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Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora

JUNHO 1962

Publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora

Casal Responsável: , Doris e Nelson Gomes Teixeira Redação e expedição: Rua Paraguaçú, 258 - 52- 1338 São Paulo 1 O - SP

Com aprovação eclesiástica

Somos "sêres viventes"? A espiritualidade em plena vida As exigências do reino de Deus O que os Responsáveis viram e ouviram nos Dias de Estudo:

-· a partilha - a regra de vida

Espiritualidade e ação nas ENS O Concílio e nós "Enquetes" 1961 , . . . e 1962 Um dever desconhecido . .. . . . até mesmo nas Equipes Nossos assistentes diante da partilha Correspondência Oração para a próxima reunião

O que vai pelas Equipes Bilhete do Centro Diretor - CorreiO do Mundo - Vida do Movimento -Notícias de Jaú - Lançamento "Bossa Nova" - Alegremo- nos com êles -Deus chamou a si - Oração pelo Con­cílio - Calendário.

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ED ITOR IAL

SOMOS " SERES VIVENTES"

GLORIA DEl, HOMO VIVENS . A GLóRIA DE DEUS RE­QUER HOMENS VIVOS.

Estas palavras de san[o lrineu são J)Uro eco do Evangelho: "Vim para que êles tenham a vida, e que a tenham em abundân­cia". Muitas das comparações das quais usa o Senhor J)ara tra­duzir as realidades do Reino são obtidas por empréstimo da biolo­gia, da linguagem da vida: semente , fermento , sarmentos de vi­deira. . . A graça é um princípio vital , agente intimo de trans­formação de tôda vida humana . E, desde então, a graça é um princípio de crescimento . A vida se desenvolve . ou regride: não é estacionária.

Estamos à vontade para pôr a questão , às Equipes de Nossa Senhora mais do que a quem quer que seja : "Somos sêres vi­ventes , sêres bem desenvolvidos. Um fenômeno caracteriza a vida: a muda . . . Mutações súbitas às vê:res , mudas progressivas e, não raro . lentamente perceptíveis . E' preciso "enfrentar a muda": isto é passar, sob o impulso vital de um determinado equilíbrio de vida , a um equilíbrio suJ)arior que , por sua ve:r , mais tarde será recolocado em causa.

Como, concretamente, assegurar a harmonia do cresci­mento espiritual? Para esclarecer o problema , resumamos nosso propósito em três pontos .

I. - ACEITAR A TENSÃO INEVITÁVEL. Já o dissemos : todo progresso provoca um reexame do equilíbrio até aí asse­gurado . Para tal nível de Fé , de Esperança e de Caridade , con­vém tal regime de prece , tal comportamento familiar , tal for­ma de serviço paroquial ou de comJ) tomisso exterior, tal gê­nero de vida . . . Um dia ou outro, um nôvo apêlo ressoa : é preciso partir . , de um certo modo "desalojar-se" do confôr­to onde se estava sendo tentado a refestelar-se. Feliz a pêlo! Sim , ai dos satisfeitos! Uma vida sem história encobre uma falsa tranquilidade que conhecerá dolorosas desilusões!

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No caso de uma conversoo , o fenôm eno e brutal , e geral a dcsorlem da vida . Mais freqüentemente , novas descobertas , soli ­citações diversas de ordem apostólica , circunstâncias familiares inopinalas ou não, ao surgir , perturbam o equilíbrio afetivo e espi­ritual , o emprêgo do tempo, e impõem uma nova escala de va­lores.

Estabelece- se então um conflito entre muitos deveres , diver ­sas alternativas se oferecem à generosidade: o discernimento do melhor não é fácil. Caso clássico : a tenção entre obrigações fa ­miliares e um nóvo compromisso profissional ou apostólico. Ten ­são salutar, mal-estar benfasejo : são o sinal de que a graça está operando em nossas vidas !

2. - FAZER FACE A TôDAS AS OBRIGAÇõES. Quando um nôvo apêlo , após a reflexão, a prece e o conselho , 'é reconhe­cido como vindo de Deus, não pode ser negligenciado sem pre­ju ízo . A parábola dos convidados para o banquete do Reino é significativa a êste respeito : não há desculpa válida para a re ­cusa dêste convidado que se queixa de consciência profissional : "Comprei c inco juntas de bois que preciso submeter a provas!" Outro tanto para a desculpa do casado de ontem: "Acabo de me casar : por essa ra:rão , não posso vir!" Tanto pior para êles! O a pê lo irá ao "lar claudicante" , talve:r ao desclassificado , ao pobre .

Mas o dever familiar permanece , não menos que o dever profissional , e o de estudo e o da prece .. . , e o do repouso! Uma pseudo solução consistiria , sem nenhuma dúvida, em abandonar deliberadamente um dever evidente : o progresso do Amor não pode prejudicar o amor! E esta certeza ditará certos "não" para os quais se terá a devida coragem . Monsenhor Ancel escreveu muitas páginas sôb1 e êste assunto do equilbrio de vida:

" Deus não quer que façamos todo o trabalho que há para fazer : !le quer que façamos somente o que tle nos dá . . . Na pa:r , encontrar-se-á tempo para fa:rer tudo , isto é , tempo de fa:rer o que Deus quer e isso basta . . . Estar disponível? para Deus, sim; para os homens , não! A caridade para com o próximo não é caridade senão quando depende da caridade para com Deus Jesus disse: não , muitas vêzes".

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Estamos. então , encerrados em um dilema sem saída? O üpêlo para um nôvo progresso solicita um passo em frente ainda que a prudência pareça aconselhar antes a reserva, em atenção às outras obrigações do Amor? Não se deveriam procurar as vias de solução em uma síntese superior?

3. - APROFUNDAR UNINDO . Em cada ser vivo , o pro­gresso do crescimento se f as em dois sentidos: o impulso vital pro­voca de uma parte a espansão para fora, e de outra parte , um refôrço da coesão e da estrutura internas. Vejam como a reno­vação da seiva , em cada primavera, inscreve sua passagem no co­ração do tronco assim como na ramificação.

Todo progresso verdadeiro deve-se saldar pela consolidação do essencial: a união ao Senhor , a união dos esposos, os aposto­lados que gozam de prioridade. Uma fé mais viva manifesta mais claramente o essencial a fortificar, o acessório a eliminar. Da quantidade à qualidade: tal é , sem dúvida, o processo a seguir : por exemplo, a quantidade de tempo passado juntos será recom ­pensada , e quanto vantajosamente, pela qualidade o encontro! Tratar-se-á de se tornar menos embaraçado , menos invasor e csralhado , mas mais radiante , suscitando a iniciativa e o progresso de muitos.

E o milagre da unidade se reprodus em nossas vidas. O progressc da renúncia e de amo• atalham a dispersão c c• repar­timento da~ atividades, miséria do se• marcado pelo pecado : a prece j:enetra a vida e a vida penetra a prece; o compromisso exterior ennquece o encontro conjugal , e êste impregna todo encontro exterior . . A seiva viva da caridade circula abundan­temente em todos os setores da atividade , assegurando ao mesmo tempo brilho e unificação pelo interior.

Somos sêres vivos? Nossas equipes suportam sem reagir cristãos enfesados, "esr-irituais" mal formados? Dêsses cristãos que denunciava violentamente Mounier : "lsses pesa dores de vir­tudes , êsses medrosos cheios de devoção , essas v:timas domini­cais . . . essas sombras de sombras . . Estará aí a vanguarda de Daniel em marcha contra a Bêsta?"

P.B.

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PARA SUA BIBLIOTECA

A ESPIRITUALIDADE EM PLENA VIDA

Thoma! Suave! Duac Cidade~

A Livraria Duas Cidades, já tão bem conhecida dos nosso;; ::;migos equipistas pelas suas publicações atu&.líssimas e de ele­vado valor, nos presenteia êste mês com o lançamento destas duas magníifcas obras: A espiritualidade em plena vida e As exigências do Teino de Deus.

A primeira focaliza o apostolado temporal do leigo cris­tão. Partindo da pró~ria Palavra de Deus e dos escritos dos Apóstolos, dos Padres d,a Igreja, dos Papas, o autor sabe fazer decorrer dos me~mos o caráter obrigatório dêsse apostolado, que brota naturalmente de um cristi&.nismo autêntico. Reali­zar a intenção de Deus em nossa vida terrestre, é necessària­mente "dominar a terra". O mundo está enlouquecido por seu poder. E dispõe de meios consideráveis para aumentá-lo. Mas, as riquezas mal diEtribuídas originam ao mesmo tempr:> o desperdício e a miséria. O munçlo põe sua espera.nça na ciência e na técnica, mas corre o nsco de tornar-se seu escravo. A vida se socializa cada vez mais, e nc entanto, dentro da massa gregária o homem está ~ó e tende cada vez mais para o individualismo. O cristão veio ao mundo para submetê-lo ao homem, t.raba· lhando pela realização de uma harmonia contlnuamente em vias de criação, testemunhando, assim, a existência e o amor do Pai. Esta transformação do mundo em conjunto com os outros, .) a realização de um ato de amor para com todos os irmãos humanos. Comprometer-se, engajar-se, agir não significa ou­tra coi~a. l!:ste livro, que apresenta três partes princ:pais - Fundamen­tos espirituais da aqão temporal, Onde e como agir?, Como 1>i1w· crislâ!lle11te a !'ida militante? - . no~ faz refletir e lal-

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vez nos obrigue a revisões difíceis. Mas, que importa, se elas são necel:sárias! Também nos obriga a repensar, simultânea­mente com nossa ação temporal, nessa participação no apos­t.olado. l!:ste deve nos proporcionar apoio, fôrça, lucidez. Não é por ele que deve passar o Espírito de Deus? Só então em nossa ação temporal, seremos eficazes para construir o Mundo, e também irradiantes de uma luz carregada com hu­mildade.

AS EXIC!NCIAS DO REINO DE DEUS Yves de Montcheuil

Duas Cidades

No tempo de Jesus, o Reino já era algo E;sperado pelos judeus. Nosso Senhor não vem para lhes dizer que existe um Reino. Vem para lhes dizer que o Reino está próximo, que êle vem, que já é uma realidade atual. No entanto, a idéia de Reino não é a mesma para o Cristo e para seus ouvintes. Por is­so há um equívoco ao longo do Evangelho todo. O autor nos dá as diferenças entre as duas concepções. Ao lado das deformaçõe3 antigas da idéia do Reino, próprias aos judeus daquele tempo, há também deformações moderna~. No nosso século, há diversas lacunas na concepção do Reino que se podem reduzir a três principais: concepção puramente interior Cé a do protestantismo liberal, concepção individua­lista que não entende a natureza e o papel da Igreja); concep­ção puramente ou melhor únicamente espiritual (cujo êrro consiste em fazer abôtração, por falta de realismo, das con­dições sociais da realização do Reinol; concepção muito ex­terior (que consiste na confusão entre o Reino e suas repzr­cussões temporais> . Há uma distinção capital, que precisamos não perder de vista: a idéia da dominação divina é a principal, a idéia do povo reunido ::ob esta dominação é apenas secundária, ou pelo me­nos, ocupa um segundo lugar. Montchenil nos auxilia a compreender melhor estas verdades e suas páginas "nos ajudarão muito a não deixar que o Evan­gelho seja traído" .

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o que os responsáveis viram e ouviram nos dias de estudos

A PARTILHA

1. CONCEITO :

" Depois da Oração , um . momento é consagrado ao contrôle ou partilha sôbre as obrigações dos Estatu­tos". (ESTATUTOS, pág. 6 , n. 4 ).

2 . PRÁTICA :

Entretanto, êste "momento" preciso ser não apenas aplicado, mas VIVIDO, como uma autêntica ocasião de abertura de alma que possibilite um efetivo au­xílio mutuo entre os casais da equipe. Para isso :

- nunca limitar-se ao "fis-não-fis"; procurar efe­tivamente soluções para as dificuldades; pedir testemunhos aos que têm uma e:~tperiência po­sitiva;

usar de espí rito inventivo, para evitar a rotina; mudar a maneira de realizar o contrôle se está demorado demais ou monótono; procurar foca­lizar mais aprofundamente ora uma obrigação , ora outra ;

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comentar algum trecho dos Estatutos ou de ou­tro documento oficial do Movimento, que possa ajudar a redescobrir o senti do das obrigações;

citar testemunhos escolhidos das Cartas Mensais ou das respostas do Casal de Ligação , aprovei­tando a ocasião para sublinhar a importância do intercâmbio, experiências entre as várias equi­pes;

formular perg untas "dirigidas" ou "gerais" para estimular a manifestação pessoal dos participan-

tes; por exemplo :

Que acha você que deveríamos fazer para melhorar .. . ?

Qual das obrigações é que mais tem ajudado você, na vida espiritual?

Qual a obrigação que, na prática , en­contra maior número de obstáculos?

- etc., etc ., etc .

3. PAPEl DO ASSISTENTE :

t muito importante. Deve "dar um •empurrãozinho" para ajudar o C. R. a " puxar" a equipe. Quando os argumentos dêste estão esgotados é preciso que o Assistente entre no jôgo. Para valorizar o sen­tido espiritual das obrigações , sua palavra é impres­cindível.

4 . ALGUMAS NOTAS PARA REFLEXÃO :

- "Depois do Oração um momento é consagrado à Partilho sõbre os obrigações dos Estatutos. Cada casal diz com 1ôdo o franqueza, !e observou as obrigações assumidas, consoante a Regra das Equioes, livr;:,mente aceito. . Esté bem no linho do verda dei ro caridade evon­géloco o prático dêste intercâmbio, o apelar co-n tõdo o simplicidade poro o auxílio mutuo fraternal . . " (Estatutos - pg 6)

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- " A prestação de contos nos torno verdadeiros d iante dos outros, os máscaras coem, o atmosfera se purifico; ficamos mais aptos o par­ticipar do presença do Cristo, prometido àqueles que se reunem em Seu Nome ... Mos é preciso que os ajudemos o fazer o Partilho; queremo, afirmar, de início, que não há fórmula unica!" (Corto Mensal - 5/59).

- "Quem diz Equipe :liz dinamismo; diz Responsável que coordeno e dirige; diZ solidariedade por porte de todos; disposição de carregar as fardos uns dos outro~ ... " (Gol. VI, 2).

- "Vêm-se no Equipe para os outros; os outros são responsáveis pelo nossa evolução espiritua l e do de nosso ler; do mesmo maneiro somos respcnsáveis pelos outros .. . " (Notas sôbre o Informação - pg. 2) .

- "Estou de o~ôrdo: o Correção fraterna é uma formo autêntico do Car:dade " (Ecl. XIX , 13; Ezeq. XXXIV, 4; Mot. XV III , 15; Gol. VI , 1; I Tim. V, 1).

- " E' preciso fazer a sí mesmos e aos outros o seguinte pergunta: Segundo as condições que Deus nos colocou, cumprimos com tôda c:o as nossos obrigações para com aqueles que, ao redor de nós, alguma coisa de nós esperem? . . . " (Manual do Responsável - pg. 5).

A REGRA DE VJDA

1. MOTIVAÇÃO:

Conseguir de nós mesmos os esforços necessoreos PARA realizarmos nossa vocação sobrenatural.

2 . PRÁTICA :

Consiste em DESLIGAR -SE ~ dos defeitos, do su­pérfluo, da rotina NUTRI R-SE - do Evangelho, da Eucaristia EXERCITAR-SE a realizar tal esfôrço, conseguir tal renuncia

3. DEFINIÇÃO : Não é a multiplicação das obrigações mas a escolha dos pontos sôbre os quais os quas deverão convergir em prioridade nossos esfôrços.

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4 . 1.a CONDIÇÃO :

Deve ser exigente, mas curta - um mínimo que custe, mas nunca deixe de ser cumprido .

5. 2.a CONDIÇÃO :

Deve ter uma orientação geral, mas ser precisa no detal he - tal esfôrço sôbre tal ponto .

6 . 3.'' CONDIÇÃO :

Deve ser escrita , para poder ser controlada e

7. 4 / CONDIÇÃO:

Revista , adatada segundo as circunstâncias e ac res­cida à medida que vem sendo ultrapassada .

8 . COMO ESTABELECE- LA :

Ref letir e rezar - retiro - recolhimento - dever de sentar-se - assistente da equipe ou confessor.

9. PERIGOS DA REGRA DE VIDA :

a I contentar-se com o mini mo alcançado b l limitar-se à letra , esquecendo-se do espír ito .

1 O. REGRA DE VIDA PESSOAL E REGRA DE VIDA EM COMUM :

A regra de vida é um princípio pessoal. É interes­san te ent retanto que se adote também uma regra de vida em comum .

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espiritualidade e ação nas

Equipes de Nossa Senhora

O editorial da Carta Mensal de abril despertou várias dúvi ­das entre os equipistas. Alguns chegaram a dizer com certo desapontamento que, si as Equipes de Nossa Senhora fazem ques­tão de ser consideradas como movimento "contemplativo", não correspondem àquilo que esperavam, nãc podendo permanecer nelas. É claro que as Equipes não pretendem convir a tôdos os casais cristãos. Mas seria pena si alguns chegassem a essa con ­clusão baseados num equívoco .

Não tentaremos aqui explicar qual o sentido que o .Jutor do editorial quiz lhe dar. Apenas chamamos a atenção para o fato de que o Pe. Caffarel em sua apresentação, diz que êle foca­liza apenas um aspecto do Movimento, que não é o único. Pre­ferimos dar um testemunho da visão que nós, como membros do Movimento, temos dêle e de como nos parece não haver nenhu ­ma contradição entre espiritual idade e ação nas E. N . S ..

Logo no incio dos Estatutos lemos a razão de ser das Equi­pes. Apresentam-se como uma resposta a casais que querem levar "uma vida integralmente cristã ... ". Casais que "ambicio­nam levar até o fim os compromissos de seu Batismo. . . faze ndo do Evangelho o estatuto da própria família" .

Vida integralmente cristã . . . compromissos do Batismo .

IC

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Somos cristãos e somos casados e para sermos fiéis ao nosso Batismo e Matrimônio temos que harmonizar em nossas vidas uma multiplicidade de aspectos decorrentes dos deveres que êsses sacramentos nos conferem: deveres para com Deus, o cônjuge, os filhos, a família em geral; deveres profissionais e para com a sociedade; deveres para com cada ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. Na prática, muitas vezes êsses diferen­tes aspectos de uma vida cristã total parecem entrar em contra­dição. Somos humanos, somos limitados. . . Quantas vezes observamos um excelente pai de família , mas que não se realiza da mesma forma na vida profissional . . . ou um apóstolo, admi­rável em sua dedicação no serviço dos outros, mas que por isso mesmo deixa de dar à mulher e aos filhos a devida atenção ..

A espiritualidade das E. N. S. habituando-nos à oração, ao estudo, a práticas como o Dever de Sentar-se ou os retiros, nos fornecem oportunidades e meios adequados para nos manter numa busca constante de equilíbrio entre essas várias exigências de nosso cristianismo. E, ainda nêsse particular, que dizer do valor do auxílio mútuo, através da correção, ou melhor de um diálogo fraterno? O companheiro de equipe que, com maior objetivi­dade do que nós mesmos, vê qual o aspecto de nossa vida cristã que se está hipertrofiando em prejuízo dos demais e que tem a franqueza de nô-lo dizer .

Não nos esqueçamos entretanto que a vida cristã integral, comporta necessariamente um aspecto missionário. "O cristão é um homem a quem Deus confiou todos os outros homens. Por isso nossos Estatutos insistem : as E. N . S. destinam-se a casa is que "querem ser por tôda a parte missiosórios de Cristo Devo­tados à Igreja, querem estar sempre prontos a responder aos a pêlos de seus bispos e sacerdotes."

Vivemos numa época em que a Igreja é governada pelo Papa do Concílio e da Mater et Magistra;. em que bispos e padres de nossa terra, como de todo o mundo se preocupam em levar os homens a uma maior compreensão entre si, a prática da jus­tiça social, ao amor dentro da unidade . Numa época destas o cristão que quer ser devotado à Igreja e responder aos apêlos

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ll

da h1erarquia, não pode se manter alheio a tudo isto. Para ser coerente consigo mesmo e com seus Estatutos, o Movimento da5 Equipes de Nossa Senhora deve nos levar a uma preocupação para com nossos irmãos, preocupação que tem de se traduzir em ação. E o equilíbrio interior que a Equipe nos ajuda a alcançar, deve fa­zer de nós melhores apóstolos. Compreendemos assim porque o Pe. Corbeil, nosso Assistente Geral, com aprovação do Centro Di­retor, quiz que cada membro das equipes que estão para se com­promissar, "assumisse um trabalho apostólico bem definido ... "

As Equipes de Nossa Senhora se dizem portanto movimento de espiritualidade porque não apresentam para o trabalho de seus membros um determinado setor de ação; mas essa mesma espi­ritualidade deve levó-los necessariamente ao apostolado, deixan­do-lhes abertos todos os campos, a fim de que escolham de acôrdo com suas tendências ou com as necessidades de tempo ou local.

Pode haver épocas na vida de um casal em que êste se creia dispensado de apostolado pelas exigências da vida familiar. Mas mesmo nos casos mais extremos, permanece a necessidade do apostolado pelo exemplo, pelo testemunho, de que fala o último editorial. E êsse estado deve ser encarado como anormal, mesmo que se prolongue por muito tempo, havendo sempre a disposição de, assim que possível, trabalhar por Cristo. E para aqueles que estão plenamente engajados, que se entregam de corpo e alma ao apostolado, e que assim estão sujeitos à incompreensão, à luta , ao desânimo, ao perigo do ativismo ou aquele que já menciona­mos do desiquilíbrio em sua própria vida cristã, a equipe tem que ser o lugar em que vão buscar e encontrar conforto, equilíbrio, compreensão, crítica sincera, amiga e construtiva, estímulo enfim paril continuar na luta pela própria santificação e pela dos outros .

Caberia aquí, para finalizar, um convite para um exame de consciência no plano individual e de equipe: entre os dois extre­mos, o de um ativismo sem preocupação de . um aperfeiçoamento espiritual e a atitude de egoísmo comodista que faz procurar na equipe apenas a solução dos problemas e o aparente desenvolvi­mento espiritual de nossa família, busquemos diante de Deus qual a nossa posição, retificando-a no que for preciso.

1:.!

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A:Jiuns casais de equipe movidos po1· essa preocupação de

não guardar para si tudo o que têm recebido de D eus, levando

cutros à uma promoção humana ao mesmo tempo material e espi­

ritual, vem 1ealizando interessantes trabalhos apo~tólicos. Tra ­

zemos a vocês o testemur:ho de um deles, convic.ando todos que

ff. nham algo a trasmitir a nos mandarem suas experiências. . .

11 Pedem-nos ooro escrever sõhre o nosso cxpenênc1a, no meio ope­réno. Será preciso, em primeiro lunar, contar como, despertados poro o oroblemo social, procurorr.os um corr!)o de trabalho e como, depois de encontrá-lo continuamos numa busca de ooerteiçoomento de nós mes­mos, o fim de que estejamos preparados poro o tarefa o que nos propuzemos.

Quando procuro mos os E. N. S., pensávamos encontrar ao lodo do formoçõo espiritual, um movimento que nos proporcionasse oportunidade de O('Õo social.

Passamos mais de um ano comparecendo às reuniões mensais de nosso equipe, com o estudo dos temos e o partilho de nossos problemas. Recebemos muito como auxílio fraterno, como calor humano e sentimos que o estudo dos temos e o dever de sentar-se, contr~buíram para que nos aproximássemos mais, um do outro.

Mos, persistia scmore o falto que sentíamos da ação, do oportu­nidade de dor de nós mesmos, num trabalho em que pudéssemos OJUdor o nosso próximo em contocto direto.

Movidos por esta insatisfação e até mesmo com angústia, pelo nosso oossividode diante do necessidade de ecôo que há em nossos dias, reso lvemos deixar os E. N . S. e procurar outro movimento que nos desse esta ooortunidode , ao lodo de formação espiritual.

Mas, não conseguimos por rr.;ito tefl"po, ficar afastados ae nosso equipe Já o ela estávamos ligados, de maneira tal, que nos sentimos obrigados o retroceder, e a elo voltamos novamente . E fomos ao encontro dêste movimento o que chamamos " Unicor" e que se dedica ao aposto­lodo no meio operário.

Há inúmeros setores de- ação, mos preferimos "pilotar " uma equipe de casais operários, pois assim estaríamos Juntos, no nosso trabalho .

Estas equ ipes são semelhantes às E. N . S.; formados e dirigidos per fre1 Luiz Mario Sortori , o. f . m. , são chamadas "Comunidades de Fa ­mílias Operárias ''.

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I

Nossos reun1óes são onenladas pelo pároco do ba~rro (quando pos ­sível), por Missionános de Cristo Operário (freiras leigas que dedicam suas vidas ao movimento ooerário} e por nós, que desempenhamos o papel de "pilôto11 e ''animador".

Lê-se e explica-se o Evangelho com aplicação à vida dos casais, reza-se e exolica-se um salmo, foz:-se a tomado de contas e uma par­tilho , como nas nossas equipes.

Nossos casais operários, que pertencem o êste movimento, assumem o corrpromisso também de agir em sociedade e prestam contas desta ação. A isto chamamos "caridade social" e é a aplicação apostólico dos temas estudados - na fábrica - no bairro - no sindicato.

E' o iniciação da Mística Operário - e êles recebem formação e aprendem o técnica especializado de Acão Católico , poro poderem :JQI J

no próprio ambiente , transmitind o.

E' ouose imoossívcl descrever uma destas reuniões. Cremos não poder trânsmitir, · o quem nos lé, o ambiente , a fé , a alegria e a esperança dos nossos operários.

Se conseguirmos dor a éles muita coisa, não sabemos. Mas é certo que dêfes recebemos grandes lições de expontaneidade, de autenticidade e mesma de generosidade.

Temos o certeza, agora, de estarmos fazendo oloumo coisa , com o qual nos possamos apresentar diante do Cristo auando tivermos que dialogar com ~le . E' ao Seu encontro que caminhamos e pretendemos com os ooerários e através dêles, amá-Lo melhor e dar testemunho dêste amor.

Não fazemos oorte só da Comunidade de famílias. Participamos tarrbém, junto com os operários, de um curso de Doutrina Social da Igreja e formação . Com o tempo, pensamos poder - pelo amizade que vai se estabelecendo entre nós - oenetrar e agir nas famílias, oju dando-as na sua promoção tanto moral como social.

Não somos nós só, a trabalhar no meio or>erário. Outros casais de nossa equipe estão agora " pilotando" ComunidÇJdes de famílias ope­rárias . Estamos divididos entre Vila Brosilõndia e Perús e sabemos que de outros equipes de Nossa Senhora, casais estão procurando a direção da "Unicor" e começam a fazer o mesmo trabalho .

Nas Equipes nos fortalecemos espiritualmente e recebemos formação em assuntos matrimcniais; na Unicor, levamos a out ros esta formação e acreditamos poder ajudá- los para um maior crescimento espirituaL

Numa época como a nossa - em que tõda uma geração despertÇJ, em que o Brasil é sacudido por uma onda de "renovação social", sob o pontífice do '· Meter et Maoistra" - acreditamos no entanto, que todos os casais que foram buscar nas E. N. S. maior perfeição espiritual deve­nem meditar na obrigação do cristão autêntico de levar o Cristo o todas as camadas da sociedade e de procurá- Lo onde, muitos vêzes, sem oue q saibamos, ~le está C nossa espero ''

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o Concílio e nós No Encontro lnternoctonol dos Responsóve1s (Pons), o sr . Jean

Pierre Dubois- Dumée, diretor de ' lnformations Catholiques lnternatio­nales" c da 'Vie Cotholique 11\ustrée'', pronunciou uma conferência sôbre o Concílio. Apresentamos agora suas conclusões, pois o Igreja espera de todos os seus filhos aue tomem conhecimento do grande aconteci ­mento que prepara-se, afim de rr:oh.tltzor tõdos os 5uas forças €Spintuoi s.

Assunto dos Bispos de direito e de fato, o Concílio deve no entanto ser também "assunto de todos", para obter o sucesso de­sejado por João XX 111 . Então, que devemos, que podemos nós fazer? Como colocarmo-nos em "estado de Concílio", em es­tado de missão " ou "em estado de graça" .

1. - ~ste período de vida intensa, devemos vive-lo nós m~s­mos intensamente , em nossa capacidade. Não temos que "fazer" o Concilio, temos que carrega-lo com humildade, discreta mas eficazmente. E desde que êle é primeiramente uma revisão de vida, uma purificação, conduz - nos a fazer nossa própria revi­~õo de vida, no mesmo espírito e sôbre os mesmos temas. Será que a mensagem passa "ao largo" de nós? O que a impede de ?tinjir nessas irmãos separados? Não é o exame de consciência dos outros que temos a fazer, exercício êsse facil demais (e tam­bém frequente demais, infelizmente) . Não é também aquêle aos dirigentes , ou o da Igreja, é o nossa. Pode-se dizer que até ni, nada de extraordinário. Mas a Concílio, justamente, não nos convida a fazer coisas espetaculares. É uma renovação de vida espiritual e apostólica , repetimos, um olhar novo, uma volta à pureza do Evangelho. A nós de ver então, o que nas atrapalha, a que atraza nosso caminhar o que obscurece, de nossa parte, a mensagem do Evangelho e da IgreJa . Antes de ser um programa dou trinai ou disc iplinar, o Concílio e uma atitude humilde e lú ­ci dn que nó~ somos chamados a cop1ar

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2. - Uma vez que o Concilio exammará todos os grandes pro­blemas da lgreia. atravéz ds 8.972 votos extr2idos das consul ­tas, porque não nos aplicarmos a conhecer melhor êsses proble­mas, a considerarmo-los como nossos e não somente dos círculos 'uperiores - nêo par2 pretender resolve-los melhor mas ~'m­plesmente para compreende-los e para vive-los melhor.

Um Concilio não é um parlamento composto de deputados eleitos; não é uma assembleia como as Nações Unidas, onde cada pais envia representantes; não é um comité de empreendimentos, tundado nas relações entre patrões e operá rios ; não é um exer­cício esportivo, uma competição entre equipes adversárias sob 2

direção de um juiz. Um Concílio é uma reunião de um tipo muito especial, onde cada bispo representa verdadeiramente sua diocese e onde todos os bispos são responsáve is por tõda a Igreja .

Si eu lesse obrigado a uma comparação diria que o Concí ­l•o é um grande conselho de família da Igreja, o conselho que reune-se $Ob a autoridade do chefe de família, para discutir um problema grave e tomar em conjunto as decisões que se im­põem. A Igreja é nossa família espiritual, como temos uma família carnal. Já que somos "da família " temos o direito e mais ainda o dever de estar a par de seus negócios. Não esta­ríamos em estado de Concílio, se durante êsse período não nos mantivéssemos informados especialmente sábre a natureza da Igreja e os grandes assuntos possíveis de discussão: o diaconato, a formação e repartição do clero, os direitos e deveres dos leigos, a reforma da liturgia, os métodos de apostolado missionário ... e se não fizéssemos tornar conhecido os resultados de nossas en­quetes ou reflexões.

. A Igreja não deve fazer leigos arrogantes; mas também não eleve faze-los afônicos.

Um2 circulação de idéias deve axist 1r no seio da Igreja , como há uma c~rcu lacão de méritos. de sof rimentos. de aleqrias. S.cria prec1so repet~r aqui o célebre texto de Pio XII sàbre a nr.­çessidade de opiniãc pútlica dentro da lgreia? Lamento que não tenha h'lvido at& agora. mais enquetes como ã OUE' f0i proposta a vocês oelo Pe. Caffarcl sob o título "Os Casais e o Concílio"

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. . z i :: o Q u e v a • l ,; p e a s : e Q u i p e s :

Paris. junho de 1962

Ca'ros Amigos

Pode àconteccr que folheando um livro, encontre-se muito bem expresso aquilo que se tinha o desejo de dizer. Talvez nãó seja necessário abusar disso e muito frequêntcmente substituir a carta ao cspôso pela bela carta de amor de um autor célebre! Uma vei não é costume, e nós lhes citaremos hoje, uma passagem éle uma das Cartas às Fraternidades do Padre Voillaume. Ela expri-. me exatamente nossa preocupação de que a união seja muito viva entre nós.

''Se algumas vezes eu insisto tanto, a respeito da união que deve existir entre nós, é porque ela não é somente um dever de caridade fraterna, mas mais profundamente uma vida que circula entre nós. S.ua fé sôbre êste ponto deve ser firme, porque há um mistério de vida e de união ao Cristo que nos faz um só corpo com ~le . Quando um Irmão ora, todos os lrmõós oram cóm ête; quando um Irmão pena, trabalhando, deve compreender que é em nome de todos seus· irmãos. tle faz pa rte assim da­quele que se dedica ao a lívio das misérias humanas. Um só não pode' fazer. rudo .~s . todos em comum podemos, num único e

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mesmo amor, viver o Evangelho sob todos os aspectos. Existe uma fôrça para o Irmão marítimo ou nômade, por exemplo, que não pode, empre, orar longamente diante do Santo Sacramento, meditar na capela da fraternidade da adoração onde seus irmão estão em oração por êle e com êle. Um dia será sua vez d levar esta vida de oração silenciosa aos pés do Cristo em seu sa· cramento.

Nosso amor, assim que cresce, nos faz pouco a pouco desejar estar em todos os lugares ao mesmo tempo: nós quereríamos doar­nos aos trabalhadores, aos árabes, aos russos, estar na América e na Asia. ~ste desejo missionário imenso que aumenta sem ces­sar e engrandece o coração e a oração, torna-se uma realidade assim que somos um com nossos Irmãos, disp rsados por terras c meios os mais diversos.

Um de vocês me disse que outrora êle se perguntava como faria para realizar sua vocação que o conduzia igualmente a povos diferentes ·- o que er , para êle, um sofrimento - mas que desde sua entrada para a Fraternidade, sentia seus desejos rcali· zados pois onde êle não podia ir outros Irmãos iam em seu nome: e era como se êle mesmo fôsse! ~ uma das alegrias da nossa vocação, como de tôda vocação contemplativa. Sejam ambicio· sos neste ponto, como Santa Tereza do Menino Jesus, que queria ser missionária no mundo inteiro; como o Irmão Charles que que· ria ir "até a extremidade do mundo" por Jesus e seu Evangelho."

"Quando um Irmão ora, todos os Irmãos oram com éle." Nas Equipes é a mesma coisa: a união entre nós ·deve fazer que seja· mos todos junto dêsse casal desconhecido que vela a criança doente, junto do lar do médico que partiu para a Coréia para cuidar dos leprosos, junto déste outro que trabalha para .mplantar as Equi· pes num grupo de professôres madagascarenses, com êste que ora. Sofrendo com os que sofrem, alegrando-se com os que se ale­gram, orando com os que oram. "Ló, onde nós não podemos ir, outros vão em nosso nome." ~ suficiente que queiramos, dese· jando esta união entre nós, muito forte e trabalhando por ela.

Nós reafirmamos nossa união a todos, caros amigos, em Cristo Jesus.

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P. S. Está programada para JUlho proximo, um.a Reunião Esp -cial para casais equipistas em geral, que residam fóra da

França e da Suissa. Sua duração será de 6 dias, sendo os 3 pri ­meiros de reuniões e encontros, e o 3 últimos reservados para um Retiro. Local: Chartreus de Sosserville IMeurthe-et-Moselel - França. Datas: Encontros -de 21 à 24 de julho. Retiro : de 24 à 27 de julho. Inscrições e detalhes: Centro Diretor das ENS - 20, Rue des Apennis - Pari 1 7.

CORREIO DO MUNDO

Ilha Maurício

Cada ;~no, a Equipe de Setor da Ilha Maurício organiza um en contro para todos os equipistas. Neste ano, mais de 70 casais atenderam à convocação. Nessa pequena ilha onde as raças con ­vivem sem misturar-se, as reuniões do Movimento reunem frc: ­ternalmente casais de origem francesa. africana e chinesa: todo cidadãos ingleses!

''A missa, celebrada por Mons. Margéot, Assistente do Se­tor, foi o ponto lto do encontro. Nas reuniões o assunto mai tratado foi o "engajamento" pois, ousamos dizer, é um dos pon­tos fracos. Depois, Pe. Souchon contou vivamente seus conta­tos com as Equipes na Europa onde passou várias semanas. Fa­lou-nos, em seguida, de sua passagem pela fndia, particularmente por Nova Delhi, onde participou de reuniões de informação sôbre as Equipes. ~ste assistente conseguiu nos comunicar seu entu­siasmo pelo trabalho do Movimento e sua irradiação" .

NOVA DELHI \lndial

Um casal de Amiens partiu para a. lndias em meados do ano passado. Desejoso de entrar em contacto com casais indús para fazer com que aproveitassem do que .haviam descoberto graças à'>

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Equipes, foram procurar o btspo de sua localidade, que lhes deu o conselho de se agregarem a um grupo de casais dos quais era capelão. Uma causa puxando outra , foram levados a nos anun­ciar que iriam fazer, em fins de fevereiro, três reuniões de infor­mação diante de 45 casais indús. Grande foi sua emoção nas ~emanas que precederam essa reunião, e tôdas as suas cartas nos convidavam à oração e pediam que lhes envióssemos conselhos e documentos. ~lés p_róprios se preparavam pela missa frequente e oração cotidiana. A Providência velava. Seria muito longo narrar como, em Paris, tiveram a ~orte de se comunicarem com um assistente da Ilha Mauricio, o Pe. Souchon, que acabava de participar de uma Reunião de Dirigentes e que devia voltar à Ilha fazendo escala nas lndias . Efetivamente, é êle o respon­sável em Mauricio pela missão indú; Conseguindo acerta r sua via­gem de modo a se encontrar em Nova Delhi nas datas desejadas tomou parte nas três reuntoes. Um breve aerograma trouxe a notícia de que as 3 reuniões fo­ram bôas, que vários casais se interessaram : "Parece pois que a> condições sejam das mais favoráveis, e desejo de coração o êxito dessa primeira equipe nêsse territorio de 430.000 . 000 de almas onde logo se colocarão terríveis problemas familiares e conjugais".

KATHMANDU ! Nep.11i

Não é uma equipe em formação que encontramos aí, mas um casal de uma equipe por correspindência especialmente isolado : o ma rodo é médico em um hospital da Cruz-Vermelha : "Encon­tramo-nos aqui a 3 . 750 ms. de altitude . Os europeus mais próximos encontram-se a oito dias de marcha daquí, a capela mais próxima a 15 dias 1 Não existem, aliós, "missões" por aqui , mas· jesuítas que têm uma escola p_ara meninos e Irmãs que têm uma escola para · meninas·. Não existem paróquias, nem batiza­dos. Pedimos as orações de tôdos para nós e para esta terra ."

Ruptura . . .

Em janeiro ú lttmo um CdSal de médicos, pertencente há dois anos a uma equipe, comunicou por carta ao Secretariado

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Geral que dentro de alguns mêses deveria partir para a. Co­réia, com mulher e filhos. Responderam-lhe que gosta­riam de vê-los antes de partirem, si se apresentasse alguma ocasião de irem a Paris. Um encontro teve lugar. Ficararr sabendo que essa partida se fazia dentro do quadro de uma organização católica de auxílio ao Terceiro-Mundo, e que a mesma constituía, para o jovem casal, respo.sta a um apêlo m1SS10nono. Pediram-lhes que comunicassem por escrito, para tôdos os membros das Equipes, o que pudessem dizer sôbre essa partida e êsse apêlo. Foi com tôda simplici· dade que responderam, pouco tempo depois de sua chegada à Coréia; entregamos a vocês sua "co-participação":

"Tudo que fizerdes ao menor· dos meus, é a mim que o fa ­reis" . Talvês seja essa frase que esteja na base de nossa partida. A miséria do Terceiro-Mundo no shavia comovido . Hav íamos tido ocasião de descobri-la durante viagens anteriores em alguns paíse, em via de desenvolvimento .

Estavamos confortavelmente instalados há alguns anos num pequeno pôrto de pesca bem sossegado. Deus nos c!eu a graça de romper com os laços que nos prendiam a êsse conforto. A grande onda de miséria que ruge em certas regiões imensas do mundo é muito forte para nos embalar. Não podemos adormecer agora . Como médico e enfermeira, parecia-nos terrivelmente insuficiente não fazer mais do que aliviar, ou algumas vezes prolongar êsses irmãos, sabendo que, apenas curados, sofreriam de novo fome e frio, chegando às vezes a lhes causar a morte. A existência de equipes de assistentes técnicos poli-valentes, animados do ideal de "Economia e Humanismo" nos satisfez tão plenamente que não pudemos resistir à tentação de fazer parte de uma delas: ao lado do médico e da enfermeira, há engenheiros agrônomos, profes­sores, monitores técnicos de construção, de indústria ou de agri ­cultura, capazes de ajudar seus irmãos desprovidos a encontrar abrigo, alimentação mais abundante e trabalho mais rendoso. Isso,

.ao mesmo ter(lpo que favorecem as estruturas que podem permitir

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um desehvolvimento harmon1oso do homem feito de carne e espí­rito, faz dessas equipes de base um excelente instrumento de de­senvolvimento econômico e humano. Com a ajuda da graça e tam­bém de nossa experiência das Equipes de Nossa Senhora, partimos, pois. Chegamos agora no "país da manhã calma". As primeiras dificuldades de aclimatação retardaram essa breve carta. tsse atrazo permitiu confrontar um pouco nosso ideal com a realidade. Assim, ficamos sabendo que o coreano come 2 quilos de carne por ano. Vimos que a medicina rural na Coréia é inexistente. Os coreanos querem sair dessa situação, almejam por assistentes téc­nicos, ardem de espírito de iniciativa. Têm médicos excelentes, mas sõmente nas cidades. Têm tambem sêde de Deus. Vamos deixar que se saciem apenas com o marxismo?

Dentro em breve tentarei apresentar-lhes as concepções da família na Coréia e que contribuição as Equipes talvês possam dar aos lares daqui."

Contra-ventos • ft'tarés . ..

Uma equipe composta de casais belgas residentes no Congo foi particularmente provada em 60-61 . Os acontecimentos do Canga provocaram primeiro a morte do Re ponsável, e vários transtôrnos nos outros lares. Eis aqui o relatório da reunião de balanço, feito pela viúva do Responsável:

"Essa reunião de balanço foi extremamente positiva. Uma equipe terrivelmente sacudida, mas que, no conjunto aguentou muito bem o golpe e ultrapassou as terr íveis provações dêste ano !morte de André Ryckmans, desêmprego, separações, incerteza do amanhã, mêses de cohabitação com parentes, transtõrnos para as crianças). Vontade de progredir, de continuar a fazer parte do Movimento, alegria de continuar .ntegrados nêle, esfôrço mantido para estudar um tema difícil ... , eis o que ressalta de nosso "balanço".

O tema de estudos CO Mistério de Maria! foi estudado conscienciosamente e a opinião unânime é que será preciso voltar

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a êle num outro ano. Nossa equipe o havia escolhido justamente para mostrar seu desejo de fazer parte do Movimento, uma vez que êsse tema é obrigatório para tôdas as equipes antes de seu sexto ano.

Dois casais fizeram retiro. Um outro, recolhimento. E o último, de volta de Usumbura, há oito dias, tomou a firme reso­lução de o fazer nos próximos mêses.

A reunião de balanço foi uma grande alegria para tõdos nós pois ficamos conhecendo o último casal que entrou na equipe. No decorrer da reunião salientamos a questão do Compromisso. Si não pedimos durante êste ano para sermos definitivamente admi­tidos no Movimento, foi porque nossa instabilidade era tal que não podíamos ainda imaginar de que modo nossa equipe· iria fun­cionar; agora que realisamos a adaptação, é de tõdo coração que cada casal deseja o Compromisso da equipe. Pensamos aprovei­tar a presen a na Europa de alguns casais para fixar a cerimônia do compromisso para a festa de Cristo-Rei, pedindo aos casais ausentes que se unam nêsse dia a tôda a equipe pela Missa."

VIDA D MOVIM NTO

Compromisso Foram as seguintes as equipes que fizeram seu Compromisso: França: Agen I , Bordeaux 6, Caen

3, Coutances I, Gréret 1, Lyon I O, Paris 49, Paris 70, Roye 2, Saint-Etienne 11, Salon 3.

Filiii~Õo Com alegria comunicamos a Filiação das seguintes equi-pes - Austrillia: Melborne 2 - Espanha; Barcelona

38, 40 - E tados Unidos: Boston 2, Nova York 2 - França: Antibes 2, Argentan I, Auxerre 2, Bastia 2, Dunkerque, 4, Fon­teainebleau 4, Grandvilliers 'I, La Ciotat I, Le Chesnay 3, Mont­·de-Marsan 3, Paris 81, Saumur I, 2, Strasborg 3, Toulon, Troyes 13 - ltillia: Turin 2 - Sui~a: Pully I.

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NOTICIAS DE JAú

Auxilio Mútuo Um casal equipista , após assistir a uma confe-rência religiosa regressa a Pederneiras onde re­

side. ~ noite e o perigo os espreita . Um grande desastre de au­tomóvel os colhe e são transportados para a cidade de J aú . Cor­rem risco de vida . Acorrem os equipistas. . . todos querem acud,-los, auxiliá- los . . . organizam-se horas de vigília, sucedem se as atenções, as preces . . . Na Capela da Santa Casa realiza-sE uma Hora Santa . Meditação profunda e comovente de Cônegc Pedro. E Deus em sua bondade houve por bem selvá- los e < prece de súplica transforma- se, em seguida , em um ato de gra­tidão e de amor Àquele que os ouviu

Curso de Preparação ao Casamento Está em func ionamento o 3.c Curso de Preparação ao Ca

samcnto, promovido pela ENS de Jaú, sob a responsabi lidade dE Stella e Edward Romão. O curso tem alcançado óti mos resulta dos e vários casais de noivos encantados com o Movimento jé pedem para si um lugar nas Equipes.

Férias na praia Quatro casais equipistas reuniram-se para un descanso, com a "filharada" tô<:!a . Diversõe

sadias, conversas joviais e construtivas, bom humor e camarada gem. A pequena capela abrigava quase tôdas as manhãs os ca sais que em companhia de seus filhos iam receber a Sagrada Co munhão. Antes do almôço, tomado em uma pensão à beira-mar todos juntos elevavam a Deus uma prece de grat idão e de amor Provôvelmente êste testemunho de vida cristã dos casais jauense irá ficar ainda por algum tempo gravado no coração da branc cidadezinha praiana.

Estudo do Tema Tempo escasso. Muito trabalho. Tema estu dado apresentando ainda algumas dúvidas. C

espôso sai em viagem de negócios para cidade distante . De ló

VIII

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NOTICIAS DE JAú

Auxílio Mútuo Um casal equipista, após assistir a uma confe-rência religiosa regressa a Pederneiras onde re­

side. ~ noite e o perigo os espreita . Um grande desastre de au­tomóvel os colhe e são transportados para a cidade de Jaú. Cor­rem risco de vida . Acorrem os equipistas. . . todos querem acud,-los, auxiliá- los . . . organizam-se horas de vigília, sucedem­se as atenções, as preces . . . Na Capela da Santa Casa realiza-se uma Hora Santa . Meditação profunda e comovente de Cônego Pedro. E Deus em sua bondade houve por bem selvó-los e a prece de súplica transforma-se, em seguida, em um ato de gra ­tidão e de amor Àquele que os ouviu

Curso de Pr .1raçõo ao Cuamento Está em func ionamento o 3 .0

Curso de Preparação ao Ca­amcnto, promovido pelas ENS de Jaú, sob a responsabilidade de

Stella e Edward Romão. O curso tem alcançado ótimos resulta­dos e vários casais de noivos encantados com o Movimento já pedem para si um lugar nas Equipes.

Férias na pro~ia Quatro casais equipistas reuniram-se para um descanso, com a "filharada" tôêla. Diversões

sadias, conversas joviais e construtivas, bom humor e camarada­gem. A pequena capela abrigava quase tôdas as manhãs os ca ­sais que em companhia de seus filhos iam receber a Sagrada Co­munhão. Antes do almôço, tomado em uma pensão à beira-mar, todos juntos elevavam a Deus uma prece de gratidão e de amor. Provàvelmente êste testemunho de vida cristã dos casais jauenses irá ficar ainda por algum tempo gravado no coração da branca cidadezinha praiana .

Estudo do Tema Tempo escasso. Muito trabalho. Tema estu­dado apresentando ainda algumas dúvidas. O

espôso sai em viagem de negócios para cidade distante . De 16,

VIII

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pede uma ligação telefônica para sua casa e troca com a espõsa idéias a respeito. Ela lê trechos, discutem, resolvem e chegam enfim a uma conclusão. E o tema saiu mesmo "estudado a dois" ...

LANÇAMENTO "BOSSA NOVA" . .

Dia 1.0 de maio último a Equipe Pederneiras tSPl resolveu co­memorar a Páscoa com missa, comunhão geral e piquenique na fazenda dos grandes amigos Elisa e Jason Pereira . E como seis novos casais tinham acabado de ser convidados pelo Ass.stente para form rem a Equipe 2, êsses casais, suas familias, e os pilotos também foram convidados. Pode não ser nôvo, mas deve ser raro êsse tipo de comêço de formação de uma Equipe : os "novos" participarem da missa recitada pelos "velhos" e por êles próprios, verem-se aproximar-se da mesa da comunhão, depois tomarem os lanches em comum sob a sombra de u'a mangueira e ó tarde caírem todos num "racha futebolístico no terre iro de café, com a participação do Ass istente . Era de ver-se um Baraúna com seus tremendos "pelotaços", os dois goleiros João Ferreira e Francisco Ruiz Fernandes cada qual mais técnico e arrojado do que o outro , um Aluísio chutando tudo, até o próprio salto do sapato, os pilo­tos Adônis (da 2 .a I e Contador (da 1 .a l dando autênticas li ­ções pelesianas . . . Sem falar nos "velhos" Chacón , Eugênio, Ni­quinho, Caetano e Durval . . . Os adversários do Pe. Darcy sus­tentavam a opinião de que "Gôl de Padre" não vale! - Mas não se pense que as senhoras sõmente souberam preparar os deliciosos quitutes, o qu aliás j6 seria bastante. Não. Donas Alba, Anita, Elisa, C ida e Odete, ao lado das menos jovens (em Equipe ... l, também se mostraram exímias saltadoras de corda e torcedoras de futebol. - Enfim, conversas animadas, brincadeiras sadias, pi­lhérias sãs - completaram um dia alegre e diferente . Vamos agora esperar pelos frutos dêsse dia , na fo rmação de uma Equipe, e na confirmação de outra .

IX

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ALEGR MO-NOS COM !LES

9 / 3 Maria Raquel J ulieta e Antonio Soares Eq. NaSa do ~rasil - São Paulo

9 / 4 Myriam Rejane Neyde e João Paulo Muniz Eq. NaSa da lm, Coneei ão - C1eond

9 / 4 Romilda Maria Romilda e João Batista Buoro Eq. NaSa da Con olação - Jaú

21 / 5 Sérg1o Lília e Millo Carli M<~ntovani Eq. N-aS du Dor s - Cuaxupé

Maria Silvia e Guilherme Junqueira q. NaSa da Unida e - São P ui

Veronique e Jacques Six Eq. NaSa do Amor - S. J. dos Campos

DEUS CHAMOU A SI

Do Luis do Amaral Mansinho, Arcebispo de! Ribeirão Preto, um dos primeiros Assistentes das Equipes daquela Cidade, fa leceu, para grande dor de seus diocesanos e nossa, no dia 24 de abril . Falar do seu trabalho, de sua dedicação, de seu amor, para com seu rebanho, aqui neste canto da Carta Mensal, seria extremamente difícil pelo muito que realizou e pelo muito que teríamos que dizer. Aos nossos irmãos riberopretanos unidos estamos à sua dor, e a todos pedimos pe la alma de Dom Mousinho, pela Arquidiocese de Ribeirão Preto e pelas Equipes alí existentes

X

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ORAÇÃO PELO COHCfLIO

"'ropomn quo, em nda quarta- feira, haja .... momettto ,.rticulat

,ara o Concílio, na Orasio em Famill.. Para marcar ista teelpo,

11•ra lemllrar- nos llem o t .. ., sentir .a -• filtl 1 u.wH Cl·

télic ea4a - · ti9Me _.,..., ..,.Jtet:~....e para hma."

Caro equipista, reveja i sua Cartól Mensal de março último; na pag.

26, Olliot iYN llo 11 Concílio Vaticano ..,. pag. l, d de a ril,

4o Centro Diretor, e na p g. 20, Orqi• Jo. CettcUio Ecumênico.

e par.~ tenninar, pedimos rever, na última Cartta Mensal, pag.

XVI, o 11osso a .... o.

Então, como ê? V mo~ nos unir à tôda " lgre que pede ao

Senhor pelo sucesso do Concílio Ecumênico que se aproxima?

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CALENDÁRIO

Retiro em Jaú j~l 2!-29

ago' 24-26

25-26

•· . . '

out 12-14

26-28

31 - 4

nov 23-25

de:~: 2

4

e iro em· Bar"ueri

; O'ias ·de ' 'Estudos· 'Diocesmos· das Equipes ' ligadas à· coordenação de São João da Boa Vista

.... . · ... Reunião dos C. !-- - Setor_ SP-A., . .

Em. Sôo Paulo: início dos Cursos de. Preparação ao Casamento do segundo semestre · . . Retiro em Valinhos !Chácara das Missionárias)

•Pregador: Frei Barruel de Langenest, op

'Retiro em Campinas

Retiro p•ra Dirigentes e Responsáveit Pregador : Pe. Caffarel

Retiro em Baruen Pregador: Pe. Eugênio Charboneau, esc

Recolhimento

Reunião de C. L - Setor SP-A

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Outras enquetes do mesmo gênero podenam ser promovrdas em outros assuntos, por exemplo, o da liturgia e o das questões so­ciais É uma das manerras pelas quars se ená em estado de Con­<.ilio.

3. Aqui está a;;ora uma outra aplr.:açco do mesmo principie segundo o qual devemos reproduzir, e como que alargar, as con­dições do sucesso do Concilio. Imaginem que os participantes não tacam nenhum esfôrço no sentido de conhecer e compreen­der os problemas de seus colegas de outros paizes . Que poderia sair de bom de um tal encontro? O Concílio é uma manifestação do que o Cardeal Feltin denomina a dimensão horizontal da Igre­ja , em outros têrmos, a catolicidade Em no~so próprio nivel devemos nêsse período privilegiado, desenvolver nosso conhe­cimento, uns dos outros. Sal:emos, por exemplo, quem é Kasa­buvu ou Tschombé. . conheceremos tão bem a situação reli ­giosa do Congo? (sem fãlar do nome do arcebispo de Léopoldvill e ou de seu auxiliar i? Não seria escandaloso, nessa grande famí­lra que nós somos, não sermos capazes de sofrer com no~sos irmãos que sofrem e alegrarmo-nos com os que estão felizes? Preconceitos demais nos separam. Os católicos francezes tem tendência a JUigarem-~e os primeiros na Igreja a "filha mais velha" como se diz; os católicos espanhóis também ; os católicos irlandeses igualmente. . sem falar nos outros. . . Esforcemo- nos por olhar a Igreja em tóda a sua extensão se quizermos com­oreender os problemas que serão debatidos em Roma e as deci ­oões que serão tomadas .

4 - A respeito de nossos rrmãos separados, a atitude deve ser a mesma . Vocês conhecem êste gesto comovente : à mesma hora em que João XXIII recebia no Vaticano o Dr . Fischer, ex­primaz da Igreja Anglicana, os vigários ingleses tinham decidido visi tar os pa:;tores protestantes que residiam em suas respectivas paróquias. . Esta visita do Dr. Fischer não tinha como finalidade restaurar a unidàde. Hó etapas em direção à unidade, explicou João XXII I : o diálogo, a discussão e a reunião. O Concílio é il abertura do diálogo. Façamos o mesmo . Aproveitemos tódas as ocasiões que nos forem dadas. nêste período, para aprender il melhor conhecer nossos rrmãos separJdO!>, ' uil \ dificuldades pJ -

li'

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raleias às nossas, a mane1ra como eles vivem sua fê, seus mé­todos de apostolado, suas esperanças. Nada mais, mas nada menos.

5. Não se compreenderá nada do Concilio se não se perce­ber sua essência misteriosa: uma submissão à Deus na oração. um ato de culto, uma celebração. "O Concilio em si e uma g randiosa oração" escreveram os bispos holandezes. Uma ora­ção de súplica e uma oração de ação de graças.

"ó Mãe Igreja, dizia S. Agostinho, Tu ensinas as crianças com carinho, aos jovens com fàrça, aos velhos com doçura; e cada um dêles não segundo a maturidade de sua idade, mas se­gundo a maturidade de sua inteligência. lncansàvelmente Tu nos ensinas para quem deve ir a honra e o respei to e a quem o castigo e a reprimenda. Tu nos fazes compreender que tudc não volta a todos, mas que a todos volta a caridade e a ninguem a injustiça" . Associarmo-nos ao Concílio é associarmo-nos à grande visão e à essa grande oração de tôda a Igreja.

De quem depende então o sucesso final, visível ou invisí­vel, da assembléia que se prepara, sinão, e afinal de contas, de Espírito Santo? É êle quem conduz a barca, nós não somos mais do que remadores, bem depressa fatigados. . Rezemos pois, ao Espírito Santo, dia após dia, rezemos com tôdas as nossas fôrças. rezemos em família, rezemos em tôdas as missas. Então e sá­mente então poderemos esperar que o Concilio seja verdadeira­mente, segundo a expressão que citei há pouco, uma destum­t::rante "primavera da Igreja".

Depois dêste texto, julgamos oportuna convidá-los a lêr a baixa, o apêlo à oração que o Pe. Coffarel lançou a todos os membras da Movimento e particularmente aos 'adoradores noturnos". Relembramos que já pedimos em Corto Mensal anterior, e insistimos novamente hoje, o que todas os casais dos E.N.S. consagrem um m:>mento da Oração Familiar, cada 4a feira oara rezar oelo Concílio Ecumênico.

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Há um meio mais poderoso que todos para obter uma reno­

vação do Matrimônio Cristão no mundo e minha conclusão será

convidar vocês a recorrer à oração unida à penitência e um

grande esfôrço de renovação cristã em cada um de seus lares.

Nós pedimos a vocês que essa intenção de renovação do

Matrimônio Cristão esteja presente nas orações até o encerra­

mento do Concílio , na oração conjugal , familiar , de equipe, na

oração dos setores .

Que seja ambém a grande intenção dos "adoradores". . Faço

um apêlo, assim , a todos os casais que se apresentaram volunta­

riamente para assegurar uma hora de oração no correr da noite ,

uma ve:r por mês , em resposta a nosso apêlo de dois anos atrás.

Como hó entre vocês alguns casais que ainda não pertenciam

às Equipes naquela época , vou explicar em duas palavras qual

foi nossa intenção . . Pensamos que seria de grande importância

para o Movimento, que tôdas as noites , da meia-noite às seis

horas de manhã , se sucedessem de hora em hora os casais vo­

luntários para re:rar pelo Movimento , para re:rar por todos os

Equipistas, para re:rar pelas grandes intenções da Igreja. Ràpi­

damente encontramos 340 voluntários. É para os equipistas

como para nós , o Centro Diretor, uma fôrça , uma segurança pen­

sar nessa cadeia ininterrupta de oração ao correr da noite . A

estes, portanto , pedimos adotar nossa grande intenção : UMA

RENOVAÇÃO DA IGREJA E UMA RENOVACAO DO MATRI­

MôNIO. E fa:remos votos que outros casais venham juntar-se

aos primeiros "adoradores" afim de serem dentro da Igreja, êsses

permanentes da oração em favor do jlráximo Concílio.

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"enquetes" 1961, ... e 1962

O Pe. Caffarel, no Encontro Internacional , disse alnumas palavras sóbrc o inquérito do ano passado: ~'Os Casais c o Concilio", e dos que seriam lançados em 1962, assirr. como seriam difundidos os resultados. Vocês acharão, abai xo, um resumo dos notas tomados durante suo explanação.

Bem longe de presentar uma poeira de sugestões e de votos díspares, como alguns havíam predito, nosso inquerito do ano pas­sado faz claramente sobressair os desejos e votos comuns à maio­ria dos casais das Equipes. É verdade que os 3 .000 casais que participaram do mesmo são apenas uma pequena amostra dos lares cristãos em todo o mundo. Não impede que através de suas respostas possa-se adivinhar, sem dificuldades, as aspirações da grande massa dos lares cristãos. E é ainda confirmado pelo fat ·:> de serem os mesmos os desejos expressos pelos casais consultados independentemente de sua nacionalidade : alemães, austríacos, brasileiros, canadenses, espanhóes, mauricianos , portuguêses , suissos, etc . . ..

Estamos portanto em presença de um conjunto de votos. de pedidos, de apêlos, de sugestões. Nem todos são necessària ­mente bem fundamentados, oportunos, suficientemente refletidos. Não impede que sejam extremamente preciosos.

João XXII I deseja, segundo sua expressão, em sua primeira Enc íc lica: "Uma -.erdadeira renovação dos costumes e da vida do povo cristão". Os casais das Equipes compreenderam e pressu­rosa e francamente , disseram o que em sua modesta opinião de fiéis , permitiria uma renovação no domínio que é o dêles: o ca­samento e a família . Como isto vae chegar até aos que devem decidir , isto é, às Comissões Prepara tórias e aos futuros Pais do

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Concílio, os Bispos? Não é suficiente lançar uma "enquete" e esquematizá-la . ~ preciso também que os resultados sejam conhecidos.

Estamos preparando uma publicação especial com o resul­tado final e um balanço comp:eto do referido inquérito - OS CASAIS E O CONCfLIO - o qual será enviado não só aos nossos casais, mas também a Bispos, sacerdotes e leigos de 84 paises.

Encaramos também um outro meio de fazer conhecer nossas aspirações aos futuros Pais do Concílio. Pedimos organizar em cada diocese onde haja um número suficiente de Equipes, no cor­rer dêste ano, um encontro de todos os equipistas, cujo tema de estudos seja o Concílio, durante o qual serão apresentadas as grandes conclusões do inquérito. Vocês poderão pedir a seu Bispo que lhes dê a honra e a alegria de comparecer. Vocês pe­dirão que êle fale do Concílio a fim de que todos os equipistas, segundo a expressão de Dubois-Dumée, coloquem-se em "estado de Concílio", e respeitosamente, vocês apresentem o que os ca­sais das Equipes esperam do Conclio nêsse domínio da Família .

Enfim, tenham certeza que de minha parte farei tudo o que puder para fazer conhecer os resultados dos inquéritos àqueles que sou levado a encontrar durante minhas viagens à Roma .

Mas esquematizando os inquéritos e estabelecendo os para­lelos, ficou patente que algumas perguntas ficaram sem ser feitas e outras foram mal colocadas, que a imprecisão ou incerteza das respostas em determinados assuntos não permitiu tirar certas con­clusões. Daí a volta, nêste ano de algumas perguntas e também o lançamento de novas. Dado o interesse e importância dos re ­sultados já obtidos seria lamentavej não procurar completá-los e torno-los mais precisos. Vocês receberão portanto, dentro em pouco, questionários aos quaes será pedido responder sem tardar . Estamos convencidos de que, medindo o alcance dest<! inquérito, vocês manifestarão a me~ma alegria e solicitude de­monstrado~ ao responder o do ano passado .

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um dever desconhecido ... .. . até mesmo nas equipes

" N este século da ação desenft·eada, da 1:elocidade vertigi­nosa, ex iste um dever desconhecido" . ..

Cre io que todos reconheceram a primeira frase do primeiro

artigo sôbre o "dever de sentar-se" . Vocês vão me dizer que êsse era um dever desconhecido em outros tempos, ou mesmo atualmente em outros ambientes, mas claro que não é desco­nhecido dentro das Equipes de Nossa Senhora'

Não é tôo claro assim ! Tudo nos faz crer que é uma das obrigações que se chocam com um maior n..Jmero de obstácu­lo5 no plano prático. Alguns casais não gostam do deve1 de sen­tar-se simplesmente porque não sabem fazê-lo ou porque essa

é uma obrigação que exige de nós muita humildade, muita ca ­ridade, muita abertura . . . virtudes que não são habituais e nem são fáceis!

E' realmente dif ícil, no comêço, o dever de sentar-se. e <: presenta sempre novos problemas de acôrdo com as diferentes idades do casal. Eis porque não hesitamos em tocar mais uma

vez no assunto. Um casal nos trará o seu testemunho e, para concluir, um outro nos exporá as razões porque considera o deve r de sentar-se como um ato vital para o casal cnstõo.

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os primeiros foram atrozes!... E' uma dos obrigações mo1s d1fíce1s poro o moiona dos casa1s. E,

também, o nosso ver, o mais útil. Elo transformou o estilo de nossa vida. Já estávamos casados há 12 ou 13 anos. Nós nos dávamos bem . nos amávamos bastante. No entanto, a agitação da vida profissional, a dispersão causada pela número de filhos, nos impediam de parar um pouco para pensarmos juntos sôbre os diversos problemas de nosso vida familiar, espiritual e material. Aliás, já não conversávamos mais a não ser sôbre assuntos muita superficiais . Sempre fugíamos de cer­tos explicações, dt! certas confissões, de certos críticos. Não trocávamos entre nós •enão idéias banais e evitávamos os problemas fundamentais seja por respeito humano ou para evitar as discussões, as explicações E o caso estava ficando muito ~rave .

O que é o dever de sentar-se - Marcar um 11encontro 11 com o seu cônjuge em local e hora que facilitem o osolamenta, para que se possa calmamente passar em revista os diferentes problemas da família. Es­tudá-los sob ~ olhar de Deus, ao qual se pedirá auxilio : Usar de tóda

o franqueso , evitando os mal-entendidos e os reservas; o que é que vai bem ou vai mal entre nós dois, com os crianças, em relação ao próximo, a Deus?

Nos primeiros vezes f01 horrível. reservas, mol-estar. Mos, pouco a pouca a nossa vida familiar foi se aclarando. Começamos a nos dizer aquilo que desde os orimeiros tempos do casamento não tínhamos tido coraçem de dozer. Crise da quarentena .

Parece que algumas vezes isso termina com umc. "cena con,ugal ". Ccnosco nõo foi assom, porém logo fui levado a percel:>er erros de pso ­cologia e de atitude de minha oarte que até então me tinham pas­sado completamente despercebidos. Por outro lado, tove a coragem de falar com minha espôsa sôbre um defeito do aual nunca ousara me queixar. Estudómos juntos certo oroblema de uma das crianças. De­cidimos nossas atitudes em relação à família, às despesas . . . E sobre­tudo resolvemos tratar de um assunto do qual antes nos equivóvamos: engajamento na vida da paróqua, no vida espiritual, cornunhõo, con­fissão, regra de vda etc.

Nós lhe pedimos, espôsos, façam uma tentativa leal. Certamente será bem difícil mas é certo que vocês lucrarão enormemente".

casamento e dever de sentar-se ' Se bem entendemos o dever de sentar-se, é, dentre tóoas as abro­

gações impostas pelos Estatutos, aquela que mais se aoroxima do Mis­tério do Motrim:3nio pois provém dêle diretamente, serve paro ilustrá-lo e estirrul6-lo, recebe dêle e lhe dó como aue a totalidade de seu valor. Realmente, o dever de sentar-se, mesmo que trate de um certo ponto, um detalhe ocasional na vida do lar, se refere diretarr.ente à própria rea­lodade do matrimônio. O assunto escolhido como tema do "dever" será sempre considerado dentro de um conjunto: o conjunta "lar ", o con­junto " amor conjugal" e nunca separado, em si mesmo"

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Em outras palavras, o ou os assuntos escolhidos para o "de­ver", não possuem interêsse em si, mas existem para obrigar os esposos a dialogar. O importante, não é tanto resolver o problema, como tratar dêle, os dois JUntos. Isto é necessário para fazer viver o amor entre os esposos, para criar a comunidade de pensamento e de ação que faz dos esposos um casal.

A pr6pno natureza e o estruturo do ''dever" são os rr.esmas que os do casamento, e o oroonizoçõo dêsse momento privilegiado nasce di­retamente do organismo mesmo do motricônio .

E' necessáno observar também o seguin te : o nossa tendência na­tural nos levo o prooomos os questões partindo de nós rr.esmos e dos dados humanos e não partindo de Deus c dos dados divinos . Quando se troto de nossas relações com Deus, nós nos perguntamos: será que eu um~ o Deus? mos frequentemente nos esquecemos de perguntar: scró oue Deus me amo? e de ouvir a resposta invariável, pleno: - Sim

O mesmo se dó quando nos interrogamos sôbre o nosso amor aos cutros - é cloro que deveremos prirr.eiro nos leml)ror oue Deus os amo; de cutro modo poderemos ooenos lhes dor nosso solidariedade hc­n-:ono ou talvez um certo dom de simpatia mas nunca o nosso amor rr:stõo do próximo.

Também no casamento - mistério mu1to original m~s que per­tence o essa m~smo ordem do caridade fraterna - o amor dos es· pôsos pressupõe constantemente êsse amor de Deus, êsse amor primeiro c últimc de Deus por nosso cônjuge e por nós mesmos. Nós nos amo­mos porque Deus nos amo, como Deus nos amo, com Deus que nos amo.

bh:H~rnas fugindo do assunto? Ao contrár~o. Parece-nos que esta re1rospectiv\l é indispensável para que o "dever de sentar-se" fique bem

ossentoc.'.o, poro que tenha um "sentido", que nos conduz.o à algum lu')or poro que tenho um significado e U"'' conteúdo reais, poro qu~ seja um ato do Sacramento do Motrirr.ônio. E é preciso compreen dé-lo portindu de suo origerr. à suo finalidade máximo: Deus - o fonte , Deus - o fim, o cosorr.ento, símbolo do união de Cristo e do lg reio e concebê-lo t!ssenciolmente no alegria dêste contexto."

"Fazer de seu casamento um ato de louvor a Deus, um testemunho para os homens" . . . "Fazer do Evangelho os Es­tutos de sua família" . . O "dever de sentar-se" existe como

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um meio de nos fazer progredir dentro da linha que nos é pro­posta pelos Estatutos. Não conseguiremos chegar Jamais; a meta não será alcançada nesta vida; consequentemente, o dever de sentar-se não será jamais in.ítil para a nossa vida conjugal, assim como o esfôrço de uma regra de vida nunca será inútil para o progresso de nossa vida cristã pessoal. Deixemos agora que o nosso amigo conclua com um hino à alegria : .

"A olegr~o - aQuela que nunca perderemos, o olegr~o do Cnsto: " minha alegria", o alegria de sermos amados como crianças pelo Pai. A alegria dêsse amor do Pai oor nós dois, pelo nosso amor: o alegria do fé, o alegria do sacramento: o alegria de si,bolizor o união de Cristo ~ do lqrejo e de contribuir poro es;o união.

Aleqrio a o evocar aquele "sim 11 que marcou o novo ser composto pelos dois espôsos: alegria de remerr.oror o dia do casamento - não um saudosismo estéril (o vida está à frente" , diz S. Paulo, e Jese~s Cristo disse que oquêle que fico olhando coro trás não serve poro o Reino de Deus) mos um retôrno à fonte primeiro - Deus

Eis porque o dever de sentar-se começara com uma oração que será um opêlo o êsse prirr.eiro amor que desce, que redime . E tcrmi · noró também com uma oração: reuniremos num ramalhete todos os elementos dessa hora poro oferecê-los o Deus, sejam resoluções que se tomou ou apenas a procura meio às cegas de uma solucão ainda não cncon trado .

Esse ato de amor conjugal abrir-se-á sObre o oorvir como uma MISSO

Cada ccinjuge deu e recebeu de Deus e do outro os do1s espô;os sclororr novamente o sua união: o oroça conJugal, é " reotivodo" por assim dizer. Nota: Tudo oouilo que divide (no matri.,ôn1o como olhC~­res) é pecado. Aou ilo que é un1dade, reunião, "iQreja ", união, é espí­rito de Deu!.. Trabalhar, pois, pelo unidade, hwrildc:mente, em seu setor, é permitir ao Espíri to Santo que se man1feste

O que não devemos esquecer é que nosso v1tório está garantido pele res~urrcicão do Cristo. Suo influéncio se foz sentir sôbre todos c, especialmente, sôbre os espôsos. Jó se parte oois com o certeza do su­cesso e não é com angústia que devemos abordar o dever de sentar­-se mas com um espírito de vitória· pelo Cristo a unidade tornou- se possível" .

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nossos assistentes diante da "partilha''

o espírito da "partilha"

Há alguns meses, foi enviado um questionário a um certo

número de assistentes. visando recolher-lhes reflexões, sugest;:;es . sôbre as diferentes partes da reunião tais como as vêem nossos padres; para hoje escolhemos a "partil ha " que no dizer de mui­tos é o momento onde éles podem exercer o papel de edu ­cador espiritual .

Para dar uma idéia de conjunto, nós diremos que se encontram entre os assistentes como entre os casais, duas tendências: os partidários de uma "partilha" recolhida e silenciosa - "humil ­

de co-participação" dos esforços e deficiências" e, de outro lado os partidários de uma "partilha - troca" onde se comunicam

experiências e conselhos. Qualquer método que se adote - "nada

no domínio dos métodos é definitivo", diz uma resposta - o importante é absorver o espírito da "partilha". Escutemos agora os assistentes. Nós nos abstemos de comentários para deixá-los refletir em paz .

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" Ord1némamente, começando pelo Casal Responsável cada um, à sua vez . examina as obrigações. Se se esquece uma o C.R. a relembro . Se uma dificuldade aparece e um membro da equi ­pe :rê poder ajudar aquêle que fala , êlc propõe uma questao uu dó um parecer . Algumas ve~es , também, sôbre um ponto a converso torna-se geral. O que faz perder um dos carac­tzorc'!; de "partilho" - .o co· participocõo dos e~forços e ::tefr ­ciêncios dos cbrigoções".

" Eu tentei fazer os casais que escutam adotarem uma atitude mais silencioso c de mais oração: êles têm tendência , o meu ver, o entrar muito ràoidamente no "partilho'' dos outros, poro desculpar-se, dar ~m porec'Jr ou t...., testemunho, sem oração, sem real reflexão. Para marcar a importância dêste aspecto da 11

PC~' tilho'· que é o confissão dos faltos eu sugeri ao respon ­~áveol dizer· se um Confiteor, antes de começar, como em outro equipe. Isto foi repelido por m~itos casais. ~u compreendo o interêsse Que há pore os casais se c.ntreojudarem, sugerirem-se meios de agir melhor, também julgo util que haja depois da " partilha-confissão" uma "partilha-troco ".

" Nós o fazemos na eouipe. Acontec~-nO.i frequentemente, de­pois de terminado o "partilho" onde cada um preciso se cum­priu ou não suas obrigações, haver uma verdadeiro troco de pontos de vista sôbrc uma ognaaçõo e a moneiro como cada um a cumpre. Nós o fizemos notadamente c várias ve~es sõ­bre a oração família, o acolhimento, ret1ros , dever de sentar-se , regra de vida . . . "

"De um modo geral eu gostaria de ma1s senedode, não tanto no examinar as obrigações mos sim no atitude à " partilho". Fica-se muito longe da humildade da culpa; não se vê o as­pecto de "reparação" Que pode ter uma confissão em face do Senh"r c de seus irmãos. Existe uma tendência a fazer da " par­tilha" mais umo ojuda mútuo psicológica do que espiritual ; não se colocam uns aos outros diante do Senhor sôbre êstes pontas particulares que são as obrigações".

" Constcto uma falta de atenção dos outros Üquele que fa;. sc.a " partilha"; não hó muito preocupocão de tomar o encargo da­quele que parece oerder a r>resteza . Eu me pergunto como realizar uma interiorizoção do "partilho". Eu gostaria também que não estivessem ausentes os elementos positivos: o que teve êxito, o que foi descoberto por meio de tal obrigacõo, o que despertou para Deus

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preparação da "parti lha"

Muitos assistentes insistiram, em suas respostas, sôbre o fa t o que os casais devem preparar-se para a partilha. Um dêles nos co­municou a existência de questionários preparados por seu Res­ponsável e êle mesmo, destinados a fazer os casais refletirem ~ôbre as diferentes obrigações. Assinala que não é exigida a resposta escri ta :

Daremos dois:

Presença à reumão

:JUC po•te do rc•~nião prefere? por que?

é aquela no qual esperam >nais ajudo do equipe?

em oue ordem de importância voc6s classificariam as di ­vl3'rsas portes do reunião no vida do eQldpc?

com0 vccês ~e preparam para o reun 1ào?

quando e como vocês prevêem o que vão dizer o "parti ­lho", ao jantar, a oração?

Como vocês se ;>teparam (e quando) naquilo que concerne :10 espíri•o com ::l Q'.JOI tomam parte r,o reunião? (oração, preocupação e rCS!JOnsabilidade dos outros, secessidadlf de sua ajuda, escuta ... )

o foto de tomar porte em uma reunião orienta os dias que a precedem ou sequem? Em que medida?

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Dever de Sentar-se

Quadro concreto : hor:>c, lugares, at1tudes favoróve,s?

Preparação longínqua : onotorr. com omccedencto o que quercrr tratar? (Comunicam êsses pontos ao cônjuge paro que êle possa refletir?

Preparação imediata : come voces cr1om o cltmo de oração, necessário a fim de e~cutar, na te , o outro ~ue falo em cons· ciência diante de Deus e de procurar em conjunto com c Cristo o 'ontodc do Pa1 sôbre o seu lar? Comungam nésse dia?

Vocês lêm um programe anual? Constataram que as mesmos pon tos voltam auase fixam~ntc, cada ano: preparação das fé no-;, o v:llta ao trobolno, revisão do., engajamento~ apostólt ­cos, revisã ·J de oração familiar, etc.

Poc;sue.,.., uma liste de ou•ros pontos oue revi!am JUntos, siste­·nàticom~nte, durante o ano?

Ex.: o vid::~ espiritual dos esposos, uma crianc;o, outra, amigos, o; ;>crentes?

E•pcram que haJa d1f1culdode pore. t< mar dete1 mmado oonto, no dever de :,entar-~e . ou r~vêoe,..... os dtve•sos elementos de suo vida, "o frio" , no ~~peronco de prevenir crises?

Inspiram-se no tema de estudo mensal, em notas de retiros, de tal ou qual 1ei tura? Fizeram olgumc vez uf"''1 ~nve,.,tório dos elemento~ de suo vida quz serviriam poro revisor cada ano, .ncc;mo !C atualmente néo <.ontem?

Deêrn algc.ns exemplos de argumentos do "Dever de ~zntar-sc " que parec~ram imporlontes a vocês - alguns exemplos de rli ­ficuldodes poro fazer o dever de sentar-se e meios de que se uti lizorr poro ultropa~só·las .

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correspondência

acolher com coração f1·atenw ... Os coso1s dos Equipes de mede geral pratiCam bem o acolhimento

fraterno que lhes é ped ido pelos Estatutos, pelo menos quando se troto de receber em caso por algumas horas ou alguns dias um casal em viagem.

A virtude do hospitalidade nem scrrpre é tão berr praticado no

nível da equipe. Que queremos dizer com isso? Vários casos nos foram assinalados de cosois1 membros dos Equioes que, em conse~uêncio de uma mudança, têm que esperar vários mêses, às vezes mais de um ano, antes de serem 'aceitos" numa equipe e isso rresrr.o em centros impor­tantes onde as equipes são numerosas . Penso-se então ouc qualquer pretexto serve poro rejeitá-los: suo idade (jovem de mo1s, ou menos). suo profissão, seu meio, número de filhos, e que se1 cu?

Citemos apenas um caso escandaloso.

" Oepo1s de quatro anos de equ1pe em X chegamos o Y no comêço de setembro de 1959. Pusemo-nos em contocto com o Centro que nos deu o nome de um casal de uma equipe de nosso bairro Minha mulher entrou em contocto com êsse casal crr outu'>ro de 50 enquanto eu eslavo foro por dois mêses. ~sse casal veio nos ver , mas nos disse que sua equipe não podia nos receber .

Em janeiro de 60, gracos à intervenção de nosso ontiryo Regional , fomos convidados poro uma reunião de casais do Re']iÕo c pudemos nos aproximar dos Responsáveis; tomaram conhecimento, de nosso che­gado e tiverorr. de trotar de nos 1ndicor uma eauipe. Ao mesmo tempo, num retiro, entramos em contacto com diversos casais, mas oquêles que encontramos não pareciam ter lugar em suas equipes.

Abril 60, não vendo resultada nenhum, lançamo-nos em reuniões de casais militares onde talvez se formasse urr.o equipe. ~sse projeto não obteve resultado.

Março 61 , puseram-nos enfim em contocto com o Responsável de Setor do bo~rro em que acabamos de nos instalar para pilotar uma equipe no qual poderemos nos integrar "

~sse casal conclue, aliás assumindo uma porte da responsabilidade no '='Oso:

" Enviando-lhes êsses fatos diversos, 9enso sobretudo que tivemos alguma falto de sorte c que tomhóm fom os derr.osiadomcnte timid os pa ra insist ir em nosso procura 1

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Quanto aos C.oso1 s que a1ndo noo fo.tem '>Orle dos ~qu,pes mos

deseJam entrar nelas, ainda lhes é mais dificil 1ns1stir; citemos dois casos

dos quais tivemos conhecimento recentemente , em que casais f oram reje i­

tados ou abandonados :

- Há 3 anos, um casal de r:>rafessores, entra em contocto com uma equipe em formação numa cidade em que acaba de se instalar . Depois de três reuniões, pedido embaraçado do casal-pilôto: os outros casais do equipe não querem que êsse casal continue entre êles devido a uma diferença. . . de meio. Nada lhe é prO!JOSto em substituição, e no entanto isso se passa num Setor já im!Jortante. Inútil dizer que êsse casal agora di2.' a quem quizer ouvi-lo oue os Equipes de Nosso Senhora são fechadas e pouco acolhedoras.

- Um casal que vive no campo e em que um déles é surdo, foz , por iniciativa prÓ!)rio, uma prímeiro tentativa ~ar corta poro entrar para a equipe mais próxima ( 15 km. ). Não recebendo resposta, faz 1ntervir junto ao Responsável do equioe um padre amigo. " Depois dessas Cuas tentativas, das quais há OC'Oro 6 anos, nunca nos oeram ~; no l de vida. "

Esse casal e3 tá convenc1do que a surdez da mulher, que fora mencicnoou, foi o razôo do falto da reação. Mas é isso umü desculpa? Por sortP êsso ecoai acaba de saber da ex1stência das Equipes por Cor·

respon cência e pede para se intearor Mias. Si se tivessem ocupado com

êle , poderia ter ficado sabendo disso 6 anos ma1s cêdo!

Como é simpático, pelo contrário, o seguinte testemunho:

" Conhecemos o Senhor X . . . no ano passado, sózinho em Z ... , suo mulher e filhos tendo ficado em casa . De volta de férias, encon­tramos no navio suo mulher e seus seis filhos oue vinham reunir-se a êle . Isso nos deu oportunidade não só de travar conhecimento com êles, mas de ajudá-las: efetivamente, o Senhora X . . . teve que descer no meio da viagem porque uma de suas filhos teve uma crise de apendicite agudo. Não tendo nossos filhos conosco, estávamos muito disponíveis e mais que desiQnados para tomar a responsabilidade das 5 crianças que ficaram sózinhas a bordo para o fim da viagem. Essa história valeu para nossa equipe o seu sexto casal"'

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ORAÇ,ô.O PARA A PRóXIMA REUNIÃO

O tempo depo1s de Pentecostes não é um tempo de repouso, me­nos ainda um tempo de estagnação espiritual. ~ste deve ser um tempo de crescimento e de fervor. Duas maravilhas do amo' divino são propostas à nossa meditação, dois apêlos do Senhor. duas vias para nos unir a ~le e nos tornar cada vez mais "seme­lhantes a Ele" : a Eucaristia e o Sagrado Coração. Em sua Epís­tola aos Efésios, São Paulo sublinha que o primeiro efeito da Eu­caristia deve ser a Unidade da Igreja , e portanto, a unidade :!ntre os cristãos.

MEDITAÇÃO - Texto para Oração Pessç,al

Exorto-vos, pois, prisioneiro que sou pela causa do Senhor. que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda a humildade, mansidão, e paciência. Suportai-vos carido ­Silmente uns aos outros. Esforçai -vos por conservar a unidade do Espírito no vinculo da paz. Há um só corpo e um só espírit0. como também fostes chamados pela vossa vocação a uma só esp:!­rança. Não há mais que um só Senhor, uma só fé, um só batis­mo. Há um só Dzus e Pai de todos. que está acima de todos. que age por todos e em todos habita. Mas pela prática sincera da caridade cresceremos em todos os sentidos, naquêle que é a cat:eça, Cristo. É por êle que todo o corpo, coordenado e unido, por conexões que estão ao seu dis,J3r, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria. efetua êsse crescimento visando sua plena edificação na carid11de .

tEfésios 4. 1-6 e 15-161 O Senhor preparou para todos os povos, sõbre seu monte, um banquete de carnes, um festim de vinhos. Todos vós que e~tais sedentos, vinle à nascente das águas, vindc comer, vós que não tendes alimento. Vindes comprar trigo sem dinheiro, vinho e leite sem pagar. Porque despender vosso di­nheiro naquilo que não alimenta, e o produto do vosso trabalho naquilo que não sacia? Se me ouvis, comereis excelentes man­jares. Prestai-me atenção, e vinde a mim, escutai, e vossa alma viverá : Quero concluir convosco uma eterna aliança, outorgando­vos os favores prometidos a Daví tI saias 25 e 55 1

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Vinde a mi m, vós todos que estais af litos sob o fardo, e eu vos aliviarei. (Mateus, 1 1, 28)

ORAÇÃO LITURCICA - Salmo 95

Cantai ao Senhor um cântico novo , Cantai ao Senhor p·or tôda a terra.

Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, O obra de sua salvação anunciai todos os dias.

Proclamai a sua glória entre as nações, Entre todos os povos, as suas maravilhas.

Porque o Senhor é grande e digno de louvor É mais temível que todos os deuses.

Pois os deuses dos pagãos não passam de ídolos; Enquanto que o Senhor criou os céus.

Cercam-no a magestade e o esplendor, O poder e a magnificência enchem seu santuário.

Dai ao Senhor , ó famílias dos povos, Dai ao Senhor glória e poder;

Tributai ao Senhor o louvor devido ao seu nome , Oferecei sacrifícios, entrai nos seus átrios.

Adorai o Senhor, com ornamentos sagrados. Tremei diante dele , habitantes da terra ,

Dizei ent re os povos: O Senhor é Rei. Estabilizou o mundo para que não vacile, governa os povos com justiça.

Alegrem-se os céus, rejubile a terra , Ressôe o mar com tudo o que êle contém,

Rejubilem-se os campos e o que nêles existe.

Farfalhem tôdas as árvores das matas, Na presença do Senhor que se aP'roxima ,

Porque êle vem para julgar a terra , Julgará o mundo com justiça,

E os povos segundo sua fidelidade.

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