificação, avaliação e desenvolvimento de líderes;

5. Verfificação do cumprimento de padrões de trabalho;

48

6. Aprendizado;

7. Comparação de desempenho;

8. Comparação para melhoria de processos;

9. Avaliação do desempenho do Projeto;

10. Análise do desempenho do projeto;

11. Avaliação do alcance da estratégias da organização;

12. Acompanhamento das tomadas de decisão.

O Gráfico 1 apresenta a Avaliação dos Itens Liderança. Os itens 1, 2

e 3 têm notas 9 na escala relativa, tanto no grau importância como no grau de

aderência, isso classifica os itens como: muita importância e praticado

rotineiramente e documentado respectivamente, segundo o item 4.2.2.

Os itens 10 e 11, por sua vez, chamam atenção pela discrepância

entre importância e aderência.

4.3.2. Estratégias e Planos

Avaliação dos Itens do Critério Estratégias e Planos

Gráfico 2: Principais itens dos Critérios Estratégias e Planos –

Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

49

1. Análise do ambiente interno;

2. Definição das estratégias do projeto;

3. Envolvimento das áreas e partes interessadas;

4. Definição de metas e planos de ação.

O Gráfico 2 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Estratégias e

Planos. Os itens 2 e 4 têm notas 9 na escala relativa no grau importância que

os classificam como: muita importância e com grau de aderência sete que os

classificam como praticado rotineiramente, porém não documentado

respectivamente, segundo o item 4.2.2.

Os itens 1 e 3 indicam inconsistência entre a percepção de

importância e a prática da empresa.

4.3.3. Clientes

Avaliação dos Itens do Critério Clientes

Gráfico 3: Principais itens dos Critérios Clientes – Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

50

1. Definição dos clientes-alvo;

2. Divulgação do projeto;

3. Envolvimento;

4. Tratamento das reclamações.

O Gráfico 3 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Clientes. O

item um têm nota nove na escala relativa no grau importância e no grau

aderência que o classifica como: muita importância e como praticado

rotineiramente e documentado respectivamente, segundo o item 4.2.2.

Os itens 3 e 4 se destacam como de baixa importância e baixa

aderência. Tratando-se de clientes, afirmar que “envolver” os clientes ou tratar

suas reclamações no âmbito do processo de gestão de projetos não é

importante é, na melhor das hipóteses, curioso.

4.3.4. Sociedade

Avaliação dos Itens do Critério Sociedade

Gráfico 4: Principais itens dos Sociedade – Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

51

1. Eliminação/Minimização dos aspectos Sociais e Ambientais;

2. Ações para o desenvolvimento Sustentável;

3. Acesso aos produtos e instalações da Organização;

4. Avaliação do grau de Satisfação da Sociedade;

5. Imagem perante a Sociedade.

O Gráfico 4 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Sociedade.

O item 1 têm nota 9 na escala relativa no grau importância e no grau aderência

que o classifica como: muita importância e como praticado rotineiramente e

documentado respectivamente, segundo o item 4.2.2.

O item 3 apresenta coerência entre importância e aderência,

entretanto, com um nível muito baixo de relevância.

4.3.5. Informações

Avaliação dos Itens do Critério Informações

Gráfico 5: Principais itens dos Critérios Informações – Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

52

1. Necessidade de lidas com as informações;

2. Estruturação de Sistemas de Informação;

3. Utilização e atualização de tecnologia;

4. Disponibilização e segurança das informações;

5. Intensificação da satisfação.

O Gráfico 5 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Informações.

O item 1 têm nota 8 na escala relativa no grau importância e nota 9 no grau

aderência o que o classifica como: importância e como praticado rotineiramente

e documentado respectivamente, segundo o item 4.2.2.

Neste critério, o item 3 indica um reconhecimento de que a empresa

não consegue acompanhar as alterações tecnológicas do mercado, mesmo

reconhecendo que esta atividade é importante.

Talvez o respondente não tenha compreendido o significado do item

5, e este seja o motivo da nota dada a este item. Tal fato, entretanto, seria

grave, pois se deveria supor que um gestor de projetos conhecesse os critérios

do PNQ.

4.3.6. Pessoas

Avaliação dos Itens do Critério Pessoas

Gráfico 6: Principais itens dos Critérios Pessoas – Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

53

1. Definição e Implementação da Organização do Trabalho;

2. Seleção e Contratação;

3. Integração e Comunicação entre as Pessoas;

4. Remuneração, reconhecimento e incentivos;

5. Necessidades de capacitação e desenvolvimento;

6. Bem-estar, satisfação e motivação das pessoas.

O Gráfico 6 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Pessoas. O

item dois têm nota nove na escala relativa no grau importância e no grau

aderência que o classifica como: muita importância e como praticado

rotineiramente e documentado respectivamente, segundo o item 4.2.2.

Neste caso, todos os critérios foram avaliados como importantes e a

aderência geral é boa.

4.3.7. Processos

Avaliação dos Itens do Critério Processos

Gráfico 7: Principais itens dos Critérios Processos – Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

54

1. Identificação dos processos;

2. Controle dos processos;

3. Análise e melhoria dos processos;

4. Seleção e qualificação de fornecedores;

5. Avaliação de desempenho dos fornecedores;

6. Riscos financeiros;

7. Elaboração e controle do orçamento.

O Gráfico 7 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Processos.

Os itens 1 e 7 têm nota 9 na escala relativa no grau importância e no grau

aderência que os classificam como: muita importância e como praticado

rotineiramente e documentado respectivamente, segundo o item 4.2.2.

É importante ressaltar que a análise dos riscos financeiros aparece

com importância 4 e aderência 1. Isso indica que a empresa não se preocupa

com estes riscos, talvez por ter financiamento público e atual sob regime de

concessão, sem concorrência.

4.3.8. Resultados

Avaliação dos Itens do Critério Resultados

Gráfico 8: Principais itens dos Critérios Resultados – Importância x Aderência

Fonte: Elaboração Própria

55

1. Apresentação de resultados econômico-financeiros;

2. Apresentação de resultados relativos aos clientes;

3. Apresentação de resultados relativos à sociedade;

4. Apresentação de resultados relativos às pessoas;

5. Apresentação de resultados relativos ao mercado

6. Apresentação de resultados relativos ao fornecedor.

O Gráfico 8 apresenta a Avaliação dos Itens do Critério Resultados.

Os itens deste critério, no grau importãncia, são classificados com: muita

importância por apresentarem notas entre sete e nove na escala relativa,

porém ocorre o inverso com o grau de aderência, em que todos os itens

recebem nota um na escala relativa, segundo item 4.2.2.

4.3.9. Análise dos Resultados

Este tópico tem como finalidade apresentar os Aspectos de todos os

Critérios que, segundo a Matriz Importância – Aderência encontram-se nos

campos de Ação Urgente, Melhoramento, Adequado e Excesso. Os Quadros

de 1 à 4 apresentam esta análise.

56

Ø Ação Urgente

CRITÉRIO ITENS

Liderança

Interação, alinhamento e mobilização das pessoas Comparação para melhoria de processos Avaliação do desempenho do projeto Análise do desempenho do projeto Avaliação do alcance das estratégias na organização

Estratégias e Planos

Análise do ambiente interno Envolvimento das áreas e partes interessadas

Sociedade Ações para desenvolvimento sustentável Imagem perante a sociedade

Informações Utilização e atualização de tecnologia da Informação

Processos Riscos financeiros

Resultados

Apresentação de resultados econômico-financeiros Apresentação de resultados relativos aos clientes Apresentação de resultados relativos à sociedade Apresentação de resultados às pessoas Apresentação de resultados ao mercado Apresentação de resultados relativos ao fornecedor

Quadro1: Ação Urgente

Fonte: Elaboração Própria

O quadro 1 concretiza que a SuperVia, apesar de muitas vezes

reconhecer a importância dos Critérios de Excelência do PNQ em relação às

práticas de gestão de projetos, ainda não os aderiu de forma significativa.

Como exemplo tem-se o Critério Resultados em que seus aspectos obtêm grau

de importância elevados com média 8 enquanto todos seus aspectos em

relação a grau de aderência têm média 1.

57

Ø Melhoramento

CRITÉRIO ITENS

Clientes Envolvimento Tratamento das reclamações

Sociedade Acesso aos produtos e instalações da Organização

Informações Intensificação da satisfação

O Quadro 2 apresenta quatro aspectos de três critérios que estão

em fase de melhoramento na Supervia para se enquadrarem no Critério

Adequado.

Ø Adequado

CRITÉRIO ITENS

Liderança

Transparência, valores e princípios organizacionais Conduta e comportamento ético Interação, alinhamento e mobilização das pessoas Identificação, avaliação e desenvolvimento de líderes Verificação do cumprimento de padrões de trabalho Aprendizado

Estratégias e Planos

Definição das estratégias do projeto Definição de metas e planos de ação

Clientes Definição dos clientes-alvo Divulgação do projeto

Pessoas

Definição e Implementação da Organização do Trabalho Seleção e Contratação Integração e Comunicação entre as Pessoas Remuneração, reconhecimento e incentivos Necessidades de capacitação e desenvolvimento Bem-estar, Satisfação e Motivação das Pessoas

Quadro 2: Melhoramento

Fonte: Elaboração Própria

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Sociedade

Eliminação/Minimização dos aspectos Sociais e Ambientais Avaliação do grau de Satisfação da Sociedade

Informações

Necessidade de lidar com as informações Estruturação de Sistemas de Informação Disponibilização e segurança das informações

Processos

Identificação dos processos Controle dos processos Análise e melhoria dos processos Seleção e qualificação de fornecedores Avaliação de desempenho dos fornecedores Elaboração e controle do orçamento

Quadro 3: Adequado

Fonte: Elaboração Própria

O Quadro 3 permite afirmar que, entre os Critérios classificados, o

de Pessoas é o único que têm 100% dos seus itens dentro do Aspecto

Adequado, porém o Critério Resultados têm 100% dos seus itens dentro do

Aspecto Ação urgente.

Ø Excesso

Nenhum item de nenhum Critério se enquadra dentro do Aspecto

Excesso.