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A vida moral: noções introdutórias
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A vida moral e os seus %ro&lemas
A vida moral ' a nossa vida (om%rometida (om o)ue realmente im%orta.• Existem muitos problemas morais, de tipo diferente.
No seguinte primeiro conjunto de problemas, estes
são razoavelmente gerais e abstratos. A resposta aestes tem implicações prticas, pois *orne(eorientações so&re o )ue devemos *a+er e )uemdevemos ser.
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A vida moral e os seus %ro&lemas
• No segundo conjunto, os problemas apresentados sãorazoavelmente particulares e concretos, tratando decircunst!ncias espec"#cas.A resposta a estes problemas trata diretamente de
deveres a ter em (onta em (ada uma das(ir(unst-n(ias.
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A vida moral e os seus %ro&lemas
• $s problemas apresentados no terceiro conjunto sãodiferentes dos anteriores, por%ue informam sobre anature+a da moralidade &ex.' a moralidade (subjetiva ou objetiva) *acional ou sentimental)+.
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A vida moral e os seus %ro&lemas
Ti%os di*erentes de %ro&lemas e/i0em i0ualmenteti%os di*erentes de res%ostas.
• $s problemas dos dois primeiros conjuntos dizem
respeito ao %ue devemos fazer e ao tipo de pessoa %uedevemos ser, esses problemas são normativos.
• $s problemas do ltimo conjunto, como vimos, nãofazem parte do contedo da moralidade. -ão antes
problemas sobre a natureza da moralidade, ou seja,exigem a procura da explicação mais satisfatria damoralidade, apresentando a seu favor argumentosconvincentes.
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A 'ti(a e as suas dis(i%linas
Dis(i%linas normativas: a 'ti(a normativa e a 'ti(a%r2ti(a.
• A 'ti(a normativa ocupa/se do primeiro conjunto de
problemas e procura responder 0 %uestão sobre comodevemos viver' o %ue devo fazer, como devo agir, %uetipo de pessoa devo ser) – A resposta a estas perguntas dão/nos a justi#cação
ltima dos deveres e das virtudes a ter em conta emcircunst!ncias espec"#cas.
• 1m dos mais importantes debates na (tica normativa( a%uele %ue opõe teorias teleolgicas e teorias
deontolgicas. -aber, por exemplo, %ual ( o princ"piocorreto da distribuição dos recursos de sade ( um
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Teorias teleoló0i(as e teoriasdeontoló0i(as
As teorias teleoló0i(as tomam o &em (omo*undamento ni(o da moralidade, i.e., as ações e osprinc"pios são moralmente corretos se promoverem o bem.
• 1mas teorias do bem a#rmam %ue o bem consiste nafelicidade outras, %ue consiste na satisfação dasprefer3ncias.
• As teorias deontoló0i(as de*endem )ue o &em n5o' o ni(o *undamento da moralidade, pois sugerem
%ue outros fundamentos são igualmente importantespara justi#car a correção moral de uma ação ou de umprinc"pio, como, por exemplo, o contrato entre agenteslivres e iguais ou a autonomia do agente.
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ti(a %r2ti(a
A 'ti(a %r2ti(a ou a%li(ada %ro(ura res%onder a%ro&lemas %arti(ulares trata, por isso, do segundoconjunto de problemas, entre outros do mesmo tipo.• 45ama/se (tica %r2ti(a por%ue usa princ"pios morais de
carcter geral para responder da mel5or maneira a umproblema particular. 4ontudo, a transição dos princ"piosgerais para os ju"zos particulares não ( linear nem bvia.
• As di#culdades levantadas pelos casos moralmentecomplexos explicam %ue muitos ju"zos morais sejam
disputveis 6 o debate sobre a eutansia ( um bomexemplo disso, j %ue, dada a natureza complexa doproblema, não ( de esperar uma resposta %ue gere umconsenso muito alargado.
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A relaç5o entre as dis(i%linas da'ti(a
N5o e/istem *ronteiras r90idas entre as di*erentesdis(i%linas da 'ti(a; mas sim relações de(ontinuidade.
• 7arece 5aver tr3s graus de generalidade no camin5opercorrido'8. 4omeça em princ"pios muito gerais e fundamentais 6
'ti(a teleoló0i(a ou deontoló0i(a.2. 7assa por princ"pios menos gerais e fundamentais 6
'ti(a %r2ti(a sobre a eutansia ou %ual%uer outroproblema particular.
9. 45ega, #nalmente, a ju"zos morais particulares sobre umdeterminado caso 6 meta'ti(a.
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4.< A DI#EN=ÃO >E==OA$ E =O!IA$DA TI!A
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A 'ti(a
A 'ti(a ' uma re?e/5o (uidadosa ditada %or um (on?ito de%ers%etivas no interior de (ada um de nós.
• A perspetiva pessoal leva a atender primariamente aos interesses eprojetos particulares de cada um' %uem determina a sua vida
segundo a perspetiva pessoal ( como se cultivasse apenas o seu jardim.
• A perspetiva impessoal representa as exig3ncias dos outros, sejameles %uem forem' os muros do jardim são derrubados pelaperspetiva %ue, dentro de cada um, faz ouvir os outros. 4omo os
muros do jardim não se deixam derrubar facilmente, gera/se umcon:ito.
• A 'ti(a emer0e assim de um (on?ito entre a %ers%etiva%essoal e a %ers%etiva im%essoal.
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>ers%etivas da 'ti(a
• A primeira perspetiva envolve a dimensão pessoal da(tica e a segunda envolve a sua dimensão social. – ;a perspetiva pessoal resulta um padrão moral para a
conduta do indiv"duo. –
;a perspetiva impessoal resulta um padrão moral para asinstituições sociais, %ue ( diferente da%uele %ue sedestina ao indiv"duo.
• 4omo conciliar então as duas perspetivas) – $ problema ( saber %ual ( a relação correta entre a
perspetiva pessoal e a perspetiva impessoal.
– A teoria moral satisfatria ser a%uela %ue descobriressa relação.
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A %rioridade da %ers%etiva %essoal
• -e ( concedida prioridade 0 perspetiva pessoal, entãoas exig3ncias dos outros na nossa vida moral t3m umpeso secundrio, o %ue %uer dizer %ue #ca ao crit(riode cada um decidir at( onde levar os seus sacrif"cios
pelos outros.
• A prioridade concedida 0 perspetiva pessoal implica aseguinte 5ierar%uia de deveres morais'
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@ierar)uia de deveres morais
8. $s deveres gerais negativos t3m uma import!ncia maiordo %ue todos os outros deveres. – ;everes gerais negativos são, por exemplo, os deveres
de não causar dano aos outros ou de não interferir coma sua liberdade.
2. ;e seguida, estão os deveres especiais negativos, %ueresultam das nossas relações especiais com certaspessoas.
9. 4om uma import!ncia ainda menor, estão os deveres
especiais positivos. – Estes exigem sacrif"cios com alguma relev!ncia, uma
vez %ue temos de ajudar e fazer o bem 0%ueles com%uem temos relações especiais.
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A %rioridade da %ers%etivaim%essoal• -egundo esta posição, as exig3ncias dos outros t3m
prioridade e impõem/nos deveres positivos. Assim,temos de, prioritariamente, fazer o bem aos outros,sejam eles pessoas especiais para ns ou simplesestran5os.
• =er como #nalidade o bem de todos os indiv"duospressupõe consider/los como iguais, ou seja, os seusinteresses são imparcialmente considerados.
• >sto implica uma outra 5ierar%uia de valores morais, a
%ue poder"amos c5amar 5ierar%uia utilitarista devalores morais'
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A %rioridade da %ers%etivaim%essoal
• A posição utilitarista ( insatisfatria. Não aceitandorestrições 0 promoção imparcial do bem, ela tem aconse%u3ncia implaus"vel de sacri#car excessivamente,ou mesmo anular, os nossos projetos particulares.
• Existem, então, duas posições extremas %uanto 0relação correta entre a perspetiva pessoal e aperspetiva impessoal, ou, por outras palavras, entre adimensão pessoal e a dimensão social da (tica.
• Nen5uma delas parece promissora@ Existir umaalternativa mais atraente)
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A %aridade entre as duas%ers%etivas
• poss"vel %ue entre ambas as perspetivas se veri#%ue umarelação de paridade, o %ue poderia %uerer dizer %ue elas t3m uma
justi#cação comum. Bue justi#cação seria essa)
• -ão as mesmas considerações de vulnerabilidade %ue justi#cam
as duas perspetivas' a vulnerabilidade e depend3ncia em %ue seencontram os seres 5umanos merecem preocupação. – $ dever geral positivo de aliviar a fome de um estran5o, por
exemplo, ( tão forte como o dever especial positivo de proteger um#l5o de certas doenças.
• Assim, ( a vulnerabilidade da%ueles a %uem procuramos fazer obem %ue justi#ca ambos os deveres, ou seja, não 5 razão para%ue um desses deveres positivos ten5a, 0 partida, prioridadesobre o outro.
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Es)uema8s9ntese