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Uma viagem às estrelas

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Este livro fala de uma menina que vai ao espaço e trás uma mensagem que a leva a respeitar o Planeta Terra.

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Page 1: Uma Viagem Às Estrelas

Uma viagem às estrelas

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Capítulo I

“ A grande ideia”Certo dia,

quando o Sol até queimava à sombra, comecei a pensar: “ Será que no espaço faz calor?Se em Marte existem Marcianos, em Júpiter existem Jupcianos?Nos planetas anões existem mesmo anões de jardim?”

Nesse mesmo instante veio – me a ideia de ir correr todo o Universo. Sim, correr as estrelas

quentes como pão acabado de fazer; correr todos os planetas e jogar futebol com eles; visitar todos os planetas anões e jogar ping – pong com um Marciano...

Tão rápida como a gata Mimi fugia dos ratos (ela tem medo deles), fui buscar um bloco de notas e anotei:

Pedir licença de descolar para o espaço à NASA, ao presidente da junta de freguesia, ao presidente da câmara

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municipal, ao governador civil, ao presidente da républica e, sobre tudo, pedir premissão à Mamã de descolar no seu quintal.

Depois de tudo anotado corri para o telefone e telefonei para a NASA.

- Hello, daqui fale... No, no, no... Hello, daqui fala Sandra do departamento da NASA, em que posso help? – falou uma senhora com um sotaque Inglês.

- Olá. Queria pedir uma licença para descolar num foguetão - pedi eu.

-Que idade tem?

Nesse momento hesitei:

- Ah...Eu tenho...Ah... 7 anos! – acabei por dizer.

-AH!AH!AH! E TU ACHAS QUE COM 7 ANOS PODES VOAR NO ESPAÇO?- riu ela.- Tu és uma kid!

E desligou o telefone.

Agora como poderia pisar a Lua e visitar os planetas?

Capítulo II

“ Quando a Leonor aparece”

Pus – me a pensar: “Para que é que eu preciso da NASA? Para me dar o trabalho de ir à Lua e eles ficarem com os louros? Para quê?”.

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De repente, tive a ideia de, sem a autorização da NASA construir uma nave espacial no quintal... Agora só faltava convencer a teimosia da Mamã...

Depois de a ter procurado por todo o lado (acreditem, até fui fazer um raio – x ao estômago da gata Mimi), encontrei – a a fazer o jantar.

Começei por mimá – la:

- Mamã, és a minha luz, o poço do Paraíso, és a minha boneca, Mamã...

Mas antes que eu pudesse continuar, ela interrompeu – me:

-Já sei. O que é que tu queres?

- Queria construir uma nave espacial no teu quintal.

- Fala mais alto! – ordenou a minha mãe.

Pronto! Já chegava! Tinha que ter coragem para o dizer:

- QUERIA CONSTRUIR UMA NAVE ESPACIAL NO TEU QUINTAL!

Ela riu – se. Pensava a Mamã que eu estava a referir – me a uma réplica.

-Claro que podes. Até podes utilizar as massas da cozinha.

A minha expressão tornou – se séria:

-Mamã, eu estou a falar a sério.

-Pois.Por isso eu acredito em ti. Pega. São massas para construires esse tal foguetão...

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E foi – se embora.

Nesse momento chegava a casa a minha irmã Leonor. Ainda não tinha falado dela nesta história porque ela tinha ido dormir com uma amiga e só tinha voltado naquele dia.

- O que fazes? – perguntou ela.

-Ainda não faço nada. Por agora vou comer o jantar; mas amanhã vou construir uma nave espacial! – respondi eu, num tom dramático.

A minha irmã fez uma cara feia:

- Contruir uma chave mental?- interigou ela.

Depois de lhe explicar o que eu queria dizer, ela interrogou:

-Também posso sair nesta cão?

-Sim Nono, também podes entrar nesta missão – corrigi eu.

No dia seguinte, eu e a minha mana fomos às compras e comprámos:

10 Kg de comida do McDonald’s,

60 Kg de salada,

30 Kg de fruta,

20 Kg de frango estufado,

1 Mg de espinafres,

0,5 Mg de cebola,

1.59.000 latas de Coca – Cola ( para fazer a forma da nave, não pensem que eu bebia isso tudo!) e

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200 caixas de Toblerone ( como disse, não é para comer).

Com isto tudo, a conta do meu pai ficou a zero e ainda tinha que pagar 1.000.000€ ao banco.

Mas agora havia um problema: e o combustível?

Capítulo III

“ A descolagem”

Passados 17 horas, 5 minutos, 20 segundos e 200 milésimas de segundo o combustível deixou de ser problema.

- Leonor, já sei! O nosso combustível vai ser à base de óleo vegetal!

-Á casa do olho de estendal? - interrogou-se a minha mana.

Precisava mesmo de lhe ensinar a falar bem...

Fui buscar ao minimercado 30 biliões de litros de óleo (lá se ia a conta da minha mãe...).

Quando estava na fila, a Dona Esmeralda comentou para o Sr. Melão:

- A pequena vai alimentar o mundo inteiro com batatas fritas... Ainda dizem que não há gordos no mundo!

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- Se ela fizer essa festa eu também estou convidado! -exclamou o Sr. Melão. -Mas se não o for, faço – me dele!

Quando cheguei a casa, pusemos as mãos ao trabalho!...

Passado algum tempo, o meu pai chegava ao quintal... Onde estava a nave!

Por sorte, o meu pai assustou –se ao ver o fuguetão e desmaiou.

Ao ver tal facto, a minha mana aproximou –se dele e berrou –me:

- Mana, vamos metê –lo no monitor do figo!

-Não é monitor do figo, mas sim contentor do lixo! – corrigi. -E não o vamos meter aí! Vamos simplesmente deixá – lo estendido no sofá.

10...9...8...7...6...5...4...3...2...1...Descolagem!

Eu e a minha maninha estavamos prestes a navegar em montes de aventuras com Marcianos e Jupcianos....

Capítulo IV “Umas convidadas”

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No inicio da viagem, a

minha maninha

perguntou:

- Sinto borboletas na tola. Isto é normal?

- Minha querida, não são borboletas na tola, mas sim na

barriga; e só as sentes por causa da ansiedade – expliquei.

- Não mana! – balbuciou ela. – São mesmo na tola!

Olhei para a cabeça dela. De facto, estavam mesmo

borboletas na sua cabeça. Estas tinham os olhos esburacados

como um poço sem fim. As asas tremiam como uma gelatina e a

cabeça era feita de papelão.

Como estas não eram de pombas, falaram logo para as duas

meninas:

- Olá! – exclamaram elas. – Bem – vindas a Saturno.

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A minha irmã deu gritos de alegria e até enfiou a cabeça na

água (engolindo um pirolito).

Depois de seca, (eu e as borboletas ficamos embasbacadas)

ela berrou – me:

- Mana! Atravessámos tão depressa o espaço! Que rápido!

- Deve ter sido por causa da energia da coca - cola - disse

eu.

- Vá meninas! Mãos ao trabalho! O nosso rei mandou – nos

comunicar uma coisa importante…

Capítulo V

“A entrada para Saturno”

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A minha mana e eu sentámos – nos, metemos os cotovelos na mesa e dissemos em coro:

- O que se passa?

Mas antes que as duas criaturas pudessem responder, a Nono disse:

- Não, não, não! Primeiro estas…Estas coisas têm que nos explicar como é que nos conhecem! –ordenou a minha irmã, apontando para as borboletas.

Olhei para elas como quem diz: “ Podes nos explicar?” e elas acenaram com a cabeça que sim.

Elas começaram:

- Ora! Existem Extra – terrestres por toda a Terra! O realizador do filme “Planeta 51” é o nosso vizinho da churrasqueira, o Sr. Jaquim! Temos um espião que vos espiou e veio - nos contar sobre o vosso foguetão!

Olhámos surpreendidas para os animais. Quem diz “nós” diz eu.

A minha irmã estava vermelha que nem um tomate:

- Com que então foi o cão que fez o nosso foguetão! Fiquem sabendo que até o meu papá desmaiou!

- Elas estavam a dizer que havia um espião, não um cão! Há, já agora, o espião não construiu, espiou! – disse eu

A Leonor entendeu.

As borboletas prosseguiram:

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- Bom. Não vos podemos contar o assunto aqui. Vamos ter com o rei! Por acaso não têm moedas para pagar as portagens dos anéis em Saturno?

Dissemos que não.

Continuámos a viagem. Só me lembro que os anéis eram em tons de laranja, não muito fortes. Eram tons suaves. Até pareciam beges.

No caminho, desmaiei.

Capítulo VI

“O reino Saturno e o seu rei”

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Quando acordei, estava deitada numa cama muito mole; mas confesso que naquele dia pensava que estava a flutuar.

Nesse mesmo instante, vieram as borboletas, o Rei, a minha irmã e toda a equipa profissional de criados do Rei.

- Mana!!!! Pensei que tinhas sobrevivido!!! – exclamou a minha mana.

- Sim Nono, eu sobrevivi. Tu pensavas que eu tinha morrido! – disse eu.

A equipa do Rei era muito extensa. Ocupava todo aquele quarto com altas e estreitas janelas, por onde aquele sol, muito mais vermelho do que o nosso, entrava dando luminosidade ao quarto. A cama, nos cantos desta, tinha postes brancos com relevo. Estes prendiam uma cortina dourada que dava volta à cama. O armário era magnífico. Era daqueles à moda antiga, feito em ouro. Aquilo devia valer milhões!

- Olá – começou o Rei, dirigindo – se a mim. – Eu sou o Rei Flor de Estufa, mas prefiro que me tratem por Unicórnio Cintilante. É um prazer – e fez – me uma vénia (eu estava a adorar aquele dia) – Estes são os meus criados: A Sr.ª Banheira, o Sr. Sanita, o Sr. Lavatório, o Sr. Chuveiro, o Sr. Bidé, a Sr.ª Cama, o Sr. Armário, a Sr. ª Mesa, as Meninas Cadeiras (irmãs gémeas), o Sr. Fogão…Estes criados todos não são objectos! São pessoas! – declarou o Unicórnio Cintilante, que terminou ali os nomes pois eram muitos mais criados.

O Rei era barbudo, com um manto vermelho a cobrir – lhe o corpo e uma coroa com todas as luas de Saturno e, claro, no meio dessas luas havia um unicórnio cintilante. Como eram

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pessoas Saturiárias nas cabeças de todos os cidadãos existiam sete anéis a girarem sem parar.

Fomos jantar.

A Sala de Jantar era maravilhosa. Era toda prateada, tendo só alguns raios dourados. A mesa de jantar era feita em mármore e decorada com os mais belos cristais.

Capítulo VII

“ A quebra de luz”

Quis perguntar ao Rei qual era a nossa missão mas hesitei.

Perguntei à minha irmã se achava correcto:

- Achas que deva perguntar aquilo ao Rei?

- Vinco? Que vinco? – perguntou a minha irmã, enquanto comia a especialidade daquele planeta: Big Mac.

- Unicórnio Cintilante! – chamei eu. – Porque é que não nos conta a nossa missão?

- Vocês terão que construir uma discoteca com um cofre lá dentro. Mas cuidado com a bruxa Coça Penico… Ao contrário do nome, ela é assustadora e gélida…

E de repente, todas as luzes apagaram – se, ouviu – se um riso maléfico e eu e a Leonor estávamos na cama; às escuras.

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Abraçadas e cheias de medo, não conseguimos dormir e pus – me a pensar: “ Será que foi o Mentiroso?”. O Mentiroso era outro criado.

De repente, a porta do quarto abriu – se. Eu e a Leonor tremíamos que nem canas verdes.

-Olá meninas – era a Sr. ª Banheira. Aquela senhora tinha - me causado empatia. – Querem que fique aqui e conte – vos uma história?

- Sim! – exclamámos em coro.

Deitou – se ao meio de nós e começou:

- Ora bem… Sabem, o Rei tem uma filha a…

E nós adormecemos.

Capítulo VIII“ Uns novos amigos”

Depois daquela noite atribulada, o rei Unicórnio Cintilante entrou no nosso quarto com uma grande equipa de moda (imaginem, logo de manhã, acordar com um aparato daqueles…) para nos vestir.

- Meninas, para irem construir a tal discoteca têm que ter roupa para vestir. Por isso, trouxe esta gente para vos preparar – - disse o rei.

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Aquelas pessoas estiveram connosco durante cinco horas só para isto!

A Nono estava com um macacão – calção às flores, umas sandálias com pedras de rubi e um carrapito no cabelo de lado. Eu tinha um macacão – calção anil com umas sandálias ornamentadas com pequenos búzios e uma trança no cabelo.

- Mãos à obra! – berrou a Leonor.

- Bem podes tirar o cavalinho da chuva porque primeiro vamos tomar o pequeno - almoço! – intervim eu.

Durante a refeição, conheci uma chávena branca com uma risca preta a toda a volta e um pires pequenino igualmente branco com uma risca preta na borda.

- OLÁ! – gritaram os dois em coro num tom melodioso.

- Eu sou a chávena Menina Leite.

- E eu sou o pires João.

- Como se chamam? – perguntaram em uníssono.

- Eu sou a Beatriz mas prefiro que me tratem por Bea e esta é a minha irmã, a Leonor, mas podem chamá – la Nono – apresentei eu.

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Depois de comermos (ovo fumado com bacon estrelado), o rei encaminhou – nos ao local onde íamos construir a discoteca, acompanhadas dos novos amigos.

- Sabem, quando for grande quero ser como vocês…- disse o pequeno pires.

- Façam pouco barulho!.. – murmurou o rei. – Pois estamos no local onde irão construir a discoteca e a bruxa costuma estar por aqui…

Capítulo IX“ Tudo explicado!”

De um momento para o outro, o rei tinha desaparecido.

Sem dar alguma importância começámos a construir a discoteca. Plantámos um pequeno jardim nas suas traseiras. Este tinha a forma de Saturno. Atrás de uma pequena parede amarelada que se movia, encontrava – se uma pequena sala com duas grandes poltronas vermelhas, uma lareira à frente destas e uma mesa de barro que, por baixo, tinha um tapete vermelho com vários desenhos verdes e pretos. A sala era um pouco escura e nem com a luz que a lareira partilhava se via bem. O compartimento era cheio de quadros do rei que acenavam e sorriam com vivacidade. Atrás de um desses grandes quadros estava o cofre com o código: N – Ã – O – D – I – G – A – S – O – C – Ó – D – I – G – O – A – N – I – N – G – U – É – M. Ups! Não era mesmo para dizer!

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Enquanto tratava das plantas teimosas, juntamente com o resto do pessoal (as plantas eram mesmo teimosas), apareceu a bruxa Coça Penico com o seu cúmplice: o Mentiroso! Devia ter calculado…

Olhei a bruxa nos olhos com uma expressão séria e perguntei – lhe (nesse momento sentia – me uma heroína):

- Porque fazes isto? Porque semeias o terror?

Abracei – me ao pires, à chávena e à minha irmã, que estavam com muito medo.

A bruxa olhou para nós e sentiu – se muito triste:

- Nós só queríamos ser os dj’s da festa.

Percebi que ela estava a dizer a verdade, então disse:

- Podiam ter dito logo! Vamos para o palácio!

Mas antes que pudesse dar o primeiro passo, a minha irmã travou – me (como é hábito) e exclamou:

- Mais devagar! Por que é que não disseram logo? E como é que sabem que nós íamos construir a discoteca?

- Primeiro, o meu pai é o Flor de Estufa e, como ele é o Rei (estou completamente zangada com ele!), não podia aparecer lá e dizer: “ Olha pai, agora quero ser dj na discoteca que tu mandaste fazer!”. Ia ser posta no olho da rua! E, em segundo, eu tenho uma vidente pessoal e só preciso de pagar 2 saturniais! Espantoso, não é?

- Eu tenho uma vidente pessoal e tenho que pagar 10 saturniais para nada… - comentou a chávena, entre dentes.

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- Mas porque fizeste mal antes de nós virmos para cá? – perguntei, curiosa.

- Oh, aqui o tempo passa rápido… Já estamos a conversar há um milénio!

Sem mais perguntas, fomos para o palácio.

O Rei ficou enraivecido.

Capitulo X

“A partida para Marte”

- O que ela faz aqui? – perguntou o rei muito zangado.

- Ela é amiga. A sua filha só queria ser a dj da festa. Porque está tão zangada com ela? – perguntou a minha mana.

A bruxa estava virada de costas para o rei e não tinha dito nem uma palavra desde que chegou.

- Eu e a Clave de Sol…

- Quem é a Clave de Sol? – perguntei eu, curiosa.

- Sou eu – murmurou a bruxa.

- Como eu ia a dizer, - começou o Flor de Estufa. – Eu e a Clave de Sol zangamo-nos porque, porque o Mentiroso disse que ela me odiava.

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- Desculpe excelentíssimo rei, foi sem intenção minha meter a Clave de Sol e o rei de costas voltadas. Nesse dia era o dia das mentiras e eu só queria pregar uma partida a vocês.

- Então porque é que não disseste logo? – perguntou a Clave de Sol, que correu para a abraçar o pai.

- Tinha vergonha…- disse o Mentiroso, encolhendo – se.

Mas já ninguém lhe ligava. A Clave de Sol tinha abraçado o seu pai e eu, a Nono, a chávena e o pires batemos palmas de alegria.

No final do abraço eu e a minha mana despedimo-nos. Mas antes que nós fossemos o rei disse:

- Como vocês vão visitar o espaço dou-vos esta metade de um mapa, talvez encontrei o resto. O pires e a chávena também querem ir com vocês.

Olhei para eles. Estes acenaram com a cabeça que sim, esperançosos.

- Sempre temos espaço para mais tripulantes… - acabei por entoar.

- Yuppííí!!! Obrigada Bea! – pularam eles.

E assim partimos para Marte.

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Capítulo XI

“A chegada a Marte”

Estávamos alegremente a cantarolar e a rir (excepto eu, que estava a conduzir) até que os ponteiros ficaram descontrolados e a nave começou a cair.

Acho que batemos contra Júpiter (lá se vão os Júpcianos do 1º capítulo…) e caímos sobre uma mancha vermelha.

- Acho que chegamos a Marte…- disse eu.

A minha irmã correu para a janela do foguetão e perguntou:

- Se Marte tiver pessoas esquisitas que gostam de jogar às marteladas, então sim, chegamos a Marte.

Corri para a pequena janela onde o pires e a chávena estavam especados e observei com atenção o mundo que me esperava.

Marte era muito diferente do que imaginava. Em vez de ser vermelho era uma bola preta, como se fosse uma estrela apagada e, um pouco mais

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à frente da nossa nave encontravam – - se dois seres, que deviam ser marcianos completamente brancos com olhos pretos, grandes e com vontade de explorar tudo.

- Temos que ir lá fora. Afinal há vida em Marte! – exclamei eu, estupefacta.

Corremos para a porta mas a Menina Leite, que era a mais atinada, fez – nos logo parar.

- Vocês são doidos?! – ralhou a chávena – Querem assustar as coisas esquisitas? Temos que ir em pezinhos de lã.

E assim foi. Abrimos a porta e fomos indo pezinho à frente do outro mais devagar ainda, biquinhos de pés para os marcianos não darem conta. Mas a minha irmã, reguila, não aguentou estar quieta e correu para junto deles.

-Vocês são malucos da cabeça… São estrangeiros, só por isso… - retorquiu a Leonor.

- O que tu és? – intrigou um dos seres que pensávamos que só existiam em B.D.

- Sou um humano que regula melhor da caixa do que vocês os dois juntos. – rematou a minha irmã.

- O QUÊ?! Odiamos os humanos mais do que tudo, não podem estar aqui. – disse o outro marciano, que dava pelo nome de Marte.

- Porquê? – perguntei eu, já junto deles.

- Venham daí e eu explico – vos porquê – disse o seguinte marciano, que se chamava Negro.

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Fomos atrás deles, desejosos de ver o que eles tinham para nos mostrar.

Capítulo XII

“A lembrança de um planeta diferente”

Marte e Negro levaram – nos para dentro de uma cúpula que se abriu assim que chegámos.

O pires estava no meu ombro e a chávena no ombro da minha irmã. Nós as duas dávamos as mãos.

- Sentem – se – pediu o Marte apontando para umas cadeiras.

Já sentados, apareceu uma tela branca à nossa frente e a sala escureceu.

Apareceu um vídeo com uma grande cidade, muito verde, ecológica e com jardins muitos floridos, com flores tão coloridas que pareciam um arco – íris magnífico.

Um bocadinho triste, o Negro suspirou:

- Isto era Marte antes.

- Antes de quê? – interrogou o João, curioso.

- Vê o filme, e descobrirás – retorquiu o Marte.

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Passado algum tempo, como explicava no filme, os marcianos começaram a desinteressarem - se pela proteção do planeta: Poluindo tudo e mais alguma coisa, deitando lixo para os rios e usando os transportes que libertavam muito fumo para a atmosfera. As plantas começaram a ficar doentes, e o planeta não aguentou mais; explodindo e ficando uma bola preta como o carvão.

Muita foi a tristeza de toda a gente que habitava em Marte, mas depois de se fazer as asneiras, não há forma de as mudar.

De repente, o filme acabou, a tela fechou e as luzes reacenderam – se.

Marte e Negro, chorosos, levantaram – se.

- Tomem esta metade de uma carta, talvez tenham a outra metade – disse o Marte, já mais recomposto.

De súbito o João exclamou:

- Eu sei! Eu sei! Nós temos a outra metade que o rei Unicórnio Cintilante nos deu, lembras – te?

- Sim, lembro! – respondi eu – Está no meu bolso.

Tirei – a rapidamente do bolso e juntei esta metade à metade que o Marte me tinha dado e de repente as duas metades formaram – se numa folha só.

- É uma carta! – entoou a Menina Leite.

- O rei não tinha dito que era um mapa? – intrigou o pequeno pires.

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- Oh… o rei já era velho e pitosga, devia estar a ver mal. – retorquiu a minha mana.

- Deixem – me falar! – exclamei eu. – Ora, a carta diz assim: Planeta Terra, espero que leiam esta carta ainda a tempo de salvar o vosso planeta. Não quero que aconteça o mesmo que aconteceu ao meu planeta. Tornem o vosso planeta mais ecológico, plantando árvores, construindo espaços verdes, não utilizando tantas vezes o carro. Quero que vocês os humanos se juntem, que sejam amigos e deem as mãos a favor do planeta.

- Levem esta carta convosco e mostrem a todo o mundo, quero ver o vosso planeta mais feliz e saudável, já que é tão bonito - suspirou o Marte.

- Obrigada! – entoámos nós.

- Prometo que tornaremos o planeta mais verde – retorqui eu.

Votámos para a nave só que havia um problema: A nave estava avariada. Como iriamos voltar?

Capítulo XIII

“ A reparação da Nave”

Resolvemos chamar os marcianos, que iam um pouco mais atrás.

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- Ser mecânico é a minha especialidade! – exclamou o Negro. – Deixem cá ver de que é que o vosso foguetão precisa.

Depois de investigar muito bem, o Negro declarou com sabedoria:

- É falta de gás pela Coca – Cola. Marte, podes ir à estação de serviço comprar Coca – Cola?

- É para já! – respondeu o Marte, com vivacidade.

Sim, devem estar a pensar o mesmo que eu, Marte era um planeta praticamente desabitado mas tinha estação de serviço.

Num ápice, o Marte voltou da estação de serviço com todas as latas de Coca – Cola.

O Negro pôs mãos à obra, e num minuto, estava pronto.

- Façam boa viagem. Esperemos que cuidem do vosso planeta! – disseram os nossos novos amigos em uníssono.

Liguei os motores e demos inicio à nossa viagem.

Capítulo XIV

“ Terra doce Terra”

Fizemos a viagem até Terra sem mais percalços (é estranho dizer isto) e conseguimos chegar exatamente ao quintal da Mamã.

Mostrei a carta à Mamã e ela declarou:

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- Anda, vamos mostrar às pessoas de todo o mundo, o Planeta Terra tem que ser protegido.

Capítulo XV

“ Um final feliz para um planeta feliz”

E assim foi. Falei com as pessoas mais importantes de todo o mundo, com os senhores de todos os países, com a comunicação social.

As pessoas pareciam ter ouvido meu apelo, porque passado uma semana, todo o mundo deu as mãos a favor do planeta, durante uma hora, ficando este mais verde mais feliz, mais saudável.

Foi aí que se criou o dia do ambiente, um dia especialmente dedicado ao planeta.

Nunca, mais se ouviu falar em aquecimento global, extinção de espécies, nem em buracos de ozono.

E a nave? Perguntam vocês; ficou no quintal da Mamã para ser admirado pelas próximas gerações, enquanto o pires e a chávena ficaram na cozinha, mas estes são os nossos novos amigos para passar o tempo.

Este é certamente um final feliz para um planeta feliz, e ter sido eu a impulsionar isto tudo ainda é mais gratificante. Devo um grande OBRIGADA ao destino!

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Trabalho realizado por:

Beatriz Amaral nº5 5ºA

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