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Universidade de Coimbra Faculdade de Economia A Imigração Uma visão geral e vivência pessoal Daniele Souza Coimbra, Dezembro de 2006

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Universidade de Coimbra Faculdade de Economia

A Imigração Uma visão geral e vivência pessoal Daniele Souza

Coimbra, Dezembro de 2006

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Fontes de Informação Sociológica

Coimbra, Dezembro 2006

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação sociológica da licenciatura de Sociologia, leccionada pelo doutor Paulo Peixoto.

Daniele Batista de Souza, aluna nº 20060843

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O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas. Willian George Ward

Hora Sinto que hoje novamente embarco Para as grandes aventuras, Passam no ar palavras obscuras E o meu desejo canta – por isso marco Nos meus sentidos a imagem desta hora. Sonoro e profundo Aquele mundo Que eu sonhara e perdera Espera O peso dos meus gestos. E dormem mil gestos nos meus dedos. Desligadas dos círculos funestos Das mentiras alheias, Finalmente solitárias, As minhas mãos estão cheias De expectativa e de segredos Como os negros arvoredos Que baloiçam na noite murmurando. Ao longe por mim oiço chamando A voz das coisas que eu sei amar. E de novo caminho para o mar.

Sophia de Mello Breyner Andresen

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Índice 1. Introdução 1 2. Estado das artes 2

2.1 Razões de imigração 2

2.2 Imigração para trabalho 3

2.3 Políticas de integração 5 3 Descrição detalhada da pesquisa 9 4 Ficha de leitura 11 5 Avaliação de uma página WEB 14 6 Conclusão 15 7 Referências bibliográficas 16 ANEXO I Cópia da página principal da página WEB avaliada ANEXO II Cópia do texto que serviu de base à elaboração da ficha de leitura

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1 Introdução

Neste trabalho que me propus fazer para a disciplina de Fontes de

Informação Sociológica, escolhi dentro dos possíveis temas, o da “imigração”, visto que, sou uma imigrante e tenho curiosidade pessoal acerca desse fenómeno que cada vez é maior não só em Portugal, como em toda a Europa.

Este tema cada vez mais tem adquirido elevada importância no âmbito da sociologia, e também tem sido muito discutido na actualidade.

A problemática da imigração tem conhecido nos últimos anos em Portugal e demais países da União Europeia, novos desenvolvimentos. Motivados, por um lado, pelas necessidades de mão-de-obra das economias ocidentais fruto da recessão demográfica. Por outro lado, pela crise de emprego e condições de vida nos países de Leste, de África e de várias zonas do continente asiático.

De facto pode-se afirmar que há uma “imigração para trabalho”, isto é, procura de melhores remunerações e melhoria da qualidade de vida. A imigração passou a constituir uma realidade incontornável na paisagem económica e social da União Europeia. Uma realidade que se encontra associada de modo actuante à paleta diversificada de respostas para o declínio demográfico, para a inadequação de competências, para a atenuação de défices de mão-de-obra, a par do reforço do emprego e do crescimento económico.

Estes contributos da imigração são, aliás, reconhecidos, i.e., no relatório sobre a Situação Social na União Europeia em 2003 e na Directiva do Conselho relativa às condições de entrada e de residência de nacionais de países terceiros para efeitos de trabalho assalariado e de exercício de uma actividade económica.

A estruturação e o funcionamento do mercado de trabalho evidenciam hoje um conjunto de características resultantes da forte presença dos imigrantes na economia portuguesa (Portugal tem quase 416 mil imigrantes legalizados), transformando Portugal, historicamente um “país de partida”, em um país de chegada.

As alterações, entretanto, produzidas no enquadramento jurídico-legal (legalização de estrangeiros, reforço da inspecção de trabalho, …) têm constituído terreno de actuação das políticas públicas (emprego, formação, trabalho e relações laborais, nomeadamente), ao mesmo tempo que são já objecto material significativo para o estudo de académicos e outros peritos.

Ao longo da realização do meu trabalho fui deparando-me com várias dimensões-problemas, de modo que realmente cheguei à conclusão

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que muitos são os motivos para os movimentos migratórios, mas algo pude constatar, que entre todos os motivos o mais actual e significativo é a “imigração para trabalho”, de maneira que me prendi um pouco mais em cima desse sub-tema, porém não deixarei de abordar outras temáticas que envolvem esse fenómeno, como, por exemplo, o racismo/xenofobia. Problema e medidas que se deve tomar quando se fala em integração, comunidades de minorias étnicas.

No que diz respeito à estrutura do trabalho, procurei obedecer ao que fora estipulada pelo docente da disciplina. Como material de apoio recorri a alguns livros, jornais e Internet.

2 Estado das artes

Imigração (definição): “A migração é o resultado de decisões individuais ou familiares, mas

também faz parte de um processo social. Em termos económicos, a migração é tanto um fenómeno mundial como o comércio de mercadorias ou de bens manufacturados. Designa o movimento das populações, mas faz parte de um modelo mais vasto e é um sinal de relações económicas, sociais e culturais em transformação”

-Fonds des Nations Unies pour la population, 1993

2.1 Razões de imigração O ponto de partida para a análise dos fenómenos migratórios

tem que ser a motivação das pessoas para abandonar a sua comunidade e imigrar para a Europa. É evidente que não basta dizer que os imigrantes fogem da miséria à procura de uma vida melhor já que, o mais importante é reflectir sobre as políticas objectivas que provocam tais fluxos migratórios. Em primeiro lugar deve-se considerar a internacionalização da produção (por exemplo, a mundialização do mercado dos produtos agrícolas que

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empurra a grande generalidade dos países em desenvolvimento para uma agricultura de grande escala, orientada para a exportação). Esta, ao suplantar os pequenos produtores locais, leva à criação de uma nova força de trabalho, assalariada e com grande mobilidade, eventualmente sazonal e, porventura, precária. Essa mobilidade adquirida transforma estes trabalhadores em eventuais candidatos a fluxos migratórios internos, para os centros urbanos ou, então, à emigração internacional.

Por outro lado, a instalação de centros de produção para a exportação, permite o contacto com os países de onde provêm os capitais reduzindo assim a “distância subjectiva” entre o trabalhador estrangeiro e esses países.

Outra das principais razões que leva à imigração é a guerra e perseguições.

“Desde que existem as guerras, as perseguições, desde que reina a discriminação e a intolerância, há refugiados. Eles são de todas as raças, de todas as religiões e podemos encontrá-los em todas as regiões do mundo. Obrigados a fugir porque receiam pela sua vida e pela sua liberdade, os refugiados abandonam muitas vezes tudo o que têm – casa, bens, família – e o país rumo a um futuro incerto em terra estrangeira.” – CPR 2000

Um outro factor que promove os fluxos migratórios é o

estrangulamento económico dos países em via de desenvolvimento, causado pelos programas de reajustamento estrutural, planos de reforma económica e medidas de austeridade impostos por organizações como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial ou a Organização Mundial do Comércio. Assim vemos um quadro de crescente miséria em alguns países causando, refugiados económicos, pobres e obrigados a imigrar na busca de uma “vida melhor”.

2.2 “Imigração para trabalho” De facto, a imigração regula-se em função do mercado de trabalho.

Ninguém vai abandonar a sua comunidade para viver a milhares de quilómetros se aí não encontrar emprego e formas de subsistência.

Tomemos como exemplo Portugal, o recente desenvolvimento da imigração constitui a dimensão mais saliente da recente inversão dos fluxos migratórios internacionais em que Portugal está envolvido, não apenas pela sua novidade, pelo menos nos últimos dois séculos da história portuguesa, como também por ter consequências estruturantes muito fortes, no médio e

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longo prazo (envelhecimento da população, visto que a taxa de fecundidade no país é de 1,4 filhos por mulher, sendo que seria necessário que fosse de 2,1 para garantir a renovação de gerações), sobre as dinâmicas da população portuguesa. O abrupto crescimento da população estrangeira residente no país, a partir da segunda metade da década de 70, tem como características mais marcantes o lento, mas regular crescimento dos fluxos migratórios provenientes da Europa e Américas, por um lado, e a aceleração brutal entre 1976 e 1980, da imigração com origem nos PALOP.

Com a intensificação do processo de industrialização e a entrada de Portugal para a EFTA durante a 2ª metade da década de sessenta, a economia do país começa a abrir-se ao investimento estrangeiro, fortalecendo as relações com o exterior, e concomitantemente, aumenta a fixação em Portugal de residentes estrangeiros. No mesmo sentido concorre o desenvolvimento do turismo e a correspondente entrada de capitais estrangeiros canalizados sobretudo para o Algarve, região onde se inicia uma crescente fixação de ingleses e alemães.

Resumindo, até aos anos 90 do século XX, a maioria da imigração em Portugal era oriunda de países lusófonos, dada a proximidade cultural e linguística. No entanto, a partir de 1999, começou-se a moldar um tipo de imigração diferente e em massa proveniente da Europa de Leste, surgindo repentinamente no país.

Este grande fluxo migratório, muito se deveu à abertura das fronteiras da União Europeia por parte da Alemanha, em 1999. No entanto, devido à escassez de empregos indiferenciados nesse país fez com que estes migrassem para sul, para a Península Ibérica onde existiam grandes necessidades de mão-de-obra para a construção civil e agricultura nos dois países ibéricos. A maioria desses imigrantes estava dividida em dois grupos, os eslavos: Ucranianos, russos e búlgaros e os latinos de leste: romenos e moldavos. (ACIME, 2003)

Um dos maiores grupos e que se fixou nas regiões de Lisboa, Setúbal, Faro e Porto são os ucranianos, e ninguém sabe ao certo o seu número total. No entanto, o número de imigrantes legais é de cerca de 70 000, sendo sabido que este número é muitas vezes inferior à realidade. O grupo é de tal forma numeroso que fez com que a Ucrânia de país distante e desconhecido passasse a familiar e que a maioria dos imigrantes de leste sejam vistos pelos portugueses como "ucranianos".

A imigração de leste tornou-se de difícil controlo, e começaram a actuar no país máfias que traziam e controlavam imigrantes.

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Em 2003, a imigração em massa proveniente do leste europeu estacou e passou a ser de fluxo mais ténue, surgindo assim a imigração mais significativa de brasileiros e asiáticos de várias origens (nomeadamente indianos e chineses).

Existem ainda pequenos núcleos de imigrantes provenientes da América latina e do Norte de África.

2.3 Politicas de integração

Infelizmente pouco tem-se feito, a xenofobia ainda está presente em muitos lugares (a xenofobia assumida por Le Pen ou de Haider, assim como os discursos anti-islâmicos de Berlusconi, e outros, no pós 11 de Setembro). Os problemas não estão só associados com o controlo do fluxo de imigrantes, mas também, com a precarização do trabalho dos imigrantes e consequente limitação dos seus direitos, para além da sua inserção social e cultural nas comunidades de acolhimento. As sociedades europeias não têm desenvolvido políticas de integração, ou quando fazem é no sentido da assimilação cultural.

Muitos dos programas de realojamento responderam, antes de mais, a critérios meramente económicos sem terem qualquer preocupação socio-política ou levando em consideração as especificidades sócio-culturais e económicas dos imigrantes, levando a proliferação dos guetos (Quinta do Mocho, Bela Vista, Buraca, Apelação, etc.).

Esta situação tem provocado uma estratificação da cidadania, em que nasceram várias categorias de cidadãos. À medida que as políticas discriminatórias se vão cristalizando, os imigrantes e seus filhos, apesar de muitos destes já nascerem cá, enfrentam os mesmos problemas de discriminação.

Os países europeus têm sido confrontados, na actualidade, com

problemas resultantes de um modelo de integração que parece estar a falhar, dos quais o melhor exemplo será a onda de distúrbios ocorridos em França (Novembro 2005). Uma manifestação das minorias étnicas que exteriorizaram, e expuseram aos media, a insatisfação para com a sociedade, com as más condições de vida que resultam (provavelmente) de faltas de acesso a serviços e emprego, resumindo, a integração está (va) a falhar.

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Em suma, o tema da imigração tem estado na agenda política da União Europeia.

É óbvio que há imigrantes estabilizados e integrados na sociedade portuguesa, estes passaram por um processo de aculturação sadia.

A educação e a formação constituem uma das medidas paradigmáticas no processo de uma integração efectiva desta comunidade. A pertinência e a exiguidade de qualquer política deve, antes de mais, basear-se no conceito de cidadania.

Em 10 de Agosto de 2006, o Conselho de Ministros reunidos na Presidência do Conselho de Ministros, aprovou os seguintes diplomas:

1. Proposta de Lei que aprova o regime jurídico de entrada, permanência e saída de estrangeiros do território nacional

Com esta Proposta de Lei visa-se consagrar um regime jurídico que permita promover canais legais de imigração, prevenindo, assim, a imigração ilegal, bem como reforçar a luta contra a imigração ilegal. Em especial, e tendo em consideração que a imigração é, no contexto económico, social e demográfico actual um fenómeno incontornável, criam-se mecanismos mais adequados de gestão de fluxos migratórios que permitam uma admissão transparente de trabalhadores imigrantes, investigadores e estrangeiros altamente qualificados.

Assim, o âmbito de aplicação pessoal é clarificado pois exclui, não só os cidadãos da União Europeia, mas os nacionais do Espaço Económico Europeu (EEE), da Suíça, nacionais de países terceiros que sejam membros da família de cidadãos que beneficiam da liberdade de circulação, bem como de cidadãos portugueses. Estas categorias de estrangeiros estão sujeitas hoje a um regime jurídico especial de entrada, residência e afastamento que decorre do Direito Comunitário.

No domínio da admissão e residência de estrangeiros em território nacional propõem-se as seguintes alterações:

• Criação de um único tipo de visto, que permita ao seu titular entrar em Portugal para fixação de residência, que será concedido de acordo com objectivos específicos (exercício de actividade profissional, reagrupamento familiar, estudos): o visto para obtenção de autorização de residência. Esta medida, ao substituir os actuais 6 tipos de visto de longa duração (4 tipos de visto de trabalho, visto de residência e visto de estudo) por um único tipo de visto, permite racionalizar e desburocratizar os procedimentos.

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• O regime de concessão de visto para obtenção de autorização de residência com o intuito de exercício de uma actividade profissional subordinada (admissão de trabalhadores imigrantes), que vai substituir o actual regime de concessão de visto de trabalho, é adequado ao ajustamento entre as ofertas de emprego não preenchidas nem por cidadãos nacionais, nem por cidadãos comunitários e o potencial de mão-de-obra estrangeira com a qualificação profissional adequada. Em especial, permite a entrada legal, não só daqueles estrangeiros que possuem contrato de trabalho, mas também de candidatos a empregos não preenchidos pela preferência nacional ou comunitária e que possuem qualificações adequadas e desde que possuam uma manifestação de interesse de entidade patronal interessada.

• Criação de um regime jurídico para a imigração meramente temporária, através do visto de estada temporária para o exercício de actividade sazonal.

• Criação de um regime mais célere de admissão de cientistas e estrangeiros altamente qualificados, que pretendam exercer a sua actividade em Portugal, seja de forma temporária ou mediante fixação de residência.

• Relativamente à residência de imigrantes em território nacional, procede-se à substituição dos quatro tipos de visto de trabalho, do visto de estudo, da prorrogação de permanência com autorização para trabalhar, do visto de estada temporária com autorização para exercício de actividade profissional subordinada e da autorização de permanência por um único tipo de título habilitante da fixação de residência em Portugal: a autorização de residência.

• Alarga-se o âmbito de aplicação pessoal do direito ao reagrupamento familiar a estrangeiros que, hoje, estão dele excluídos (em especial, os titulares de vistos de trabalho e os titulares de autorizações de permanência). Permite-se, igualmente, ao imigrante o reagrupamento com o parceiro de facto.

• Cria-se o estatuto de residente de longa duração, concedido a todos aqueles que residem legalmente há 5 anos, que implica, além de um significativo conjunto de direitos, o direito de circularem no espaço europeu e aí se fixarem.

• Com o fim da autorização de permanência a renovação dos actuais títulos é controlada em autorização de residência; o mesmo acontecendo com os títulos concedidos ao abrigo do Acordo Luso-brasileiro (processos de regularização extraordinária criado pelo anterior Governo).

• Alarga-se o regime da concessão de autorização de residência com dispensa de visto a:

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o Crianças que tenham nascido em Portugal, aqui permanecido ilegalmente e se encontrem a frequentar o primeiro ciclo do ensino básico, bem como aos progenitores que sobre elas exerçam o poder paternal efectivo;

o Estrangeiros, filhos de imigrantes legais, que tenham atingido a maioridade e aqui permanecido desde os 10 anos de idade;

o Estrangeiros que tenham perdido a nacionalidade portuguesa e permanecido ilegalmente no país nos últimos 15 anos;

o A vitimas de tráfico de pessoas que tenham residido nessa qualidade;

o A estudantes estrangeiros que pretendam permanecer em Portugal;

o A cientistas e quadros altamente qualificados que tenham sido admitidos com visto de estada temporária e pretendam continuar a sua actividade em Portugal.

No que diz respeito ao afastamento/expulsão de estrangeiros do território nacional destaca-se:

• A consagração legal de limites genéricos à expulsão decorrentes, designadamente, da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH), passando a ser inexpulsáveis, todos aqueles estrangeiros que nasceram e vivem em Portugal, ou aqui vivem desde tenra idade, aqui têm a cargo filhos menores de nacionalidade portuguesa, ou de nacionalidade estrangeira sobre os quais exerçam o poder paternal.

• No âmbito da expulsão administrativa (de imigrantes em situação ilegal) e da expulsão judicial (sem conexão com procedimentos criminais), elimina-se a possibilidade de aplicação da prisão preventiva, privilegiando-se a detenção em centros de instalação temporária ou a vigilância electrónica, como medida coerciva de efectivação do afastamento. (Portal do Governo, 2006)

Reforça-se a luta contra a imigração ilegal, através da agravação da moldura penal do crime de auxílio à imigração ilegal e a revisão o regime de coimas aplicáveis às entidades empregadoras de imigrantes em situação ilegal. Prevê-se, ainda, a possibilidade de concessão de autorização de residência a vítimas dos crimes de tráfico de pessoas.

Penso que, se estas medidas forem realmente aplicadas e respeitadas muito podem mudar (havendo menos marginalização, criminalidade, prostituição, uma vez que esses cidadãos terão mais direitos, podendo assim escolher uma forma de vida diferente).

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Estas medidas, antes de mais, procuram encorajar a imigração legal, tentando diminuir a imigração ilegal, para isso é necessário a regulação dos fluxos, bem como as autorizações de permanência, desenvolver novos acordos com países de origem, a fiscalização deveria centrar-se mais na repressão das redes de recrutamento de mão-de-obra ilegal e de tráfico de seres humanos.

3 Descrição detalhada da pesquisa No âmbito da avaliação contínua da cadeira de Fontes de Informação

Sociológica, dentro das opções de temas que me foram propostos optei pelo tema imigração, visto que é realmente um fenómeno uno, complexo e indivisível, desperta o meu interesse e curiosidade pessoal acerca deste que abrange não só a Europa como o mundo todo.

Para iniciar a minha pesquisa desloquei-me até a biblioteca da faculdade de economia a procura de livros que abordassem o tema, separei 11, dentre os quais escolhi 3, esses foram o que me pareceram mais elucidativos a cerca do tema. Os títulos são: “Imigração e mercado de trabalho”, “ A imigração em Portugal”, “Portugal, País de imigração”.

Depois realizei uma pesquisa na Internet acerca do tema, utilizando palavras-chave e operadores booleanos conforme fora ensinado na disciplina de Fontes de Informação Sociológica. As palavras-chave que escolhi foram:

• Imigração • Racismo • Integração • Globalização • Imigração Portuguesa Várias foram as fontes a que recorri para poder ter uma compreensão

maior do tema, para além dos livros, pesquisa na Internet, recorri a periódicos, a revistas e a dicionários. Confesso que dei maior importância a documentos escritos, uma vez que na Internet surgia muito ruído, após utilizar operadores booleanos esses ruídos diminuíam, mesmo assim achei mais credível fiar-me nos livros. Recorria a Internet quando queria saber dados estatísticos e utilizei bastantes sites como o wikipedia.com, google.com, SOS racismo.

Após organizar as minhas ideias, tanto as que eu já tinha acerca do tema, como as que eu adquiri através das leituras, pus-me a organizar como faria o trabalho e comecei a fazer.

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Primeiro fui até o site da disciplina para ver exemplos de trabalhos de outros alunos para ter o modelo que deveria seguir, vi alguns, até retive algumas ideias, depois comecei pela elaboração da capa uma vez que já tinha a ideia de como faria o trabalho, fui a alguns sites a procura de figuras, nomeadamente ao google imagens (com a palavra chave imigração e depois com a palavra racismo) não me interessei por nenhuma, então fui a olhares.com e seleccionei uma que é a foto da capa.

Escrevi a introdução com base naquilo que iria tratar no trabalho e também com base no livro “imigração e mercado de trabalho” – Cadernos Sociedade e Trabalho II, e também visitei o site da agência financeira (2006), afim de verificar números da imigração.

Enfim elaboro o estado das artes com a definição de imigração, Depois refiro algumas causas da imigração, baseando-me no livro “A Imigração em Portugal” – SOS racismo, e também no livro “Portugal, País de Imigração”, o site que visitei nesse ponto foi CPR (2006). No ponto 2.2 baseei-me nos mesmos livros, dantes referidos, e também consultei WIKIPEDIA- A enciclopédia Universal. No ponto 2.3 baseei-me no livro SOS racismo e também fui a dois sites: Portal do Governo (2006) e ACIME (2005). Para complementação do meu trabalho, realizei a ficha de leitura. Dentro dos capítulos dos livros que li, optei pelo capítulo “Circulação: Fluxos e Refluxos” do livro a imigração em Portugal da equipa SOS racismo. Optei por este, pelo facto, de me parecer um bom argumento com muito “pano de fundo” a dizer-se e também por achar que complementaria a minha pesquisa no sentido em que o texto fala sobre fluxos e refluxos de imigrantes, uma vez que não referi (claramente) no desenvolvimento da minha pesquisa. Por fim realizo a avaliação de uma página WEB, a do Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME), escolhi esta porque, me pareceu de elevada importância com um bom conteúdo e pude reparar que da maioria de vezes que realizava pesquisas no motor de busca google esse site aparecia sempre nos lugares cimeiros. Ao longo da minha pesquisa procurei ser clara e objectiva, no empenho de realizar um bom trabalho. Agora só resta-me esperar que tenha satisfeito os requisitos definidos pela disciplina. *PS: como só fiz a descrição detalhada da pesquisa depois da realização do trabalho, pode haver coisas que tenha me esquecido de acrescentar e “se calhar a descrição detalhada não está tão detalhada assim”, porém os pontos importantes e os dados que pus não me esqueci de referenciar as fontes.

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4 Ficha de leitura Titulo da publicação: •A imigração em Portugal: Os movimentos humanos e culturais em Portugal Autores: • Equipa do SOS Racismo Local onde se encontra: • Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra Data da publicação: • Novembro de 2002 Local de Edição: • Lisboa Editora: •SOS Racismo Titulo do capítulo: • Circulação: fluxos e refluxos; Nº de páginas: 60-66 Assunto: • Política de controlo dos fluxos migratórios na UE Cota: •314 IMI Palavras-chave: • Imigração; Política de controlo; Racismo;

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Área Cientifica: • Sociologia Data da leitura: •20 De Dezembro Pontos Fortes: Apresenta de uma maneira resumida a “evolução” da política de controlo dos fluxos migratórios, deixa claro que esta só favorece a “fábrica de clandestinos”; não se prende somente ao facto do racismo/xenofobia, mas também cita factores económicos, para esse controle. Pontos fracos: Implicitamente defende a abolição do acordo de Shengen, isto é, fronteiras abertas para todos, na minha opinião, isto é uma visão um tanto quanto utópica, é necessário uma revisão? SIM; É necessário abolir o racismo? SIM; mas a que se levar em consideração a segurança e fronteiras totalmente livres, penso que é um pouco demais. Contudo a política de controlo tem de ser revista e assim ser “facilitada” a livre circulação. Observações: A leitura que fiz do livro, juntamente com as outras fontes, fez-me perceber o quão importante é esse debate actualmente, pois infelizmente muitas pessoas morrem quando estão pura e simplesmente a busca de uma esperança de um novo rumo para a própria vida. Nota sobre o autor: O SOS RACISMO foi criado em 10 de Dezembro de 1990. A sua criação partiu da iniciativa de um grupo de pessoas que, assim, se propôs lutar contra o Racismo e a Xenofobia em Portugal, contribuindo para a formação de uma sociedade em que todos tenham os mesmos direitos. Constitui uma associação sem fins lucrativos, tendo-lhe sido atribuído o estatuto de utilidade pública em 1996. Desde a data da sua criação, o SOS RACISMO tem vindo a desenvolver actividades diversificadas, que abrangem cada vez mais áreas de intervenção, de forma a tornar possível uma acção conjunta nos vários sectores da sociedade portuguesa. Há igualmente um esforço no sentido de colaborar com outras associações anti racistas e de imigrantes a nível nacional. O SOS RACISMO desenvolve, igualmente, actividades e acções em Conjunto com outras associações de países europeus, estando actualmente activamente envolvido na criação de uma rede anti-racista europeia, em conjunto com vários países da Europa. A associação tem vindo a crescer e, apesar de a maioria do trabalho realizado seja efectuado por voluntários, Dispõe já, de um número significativo de núcleos espalhados por diversos pontos do país.

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Resumo do argumento: De facto, nunca se observou um fluxo migratório tão grande, são populações inteiras que vão a procura de meios de sobrevivência, fogem de guerras ou perseguições ou procuram melhorar de vida. Tal situação é causada pelas políticas diversas dos 3 pólos hegemónicos: EUA, Japão, Europa. Esses impõem programas de ajustamento estrutural, impondo modelos sociais e económicos, causando o desemprego e a precariedade de trabalho. Em 1985 o acordo de Shengen instaura a “Europa policiada”. Em 1992 a convenção de Dublin delimita e restringe os pedidos de asilo a somente um país europeu. O tratado de Amsterdão de 1998 confirma as directivas do tratado de Maastricht de 1992, que prevê a harmonização da política de controlo da imigração entre estados. Em 1998 a Itália assina a sua adesão a Shengen. O controle dos fluxos migratórios consolida-se ao longo dos anos. Simultaneamente, a UE faz discursos de luta contra as discriminações étnicas, religiosas, sexuais, etc.…, alguns estrangeiros (os que satisfazem os critérios legais), estes usufruem da dita “integração”. Os outros ficam relegados a exploração dos patrões do “trabalho negro” às condições de vida precárias. Neste sentido, pode-se dizer que a política de fechamento das fronteiras é voluntariamente orientada para a construção de um exército de reserva maleável e serviçal, “ disponível” às necessidades da economia capitalista. Da mesma forma, a política de fechamento favorece a indústria do sexo, trata-se de uma “máfia” que aproveita-se das fronteiras para levar vantagem sobre quem quer ultrapassá-la e depois chantageiam essas pessoas. Essa política não só fabrica clandestinos, como incita a sonegação de impostos dos patrões que empregam esses ilegais. Outra consequência é que apesar do fechamento das fronteiras, ela não impede o afluxo dos indivíduos na Europa. Novas levas de imigrantes estão dispostos a pagar com a vida e em dinheiro, apesar dos imensos riscos incorridos. São situações de desespero que incitam aos traficantes a cobrarem mais, favorecendo assim o comércio de clandestinos, que muitas vezes terminam mortos. As autoridades passam então a serem cúmplices desses assassinatos voluntários ou não. Nos últimos anos, os movimentos anti-racistas, solidarizaram com os povos do terceiro mundo, e procuram resistir e lutar contra essas políticas. Hoje, mais do que nunca, a luta pela liberdade de circulação e de instalação está ligada aos direitos fundamentais dos indivíduos. Assim, a abertura das

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fronteiras seria, não só uma prova da mais alta determinação política das autoridades, como uma real demonstração do respeito aos direitos fundamentais humanos.

5 Avaliação de uma página WEB A pagina WEB que decidi avaliar foi http://www.oi.acime.gov.pt optei por esta, porque primeiramente antes de académica sou uma imigrante e como tal, por muitas vezes fui buscar informações neste site e, sempre, as dúvidas que eu tinha eram satisfeitas, sou registada no site o que logo a partida já dá para saber que é uma página séria com fins de realmente ajudar os imigrantes e esclarecer dúvidas, não só para imigrantes é claro, posso até mesmo citar um caso pessoal de já ter enviado e-mail para lá e terem me respondido com certa urgência esclarecendo uma dúvida. Para além disso, pude reparar ao longo da realização do meu trabalho, que sempre que realizava pesquisas no motor de pesquisa google esse site aparecia como um dos primeiros, e também a terminação gov.pt que indica que é um site de um organismo público. Uma observação de grande valia a acrescentar é que esse site possui uma quantidade de informação elevadíssima, praticamente fala de tudo (dentro do tema Movimentos Migratórios ), ressalto que há coisas em que não se aprofundam tanto, porém as que tem maior importância definitivamente estão lá presentes. A maneira como o site está organizado é boa, remete-nos para outras páginas fiáveis, há uma quantidade de reportagens praticamente infinitas, ressalto ainda, que é de fácil navegação. • Morada: Observatório da Imigração Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas Rua Álvaro Coutinho, 14 1150-075 Lisboa • Telefone: 218106100 • Fax: 218106117 • E-mail: [email protected] Resumindo, posso afirmar e indicar esse site para imigrantes e para quem queira saber sobre o assunto.

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6 Conclusão:

A sociedade portuguesa mudou muito nesta última década. São cerca de dez anos que fizeram de Portugal um país diferente nos aspectos económico, político, social e demográfico. Um fenómeno muito em voga é o do envelhecimento da população, como vem sendo estudado há vários anos já está mais que comprovado que o governo português deve se preocupar com isso, e isto é um fenómeno que atinge não só Portugal como toda Europa, alguns países já começaram com políticas natalícias, Portugal nem por isso. O que pude concluir ao longo da minha pesquisa é que os imigrantes, antes de mais são NECESSÁRIOS, pois sem eles a economia do país sofreria um golpe, o mercado de trabalho também sofreria grandes transformações, pude me aperceber que de facto os imigrantes contribuem de forma significativa para o desenvolvimento socio-económico do país, havendo uma distribuição dos imigrantes por área de trabalho. De facto, a realização do trabalho foi mais difícil do que imaginei, pois o fenómeno imigração abrange muita coisa, muitas causas e consequências. Por fim quero integrar uma nota pessoal acerca do racismo, infelizmente ainda existe sim, não de uma forma xenófoba ou agressiva (ao menos em território português), mas de uma maneira mais “subtil”, digamos, o problema do racismo não tem só a ver com processos políticos, antes de mais tem a ver com processos de socialização, aí sim estão os verdadeiros formadores, o agente de socialização FAMÍLIA é muito importante na medida em que ajuda na formação do carácter; como imigrante posso dizer que já sofri discriminação sim, já fui julgada pelo simples facto da minha nacionalidade sim, e sei que isso não acontece só comigo, também sei que esses preconceitos não provêem só de pessoas comuns, o pior é quando são de organismos públicos, nomeadamente SEF. Há muito para se fazer? Sim há, mas muito também já foi feito. E sem dúvida nenhuma posso dizer que este é um fenómeno que interessa a sociologia.

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7 Referências bibliográficas

LIVROS: • Esteves, Maria do Céu (1991), “Portugal, País de Imigração”. Lisboa: Instituto de Estudos para o Desenvolvimento. • Marques, Rita Susana Jordão (2005), “ Politicas de imigração na UE: O caminho para uma politica comum?”. Lisboa: (tese de mestrado) -Mestrado em: Economia e Estudos europeus. •MSST/DEPP – Ministério da Segurança Social e do Trabalho, Departamento de estudos, prospectiva e planeamento (2002), “ Imigração e Mercado de Trabalho”. Lisboa: MSST/DEPP. • SOS Racismo (2002), “A imigração em Portugal: Os movimentos humanos e culturais em Portugal”. Lisboa: SOS Racismo. PAGINAS CONSULTADAS NA INTERNET: •ACIME (2003), página consultada em 18 de Dezembro de2006,“Observatório da Imigração”. Disponível em http://www.oi.acime.gov.pt. • Agencia financeira (2006), página consultada em 18 de Dezembro de 2006, disponível em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=752355&div_id=1730 • CPR (2000), página consultada em 20 de Dezembro de 2006, disponível em: http://www.cpr.pt/index3.html • Portal do governo (2006), consultada em 20 de Dezembro de2006, disponível em: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Conselho_de_Ministros/Comunicados_e_Conferencias_de_Imprensa/20060810.htm • SOS Racismo (2004), página consultada em 20 de Dezembro de 2006, disponível em: <http://www.sosracismo.pt

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• Wikipedia (2006), página consultada em 20 de Dezembro de 2006, disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imigra%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_no_Brasil

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ANEXO I - Cópia da página principal da página WEB avaliada –

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ANEXO II

- Copia do texto que serviu de base à elaboração da ficha de leitura -

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