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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM FARMÁCIA RAFAEL RODRIGUES GOMIDES PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DO MUNICÍPIO DE SALTO DO CÉU-MT SÃO PAULO 2017

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM FARMÁCIA

RAFAEL RODRIGUES GOMIDES

PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DO MUNICÍPIO DE SALTO DO CÉU-MT

SÃO PAULO

2017

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN

RAFAEL RODRIGUES GOMIDES

PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DO MUNICÍPIO DE SALTO DO CÉU-MT

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Farmácia da Universidade Anhanguera de São Paulo, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Farmácia.

Orientador: Prof. Dr. Ivair Donizeti Gonçalves

Co-orientadora: Profa. Dra. Regina Mara Silva Pereira

SÃO PAULO

2017

Ficha Catalográfica elaborada por:

Bibliotecária Roselaine R. de Bastos Novato CRB/8 9676

G62p Gomides, Rafael Rodrigues

Perfil farmacoterapêutico da população atendida na farmácia pública e

drogarias de Salto do Céu. / Rafael Rodrigues Gomides. – São Paulo,

2017.

63 f.: il.; 30 cm

Tese (Mestrado Profissional em Farmácia) – Coordenadoria de Pós-

graduação - Universidade Anhanguera de São Paulo, 2017.

Orientador: Prof. Dr. Ivair Donizeti Gonçalves

Co-orientarora: Profa. Dra. Regina Mara Silva Pereira

1. Perfi farmacoterapêutico. 2. Medicamentos em adultos. 3. Uso contínuo

de medicamentos. Título II. Universidade Anhanguera de São Paulo.

CDD 615.5

RAFAEL RODRIGUES GOMIDES

PERFILFARMACOTERAPÊUTICO DO MUNICÍPIO DE SALTO DO CÉU-MT.

Dissertação Apresentada a Universidade Anhanguera de São Paulo, como requisito para Obtenção do Título de Mestre pelo Programa de mestrado Profissional em

Farmácia

Presidente/Orientadora: Ivair Donizeti Gonçalves

Titulação: Doutor em Biotecnologia e Inovação em Saúde

Instituição: Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN-SP)

Assinatura:

1° Examinador: Maria Cristina Marcucci Ribeiro

Titulação: Doutora em Ciências - Química

Instituição: Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN-SP)

Assinatura:

2° Examinador: Sergio L. A. de Moraes Jr

Titulação: Doutor em Biotecnologia e Inovação em Saúde

Instituição: Universidade Nove de Julho

Assinatura:

3° Examinador: Suplente interno: Susana Nogueira Diniz

Titulação: Doutora em Imunologia

Instituição: Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN-SP)

Assinatura:

3° Examinador: Suplente externo: Ana Regina Alpiovezza

Titulação: Doutora em Biotecnologia e Inovação em Saúde

Instituição:

Assinatura:

São Paulo, 30 de março de 2017

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus familiares: José Vicente

Gomides; Maria Margareth Rodrigues Gomides e Paulo

Rodrigues Gomides. Aos amigos Manuela Leão; Gabriela de

Oliveira Guimarães Pontes.

Que de forma direta ou indireta participaram ativamente na

realização deste sonho. Pelo incentivo e compreensão para

que esse trabalho pudesse ser realizado. Mantiveram-se ao

meu lado nos momentos mais difíceis.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me conceder a vida e a oportunidade de realizar este

trabalho.

Aos Professores do Programa do Mestrado Profissional em Farmácia -

UNIAN-SP, pelos ensinamentos e dedicação, colaboração e companheirismo,

fundamentais a minha formação.

Aos amigos e companheiros do curso do Mestrado Profissional em Farmácia -

UNIAN-SP, que com dedicação conseguimos superar todas as adversidades.

A todos que de uma forma direta ou indireta participaram da realização deste

trabalho.

A secretaria do Curso de Pós-graduação da Universidade Anhanguera de São

Paulo- UNIAN-SP, pela presteza e colaboração.

Ao Programa do Mestrado Profissional em Farmácia - UNIAN-SP, que além

de permitir a realização deste Curso de Pós-graduação, foi palco de grandes

encontros e reencontros, possibilitando uma nova rede de amizades, os quais serão

os profissionais do amanhã.

O jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for

preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e

sofrer, acreditar e descrer, que lá adiante tudo se justificará

tudo dará certo.

Quando fazemos uma escolha, quaisquer escolhas estão

dizendo sim para um lado e dizendo não para o outro. Então,

algum sofrimento sempre vai haver.

Martha Medeiros

RAFAEL RODRIGUES GOMIDES

PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO DO MUNICÍPIO DE SALTO DO CÉU-MT

RESUMO

O consumo de medicamentos no Brasil é uma preocupação do seguimento

farmacêutico, desta forma, este estudo avaliou o perfil farmacoterapêutico da

população do município de Salto do Céu do Estado de Mato Grosso. Esse

levantamento foi realizado através de entrevistas e as informações armazenadas em

formulário adaptado para esse estudo. O perfil do consumo de medicamentos

avaliados consiste em adultos com idade entre dezoito e oitenta e cinco anos, de

ambos os sexos. As entrevistas ocorreram entre os dias 01/10/2016 a 01/12/2016. A

amostra foi composta por 119 usuários da farmácia pública (1) e drogarias (3) do

município, estes usuários correspondem a 4,2% da população adulta de Salto do

Céu. Realizou-se um estudo transversal e exploratório, partindo-se da análise dos

formulários preenchidos pelos entrevistados no ato da aquisição dos medicamentos

na unidade de saúde do município e nas farmácias do livre comércio. Através dos

formulários, foram classificados os dez medicamentos de maior consumo entre os

usuários. Nesse estudo, 55% dos entrevistados referiram ser hipertenso e usuários

de anti-hipertensivos, 13% utilizavam medicamentos para tratar problemas agudos

de saúde, 12% fazem uso contínuo de antiplaquetário, 12% utilizavam

hipoglicemiantes, 6% fazem uso de hipocolesterolêmicos e 3% de antidepressivos.

Medicamentos de uso contínuo são definidos como fármaco que devem ser tomados

todos os dias ou quase todos os dias, sem previsão de parada. Os resultados deste

estudo revelaram que a maior parte dos medicamentos foram empregados no

tratamento de desordens cardiovasculares. As classes de medicamentos como anti-

hipertensivos, antiplaquetários, hipoglicemiantes e hipocolesterolêmicos foram os

fármacos de maior prevalência entre os 10 mais utilizados, principalmente nos

grupos com idade acima de 50 anos.

Palavras Chaves: 1. Perfil farmacoterapêutico. 2. Medicamento em adultos. 3. Uso

contínuo de medicamento.

RAFAEL RODRIGUES GOMIDES

PHARMACOTERAPEUTICAL PROFILE OF SALTO CÉU- MUNICIPALITY

ABSTRACT

The consumption of drugs in Brazil is a concern of the pharmaceutical follow-

up. In this way, this study evaluated the pharmacotherapeutic profile of the

population of the City of Salto do Céu in the State of Mato Grosso. This survey was

conducted through interviews and information stored in a form adapted for this study.

The profile of the consumption of evaluated drugs consists of adults between the

ages of eighteen and eighty-five, of both sexes. The interviews took place between

01/10/2016 to 01/12/2016. The sample consisted of 119 users of public pharmacy (1)

and drugstores (3) of the municipality, these users corresponded to 4.2% of the adult

population of Salto do Céu. A cross-sectional and exploratory study was carried out,

starting from the Analysis of the forms completed by the interviewees at the time of

purchase of the medicines in the health unit of the municipality and in the free trade

pharmacies. We observed that ten drugs of greatest consumption by users audit

classified. In this study, 55% of the sample reported having hypertension and

antihypertensive users, 13% used medications to treat acute health problems, 12%

used continuous antiplatelet drugs, 12% used hypoglycemic agents, 6% used

hypocholesterolemic drugs, 3 % of antidepressants. So defined as drugs for

continuous use, the drug that should be taken every day or almost all, with no

predicted stop. The results of this study reveal that most medications are used in the

treatment of cardiovascular disorders. Drug classes such as antihypertensive,

antiplatelet, hypoglycemic and hypocholesterolemic drugs were the most prevalent

drugs among the 10 most used, especially in the groups over 50 years of age.

Keywords:1. Pharmacotherapeutic profile. 2. Medicament in adults. 3. Continuous

use ofmedication.

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: As dez classes de fármacos mais utilizados pelos entrevistados.... 39

Gráfico 2: Classe de fármacos mais utilizados entre homens e mulheres de

18 e 51 anos.....................................................................................

43

Gráfico 3: Apresentação dos resultados da avaliação dos usuários de

medicação, com idade entre 51 e 85 anos......................................

44

Gráfico 4: Comparação entre os diferentes períodos de idade das mulheres

que fazem uso de medicação, comparação entre os períodos de

18 a 50 e 51 a 85 anos.....................................................................

45

Gráfico 5: Avaliação do uso de medicação entre homens divididos em dois

períodos, por faixa etária - entre 18 a 50 anos e51 a 85 anos.........

46

Gráfico 6: Avaliação total (homens e mulheres) da diferença dos usuários de

medicações em três períodos de idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a

85 anos)...........................................................................................

48

Gráfico 7: Distribuição por idade dos entrevistados da cidade Salto do Céu

(18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos)....................................................

50

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distribuição por idade dos entrevistados da cidade Salto do Céu

(18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos)....................................................

48

Tabela 2: Estatística dos entrevistados da cidade de Salto do Céu

separados em três grupos de acordo com a idade (18 a 30 / 31 a

50 / 51 a 85 anos)............................................................................

49

Tabela 3: Estatística do consumo de medicamentos em diferentes períodos

de idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos).....................................

50

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Tipos de intervenções de um farmacêutico em exercício......... 23

Quadro 2: Classificação de PRM segundo o consenso de Granada......... 25

Quadro 3: Dados do município Salto do Céu e sua população segundo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística...........................

29

Quadro 4: Os fármacos mais utilizados pelos entrevistados..................... 31

Quadro 5: Classes de fármacos segundo a classificação ATC................. 37

Quadro 6: Classe de fármacos mais utilizados no município de Salto do

Céu no período de 01/10/2016 à 01/11/2016...........................

40

Quadro 7: Classe de fármacos utilizados pelos usuários com idade

abaixo dos 50 anos e acima dos 50 anos.................................

41

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Diagrama de fluxo do processo do método Dáder.................... 27

LISTA DE ABREVIATURAS

AAS Ácido Acetil Salicílico

AF Atenção Farmacêutica

AFT Acompanhamento Farmacoterapêutico

ANOVA Análise de Variância

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ATC Classificação Anatômica Terapêutica Química

Compr. Comprimido

DDD Dose Diária Definida

DF Distrito Federal

DP Desvio Padrão

Fiocruz Fundação Oswaldo Cruz

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IECA Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina

IF Intervenção Farmacêutica

MS Ministério da Saúde

MT Mato Grosso

OMS Organização Mundial de Saúde

PNAF Política Nacional de Assistência Farmacêutica

PRMs Problemas Relacionados com Medicamentos

PS Problema de Saúde

RNMs Resultados Negativos Associados aos Medicamentos

SF Segmento Farmacoterapêutico

SUS Serviço Único de Saúde

UBS Unidades Básicas de Saúde

TOC Transtorno Obsessivo Compulsivo - UFRGS

SUMÁRIO

Pag.

1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 15

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................... 17

2.1. Assistência farmacêutica.................................................................... 17

2.2. Método Dáder..................................................................................... 19

2.3. Método Dáder: modelo de classificação americana........................... 20

2.4. Método Dáder: modelo de classificação espanhola........................... 20

2.4.1. Oferta do serviço....................................................................... 20

2.4.2. Primeira entrevista farmacêutica.............................................. 21

2.4.3. Estado de situação................................................................... 21

2.4.4. Fase de estudo......................................................................... 22

2.4.5. Fase de avaliação..................................................................... 22

2.4.6. Fase de intervenção................................................................. 22

2.4.6.1. Tipos de intervenções.................................................... 23

2.4.7. Fase de entrevistas sucessivas................................................. 24

2.5. Classificação de PRM segundo consenso de Granada...................... 25

3. OBJETIVOS................................................................................................... 28

3.1. Objetivo Geral...................................................................................... 28

3.2. Objetivos Específicos........................................................................... 28

4. MATERIAL E MÉTODO................................................................................. 28

4.1. População estudada............................................................................... 28

4.2. Coleta de dados..................................................................................... 36

4.3. Tipo de estudo....................................................................................... 36

4.4. Análise estatística................................................................................... 36

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................... 36

5.1. Caracterização dos fármacos utilizados pelos entrevistados.................. 40

6 CONCLUSÃO................................................................................................. 52

REFERÊNCIAS.................................................................................................... 54

Anexo 1: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...................................... 60

Anexo 2: História Farmacoterapêutica................................................................. 61

Anexo 3: Formulário do Estado de Situação........................................................ 63

Apêndice 1: Formulário de Avaliação Farmacoterapêutica - Adaptado.............. 64

1. INTRODUÇÃO

A atenção farmacêutica (AF) é o conjunto de medidas promovidas por um

farmacêutico, em colaboração com os demais profissionais de saúde, que visam

promover o uso racional dos medicamentos, difusão de informação para os

pacientes e para os profissionais da saúde, prevendo a manutenção da efetividade e

segurança sobre a utilização dos fármacos (ANVISA, 2016).

Atenção farmacêutica baseia-se principalmente no acompanhamento

farmacoterapêutico dos pacientes, busca a obtenção de resultados terapêuticos

desejados por meio da resolução dos problemas farmacoterapêuticos, tendo o

paciente como ponto de partida para a solução dos seus problemas com os

medicamentos (CIPOLLE, R., STRAND, L. M., MORLEY, P., 2000).

A AF é uma prática recente como atividade farmacêutica, priorizando a

orientação e o acompanhamento farmacoterapêutico, e a relação direta entre o

farmacêutico e o usuário de medicamentos. Na maioria dos países desenvolvidos a

AF já é realidade e tem demonstrado ser eficaz na redução de agravamentos dos

portadores de patologias crônicas e de custos para o sistema de saúde (PEREIRA,

L. R. L., FREITAS, O., 2008).

No Brasil, a AF vem sendo discutida junto às instituições de saúde e de

educação como uma das principais diretrizes para redefinição da atividade

farmacêutica, embora em condições específicas da realidade brasileira, ainda

existem algumas questões a serem enfrentadas na transposição desse referencial,

principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS), em que a garantia do acesso ao

medicamento ainda se constitui no principal obstáculo a ser transposto pelos

gestores (FINKELMAN, 2002; PEREIRA, L. R. L., FREITAS, O., 2008).

Alguns fatores como a dificuldade de acesso ao medicamento por parte dos

usuários do SUS, Unidades Básicas de Saúde (UBS) sem farmacêutico e a ausência

de documentação de suporte, dificultam a implantação da AF e impossibilitam

demonstrar aos gestores do sistema público e privado que a implementação da AF

representa investimento e não custo (MANZINI et al. 2015).

Desta forma, as farmácias perderam seu "status" de estabelecimento de

saúde, tornando-se atualmente estabelecimentos comerciais (setor privado) ou

depósitos de medicamentos (setor público), afastando o farmacêutico de sua

atividade primária (PEREIRA, L. R. L., FREITAS, O., 2008).

15

O farmacêutico é o profissional indicado para a prática do segmento

farmacêutico, bem como avaliar a necessidade de estudos e intervenção em

pacientes pertencentes às farmácias comunitárias ou lares para idosos (MANZINI et

al. 2015). Este estudo pretende avaliar o perfil farmacoterapêutico da população

atendida na farmácia pública e drogarias do município de Salto do Céu.

16

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Assistência farmacêutica

Considerando-se que a maioria das intervenções em saúde envolve o uso de

medicamentos e que este uso pode ser determinante para a obtenção de menor ou

maior resultado, é imperativo que a assistência farmacêutica seja vista sob ótica

integral (ASSIS, L. C., CRUZ, D. F., 2010).

Trabalhar sobre a integralidade das ações e serviços de saúde também

significa trabalhar sobre as ações e serviços de assistência farmacêutica. Levando

ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. Estratégia pela

qual pode ser garantida a implementação da Política Nacional de Assistência

Farmacêutica (PNAF) (BRASIL, 2006).

A gestão da política de assistência farmacêutica segue os moldes da gestão

em saúde, principalmente no setor público. No âmbito ambulatorial, a assistência

farmacêutica é exercida quase que exclusivamente por instituições públicas estatais,

vinculadas às secretarias de saúde estaduais e municipais, enquanto que no âmbito

hospitalar é exercida pelas instituições privadas prestadoras de serviços ao SUS

(VIEIRA, 2010).

Para que os diversos fatores que interferem na utilização dos medicamentos

sejam observados, além de uma atividade técnica específica, é importante a

contribuição de outras áreas profissionais, como por exemplo: farmacoeconomia,

farmacoepidemiologia, farmacologia e terapêutica clínica, farmacovigilância, entre

outras, fornecendo elementos necessários para a elaboração de uma relação básica

de medicamentos e correlatos (BRASIL, 2008).

A Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1970, tem incentivado os

governos a adotarem uma lista de medicamentos considerados essenciais para

assegurar a todos os cidadãos, em especial aos mais carentes, acesso seguro,

eficaz e com custo efetivo adequado. O serviço de atenção a saúde básica no Brasil,

ainda apresenta um modelo curativo, focando-se na consulta médica e pronto

atendimento (VIEIRA, 2010; ARAÚJO et al. 2008).

Através do levantamento do perfil farmacoterapêutico podem ser

determinados fatores relevantes para a compreensão do uso de medicamentos e

eleger prioridades no cuidado aos pacientes e elaborar estratégias em que o

17

farmacêutico possa intervir de modo a reduzir e prevenir problemas (BRITO et al

2009).

Conforme a demanda por qualidade de vida aumenta em função do

envelhecimento das populações e a elevação dos custos para acesso aos

medicamentos, a seleção de medicamentos essenciais tem sido apontada como

relevante não só para os países em desenvolvimento, mas também para os

desenvolvidos (DANTAS, 2007).

Através do conjunto de medidas promovidas pelo farmacêutico é possível

observar a tendência dos médicos a polimedicação e, diminuir a presença de

medicamentos desnecessários, promovendo a segurança do paciente e diminuição

dos custos (ALBUQUERQUE, V. M. T.; TAVARES, C. A., 2011)

O acompanhamento farmacoterapêutico no âmbito da prática da assistência

farmacêutica é realizado por meio de visitas, através das quais podem ser coletadas

informações necessárias sobre os medicamentos em uso e realizadas intervenções

farmacêuticas de acordo com as patologias presentes (NETA, 2012).

O acompanhamento é a prática, dentro do âmbito da Assistência

farmacêutica, na qual o profissional se responsabiliza pelas necessidades do

paciente, relacionadas com os medicamentos. Consiste em detectar prevenir e

resolver problemas associados aos medicamentos (PRMs) (IVAMA, 2002).

Essas ações devem ser realizadas de forma continuada, sistematizada e

documentada, em colaboração com o usuário do serviço e com os demais

profissionais do sistema de saúde, objetivando resultados concretos que contribuam

para a evolução do quadro de saúde do paciente (PEREIRA, L. R. L.; FREITAS, O.,

2008).

A atenção básica em saúde é descrita como sendo um conjunto de ações de

saúde desenvolvidas em âmbito individual e coletivo que abrange a promoção e

proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, redução de

danos, reabilitação e manutenção da saúde (AMADO, 2014).

2.2. Método Dáder

O método Dáder de acompanhamento farmacoterapêutico foi desenvolvido

pelo grupo de investigação em atenção farmacêutica da Universidade de Granada

18

em 1999 e hoje é um dos mais utilizados no Brasil e em vários outros países

(PEREIRA, FREITAS, 2008; FREITAS, 2008).

Este método possui uma sequência de fases para a obtenção das

informações: oferta do serviço; primeira entrevista; estado de situação; fase de

estudo; fase de avaliação; fase de intervenção; resultado da intervenção; novo

estado de situação e entrevistas sucessivas com novos estados de situação, até que

todos os problemas relacionados aos medicamentos (PRMs) sejam resolvidos

(HERNÁNDEZ et al., 2007; NETA, 2012).

Em consequência da avaliação e da análise do estado da situação,

estabelece-se um plano de atuação para o doente, onde ficarão registradas todas as

intervenções farmacêuticas que se considerem oportunas para melhorar ou

preservar o seu estado de saúde. Alem de estabelecer normas para a realização do

Seguimento Farmacoterapêutico, o método Dáder é adaptável e se ajusta as

particularidades do local assistencial (WEIGERT, 2015).

Este método se baseia no histórico do paciente por meio da análise dos seus

problemas de saúde, de suas queixas e da sua farmacoterapia, com o objetivo de

construir uma história farmacoterapêutica do indivíduo, utilizando as sete fases

(Oferta do serviço; Primeira entrevista; Estado de situação; Fase de estudo; Fase de

avaliação; Fase de intervenção; Fase de entrevistas sucessivas) que este método

apresenta, para a obtenção das informações do paciente. A partir da informação

contida no histórico, elabora-se o estado da situação, os quais permitem uma

visualização panorâmica sobre a saúde e o tratamento em momentos distintos,

assim como avaliar os resultados da farmacoterapia (HERNÁNDEZ, D. S.; CASTRO,

M. M. S.; DÁDER, M. J. F. 2007; MENDES, 2012; WEIGERT, 2015), permitindo

procedimentos de intervenções farmacêuticas, adotados de acordo com o médico

responsável e com os demais profissionais de saúde envolvidos, para tentar resolver

os PRMs e prevenir resultados negativos associados aos medicamentos (REIS et al.

2013; FOPPA et al., 2008).

2.3. Método Dáder: modelo de classificação americana

O modelo de classificação americana (Modelo de Minnesota) utiliza o termo

“Problemas Farmacoterapêuticos”, que é definindo como "qualquer evento

19

indesejável que o paciente venha apresentar, que possa envolver a farmacoterapia e

que interfira de maneira real em uma evolução desejada do paciente" (STRAND et

al., 2004, WEIGERT, 2015).

Os problemas farmacoterapêuticos são divididos em sete categorias:

Necessita de tratamento farmacológico adicional ou; Tratamento farmacológico

desnecessário; Efetividade - Medicamento inadequado ou; Dose do medicamento

inferior à necessitada; Segurança - Dose do medicamento superior à necessitada

ou; Reação adversa aos medicamentos e; Adesão - Aderência inapropriada ao

tratamento farmacológico (MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F., FAUS, M. J.,

2004; PEREIRA, L. R. L., FREITAS, O., 2008; AIRES, C. C. N. F., MARCHIORATO,

L., 2010; CORRER, 2017).

2.4. Método Dáder: modelo de classificação espanhola

O modelo espanhol (Método Dáder) de Seguimento Farmacoterapêutico (SF) é um

procedimento operativo simples que permite realizar o seguimento

farmacoterapêuticoem qualquer doente, em qualquer âmbito assistencial, de forma

sistematizada, continuada e documentada. A sua aplicação permite registrar,

monitorizar e avaliar os efeitos da farmacoterapia utilizada por um doente, através

de procedimentos simples e claros (HERNÁNDEZ, D. S., CASTRO, M. M. S.,

DÁDER, M. J. F., 2014; WEIGERT, 2015).

A principal diferença na classificação dos problemas farmacoterapêuticos

baseia-se na adesão ao tratamento, pois para o Método Dáder modelo espanhol a

não aderência ao tratamento é causado pelo PRM, enquanto que para o modelo de

Minnesota, a não aderência torna-se um problema farmacoterapêutico (PEREIRA, L.

R. L., FREITAS, O., 2008).

2.4.1. Oferta do serviço

Tradicionalmente na fase da oferta do serviço é escolhido o doente

(usualmente em farmácia comunitária) ao qual se oferece o serviço. Esta fase

consiste em explicar, de forma clara a prestação de cuidados de saúde que são

oferecidas, sendo o seu propósito a inclusão do mesmo no Seguimento

Farmacoterapêutico (MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F., FAUS, M. J., 2004).

20

Em determinados contextos assistenciais, este serviço inicia-se com sua

oferta a outros profissionais da saúde (geralmente os médicos responsáveis pela

saúde de doentes em lares, hospitais ou centros de cuidados primários de saúde),

que decidirão se é conveniente ou não a utilização deste acompanhamento. O

serviço é, geralmente, oferecido quando o farmacêutico percebe a necessidade do

doente em relação aos seus medicamentos. Nesta fase o doente é incentivado a ir a

uma primeira consulta (primeira entrevista) (MODÉ et al., 2015).

2.4.2. Primeira entrevista farmacêutica

A primeira entrevista farmacêutica tem como objetivo principal obter

informações iniciais sobre os problemas de saúde do indivíduo e sobre os

medicamentos utilizados, permitindo iniciar o histórico farmacoterapêutico do doente.

O método Dáder divide esta entrevista em três fases (BRUNE, M. F. S. S.,

FERREIRA, E. E., FERRARI, C. K. B., 2014; MODÉ et al., 2015):

a) Preocupações e problemas de saúde;

b) Medicamentos;

c) Revisão geral por sistemas.

2.4.3 - Estado de situação

Nesta fase, o farmacêutico redige um documento onde resume a relação

entre os problemas de saúde do doente e os medicamentos por ele utilizados em um

determinado período. O objetivo da determinação do estado de situação consiste na

avaliação farmacoterapêutica e a visualização do panorama global do estado de

saúde do paciente (HERNÁNDEZ, D. S., CASTRO, M. M. S., DÁDER, M. J. F., 2014;

CORRER, 2017).

2.4.4 - Fase de estudo

Na fase de estudo, o farmacêutico consulta todas as fontes de evidência

científica sobre os problemas de saúde do doente, bem como dos medicamentos

que o mesmo utiliza, a fim de obter informações objetivas sobre estes problemas,

21

sempre que se verificar um novo estado da situação será necessário uma nova fase

de estudo (SILVA, 2014).

2.4.5. Fase de avaliação

O objetivo desta fase é o de avaliar e identificar os resultados negativos

associados à medicação (RNM) presentes nos pacientes (RNM manifestados ou

suspeitos). Nessa fase o farmacêutico questiona sobre os três fundamentos básicos

que um medicamento deve apresentar: necessidade, efetividade e segurança. Os

problemas de saúde não tratados farmacologicamente, devem ser analisados se

estão relacionados com os resultados negativos associados aos medicamentos

(RNM) de uso do paciente. Esta fase é finalizada com uma lista de todos os

resultados negativos da medicação numa determinada data (SANTOS et al., 2007).

2.4.6. Fase de intervenção

O propósito desta fase é conceber e pôr em prática um plano de atuação para

redução ou extinguir os resultados negativos associados à medicação. A finalidade

deste plano será (SILVA, 2014):

1) resolver ou prevenir os RNM;

2) preservar ou melhorar os resultados positivos alcançados ou

3) assessorar ou instruir o doente nos cuidados que deve ter com a sua saúde,

assim como no que pode fazer para obter o máximo benefício dos seus

medicamentos.

Sabater e colaboradores (2005) descreveram os tipos de intervenção que o

farmacêutico em exercício de SF pode realizar para tentar resolver ou prevenir os

RNM.

Nessa fase podem-se utilizar tantas intervenções quantas forem necessárias

para atingir o objetivo, o efeito sinérgico de várias intervenções pode favorecer o

sucesso dos propósitos planejados. Assim, as intervenções empreendidas podem

contribuir para o sucesso do objetivo (HERNÁNDEZ, D. S., CASTRO, M. M. S.,

DÁDER, M. J. F., 2014).

2.4.6.1. Tipos de intervenções

22

O quadro 1 apresenta dez tipos de intervenções que o farmacêutico em

exercício pode abordar em pacientes reais, contribuindo para resolver ou prevenir os

RNM (SABATER et al., 2005).

Quadro 1 - Tipos de intervenções que um farmacêutico em exercício pode abordar.

Categoria No Intervenção Definição

Intervir na

quantidade de

medicamentos

1 Alterar a dose Ajustar a quantidade de fármaco

que se administra de uma vez.

2 Alterar a dosagem Alterar a frequência e/ou duração do

tratamento.

3 Alterar a frequência da

administração (redistribuição

da quantidade)

Alterar o esquema pelo qual fica

repartida a ingestão do

medicamento ao longo do dia.

Intervir na

estratégia

farmacológica

4 Adicionar um medicamento (s) Adicionar um novo medicamento

que o doente não utilizava.

5

Retirar um medicamento (s)

Abandonar administração de um

determinado(s) medicamento(s) que

o doente utiliza.

6

Substituir um medicamento (s)

Substituir algum medicamento que o

doente utilizava por outro(s) de

composição diferente, e diferente

forma farmacêutica ou via de

administração.

Intervir na

educação ao

doente

7 Educar quanto ao uso do

medicamento (diminuir o não,

cumprimento involuntário)

Fornecer instruções e precauções

para a correta utilização e

administração do medicamento.

8 Alterar atitudes respeitantes

ao tratamento (diminuir ou não

cumprimento voluntário)

Reforçar a importância da adesão

do doente ao seu tratamento.

9 Educar nas medidas não

farmacológicas

Educar o doente em todas as

medidas higienodietéticas que

favoreçam a realização dos

objetivos terapêuticos.

10 Encaminhar ao médico para que este avalie a situação do doente e o

conduza a uma ação mais adequada.

Fonte: SABATER et al. (2005)

23

A intervenção farmacêutica pode ser realizada entre Farmacêutico e paciente

ou, quando necessário, entre Farmacêutico, Doente e Médico (relatando ao médico

de forma escrita os RNM encontrados) (GALATO et al., 2008; AIRES, C. C. N. F. e

MARCHIORATO, L.; REIS et al., 2013).

2.4.7. Fase de entrevistas sucessivas

As entrevistas farmacêuticas, após a fase de intervenção, fecham o processo

de seguimento do doente, tornando-o cíclico a partir deste ponto. Assim, o

Seguimento Farmacêutico (SF) ao doente só termina quando este ou o farmacêutico

decidirem abandoná-lo (HERNÁNDEZ, D. S.; CASTRO, M. M. S.; DÁDER, M. J. F.,

2009; ANGHINONI, 2011; HERNÁNDEZ, D. S., CASTRO, M. M. S., DÁDER, M. J.

F., 2014).

As respostas adquiridas através das entrevistas sucessivas no

acompanhamento do farmacêutico ao doente, favorece tanto o médico quanto ao

farmacêutico na proposta de intervenção. Este acompanhamento deve ser contínuo,

podendo surgir novas circunstâncias e iniciando novo ciclo de intervenção

farmacêutica (novo estado de situação) (YOKOYAMA et al., 2011; ANGHINONI,

2011; HERNÁNDEZ, D. S., CASTRO, M. M. S., DÁDER, M. J. F., 2014). Este

método apresenta-se como uma ferramenta útil para os farmacêuticos realizarem o

seguimento farmacoterapêutico, sendo utilizado predominantemente em farmácia

comunitária (CARDOSO, 2013).

O conceito de Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRM)

encontra-se definido no Segundo Consenso de Granada como: problemas de saúde,

entendidos como resultados clínicos negativos derivados do tratamento

farmacológico, produzidos por diversas causas tendo como consequência, o não

alcance do objetivo terapêutico desejado ou o aparecimento de efeitos indesejáveis

(CINFARMA, 2015).

O PRM é uma variável de resultado clínico, uma falha do tratamento

farmacológico que conduz ao aparecimento de um problema de saúde ou algum

efeito indesejado. Os PRM podem apresentar-se de três tipos: relacionados com a

necessidade de medicamentos por parte do paciente, com sua efetividade ou ainda,

24

relacionado à segurança (MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F., FAUS, M. J.,

2004; HERNÁNDEZ, D. S.; CASTRO, M. M. S.; DÁDER, M. J. F., 2009).

2.5. Classificação de PRM segundo o consenso de Granada.

O consenso de Granada estabelece uma classificação de PRM em seis

categorias, que por sua vez se agrupam em três subcategorias, como se

apresentam no quadro 2.

Quadro 2: Classificação de PRM segundo consenso de Granada.

Necessidade

PRM 1: O paciente apresenta um problema de saúde por não utilizar a

farmacoterapia que necessita

PRM 2: O paciente apresenta um problema de saúde por utilizar um

medicamento que não necessita

Efetividade

PRM 3: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade não

quantitativa da farmacoterapia

PRM 4: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade

quantitativa da farmacoterapia

Segurança

PRM 5: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança não

quantitativa de um medicamento

PRM 6: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança

quantitativa de um medicamento

Fonte: MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F., FAUS, M. J. (2004)

25

A definição por problema de saúde (PS) proposta por Wonca e colaboradores

(1995) considera que: “Qualquer queixa, observação ou fato percebido pelo paciente

ou pelo médico como um desvio da normalidade, pode afetar ou afeta a capacidade

funcional do paciente”.

Define-se Intervenção Farmacêutica (IF) como a ação do farmacêutico que

tem como objetivo melhorar o resultado clínico dos medicamentos, mediante a

modificação da utilização dos mesmos. Esta intervenção deverá acontecer por meio

de um plano de atuação previamente estabelecida com o paciente (SOUSA, 2011).

O plano de atuação é o conjunto de intervenções que o paciente e o

farmacêutico em comum acordo se comprometem a realizar para resolver os PRM

detectados (MODÉ et al., 2015).

O plano de seguimento (Gráfico1) é o projeto de encontros estabelecidos

entre paciente e farmacêutico, para assegurar que os medicamentos que o paciente

utiliza continuarão sendo somente aqueles que necessitam e, que continuarão

sendo os mais efetivos e seguros possíveis (MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS,

F., FAUS, M. J., 2004).

26

Figura 1: Diagrama de fluxo do processo do método Dáder.

Fonte: MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F., FAUS, M. J. (2004)

O método Dáder de Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) propõe um

procedimento concreto, no qual se elabora um estado de situação objetiva do

paciente. Deste acompanhamento, derivam-se as intervenções farmacêuticas

correspondentes, nas quais cada profissional clínico conjuntamente com o paciente

e seu médico decidem o que fazer em função dos conhecimentos e condições

particulares que afetam cada caso (MACHUCA, M., FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F.,

FAUS, M. J., 2004).

Novo Estado de Situação

27

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

O presente trabalho tem como objetivo utilizar um modelo adaptado do

Método Dáder, para avaliação do perfil farmacoterapêutico da população atendida

nas farmácias pública e drogarias do Município de Salto do Céu.

3.2. Objetivos Específicos

- Caracterizar os grupos farmacoterapêuticos utilizados;

- Identificar os principais fármacos utilizados;

- Estabelecer relação entre o fator idade e o uso de medicamentos.

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. População estudada.

A população de estudo reside na região do município de Salto do Céu - MT. O

quadro 3 apresenta dados relevantes sobre o município e sua população.

Salto do Céu é um município do Estado do Mato Grosso, com uma extensão

territorial de 1.752,309 km². No último censo (2012), o município apresentava 3.908

habitantes e uma densidade demográfica de 2,2 habitantes por km² (Quadro 3). O

termo gentílico para os habitantes do município de Salto do Céu é saltense (IBGE,

2016).

No presente trabalho realizou-se um levantamento no período entre outubro e

dezembro de 2016, sendo a amostra constituída por adultos com idades entre 18 e

85 anos, residentes na área de abrangência do município de Salto do Céu. Usuários

incapacitados de responder o questionário, foram excluídos. As entrevistas foram

realizadas por abordagem direta, no momento da aquisição da medicação.

Nesse estudo foram utilizados 119 entrevistados adultos, de ambos os sexos

com idade entre 18 a 85 anos. Estes indivíduos correspondem a 4,2% da população

adulta de Salto do Céu.

28

Quadro 3: Dados do município de Salto do Céu e sua população segundo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística.

Área da unidade territorial - 2015 1.752,309 km²

Estabelecimentos de Saúde SUS 1 estabelecimentos

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 2010) 0,666 -

Matrícula - Ensino fundamental - 2015 518 matrículas

Matrícula - Ensino médio - 2015 214 matrículas

Número de unidades locais ou comunidades. 54 unidades

PIB per capita a preços correntes - 2014 14.282,20 reais

População residente 3.908 pessoas

População residente - Homens 2.017 pessoas

População residente - Mulheres 1.891 pessoas

População residente alfabetizada 3.079 pessoas

População residente que frequenta creche ou escola 1.073 pessoas

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares

permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio - Rural 1.465,61 reais

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares

permanentes com rendimento domiciliar, por situação do domicílio - Urbana 1.443,17 reais

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2016)

29

Foi realizado um estudo descritivo, através do preenchimento de um

formulário adaptado no método Dáder de avaliação farmacoterapêutica. O

levantamento farmacoterapêutico da população adulta do município de Salto do

Céu, foi realizado a partir da análise dos formulários preenchidos pelos entrevistados

no ato da aquisição dos medicamentos na unidade de saúde do município (uma

unidade) ou nas farmácias do livre comércio (três unidades).

Este levantamento foi realizado entre o período de outubro a dezembro de

2016 no Centro de Saúde de Salto do Céu, única unidade básica do Sistema Único

de Saúde (SUS) do município, o qual faz parte da rede de pronto atendimento da

Secretaria Municipal de Saúde do município, atendendo à população residente nos

bairros adjacentes de Salto do Céu - MT.

O município tem uma população estimada de 3.908 habitantes, com 2.017

habitantes do sexo masculino e 1.891 do sexo feminino. As crianças e jovens em

período de creche ou escola no ensino fundamental e médio compõem uma

população de 1.073 habitantes, ocupando uma extensão territorial de 1.752,309 km²

(IBGE, 2016).

O tamanho da amostra utilizada neste levantamento foi de 119 indivíduos

adultos com idade entre 18 e 85 anos. As variáveis analisadas foram: sexo (feminino

ou masculino) e idade, inicialmente foram analisados as faixas etárias entre 18 a 50

e de 51 a 85 anos, posteriormente foram avaliadas as faixas etárias entre 18 a 30

anos, 31 a 50 anos e 51 a 85 anos.

Para a realização deste estudo foi considerado alguns critérios tais como ser

morador do município de Salto do Céu, ser usuário dos medicamentos por pelo

menos sete dias, aceitar e participar do estudo através de assinatura de

consentimento informado e responder as perguntas presentes no formulário

apresentado a cada entrevistado. Foi garantida a confidencialidade e a preservação

da identidade dos entrevistados no decorrer deste estudo.

O Quadro 4 apresenta as informações utilizadas para a realização deste

estudo.

30

Quadro 4: Fármacos mais utilizados pelos entrevistados.

Sexo Idade

Nome do fármaco

Nomes comerciais Fabricante

Forma farmacêutic

a Concent

Principal indicação

terapêutica Outras

indicações

Indicação aprovada em bula

Classe terapêutica

Duração tratamento Associação de medicamentos

1 F 25

Mucato de Isometepteno,

Dipirona Sódica, Cafeína Anidra. Neosaldina Teuto Compr.

30mg; 300mg; 30mg

Dores de cabeça Analgésico sim

Analgésico,Antitérmica 4 dias

Diazepam 5 MG; Omeprazol 20 mg uma vez ou outra; faz uso de medicamento manipulado

Piracetam 600 mg; Gaba 300 mg; GingkoBilloba 60 mg; flunarizina; Ranitidina 75 mg;

domperidona 10 mg.

2 M 23 Dipirona sódica Anador Boehringer Ingelheim Compr. 500 mg

Dor de cabeça Antitérmico sim

Antitérmicas, Analgésico, 5 dias

3 F 32 Captopril Captopril Teuto Compr. 50 mg Pressão arterial

Pressão arterial sim

Anti hipertensivo

uso continuo

4 M 38 Aciclovir Zovirax Gaxo Smith

kline Creme 10mg/g Herpes Antiviral sim Antiviral 14 dias

Associação de medicamentos relatados e observados nas receitas. (indivíduos com mais de

um medicamento)

5 F 26 Maleato de

Enalapril Enalapril Cristália Compr. 20 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

6 F 40 Tenoxicam Tilatil Roche Injetável 20 mg Anti-

inflamatório Gota sim Anti-

inflamatório 30 dias

7 F 23 Levonorgestrel Pilem UniaoQuimic

a Compr. 0,75mg Contraceptivo de mergência anticoncepcional sim

Anticoncepcional 2 dias

8 F 22 Dipirona sódica Novalgina Sanofi-aventis Solução oral

500 mg/mL

Analgésico e antitérmico Dor no corpo sim

Analgésico e antitérmico 5 dias

9 M 22 Cloridrato de metilfenidato Ritalina Novartis Compr. 10 mg

Atenção e a concentração TDAH sim

Psicoestimulante 30 dias

10 F 18 Carbamazepina carbamazepina Teuto Compr. 200mg Epilepsia Convulsão Sim Anticonvulsiva

nte uso

continuo

11 F 19 Dipirona sódica Dipimed Medquímica Líquida 500mg/ml Febre Dor de cabeça Sim Analgésico e antitérmico febre Cefalexina 500 mg infecção

12 M 20 Dipirona sódica Magnopyrol Farmasa Compr. 500 mg Dor Dor e febre Sim Analgésico e antitérmico 4 dias

cetoprofeno 50 mg; hidroclotiazida 25 mg; Losartana potássica 50 mg.

13 F 34 Cloridrato de

paroxetina Pondera Merck Compr. 15 mg Ansiedade

generalizada Depressão Sim Antidepressivo 60 dias

14 F 33 Gestodeno + etinilestradiol Tâmisa Eurofarma Compr.

0,075mg + 0,030 mg

Anticoncepcional Não sim

Anticoncepcional

uso continuo

15 F 32 Cloridrato de ciprofloxacino

Cloridrato de ciprofloxacino Medley Compr. 500 mg

Infecção Urinária Pneumonia sim Antibiótico 7 dias

16 F 21 Cloridrato de

fluoxetina Daforin EMS Cápsula 20 mg Depressão TPM sim Antidepressivo 10 meses

17 F 21 Losartana Potássica Aradois Biolab Compr. 50 mg

Pressão arterial

Insuficiência cardíaca sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

18 F 20 Atenolol Atenolol Achê Compr. 25 mg Pressão arterial Angina pectoris sim

Anti-hipertensivo

Uso continuo

19 F 37 Azitromicina di-hidratada Astro Eurofama Solução oral

400mg (10 mL) Infecção Infecção sim Antibiótico 3 dias

20 M 36

Losartana Potássica+

hidroclorotiazida ARADOIS H Biolab Compr. 100 mg; 25 mg

Pressão arterial

Insuficiência cardíaca sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

21 F 66 Captopril Captopril Teuto Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

22 F 45 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

31

23 F 81 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

Furosemida 40mg, Omeprazol 20 mg; ácido acetilsalicilico 100 mg.

24 M 65 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

25 F 60 Besilato de anlodipino

besilato de anlodipino Medley Compr. 5 MG

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

26 F 30 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 MG

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

27 M 52 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 MG

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

28 M 65 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

29 M 63 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

30 F 24 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo Diclofenaco sódico 50mg dor de dente.

31 F 85 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

32 F 45 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

33 M 55 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

34 F 35 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

35 M 61 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

36 M 62 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

37 F 45 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo Parecetamol 700 mg; Losartanapatássica 50 mg.

38 F 60 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

39 M 35 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

captopril 25 mg; ácido acetilsalicilico 100 mg; carverdilol 25 mg.

40 M 65 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

41 M 70 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Comp. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

42 F 32 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

43 M 40 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo Glibenclamida 5 mg; ácido acetilsalicilico 100 mg.

44 M 59 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

45 F 19 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

46 M 60 Besilato de anlodipino

Besilato de anlodipino Medley Compr. 5 mg

Pressão arterial Angina de peito sim

Anti-hipertensivo

Uso continuo

47 M 60 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

Captopril 25 mg; Glibenclamida 5mg; Omeprazol 20 mg; Losartana potássica 50 mg.

48 F 55 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

Carvedilol 25 mg; Dipirona sódica quando tem dor cabeça; Diclofenaco sódico para dores (75

mg) injetável - voltarem.

49 F 45 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 500 mg Dor Febre sim Analgésico e antipirético.

uso continuo Glibenclamida 5 mg

32

50 F 49 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

51 M 51 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

52 M 49 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

53 M 61 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

54 F 40 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

55 M 30 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

56 M 80 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo Besilato de anlodipino 5 mg; Carvedilol 25 mg

57 F 66 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

Glibenclamida 5 mg; Furosemida 40mg; Maleato de Enalapril 10 mg; Losartana potássica 50 mg.

58 F 55 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

59 F 70 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

uso continuo

60 M 59 Àcido

acetilsalicílico AAS EMS Compr. 100 mg Pressão arterial Dor e febre sim

Analgésico e antipirético.

Uso continuo

61 F 47 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

62 F 35 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

63 F 45 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

64 M 70 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

carvedilol 25 mg; metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg; Àcido acetilsalicílico 100 mg;

fluoxetina 20 mg.

65 M 31 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

66 M 35 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo metformina 850 mg;Furosemida 40mg

67 M 67 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg.

68 F 38 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

69 M 34 Glibenclamida Glibenclamida Germed Comp. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo cloridrato de propranolol 40 mg; Furosemida

40mg

70 F 64 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

71 F 68 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

72 M 59 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

73 F 44 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

74 M 25 Glibenclamida Glibenclamida Germed Compr. 5 mg Diábetes Não sim Hipoglicemiant

es uso

continuo

75 M 43 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças

cardiovasculares sim Antilipemico uso

continuo metformina 850 mg; Glibenclamida 5 mg;

Losartana potássica 50 mg.

76 F 30 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças

cardiovasculares sim Antilipemico uso

continuo

33

77 F 42 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças

cardiovasculares sim Antilipemico uso

continuo Captopril 25 mg

78 M 46 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças cardio

vasculares sim Antilipemico uso

continuo

79 F 53 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças cardio

vasculares sim Antilipemico uso

continuo

80 M 29 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças cardio

vasculares sim Antilipemico uso

continuo

81 M 35 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças cardio

vasculares sim Antilipemico uso

continuo

82 F 83 Sinvastatina Sinvax Geolab Compr. 40mg Colesterol Doenças cardio

vasculares sim Antilipemico uso

continuo

83 F 52 Furosemida Furosemida Teuto Compr. 40mg Diurético Pressão arterial sim Diurético uso

continuo metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg.

84 F 53 Furosemida Furosemida Teuto Compr. 40mg Diurético Pressão arterial sim Diurético uso

continuo metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg.

85 F 67 Furosemida Furosemida Teuto Compr. 40mg Diurético Pressão arterial sim Diurético uso

continuo metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg.

86 M 34 Furosemida Furosemida Teuto Compr. 40mg Diurético Pressão arterial sim Diurético uso

continuo metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg.

87 M 68 Furosemida Furosemida Teuto Compr. 40mg Diurético Pressão arterial sim Diurético uso

continuo metformina 850 mg; Losartana potássica 50 mg.

88 F 49 Furosemida Furosemida Teuto Compr. 40mg Diurético Pressão arterial sim Diurético uso

continuo Maleato de Enalapril 10 mg; Losartana potássica

50 mg

89 M 50 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

metformina 850 mg; Captopril 25 mg; Losartana potássica 50 mg.

90 M 29 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

91 M 52 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

Uso continuo

92 M 60 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

93 F 58 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

94 M 60 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

95 F 48 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Comp. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

96 F 59 Losartana Potássica

Losartana Potássica Teuto Compr. 50 Mg

Pressão arterial Pressão arterial sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

97 F 56 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

98 F 54 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

99 F 48 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

captopril 25 mg; Glibenclamida 5 mg; Furosemida 40mg; metformina 850 mg; (EPÉZ)

cloridrato de donepezila 10 mg.

100 F 57 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo metformina 850 mg; Glibenclamida 5 mg;

cloridrato de paroxetina 20 mg

101 M 55 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

34

Fonte: Acervo Pessoal

102 F 61 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo Furosemida 40mg, metformina 850 mg

103 F 54 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

104 M 39 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

105 M 61 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

106 F 49 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

107 M 55 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

108 F 30 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo Cefalexina 500 mg na terapeutica; metformina

850 mg.

109 M 34 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

110 F 35 Dipirona sódica Dipimed Medquímica Líquida 500 mg/ml Febre Dor de cabeça Sim Analgésico e antitérmico febre

111 M 62 Captopril Captopril Teuto Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatia diabética sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

112 F 51 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

113 F 30 Maleato de

Enalapril Enalapril Germed Compr. 10 mg Pressão arterial

Insuficiência cardíaca

sintomática sim Anti-

hipertensivo uso

continuo

114 M 24 Paracetamol Tylenol Janssen-

Cilag Compr. 700 mg Dor

muscular Dor e febre sim Analgésico e antipirético. 4 dias

115 F 41 Bromidrato de

Citalopram Procimax Libbs Compr. 40 mg Anti

depressivo TOC sim Antidepressivo uso

continuo

116 M 70 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

cloridrato de propranololComprimido 40mg; Ácido acetilsalicílico 100 mg; Glibenclamida 5 mg

117 F 56 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

Hidroclorotiazida com 25 mg e cloridrato de propranololComprimido 40mg

118 F 75 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo Hidroclorotiazida com 25 mg

119 F 49 Captopril Captopril Medley Compr. 25 mg Pressão arterial

Nefropatiadiabétical sim

Anti-hipertensivo

uso continuo

35

4.2. Coleta de dados

Foram realizadas entrevistas para a coleta das informações pessoais (nome,

idade e sexo) dos pacientes e a certificação do receituário de medicações com

prescrição médica.

4.3. Tipos de estudo

Este estudo se configura pela aplicação de um formulário adaptado segundo

método Dáder de avaliação farmacoterapêutico, em pacientes atendidos na farmácia

pública e drogarias do município de Salto do Céu.

4.4. Análises estatísticas

Os dados obtidos através das fichas de avaliação (Apêndice 4) foram

agrupados, tabulados e analisados estatisticamente através do software Graph Pad

Instat v. 3.01.

Para a análise das possíveis diferenças, foi utilizado o teste de Análise de

Variância (ANOVA), seguida do teste Tukey-Kramer de comparações múltiplas

(dados paramétricos) ou teste de Kruskal- Wallis (dados não paramétricos).

Em todos os testes estatísticos aplicados, o nível de significância adotado foi

de 5%, ou seja, a probabilidade P<0,05 foi considerada capaz de revelar diferenças

estatisticamente significantes neste estudo.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os questionários resultaram em dados que estão dispostos em quadros,

tabelas e gráficos. Assim, o quadro 4 apresenta uma descrição detalhada dos

fármacos mais utilizados pelos entrevistados no momento da aquisição dos

medicamentos.

O quadro 5 apresenta uma descrição detalhada dos fármacos mais utilizados

pelos entrevistados, segundo a classificação anatômica e terapêutica da ATC

(Anatomical Therapeutic Chemical Code) (GUIDELINES, 2017).

A ATC é a classificação mais utilizada internacionalmente, para classificar as

moléculas (substâncias) com ação terapêutica e adotada pela Organização Mundial

de Saúde (OMS).

36

ATC é a sigla para a classificação Anatômica Terapêutico Química, que, em

conjunto com a Dose Diária Definida - DDD (Defined Daily Dose), forma o sistema

ATC/DDD, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como padrão

internacional para os estudos de utilização de drogas. Este sistema consiste em

classificar os fármacos em diferentes grupos e subgrupos (níveis), de acordo com o

órgão ou sistema sobre o qual atuam e segundo as suas propriedades químicas,

farmacológicas e terapêuticas (ANVISA, 2017).

Quadro 5: Classes de fármacos segundo classificação ATC dos medicamentos

utilizados pelos entrevistados atendidos nas farmácias de Salto do Céu, no período

de outubro a dezembro de 2015.

Classes e Subgrupos

Sistema cardiovascular Código ATC - C N (%)

Agentes sobre o sistema renina-angiotensina C09 44 37%

Diuréticos C03 6 5%

Antilipêmicos C10 8 6.7%

Bloqueadores de canais de cálcio C08 14 11,8%

Betabloqueadores C07 1 0,8%

Sistema nervoso Código ATC - N N (%)

Psicoanalépticos N06 4 3,4%

Psicolépticos N05 1 0,8%

Trato alimentar e metabolismo Código ATC - A N (%)

Medicamentos usados no diabetes A1 14 11,8%

Sangue e órgãos formadores de sangue Código ATC - B N (%)

Antiagregantes B01 14 11,8%

Sistema musculoesquelético Código ATC - M N (%)

Anti-inflamatórios e antirreumáticos M01 8 6,7%

Anti-infecciosos gerais para uso sistêmico Código ATC - J 2 1,7%

Sistema geniturinário e hormônios sexuais Código ATC - G 2 1,7%

Agentes antineoplásicos e imunomoduladores Código ATC - L 1 0,8%

Fonte: Acervo Pessoal

37

Considerando-se a classificação anátomo-terapêutica, os usos dos fármacos

com ação no sistema cardiovascular se destacam entre os usuários. O Captopril e

Enalapril pertencem à classe os medicamentos considerados como inibidores do

sistema renina-angiotensina. Neste estudo verificou-se que 15,1% (18) das

prescrições eram de captopril e 13,4% (16) de Enalapril.

O captopril e o Enalapril são inibidores da enzima conversora de angiotensina

(IECA), bloqueando a transformação da angiotensina I em II no sangue e tecidos,

amplamente indicados para o tratamento de hipertensão arterial e, em alguns casos

de insuficiência cardíaca (MACEDO et al., 2005; LOPES, I. M., PAIVA, S., BUSS, M.

C. M. R., 2011).

Estes medicamentos estavam presentes em 37% dos entrevistados que

preencheram o formulário quando questionados no momento da retirada da

medicação com a devida apresentação das prescrições dos medicamentos.

Outros fármacos presentes entre os entrevistados foram os bloqueadores de

canais de Ca2 (Anlodipino em 11,8% dos usuários - 14), o beta bloqueador Atenolol

foi relatado apenas uma vez (0,8%), o diurético Furosemida foi citado por 5% dos

entrevistados (6). O hipoglicemiante Glibenclamida e o Ácido Acetil Salicílico (AAS)

(utilizado como antiagregante plaquetário) estavam presentes em 11,8% (14) dos

entrevistados.

A classe dos antilipêmicos representado pela Sinvastatina e a classe dos anti-

inflamatórios estavam presentes em 6,7% (8) dos entrevistados. A classe dos

psicoanalépticos, também denominados psicotrópicos, são fármacos que possuem

atividade em nível cerebral, foi relatada por 3,4% (4) dos entrevistados.

Os psicolépticos que são fármacos com propriedades de diminuir a atividade

cerebral, foi observado em apenas 0,8% (1) dos entrevistados. A classe dos anti-

infecciosos gerais para uso sistêmico e dos hormônios sexuais foram observados

em 1,7% (2) da população estudada.

Em estudo realizado por Lopes e colaboradores (2011) com 27 participantes,

foram observadas porcentagens mais elevadas do uso do maleato de Enalapril

(40,7%), Captopril (18,5%), Anlodipino (18,5%), AAS (18,5%), Cloridrato de

Metformina (25,9%), Atorvastatina (14,8%) como hipoglicemiante, todos estes

fármacos apresentaram taxas mais elevadas de uso, quando comparados ao nosso

38

estudo. Apenas a Glibenclamida apresentou taxa (11,1%), consumo levemente

reduzido em relação às encontradas em nosso presente estudo (11,8%).

O gráfico 1 apresenta as 10 classes de fármacos mais utilizados pelos 119

entrevistados atendidos nas farmácias de Salto do Céu, no período de outubro a

dezembro de 2015.

Neste estudo observou-se que entre as dez medicações mais utilizadas, os

anti-hipertensivos correspondem (54,6%), AAS (11,8%), hipoglicemiantes (11,8%),

analgésicos (6,7%), hipocolesterolêmicos (5,9%), antidepressivos (3,4%),

antibióticos (1,7%), contraceptivos (2,5%), anti-inflamatórios (0,8%) e antivirais

(0,8%).

O gráfico 1 apresenta as dez classes de fármacos mais utilizados pelos

entrevistados.

Classe dos fármacos utilizados pelos entrevistados

Fonte: Acervo Pessoal

Inicialmente os usuários foram divididos em dois grupos distintos de acordo

com a idade, entre 18 a 50 anos e 51 a 85 anos. Posteriormente os usuários foram

divididos em três grupos: entre 18 a 30 anos, 31 a 50 anos e 51 a 85 anos. Esta

39

divisão se fez necessária na tentativa de observar com maior clareza a diferença da

utilização de fármacos em diferentes períodos de idade.

O quadro 6 apresenta como resultado dos questionários, as classes de

fármacos mais utilizados no período de 01/10/2016 à 01/12/2016.

Quadro 6: Classe de fármacos mais utilizados no município de Salto do Céu no

período de 01/10/2016 à 01/11/2016.

Fármaco

Total de

Usuários

Total / sexo

%

Mulher Homem

Anti-hipertensivos 65 40 25 54,6%

Antiplaquetário-AAS 14 7 7 11,8%

Antidepressivos 4 3 1 3,4%

Anti-inflamatório 1 1 0 0,8%

Analgésicos 8 4 4 6,7%

Antibióticos 2 2 0 1,7%

Antiviral 1 0 1 0,8%

Contraceptivos 3 3 0 2,5%

Hipoglicemiantes 14 7 7 11,8%

Hipocolesterolêmicos 7 4 3 5,9%

Fonte: Acervo Pessoal

5.1. Caracterização dos fármacos utilizados pelos entrevistados.

40

O quadro 7 apresenta o resultado da quantidade de fármacos utilizados pelos

usuários com idade abaixo dos 50 anos e acima dos 50 anos, que foram submetidos

à entrevista no presente estudo.

Quadro 7: Classe de fármacos utilizados pelos usuários com idade abaixo dos 50

anos e acima dos 50 anos.

Fármaco

Abaixo de 50 anos (18 a 50) Acima de 50 anos (51 a 85)

Mulher Homem Total Mulher Homem Total

Anti-hipertensivos 26,2% 13,8% 40% 35,4% 24,6% 60%

Antiplaquetário-AAS 21,4% 7,1% 28.5% 28,6% 42,9% 71.5%

Antidepressivos 75% 25% 100% 0 0 0

Anti-inflamatório 100% 0 100% 0 0 0

Analgésicos 50% 50% 100% 0 0 0

Antibióticos 100% 0 100% 0 0 0

Antivirais 0 100% 100% 0 0 0

Contraceptivos 100% 0 100% 0 0 0

Hipoglicemiantes 35,7% 28,6% 64.3% 14,3% 21,4% 35.7%

Hipocolesterolêmicos 42,9% 42,9% 85.8% 14,2% 0 14,2%

Fonte: Acervo Pessoal

Pode-se destacar que 28,5% dos entrevistados com idade entre 18 e 50 anos

fazem uso do ácido acetilsalicílico (AAS) 100mg. O AAS é um fármaco que inibe a

via da ciclo-oxigenase do metabolismo do ácido araquidônico, bloqueando a síntese

dos tromboxanos, resultando na inibição da agregação plaquetária. O AAS, em

41

pequenas doses é indicado por sua ação antiagreganteplaquetária para indivíduos

portadores de diabetes mellitus, bem como em outras patologias com alto risco de

problemas cardiovasculares (LIMA, J. G., GÓIS, L. T., NÓBREGA, L. H. C., 2005;

LOPES, I. M., PAIVA, S., BUSS, M. C. M. R., 2011).

O grupo com idade entre 51 e 85 (Quadro 7), apresentou maior consumo

apenas com relação aos anti-hipertensivos (60%) e antiplaquetário-AAS (71,5%),

enquanto que 40% dos entrevistados do grupo com idade entre 18 e 50 anos

apresentaram uso contínuo de anti-hipertensivos e 28,5% de antiplaquetários.

Entre os 119 entrevistados, 61,6% relataram serem portadores de hipertensão

arterial, os quais utilizavam algum tipo de hipertensivo, 12% da amostra fazem uso

contínuo de antiplaquetário, 12% utilizavam hipoglicemiantes, 6% faziam uso de

hipocolesterolêmicos, 3% de antidepressivos e 13% utilizavam medicamentos para

mais de uma enfermidade.

Paniz e colaboradores (2008) relatam que fatores como o sexo, a idade, nível

econômico, autopercepção de saúde e doença crônica, estão associados à

utilização de medicamentos (PANIZ et al., 2008), principalmente entre os idosos,

com predominância para o sexo feminino. A utilização de medicamentos é comum

em mais de 90% dos idosos (SILVA et al., 2010).

Os dados obtidos neste estudo demonstraram que a maior prevalência para a

utilização de medicamentos foi na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade.

Na comparação realizada entre dois períodos de idade (abaixo dos 50 anos e

acima dos 50 anos), foi observado que 26,2% das mulheres abaixo dos 50 anos

fazem uso regular de anti-hipertensivos, enquanto que 35,4% das mulheres

entrevistadas com idade acima dos 50 anos fazem uso regular desta medicação, ou

seja, um aumento de 9,2%.

Com relação ao uso de anti-hipertensivos, apenas 13,8% dos homens com

idade abaixo dos 50 anos faziam uso desta medicação, enquanto que os homens

com idade acima dos 50 anos apresentaram uma taxa de 24,6%, ou seja, um

aumento de 10,8% na utilização de anti-hipertensivos após os 50 anos.

Nessa avaliação verificou-se que a maioria (59,6%) dos entrevistados

pertencia ao do sexo feminino, corroborando com os dados de Silva e colaboradores

(2010). A faixa etária mais entre 18 e 50 anos, apresentou-se mais presente no

42

serviço de saúde (53,8%), enquanto que a faixa etária entre 51 a 85 apresentou

frequência de 46,2%.

Essa diferença demonstrada entre os grupos femininos com idades entre 18 a

50 anos e 51 a 85 anos neste levantamento, pode ser explicada por fatores como

saúde preventiva, cuidado e atenção com a saúde e pelas mulheres apresentarem

maior incidência de doenças crônicas, fazendo com que aumente a probabilidade do

consumo de medicamentos (BARROS et al., 2006; FLORES, MENGUE, 2005;

LOYOLA et al., 2005; BONOTTO, L. F., COLET, C. F., 2013).

O gráfico 2 apresenta a avaliação da diferença entre homens e mulheres com

idade abaixo dos 50 anos.

Gráfico 2: Classe de fármacos mais utilizados entre homens e mulheres de 18 e 51

anos.

Fonte: Acervo Pessoal

Em comparação com o homem, a mulher apresentou maior consumo de

medicamentos como os anti-hipertensivos, antiplaquetários, hipoglicemiantes,

43

antidepressivos, antibióticos e anti-inflamatórios, no grupo com idade abaixo de 50

anos.

Alguns aspectos saudáveis repercutem de forma significativa na qualidade de

vida, especialmente com relação às doenças crônicas. As diferenças entre o

comportamento do homem e da mulher podem repercutir forma significativa para

uma boa saúde.

O gráfico 3 apresenta a variação do uso das medicações entre homens e

mulheres com idade acima dos 50 anos.

Gráfico 3: Apresentação dos resultados da avaliação dos usuários de medicação,

com idade entre 51 e 85 anos.

Fonte: Acervo Pessoal

Podemos observar que a mulher com idade entre 51 e 85 anos de idade,

apresentou maior consumo de anti-hipertensivos em relação ao homem no mesmo

período de idade.

Estudos têm demonstrado que a prática de atividade física tem contribuído

para a redução da utilização de medicamentos em idosos. Estudos têm observado

44

que quanto mais se elevada à faixa etária menor é o nível de atividade física, mas foi

observado que os homens possuem uma melhor condição em relação à qualidade

de vida na atividade física, desta forma, fazem menor uso de medicamentos quando

comparados com as mulheres no mesmo período de idade avaliado (SEBASTIÃO et

al., 2009). Em estudo realizado com 382 participantes, Colares e Franca (2009)

observaram que as mulheres apresentam práticas de atividade físicas menores que

as dos homens.

O gráfico 4 apresenta a variação do uso das medicações entre os diferentes

tipos de idade entre as mulheres, comparando os períodos acima dos 50 anos e

abaixo dos 50 anos.

Gráfico 4: Comparação entre os diferentes períodos de idade das mulheres que

fazem uso de medicação, comparação entre os períodos de 18 a 50 e 51 a 85 anos.

Fonte: Acervo Pessoal

45

Com exceção aos anti-hipertensivos e os antiplaquetários, as mulheres com

idade abaixo de 50 anos, fazem uso de uma quantidade maior de medicamentos

quando comparados com as mulheres com idade acima de 50 anos. Além dos anti-

hipertensivos e antiplaquetários, fazem uso dos hipoglicemiantes, analgésicos,

hipocolesterolêmicos, antidepressivos, antibióticos e anti-inflamatórios.

Em estudo realizado por Vosgerau e colaboradores (2011) com 251

participantes, 77,5% das mulheres (195) referiram ter consumido pelo menos um

medicamento nos últimos sete dias, enquanto que apenas 22,5% dos homens

fizeram uso de medicação no mesmo período.

O gráfico 7 apresenta a variação do uso das medicações entre as diferentes

idades nos homens, períodos acima dos 50 anos e abaixo dos 50 anos.

Gráfico 5: Avaliação do uso de medicação entre homens divididos em dois

períodos, por faixa etária - entre 18 a 50 anos e 51 a 85 anos.

Fonte: Acervo Pessoal

46

Os participantes deste estudo apresentaram idade mínima de 18 anos e

máxima de 85 anos, composto por 71 mulheres (59,6%) e 48 homens (40,3%), com

idade média de 45,5 anos (Desvio padrão - DP = 16,6) para as mulheres e 49,0 anos

(DP = 16,0) para os homens.

Esta avaliação apresentou aumento do consumo principalmente de anti-

hipertensivos e antiplaquetários no grupo com idade entre 51a 85 anos. De acordo

com Vieira (2016) o número de indivíduos idosos vem aumentando e apresenta uma

prevalência maior no uso de medicamentos, quando comparado aos adultos com

faixas etárias menores que cinquenta anos (VIEIRA, 2016).

Estando de acordo com os dados apresentados por este estudo, Costa e

colaboradores (2007) verificaram que os medicamentos mais utilizados pelas

famílias atendidas por um centro de saúde no Distrito Federal (DF), eram os do

sistema cardiovascular. Em outro estudo realizado por Guimarães e colaboradores

(2012), em um programa de Atenção Farmacêutica na Farmácia Popular de Aracaju

- SE, observou-se que entre os medicamentos que agem sobre o sistema

cardiovascular eram mais consumidos (GUIMARÃES et al., 2012; BONOTTO, L. F.,

COLET, C. F., 2013).

Estudos realizados por Ruppenthal e Petrovick (2010) verificaram que os

medicamentos que atuavam no sistema cardiovascular eram os mais dispensados

na Farmácia Popular da Faculdade de Farmácia Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, comparado com uma unidade farmacêutica habitual. A farmácia

habitual apresentou usuários predominantemente do sexo feminino que utilizavam

especialmente analgésicos e anti-inflamatórios. Os usuários, em sua maioria

apresentaram idade avançada e aposentados. Os fármacos que atuam no sistema

nervoso foram os mais vendidos na Farmácia Popular, seguido pelos medicamentos

com ação no sistema cardiovascular e em terceiro lugar os que atuam no sistema

músculo-quelético (RUPPENTHAL, PETROVICK, 2010).

Estima-se que no Brasil a prevalência de hipertensão seja de 35% da

população acima de 40 anos (BRASIL, 2011). Portanto, os indivíduos idosos que

apresentam maiores índices de hipertensão, pertencem ao grupo de maior

vulnerabilidade (MACIEL, 2010; FERREIRA et. al., 2012).

47

Em uma avaliação entre os diferentes períodos de idade dos entrevistados

que fazem uso de medicação, comparando-se três períodos entre 18 a 30, 31 a 50 e

51 a 85 anos. As variáveis analisadas foram sexo (feminino ou masculino), idade e

consumo de fármacos entre os diferentes períodos avaliados.

O gráfico 6 apresenta a avaliação total (homens e mulheres) dos usuários de

medicações em três períodos de idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos).

Gráfico 6: Avaliação total (homens e mulheres) dos usuários de medicações em três

períodos de idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos).

Tabela 1: Distribuição por idade dos entrevistados da cidade Salto do Céu (18 a 30 /

31 a 50 / 51 a 85 anos).

Gênero

Homens Mulheres

Faixa etária Total % Total N % N %

18 a 30 anos 23 19,3% 8 6,7% 15 12,6%

31 a 50 anos 42 35,3% 15 12,6% 27 22,7%

51 a 85 anos 54 45,4% 28 33,3% 26 30,9%

0

5

10

15

20

25

30

Série1

Série2

33,3%

18 a 30 anos 31 a 50 anos 51 a 85 anos

Homens Mulheres

6,7%

12,6%

12,6%

22,7%

30,9%

48

Na comparação realizada entre os períodos de idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a

85 anos), foi observado que tanto para os homens quanto para as mulheres o

número de indivíduos aumenta de acordo com o aumento da idade. Na tabela 1 é

possível observar que o número de indivíduos do sexo masculino com idade abaixo

dos cinquenta anos (18 a 30 - 6,7% / 31 a 50 - 12,6%) é inferior, quando

comparados ao sexo feminino no mesmo período de idade (18 a 30 - 12,6% / 31 a

50 - 22,7%). Após os cinquenta anos de idade (51 a 85), essa diferença diminui e o

número de homens passa ser maior que o de mulheres.

Gráfico 7 - Distribuição por idade dos entrevistados da cidade Salto do Céu

Tabela 2: Estatística dos entrevistados da cidade de Salto do Céu separados

em três grupos de acordo com a idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos).

Faixa etária Mulheres Homens

18 a 30 23,9 ± 4,4 25,3 ± 3,7

31 a 50 41,3 ± 6,1A 38,6 ± 5,9D

51 a 85 62,3 ± 9,8BC 61,7 ± 6,4DC

AP<0,001 aumento em relação ao período 18 a 30 (Kruskal Wallis - ANOVA) BP<0,0001 aumento em relação ao período 18 a 30 (Kruskal Wallis - ANOVA) CP<0,0001 aumento em relação ao período 31 a 50 (Kruskal Wallis - ANOVA) DP<0,0001 aumento em relação ao período 18 a 30 (One-Way - ANOVA)

0

10

20

30

40

50

60

70

Série1

Série2

49

**

***

***

Mulheres e Homens em diferentes períodos de idade

Homens

Mulheres

18 a 30 31 a 50 51 a 85

***

49

Quando aplicados os testes estatísticos para verificar a correlação do uso de

medicação com as variáveis sexo e idade, observou-se aumento (P<0,001)

estatisticamente significante do uso de medicação entre as mulheres com idade

entre 31 a 50 anos, quando comparado as mulheres com idade entre 18 e 30 anos

(tabela 2).

Na tabela 2, é possível observar aumento (P<0,0001) do uso de medicações

entre as mulheres com idade entre 51 e 85 anos, quando comparado as mulheres

com idade entre 31 e 50 e 18 e 30 anos.

Os homens avaliados nos diferentes períodos de idade, o período 31 a 50

anos apresentou aumento (P<0,001) em relação ao período 18 a 30. O período 51 a

85 anos, apresentou aumento (P<0,0001) em relação aos períodos 18 a 30 e 31 a

50 (P<0,0001). As diferenças apresentadas pelos homens foram semelhantes às

diferenças que as mulheres apresentaram período de idade.

Tabela 3: Estatística do consumo de medicamentos em diferentes períodos de

idade (18 a 30 / 31 a 50 / 51 a 85 anos).

Faixa etária Mulheres Homens

18 a 30 16 ± 0,0 7 ± 0,0E

31 a 50 27 ± 0,0A 15 ± 0,0BF

51 a 85 27 ± 0,0A 27 ± 0,0CD

AP<0,001 aumento em relação ao período 18 a 30 (ANOVA) BP<0,05 aumento em relação ao período 18 a 30 (ANOVA) CP<0,001 aumento em relação ao período 18 a 30 (ANOVA) DP<0,001 aumento em relação ao período 31 a 50 (ANOVA)

EP<0,008 redução em relação ao grupo Mulheres do período 18 a 30 (Teste t não/p) FP<0,008 redução em relação ao grupo Mulheres do período 31 a 50 (Teste t não/p)

A tabela 3 apresenta a comparação entre as faixas etárias de homens e

mulheres em diferentes períodos de idade. Os grupos de mulheres com idade entre

31 a 50 e 51 a 85 anos, apresentou aumento (P<0,001) no consumo de

medicamentos em relação ao grupo mulheres com idade entre 18 a 30 anos.

Os grupos dos homens com idade entre 31 a 50 e 51 a 85 anos, apresentou

aumento (P<0,05 e P<0,001 respectivamente) no consumo de medicamentos em

50

relação ao grupo homens com idade entre 18 a 30 anos. O grupo de homens com

idade entre 51 a 85 anos, apresentou aumento (P<0,001) no consumo de

medicamentos em relação ao grupo homens com idade entre 31 a 50 anos.

Os grupos de homens com idade entre 18 a 30 e 31 a 50 anos apresentou

redução (P<0,008) do consumo de medicamentos quando comparado aos grupos

das mulheres no mesmo período de idade.

Neste estudo pode-se observar que as mulheres nos grupos com idade acima

dos trinta anos, fazem maior utilização de medicamentos em relação às mulheres

com idade abaixo dos 30 anos, foi observado ainda que as mulheres com idade

entre 18 a 30 e 31 a 50 anos de idade, utilizam mais medicamentos que os homens.

Apesar das mulheres representarem a maior proporção da população

brasileira (IBGE, 2012), Salto do Céu não apresenta esta realidade, as mulheres

representam 48,4% da população do município.

51

6. CONCLUSÃO

- Os resultados revelam que a maior parte dos medicamentos é empregada no

tratamento de desordens cardiovasculares.

- Os Anti-hipertensivos, Antiplaquetários, Hipoglicemiantes e Hipocolesterolêmicos

foram os fármacos de maior prevalência entre os 10 mais utilizados neste estudo.

- Neste estudo observamos que as mulheres com idade acima dos cinqüenta anos

fazem maior utilização de medicamentos em relação às mulheres com idade abaixo

dos 50 anos.

- Este estudo demonstrou maior consumo de medicamentos como os anti-

hipertensivos, antiplaquetários, hipoglicemiantes principalmente nos grupos com

idade acima de 50 anos.

52

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58

ANEXO 1

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Eu,..................................................................................................................................nacionalidade:.......................................,RG:...................................., idade:...........,....., estado civil:......................................................., profissão................................................, endereço........................................................................................................................., estou sendo convidado a participar de um estudo denominado. “Perfil farmacoterapêutico da população atendida nas farmácias públicas e drogarias do município de Salto do Céu, cujo objetivo e justificativa são: Pelo fato de existir pouco conhecimento sobre a intervenção do farmacêutico em pacientes não pertencentes às farmácias comunitárias ou lares para idosos, pretende-se investigar o uso de medicação em diferentes períodos de idade e correlacioná-los aos fatores idade e sexo.

A minha participação no referido estudo será no sentido de preencher o formulário apresentado no momento da aquisição da medicação. Fui alertado de que através deste estudo é possível observar a tendência a polimedicação e diminuir a presença de medicamentos desnecessários, promovendo segurança e diminuição dos custos.

Recebi esclarecimentos que por se tratar de uma entrevista e preenchimento de um formulário, não sofrerei riscos e desconfortos decorrentes do estudo, levando-se em conta que os resultados somente serão obtidos após a sua finalização.

Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar, será mantido em sigilo.

Também fui informado de que posso me recusar a participar do estudo, ou retirar meu consentimento a qualquer momento, sem precisar sem precisar de justificativas e não sofrerei qualquer prejuízo à assistência que venho recebendo por desejar sair da pesquisa.

Os pesquisadores envolvidos com o referido projeto são Rafael Rodrigues Gomides (aluno de mestrado), Prof. Dr. Ivair Donizeti Gonçalves (orientador) e Profa. Dra. Regina Mara Silva Pereira (Co-orientadora), com os quais poderei manter contato pelos telefones e e-mails.

É garantido o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o que eu queira saber antes, durante e depois da minha participação. Tendo sido orientado, compreendi a natureza e o objetivo do referido estudo, manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou a pagar, por minha participação. No entanto, caso eu tenha qualquer despesa decorrente da participação na pesquisa ou caso ocorra algum dano decorrente da minha participação no estudo, serei devidamente indenizado, conforme determina a lei.

Em caso de reclamação ou qualquer tipo de denúncia sobre este estudo devo ligar para o CEP UNIAN-SP (11)3512-8412ou mandar um e-mail para http://pgsskroton.com.br/

59

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

MESTRADO PROFISSIONAL EM FARMÁCIA

59

São Paulo,................de.............................................. de 2016.

Anexo 1: Consentimento Livre e Esclarecido

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi cópia deste termo de consentimento, e autorizo a realização da pesquisa e a divulgação dos dados obtidos neste estudo.

Participante da Pesquisa Nome:..................................................................Telefone:..................................

Assinatura................................................................ Pesquisador Principal: Nome:..................................................................Telefone:..................................

Assinatura................................................................ Orientador: Nome:..................................................................Telefone:..................................

Assinatura................................................................ Co-orientadora: Nome:..................................................................Telefone:..................................

Assinatura................................................................ Comitê de Ética em Pesquisa: Rua Raimundo Pereira de Magalhães, 3305, 3º andar -Pirituba/SP. Telefone do Comitê de Ética: (11) 3512-8412

60

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

MESTRADO PROFISSIONAL EM FARMÁCIA

60

ANEXO 2 Questionário do método Dáder História Farmacoterapêutica PACIENTE no: NOME: DATA: PRIMERA VISITA PACIENTE

PROBLEMAS / PREOCUPAÇÕES DE SAÚDE

Controlado Início

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Sacola com Medicamentos

Nome 1: ADERE: M, R, P CONHECE: M, R, P

1. Utiliza? 6. Quanto usa?

2. Quem prescreveu? 7. Como usa?

3. Para quê? 8. Até quando?

4. Está melhor? 9. Dificuldade?

5. Desde quando? 10. Algo estranho?

Medicamentos usados anteriormente

Nome 1:

1. Utiliza? 4. Está melhor?

3. Para quê? 10. Algo estranho?

/ /

/ /

61

Parâmetros a serem avaliados nos pacientes

- Cabelo: - Músculos Esqueléticos (Gota, Dor nas Costas, Tendinites...)

- Cabeça: - Pele (Seca, Erupções,...):

- Olhos, Ouvidos, Nariz, Garganta: - Psicológico (Depressão,...):

- Boca (Ferida, Seca): - Neurológico (Epilepsia,...):

- Pescoço: - Imc

- Mãos (Dedos, Unhas): - Parâmetros anormais: (Temperatura, PA, Colesterol, Glicose.)

- Braços e Músculos: - Cigarro:

- Coração: - Alcool:

- Pulmão: - Café:

- Aparelho Digestivo: - Chás:

- Rins (Urina): - Outras Drogas:

- Fígado: - Outros hábitos anormais (atividade física, dieta...):

- Aparelho Genital: - Vitaminas e Sais Minerais:

- Pernas: - Vacinas:

- Pés (Dedos, Unhas,..):

- Alergias a medicamentos e/ou Ram

- Situações Fisiológicas (e data):

- Observações:

Outros dados do paciente

- Telefone:___________________________________________________________

- Endereço: __________________________________________________________

- Profissão: _______________________ Data De Nascimento:_________________

- Médico Principal: ____________________________________________________

- Médicos Especialistas: ________________________________________________

- Cuidador:___________________________________________________________

Minutos: ____________________________________________________________

Assinatura Do Farmacêutico: ___________________________________________

62

ANEXO 3:

Formulário do Estado de Situação do método Dáder.

ESTADO DE SITUAÇÃO

PACIENTE: DATA:

SEXO: IDADE: IMC: ALERGIAS:

ESTADO DE SITUAÇÃO

AVALIAÇÃO

I.F PROBLEMAS DE SAÚDE MEDICAMENTOS

Problemas de Saúde

Início Controlado Preocupa Início Medicamento (P. A.)

Data Co/Ad N E S Suspeita de PRM

(Data)

OBSERVAÇÕES: DATA PARÂMETROS

63

APÊNDICE 1

Formulário de Avaliação Farmacoterapêutica - Adaptado

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA

Dia .................... mês................... ano.......................... sexo ( ) Idade ( )

Tipo: INCLUSÃO AMPLIAÇÃO SUBSTITUIÇÃO EXCLUSÃO

Identificação do Medicamento

1. Nome do Fármaco:____________________________________________________

2. Nome(s) Comercial(is): ________________________________________________

3. Fabricante(s): _______________________________________________________

4. Forma(s) Farmacêutica(s):

( ) Comprimido ( ) Cápsula ( ) Injetável ( ) Xarope ( ) Elixir ( ) Solução Oral ( )

Creme ( ) Pomada ( ) Supositório ( ) Outros

5. Concentração(ões): ___________________________________________________

6. Indicações Terapêuticas principais: _______________________________________

______________________________________________________________________

7. Outras Indicações: ____________________________________________________

8. A indicação terapêutica solicitada está aprovada em bula?

( ) Sim ( ) Não

9. Classe(s) Terapêutica(s): _______________________________________________

10. Esquema Terapêutico recomendado:

Dose Pediátrica:

usual:____________máxima:_______________mínima:_______________

Dose Adulta:

usual:____________máxima:_______________mínima:_______________

Duração do tratamento: _____________________________________________________

Obs:______________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

64