UNIDADE 5. Práticas pedagógicas

na Educação Infantil e anos iniciais

do Ensino Fundamental

O sujeito aprendente como

ponto de partida

A BNCC discute a

importância da aplicação dos

conhecimentos na vida real,

destacando que o contexto é

fundamental para dar sentido

ao aprendizado.

Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

gratis/criancas-olhando-para-cima-

juntas_10140914.htm#page=1&query=crian

%C3%A7as%20na%20escola&position=49.

Durante muito tempo, a escola

se preocupou com os métodos

de ensino, considerando que

um/a bom/boa professor/a era

aquele/a que conseguia

executar os melhores métodos,

que trabalhava com a sua turma

com grande quantidade de

conteúdo, através da

transmissão.Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

gratis/estudo-gesticular-fundo-desenhado-

cabelo-escuro-

mao_1073865.htm#page=1&query=crian%

C3%A7as%20na%20escola&position=34.

Acesso em: 20 de agosto de 2021.

Essa percepção vem se

alterando, trazendo um novo

olhar para o sujeito aprendente.

O foco deixa de ser o método e

o conteúdo, para se fixar no

sujeito, na forma como ele

aprende, pois somente assim, é

possível escolher a melhor

forma de ensiná-lo e de

favorecer a construção de seu

conhecimento.

Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

gratis/grupo-de-criancas-africanas-na-sala-

de-

aula_13106436.htm#page=2&query=crian%

C3%A7as+na+escola&position=10. Acesso

em: 20 de agosto de 2021.

Piaget (1959) enfatizava a interação com o meio físico,

privilegiando a maturação biológica e já Vygotsky (2001)

ressaltava a influência do ambiente social. Apesar das

diferenças de enfoque, ambos criticaram o modelo de

educação baseado no acúmulo quantitativo de conhecimentos

e contribuíram para a superação da concepção de estudante

apenas como receptor de conhecimentos. A criança passa a

ser concebida como um ser social que assume um importante

papel no seu processo de aprendizado. Dessa forma, é

primordial que orientadas pelo currículo e o projeto

pedagógico, as intuições educacionais dialoguem com os

conceitos desenvolvidos por eles a partir da compreensão das

etapas envolvidas no processo de ensino e aprendizagem.

O docente como mediador

do conhecimento

Mediar é uma tarefa complexa

que exige um planejamento

prévio, é necessário que o/a

educador/a esteja seguro/a,

saiba quais ferramentas e

recursos podem ser utilizados

para ser capaz de reverter e

transformar situações

inesperadas e também, muitas

vezes, conflituosas.

Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

premium/retrato-de-uma-jovem-professora-afro-

americana-de-oculos-olhando-para-a-camera-na-

sala-de-aula-e-segurando-livros-didaticos-

quadro-negro-com-formulas-no-fundo-conceito-

de-escolaridade-livros-nas-maos-da-

mulher_10361289.htm#page=1&query=professor

&position=8.

Conforme apontou Piaget

(1959), a aprendizagem não

acontece espontaneamente,

somente a partir da exposição

da criança a uma situação ou

objeto de aprendizagem, por si

só, não é suficiente para

garantir a aquisição e

construção do conhecimento. A

criança precisa exercer alguma

ação sobre esse objeto, para

promover sua aprendizagem.

. Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

gratis/estudo-gesticular-fundo-desenhado-

cabelo-escuro-

mao_1073865.htm#page=1&query=crian%C

3%A7as%20na%20escola&position=34.

Acesso em: 20 de agosto de 2021.

Paulo Freire afirma que ao

passo que o/a educador/a

ensina, ele também aprende.

O educador deve estabelecer

relações dialógicas de ensino

e aprendizagem junto aos

estudantes, de forma

democrática e afetuosa.

Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-gratis/estudo-

gesticular-fundo-desenhado-cabelo-escuro-

mao_1073865.htm#page=1&query=crian%C3%A7as%20na

%20escola&position=34. Acesso em: 20 de agosto de 2021.

Os projetos de trabalho

redimensionando a experiência

educativa

Pautar as relações que ocorrem em

sala de aula pelo diálogo e pela

indagação é, certamente, uma

forma necessária de conduzir

qualquer prática pedagógica. É

preciso que educadores/as e

educandos/as criem vínculos

afetivos, dialoguem sobre os

conteúdos escolares, sobre as

aprendizagens e sobre a vida, de

maneira geral.

Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

premium/as-criancas-escrevem-em-

cadernos-com-uma-

caneta_4964985.htm#page=3&query=cria

n%C3%A7as+na+escola&position=8.

Acesso em: 20 de agosto de 2021.

Hernández e Ventura (1998)

consideram os projetos como uma

nova forma de organizar os

conhecimentos, que por sua vez,

precisam ser compreendidos de

forma globalizada e relacional.

Por exemplo, ao ler um texto de

Geografia, veja quantas áreas

do conhecimento podem estar

ali, integradas?Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

gratis/criancas-com-mascaras-medicas-

estudando-na-

escola_12367074.htm#page=3&query=crian%

C3%A7as+na+escola&position=16. Acesso

em: 16 de agosto 2021.

Segundo Hernández e Ventura

(1988, p. 62), “um projeto pode

organizar-se seguindo um

determinado eixo: a definição

de um conceito, um problema

geral ou particular, um conjunto

de perguntas inter-

relacionadas, uma temática

que valha a pena ser tratada

por si mesma”, dentre outros.Disponível em: https://br.freepik.com/fotos-

gratis/lapis-coloridos-em-um-

circulo_2786317.htm#page=3&query=crian

%C3%A7as+na+escola&position=36.

Acesso em: 20 de agosto de 2021.

Uma forma importante de registro utilizada nos Projetos de

trabalho é o Portfólio, ou porta-fólio, instrumento que vem

da área de Artes e que foi incorporado à Educação. Através

dele, os/as estudantes coletam, organizam, selecionam,

sistematizam informações e produções coletivas e

individuais. Não é uma mera coletânea de materiais, de

atividades, mas sim, o registro sistemático de um processo

de aprendizagem no qual o sujeito aprendente age

ativamente sobre o objeto de conhecimento. Importante

destacar o caráter singular dos portfólios, pois, como

representam o processo de cada estudante, cada portfólio

é único, assim como cada estudante também é único.

Referências

NEVES, V. F. A.; GOUVÊA, M. C. S. de; CASTANHEIRA, M.

L. A passagem da educação infantil para o ensino

fundamental: tensões contemporâneas. Educação e

Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 1, p. 121-140, abr. 2011.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes

Necessários à Prática Educativa. EGA, 1996.

PIAGET, Jean. A Linguagem e o Pensamento da

Criança. Trad. Manuel Campos. Rio de Janeiro: Fundo

de Cultura, 1959. 307p.