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Unidade II COMUNICAÇÃO APLICADA Profª. Carolina Lara Kallás

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Page 1: Unidade II COMUNICAÇÃO APLICADA Profª. Carolina Lara Kallás

Unidade II

COMUNICAÇÃO APLICADA

Profª. Carolina Lara Kallás

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Unidade II

Semiótica

Signo

Linguagens

Origem

Vertentes

Significado e significante

Aplicação Prática

Fases do processo de comunicação:

Pulsação vital, interação, seleção, percepção, decodificação, interpretação, incorporação e reação.

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Comunicação - Definição

“Processo social básico de produção e partilhamento do sentido através da materialização de formas simbólicas”

Vera Veiga França

O objeto da Comunicação

Na semiótica: O ato de comunicar é a materialização do pensamento ou sentimento em signos conhecidos pelas partes envolvidas. Estes símbolos são então transmitidos e reinterpretados pelo receptor.

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Semiótica

Palavra proveniente da raiz grega Semeion (signo), pode ser definida como “a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura” Ciência que estuda os signos.

Explica os processos de significação.

É utilizada em diversas áreas do conhecimento desde a lingüística até a linguagem binária dos computadores ou do DNA.

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O que significa significar?

A Comunicação seria impossível sem a significação.

Significação: produção social de sentido.

Significar é representar idéias.

E representamos as idéias por meio dos signos.

Existem símbolos que foram especificamente criados para pensarmos em outros objetos.

Exemplos: sinais de trânsito, notas musicais e as palavras da língua portuguesa.

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Signos

As formas que representam as idéias e as emoções.

Signo é todo objeto perceptível que de alguma maneira remete a outro objeto, toma o lugar de uma outra coisa.

Segundo Pierce:

“Um signo, ou representâmen, é aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para alguém.”

Portanto, o signo não é o objeto, é algo distinto dele, está ali presente para designar ou significar alguma coisa.

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Semiótica e Cultura

Todo fenômeno de cultura só funciona culturalmente porque é também um fenômeno de comunicação.

Esses fenômenos só comunicam porque se estruturam como linguagens.

Todo e qualquer fato cultural ou prática social constituem-se como práticas significantes, isto é, são práticas de produção de linguagem e sentido.

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Linguagem

Toda linguagem pode ser considerada um sistema de signos organizados.

Linguagem verbal e não verbal

Exemplo: fala, escrita e gestos

Esses sistemas de signos, podem ser verbais, imagéticos, sonoros, etc...

Linguagem sincréticas

Exemplos: sites, produtos audiovisuais

Texto Intertextualidade - Hipertexto

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Códigos

Em geral, os signos formam conjuntos organizados chamados códigos.

A língua portuguesa, o código Morse, os sinais de trânsito, o sistema Braile para cegos, são conjuntos organizados de signos.

O Signo é percebido por nós pelos nossos 5 sentidos: visão, olfato, audição, paladar e tato.

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A importância do contexto

Os signos são iguais as pessoas, têm significados diferentes segundo o contexto em que se encontram.

Não devemos interpretar um texto sem antes saber em que contexto foi escrito.

Não devemos criar um texto sem antes perguntar o contexto em que vive o leitor.

Contexto mostra visões de mundo diferentes

Exemplos:

Oriente Médio: sola de sapato

Cores - Noiva: Japão/Brasil

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Interatividade

Sobre semiótica, qual a alternativa errada?

a) Semiótica é a ciência que estuda os signos, existem várias vertentes.

b) Signo é todo objeto perceptível que, de alguma maneira, remete a outro objeto.

c) A semiótica é utilizada apenas na disciplina de Comunicação e Lingüística.

d) Os fenômenos e práticas culturais são produtores de sentido e significado.

e) Todas as linguagens são formadas por sistemas de signos e as linguagens sincréticas são aquelas que usam dois ou mais sistemas diferentes.

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Resposta

c) A semiótica é utilizada apenas na disciplina de Comunicação e Lingüística.

Esta resposta está incorreta. Qualquer linguagem é estruturada por sistemas signicos, formando códigos.

A linguagem da computação é um exemplo, cada elemento é um signo que representa alguma outra coisa. Portanto, a semiótica, ciência que estuda os signos está presente em todas as areas do conhecimento.

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Origem da semiótica

A semiótica surge quase simultaneamente em três países:

Estados Unidos

União Soviética

Europa Ocidental

Entre o final do século XIX e inicio do século XX

Isso confirma a necessidade da época: Construir uma ciência capaz de entender os fenômenos da linguagem

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Vertentes da Semiótica

Hoje iremos estudar apenas duas vertentes

(A) Ferdinand de Saussure (1857 – 1913)

Signo: Significante Significado

A significação resulta das relações estabelecidas pelos: P.E e P.C

Significante: Plano de Expressão P.E

Significado: Plano de Contéudo P.C

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Imagens disponíveis no clip art do Microsoft Power Point

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Saussure (1857 – 1913)

Lingüista – Estruturalismo – Semiologia

= Signo

O signo é a relação entre o significante e o significado

Podem existir muitos significantes para o mesmo significado.

SignificanteSignificado

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Imagem disponivel em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pleiades_large.jpg

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E uma palavra poder ter muitos significados...

Imagem disponível no clip art

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Ou....

Disponivel em:http://www.marilynmonroe.com/about/photos/color_photos.htm. Acesso: 12/03/2010

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Interatividade

Ao analisar a relação entre signo, significante e significado, podemos concluir que:

a)O signo pode ser considerado a relação entre o significante e o significado.

b)O Plano de expressão se relaciona aos significados.

c)O Plano de conteúdo se relaciona aos significantes.

d)O significante não interfere na significação

e)N.D.A

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Resposta

a) O signo pode ser considerado a relação entre o significante e o significado.

Justificativa

O plano de expressão é relacionado aos significantes e, o plano de conteúdo aos significados.

A significação resulta do diálogo constante entre o plano de expressão e plano de conteúdo, portanto o significante pode alterar a significação.

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Vertente B - Charles Sanders Peirce :(1839 – 1914)

Dividiu o signo em três: Ícones, Índices e símbolos

Têm relação com as três categorias naturais do pensamento. Em 1867 estas categorias foram denominadas:

Qualidade,

Relação

Representação

Correspondem:

Primeiridade - Icone

Secundidade - Indice

Terceiridade - Simbolo

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Categorias do pensamento (Pierce)

Ícone (qualidade) Índice (relação)

1 2

3Símbolo (conclusão)

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Categorias naturais do pensamento

Primeiridade – categoria da primeira impressão ou sentimento (feeling) que recebemos no momento presente;

Secundidade – categoria do relacionamento direto (visual e/ou sensorial) com o elemento físico (matéria), o sentimento tem que estar encarnado numa matéria;

Terceiridade – categoria de inter-relação entre o que sentimos, visualizamos e identificamos dentro de nossas leis, valores, convenções e cultura

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Ícone

“Apresenta e não representa”;

Diz respeito a pura qualidade

É uma possibilidade

Intuição

Impressão

Qualidade de ser e sentir

Quali-signo

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Índice

É um signo que indica outra coisa com a qual ele está factualmente ligado. Há entre ambos, uma conexão de fato;

Um fato real / Pista

Através de um indício (causa) tiramos conclusões;

Sin signo

Exemplo: Onde há fumaça, há fogo.

Uma pegada, um indício.

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Símbolo

É uma lei, em relação ao seu objeto e signo é um símbolo, uma convenção social.

Extrai seu poder de representação porque por convenção ou pacto coletivo, determina que aquele signo represente seu objeto.

Consenso social - Lei consensual

Dedução

Não é individual, é coletivo, geral.

Legi-signo

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Significados denotativos

Aparece quando um signo indica diretamente um objeto referente e suas qualidades.

Propriedades observáveis e objetivas.

Orienta a realidade.

É Descritivo

Exemplos: o formato, a tipografia, as ilustrações, etc.

Objetivo

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Significados conotativos

Inclui as interpretações subjetivas ou pessoais que podem derivar do signo.

Varia de pessoa para pessoa.

Capacidade de imaginação, indução e manipulação.

Modifica e transcende a realidade.

Poder da conotação.

Subjetivo

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Interatividade

Sobre ícones, índices e símbolos, qual a alternativa errada?

a)As cores e formas representam signos icônicos.

b)Uma placa de trânsito ou uma palavra é um exemplo de um símbolo.

c)As vezes é difícil distinguir um ícone de um símbolo, por exemplo, Marilyn Monroe foi um ícone de beleza e um símbolo de sexualidade.

d)Uma pegada pode ser exemplo de um índice.

e)Um índice tem sempre o mesmo significado.

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Resposta

e) Um índice tem sempre o mesmo significado.

Justificativa:

Um índice pode “induzir” vários significados.

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As fases do processo de comunicação

“A comunicação, de fato, é um processo multifacético que ocorre ao mesmo tempo em vários níveis – consciente, subconsciente e inconsciente, - como parte orgânica do dinâmico processo da própria vida.”

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Fases do processo de comunicação

1. A pulsação vital

Dinâmica interna de qualquer pessoa: emoções, lembranças, sentimentos, desejos e necessidades.

Seu centro é o cérebro.

O organismo humano funciona como um sistema aberto em constante interação consigo mesmo e com o meio ambiente.

Para se manter a pulsação vital tem que se adaptar ao meio ambiente físico e social que rodeia o organismo, se acomodando a ele ou tentando transformá-lo.

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Fases do processo de comunicação

2. A Interação

A pessoa emite e recebe mensagens por todos os canais possíveis: olhos, pele, mãos, língua, ouvido.

A pessoa necessita entrar em interação com o meio ambiente.

3. A seleção

A pessoa não emite nem recebe tudo o que vem do meio ambiente, ela seleciona alguns elementos que deseja compartilhar com outras pessoas.

Essa seleção pode ser provocada por estímulos internos ou externos.

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Fases do processo de comunicação

4. A percepção

No caso dos estímulos que vêm de fora, o homem “sente” a realidade que o rodeia por meio de seus sentidos:

visão, audição, olfato, tato e paladar, e assim percebe as palavras, gestos e outros signos que lhe são apresentados.

5. A decodificação

Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertence.

Para cada signo, a pessoa busca na sua memória um objeto ou idéia correspondente.

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Fases do processo de comunicação

6. A interpretação

É a necessidade de entender claramente o sentido ou significado da mensagem.

Exige que se coloque a mensagem em um contexto, que a compare com outros elementos do repertório e com o conhecimento que se tem das intenções do interlocutor.

7. A incorporação

Se a mensagem é interpretada de uma maneira tal que a pessoa não se considera ameaçada em seu sistema de idéias, valores e sentimentos, ela é facilmente incorporada ao repertório ou acervo.

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Fases do processo de comunicação

8. A reação

As reações podem ser externas ou internas. Exemplos:

Quando a pessoa se sente agredida: agride/ emocionada: chora, dá risadas etc.

Muitas vezes essa reação é interna, ou seja, a reflexão que acontece após assistirmos um filme, lermos um texto, ou recebermos qualquer tipo de mensagem.

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Interatividade

Sobre as faces do processo de comunicação podemos afirmar que:

a)A pulsação vital é reação aos efeitos provocados pelos signos utilizados.

b)A interpretação é independente do contexto.

c)A pulsação vital é independente do ambiente físico e social.

d)Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertence. (Decodificação).

e)Todas as alternativas estão corretas.

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Resposta

d) Percebidos os signos, a pessoa tem que determinar o que eles representam e a que código pertence. (Decodificação).

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ATÉ A PRÓXIMA!