unidade4_fil10 (1) santilhana

Upload: maria-do-carmo

Post on 06-Jul-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    1/20

    A vida moral: noções introdutórias

    UNI

    DAD

    E

    4

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    2/20

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    3/20

    A vida moral e os seus %ro&lemas

    A vida moral ' a nossa vida (om%rometida (om o)ue realmente im%orta.• Existem muitos problemas morais, de tipo diferente.

    No seguinte primeiro conjunto de problemas, estes

    são razoavelmente gerais e abstratos. A resposta aestes tem implicações prticas, pois *orne(eorientações so&re o )ue devemos *a+er e )uemdevemos ser.

    ,

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    4/20

    A vida moral e os seus %ro&lemas

    • No segundo conjunto, os problemas apresentados sãorazoavelmente particulares e concretos, tratando decircunst!ncias espec"#cas.A resposta a estes problemas trata diretamente de

    deveres a ter em (onta em (ada uma das(ir(unst-n(ias.

    4

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    5/20

    A vida moral e os seus %ro&lemas

    • $s problemas apresentados no terceiro conjunto sãodiferentes dos anteriores, por%ue informam sobre anature+a da moralidade &ex.' a moralidade (subjetiva ou objetiva) *acional ou sentimental)+.

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    6/20

    A vida moral e os seus %ro&lemas

    Ti%os di*erentes de %ro&lemas e/i0em i0ualmenteti%os di*erentes de res%ostas.

    • $s problemas dos dois primeiros conjuntos dizem

    respeito ao %ue devemos fazer e ao tipo de pessoa %uedevemos ser, esses problemas são normativos.

    • $s problemas do ltimo conjunto, como vimos, nãofazem parte do contedo da moralidade. -ão antes

    problemas sobre a natureza da moralidade, ou seja,exigem a procura da explicação mais satisfatria damoralidade, apresentando a seu favor argumentosconvincentes.

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    7/20

    A 'ti(a e as suas dis(i%linas

    Dis(i%linas normativas: a 'ti(a normativa e a 'ti(a%r2ti(a.

    • A 'ti(a normativa ocupa/se do primeiro conjunto de

    problemas e procura responder 0 %uestão sobre comodevemos viver' o %ue devo fazer, como devo agir, %uetipo de pessoa devo ser) – A resposta a estas perguntas dão/nos a justi#cação

    ltima dos deveres e das virtudes a ter em conta emcircunst!ncias espec"#cas.

    • 1m dos mais importantes debates na (tica normativa( a%uele %ue opõe teorias teleolgicas e teorias

    deontolgicas. -aber, por exemplo, %ual ( o princ"piocorreto da distribuição dos recursos de sade ( um

    3

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    8/20

    Teorias teleoló0i(as e teoriasdeontoló0i(as

    As teorias teleoló0i(as tomam o &em (omo*undamento ni(o da moralidade, i.e., as ações e osprinc"pios são moralmente corretos se promoverem o bem.

    • 1mas teorias do bem a#rmam %ue o bem consiste nafelicidade outras, %ue consiste na satisfação dasprefer3ncias.

    • As teorias deontoló0i(as de*endem )ue o &em n5o' o ni(o *undamento da moralidade, pois sugerem

    %ue outros fundamentos são igualmente importantespara justi#car a correção moral de uma ação ou de umprinc"pio, como, por exemplo, o contrato entre agenteslivres e iguais ou a autonomia do agente.

    6

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    9/20

    ti(a %r2ti(a

    A 'ti(a %r2ti(a ou a%li(ada %ro(ura res%onder a%ro&lemas %arti(ulares trata, por isso, do segundoconjunto de problemas, entre outros do mesmo tipo.• 45ama/se (tica %r2ti(a por%ue usa princ"pios morais de

    carcter geral para responder da mel5or maneira a umproblema particular. 4ontudo, a transição dos princ"piosgerais para os ju"zos particulares não ( linear nem bvia.

    • As di#culdades levantadas pelos casos moralmentecomplexos explicam %ue muitos ju"zos morais sejam

    disputveis 6 o debate sobre a eutansia ( um bomexemplo disso, j %ue, dada a natureza complexa doproblema, não ( de esperar uma resposta %ue gere umconsenso muito alargado.

    7

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    10/20

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    11/20

    A relaç5o entre as dis(i%linas da'ti(a

    N5o e/istem *ronteiras r90idas entre as di*erentesdis(i%linas da 'ti(a; mas sim relações de(ontinuidade.

    • 7arece 5aver tr3s graus de generalidade no camin5opercorrido'8. 4omeça em princ"pios muito gerais e fundamentais 6

    'ti(a teleoló0i(a ou deontoló0i(a.2. 7assa por princ"pios menos gerais e fundamentais 6

    'ti(a %r2ti(a sobre a eutansia ou %ual%uer outroproblema particular.

    9. 45ega, #nalmente, a ju"zos morais particulares sobre umdeterminado caso 6 meta'ti(a.

    11

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    12/20

    4.< A DI#EN=ÃO >E==OA$ E =O!IA$DA TI!A

    82

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    13/20

    A 'ti(a

    A 'ti(a ' uma re?e/5o (uidadosa ditada %or um (on?ito de%ers%etivas no interior de (ada um de nós.

    • A perspetiva pessoal leva a atender primariamente aos interesses eprojetos particulares de cada um' %uem determina a sua vida

    segundo a perspetiva pessoal ( como se cultivasse apenas o seu jardim.

    • A perspetiva impessoal representa as exig3ncias dos outros, sejameles %uem forem' os muros do jardim são derrubados pelaperspetiva %ue, dentro de cada um, faz ouvir os outros. 4omo os

    muros do jardim não se deixam derrubar facilmente, gera/se umcon:ito.

    • A 'ti(a emer0e assim de um (on?ito entre a %ers%etiva%essoal e a %ers%etiva im%essoal.

    1,

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    14/20

    >ers%etivas da 'ti(a

    • A primeira perspetiva envolve a dimensão pessoal da(tica e a segunda envolve a sua dimensão social. – ;a perspetiva pessoal resulta um padrão moral para a

    conduta do indiv"duo. –

    ;a perspetiva impessoal resulta um padrão moral para asinstituições sociais, %ue ( diferente da%uele %ue sedestina ao indiv"duo.

    • 4omo conciliar então as duas perspetivas) – $ problema ( saber %ual ( a relação correta entre a

    perspetiva pessoal e a perspetiva impessoal.

     – A teoria moral satisfatria ser a%uela %ue descobriressa relação.

    14

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    15/20

    A %rioridade da %ers%etiva %essoal

    • -e ( concedida prioridade 0 perspetiva pessoal, entãoas exig3ncias dos outros na nossa vida moral t3m umpeso secundrio, o %ue %uer dizer %ue #ca ao crit(riode cada um decidir at( onde levar os seus sacrif"cios

    pelos outros.

    • A prioridade concedida 0 perspetiva pessoal implica aseguinte 5ierar%uia de deveres morais'

    1

    1

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    16/20

    @ierar)uia de deveres morais

    8. $s deveres gerais negativos t3m uma import!ncia maiordo %ue todos os outros deveres. – ;everes gerais negativos são, por exemplo, os deveres

    de não causar dano aos outros ou de não interferir coma sua liberdade.

    2. ;e seguida, estão os deveres especiais negativos, %ueresultam das nossas relações especiais com certaspessoas.

    9. 4om uma import!ncia ainda menor, estão os deveres

    especiais positivos. – Estes exigem sacrif"cios com alguma relev!ncia, uma

    vez %ue temos de ajudar e fazer o bem 0%ueles com%uem temos relações especiais.

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    17/20

    A %rioridade da %ers%etivaim%essoal• -egundo esta posição, as exig3ncias dos outros t3m

    prioridade e impõem/nos deveres positivos. Assim,temos de, prioritariamente, fazer o bem aos outros,sejam eles pessoas especiais para ns ou simplesestran5os.

    •  =er como #nalidade o bem de todos os indiv"duospressupõe consider/los como iguais, ou seja, os seusinteresses são imparcialmente considerados.

    • >sto implica uma outra 5ierar%uia de valores morais, a

    %ue poder"amos c5amar 5ierar%uia utilitarista devalores morais'

    13

    16

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    18/20

    A %rioridade da %ers%etivaim%essoal

    • A posição utilitarista ( insatisfatria. Não aceitandorestrições 0 promoção imparcial do bem, ela tem aconse%u3ncia implaus"vel de sacri#car excessivamente,ou mesmo anular, os nossos projetos particulares.

    • Existem, então, duas posições extremas %uanto 0relação correta entre a perspetiva pessoal e aperspetiva impessoal, ou, por outras palavras, entre adimensão pessoal e a dimensão social da (tica.

    • Nen5uma delas parece promissora@ Existir umaalternativa mais atraente)

    16

    17

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    19/20

    A %aridade entre as duas%ers%etivas

    • poss"vel %ue entre ambas as perspetivas se veri#%ue umarelação de paridade, o %ue poderia %uerer dizer %ue elas t3m uma

     justi#cação comum. Bue justi#cação seria essa)

    • -ão as mesmas considerações de vulnerabilidade %ue justi#cam

    as duas perspetivas' a vulnerabilidade e depend3ncia em %ue seencontram os seres 5umanos merecem preocupação. – $ dever geral positivo de aliviar a fome de um estran5o, por

    exemplo, ( tão forte como o dever especial positivo de proteger um#l5o de certas doenças.

    • Assim, ( a vulnerabilidade da%ueles a %uem procuramos fazer obem %ue justi#ca ambos os deveres, ou seja, não 5 razão para%ue um desses deveres positivos ten5a, 0 partida, prioridadesobre o outro.

    17

  • 8/17/2019 Unidade4_FIL10 (1) Santilhana

    20/20

    Es)uema8s9ntese