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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
A LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL NO ESTADO DE GOIÁS
ADRIANO GONÇALVES CAIXETA
LUZIÂNIA - GO JULHO 2009
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ADRIANO GONÇALVES CAIXETA
A LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL NO ESTADO DE GOIÁS
Monografia apresentada a Universidade
Cândido Mendes como exigência para avaliação no curso de Pós-Graduação “Latu Sensu” em Administração Escolar.
LUZIÂNIA – GO JULHO 2009
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AGRADECIMENTO
A Minha filha Byanka e minha esposa Iasmine
toda minha gratidão pelo amor, respeito,
dedicação e companherismo, pois elas são minha
razão para enfrentar de cabeça erguida o
trabalho, estudo e as dificuldades do dia-a-dia.
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RESUMO
A legislação da educação pode ser considerada como o corpo ou conjunto de
leis referentes à educação, seja ela estritamente voltada ao ensino ou às questões à
matéria educacional, como, por exemplo, a profissão de professor, a democratização
de ensino ou as normatizações escolares. Esta monografia apresenta a legislação
do Estado de Goiás de forma comentada, juntamente com leis e decretos federais,
voltadas a função do gestor escolar e cotidiano escolar.
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METODOLOGIA
O problema proposto surgiu da necessidade de arquivo completo e
comentado para pesquisa escolar sobre a legislação educacional do Estado de
Goiás, utilizando-se da coleta de dados em livros, jornais, revistas, leis, resoluções e
pareceres foram reunidos nesta monografia informações básicas e importantes no
cotidiano escolar.
Os assuntos desenvolvidos falam sobre a autorização de funcionamento de
uma escola, o reconhecimento, normas de avaliação, progressão parcial,
funcionamento da educação de jovens e adultos, educação profissional, educação
especial, educação religiosa, educação física, ensino de filosofia e sociologia e
outros.
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SUMÁRIO INTRODUÇÃO.................................................................................................. 08
1. LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL................................................................... 09
2. LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL NO ESTADO DE GOIÁS........................... 11
3. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO........................................................ 13
3.1. Escolas da Rede Pública..................................................................... 14
3.2. Escolas da Rede Particular.............................................................. 15
3.3. Denominação.................................................................................. 17
3.4 Disposições Gerais........................................................................... 18
3.5 O papel do gestor escolar................................................................. 19
4. RECONHECIMENTO................................................................................... 21
5. VALIDAÇÃO DE ATOS PRATICADOS POR ESCOLA IRREGULAR............. 26
6. NORMAS DE ENSINO NO ESTADO DE GOIÁS.......................................... 29
6.1. Educação Infantil............................................................................. 29
6.2. Ensino fundamental......................................................................... 32
6.2.1. Ampliação do ensino fundamental........................................ 32
6.2.2. Regulamentação do ensino fundamental de 9 anos............. 32
6.3. Educação de jovens e adultos......................................................... 34
6.3.1. Preceitos e parâmetros.......................................................... 34
6.3.2. As etapas da EJA................................................................... 35
6.3.3. Reclassificação e da classificação na EJA............................ 36
6.3.4. Informações gerais................................................................. 37
6.4. Ensino Médio.................................................................................. 37
6.5. Educação Especial.......................................................................... 38
6.5.1. Educação inclusiva ..................................................... .......... 40
6.5.2. Aluno com necessidades educacionais especiais................. 40
6.5.3. Organização e funcionamento das escolas........................... 41
6.6. Educação profissional...................................................................... 42
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7. NORMAS DIVERSAS.................................................................................. 47
7.1. Critérios de Avaliação...................................................................... 47
7.1.1. Avaliação da aprendizagem................................................. 47
7.1.2. Da recuperação da aprendizagem......................................... 47
7.1.3. Da promoção parcial.............................................................. 48
7.1.4. Classificação e da reclassificação........................................ 50
7.2. Aluno Itinerante............................................................................... 52
7.3. Valorização do Idoso....................................................................... 52
7.4. Educação Física.............................................................................. 53
7.5. Normas de Inclusão relações étnico-raciais e sobre o ensino dos
conteúdos de história e cultura afro-brasileira e indígena.................. 54
7.5.1. Da educação das relações étnico-raciais............................. 55
7.5.2. Do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana....... 56
7.5.3. Da educação indígena........................................................ 56
7.6. Ensino Religioso.............................................................................. 57
7.7. Sociologia e Filosofia....................................................................... 59
7.8. Inclusão do nome social de travestis e transexuais nos
registros escolares.......................................................................... 60
CONCLUSÃO.................................................................................................. 62
BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 64
FOLHA DE AVALIAÇÃO.................................................................................. 65
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INTRODUÇÃO
O tema desta monografia é a Legislação Educacional no Estado de Goiás,
onde a questão central deste trabalho será apresentar como é o procedimento para
autorização de funcionamento e reconhecimento de instituições de ensino; as
normas de ampliação do ensino fundamental de 8 para 9 anos adotadas pelos
sistema educacional; normas de avaliação, progressão parcial, educação física,
estágio supervisionado; regulamentação da filosofia e sociologia, ensino religioso; a
flexibilização e as falhas envolvidas na legislação.
O tema sugerido é de fundamental relevância, pois, é notório a falta de
material contendo informações comentadas e atualizadas sobre legislação
educacional no estado de Goiás e escrituração escolar, uma vez que a legislação é
passível a mudanças a todo instante, motivo pelo qual abordar o tema será um
material de consulta, com intuito de auxiliar instituições de ensino o acesso a uma
legislação comentada, onde será apresentado críticas e controvérsias trazidas no
decorrer destes últimos anos especificamente na legislação educacional estadual de
Goiás.
São, portanto, objetivos desta pesquisa o aprofundamento e explicações
sobre os assuntos relacionados ao cotidiano escolar, apresentando os meios legais
para autorizar e reconhecer a unidade escolar, além de informações sobre
aprovação, reprovação, freqüência, progressão parcial, suspensão, transferência e
escrituração escolar.
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1. LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
A legislação educacional é o conjunto de normas educacionais, legais e
infralegais, leis e regulamentos, com instrução jurídica, relativas ao setor
educacional.
A legislação Educacional possui duas naturezas: uma reguladora e uma
regulamentadora. Ela é reguladora quando se manifesta através de leis, sejam
federais, estaduais ou municipais. As normas constitucionais que tratam da
educação são as fontes primárias da regulação e organização da educação
nacional, pois, por elas, definem-se as competências constitucionais e atribuições
administrativas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Abaixo
das normas constitucionais, temos as leis federais, ordinárias ou complementares,
que regulam o sistema nacional de educação.
A legislação regulamentadora, ao contrário da legislação reguladora não é
descritiva, mas prescritiva, volta-se à própria práxis da educação. Os decretos
presidenciais, as portarias ministeriais e interministeriais, as resoluções e pareceres
dos órgãos do Ministério da Educação, como o Conselho Nacional da Educação ou
o Fundo de Desenvolvimento da Educação como serão executadas as regras
jurídicas ou das disposições legais contidas no processo de regulação da educação
nacional. A regulamentação não cria direito porque limita-se a instituir normas sobre
a execução da lei, tomando as providências indispensáveis para o funcionamento
dos serviços educacionais.
No caso brasileiro, ao contrário do direito de tradição Anglo-americana
(jurisprudencial), a principal fonte do direito é a lei. A palavra lei pode significar tanto
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norma geral emanada do Poder Legislativo, como qualquer norma de direito escrito,
desde a Constituição até um decreto regulamentar ou mesmo decreto
individualizado. A forma escrita é manifestação mais característica da lei.
Igualmente, está é a concepção adotada pelo Direito Educacional: Lei em sentido
amplo; Lei em sentido estrito.
O Direito Educacional tem como fonte várias legislações no sentido amplo:
decretos, portarias, regulamento, regimento escolar, resoluções e pareceres
normativos dos conselhos de educação, tratados e convenções internacionais.
Contudo, a fonte primeira e fundamental do Direito Educacional brasileiro está
na Constituição federal. Trata-se do Título VIII, da Ordem Social, Capítulo III,
intitulado Da Educação, da Cultura e do Desporto, com uma soma de dez artigos
dedicados à educação (art. 205 a 214), com os princípios do Direito Educacional.
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2. LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL NO ESTADO DE GOIÁS
O Direito Educacional do Estado de Goiás está amparado pelas leis maiores
de âmbito Federal e Estadual quer sejam a Constituição Federal, Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Decretos e Portarias Federal, Lei Complementar
Estado de Goiás nº 26 de 28 de dezembro de 1998.
Com a delegação de competência instituída de Lei Complementar Estado de
Goiás n.º 26 o Conselho Estadual de Educação tem em vigor até presente momento
cerca de 25 (vinte e cinco) resoluções, que definem a normatização educacional no
Sistema de Ensino do Estado de Goiás.
Todas estas resoluções são atualmente o respaldo legalmente aprovado pelo
Conselho Estadual de Educação do Estado de Goiás, em que o gestor escolar deve
constantemente estar atualizado, uma vez que as leis mudam freqüentemente, e
novas resoluções surgem devido a necessidade de novas implementações com a
finalidade constitucional de garantir a todos o acesso a Educação.
Como se vê, a interpretação do direito e das leis é uma tarefa das mais
complexas, repleta de possibilidades, e tormentosa até mesmo para os mais
experientes juristas. Agora, imagine como essa tarefa se apresenta para o leigo,
para o profissional de outra área, que se depara, por vezes, com a necessidade de
interpretar a lei.
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Os profissionais da educação estão entre os que mais necessitam
compreender o direito. Interpretar a legislação educacional é tarefa indispensável a
esses profissionais, para que possam aplicá-la correta e adequadamente; para que
possam, enfim, efetivamente cumprir a lei. E o direito da educação é um dos mais
complexos, tendo em vista que é construído por muitas mãos, através dos poderes
legislativo e executivo, nos níveis federal, estadual e municipal. Por tudo isso, o
gestor escolar, deve estar apto para a difícil tarefa de interpretar e aplicar o direito.
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3. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96, art. 10, inciso
IV, atribuiu aos estados o dever de autorizar, reconhecer e credenciar as instituições
de ensino de seu sistema de ensino, como podemos observar a seguir:
“Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
(...)
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os
cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de
ensino;”
Com isso a Lei Complementar do Estado de Goiás n.º 26/1998, art. 14, inciso
atribuiu ao Conselho Estadual de Educação a competência para autorizar e
reconhecer as escolas:
“Art. 14 - Além de outras que esta lei expressamente consignar, o Conselho Estadual
de Educação tem as seguintes atribuições:
(...)
VI - estabelecer normas e condições para autorização de funcionamento,
reconhecimento e inspeção de estabelecimentos de ensino de educação básica e de
educação superior sob sua jurisdição;”
Entende-se por autorização de funcionamento o ato pelo qual o Conselho
Estadual de Educação, após análise e aprovação do processo, baixa resolução
permitindo o funcionamento do estabelecimento de ensino.
3.1 Escolas da Rede Pública
As unidades escolares da rede pública, criadas por lei, devem instruir o
pedido de autorização de funcionamento com os seguintes documentos:
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I - Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Estadual de Educação,
subscrito pelo diretor da unidade escolar ou seu representante legal, até 120 (cento
e vinte) dias antes da data prevista para o início de funcionamento;
II - Prova de designação do diretor e do secretário;
III - Identificação do estabelecimento de ensino:
a) nome;
b) endereço;
c) cópia da lei de criação e de denominação;
d) portaria que autoriza a implantação das etapas.
IV - Cópia da ata de aprovação da proposta pedagógica, no âmbito escolar,
ou cópia da proposta pedagógica, quando se tratar de unidade escolar, em fase de
implantação;
V - Cópia do regimento escolar, devidamente aprovado pela comunidade
escolar, nos termos dos parâmetros estabelecidos pelo CEE;
VI - Síntese do currículo pleno, por curso(s) de cada nível de ensino, e por
modalidade de educação pretendido(s), constando justificativa, objetivos do curso e
matriz curricular correspondente, em duas vias;
VII - Planta baixa do(s) prédio(s) em que funcionará o estabelecimento, com
indicação objetiva dos ambientes e suas dimensões, incluindo a biblioteca e as
áreas livres para recreação, atividades esportivas e culturais;
VIII - Termo de habite-se e cadastro de atividades econômicas fornecidos
pelo órgão próprio da Prefeitura Municipal;
IX - Apresentação do alvará, emitido pelo órgão próprio da Prefeitura
Municipal, válido apenas para o período de tramitação do processo de autorização,
no caso de prédios escolares em construção, reforma ou ampliação;
X - Ficha cadastral do prédio, fornecida pela Superintendência de
Programação Controle e Avaliação da SEE;
XI - Descrição do material pedagógico, equipamento e mobiliário existentes
na unidade escolar, ou em fase de aquisição, incluindo laboratórios, salas especiais
e biblioteca dentre outros.
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XII - Laudo Técnico, elaborado, conjuntamente, pela inspeção escolar e
coordenação técnico-pedagógica da Subsecretaria Regional de Educação respectiva
ou pelo Conselho Estadual de Educação, com base nos seguintes procedimentos:
a) verificação prévia, in loco, para conferir a documentação apresentada pelo
diretor e analisar o cumprimento das normas legais, pedagógicas e
administrativas, bem como a qualificação do pessoal técnico, docente e o
currículo pleno dos cursos.
b) compatibilização dos dados da ficha cadastral do prédio com a estrutura
física da escola, a fim de verificar a capacidade das instalações para o
atendimento da proposta pedagógica e da demanda estudantil, bem como
para proceder ao cadastramento da unidade escolar no sistema eletrônico
da SEE;
c) elaboração e apresentação final do laudo técnico, com base nos dados e
informações coletadas durante a visita de verificação prévia e em outras
informações complementares, assinado pelo inspetor escolar e pelo
coordenador técnico-pedagógico, responsáveis pelo cumprimento da
ordem específica de serviço, com visto do subsecretário regional de
educação;
d) encaminhamento do processo ao Presidente do CEE para aprovação e
expedição do competente ato autorizativo de funcionamento.
3.2. Escolas da Rede Particular
O pedido de autorização de funcionamento de unidade escolar particular deve
ser feito por meio de requerimento ao Presidente do Conselho Estadual de
Educação, subscrito pelo representante legal da entidade mantenedora, pessoa
física ou jurídica, ou pelo diretor da unidade escolar, até 120 (cento e vinte) dias,
contados a partir da data prevista para o início das atividades, devendo ser instruído
com os seguintes documentos e informações:
I - Da mantenedora pessoa física
a) cópia da carteira de identidade;
b) prova de inscrição no Cadastro Geral de Pessoas Físicas do Ministério da
Fazenda;
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c) prova de domicílio;
d) prova de regularidade com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal de seu
domicilio;
e) prova de capacidade financeira vinculada à atividade proposta como
mantenedora de instituição de ensino, atestada por declaração de imposto
de renda e de outros recursos;
f) prova de idoneidade moral do(s) mantenedor(es), expedida por autoridade
judiciária ou religiosa ou por dois professores com habilitação em nível
superior;
g) prova de cadastro de atividades econômicas na Prefeitura Municipal;
h) prova de cadastro especial de inscrição no INSS;
II - Da mantenedora pessoa jurídica
a) nome e endereço devidamente comprovados;
b) prova de registro na Junta Comercial, em caso de sociedade simples.
c) cópia do estatuto ou contrato social devidamente registrado em Cartório ou
Junta Comercial, conforme a natureza da mantenedora;
d) prova de idoneidade moral de todos os sócios, expedida por autoridade
judiciária ou religiosa ou por dois professores com habilitação em nível
superior;
e) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ;
f) prova de regularidade com a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, ou
outra equivalente, na forma da lei;
g) demonstração de capacidade financeira própria para manter instituição de
ensino, indicado em seu capital social, declaração de bens patrimoniais e
outros recursos disponíveis.
III - Da unidade escolar:
a) nome e endereço devidamente comprovados;
b) prova de propriedade do imóvel ou da sua locação ou cessão, por prazo
não inferior a 5(cinco) anos;
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c) cópia do contrato firmado com outra unidade escolar e do ato que a
autorizou ou reconheceu, no caso de haver necessidade de
intercomplementaridade, com vistas a garantir a continuidade dos estudos e a
conclusão do ensino fundamental.
d) prova de qualificação e experiência profissional dos dirigentes da unidade
escolar, atestada por registro profissional, bem como síntese dos curricula
vitae.
e) síntese dos curricula vitae dos profissionais responsáveis pela
Coordenação Pedagógica.
f) apresentação dos documentos relacionados nos tópicos IV, V, VI, VII, VIII,
IX, X, XI, XII, do item 4.1.
3.3. Denominação
Os estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino terão as seguintes
denominações:
I - Escola Estadual, quando ministrar o ensino fundamental ou o ensino
fundamental e a educação infantil.
II - Colégio Estadual, quando ministrar o ensino médio, ainda que ofereça a
educação profissional, o ensino fundamental e a educação infantil;
III - Centro Estadual de Educação Infantil, quando atender, exclusivamente, a
crianças de zero a cinco anos de idade.
IV - Centro Estadual de Educação Profissional - CEP ou Centro de Educação
Tecnológica - CENTEC, quando oferecer, exclusivamente, cursos de educação
profissional em nível de formação inicial e continuada, técnico médio e tecnológico.
V - Centro Estadual de Ensino Especial, quando oferecer , exclusivamente, a
educação especial.
As mesmas denominações devem ser estendidas às instituições municipais,
substituindo a expressão estadual por municipal, e às instituições particulares,
excluindo a expressão estadual.
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Mantêm suas denominações atuais, por tradição histórica, o Lyceu de Goiás,
o Liceu de Goiânia, Instituto de Educação de Campinas, Presidente Castelo Branco,
Instituto de Educação de Goiás e demais unidades escolares com denominação
especial, desde que já aprovadas.
3.4 Disposições Gerais
O dimensionamento da unidade escolar alicerça-se no seu projeto político
pedagógico que, obrigatoriamente, deve levar em conta, dentre outros, os seguintes
indicadores:
a) nível e modalidade do ensino oferecido;
b) número de alunos por turma e por turno compatível;
c) agentes administrativos educacionais envolvidos no funcionamento da
unidade escolar;
d) componentes curriculares e carga horária do(s) curso(s);
e) atividades culturais;
f) possibilidade de expansão do atendimento;
g) processo avaliativo diagnosticador, emancipador, cumulativo e
concomitante;
h) gestão democrática com organização da comunidade escolar, inclusive os
estudantes e eleição direta para a direção das escolas públicas;
i) localização e área mínima do terreno. Para efeito de estimativa, quanto à
adequação dimensional da sala de aula, recomenda-se adoção de, no
mínimo, 1,20 m2 por aluno.
Para cálculo da área mínima destinada aos demais ambientes, deve se adotar
como referência o número total de salas de aula, as funções previstas para cada
ambiente e o percentual de ocupação em horas diárias pelos usuários.
No caso de alteração de endereço e de denominação, transferência de
entidade mantenedora e mudança de razão social, a unidade escolar deve,
obrigatoriamente, requerer nova autorização antes de sua efetivação.
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O prazo de autorização de funcionamento das unidades escolares, com
processos em tramitação, não poderá exceder um ano, sendo que o período de
trâmite dos autos deverá ser objeto de validação de atos pedagógicos regulares e
legais praticados pela unidade requerente;
3.5 O papel do gestor escolar
O gestor escolar não é aquele que apenas cumpre e faz cumprir as leis e
regulamentos, as decisões, os prazos de desenvolvimento dos trabalhos e transmitir
a seus subordinados a estratégia a ser adotada no desenvolvimento dos trabalhos.
Sendo o gestor uma pessoa democrática, sabendo opinar e propor as
medidas que visem o aprimoramento e melhores condições dos trabalhos escolares,
ocorre o sucesso da instituição se, além disso, atuar em liderança administrativa e
pedagógica, visando a valorização e desenvolvimento de todos na escola.
A liderança é uma habilidade desafiadora e que pode ser desenvolvida e
exercida a cada dia. Um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho
de toda sua equipe, fazendo com que esta sinta-se capaz de transformar e realizar
com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela instituição de ensino.
A autorização de funcionamento de uma instituição e bem voltada para o
aspecto de leis, cabendo ao gestor escolar agir como líder, pensando nas
metodologias pedagógicas a serem utilizadas por todos que fazem parte de sua
equipe, visando o resultado de uma transformação da legislação em fundamentos
pedagógicos de trabalho.
Para conduzir sua equipe o gestor competente sempre tem um propósito a
ser concretizado e uma estratégia de ação para conquistar seus objetivos. Esse é o
ponto de partida para que as ações da equipe escolar sejam bem sucedidas e
quando uma de suas estratégias falha, o gestor educacional incentiva sua equipe a
descobrir o que é necessário fazer para dar um passo a diante.
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O gestor escolar deve ter consciência de que sua equipe não limita-se a
alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é
composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral,
que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de
toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos.
Uma escola que viabiliza o sucesso escolar de seus alunos, tem nesse fator
sua maior propaganda de marketing, pois justamente por se sentirem satisfeitos
com o sucesso escolar de seus filhos, os pais se empenharão mais em colaborar
com o desenvolvimento das atividades escolares, projetos e até mesmo na
divulgação do nome da instituição de ensino.
É fundamental ao gestor a habilidade em gerenciar conflitos, pois toda
instituição escolar, assim como qualquer outra instituição muitas vezes se depara
com conflitos que podem ocorrer entre os membros da equipe,já que cada ser
humano possui características individuais; conflitos esses que podem ser
ocasionados por fatores externos ou internos ao ambiente de trabalho.
Por outro lado, é necessário acreditar no potencial que cada indivíduo possui,
mesmo que esse potencial ainda precise ser desenvolvido e ouvir o que as pessoas
têm a dizer é essencial quando se pratica a liderança, pois é impossível para um
líder desenvolver trabalhos e conquistar sozinho seus objetivos. O ponto de vista de
cada integrante da equipe é importante para a conquista de objetivos em comum. O
trabalho em equipe, as opiniões diferenciadas e o pensamento individual de cada
um são fundamentais para que se construa o sucesso coletivo.
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4. RECONHECIMENTO
Entende-se por reconhecimento o ato pelo qual o Conselho Estadual de
Educação, após análise da situação pedagógica da instituição de ensino, baixa
resolução permitindo continuar o funcionamento anteriormente autorizado, ou seja, é
reconhecido o trabalho pedagógico desta instituição.
As unidades escolares autorizadas a ministrar Educação Básica, devem,
obrigatoriamente, solicitar o reconhecimento ou a renovação de reconhecimento de
seus cursos até 120 (cento e vinte) dias antes do término da vigência do período de
autorização de funcionamento ou do reconhecimento, conforme o caso.
O pedido de reconhecimento ou de renovação de reconhecimento, dirigido à
Presidência do Conselho Estadual de Educação, deve ser protocolado na
Subsecretaria Regional de Educação competente instruído com os seguintes
documentos:
I - cópia do documento que autorizou ou reconheceu os cursos;
II - cópia do regimento escolar e seus apêndices, devidamente aprovados
pelo órgão competente;
III - relatório circunstanciado sobre o desenvolvimento de projetos
inovadores pertinentes ao nível/modalidade de ensino experienciados pela escola,
no período autorizado ou reconhecido;
IV - cópia dos últimos relatórios anuais de avaliação dos cursos ministrados,
expedidos pela Subsecretaria Regional de Educação;
V - cópia atualizada da autorização ou nomeação do diretor e do secretário;
VI - nominata do corpo docente contendo a especificação da habilitação, a(s)
disciplina(s) que cada um ministra, a carga horária relativa às atividades
pedagógicas e extra-classe atribuída a cada docente;
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VII - caracterização do projeto pedagógico, considerando:
a) Metas e ações inovadoras;
b) Espaço físico apropriado à prática docente, cultural, artística e
desportiva, equipamento mobiliário e acervo bibliográfico;
c) Organização dos espaços didático-pedagógicos destinados ao
funcionamento da biblioteca, de salas-ambiente para informatização da
escola e laboratórios;
d) Descrição das formas de integração entre as atividades docentes,
técnico-pedagógicas, administrativas e a comunidade escolar, durante o
período autorizado ou reconhecido;
e) Tempo de duração de cada aula.
VIII - informações e/ou dados estatísticos relativos:
a) À promoção, evasão e repetência, nos últimos 04 (quatro) anos;
b) À média de tempo gasto pelo aluno para conclusão do nível de ensino
ministrado;
c) Ao cumprimento do currículo pleno;
d) Ao cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas;
e) Às modalidades de ensino, turnos, cursos ou habilitações que a unidade
escolar ministra;
f) Ao funcionamento regular referente aos cursos ministrados no período
compreendido entre a autorização e o pedido de reconhecimento;
g) Às irregularidades, caso existam;
h) Ao acervo bibliográfico e levantamento dos títulos adquiridos nos últimos
04 (quatro) anos, por nível e modalidade de ensino;
i) Às atividades de aperfeiçoamento do corpo docente e técnico-
administrativo nos últimos 04 (quatro) anos.
IX - quadro comparativo entre as inovações estabelecidas pelo regimento e as
aspirações da comunidade, expressas na proposta pedagógica da escola, à luz da
Lei n.º 9394/96;
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X - certidão das atas das reuniões realizadas nos dois últimos exercícios
letivos, que aprovam o projeto pedagógico, devidamente assinadas pelo corpo
docente, corpo técnico-administrativo e representantes dos pais e dos alunos;
XI - demonstrativo da compatibilidade entre o número de alunos por sala e o
professor.
Quanto ao reconhecimento foram aprovadas outras normatizações a partir
de 2004, inclusive, que nenhuma sala de aula poderia contar com número de
alunos superior àquele estipulado pelo artigo 34, da Lei Complementar Estadual
n.º 26/98, ou seja:
“Art. 34 - A relação adequada entre o número de alunos e o professor, nas redes
pública e privada, deve levar em conta as dimensões físicas das salas de aula, as
condições materiais dos estabelecimentos de ensino, as necessidades pedagógicas
de ensino e aprendizagem, visando à melhoria da qualidade do ensino e, também, o
máximo de:
a) 25 alunos para a pré-escola;
b) 30 alunos para as duas primeiras séries do ensino fundamental;
c) 35 alunos para as terceiras e quartas séries do ensino fundamental;
d) 40 alunos para as quinta a oitava séries do ensino fundamental e para o
ensino médio.
§ 1º - Os critérios para definição da relação do número de criança/adulto serão, nas
creches, definidos pelo Conselho Estadual de Educação.
§ 2º - Estabelece-se como critério, para a definição das dimensões físicas adequadas,
o espaço de 1,2m² e 2,5m² para o professor, ressalvando-se os limites acima.”
Ainda para o ano de 2004, os docentes que lecionavam na educação infantil
e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, que ainda não possuíam a
formação mínima exigida, nos termos do artigo 62, parte final, da Lei n.º 9.394/96,
deveriam encontrar-se matriculados em curso Normal, em nível médio, ou em
curso superior de Licenciatura em Graduação Plena, podendo ser Normal Superior;
Os docentes que lecionavam de 5ª à 8ª séries do ensino fundamental e no
ensino médio, ainda não habilitados em cursos superiores de Licenciatura de
Graduação Plena, deveriam achar-se neles matriculados;
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A partir de 2005, as Unidades Escolares deviam contar com biblioteca
própria e com títulos atualizados, compatíveis com o número de alunos nela
matriculados, bem como com áreas adequadas à realização de esportes e de
atividades artísticas e culturais, prioritariamente cobertas.
Determinou-se que ao final de 2007, que todos os docentes, de cada
Unidade Escolar, que lecionavam de 5ª à 8ª séries e no ensino médio, deveriam,
necessariamente, ser Licenciados em Cursos Superiores de Graduação Plena;
A documentação necessária para o processo de reconhecimento, como se
pode perceber, está voltada para informações escolares do período autorizado,
onde é importante apresentar os projetos inovadores, metas e o espaço físico
apropriado a prática artística, cultural e desportiva.
Novamente entra a figura do gestor escolar, onde Segundo Herzberg,
pesquisando as fontes de motivação diretamente relacionadas com a realização do
trabalho, constatou que as pessoas, à medida que se desenvolvem
profissionalmente, adquirem experiência, tornam-se maduras, passam a dar mais
importância a fatores como estima e auto-realização. Partindo dessa premissa, a
Escola também se desenvolve, e cabe ao gestor escolar juntamente com o
coordenador pedagógico o direcionamento quanto à implementação e
desenvolvimento dos projetos, viabilizando o reconhecimento pedagógico da
instituição junto ao Conselho Estadual de Educação e a comunidade escolar.
Com isso a escola estará integrada, buscando novos rumos, passando a ter
como objetivo a obtenção de um status destacado na comunidade, em razão do
sucesso alcançado nos estágios anteriores.
O reconhecimento pedagógico impulsiona o indivíduo da comunidade na
busca de oportunidades onde demonstre, de modo definitivo, a capacidade
profissional da Escola, com o intuito de receber recompensas sociais. Nesse
estágio, a comunidade procura a capacidade e organização, esperando como
recompensa a qualidade.
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Satisfeita a necessidade do “status”, o que não é muito fácil, por depender da
receptividade e do reconhecimento dos outros, a escola se liberta e se dirige para o
topo da hierarquia de necessidades, passando a se preocupar com a auto-
aprovação e começando a considerar seu próprio potencial e experiência como uma
necessidade para testar sua própria capacidade. Para atingir esta meta, a instituição
procurará um trabalho bem mais desafiante e significativo, podendo utilizar todo o
seu potencial e criatividade, ao mesmo tempo que experimentará uma sensação de
desenvolvimento, realização e satisfação através do resultado do seu trabalho na
organização.
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5. VALIDAÇÃO DE ATOS PRATICADOS POR ESCOLA IRREGULAR
Existia no Conselho Estadual de Educação de Goiás centenas de
requerimentos de validação de estudos realizados em unidades escolares não
autorizadas ou que tiveram a sua autorização de funcionamento vencida e/ou
cassada, antes do término desses.
Considerando a possibilidade de se adotarem decisões diferentes para casos
da mesma natureza, ou análogos; a necessidade de se unificar a sua jurisprudência,
com a finalidade de se dar solução idêntica a todos os casos de igual natureza; a
necessidade de se julgar com a maior brevidade possível todos os requerimentos de
validação de estudos, evitando-se quaisquer prejuízos aos interessados; a
conveniência de a Presidência do Conselho e dos Presidentes de Câmaras
decidirem, administrativamente, todos os requerimentos de validade de estudos,
com base nas orientações jurisprudenciais do Conselho Pleno; e a necessidade de
adoção de medidas drásticas de combate ao funcionamento irregular de unidades
escolares, que acarreta prejuízos irreparáveis a milhares de alunos e à cidadania.
Foram tomadas decisões no seguinte teor:
1) Que não se concederá autorização de funcionamento à unidade escolar que
iniciar as suas atividades antes de requerer a autorização de funcionamento;
2) É vedada a permissão de funcionamento de unidade escolar irregular;
3) É vedada a prorrogação de autorização de unidade escolar irregular, por
qualquer meio;
4) São válidos os estudos realizados em unidades escolares que tiverem o seu
ato autorizador vencido antes de sua conclusão;
27
5) Os estudos realizados em unidades escolares não autorizadas pelo conselho,
somente podem ser validados após avaliação prévia pelo poder público;
6) Obrigatoriedade da inclusão do número do ato autorizador e de seu período
de vigência, em todos os documentos emitidos pela unidade escolar.
As unidades escolares de educação básica, propedêuticas e profissionais,
jurisdicionadas ao Conselho Estadual de Educação, que iniciarem as suas
atividades antes de requererem a autorização de funcionamento, terão o seu
requerimento indeferido, de plano, pelo Conselheiro Relator.
O procedimento será o mesmo adotado às instituições de educação superior,
que oferecerem cursos sem a observância do requisito prévio de autorização.
O indeferimento do requerimento de autorização importará a anulação de
todos os atos pedagógicos praticados pela unidade escolar, antes e depois,
tornando os estudos nela realizados insuscetíveis de validação pelo sistema
educativo do Estado de Goiás.
A unidade escolar que tiver o seu requerimento de autorização indeferido,
somente poderá renová-lo, após decorrido o prazo estipulado pela legislação que
rege a matéria, ou seja, 120 (cento e vinte dias) do indeferimento.
A unidade escolar que tiver negado o seu requerimento de autorização de
funcionamento e aquela que tiver o seu ato autorizador cassado devem encerrar as
suas atividades pedagógicas, imediatamente após a decisão da Câmara
competente, ficando impedidas de efetuarem matrículas, realizar processo seletivo,
emitir históricos escolares, expedir diplomas e realizar colação de grau.
O Conselho está adotando as medidas necessárias ao encerramento das
atividades das unidades escolares irregulares, inclusive com a solicitação de
intervenção da Secretaria de Segurança Pública e/ ou Ministério Público Estadual,
quando for o caso.
28
Constatada a irregularidade de funcionamento de unidade escolar de
educação básica, capaz de causar danos à ordem pública e à formação dos jovens,
foram vedadas autorização precária, prorrogação do ato autorizador e a assinatura
de Termo de Ajustamento de Conduta, o que importa a determinação de
encerramento imediato de suas atividades, decretando-se, se necessário for,
intervenção em sua direção e transferência imediata dos alunos nela matriculados.
Ficaram válidos, para todos os efeitos legais, independente de qualquer
formalidade, os estudos concluídos em unidades escolares que tiveram o seu ato
autorizador cassado antes de sua conclusão, se iniciados ainda ao tempo em que tal
ato acha-se em pleno vigor. São válidos, se durante o seu transcurso, houve
mudança de endereço, de denominação social ou de mantenedora, da unidade
escolar.
Os estudos iniciados e/ou concluídos em unidades escolares não autorizadas,
ou com ato autorizador vencido, somente são convalidados após a avaliação com
êxito dos interessados, ou seja, os alunos, por unidade escolar da rede pública,
designada pela Secretaria Estadual de Educação, por meio de seus órgãos.
Tornou-se obrigatória a inclusão do número do Ato Autorizador, ou seja,
número da resolução de autorização, reconhecimento ou renovação de
reconhecimento, bem como o seu período de vigência, em todos os documentos
emitidos pela unidade escolar, inclusive no comprovante de matrícula e nos recibos
de pagamento de mensalidades, se for o caso.
Caso ocorra o descumprimento dessa obrigação, importa na invalidação de
todos os documentos emitidos pela escola sem a sua observância, bem como o
sobrestamento de processo de interesse da unidade, em tramitação no Conselho,
até que a irregularidade seja sanada.
O gestor escolar tem a função de verificar os atos de regularização da
instituição escolar, bem como a implementação das normas do Conselho Estadual
de Educação, para que a instituição educacional não perca os prazos para autuação
de seus processos e não sofra as sanções previstas.
29
6. NORMAS DE ENSINO NO ESTADO DE GOIÁS
6.1. Educação Infantil
As escolas que mantêm educação infantil, segundo o art. 11, inciso VI e art.
18, inciso II da LDB, são de responsabilidade dos municípios quer sejam autorizar,
credenciar e supervisionar por meio do Conselho Municipal de Educação:
“Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: (...) IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; (...) Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: (...) II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;”
Porém os municípios podem optar por manter o regime de integração com o
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único, conforme disposto
no art. 11, inciso VI, parágrafo único da LDB:
“Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema
estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.”
A educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança
em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação
da família e da comunidade.
O objetivo na educação infantil é produzir condições que garantam à criança o
pleno exercício de seus direitos como sujeito ativo e em processo de
desenvolvimento, envolvendo:
30
a) expressão e formação da sua identidade sócio-político-cultural;
b) elaboração, conscientização e apropriação da sua autonomia;
c) garantia de seu bem-estar e de sua saúde;
d) garantia da livre expressão e manifestação de sua criatividade e de seu
imaginário;
e) movimento ao contato com a natureza, e da expressão corporal em espaços
amplos;
f) brincadeira, teatralidade, musicalidade, poesia, historicidade e atividades
plásticas;
g) ampliação de suas experiências e de seus conhecimentos sobre a realidade
local e universal.
Para atender às necessidades da comunidade, o regime de funcionamento
das instituições de educação infantil pode ser em período parcial ou integral,
devendo ser ininterrupto no ano civil.
A idade da criança, o número total de horas de sua permanência na unidade e
a parceria com as famílias são variáveis importantes para a previsão e organização
do cotidiano nas creches e pré-escolas.
Os parâmetros para a organização das turmas por grupos de idade
decorrerem das especificidades de cada instituição, de modo a garantir a qualidade
do atendimento e a relação criança/professor; conforme apresentado abaixo:
a) Criança de zero a um ano: até 6 crianças/1 professor;
b) Crianças de um a dois anos: de 7 a 8 crianças/1 professor;
c) Crianças de dois a três anos: de 9 a 12 crianças/1 professor;
d) Crianças de três a quatro anos: de 13 a 20 crianças/1 professor;
e) Crianças de quatro a cinco anos: de 21 a 25 crianças/1 professor.
Os professores responsáveis por turmas organizadas de acordo com a faixa
de zero a três anos devem contar com um auxiliar para cada turma.
31
O currículo da educação infantil deve assegurar a formação básica comum,
observadas as diretrizes curriculares nacionais.
A avaliação na educação infantil deve ser realizada de forma contínua,
mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança, tornando-se
como referência os objetivos estabelecidos para essa etapa da educação.
Os mantenedores de instituição de educação infantil poderão organizar e
manter equipes multiprofissionais, compostas por pedagogo, fonoaudiólogo,
psicólogo, pediatra, nutricionista, enfermeiro, assistente social, dentre outros, para
atendimentos específicos às crianças sob sua responsabilidade.
A instituição de educação infantil deve contar com espaços projetados de
acordo com a sua proposta pedagógica, a fim de favorecer o desenvolvimento das
crianças de zero a cinco anos, respeitando-lhes as suas necessidades e
capacidades.
O espaço físico escolar deve atender às diferentes funções da instituição de
educação infantil e conter uma estrutura básica que contemple:
a) espaços para recepção;
b) salas para professores e para os serviços administrativo pedagógico e de
apoio;
c) salas para atividades com visão ao ambiente externo, mobiliário e
equipamentos adequados que permitam variar sua disposição, respeitando a
metragem de 1,50 m2, por criança atendida;
d) instalações e equipamentos adequados ao preparo de refeições;
e) sala para amamentação, que apresentem perfeitas condições de higiene e
privacidade;
f) dormitório com berços de uso individual, dispostos numa distância de no
mínimo 50 cm entre si e entre eles e as paredes;
g) instalações sanitárias completas, suficientes e adequadas para uso das
crianças, dos adultos e das pessoas com necessidades especiais;
h) salas providas de colchonetes e ou esteirinhas, para repouso das crianças;
i) espaços destinados à cozinha, despensa, almoxarifado e lavanderia;
32
j) área coberta para recreação das crianças, compatível com a capacidade de
atendimento da Instituição;
k) área livre, arborizada e ajardinada, que possibilite as atividades de expressão
física, artística, estética e de lazer.
6.2. Ensino fundamental
6.2.1. Ampliação do ensino fundamental
No ano de 2004 o Estado de Goiás autorizou a ampliação da duração do
Ensino Fundamental de 8 para 9 anos, do Sistema Educativo do Estado de Goiás,
com matrículas a partir de 6 anos de idade.
Para as escolar que efetivaram a ampliação do ensino fundamental a partir de
2004 ficou obrigatória a duração de 2 anos para alfabetização, correspondente às
duas primeiras séries do ensino fundamental.
A promoção do 1º para o 2º ano conforme cumprimento das matrizes
curriculares de habilidades, definidas para cada um destes anos e processo
específico de avaliação, sendo vedada a retenção neste percurso.
A promoção do 2º para o 3º ano, e anos posteriores, ocorreria mediante
avaliação, seguindo os critérios adotados no regimento escolar.
A rede que optar pela ampliação do Ensino Fundamental de 8 para 9 anos,
teria que renumerar as séries a ele inerentes que, obrigatoriamente, passariam a ser
expressas do 1º ao 9º ano.
6.2.2. Regulamentação do ensino fundamental de 9 anos
No final do ano de 2005 o Estado de Goiás regulamentou a ampliação do
ensino fundamental, no âmbito do Sistema Educativo de Goiás, para 9 (nove) anos,
com vigência a partir de 2006, inclusive.
33
As crianças com idade de 6 (seis) anos, a partir do ano letivo de 2006,
inclusive, ficou determinado que deveriam ser matriculadas no 1º ano do ensino
fundamental, respeitado o disposto em lei, quanto à freqüência e ao
aproveitamento dos estudos realizados.
Se as crianças com idade de 7 (sete) anos ou mais, que ingressaram no
ensino fundamental, a partir do ano letivo de 2006, sem nenhuma experiência
escolar anterior, eram matriculadas no 1º ano.
Crianças com idade de 7 (sete) anos ou mais, que ingressaram no ensino
fundamental , a partir do ano letivo de 2006, inclusive, com experiência escolar
anterior, deveriam ser matriculadas no 2º ano.
As crianças com idade de 6 (seis) anos, que, em 2005, concluíram a última
etapa da educação infantil, deveriam ser matriculadas no 2º ano, em 2006.
Os alunos matriculados no ensino fundamental até o ano de 2005, inclusive,
ficaram assegurados a concluí-lo com duração de 8 (oito) anos, desde que cumprida
a matriz curricular, os dias letivos e as horas de atividades escolares
correspondentes a esta duração, anteriormente autorizadas.
A educação infantil, a partir de 2006, inclusive, passou a compreender a faixa
etária de 0 (zero) a 5 (cinco) anos.
Ficou instituído que nas unidades escolares do Sistema Educativo de Goiás, o
processo formal de alfabetização somente deveria iniciar-se a partir dos 6 (seis)
anos de idade, sendo vedado o seu início antes.
Ficou ressalvado o direito das crianças que, em 2005, concluíram a penúltima
etapa da educação infantil de matricular-se no primeiro ano do ensino fundamental,
com duração de 9 (nove) anos, ainda que à data da matrícula não tenham
completado os 6 (seis) anos de idade.
34
As unidades escolares que até 2005 ministravam somente a educação
infantil e queriam oferecer, a partir de 2006, o 1º ano do ensino fundamental,
poderiam fazê-lo, desde que obedecessem aos parâmetros estipulados na resolução
de regulamentação e requeressem ao Conselho Estadual de Educação a
competente autorização no prazo de 120 (cento e vinte) dias.
6.3. Educação de jovens e adultos
A educação de jovens e adultos destina-se tão-somente àqueles que não
tiveram acesso à escola, na idade própria, legalmente prevista, ou que nela não
puderam permanecer, tendo como objetivo precípuo proporcionar-lhes oportunidade
para fazê-lo, respeitando-se as suas condições sociais e econômicas, o seu perfil
cultural e os seus conhecimentos já adquiridos, visando ao seu pleno
desenvolvimento, o seu preparo para o exercício da cidadania e para o trabalho.
6.3.1. Preceitos e parâmetros
A educação de jovens e adultos, obedece aos seguintes preceitos e
parâmetros :
a) Ingresso permitido apenas aos que ainda não tiveram acesso à escola ou que
dela encontrem-se, comprovadamente, afastados há mais de 2 (dois) anos;
b) Idade mínima de 15 (quinze) anos para ingresso no ensino fundamental e 18
(dezoito), no ensino médio;
c) Observância integral do currículo pleno e das diretrizes curriculares, tanto da
base comum nacional, quanto da parte diversificada;
d) Carga horária mínima de, pelo menos, 2.400 (duas mil e quatrocentas) horas
presenciais para o ensino fundamental em todas as suas etapas, 1600 (mil e
seiscentos) horas, para aquela etapa que abrange do 6º ao 9º ano deste nível
de ensino, e de 1.200 (mil e duzentas), também presenciais, para o ensino
médio;
35
e) Freqüência mínima obrigatória correspondente a 75% (setenta e cinco por
cento) das atividades escolares presenciais desenvolvidas durante o
semestre letivo;
f) Efetivação de matrícula a qualquer dia do ano letivo, sem prejuízo do
cumprimento do que estabelecem os itens anteriores;
g) Avaliação contínua e cumulativa da aprendizagem, garantindo-se, aos que
demonstrarem dificuldades de desenvolvimento, acompanhamento especial
individualizado e recuperação paralela, por equipe devidamente preparada,
em horário compatível com a disponibilidade de tempo para tanto.
É vedada a transferência do ensino fundamental e do ensino médio regulares
para a educação de jovens e adultos.
O aluno sem comprovante de vida escolar anterior deve ser considerado
especial até o início do semestre seguinte, quando será submetido à classificação
que o posicionará na etapa compatível com o seu grau de desenvolvimento e com
os conhecimentos já adquiridos, obedecidos os parâmetros desta Resolução.
6.3.2. As etapas da EJA
A educação de jovens e adultos compreende a alfabetização, a escrita, a
leitura, a interpretação do que lê, as linguagens, códigos e suas tecnologias, as
ciências da natureza, matemática e suas tecnologias e as ciências humanas e suas
tecnologias, distribuídas em três etapas distintas, sendo permitido o avanço para a
superior, mediante exame de reclassificação.
A primeira etapa será desenvolvida em 4 (quatro) semestres, com conteúdo
correspondente do 1o ao 5o ano do ensino fundamental de 9 anos.
A segunda etapa, com conteúdo correspondente àquele ministrado do 6o. ao
9o. ano do ensino fundamental de 9 anos e será ministrada em 6 (seis) semestres.
36
A terceira etapa corresponde ao ensino médio, compreendendo a matriz
curricular e todo o conteúdo determinado para este nível, e será desenvolvido em 4
(quatro) semestres.
A educação de jovens e adultos, em todas as suas etapas, será oferecida
com 4 (quatro) dias de atividades escolares semanais em sala de aula, não
podendo nenhum deles exceder a 3 (três) horas de atividades presenciais.
O 5º (quinto) dia da semana, que também será considerado letivo, com
presença obrigatória de professores, destina-se à orientação pedagógica, ao plantão
de dúvida sob a responsabilidade destes e à recuperação paralela.
O 5º (quinto) dia da semana, apesar de caracterizar-se como letivo, não será
considerado para efeito de cômputo de freqüência obrigatória.
O horário de início das atividades escolares conformar-se-á às
disponibilidades do aluno trabalhador, de acordo com a realidade de cada
localidade.
6.3.3. Reclassificação e da classificação na EJA A aferição do grau de desenvolvimento e da experiência dos alunos que se
submeterem à classificação ou à reclassificação dar-se-á por meio de realização de
provas discursivas de todas as áreas de conhecimento que compõem a base
comum nacional e de redação, que terá como tema fato relevante da atualidade.
As provas classificação ou reclassificação devem ser elaboradas, aplicadas,
avaliadas e registradas em ata própria, por banca examinadora, composta de
professores licenciados que lecionem, na unidade escolar, as áreas de
conhecimento objeto de avaliação, que se responsabilizarão, para todos os fins
legais, por seu conteúdo e conceitos emitidos.
37
As provas de classificação somente podem ser aplicadas aos alunos que
freqüentaram, sem solução de continuidade, pelo menos um semestre letivo, na
unidade escolar, sendo vedada a sua aplicação no ato da matrícula.
6.3.4. Informações gerais Os certificados de conclusão do ensino fundamental e do ensino médio da
modalidade de educação de jovens e adultos somente podem ser expedidos pela
unidade escolar devidamente credenciada e autorizada pelo Conselho Estadual de
Educação e serão válidos se registrados pela Superintendência de Educação a
Distância e Continuada.
A aprovação em uma ou mais disciplinas, em exames supletivos, não
assegura ao escolar o direito a posicionamento em etapa mais avançada.
6.4. Ensino Médio
O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três
anos, terá como finalidades:
a) a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
b) a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
c) o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
d) a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
O currículo do ensino médio observará as seguintes diretrizes:
a) destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da
ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da
sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de
comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
38
b) adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos
estudantes;
c) será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,
escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo,
dentro das disponibilidades da instituição.
d) serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em
todas as séries do ensino médio.
Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados
de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre domínio dos
princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna e
conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
6.5. Educação Especial
A educação especial é uma política pública que se baseia no paradigma da
diversidade e da inclusão como busca de construção plena do sujeito cultural,
histórico, político, social, estético e afetivo e deve se organizar para afirmar os
valores éticos, estéticos e políticos estabelecidos pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos (1948), pela Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência
(1975), pela Declaração de Salamanca (1994), pela Convenção Interamericana para
a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras
de Deficiência – Convenção da Guatemala(2001) e pela Declaração Internacional de
Montreal sobre a inclusão (2001);
A educação especial é uma das modalidades da Educação Nacional que
perpassa o sistema educacional em todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino é oferecida na educação básica e superior do Sistema Educativo de Goiás
como um conjunto de serviços e recursos especializados para complementar e
suplementar o processo de ensino aprendizagem aos alunos com necessidades
educacionais especiais, permanentes ou transitórias, de modo a garantir o
desenvolvimento de suas potencialidades sociais, políticas, psicológicas, criativas e
produtivas para a formação cidadã, necessária para aprender a fazer, aprender a
39
conviver, aprender a ser e aprender a aprender com o objetivo de prosseguir nos
estudos e progredir no trabalho, respeitadas as características individuais e
igualdade de direitos entre todos os seres humanos.
O atendimento educacional especializado proporcionado pela Educação
Especial, direito público subjetivo, é assegurado, preferencialmente, na rede regular
de ensino.
O atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais tem
início na educação infantil e deve perpassar todos os níveis, modalidades e etapas
de ensino.
As mantenedoras, públicas, particulares, confessionais, comunitárias e
filantrópicas das redes assegurarão um conjunto de recursos e serviços
educacionais especiais, organizados institucionalmente para suplementar e
complementar as ações pedagógicas comuns, de modo a garantir a educação
escolar e promover o desenvolvimento de todas as potencialidades dos educandos
que apresentem necessidades educacionais especiais em todos os níveis, etapas e
modalidades da educação básica e superior.
O Sistema Educativo de Goiás, por meio da rede pública estadual, das redes
públicas municipais jurisdicionadas e das escolas particulares, confessionais,
comunitárias e filantrópicas, deve garantir a matrícula de todos os alunos com
necessidades educacionais especiais, cabendo às unidades escolares das diversas
mantenedoras organizarem-se para o atendimento educacional especializado,
assegurando-lhes as condições necessárias para uma educação cidadã.
O atendimento educacional especializado é o complemento ou suplemento
escolar, diferenciado do ensino regular, para melhor atender as especificidades dos
alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento ou altas
habilidades/superdotação, abrangendo, principalmente, os instrumentos necessários
à eliminação ou superação de barreiras físicas, arquitetônicas, sociais, psicológicas
e atitudinais, que possam impedir ou dificultar seu relacionamento com o ambiente
externo;
40
O Sistema Educativo de Goiás adota como forma de linguagem, comunicação
e expressão, dentre outras, a Língua Brasileira de Sinais, o Sistema Braile, o uso
dos recursos de Informática, tecnologias assistivas, outras ferramentas e linguagens
que propiciem a melhora do processo educativo para os alunos com necessidades
especiais.
6.5.1. Educação inclusiva
A educação inclusiva é o processo social, pedagógico, cultural, filosófico,
estético e político de ações educativas, pedagógicas e administrativas voltadas para
a inclusão, o acesso, a permanência, o sucesso e a terminalidade de todos os
alunos na rede de ensino, especialmente àqueles com deficiência, com transtornos
globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.
As escolas devem incluir todas as pessoas independentemente de suas
condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas, econômicas,
culturais ou outras e, ainda, as pessoas com deficiências, com transtornos globais
de desenvolvimento, com altas habilidades/superdotação, em situação de risco e de
rua, que trabalhem, de origem remota ou de população nômade, pessoas
pertencentes a minorias lingüísticas, étnico-raciais ou culturais, e pessoas
empobrecidas, discriminadas ou marginalizadas.
A inclusão escolar é um direito humano fundamental, que tem por objetivo
mobilizar esforços financeiros, administrativos, educacionais e pedagógicos para
capacitar todas as escolas ao atendimento de seus alunos em sua comunidade,
especialmente, os excluídos das oportunidades educacionais;
A educação especial se insere no âmbito da educação inclusiva.
6.5.2. Aluno com necessidades educacionais especiais
São considerados alunos com necessidades educacionais especiais,
decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter temporário ou permanente,
aqueles que apresentarem:
41
a) limitações no processo de desenvolvimento e/ou dificuldades acentuadas de
aprendizagem nas atividades curriculares, compreendidas como aquelas não
vinculadas a uma causa orgânica específica; ou aquelas relacionadas a
condições, disfunções, limitações ou deficiências; ou ainda aquelas
decorrentes de síndromes neurológicas, psiquiátricas e de quadros
psicológicos graves;
b) Dificuldades de comunicação e sinalização, diferenciadas dos demais alunos,
particularmente dos que sejam acometidos de surdez, de cegueira, de baixa
visão, de surdo-cegueira ou de distúrbios acentuados de linguagem e
paralisia cerebral, para os quais devem ser adotadas formas diferenciadas de
ensino e adaptações curriculares, com utilização de linguagem e códigos;
c) altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem, que os
levem a dominar rapidamente as competências constituídas pela articulação
de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e valores.
6.5.3. Organização e funcionamento das escolas
O estabelecimento de ensino regular de qualquer nível, etapa ou modalidade
garantirá, em sua proposta pedagógica, o acesso e o atendimento a alunos com
deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas
habilidades/superdotação.
A escola regular, ao construir e implementar sua proposta pedagógica deve
promover a adequação e a organização de classes comuns e implantar os serviços
e apoios pedagógicos especializados.
Para assegurar o atendimento educacional especializado, os
estabelecimentos devem prever e prover:
a) acessibilidade nas edificações, com a eliminação de barreiras arquitetônicas
nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos, conforme normas técnicas
vigentes e viabilidade da adaptação da edificação já existente;
42
b) professores e equipe técnico-pedagógica habilitados ou especializados;
c) apoio docente especializado, conforme estabelecido no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento Escolar obedecida a legislação pertinente;
d) a redução do número de alunos por turma, com critérios definidos pela
mantenedora, quando estiverem nelas incluídos alunos com necessidades
educacionais especiais significativas ou que necessitem de apoio e serviços
intensos e contínuos;
e) atendimento educacional especializado complementar e suplementar;
f) flexibilização e adequação curricular, em consonância com a proposta
pedagógica da escola;
g) projeto de enriquecimento curricular e de aceleração para superdotados;
h) oferta de educação bilíngüe, língua portuguesa e libras, quando for o caso;
i) oferta do Sistema Braile.
6.6. Educação profissional
A Educação Profissional é uma modalidade que perpassa todos os níveis da
educação nacional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à
ciência e à tecnologia, organizada por áreas profissionais, em consonância com a
estrutura sócio-ocupacional e às exigências de capacitação técnica e tecnológica,
ministradas por instituições credenciadas.
A Educação Profissional é desenvolvida por meio de cursos e programas de:
a) formação inicial e continuada de trabalhadores;
b) educação profissional técnica de nível médio; e
c) educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação.
A formação inicial e continuada de trabalhadores é constituída pelos cursos e
programas de capacitação, aperfeiçoamento, atualização e especialização, não
estando sujeita à regulamentação curricular.
A educação profissional técnica de nível médio objetiva garantir aos
trabalhadores em geral, jovens e adultos, o direito ao permanente desenvolvimento
de aptidões para a vida produtiva e social.
43
A educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação, com
características especiais, objetiva garantir aos trabalhadores em geral, jovens e
adultos, o direito à aquisição de competências profissionais que os tornem aptos à
inserção em setores profissionais nos quais haja a utilização de tecnologias, a
inovação e/ou a difusão tecnológica.
A solicitação de credenciamento de instituição de ensino técnico ou superior
de tecnologia e de autorização para funcionamento de cursos técnicos ou superiores
de tecnologia, bem como a renovação da autorização para os cursos técnicos ou de
reconhecimento para os cursos superiores de tecnologia, ou, ainda, os pedidos de
renovação de credenciamento e de reconhecimento de cursos superiores de
tecnologia, será dirigida à Presidência do Conselho Estadual de Educação, por meio
de ofício, explicitando o que está sendo requerido, no prazo de 120 (cento e vinte)
dias antes da data prevista para o início do curso, ou vencimento de prazo, com os
seguintes documentos:
a) descrição das condições das edificações, das instalações, dos equipamentos
e dos recursos físicos e didáticos disponíveis, planta baixa, podendo ser
croqui, com informações sobre meios para locomoção de pessoas portadoras
de necessidades especiais, detalhes arquitetônicos, dimensões e destinação
dos espaços e demais dependências da instituição;
b) a anexação de convênios específicos de parcerias para a realização do curso
proposto, quando for o caso;
c) quadro demonstrativo de ocupação das salas de aula por turno e cursos;
d) prova de propriedade do imóvel, certidão de registro ou prova de cedência,
comodato ou contrato de locação, com duração mínima de 5 (cinco) anos;
e) cópia do alvará de licença, expedido pelo município;
f) declaração do órgão competente da Secretaria Estadual de Educação,
quando se tratar de curso de instituições públicas, ou da mantenedora, se for
o caso, quando se tratar de cursos de instituições privadas, consignando que
há corpo docente, em número suficiente, com titulação e ou habilitação, para
atender ao curso proposto, diante do que determina a legislação vigente,
anexando nominata dos docentes.
44
g) cópia do Regimento Escolar para a educação profissional, não se admitindo
adendos regimentais;
h) duas cópias do projeto ou plano de curso em versão impressa e uma em
arquivo eletrônico, mantendo coerência com a Proposta Pedagógica e o
respectivo Regimento.
O projeto ou plano de curso deverá conter o detalhamento quanto aos
seguintes aspectos:
a) à justificativa e objetivos do curso, estabelecendo a relação deste com a
demanda específica do mundo do trabalho e com o potencial de
desenvolvimento sócio-econômico local e regional, bem como a pertinência
deste em relação às exigências legais para a formação pretendida;
b) aos requisitos para acesso ao curso, especificando as exigências legais e as
delimitadas pela instituição escolar, para tal finalidade;
c) ao perfil profissional de conclusão das qualificações técnicas e tecnológicas,
da habilitação técnica e/ou da graduação tecnológica, representados pelo
conjunto das competências profissionais gerais e específicas a serem
desenvolvidas.
d) à organização do curso, contendo o desenho curricular, podendo ser
representado pelos componentes curriculares, blocos temáticos, módulos,
etapas ou conjuntos de situações de aprendizagem, distribuídos em um ou
mais itinerários de formação profissional, com carga horária adotada, planos
de estágio e de trabalho de conclusão de curso, quando requeridos;
e) aos critérios de aproveitamentos de conhecimentos e experiências anteriores,
explicitando os procedimentos e instrumentos pelos quais serão verificados e
reconhecidas as competências adquiridas no trabalho, por meios formais,
informais, bem como em cursos que não as tenham certificado, de forma a
diferenciar ou individualizar o percurso de formação;
f) aos critérios e procedimentos de avaliação da aprendizagem, entendida como
diagnóstico destinado a apropriação de competências de forma contínua e
efetiva, incluindo a definição de seus processos e os instrumentos a serem
utilizados;
45
g) às instalações, equipamentos, laboratórios, recursos tecnológicos e biblioteca,
apresentando a descrição de ambientes de aprendizagem, configuração de
informática (software, hardware, redes, internet), indicação de laboratórios e
equipamentos efetivamente disponíveis para o desenvolvimento do curso, os
recursos audiovisuais e a estrutura da biblioteca, com o seu espaço físico,
equipamentos, acervo bibliográfico básico e complementar, com a
especificação dos títulos e os quantitativos de volumes, salas de estudo
individual e em grupo, videoteca, entre outros, observando o grau de
exigência para o curso proposto e a capacidade da instituição atingir os seus
objetivos;
h) à nominata do pessoal técnico e docente, com a especificação dos títulos de
habilitação, graduação, especialização, mestrado e/ou doutorado, com a
indicação da instituição expedidora e dos componentes curriculares
ministrados, compatíveis com a experiência e a titulação documentada;
i) ao histórico escolar, certificados e diplomas, definidos como títulos
probatórios a serem conferidos, para comprovar as competências
desenvolvidas pelo concluinte em cada etapa do percurso de sua formação.
O Conselho Estadual de Educação indicará Comissão de Especialistas para
análise do projeto ou plano de curso, bem como das condições para o
credenciamento das instituições de ensino técnico ou educação superior de
tecnologia.
A Comissão referida anteriormente será constituída pelo Conselho Estadual
de Educação e composta por especialistas na área, dotados de comprovada
experiência, cadastrados junto à Câmara de Educação Profissional.
A Comissão verificará a matéria do pedido, devendo conferir in loco, as reais
condições para o credenciamento, recredenciamento, autorização, renovação de
autorização e funcionamento de curso ou de seu reconhecimento, conforme o caso,
e emitirá o seu laudo técnico circunstanciado.
46
O pagamento dos honorários ou de reembolso das despesas de transporte e
de hospedagem é de responsabilidade da instituição analisada, seja ela pública ou
privada.
Caso a solicitação não seja deferida, a instituição requerente terá um prazo
de noventa (90) dias para reapresentá-la com as explicações ou correções
necessárias.
Será permitida apenas uma reapresentação por processo, se após a
reapresentação, a solicitação for novamente indeferida a instituição requerente só
poderá formular nova solicitação após doze (12) meses da data de ciência nos
autos.
A educação profissional é organizada a partir da indissociabilidade entre
teoria e prática e inclui, quando o curso o exigir, o estágio supervisionado realizado
na própria instituição de ensino, em empresas e/ou outras instituições.
A prática profissional será incluída na carga horária mínima de cada
habilitação.
A carga horária destinada ao estágio supervisionado deverá ser acrescida ao
mínimo estabelecido para o respectivo curso.
O estágio supervisionado, previsto segundo a natureza do curso, deverá ser
explicitado na organização curricular constante no projeto ou plano de curso.
47
7. NORMAS DIVERSAS
7.1. Critérios de Avaliação
7.1.1. Avaliação da aprendizagem
A avaliação da aprendizagem escolar tem por objetivo contribuir para o pleno
desenvolvimento do aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
A avaliação orienta-se por processo diagnosticador, formador e emancipador,
devendo realizar-se continua e cumulativamente, e com absoluta prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos formativos sobre os informativos. Ficou determinado pelo Conselho Estadual de Educação de Goiás que o
processo de avaliação da aprendizagem escolar deveria considerar, cotidianamente,
a efetiva presença e a participação do aluno nas atividades escolares, sua
comunicação com os colegas , com os professores e com os agentes educativos ,
sua sociabilidade, sua capacidade de tomar iniciativa, de criar e de apropriar-se dos
conteúdos disciplinares inerentes à sua idade e série, visando à aquisição de
conhecimentos,o desenvolvimento das habilidades de ler, escrever e interpretar, de
atitudes e de valores indispensáveis ao pleno exercício da cidadania.
7.1.2. Da recuperação da aprendizagem Ao aluno que demonstrar dificuldade de desenvolvimento, em qualquer um
dos aspectos enumerados na avaliação da aprendizagem, é assegurado o direito a
acompanhamento especial, individualizado, e à recuperação paralela, por equipe
devidamente preparada, que seja capaz de contribuir de modo efetivo para a
superação das dificuldades detectadas.
48
O processo de recuperação da aprendizagem deve ser, também, contínuo e
cumulativo, bem como previsto no calendário de cada unidade escolar.
7.1.3. Da promoção parcial O Sistema Educativo do Estado de Goiás adota a progressão parcial, no
âmbito da Educação Básica, para todas as unidades escolares que se organizam
pelo regime de progressão anual, preservada a seqüência do currículo e sua
regulamentação no Projeto Político Pedagógico (PPP) e no Regimento Escolar (RE).
A progressão parcial de que trata esta Resolução constitui-se em direito
público subjetivo de todos os alunos matriculados, a partir do 6º (sexto) ano do
ensino fundamental, inclusive, até o 3º (terceiro) ano do ensino médio, inclusive.
Entende-se por Progressão Parcial a passagem do aluno para o ano
posterior, com defasagem em alguns conteúdos curriculares, necessitando por isso,
de novas oportunidades de aprendizagem, viabilizadas em procedimentos
pedagógicos e administrativos, oferecidas pelas unidades escolares, devidamente
previstas e regulamentadas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar.
Ao aluno, em progressão parcial, deve-se assegurar:
a) Programa de estudos e acompanhamento especial, ao longo do novo
processo de aprendizagem, e, se necessários, períodos intensivos, ao final
dos semestres letivos, com a finalidade de proporcionar ao aluno condições
para superar as defasagens e as dificuldades identificadas pelo Conselho de
Classe, pela Coordenação Pedagógica e pelos docentes e, quando possível,
por ele próprio;
b) Registro dos períodos e da participação no programa de estudos da
progressão parcial.
49
c) Articulação com as famílias, comunicando-lhes e explicando-lhes a decisão
do Conselho de Classe, referente à promoção parcial do aluno, fornecendo-
lhes as informações sobre os conteúdos curriculares em defasagem, os
horários a serem cumpridos, a freqüência e o seu aproveitamento nas
atividades, especialmente, programadas para seu acompanhamento
individual.
O programa de estudos da progressão parcial deve ser desenvolvido,
obrigatoriamente, no ano letivo imediato ao da ocorrência da progressão parcial, em
horário alternativo e concomitante com o ano para o qual o aluno foi promovido.
Ao início de cada ano letivo, as unidades escolares elaborarão, o
planejamento dos conteúdos, da operacionalização e do tipo de registro do
desempenho do aluno, nas atividades de progressão parcial, essenciais ao
desenvolvimento de sua aprendizagem.
A progressão parcial não se vincula aos dias letivos, à carga horária anual e à
freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento), mas, tão-somente, a
programa de estudos, podendo ser concluído em qualquer período do ano letivo, de
acordo com a avaliação do Conselho de Classe.
O Conselho de Classe, pautado nos critérios do desempenho escolar é
soberano quanto à deliberação de procedimentos e de orientações específicas para
o aluno em progressão parcial e para o redirecionamento da ação pedagógica
desenvolvida.
O desempenho insatisfatório do aluno, no programa de progressão parcial,
deve constituir-se em objeto de atenção e de acompanhamento especiais pela
Coordenação Pedagógica, pela Direção, pelo Conselho de Classe, e, se necessário,
pelos pais e ou responsáveis.
50
A matrícula do aluno em progressão parcial, no ano para o qual foi promovido,
deve ocorrer, mediante registro específico, a fim de possibilitar o acompanhamento
individual por parte da família e da unidade escolar.
Da documentação de transferência, do aluno em progressão parcial, devem
constar os conteúdos curriculares, que lhe impediram a promoção total, o relatório
sobre o seu desempenho, especificando-se os conhecimentos que não foram
construídos e o programa de estudos.
As unidades escolares devem receber a transferência de aluno em
progressão parcial, bem como lhe assegurar a recuperação da aprendizagem, ainda
que não ofereçam o ano (a série) em que ocorreu a progressão parcial.
A mantenedora da rede pode estabelecer colaboração entre suas mantidas,
para o oferecimento da progressão parcial, visando a assegurar o cumprimento do
direito do aluno.
O Certificado de conclusão do ensino médio somente pode ser expedido
quando o aluno for declarado aprovado em todos os conteúdos curriculares,
inclusive no programa de estudos da progressão parcial.
O aluno promovido parcialmente não pode ser submetido à classificação e/ou
à reclassificação.
As mantenedoras das unidades escolares devem capacitar os professores e
os gestores escolares, para a implantação da progressão parcial.
7.1.4. Classificação e da reclassificação O aluno da própria unidade escolar que, ao longo do ano letivo, demonstrar
grau de desenvolvimento e rendimento superiores aos dos demais, comprovado por
avaliações qualitativas, e atestado pelo Conselho de Classe, de forma
circunstanciada, pode ser promovido para série ou etapa compatível com o seu grau
de desenvolvimento, independentemente da aferição a que deve submeter-se o
aluno oriundo de outra unidade escolar.
51
O aluno oriundo de outra unidade escolar, do Brasil ou do exterior, poderá, no
ato da matrícula, ter aferido seu grau de desenvolvimento e experiência, por meio de
provas de redação versando sobre tema relevante da atualidade, além de provas
discursivas em todas as áreas de conhecimento que compõem a base comum
nacional e de entrevista com o Conselho de Classe, com a finalidade de verificar-se
se ele se acha em condições de ser promovido, por reclassificação, para série mais
elevada.
O aluno não pode ser reclassificado para série mais elevada, na hipótese de
encontrar-se retido ou em dependência.
A classificação somente pode ser aplicada ao aluno que, comprovadamente,
não possuir escolarização anterior ou se achar fora do Sistema Educativo há mais
de 2 (dois) anos, e que demonstrar, de forma satisfatória, grau de desenvolvimento e
experiência compatíveis com aqueles exigidos na série para a qual for submetido à
avaliação.
As provas de reclassificação e classificação devem ser elaboradas, aplicadas,
avaliadas e registradas em ata própria, por banca examinadora, composta por
professores licenciados que lecionem, na unidade escolar, as disciplinas das áreas
de conhecimento objeto de avaliação, nomeada pelo Conselho de Classe, e que se
responsabilizará, para todos os fins legais, por seu conteúdo e conceitos emitidos.
O aluno classificado deve, obrigatoriamente, cursar, com êxito, todas as horas
e disciplinas especificadas na matriz curricular, sob pena de não serem
considerados válidos os estudos realizados, de forma incompleta, na série ou
segmento, para o qual for classificado.
O aluno, de qualquer nível ou modalidade, que for classificado diretamente
para a série correspondente ao terceiro ano do ensino médio, deve cursar, com
êxito, oitocentas horas de trabalho escolar presenciais, distribuídas em, no mínimo,
duzentos dias letivos, sob pena de não se lhe reconhecer o certificado de conclusão
desse nível de ensino.
52
7.2. Aluno Itinerante
A Lei nº 6.533/78, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de
Artistas e de técnico em Espetáculos de Diversões, assegura a permanência na
escola do aluno itinerante.
Os filhos dos profissionais artistas e de técnico em espetáculos de diversões,
cuja atividade seja itinerante, para que não ocorra impedimento da matrícula, seja
inicial ou por transferência, terão assegurada a matrícula e conseqüente vaga nas
escolas públicas locais de ensino fundamental e médio, e autorizada nas escolas
particulares desses níveis, mediante apresentação de certificado da escola de
origem.
O Governo Federal, ao expedir o Decreto que regulamentou, visava
assegurar aos filhos de artistas circense e dos técnicos que os acompanham em
suas peregrinações profissionais, não só o direito à matrícula, mas condições para o
cumprimento da exigência constitucional da obrigatoriedade, no caso do ensino
fundamental.
7.3. Valorização do Idoso
A Escola deve se tornar lugar privilegiado e crítico de formação da
consciência, de afirmação da identidade cultural, de defesa das diferenças e de
combate ao preconceito.
Os temas do envelhecimento e da valorização do idoso se inserem no
processo de formação do professor, da prática cotidiana do exercício da docência,
da vivência das relações pedagógicas no ambiente escolar, dos componentes
curriculares e das aulas ministradas diariamente, do trato de temas transversais, da
contextualização e da interdisciplinaridade. As unidades escolares do Sistema de Ensino de Goiás, públicas e
particulares, que ministram a Educação Básica e a Educação Superior e se acham
sob a jurisdição do Conselho Estadual de Educação, ficaram obrigadas a incluir, em
seus currículos, conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à
valorização do idoso, por meio da Resolução CEE/GO n.º 171/2005.
53
A temática deve constar, de forma circunstanciada, do projeto político-
pedagógico institucional, da síntese do currículo pleno e da explicitação dos projetos
inovadores da Escola, dos componentes curriculares da área de licenciatura plena,
bem como dos projetos de extensão dos cursos de educação superior.
As unidades escolares devem incluir, no seu calendário, atividades teóricas e
práticas, por meio das quais sejam trabalhados os aspectos científicos, culturais,
artísticos e afetivos, abordando o tema objeto desta Resolução, com a participação
da comunidade escolar e de representantes das entidades e conselhos que
trabalhem com a política do idoso.
Os componentes curriculares da unidade escolar devem abordar, no âmbito
de seu conteúdo, a importância e a relevância do processo de desenvolvimento da
humanidade, das transformações lingüísticas, culturais, éticas, familiares, sociais e
econômicas, visando a possibilitar aos integrantes da comunidade escolar a
adequada compreensão sobre o real significado do processo de envelhecimento e
sobre a necessidade de respeitar-se e de valorizar-se o idoso.
7.4. Educação Física
A Educação Física, prevista na matriz curricular do ensino fundamental e do
médio do Estado de Goiás, tornou-se componente obrigatório no âmbito da
educação básica por meio da Resolução CEE/GO n.º 004/2006 visando:
a) formação da pessoa no desenvolvimento da saúde corporal;
b) qualidade de vida do aluno;
c) preparação para o exercício pleno da cidadania;
d) consolidação do processo de socialização;
e) incentivar o espírito criativo;
f) participação comunitária num ambiente de solidariedade.
As atividades de Educação Física serão ministradas por professor
especialista, habilitado em licenciatura plena na área e deve ser objeto de plano de
ensino específico, elaborado em conformidade com a proposta político-pedagógica
(PPP) da instituição escolar.
54
A organização e seleção das atividades de Educação Física devem
considerar as modalidades existentes em cada uma das áreas de conhecimento e
sua adequação às características do alunado a que se destinam, respeitando a
diversidade cultural, o gênero, a etnia, a faixa etária e os que necessitam de
atendimento especializado.
As aulas atribuídas ao professor de Educação Física devem compor o horário
regular de funcionamento da Unidade Escolar e desenvolver-se nas dependências
da Unidade Escolar, em área adequada às atividades coletivas.
7.5. Normas de Inclusão relações étnico-raciais e sobre o ensino dos
conteúdos de história e cultura afro-brasileira e indígena
A Resolução CEE/GO nº 005/2009 estabelece normas complementares às
diretrizes curriculares nacionais sobre a educação para as relações étnico-raciais e
sobre o ensino dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e indígena, nas
diferentes disciplinas da educação básica, a serem observadas pelas instituições de
ensino públicas estaduais, municipais e as particulares, jurisdicionadas ao Sistema
Educativo do Estado de Goiás.
O ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena se insere no
processo de educação formal que prepara o aluno para o exercício pleno da
cidadania, no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, conhecendo,
resgatando, oferecendo garantias a essa população de ingresso, permanência e
sucesso na educação escolar, e valorizando e ressignificando a identidade da
cultura afro-descendente, índio-descendente e indígena, como fatores componentes
da história e da cultura nacional.
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena tem por
objetivos:
a) conhecer, valorizar e divulgar o patrimônio históricocultural afro-brasileiro e
indígena;
b) sociedade nacional;
55
c) promover competências, conhecimentos, atitudes e valores nos alunos,
educando-os ao respeito das identidades étnico-raciais e a valorização da
diversidade na formação mutlicultural e pluriétnica da
d) superar com concepções e práticas discriminatórias e racistas;
e) produzir novos conhecimentos por meio de linhas de pesquisa e de extensão;
f) favorecer a implementação de políticas públicas que reconheçam o valor das
contribuições das culturas afro e indígenas na formação da nação brasileira e
promovam ações afirmativas;
g) desenvolver entre a população afro-descendente, índiodescendente e
indígena reconhecimento positivo de sua pertença étnicoracial.
O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena está
presente nos currículos de todos os níveis, etapas e modalidades de educação,
sendo ministrado como conteúdo obrigatório, com base na interdisciplinaridade e
contextualização. 7.5.1. Da educação das relações étnico-raciais
As escolas, em seus projetos político-pedagógicos, devem valorizar a
diversidade cultural, étnico-racial, de gênero e social como fator de formação da
nacionalidade, enfatizando e contextualizando as contribuições histórico-culturais
dos povos indígenas e dos descendentes africanos.
O projeto político pedagógico da escola deve garantir a obrigatoriedade de
estudos dos conteúdos da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena,
proporcionando aos alunos a educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural e pluriétnica; organizados de acordo com o disposto na
legislação em vigor.
Os conteúdos referentes à História e à Cultura Afro-brasileira e à dos povos
indígenas brasileiros, presentes na proposta curricular, devem ser ministrados de
modo especial, nas disciplinas de Arte, História, Língua Portuguesa, Literatura,
Sociologia, Geografia e Cultura Religiosa.
56
Os conteúdos programáticos de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
devem ser organizados dentro dos seguintes eixos:
a) Consciência política e histórica da diversidade;
b) Fortalecimento de identidades e direitos;
c) Ações educativas em prol da equidade étnico-racial;
d) Educação das relações étnico-raciais;
As mantenedoras e as unidades escolares devem incentivar a produção de
novos conhecimentos, incentivando pesquisas sobre os valores e as visões de
mundo das culturas afro-brasileira e indígena, com o objetivo da ampliação e do
fortalecimento das bases teóricas da educação brasileira.
7.5.2. Do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana
As mantenedoras e o grupo gestor das unidades escolares devem manter
diálogo com estudiosos e membros de movimentos negros e indígenas para a
inovação dos processos pedagógicos e de pesquisa, que valorizem a diversidade
racial e cultural, rejeitando-se todas as formas de racismo, de discriminação e de
exclusão social.
A proposta curricular deve contemplar os conteúdos programáticos referentes
aos negros no Brasil, à cultura afro, na formação da sociedade nacional, nas áreas
social, econômica e política da história brasileira, incluindo aspectos da história da
África e dos africanos, valorizando-se a história do povo negro em suas dimensões
filosófica, religiosa, política, social, econômica e de produção de bens culturais,
materiais e imateriais.
7.5.3. Da educação indígena
O conjunto de saberes e procedimentos culturais produzidos pelas
sociedades indígenas devem compor o conteúdo de aprendizagem e de formação
que compõe o currículo da educação básica.
57
Ao tratar da história e da cultura indígena, no Brasil, os professores devem
destacar a relevância das religiões, da organização político-social, das
manifestações culturais e estéticas dos povos indígenas, na formação da nação
brasileira.
As mantenedoras devem tomar providências efetivas e sistemáticas no
sentido de qualificar os educadores, promovendo cursos, seminários e oficinas, de
modo especial durante o período letivo,
garantindo-se a participação dos educadores.
As escolas do Sistema Educativo do Estado de Goiás devem, no ato da
matrícula, assegurar ao aluno o direito de declarar, para efeito de registro, a
pertença étnico-racial a que entende fazer parte e o calendário escolar deve incluir o
dia 20 de novembro, como o Dia Nacional da Consciência Negra.
7.6. Ensino Religioso
O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, parte integrante da formação
básica do cidadão, constitui disciplina de oferta obrigatória, nos horários normais das
escolas públicas de ensino fundamental e médio, inclusive de educação de jovens e
adultos, assegurado o respeito à diversidade religiosa e cultural do Brasil e a todas
as crenças individuais.
O Ensino Religioso é área de conhecimento integrante da base nacional
comum e visa a subsidiar o aluno na compreensão do fenômeno religioso, presente
nas diversas culturas e sistematizado por todas as tradições religiosas, deve ter
tratamento igual dado a outras disciplinas da educação básica, no que couber.
Se maior, o aluno que optar pela disciplina Ensino Religioso deve se
manifestar por escrito no início do ano letivo, perante a direção da unidade escolar,
se menor, a manifestação deve ser formalizada por pais ou responsáveis.
58
A escola deve apresentar ao aluno, no ato da manifestação, a proposta
pedagógica de Ensino Religioso para referenciar a sua opção ou não.
Os estabelecimentos de ensino devem oferecer aos alunos que não optarem
pelo Ensino Religioso, no mesmo horário, outros conteúdos de formação geral.
Os conteúdos programáticos da disciplina Ensino Religioso devem ser
organizados dentro dos seguintes eixos:
a) Antropologia das Religiões: o fenômeno religioso é entendido como
construção cultural da humanidade, manifestada por meio de crenças e
religiões, que interagem com o cotidiano por ela vivido e produzido.
b) Sociologia das Religiões: o fenômeno religioso é estudado do pondo de vista
dos aportes e conflitos civilizatórios, criados por sociedades humanas,
formados por experiências de diferentes crenças.
c) Filosofia das Religiões: O fenômeno religioso é tratado como manifestação
ética da humanidade e como forma de compreensão do vivido, assim como
da destinação humana, por meio das divindades, dos textos sagrados, das
espiritualidades.
d) Literatura sagrada e símbolos religiosos: refere-se aos livros sagrados das
religiões monoteístas e também orais, culturais e simbólicas, dos cultos
afro-brasileiros de matriz africana e dos indígenas brasileiros.
Os conteúdos do Ensino Religioso serão ministrados como disciplina a partir
do 6º ano do ensino fundamental, se este for de 9 (nove) anos, e, a partir da 5ª
série, se a duração deste nível da educação básica ainda for de 8 (oito) anos, e,
também, nos 3 (três) anos do ensino médio.
Nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental de 9 (nove) anos, será
trabalhado como tema transversal de acordo com os princípios desta Resolução,
devendo proceder-se da mesma forma nas quatro primeiras séries do ensino
fundamental, ainda de 8 ( oito) anos.
59
Para fins de promoção daqueles que optarem por cursar Ensino Religioso,
componente curricular do projeto-político-pedagógico da unidade escolar,
dispensam-se os resultados da avaliação da aprendizagem.
A formação dos professores, para o exercício da docência no Ensino
Religioso, far-se-á em:
a) cursos de formação para o Ensino Religioso, fornecidos pela SEE -Secretaria
de Estado da Educação , com carga horária mínima cumulativa de 360
(trezentos e sessenta) horas presenciais, de capacitação, a serem
autorizados pelo Conselho Estadual de Educação;
b) curso de graduação em nível de licenciatura em Ciências da Religião ou em
Ensino Religioso;
c) curso de pós-graduação lato sensu e strictu-sensu, em Ciências da Religião,
em Ensino Religioso ou equivalente.
A opção da mantenedora de escola particular por uma confissão religiosa não
pode discriminar alunos, pais, responsáveis e professores; e não a desobriga de
respeitar as crenças individuais de professores, alunos, pais e de todos quantos com
ela se relacione.
7.7. Sociologia e Filosofia
No ano de 2007 tornou-se obrigatório os estudos da Filosofia e da Sociologia
constituindo parte integrante do ensino fundamental e médio no âmbito do Sistema
Educativo do Estado de Goiás.
No ensino fundamental, ficou determinado que devem ser tratados como
temas transversais que perpassam todas as disciplinas e no ensino médio, são
disciplinas obrigatórias da parte diversificada.
Os estudos de Filosofia e da Sociologia visam a contribuir para o pleno
desenvolvimento da pessoa, o seu relacionamento com o meio social e o meio
ambiente; o seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o
mundo do trabalho.
60
O conteúdo programático da Filosofia e da Sociologia, articulado com os
componentes curriculares, deve ser fundamentado e explicitado no projeto político-
pedagógico e na matriz curricular da unidade escolar, assegurando-se o pluralismo
de idéias, de concepções de mundo e valores, de orientações pedagógicas, bem
assim o respeito ao bem comum e à ordem democrática.
Para exercer a docência em Filosofia e Sociologia, exige-se como habilitação
mínima licenciatura plena específica, porém na ausência de professores licenciados
em Filosofia, em Ciências Sociais ou em Sociologia, admite-se como habilitação
mínima para a docência nas disciplinas os habilitados em cursos de licenciatura em
História e Pedagogia, desde que comprovem titulação em nível de especialização
nas áreas de Sociologia, de Ciências Sociais ou Filosofia, tendo em vista a
especificidade de cada uma das disciplinas.
7.8. Inclusão do nome social de travestis e transexuais nos registros
escolares.
Alvo de inúmeras críticas por jornais locais e do Distrito Federal, o Conselho
Estadual de Educação de Goiás aprovou em 2009 uma Resolução que trata da
inclusão do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares, onde em
respeito à cidadania, aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo, à dignidade
humana, determinou que as escolas do sistema educativo de Goiás, incluam o nome
social de travestis e transexuais, nos registros escolares para garantir o acesso, a
permanência e o êxito desses cidadãos no processo de escolarização e de
aprendizagem.
Entende-se por nome social a forma pela qual travestis e transexuais se
reconhecem, são identificados, são reconhecidos e são denominados por sua
comunidade e em sua inserção social.
O(a) aluno(a) travesti ou transexual deve manifestar, por escrito, seu
interesse da inclusão do nome social no ato de sua matrícula ou ao longo do ano
letivo.
61
O nome civil deve acompanhar o nome social em todos os registros e
documentos escolares, excluindo o nome social do histórico escolar e do diploma.
Ficou determinado que todas as mantenedoras assegurem para as unidades
escolares acompanhamento especializado às travestis e transexuais na sua
trajetória escolar, viabilizando as condições necessárias a sua permanência e êxito
desta população na escola.
O conselho instituiu ainda orientar a todas as unidades escolares que
mantenham programa em suas atividades educativas de combate à homofobia e ao
respeito à dignidade humana e à diversidade social.
62
CONCLUSÃO
A legislação educacional, como nos parece sugerir, é uma disciplina de
imediato interesse do Direito ou mais precisamente do Direito Educacional. Mas um
olhar interdisciplinar dirá que ela é central na Pedagogia quando no estudo da
organização escolar.
Quando dizemos que a educação é direito social ou que o acesso ao ensino
fundamental é direito público subjetivo, a imperatividade normativa reside na origem
da fonte de direito, a Constituição, seja Federal, Estadual ou Municipal. Por isso,
uma vez aprovadas, as leis devem ser respeitadas e cumpridas.
A legislação educacional está diretamente ligada com o administrador.
Atualmente, não se aborda mais o conceito de administrador; fala-se em gestor.
Nessa perspectiva, a direção da escola deve ser entendida como um trabalho que
se desenvolve no coletivo, com ampla participação de toda comunidade escolar.
Logo, o papel do gestor escolar, conhecido como Diretor de escola, em uma visão
democrática de gestão, está diretamente ligado ao conhecimento/interação deste
com a comunidade na qual "sua" escola está inserida.
O gestor deve proporcionar, no ambiente escolar, ações que viabilizem a
participação de todos, de forma compartilhada, como também garantir a formação
continuada de seus profissionais, contribuindo para a qualificação da prática
pedagógica. Esse gestor é quem irá fazer o sucesso do aluno. Além disso, cabe a
ele, juntamente com a comunidade escolar, elaborar planos de ação para a
aplicação dos recursos financeiros e fazer uso da tecnologia para uma melhor
comunicação entre todos.
63
Para que tais objetivos sejam alcançados é fundamental que o diretor assuma
o seu papel de gestor, administrando as diferentes realidades que se manifestam na
escola, estabelecendo uma rede de relações entre os alunos, professores, pessoal
de apoio, pais e comunidade do entorno da escola, mediando a construção de uma
identidade própria para a Escola através da participação de todos.
Uma escola que viabiliza o sucesso escolar de seus alunos, tem nesse fator
sua maior propaganda de marketing, pois justamente por se sentirem satisfeitos
com o sucesso escolar de seus filhos, os pais se empenharão mais em colaborar
com o desenvolvimento das atividades escolares, projetos e até mesmo na
divulgação do nome da instituição de ensino.
É fundamental ao gestor a habilidade em gerenciar conflitos, pois toda
instituição escolar, assim como qualquer outra instituição muitas vezes se depara
com conflitos que podem ocorrer entre os membros da equipe, já que cada ser
humano possui características individuais; conflitos esses que podem ser
ocasionados por fatores externos ou internos ao ambiente de trabalho.
Por outro lado, é necessário acreditar no potencial que cada indivíduo possui,
mesmo que esse potencial ainda precise ser desenvolvido e ouvir o que as pessoas
têm a dizer é essencial quando se pratica a liderança, pois é impossível para um
líder desenvolver trabalhos e conquistar sozinho seus objetivos. O ponto de vista de
cada integrante da equipe é importante para a conquista de objetivos em comum. O
trabalho em equipe, as opiniões diferenciadas e o pensamento individual de cada
um são fundamentais para que se construa o sucesso coletivo.
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BIBLIOGRAFIA
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