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UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ciência Política e Teoria do Estado Prof: Dejalma Cremonese Aluno: Douglas Aldo Batista Trabalho sobre: ALBERT CAMUS Ijuí 2008

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Page 1: UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ciência Política e Teoria do Estado Prof: Dejalma Cremonese Aluno: Douglas Aldo

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Ciência Política e Teoria do Estado

Prof: Dejalma Cremonese

Aluno: Douglas Aldo Batista

Trabalho sobre: ALBERT CAMUS

Ijuí

2008

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Albert Camus (1913 —1960) foi um escritor e filósofo nascido na Argélia. Na sua terra natal viveu sob o signo da guerra, fome e miséria, elementos que, aliados ao sol, formam alguns dos pilares que orientaram o desenvolvimento

do pensamento do escritor

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FAMÍLIA

Filho de um francês e de uma descendente espanhola. Seu pai morreu em

1914 na batalha do Marne durante Primeira Guerra Mundial. Sua mãe então foi

obrigada a mudar para a cidade de Argel, para a casa de sua avó materna, no

famoso bairro operário de Belcourt

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INFÂNCIA

A sua infância pobre, é marcada por uma felicidade ligada à natureza, que ele volta a

narrar em o "Avesso e o Direito". Mas também em toda a sua obra. Na casa,

moravam além do próprio Camus, seu irmão que era um pouco mais velho, sua mãe,

sua avó e um tio, um pouco surdo e tanoeiro.

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No começo o fato de Albert Camus seguir para a escola secundária, não foi muito

bem vista pois o próprio Camus diz que no começo foi difícil para ele essa decisão,

pois ele sabia que a família precisava da renda do seu trabalho. E que ele deveria ter

uma profissão cedo, e que trouxesse frutos, como a profissão de seu tio.

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No fundo Camus também gostava do ambiente da oficina onde seu tio

trabalhava. Há um conto que escrito por ele que tem como cenário a oficina,

e no qual a camaradagem entre os trabalhadores é exaltada.

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Durante o segundo grau, Albert quase abandonou os estudos devido aos

problemas financeiros da família. Foi neste ponto que um outro professor foi

fundamental para que o ganhador do prêmio Nobel de 1957 seguisse estudando

e se graduasse em filosofia: Jean Grenier.

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Ambos os professores ganham livros dedicados à eles. Jean Grenier por exemplo tem "O Homem Revoltado" dedicado a ele. A tese de doutoramento de Albert

Camus, assim como a de Hannah Arendt, foi sobre Santo Agostinho

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Neste momento, o absurdo da existência se manifestou mais uma vez na

vida de Camus. Após completar o doutoramento e estar apto a lecionar,

uma forte crise de tuberculose se abateu sobre ele nesta época. Ele era

tuberculoso havia já algum tempo.

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A tuberculose lhe deu a real dimensão da possibilidade cotidiana de morrer, o que é fundamental no desenvolvimento de sua obra filosófica /literária. A tuberculose também o impediu de continuar a praticar um esporte que tanto amava e lhe ensinou tanto: Camus era o goleiro da seleção universitária. Conta-se que um bom goleiro.

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E seu amor para com o futebol seguiu-o durante toda a vida. E uma das coisas que

mais o impressionou quando da sua visita ao Brasil em 1949 foi o amor do

brasileiro pelo futebol. Conta-se que uma das primeiras coisas que Albert Camus

fez ao pisar no Brasil foi pedir para que o levassem para assistir a uma partida de

futebol. Um pedido bastante incomum para um palestrante.

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Sob estas diretrizes, não é sem sentido que sua obra (filosófica e literária) tenha

o absurdo como estandarte. À grosso modo, seus livros testemunham as

angústias de seu tempo e os dilemas e conflitos já observados por escritores que

o precederam, tal como Franz Kafka, Dostoiévski.

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Esta proximidade entre Camus e estes dois autores evidencia uma cadeia que se estende até os dias atuais, indica a fonte de um movimento heterogêneo - abrange arte, teatro, literatura, filosofia -, que por conveniência poderemos

identificar como a estética do absurdo. Alguns ilustres filiados a este movimento cujo foco é o absurdo são eles: Samuel Beckett e Eugène Ionesco

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Albert conhece Sartre em 1942 e tornam-se bons amigos. Conheceram-se devido ao livro "O Estrangeiro" sobre o qual Sartre escreveu elogiosamente,

dizendo que o autor seria uma pessoa que ele gostaria de conhecer. Um dia em uma festa em que os dois estavam, Camus se apresentou ao Sartre, dizendo-se o autor do livro. A amizade durou até 1952, quando a publicação de "O Homem

Revoltado" provocou um desentendimento público entre Sartre e Camus.

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Camus morreu em 1960 vítima de um acidente de automóvel. Em sua maleta estava contido o manuscrito de "O Primeiro Homem", um romance autobiográfico. Por uma

ironia do destino, nas notas ao texto ele escreve que aquele romance deveria terminar inacabado. Ao receber a noticia da morte de seu filho Catherine Hélène

Camus apenas pode dizer: "Jovem demais." Coincidentemente ela também morre no ano de 1960.

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Política

Humanidade Justiça

Ética

Amor

PRINCIPAISINTERESSES

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PRINCIPAIS PENSAMENTOS DE CAMUS

Para “capturar o sentimento do absurdo” (expressão usada por Camus), o ser precisa

invocar outros sentimentos. Esses sentimentos variam do desconforto ao pessimismo

até a angustia e o desespero.

Quanto mais o homem buscar a vida, mais se deparará com o absurdo. O cultivo

desse sentimento pela vida e sua trágica experi6encia com a morte acidental de sua

noiva, levaram Camus, ao escrever sua obra “O Avesso e o Direito”, declarar seu

inconformismo em “face da impotência humana contra a morte, a velhice e a

escuridão”.

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Albert Camus presenciou em seu tempo o fracasso do progresso, da liberdade, da ciência, da democracia. Isto influenciou suas obras que foram muitas e variadas que vão desde romances, passando por peças de teatro

e artigos em revistas e jornais.

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Características das Obras de Camus:

Três características podem ser observadas em suas obras: A vida

humana é fundamentada em incoerência, confusa, sem as diferenças

tradicionais entre o bem e o mal, o certo e o errado. Em segundo lugar pode-

se observar a fidelidade dos fatos, refletir a vida absurda e concreta do

homem. E por fim, a ênfase na responsabilidade humana.

 

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Para se compreender melhor, de uma maneira geral sobre as obras de Camus, Barreto afirma:

“A obra de Albert Camus insere-se neste mundo. Seus personagens partem em busca de um mundo novo, formado por valores novos, criados pela absurda

experiência humana. Talvez um dos pontos mais interessantes da personalidade de Camus tenha sido essa dependência entre a obra e a vida do escritor. A sua

vida intelectual nasce de suas primeiras experiências, sentindo-se em algumas de suas obras, principalmente nas primeiras, a necessidade de escrever aquilo que

realmente estava sendo vivido e pensado. Todas as categorias intelectuais progressivamente definidas por Camus, sendo as duas mais importantes o

absurdo e a revolta, foram elaboradas em conseqüência das experiências que ia acumulando. Dele não se pode dizer que foi um escritor com um universo

independente e próprio. Tendo uma alta capacidade criadora ele escreveu uma obra imersa no real e no concreto”.

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Algumas Obras de Camus:

“L’Envers et l’Endroit” (O Avesso e o Direito), (1935)

O Estrangeiro (1940)

A peste

O Mito de Sísifo (1943)

O Homem Revoltado

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Algumas Obras no Teatro:

Calígula

Os justos

O Mal-entendido

O Estado de Sítio

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REFERÊNCIAS

www.wikipedia.org.br

http://existencialismo.sites.uol.com.br/camus.htm