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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO
SYLVIA REJANE MARTINS ALFAIA
PERFIL DOS CANDIDATOS QUE FICAM INAPTOS
TEMPORÁRIOS APÓS AVALIAÇÃO PARA PRIMEIRA CNH.
MACEIÓ - AL
2014
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SYLVIA REJANE MARTINS ALFAIA
PERFIL DOS CANDIDATOS QUE FICAM INAPTOS TEMPORÁRIOS APÓS
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA 1ª CNH.
Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientadora: Professora Esp. Vera Cristina Gomes Calado
MACEIÓ - AL
2014
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SYLVIA REJANE MARTINS ALFAIA
PERFIL DOS CANDIDATOS QUE FICAM INAPTOS TEMPORÁRIOS APÓS
AVALIAÇÃO PSICOLOGICA PARA 1ª CNH.
Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.
APROVADO EM ____/____/____
__________________________________________________
PROFª ESP.VERA CRISTINA GOMES CALADO
ORIENTADOR:
__________________________________________________
PROF.DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA
BANCA EXAMINADORA
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu filho Luis Felipe minha constante fonte de
inspiração que contribui diariamente para o meu crescimento.
Aos meus Pais
Julia Alfaia e Francisco Alfaia
As minhas irmãs
Syulene Alfaia e Sylvana Alfaia
Ao meu Esposo
Rinaldo Rodrigues
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente a DEUS pelo dom da vida e possibilidade da realização deste
curso, pois sem seu infinito amor e misericórdia nada seria possível.
Ao meu esposo e meu filho pela compreensão durante os vários momentos em
que estive ausente para que pudesse realizar essa pesquisa.
As minhas irmãs pela força e encorajamento
A minha vozinha Inezila Nazareth pelas constantes palavras de incentivo
naqueles momentos de dificuldade.
Aos meus Pais pela oportunidade, força e incentivo aos meus estudos.
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“O êxito da vida não se mede pelo caminho que
você conquistou, mas sim pelas dificuldades
que superou no caminho”.
(Abraham Lincoln)incoln)
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RESUMO
A presente monografia constitui-se na tentativa de traçar o perfil dos candidatos a 1ª Carteira Nacional de Habilitação que ficam na condição de inaptos temporários. Esse estudo foi desenvolvido em uma clínica credenciada pelo Detran - AP no município de Macapá que realiza avaliação psicológica para obtenção da Carteira Nacional de habilitação. O objetivo desta pesquisa é identificar o perfil dos candidatos que ao serem submetidos ao processo de avaliação para carteira nacional de habilitação ficam na condição de inaptos temporários e ainda investigar quais os motivos dessa inaptidão. Para tanto, este estudo foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica, pesquisa exploratória tipo estudo de caso e pesquisa de campo. Na coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista semi- estruturado e os protocolos dos testes psicológicos dos candidatos inaptos temporários para obtenção dos dados. Diante dos dados analisados e coletados, constatou-se que há predominância de inaptos temporários do sexo masculino, com faixa etária entre 18 a 28 anos de idade, que apresentam escolaridade no 1º grau incompleto e completo, sendo que objetivam a habilitação principalmente para que possam utilizar no trabalho, pleiteiam a categoria B e a maioria ainda não dirige. Observou-se,que quanto aos motivos dessa inaptidão temporária a principal dificuldade está relacionada a déficit de atenção.
Palavras-chave: Avaliação, inaptidão temporária, déficit de atenção.
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ABSTRACT
This current monography is the attempt to draft the profile of the candidates first driver’s license that were in the condition of temporarily unable. This study was developed in a medical clinic ruled by DETRAN-AP in the Macapá city that carries out psychological assessment to get the driver’s license. The research’ s goal is identify the profile of the candidates that were subject to the process of assessment to get the driver’s license who were in the condition of temporarily unable and still investigate which the reasons for this inability .This study was developed through a bibliographical research, exploratory research (case study) and field research. Like that, in the data collect used a semi-structured itinerary of interview and protocols of the psychological tests of the unable candidates temporarily to get the information. Therefore, faced with of the analysed information and collected, check that there is predominance of temporarily unable of the male sex, around age group between 18 to 28 years, who present schooling 1st incomplete degree, being that they aim at the driver’s license mainly to that they could use to work, they plead the B category and the majority doesn’t drive yet. Observed that the reasons of this temporarily unable the main difficulty is related the lack of attention. Keywords: Assessment, temporarily unable, lack of attention.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 01: Demonstrativo quanto ao gênero dos candidatos inaptos
temporários ................................................................................... 29
Gráfico 02: Demonstrativo quanto à idade dos candidatos que ficam
inaptos temporários ....................................................................... 30
Gráfico 03: Demonstrativo quanto à escolaridade dos candidatos inaptos
temporários ................................................................................... 31
Gráfico 04: Demonstrativo quanto ao Estado civil dos Candidatos Inaptos
Temporários .................................................................................. 32
Gráfico 05: Demonstrativo quanto à situação empregatícia dos
candidatos inaptos temporários. .................................................... 33
Gráfico 06: Demonstrativo quanto à condição dos candidatos se
dirigirem ou não dirigirem mesmo não sendo habilitado. .............. 34
Gráfico 07: Demonstrativo do Tipo de carteira que pleiteiam os
candidatos que ficaram na condição de inaptos temporários
e objetivo da obtenção da CNH. .................................................... 35
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 13
2.1 O Trânsito ................................................................................................ 13
2.1.1 Breve Conceituação do Trânsito ........................................................ 13
2.1.2 Contextualização Histórica do Trânsito. ............................................ 14
2.2 Psicologia do Trânsito ............................................................................ 17
2.2.1 Conceito de Psicologia do Trânsito .................................................... 17
2.2.2 Breve Histórico da Psicologia do Trânsito ........................................ 17
2.3 Avaliação Psicológica ............................................................................. 20
2.3.1 Breve Conceituação sobre Avaliação Psicológica. ........................... 20
2.3.2 Contextualização da Avaliação Psicológica no Trânsito .................. 21
3 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 27
3.1 Ética .......................................................................................................... 27
3.2 Tipo de Pesquisa ..................................................................................... 27
3.3 Universo ................................................................................................... 27
3.4 Sujeitos da Amostra ................................................................................ 27
3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ......................................................... 28
3.6 Procedimentos para Coleta dos Dados ................................................. 28
3.7 Procedimentos para a Análise dos Dados ............................................ 28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 29
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 36
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 40
APÊNDICE ....................................................................................................... 43
ANEXO ............................................................................................................ 49
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1 INTRODUÇÃO
Segundo a organização mundial de saúde, o número de mortes como
consequência de lesões em acidentes de trânsito aumentará de 5,1 milhões em
1990 para 8,4 milhões em 2020. Na atualidade estas lesões são responsáveis
por 2,2% da mortalidade mundial de todos os grupos de idade. Esses dados
demonstram o quanto é preocupante o aumento no número de vítimas do
trânsito em nosso país.
Diante desse cenário, a mídia local e nacional vem divulgando que é
crescente o aumento de condutores não habilitados que dirigem sem
possuírem habilitação, sob o efeito de substâncias psicoativas como o álcool e
outras drogas e que contribuem sobremaneira para o aumento no número de
violência e acidentes no trânsito.
Sabe-se, que dirigir é um processo complexo que exige por parte dos
candidatos algumas competências e habilidades. De acordo com o CTB (1998)
a CNH não pode ser considerada, nem tão pouco vista como um direito de
todos os cidadãos é uma concessão, portanto, nem todos os cidadãos, terão
direito a permissão para dirigir.
Esta monografia tem como objetivo identificar o perfil dos candidatos
que visam à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, mas que não
conseguem aprovação e que ficam inaptos temporários e ainda verificar quais
os motivos que levam a essa inaptidão temporária.
Durante o processo para requerer a 1ª carteira nacional de habilitação o
candidato necessita obrigatoriamente submeter-se há uma avaliação
psicológica que tem como finalidade contribuir para promover a segurança dos
motoristas. O objetivo principal desta avaliação é verificar se os candidatos
possuem condições físicas e psicológicas para desempenhar a função de
condutores funcionais e ou profissionais.
De acordo com o CTB (1998) o processo de avaliação psicológica é uma
etapa preliminar, eliminatória, obrigatória e necessária a todos os candidatos a
1ª habilitação, e ainda para renovação da habilitação dos condutores que
exercem a função de motoristas como atividade remunerada.
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A proposta deste estudo é propiciar maior conhecimento cientifico sobre
o assunto em questão já que ainda existem poucos estudos sobre o referido
tema. Através dessa pesquisa busca-se compreender quem são os candidatos
que ficam na condição de inaptos temporários, o perfil sócio demográfico, bem
como, verificar quais os motivos dessa inaptidão. Tendo em vista que esses
candidatos serão submetidos a um processo de reavaliação. Portanto, torna-se
necessário, conhecer esses candidatos que apresentaram inaptidão temporária
para que eles possam ser orientados e conduzidos a esse processo de
reavaliação.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O Trânsito
2.1.1 Breve Conceituação do Trânsito
No dicionário “trânsito significa passagem, trajeto, movimento de
pedestres e veículos, que transitam nas cidades ou nas estradas”.
(Melhoramentos, 1997).
Conforme Vasconcelos (1985) o Trânsito pode ser caracterizado
ourepresentado pelo conjunto de deslocamentos e movimentação realizados
por pedestre e veículos nas vias.
Na definição encontrada na Wikipédia (2008), o trânsito refere-se à
organização, faixas de tráfego, cruzamentos e sinais de trânsito, podendo ser
separado em classes: motorizado, não motorizado (bicicletas, carroças e
pedestre).
Para Silva (2004), o trânsito pode ser conceituado como resultante das
várias aglomerações humanas. Sendo caracterizado pela interação entre três
subsistemas: o homem, a via e o veículo.
O código de trânsito Brasileiro (CTB) foi criado e instituído em 1941, e
em 1998 esse código sofreu alterações e tornou-se uma lei de nº 9503 em 23
de setembro de 1997.
De acordo com os levantamentos realizados em alguns países, existem
leis de trânsito muito detalhadas e complexas, enquanto que em outros países
se acredita no bom senso dos motoristas e na boa vontade deles em cooperar,
evidenciando o bom desenvolvimento da educação para o trânsito. De acordo
com o parágrafo 1.º do art. 1.º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
Art.1.º - O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. § 1º - Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. § 2º - O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
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§ 3º - Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro. § 4º - (VETADO) § 5º - Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.
No Brasil, o trânsito é regulamentado pelo Código de Trânsito Brasileiro
(1997 apud LAZZARI; WITTER, 2005, P.9) é considerado como “a utilização
das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos
ou para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e
descarga” (p.9).
Para Vasconcellos (1988a) o trânsito é o conjunto de todos os
deslocamentos diários feitos pelas calçadas e vias da cidade, e que aparece
nas ruas na forma de movimentação geral dos pedestres e veículos.
2.1.2 Contextualização Histórica do Trânsito.
Fraz e Seberino (2012) através de pesquisas realizadas afirmam que o
fenômeno trânsito surgiu, há muitos anos, pode-se dizer que é um fenômeno
que se perdeu no tempo. Referem ainda, que a atividade humana
estarelacionada ao deslocamentoe movimentação do homem de um local para
outro, com o desenvolvimento das civilizações antigas tornou-se necessário a
criação de normas e regras para a utilização das vias pelos homens.
Rozestraten (1988) diz que o trânsito surgiu da necessidade que os
homens possuem para locomover-se, para realização de troca de mercadoria,
comercialização e venda de produtos, de conhecimentos científicos,
tecnologias e cultura.
O Brasil diariamente é mencionado como sendo cenário de vários tipos
de violência, sendo uma delas a violência no trânsito, que é crescente e
assustadora. Podemos visualizar essa violência a cada final de semana ou
feriado onde indivíduos, famílias e grupos sofrem acidentes sendo em sua
maioria vitimas fatais, quando conseguem sobreviver ficam com lesões e
seqüelas graves.
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Aragão (1999 apud LEMES, 2007) As dificuldades e problemas no
trânsito datam do século XVII, sendo mais visualizado a partir de 1885 quando
Carl Benz construiu o primeiro carro movido à gasolina. No ano seguinte em
1886 em Londres ocorreu o primeiro acidente que se tem notícia na história.
Sendo que foi em Nova York que houve o primeiro acidente com vitima fatal.
No Brasil foi Santos Dumond que dirigiu o primeiro automóvel, em 1883. Em
1887, José do Patrocínio foi quem causou o primeiro acidente de automóvel.
O acidente de transito “é uma desavença não intencionada, envolvendo
um ou mais participantes do trânsito, implicando algum dano e noticiada à
polícia diretamente ou pelos serviços de medicina legal” ROZENSTRATEN.
(1988, p.74).
Ainda Conforme Aragão (1999 apud Lemes, 2007)
O acidente de tráfego, é o incidente involuntário do qual participam, pelo menos, um veículo em movimento; pedestres e obstáculos fixos, isolados ou conjuntamente, ocorridos numa via terrestre, resultando danos ao patrimônio, lesões físicas ou morte (p.17).
Na atualidade, o Brasil participa com apenas 3,3% do número de
veículos da frota mundial, mas é responsável por 5,5% dos acidentes graves
tendo vítimas fatais, registrados em todo mundo (MARIN & QUEIROZ, 2000).
No trânsito o conflito pode ocorrer quando o condutor, com seu
veículo,utiliza de substâncias psicoativas, ou vivencia uma situação de stress,
ou até mesmo encontra-se sob privação de sono ou cansado. Um ambiente de
trânsito seguro exige que o condutor possua algumas características e
condutas como: atenção, concentração, direção segura entre outras.
(ROZENSTRATEN, 2007).
Entre as diversas causas que podem provocar um acidente podemos
citar: imprudência dos condutores, excesso de velocidade; desrespeito à
sinalização; ingestão de bebidas alcoólicas; ultrapassagens indevidas; má
visibilidade (chuva, neblina, cerração, noite); falta de atenção; defeitos nas vias;
falta de manutenção adequada dos veículos; distração interna do condutor
(rádio, passageiro, celular, objetos soltos no interior do veículo); ação evasiva
inadequada, frente a um fator adverso (buraco, veículo parado, etc.); técnica
inadequada ao dirigir veículo (não observar o retrovisor externo e esquerdo, por
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exemplo); avaliação errada de distância e velocidade do outro veículo, tanto no
mesmo sentido (andar na "cola") como em sentido contrário; falta de cortesia
no trânsito; não obediência das normas de circulação e conduta (dos
condutores como dos pedestres); falta de conhecimento e obediência das leis
de trânsito (condutores e pedestres); impunidade dos infratores; sensação de
onipotência advinda do comportamento inadequado ao dirigir; falta de
educação para o trânsito; travessia em locais perigosos e fora da faixa ou
semáforo; sonolência falta de descanso, drogas (remédios, psicotrópicos,
tranqüilizantes, etc.) e fadiga.
Os acidentes têm uma conseqüência negativa e por vezes grave e
desagradável, causado por erro de comportamento humano (ROZESTRATEN,
1983).
Pode-se constatar que as consequências dos acidentes de trânsito são
diversas dentre elas podemos destacar: vítimas com lesões fatais ou não, que
sofrem sequelas em virtude do acidente sofrido. Diante desses problemas, os
acidentes no trânsito passam a ser vistos como um grave problema de saúde
pública, que necessita de sérias e severas intervenções.
Em virtude dessas consequências negativas causadas pelos acidentes
de trânsito, começa-se a pensar na possibilidade de utilização de vários
conhecimentos científicos, e dentre eles a psicologia, para minimizar essas
trágicas ocorrências no trânsito.
Segundo Cruz, Holffman, e Silva (2007) a psicologia é uma ciência que
visa estudar o comportamento do homem e suas relações. Diante disto toda
situação que envolva relações humanas pode ser objeto de estudo da
psicologia. Neste sentido, o trânsito pode ser um espaço de intervenções dos
psicólogos.
O comportamento humano, os acidentes de trânsito acabam sendo um
dos pontos cruciais de estudo da Psicologia do Trânsito.
Para Rozestraten (1988, p.9) “demorou muito até os psicólogos
descobrirem que este comportamento pode e deve ser estudado
cientificamente, ainda mais porque se revelou um dos comportamentos mais
perigosos”.
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2.2 Psicologia do Trânsito
2.2.1 Conceito de Psicologia do Trânsito
A Psicologia do trânsito pode ser conceituada como a área da
psicologia que estuda o comportamento dos usuários, das vias e dos
fenômenos e ou processos psicossociais do comportamento humano
(HOLFFMAN, 2005).
Na Psicologia do trânsito busca-se estudar o comportamento dos
pedestres, dos motoristas, seja ele amador ou profissional, do motoqueiro, do
ciclista, dos passageiros, ou seja, de todos os envolvidos no trânsito.
Para o Conselho Federal de Psicologia, (2000, p.10). A psicologia do trânsito é uma área da psicologia que investiga os comportamentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes que os provocam ou os alteram.
Para Rozenstraten (1988) a psicologia do trânsito tem como objetivo
conhecer os comportamentos individuais e sociais que ocorrem nas várias
situações que envolvem o trânsito, pois através desse estudo conheceremos
melhor o homem.
2.2.2 Breve Histórico da Psicologia do Trânsito
Segundo os primeiros estudos realizados por Hoffmann, Cruz e Alchieri
a psicologia do trânsito teve início por volta de 1920. Entretanto, na década de
1960, que se desenvolveram alguns estudos, que referendaram essa área do
conhecimento em relação ao comportamento humano no trânsito.
No Brasil, o interesse pela psicologia do trânsito começou em uma
perspectiva de selecionar motoristas para empresas, com o objetivo de eliminar
os candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) que poderiam oferecer
uma possibilidade de ameaça para o trânsito e os outros usuários
(ROZESTRATEN, 1983).
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Conforme Rozenstraten (1988) o estudo da Psicologia do Trânsito
surgiu como consequência de numerosas pesquisas em dezenas de institutos,
laboratórios e centros de pesquisa nas últimas duas décadas. Pode-se defini-la
como um estudo científico do comportamento humano, ou seja, dos
participantes do trânsito, definindo-se por trânsito o conjunto de deslocamentos
dentro de um sistema organizado.
Segundo Holfman (1995 apud ROZENSTRATEN, 2007) o trabalho
inicialmente desenvolvido pelo psicólogo do trânsito esta associado ao
momento em que o exame psicotécnico tornou-se obrigatório para motoristas
profissionais em 1953, posteriormente esse exame tornou-se obrigatório a
todos os candidatos a obtenção da CNH.
Para Holfmann e Cruz (2007) A evolução da psicologia do trânsito no
Brasil pode ser dividida em quatro fases: A primeira fase compreende o período
das primeiras aplicações de técnicas de exame psicológico até o
reconhecimento e regulamentação da psicologia enquanto profissão. A
segunda etapa caracteriza-se pelo período em que a psicologia do trânsito
passa a ser reconhecida como uma disciplina científica. A terceira fase pode
ser caracterizada pelo grande desenvolvimento da psicologia do trânsito em
vários contextos. A quarta etapa é caracterizada primordialmente pela
aprovação do código de trânsito brasileiro (lei nº. 9503, de 23.09.97) e ainda
por um movimento de sensibilização da sociedade e dos psicólogos envolvidos
no contexto do trânsito visando incentivar uma discussão sobre políticas
públicas, medidas de prevenção e educação referentes ao âmbito do trânsito.
Segundo Rozenstraten (1988) o comportamento no trânsito é
bastante complexo. Neste processo pode-se incluir processos de atenção, de
detecção, de diferenciação e de percepção, de tomada e processamento de
informações, memória, aprendizagem, conhecimento de normas, motivação,
tomada de decisões.
Na literatura especializada em psicologia do trânsito pode-se citar como
marco no Brasil o lançamento do livro Comportamento Humano no Trânsito.
Conforme os autores deste livro a psicologia como ciência pode contribuir para
o processo de conhecer e de produzir conhecimentos sobre os fatores que
interferem na circulação humana.
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No Brasil, os primeiros trabalhos desenvolvidos na psicologia do
trânsito foram realizados por psicólogos do DETRAN do Rio de Janeiro, por
volta de 1950. Neste trabalho o objetivo foi realizar uma pesquisa do
comportamento dos condutores.
Após, sancionada a lei nº. 9545, que instituía o exame psicotécnico para
candidatos à carteira Nacional de Habilitação (CNH), a responsabilidade do
Instituto de seleção e orientação Profissional (ISOP) passou a desenvolver
essa atividade de avaliação junto aos condutores.
Posteriormente, iniciou-se um trabalho no DETRAN de Minas Gerais
supervisionado pela professora Alice Mira Lopez que realizou assessoria e
treinamento aos psicólogos na área de psicologia do transito
(ROZENSTRATEN, 1983).
Para Rozenstraten (1988) a psicologia do trânsito é uma área que
estuda, por meio de métodos científicos, os comportamentos humanos no
trânsito, bem como, os fatores inconscientes e conscientes que os alteram.
Ainda de acordo com esse autor, há uma metodologia cientifica que é utilizada
para o estudo da psicologia do trânsito, que busca identificar as relações
existentes entre estímulos e comportamentos. Para este autor o acidente pode
ser visto como ponto de partida para o estudo da psicologia no trânsito.
No contexto da psicologia do trânsito, o comportamento humano é o
principal causador dos acidentes de trânsito, por isso, convém estudar as
causas de seu mau funcionamento e quais os processos que podem levar a
uma disfunção do sistema homem- veículo- via. Conforme Hantower (1986):
A contribuição do psicólogo na melhoria do trânsito deveria começar por criar um programa básico de preparação para habilitação que abarque desde o conhecimento das habilidades psicomotoras envolvidas no ato de dirigir um veículo até a questão do treinamento e da sensibilização para a segurança no trânsito (apud Méa e Ilha, 2007, p. 20).
Uma análise detalhada da tarefa do condutor de veículos revela uma
infinidade de fatores, cada um dos quais pode ser importante para evitar um
acidente, merecendo ser objeto de um estudo científico.
O homem é o sistema mais complexo, portanto, tem maior probabilidade
de desorganizar o sistema como um todo. Para Ferreira (1986 apud Meã e Ilha,
20
2007, p. 265) trânsito é “movimento, circulação, afluência de pessoas ou de
veículos; trafego”.
O sistema funciona através de uma série bastante extensa de normas e construções e é constituído de vários subsistemas, dentre os quais os três principais são: o homem, a via e o veículo. O homem aqui é o subsistema mais complexo e, portanto, tem maior probabilidade de desorganizar o sistema como um todo. (ROZESTRATEN, 1988, p. 5).
Para Rozestraten (1988) a Psicologia do Trânsito tem como objeto de
estudo investigar o comportamento dos participantes do trânsito. É uma das
áreas da Psicologia que inclui muito mais categorias de indivíduos do que
outras como: Psicologia Escolar, a Psicologia Organizacional e a Psicologia
Clínica.
Neste sentido, a Psicologia do Trânsito se interliga de certa maneira com
quase todas as áreas especializadas da Psicologia. O comportamento no
trânsito é algo que compreende as reações de todas as pessoas que se
movimentam, independente de sua idade, condição socioeconômica, nível de
instrução, sexo ou profissão. É um campo que envolve grande complexidade
de fatores.
Para Rozenstraten (2007) “a psicologia de trânsito nasceu do estudo do
acidente, mas avançou na direção da avaliação dos fatores que levam ao
acidente e, em particular, dos conflitos associados”
2.3 Avaliação Psicológica
2.3.1 Breve Conceituação sobre Avaliação Psicológica.
A Avaliação Psicológica no trânsito é definida como um processo
técnico- científico que consiste na coleta de dados, estudos e interpretação dos
fenômenos psicológicos dos indivíduos. (CFP - Resolução nº 007/2003).
A avaliação constitui-se em um processo dinâmico que fornece
informações sobre os fenômenos psicológicos. Podendo-se para tanto utilizar
de algumas estratégias ou instrumentos como: entrevistas, testes,
observações, dinâmicas entres outras. (CFP, 2007).
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De acordo com a Cartilha de Avaliação Psicológica do CFP a “avaliação
é definida como um processo técnico e científico aplicado a diferentes pessoas
ou grupos de pessoas- e de acordo com cada área do conhecimento
psicológico, requer metodologias especificas”. (CFP, 2007, p.8)
Na Resolução nº 012/2000 do Conselho Regional Psicologia a avaliação
psicológica é definida como a coleta e interpretação de informações
psicológicas, resultantes de um conjunto de procedimentos confiáveis que
permitam ao psicólogo avaliar o comportamento.
Durante este processo pode-se utilizar alguns instrumentais para a
realização da avaliação psicológica dentre eles: os testes psicológicos,
questionários, entrevistas, observações situacionais, técnicas de dinâmica de
grupo.
No contexto do trânsito a avaliação psicológica é obrigatória. É uma
determinação do Código de trânsito Brasileiro sendo regulamenta pelo
Conselho Federal de Psicologia. O objetivo primordial é avaliar o
comportamento dos indivíduos que pleiteiam a obtenção da CNH, seja como
condutores amadores ou profissionais. È obrigatória também aos condutores
profissionais quando fazem a renovação de sua carteira, ou quando pleiteiam
uma mudança de categoria.
2.3.2 Contextualização da Avaliação Psicológica no Trânsito
Desde 1951, até os dias atuais, a avaliação psicológica faz parte do
processo de aquisição da Carteira Nacional de Habilitação, sendo uma etapa
preliminar, obrigatória, eliminatória e complementar para todos os condutores
profissionais e candidatos à obtenção da habilitação.
Segundo Alchieri e Cruz (2006) desde abril de 1951 o ISOP, passou a
desenvolver um trabalho com os candidatos para obtenção da Carteira
Nacional de Habilitação sendo desenvolvido com instrumentais como:
entrevistas, provas de aptidão e personalidade.
Em 1962 o CONTRAN usando de suas atribuições determina o exame
psicotécnico a todos os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação.
22
No trânsito o objetivo da avaliação psicológica é investigar as
características psicológicas dos candidatos à obtenção da CNH, renovação
para os condutores profissionais e mudança de categoria da CNH, objetivando
a previsão de comportamentos inadequados ao trânsito.
Neste contexto a avaliação surge tendo como objetivo avaliar se os
candidatos possuem condições físicas e psicológicas para possuírem a CNH.
Através da avaliação psicológica pretende-se fazer um prognóstico do
comportamento dos candidatos a condutores nas situações que envolvem o
trânsito.
Os estudiosos da psicologia do trânsito utilizam-se da avaliação
psicológica pericial com o objetivo de realizar um trabalho preventivo para que
os indivíduos pudessem ser menos expostos a situações de risco e perigo.
Portanto, a função do psicólogo do trânsito, foi pautada na utilização do exame
psicotécnico posteriormente denominado de avaliação psicológica.
Nessa nova concepção, o psicólogo do trânsito é visto como um
profissional polivalente, capaz de atuar em diversas áreas de educação,
engenharia e fiscalização, podendo para tanto intervir no sistema do trânsito de
forma eficiente (CFP, 2000).
Noronha (1999 apud LAMOINIER e RUEDA, 2005) afirma que as áreas
da psicologia do trânsito e a avaliação psicológica são áreas afins. Segundo
esse autor a avaliação psicológica é um processo técnico científico de coleta
de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos, para tanto, utiliza-se de técnicas, métodos e instrumentos que
avaliam as capacidades cognitivas, sensório, emocionais afetivos,
motivacionais, aptidões especificas e indicadores psicopatológicos.
A avaliação psicológica no trânsito denominava-se de exame
psicotécnico, posteriormente a 1998, com a criação e publicação do novo
código de trânsito brasileiro essa denominação foi alterada para avaliação
psicológica pericial. Segundo a resolução nº 80\98 do CONTRAN passa-se a
adotar novos critérios para que o psicólogo pudesse realizar essa avaliação no
trânsito.
Instituiu-se desde o ano de 1998 que a avaliação psicológica no trânsito
deveria ser realizada por psicólogos peritos do trânsito, ou seja, psicólogos que
tivessem o Curso de Perito do trânsito, com a finalidade de avaliar condições
23
psicológicas mínimas do candidato a CNH, buscando a garantia da segurança
dos condutores e das normas da população em geral referente aos aspectos
do trânsito. (Conselho Federal de Psicologia, 2000).
Atualmente, existe uma normatização do Conselho Federal de
Psicologia que os psicólogos que trabalham na área do trânsito devem possuir
o Título de Especialista em Psicologia do Trânsito sendo que este curso deve
ser reconhecido e aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia. O objetivo
primordial dessa determinação é para incentivar o aprimoramento e
capacitação desses profissionais desta área de estudo, assim como a
afirmação desta área de conhecimento. (CFP, 2000).
De acordo com a resolução nº 012/2000 na avaliação psicológica a
primeira etapa a ser vencida em se tratando de avaliação psicológica, é a
definição dos objetivos do que se quer avaliar, pois existem dois tipos de
condutores: os indivíduos que utilizam o veículo para locomoção, passeio, e os
indivíduos que se utilizam como meio de trabalho (de sobrevivência), ou seja,
como condutores profissionais.
Ainda segundo o Conselho Federal de Psicologia (2000), na avaliação
psicológica faz-se necessário o levantamento do perfil psicológico do candidato
a Carteira Nacional de Habilitação, é importante, neste sentido, que se leve em
consideração aspectos como: nível intelectual, nível de atenção, nível
psicomotor, aspectos da personalidade, bem como nível psicofísico.
Conforme a resolução do Conselho Federal de Psicologia N.º 012/00,
de 20 de dezembro de 2000, que institui o Manual para Avaliação Psicológica
de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos
automotores, a avaliação psicológica:
È um procedimento aplicável a grupos, indivíduos ou situações. Sendo que “são considerados como procedimentos confiáveis aqueles que apresentem alto grau de precisão e validade..” (p.3).
Através desta resolução pretende-se normatizar como deve ser
realizado o processo de avaliação no transito, para que não ocorram diferenças
significativas na forma de avaliar os candidatos no trânsito.
Para Alchieri e Cruz (2006, p.36) “um processo de avaliação psicológica
depende, particularmente, da atitude orientada para a compreensão do que se
24
quer avaliar, da habilidade do avaliador em escolher estratégias e
procedimentos (...).”
Dentro dos procedimentos, métodos e instrumentos “confiáveis” têm-se
testes, entrevistas, dinâmicas de grupo, questionários e observações, escutas
e intervenções verbais. Enfim, devem ser utilizadas técnicas bem conhecidas
do profissional da psicologia, sendo que o teste psicológico é o ponto mais
“objetivo” de todo o processo, tendo suas laudas um valor documental.
(Resolução do CTB, nº 267, 2008).
Conforme o CFP (2007) a entrevista individual e o uso dos testes são
obrigatórios na avaliação psicológica dos candidatos a CNH e ou renovação.
De acordo comAnastasi e Urbina( 2000 apud LEMES, 2007).
O teste psicológico consiste em questões ou tarefas apresentadas a
um individuo, e os resultados aferidos são expressos na forma de
escalas, números ou representações simbólicas. (p.166)
Conforme a portaria acima citada, um teste psicológico deve preencher
os seguintes requisitos para sua utilização: a existência de dados científicos
sobre os instrumentos, validade e precisão; o registro preciso e objetivo de
todas as respostas do sujeito, que em concordância com o tipo de prova
podem ser gráficas, de execução ou verbais; a existência de uma situação
padronizada tanto para a aplicação quanto para as condições do material do
teste, demonstrando objetividade e clareza nas instruções. O teste deve ser
administrado igualmente para todos os sujeitos; devendo possuir normas
padronizadas para avaliação e classificação das respostas que o sujeito
apresentou, em relação a um grupo de referência; (p.5-6).
Segundo a Resolução 168/ 2004 do Conselho Nacional de Trânsito para
que o candidato possa ter direito a obtenção da CNH, este deve possuir e
preencher alguns requisitos que são considerados indispensáveis para a
concessão da CNH.
Dentre os requisitos necessários deve possuir 18 anos completo, ser
penalmente imputável; ser alfabetizado ( saber ler e escrever); possuir registro
geral (Carteira de Identidade) e cadastro de pessoa física(CPF).
25
O processo inicia-se com o cadastramento dos dados do candidato
quando na retirada e emissão do RENACH. Durante o processo para obtenção
da CNH o candidato deve ser submetido à avaliação psicológica; exame de
aptidão física e mental; curso teórico- técnico; exame teórico; curso de prática
de direção e por fim exame de direção. As etapas são sequenciais, obrigatórias
e eliminatórias.
Ao final do processo de avaliação psicológica o candidato a obtenção da
CNH pode ter como resultado: apto, apto temporário, inapto temporário, inapto,
ou inapto
O candidato apto é caracterizado pelo individuo que apresenta o
desempenho condizente para a condução de veículo automotor. O candidato
inapto temporário é aquele que não apresentou o desempenho condizente para
a condução de veículo automotor, mas esse candidato possui um prazo para
voltar a fazer uma nova avaliação. Na condição de Inaptos temporários os
candidatos podem ser submetidos a um novo processo de avaliação chamada
de reavaliação. Após a realização da avaliação psicológica os candidatos são
submetidos a uma entrevista devolutiva onde é explicado ao candidato como
ocorreu esse processo de avaliação. Neste momento do processo o candidato
deve receber toda e qualquer informação que desejar. Para isso pode solicitar
ao psicólogo essas informações referente ao processo de avaliação. Se obtiver
o resultado de Inapto temporário, então poderá ser marcada uma nova data
para sua reavaliação, na clinica, ou na junta psicológica do DETRAN de sua
cidade CFP (2000).
O candidato que obteve como resultado Inapto é aquele que não possui
condições para desempenhar a função de condutor de veículos.
O processo de avaliação psicológica no trânsito tem sido executado e
realizado de forma diferenciada nos estados brasileiros. No entanto, esses
estados devem seguir e obedecer às regras e resoluções do Denatran, Contran
ou Detrans.
Conforme determinação do Governo Federal (1998 apud NAKANO e
SAMPAIO, 2011):
A avaliação pericial para o transito considera como principio o fato de que conduzir um veículo não é um direito do cidadão, mas uma
26
concessão, que pode ser feita desde que ele atenda os diversos critérios, como ter condições físicas e psicológicas adequadas às categorias da Carteira Nacional de Habilitação (conforme a complexidade e o tipo de veículo), conhecer as leis de trânsito e ter noções de mecânica e domínio veicular.
No Contexto do trânsito, os especialistas enfatizam a importância da
realização de estudos sobre o comportamento humano no trânsito, acidentes
no trânsito, pois esse tipo de pesquisas ainda são incipientes. Dos 40 anos de
atuação dos psicólogos no trânsito, pouco se conhece sobre o comportamento
do motorista, do pedestre, enfim do sistema de trânsito. Por isso, observa-se
que os psicólogos que trabalham no trânsito sofrem severas críticas, pois ainda
realizam poucos estudos e pesquisas que possam ajudar na compreensão do
fenômeno trânsito e contribuir para a melhoria e minimização dos conflitos
neste contexto.
No que diz respeito à avaliação no trânsito sua importância, ainda é
contestada, por alguns estudiosos, pois acreditam que neste campo de atuação
ainda existem algumas lacunas que precisam ser preenchidas, sendo a
principal delas diz respeito à inexistência de um perfil psicológico que deve
possuir o condutor para que não ofereça perigo no trânsito.
Por outro lado, Lamonier e Aruda (2005 apud NAKANO e SAMPAIO,
2011) defendem o ponto de vista de que:
As investigações dos fenômenos psicológicos, ou seja, das capacidades gerais, bem como das especificas do indivíduo, são de suma importância, pois proporcionam indicadores para a tomada de decisões em relação às condições de esse indivíduo estar apto ou inapto para dirigir.
Para o Conselho Federal de Psicologia a avaliação psicológica no
trânsito é um procedimento cientifico que se utiliza de técnicas, métodos e
instrumentos para avaliar se o individuo possui condições e aptidões para
desempenhar a função de condutor no trânsito. Portanto, é um procedimento
importante neste contexto, sendo que este trabalho só pode ser desenvolvido
por um psicólogo eticamente comprometido e responsável.
27
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Ética
Esta pesquisa monográfica segue as normas e exigências éticas e
científicas fundamentais conforme determina o Conselho Nacional de Saúde –
CNS nº 196/96 do Decreto nº 93933 de 14 de janeiro de 1987 – a qual
determina as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo
seres humanos:
Na pesquisa acima proposta as identidades dos sujeitos pesquisados
seguem preservadas. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE).
3.2 Tipo de Pesquisa
É uma pesquisa exploratória, descritiva do tipo estudo de caso, com
pesquisa de campo, sendo sustentada teoricamente por uma pesquisa
bibliográfica pertinente ao tema.
3.3 Universo
O presente estudo foi desenvolvido no período de janeiro a dezembro
2012 em uma clínica credenciada pelo DETRAN-AP, na cidade de Macapá.
3.4 Sujeitos da Amostra
No período da realização da pesquisa foram atendidos 257 candidatos a
obtenção da Carteira nacional de habilitação, sendo que deste total 133
candidatos ficaram na condição de inaptos temporários. A população alvo da
pesquisa, eleita por amostragem, serão 67 candidatos, cuja amostragem
refere-se a 50,37% dos candidatos inaptos temporários que fizeram avaliação
psicológica no período de janeiro a dezembro de 2012.
28
3.5 Instrumentos de Coleta de Dados
Para a realização da coleta de dados utilizou-se como instrumento uma
entrevista semi-estruturada, a partir de um roteiro de entrevista com perguntas
abertas e fechadas. Composto por perguntas que abrangem a caracterização
dos sujeitos, cujas variáveis incorporadas tais como: idade, sexo, escolaridade,
estado civil, dados profissionais, dados de saúde, dados de cidadania e trânsito
etc..
3.6 Procedimentos para Coleta dos Dados
Os dados coletados foram obtidos através das entrevistas e protocolos
de testes que foram realizados pelos candidatos no processo de avaliação.
Num total de 256 candidatos foram submetidos à avaliação nesse período,
sendo objetos deste estudo 67 candidatos que ficaram na condição de inaptos
temporários.
3.7 Procedimentos para a Análise dos Dados
Após a realização da coleta de dados esses serão tabulados e
analisados objetivando traçar o perfil dos candidatos que após avaliação
psicológica ficaram na condição de inaptos temporários e ainda identificar que
motivos levaram a essa inaptidão temporária.
29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos dados analisados verificou-se que de um total de 67 candidatos,
que ficaram na condição de inaptos temporários, 44 são do sexo masculino
representando um percentual de 65,67% e 23 são do sexo feminino que
representam 34,33 % do total da amostragem, conforme demonstrativo do
gráfico 01.
Gráfico 01: Demonstrativo quanto ao gênero dos candidatos inaptos temporários
Fonte Clinica Credenciada DETRAN- AP, 2012
Diante desses dados observou-se que os homens obtêm um maior
índice de reprovação temporária se comparado ao de mulheres.
Conforme os dados do gráfico02, os candidatos que buscam a Carteira
Nacional de Habilitação que ficaram na condição de inaptos temporários estão
localizados entre a faixa etária de 18 a 58 anos
30
Gráfico 02: Demonstrativo quanto à idade dos candidatos que ficam inaptos temporários
Fonte Clínica Credenciada DETRAN- AP, 2012
Entre 18-28 anos concentram-se o maior índice de candidatos inaptos
temporários com 29 candidatos que representa um percentual de 43,28 % dos
candidatos. Nesta faixa etária a maior incidência de reprovação temporária
ocorre entre os homens sendo representado por 22 homens e 07 mulheres.
Entre 29-39 anos foram 23 candidatos, que ficaram na condição de
inaptos temporários que representa um percentual de 34,33 %. Sendo
representado por 14 homens e 09 mulheres.
Entre a faixa etária dos 40 - 50 anos foram 12 candidatos que representa
16,42%, sendo 07 homens e 05 mulheres.
E, finalmente, na idade de 51-58 anos foram 03 candidatos que ficaram
na condição de inaptos temporários que representa 4,48%, sendo 02 homens e
01 mulher.
No gráfico 03 os dados analisados referem-se à escolaridade dos
candidatos que ficaram inaptos temporários.
31
Gráfico 03: Demonstrativo quanto à escolaridade dos candidatos inaptos temporários
Fonte Clínica credenciada DETRAN-AP 2012
Observou-se que dentre os 67 candidatos, 13 candidatos possuem as
séries iniciais do 1º grau, ou seja, 1ª a 4ª série com percentual de 19,40%%, 16
possuem 1º grau completo, ou seja, até a 8ª série do ensino fundamental, que
representa um percentual de 23,88%.
Dos candidatos inaptos temporários 25 possuem o ensino médio
completo, representando 37,31%. Entre os candidatos 06 ainda não concluíram
o ensino médio, ou seja, encontram-se entre 1º, 2º, e 3º ano, que representa
8,95%. Dos candidatos 07 concluíram o 3º grau ensino superior, que
representa 10,44% da população pesquisada.
Observou-se, portanto, que a maioria das candidatas inaptas
temporárias possui ensino médio completo, ou encontram-se cursando o 2º
grau.
Verificou-se que os candidatos do sexo masculino possuem nível de
escolaridade baixa equivalendo ao 1º grau completo/ incompleto, representado
por 43,28% dos candidatos. Desse total de inaptos temporários 07 encontram-
se estudando.
De acordo com o CONTRAN nº 168/ 2004 é pré - requisito para a
obtenção da CNH que os candidatos sejam alfabetizados, ou seja, saibam ler e
32
escrever. Daí a importância dessa pesquisa quanto ao grau de escolaridade de
nossos candidatos a CNH.
Nos dados coletados na pesquisa, gráfico 04, observou-se que dos
candidatos inaptos temporários 47 são solteiros, correspondendo a um
percentual de 70,14%. Desta amostragem 12 são casados, correspondendo a
17,91%, 05 moram juntos numa condição de união estável correspondendo a
7,46%. Observou-se, que 01 candidata é viúva, correspondendo percentual
de 1,49% e 02 candidato são divorciados, correspondendo a um percentual
de 1,49 %.
Gráfico 04: Demonstrativo quanto ao Estado civil dos Candidatos Inaptos Temporários
Fonte Clínica credenciada DETRAN-AP 2012
Observou-se, em relação aos candidatos a maioria são solteiros e do
sexo masculino, seguido pelos casados também do sexo masculino.
Nesta amostragem, a maioria das mulheres, possuem estado civil de
solteiras.
Analisando o gráfico 05, verifica-se que 57 candidatos inaptos
temporários fazem parte do mercado de trabalho, ou seja, possuem uma
profissão e encontram-se trabalhando.
33
Gráfico 05: Demonstrativo quanto à situação empregatícia dos candidatos inaptos
temporários.
Fonte Clínica credenciada DETRAN-AP 2012
Entre os homens as principais atividades que exercem são profissões
como: pastor, mecânicos, vendedores, professores, vigilante, pedreiro,
lavrador, cabeleireiro, operador de trator, motoqueiro, auxiliar administrativo,
comerciante, feirante, técnico enfermagem e serviços gerais, motorista, entre
outras.
Entre as mulheres observou-se que desenvolvem atividades
remuneradas tais como: técnica de enfermagem, professora, radialista,
atendente, cabeleireira, comerciante, vendedora, jornalista pedagoga e
algumas não trabalham com remuneração são donas de casa.
Verificou-se que 02 candidatos do sexo masculino encontram-se
desempregados, embora possuam uma profissão. Destes candidatos 07 são
estudantes sendo que não desempenham nenhuma atividade remunerada, 01
não trabalha, nem estuda.
De acordo com os dados do gráfico 06, verifica-se que dos candidatos a
obtenção da 1ª CNH, 67 candidatos inaptos pesquisados 41 ainda não
dirigem, e 26 candidatos já dirigem mesmo não sendo habilitado.
34
Gráfico 06: Demonstrativo quanto à condição dos candidatos se dirigirem ou não
dirigirem mesmo não sendo habilitado.
Fonte Clinica credenciada DETRAN-AP 2012
. Destes 23 são do sexo masculino e 03 do sexo feminino. Observou-se
ainda, que dos candidatos que dirigem 31,34% já dirigem há mais de um ano
de forma não legalizada. Sendo que um dos candidatos inaptos temporários
exerce a profissão de motorista, mesmo não possuindo habilitação.
Dos dados analisados concluiu-se que 65,67 % são do sexo masculino e
objetivam a Carteira Nacional de Habilitação para conseguirem um trabalho, ou
um emprego melhor. O segundo objetivo é sua utilização para o lazer. No que
se refere às candidatas do sexo feminino observou-se que seus objetivos são
em sua maioria obter autonomia quanto aos seus deslocamentos.
Através do gráfico 07 observa-se que dos 67 candidatos 10 pleiteiam a
obtenção da carteira categoria A, ou seja, para condutores de veiculo tipo
moto. Dos candidatos inaptos temporários 13 pleiteiam a carteira AB, ou seja,
para condutores de carro e moto. Dos candidatos inaptos temporários 43
buscam a aquisição da carteira B, ou seja, para condutores de carros.
35
Gráfico 07: Demonstrativo do Tipo de carteira que pleiteiam os candidatos que ficaram na condição de inaptos temporários e objetivo da obtenção da CNH.
Fonte Clínica credenciada DETRAN-AP 2012
Entre os homens pleiteiam mais a categoria B com 26, seguida por AB
com 10 e 08 categoria A. Entre as mulheres a categoria preterida é a B com 17,
seguida por AB com 03 e A com 02 candidatas.
36
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Brasil, o trânsito tornou-se um problema sério de saúde pública, nos
dados fornecidos pelo Ministério da Saúde (2012), os acidentes de trânsito são
pontuados como o segundo maior problema de saúde pública, perdendo
apenas para a desnutrição.
Em Macapá, o cenário local, existem dados que demonstram que a
maior parte dos acidentes no trânsito envolvem pessoas não habilitadas que
dirigem de forma não legalizada.
Para Rozenstraten (1988) o trânsito “é uma questão de comportamento
social que envolve indivíduos, grupos, classes. Pode-se dizer que as
ocorrências de trânsito são democráticas e atingem todas as pessoas sem
diferenciação, seja social, educacional, religiosa ou política”. Portanto, a
psicologia do trânsito, tendo como objetivo desenvolver um papel social,
contribuir para a melhoria na qualidade de vida, trabalhar para prevenção dos
acidentes no trânsito entre outras funções sociais.
O propósito mais amplo dessa pesquisa foi conhecer melhor o perfil dos
candidatos inaptos temporários da cidade de Macapá sendo relevante destacar
que ainda são poucas as pesquisas referentes a esse assunto. Neste sentido,
objetivou-se contribuir com conhecimento científico a respeito dessa categoria
de candidatos que ficam na situação de inaptos temporários, para que
possamos conhecer melhor quem são nossos futuros condutores e ainda
podermos auxiliá-los de forma segura na obtenção da 1ª CNH.
Nesta pesquisa utilizou-se como amostragem 67 candidatos inaptos
temporários. Do universo pesquisado 65,67% são do sexo masculino e 34,33%
do sexo feminino.
O perfil dos candidatos inaptos temporários pesquisados pode ser assim
definido a partir das respostas obtidas:
Quanto à faixa etária: do sexo masculino 22 candidatos entre 18 e 28
anos, 14 candidatos entre 29 e 39 anos, 06 candidatos entre 40 e 50 anos, 02
candidatos entre 51 e 58 anos. Do sexo feminino 07 candidatas encontram-se
entre 18 e 28 anos, 09 candidatas de 29 a 39 anos, 05 candidatas entre 40 e
50 anos e 01 candidata entre 51 e 58 anos. Portanto a maior parte dos inaptos
37
temporários entre os homens fica na faixa etária de 18 a 28 anos e entre as
mulheres entre 29 a 39 anos, ou seja, são pessoas jovens que em um primeiro
momento não conseguiram aprovação para obtenção da CNH.
Quanto à escolaridade 16,42% são do sexo masculino possuem o
ensino médio, enquanto que 17,91% do sexo feminino têm o ensino médio.
Observou-se a que há uma maior incidência de baixa escolaridade entre o sexo
masculino com percentual de 35,02% de candidatos com ensino fundamental
completo e ou incompleto.
No que se refere ao perfil profissional entre o sexo masculino
trabalham e executam profissões como: cabeleireiro, ajudante pedreiro,
pastor, mecânicos, vendedores, professores, vigilante, pedreiro, lavrador,
operador de trator, motoqueiro, auxiliar administrativo, comerciante, feirante,
técnico enfermagem, serviços gerais, motorista, entre outras.
Entre o sexo feminino as atividades remuneradas que desenvolvem são:
técnica de enfermagem, professora, radialista, atendente, cabeleireira,
comerciante, vendedora, jornalista, pedagoga e algumas não trabalham com
remuneração são donas de casa.
A habilitação preterida entre os candidatos inaptos temporários é a
categoria B, sendo mais solicitado pelo sexo masculino. E entre o sexo
masculino que dirigem mesmo não possuindo habilitação.
Constatou-se que a maior dificuldade apresentada pelos candidatos que
ficaram inaptos temporários foi déficit de atenção com 57 candidatos
apresentando como resultado o percentil na zona inferior nos testes de
atenção.
A atenção pode ser definida como ação de fixar a mente sobre alguma coisa; ponderação, cuidado, meditação, aplicação. Psicol. Atividade ou estado pelo qual um individuo aumenta sua eficiência mental em relação a certos conteúdos psicológicos, perceptivos, intelectuais, mnemônicos, etc. (TONGLET, 2007.p.)
Segundo Tonglet (2007) o motorista necessita da função mental
denominada de atenção para dirigir. Neste complexo processo que é o ato de
dirigir, o motorista necessita analisar, realizar julgamentos e raciocinar sobre os
diversos estímulos que surgem durante o ato de dirigir.
38
Durante a pesquisa observou-se ainda, que 02 candidatos apresentaram
déficit cognitivo tendo como resultado percentil na zona inferior. A cognição
pode ser definida como o ato ou processo de conhecer, estuda os processos
de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. WIKIPEDIA ( 2013)
E por último, a dificuldade apresentada foi em relação á memória com 03
candidatos apresentando resultado na zona inferior. Verificou-se ainda, que 05
candidatos apresentaram déficit cognitivo, déficit de atenção e de memória.
A memória é a capacidade de aquisição, armazenamento e recuperação
de informações. WIKIPEDIA (2013).
Entre as mulheres o principal motivo da inaptidão temporária foi o déficit
de atenção demonstrado através dos testes, seguido por déficit cognitivo. Os
escores apresentados localizaram-se na zona inferior. Entre os homens a
principal dificuldade apresentada foi déficit atenção, seguido por déficit
cognitivo e de memória.
Durante a realização da referida pesquisa um dado pertinente, que
demonstrou uma grande preocupação refere-se aos motivos dessa inaptidão
temporária, pois os candidatos apresentaram déficit de atenção, déficit
cognitivo, déficit de memória. Verificou-se ainda, que alguns candidatos
apresentaram os três tipos de déficits: cognitivo, de atenção e de memória nos
testes.
Portanto, através desses resultados constatou-se que esses candidatos
não poderiam estar executando a tarefa de condutores. No entanto, mesmo
assim 30,80% dos candidatos mesmo sem habilitação já dirigem de forma não
legalizada.
A avaliação psicológica no trânsito é uma exigência e determinação do
CONTRAN. É obrigatória aos candidatos a CNH, sendo também exigida na
renovação da habilitação dos condutores profissionais. Ao longo do tempo, a
psicologia do trânsito vem sofrendo severas críticas quanto à importância e
necessidade da realização deste tipo de avaliação. Observou-se ainda, que a
população de forma geral pouco ou quase nenhum conhecimento possui em
relação a essa área de estudo. No entanto, de forma ainda incipiente estudos
demonstram a necessidade de realização de mais cursos e capacitações aos
profissionais que trabalham diretamente com essa área de conhecimento.
Mesmo ainda sendo insuficientes as pesquisas realizadas na área de Trânsito
39
afirmam a necessidade desta avaliação neste contexto, para que haja uma
tentativa de compreender melhor nosso condutor ou candidato a condutor.
Através desse conhecimento pode-se contribuir para a minimização das graves
seqüelas deixadas pela violência que é vivenciada diariamente em nosso
trânsito.
Diante da pesquisa realizada, é pertinente enfatizar a importância de
realizarmos estudos mais profundos relativos a esse tema tendo em vista a
carência de materiais científicos referentes a essa temática. Através desse
estudo pode-se conhecer a realidade local dos candidatos Inaptos temporários
objetivando com esses dados fornecer conhecimentos desse universo para que
se possa trabalhar de forma preventiva para a minimização da violência
relacionada ao trânsito na cidade de Macapá.
Conforme os dados analisados há de se pensar em estratégias para que
possamos diminuir o índice de acidentes no trânsito. Através de trabalhos de
sensibilização e prevenção junto aos condutores que não são habilitados que
fazem parte do trânsito de forma não legalizada e que contribuem de forma
negativa para o aumento no número de acidentes.
40
REFERÊNCIAS
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41
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução n° 16, de 19 de dezembro de 2002. Dispõe acerca do trabalho do psicólogo na avaliação psicológica de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação e condutores de veículos automotores. Disponível em:<http://www.cfp.org.br/pol/export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumentos/resolucao2002_16.PDF>. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Nota Técnica CFP 001/2011. Disponível em: <site. cfp.org.br/wp‐content/uploads/2011/03/nota_tecnica_CFP_001_de_2011.pdf>. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Livro Avaliação Psicológica: Diretrizes na Regulamentação da Profissão, 2010. Disponível em:<http://www.cfp.org.br/pol/ export/sites/default/pol/legislacao/legislacaoDocumentos/resolucao2002_16.PDF CONTRAN. Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004. Estabelece normas e procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação especializados, de reciclagem e dá outras providências. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO _CONTRAN_168.pdf>. Acesso em: 30 setembro de 2012. BRASIL, EVA, Maria Marconi; LAKATOS, Marina de Andrade; Metodologia do Trabalho Cientifico. 7ª Ed. São Paulo: Altlas, 2008. FRANZ, Cristine Maria e SEBERINO José Roberto Vieira. A história do trânsito e sua evolução.pdf. WWW.trânsito.com.br/.../ acesso 13.08.2013. FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o trabalho científico: Elaboração e Formatação. Explicitação das Normas da ABNT. 14ª ed. Porto Alegre 2008. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar projetos de pesquisa. 5ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. GOVERNO FEDERAL. Novo Código de Trânsito. 1998. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/ctb.htm. >Acesso em: 10 fev. 2012. HTTP://artigos.psicologado.com/atuação/psicologia-do-transito/a-etica-aplicada-a-psicologia-do-transito#ixzz2A1iPg87k HOFFMANN, Maria Helena; CRUZ, Roberto Moraes; ALCHIERI, João Carlos. Comportamento humano no trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. HOFFMANN, Maria Helena. Comportamento do condutor e fenômenos psicológicos. Psicol. Pesqui.Transito, Belo Horizonte, v.1, n.1, dic. 2005 IBGE – Instituto Brasileiro Geográfico Estatístico- 2012. LAMOUNIER, Rossana; RUEDA, Fabián Javier Marín. Avaliação Psicológica no Trânsito: perspectiva dos motoristas. Psic (São Paulo), v.6, n.1, p. 35‐42, 2005. MARIN, L. & QUEIROZ, M.S. Atualização dos acidentes de trânsito na era da velocidade: Uma visão geral. Cadernos de saúde Pública, 16: 7-22, 2000.
42
MÉA, C.P.D.& Ilha, V.D. (2003). Percepção de psicólogos do trânsito sobre a avaliação de condutores. Em M. H. Hoffmam,R.M. Cruz & J.C Alchieri (Orgs.). Comportamento humano no trânsito (pp. 263-288). São Paulo: Casa do Psicólogo. NAKANO, Tatiana de cássia; SAMPAIO, Maria Helena de Lemos. Avaliação psicológica no contexto do trânsito: revisão de pesquisas brasileiras. Psicologia Teoria e prática, 2011. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico. Do planejamento aos textos, da escola à academia. 2ª Ed. São Paulo. Respel. 2003 ROZESTRATEN, ReinierJohannesAntonius. A Psicologia do Trânsito: Sua definição eárea de ação. Psicologia e trânsito. 1983. ROZESTRATEN, ReinierJohannesAntonius. Psicologia do trânsito: conceitos e processos básicos. São Paulo: EPU/EDUSP, 1988. ROZESTRATEN, ReinierJohannesAntonius. Novos caminhos para a psicologia do trânsito. Psicologia: Ciência e Profissão. V. 20, n. 4, p. 80‐85, 2000. RUEDA, Fabián Javier Marín; GURGEL, Marina Gasparoto do Amaral. Evidências de validade relativas ao contexto do trânsito para o Teste de Atenção Concentrada ‐ TEACO‐FF.Psic (São Paulo), v.9, n.2, p. 165‐172, 2008. RUEDA, Fabián Javier Marín. Atenção concentrada e memória: evidências de validade entre instrumentos no contexto da psicologia do trânsito. Psicologia. Teoria e Prática, v.11, n.2, p. 182‐195, 2009. RUEDA, Fabián Javier Marín. Memória e inteligência em avaliação psicológica pericial.Psic (São Paulo), v.7, n.2, p. 59‐68, 2006. SILVA, Fábio Henrique Vieira de Cristo e; GÜNTHER, Hartmut. Psicologia do trânsito no Brasil: De onde veio e para onde caminha? Temas em Psicologia
(Ribeirão Preto), v. 17, p. 163‐175, 2010. THIELEN, Iara Picchioni; GRASSI, Maria Virgínia Filomena Cremasco; SOARES, Diogo Picchioni. Percepção de risco e velocidade: a lei e os motoristas. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v 27, n 4, dez. 2007 TONGLET, Emilio Carlos. BFM-1: Bateria das funções Mentais para Motorista: testes de atenção. 2ª edição. Vetor, 2007. TEBALDI, Eliza e Ferreira, R.T Vinicius. Comportamento no transito e causas da agressividade. Revista de psicologia da UNC, vol.2, n.1, p15-22. WWW.nead.uncnet.br/revista/psicologia. acesso em 12.08.2013. VASCONCELOS, Eduardo A. o que é transito? São Paulo: Brasiliense, 1985. VASCONCELOS, Eduardo A. o que é transito? São Paulo: Brasiliense, 1998. SANTOS, Carlos José G. WWW. Oficina da pesquisa.com br. OF. TIPOS – Pesquisa. PDF acesso no dia 12.08. 2013.
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APÊNDICE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA OBTENÇÃO DE CNH
ENTREVISTA
I. IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Nome:________________________________________________________Sexo:__
Data de nascimento:___/____/____ Idade_________________
Nacionalidade: _____________________Naturalidade: ________________________
Mão dominante: ________________________
Endereço residencial:
Rua: ________________________ Nº___ Bairro: _______________________
Cep: ________________________ Telefone(s): ________________________
Estado civil:
( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Outro, Qual? _____________________
Escolaridade:
( ) Ensino Fundamental Incompleto ( )Ensino Fundamental Completo
( )Ensino Médio Incompleto ( )Ensino Médio Completo
( )Superior Incompleto: Qual? ________________________( ) Superior Completo:
Qual: _____________
Outro(s) Qual? ________________________
Profissão
Trabalha? ( ) Não ( ) Sim. Onde?
________________________profissão_______________
Quantas horas trabalha por dia: ________________________
Qual a habilitação pretendida e Porque pretende tirar/renovar CNH?
_____________________________________________________________________
C.F.C que está inscrito:__________________________________________________
Relação e informações das pessoas que residem com o candidato:
_____________________________________________________________________
II. DADOS DA SAÚDE
a) Você tem problemas de saúde? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
b) Você sente fadiga/cansaço? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
c) Trabalha em turno noturno? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
d) Você toma bebida alcoólica? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
Quais as alterações que você percebe em seu comportamento quando bebe?
____________________________________________________________
e) Você bebeu álcool ontem à noite ou hoje de manhã? ( ) Sim ( ) Não
f) Você toma medicamentos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
g) Os medicamentos são por ordem médica? ( ) Sim ( )Não ( ) Às vezes
Desde quando? _______________________ Qual (is)? ______________________
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h) Você tomou medicamento ontem à noite ou hoje cedo? ( ) Sim ( ) Não
Qual (is)? _____
Possui algum tipo de deficiência? ( ) Sim ( ) Não
( ) Física ( ) Visual ( ) Auditiva ( ) Outras?
Qual(is)? ________________________
Possui algum tipo de doença? (Cardíacas, Câncer, Hipertensão, Diabetes, Epilepsia,
Tontura, Quedas repentinas, Câimbra, labirintite). Outras? Qual(is)?
_____________________________________________________________________
Apresenta algum problema psicológico? (irritabilidade excessiva, ansiedade, agressividade,
depressão, insônia, dificuldades de memória, atenção, outros?) Fale a respeito:
_____________________________________________________________________
Você já fez algum tratamento médico/psiquiátrico e/ou psicológico? ( ) Sim ( ) Não
Fale a respeito:___________________________________________
III. HISTÓRICO COMO MOTORISTA (QUANDO APLICÁVEL)
Ano da primeira obtenção de CNH para as categorias
( ) A - desde quando: ________________ ( ) B - desde quando: ________________
( ) C - desde quando: ________________ ( ) D - desde quando: ________________
( ) E - desde quando: ________________
Qual o meio de locomoção mais utilizado por você:
( ) Carro ( ) Moto ( ) Ônibus ( ) Táxi ( ) Bicicleta ( ) Outro/ Qual: __________
Você sabe dirigir? _______ Dirige há quanto tempo? __________________________
Em geral você dirige: ( ) Sozinho ( ) Acompanhado
De quem? ________________________
Quantos km você dirige diariamente? _______________________________________
Você costuma dirigir em rodovia?__________________________________________
Você costuma dirigir nas vias urbanas?______________________________________
Como avalia seu estilo de dirigir?
( ) mais dinâmico/esportivo ( ) mais moderado/ cauteloso. Outros: ______________
Você tem algum antecedente penal? Sim ( ) Não ( ) Qual (is)? _______________
Quais as características necessárias para ser um motorista consciente? Você as
possui?
_____________________________________________________________________
Você exerce atividade remunerada como condutor? Sim ( ) Não ( )
IV. SITUAÇÃO FAMILIAR E ASPECTOS DA CONDUTA SOCIAL
Como é sua família, e quantos da família possuem a CNH?
_____________________________________________________________________
Houve ou há na família pessoas com dependência de álcool ou outras drogas? ( )Sim ( )Não Quais são suas atividades de lazer, hobbies?______________________________ Como você se vê?_______________________ Fale de alguma situação em que tenha perdido seu controle_______________ Em quais situações você costuma se irritar?____________________________
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V. OUTRAS INFORMAÇÕES PARA FINS DE PESQUISA E AÇÕES PARA MELHORIA DO TRÂNSITO.
Em quais acidentes de trânsito você já se envolveu nos últimos três anos:
( ) Dano ao veículo ( ) Dano a objetos ( ) Dano a pessoas ( ) nenhum acidente
Quais infrações de trânsito você cometeu nos últimos 3 anos:
( )Velocidade excessiva; ( )Estacionamento errado; ( )Outras?______________
Fale sobre elas:___________
O que você mais gosta no trânsito? O que você menos gosta no trânsito? Por quê?
_____________________________________________________________________
Relacione abaixo as alternativas que você considera tratar de cidadania e trânsito:
( ) Dirigir com cidadania é respeitar as leis de trânsito;
( ) Para ser cidadão não é necessário cuidar do meio ambiente;
( ) Ser cidadão é cuidar dos pedestres;
Outros____________
Em sua opinião, quais medidas mais acertadas estão sendo ou foram tomadas na sua
cidade e/ou estado e/ou Brasil, nos últimos anos, em prol da segurança de trânsito?
_____________________________________________________________________
Se você tivesse algum poder (político/autoridade de trânsito), que medidas tomaria
para reduzir os acidentes de trânsito?
____________________________________________________________________
O que é necessário para reduzir os acidentes de trânsito?
( ) Investir em educação para o trânsito;
( ) Ter leis mais severas no código de trânsito;
( ) É necessário ter mais fiscalizações no trânsito;
Outros_____________
Acrescente outras informações que julgar importantes:
____________________________________________________________________
PARECER
APTO INAPTO TEMPORÁRIO ______DIAS NNA (NECESSITA NOVA AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR) APTO COM RESTRIÇÃO INAPTO
Mês_____
Ano_____
Observação
Constitui crime previsto no Art. 299 do Código Penal Brasileiro prestar declaração falsa com o fim
de criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Pena: reclusão de um a
três anos e multa.
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ENTREVISTA PSICOLÓGICA – REAVALIAÇÃO
Renach:__________
Nome: ________________________________ Sexo: _______ Idade: _______
Data de Nasc.: ___/___/_____ Local de nasc.: _______________________
UF: ____
Grau de Instrução: _________________________ C.I:____________________
N° Processo: _____________________(CNH apreendida deve-se colocar o
número no cabeçalho)
Motivo do Processo _______________________________________________
Data 1º atendimento: ___/___/______
II. DADOS DA SAÚDE
a) Você tem problemas de saúde? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
b) Você sente fadiga/cansaço? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
c) Trabalha em turno noturno? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
d) Você toma bebida alcoólica? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
e) Você bebeu álcool ontem à noite ou hoje de manhã? ( ) Sim ( ) Não
f) Você toma medicamentos? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
g) Os medicamentos são por ordem médica? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
Desde quando? __________________ Qual (is)? _______________________
h) Você tomou medicamento ontem à noite ou hoje cedo? ( ) Sim ( ) Não
Qual (is)? ________________________
Possui algum tipo de deficiência? ( ) Sim ( ) Não
( ) Física ( ) Visual ( ) Auditiva ( ) Outras?
Qual(is)? ________________________
Como você se vê neste momento?_______________________
______________,___/___/___
Local, data.
__________________________________
Assinatura do candidato
Observação
Constitui crime previsto no Art. 299 do Código Penal Brasileiro prestar
declaração falsa com o fim de criar obrigação ou alterar a verdade sobre
fato juridicamente relevante. Pena: reclusão de um a três anos e multa.
ATENÇÃO: estes dados são confidenciais, sendo que a utilização dos mesmos
deve ser feita de forma sigilosa e criteriosa.
47
LAUDO PSICOLÓGICO
Renach:__________________________
Nome: ___________________________________________ Sexo: _______
Idade: _______
Data de Nasc.: ___/___/_____ Local de nasc.:
_____________________________ UF: ____
Grau de Instrução: ___________________________________
C.I:____________________
N° Processo: _____________________(CNH apreendida deve-se colocar o
número no cabeçalho)
Motivo do Processo _______________________________________________
Data 1º atendimento: ___/___/______
LAUDO PSICOLÓGICO
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Avaliações /Testes utilizados: _______________________________________
Reavaliação e datas:______________________________________________
Reexames e datas: _______________________________________________
Parecer Final/Conclusao:_____ ______________________________________
Data: ___/___/_____
_______________________________________
Assinatura e Carimbo do Psicólogo
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DECLARAÇÃO
Renach:__________________________
Nome: ___________________________________________ Sexo: _______
Idade: _______
Data de Nasc.: ___/___/_____ Local de nasc.: _________________ UF: ____
Grau de Instrução: ___________________________________
C.I:____________________
N° Processo: _____________________(CNH apreendida deve-se colocar o
número no cabeçalho)
Motivo do Processo _______________________________________________
Data 1º atendimento: ___/___/______
Declaro que estou ciente de que o resultado da avaliação Psicológica
que fui submetido foi: Inapto Temporário ( ) Inapto ( ), e que tenho o direito de
requerer junta psicológica ao DETRAN- AP para reavaliação do resultado, no
prazo de trinta dias úteis, contados a partir deste resultado (formulário Renach).
______________,___/___/___
Local, data.
__________________________________
Assinatura do candidato
______________________________________
Assinatura e carimbo do Psicólogo Perito no Trânsito.