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UMA PROPOSTA FORMAL DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O RAMO DE PANIFICAÇÃO Tiago Luiz da Silva Tavares (-) [email protected] Fernando Schramm (UFCG) [email protected] O Planejamento Estratégico voltado para as empresas comerciais vêm proporcionando aos gestores nestas últimas décadas um meio coerente de se atingir, racionalmente, os objetivos organizacionais. A ferramenta administrativa conhecida hoje coomo Planejamento Estratégico é fruto de várias contribuições formuladas ao longo dos anos por inúmeros autores, por esse motivo, os gestores têm a sua disposição vários métodos para formular o seu Planejamento Estratégico, condizentes com a realidade de sua organização. Neste trabalho foi efetuado um estudo nas padarias do Município de Toritama, Pernambuco, com o objetivo de identificar as dificuldades encontradas pelos gestores no momento da elaboração e implementação do Planejamento Estratégico. Com o referencial teórico atrelado ao tema e o resultado da pesquisa realizada com os gestores, foi desenvolvida uma metodologia para auxiliar na formulação e implementação de um Planejamento Estratégico voltado para as empresas deste ramo. O resultado da pesquisa mostrou que a principal dificuldade na utilização desta ferramenta está relacionada com o fato de que os gestores das organizações pesquisadas não possuem conhecimento sobre tal ferramenta e consequentemente sobre uma metodologia que possa ser utilizada com praticidade. Palavras-chaves: Estratégia; Planejamento Estratégico; Modelos de Planejamento Estratégico. XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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UMA PROPOSTA FORMAL DE

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA

O RAMO DE PANIFICAÇÃO

Tiago Luiz da Silva Tavares (-)

[email protected]

Fernando Schramm (UFCG)

[email protected]

O Planejamento Estratégico voltado para as empresas comerciais vêm

proporcionando aos gestores nestas últimas décadas um meio coerente

de se atingir, racionalmente, os objetivos organizacionais. A

ferramenta administrativa conhecida hoje coomo Planejamento

Estratégico é fruto de várias contribuições formuladas ao longo dos

anos por inúmeros autores, por esse motivo, os gestores têm a sua

disposição vários métodos para formular o seu Planejamento

Estratégico, condizentes com a realidade de sua organização. Neste

trabalho foi efetuado um estudo nas padarias do Município de

Toritama, Pernambuco, com o objetivo de identificar as dificuldades

encontradas pelos gestores no momento da elaboração e

implementação do Planejamento Estratégico. Com o referencial

teórico atrelado ao tema e o resultado da pesquisa realizada com os

gestores, foi desenvolvida uma metodologia para auxiliar na

formulação e implementação de um Planejamento Estratégico voltado

para as empresas deste ramo. O resultado da pesquisa mostrou que a

principal dificuldade na utilização desta ferramenta está relacionada

com o fato de que os gestores das organizações pesquisadas não

possuem conhecimento sobre tal ferramenta e consequentemente sobre

uma metodologia que possa ser utilizada com praticidade.

Palavras-chaves: Estratégia; Planejamento Estratégico; Modelos de

Planejamento Estratégico.

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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1. Introdução

Quando se pergunta a um gestor qual a principal ameaça que uma organização com fins

lucrativos encontra no mercado no qual está atuando, a primeira resposta está na maioria das

vezes relacionada com a alta competição, que é gerada por vários fatores, entre eles, a

globalização.

Com o objetivo de manter uma estrutura organizacional competitiva, vários estudiosos da

ciência administrativa vêm ao longo dos anos desenvolvendo ferramentas e técnicas

(operacionais, táticas e estratégicas) que visam auxiliar, guiar e incentivar os gestores a atingir

seus objetivos organizacionais (retorno do investimento, lucro, crescimento organizacional).

Entre estas ferramentas destaca-se o planejamento estratégico que segundo Drucker (1998)

tem como essência conhecer o conteúdo futuro das decisões atuais, ou seja, o planejamento

estratégico auxilia nas definições de objetivos organizacionais e no estabelecimento de ações

que tornem tais objetivos em realidade.

Entretanto, os gestores do ramo de panificação do Município de Toritama-PE têm encontrado

dificuldades no que se refere ao uso e adequação da teoria com a prática destas ferramentas

administrativas. Dificultando ainda mais a sobrevivência dos mesmos, pois, com uma alta

competitividade e um sistema complexo de relacionamento com fornecedores, público interno

e externo e entidades governamentais, torna-se difícil manter uma estrutura organizacional

focada em seus objetivos.

A presente pesquisa contribui, portanto, para o desenvolvimento de uma metodologia de

gestão direcionada ao setor de panificação que passa, então, a ter uma ferramenta de auxílio

na elaboração e implementação de um planejamento estratégico e o mais importante, com

relatos das maiores ou principais barreiras encontradas para a configuração e desenvolvimento

desta ferramenta num setor específico.

Diante destas considerações, este trabalho foi direcionado a responder o seguinte

questionamento: Quais as dificuldades que os empresários do ramo de panificação da cidade

de Toritama, Pernambuco, encontram para a elaboração e implantação de um planejamento

estratégico nas suas atividades organizacionais?

Baseando-se nessa questão da pesquisa é formulado o objetivo geral do trabalho que

corresponde ao desenvolvimento de um modelo de planejamento estratégico direcionado as

empresas do ramo de panificação localizadas no Município de Toritama, Pernambuco,

levando em consideração as dificuldades que os empresários desse ramo encontram para a

elaboração e implementação de tal ferramenta nas suas atividades organizacionais.

O artigo está dividido da seguinte forma: a Sessão 2 trata da abordagem metodológica adotada

neste trabalho; a Sessão 3 apresenta alguns conceitos de planejamento estratégico

relacionados a pesquisa; a Sessão 4 traz a análise dos resultados da pesquisa realizada com os

gestores; a Sessão 5 traz uma proposta formal de planejamento estratégico para o setor de

panificação; na Sessão 6 são descritas algumas conclusões sobre o desenvolvimento do

trabalho.

2. Abordagem metodológica do presente trabalho

Considerando-se os critérios de classificação de pesquisa proposto por Vergara (2003),

Acevedo & Nohara (2006) e Miguel (2007), quanto aos fins e quanto aos meios, tem-se:

quanto aos fins, a pesquisa é de natureza exploratória, pois tem como principal objetivo

3

“proporcionar maior compreensão do fenômeno que está sendo investigado, permitindo assim

que o pesquisador delineie de forma mais precisa o problema”, quanto aos meios de

investigação, a pesquisa será do tipo: pesquisa de campo, documental e bibliográfica. Quanto

à forma de abordagem, a pesquisa será qualitativa. Embora não emprege instrumentos

estatísticos como base do processo de análise desse problema, pode-se utilizá-los como

exemplo ou ilustração.

Segundo Gil (1999) “o universo ou população é um conjunto definido de elementos que

possuem determinadas características”. O universo desta pesquisa é composto por todas as

padarias situadas na cidade de Toritama-PE devidamente cadastradas junto ao órgão da

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) em 2007, que representam um

total de 6 (seis) padarias. Sendo todas estas objeto de estudo.

Em relação a pesquisa de campo, os dados foram coletados junto aos dirigentes das

organizações selecionadas com base em um roteiro de entrevista. Os dados registrados foram

tabulados e em seguida foi realizada a análise deles (ver sessão 4). Foi utilizado um pré-teste

com um dos membros do universo da pesquisa para verificar a eficácia do instrumento de

coleta de dados.

3. Fundamentação Teórica

3.1. Origem, evolução e conceito do planejamento estratégico

Na década de 1960 surgiu a idéia do Planejamento Estratégico Empresarial, bem no auge da

expansão e diversificação dos negócios. No entanto, este só veio a se formalizar na década de

1970 com o desenvolvimento do modelo básico conhecido como SWOT (CAVALCANTI,

2001).

De acordo com Kotler & Keller (2006) o SWOT ou análise SWOT é uma avaliação global

das Strengths (forças), Weakness (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats

(ameaças) em relação aos ambientes interno e externo no qual a empresa está inserida.

O termo, estratégia, de acordo com Ghemawat (2000) foi criado pelos antigos gregos, e que

para eles tinha uma conotação de magistrado ou comandante-chefe militar. Para Certo & Peter

(1993) estratégia pode ser definida como um curso de ação com vistas a garantir que a

organização alcance seus objetivos.

Isto nos mostra que a estratégia surgiu bem antes do Planejamento Estratégico Empresarial.

Até mesmo porque 500 anos a.C. um general-filósofo chamado Sun Tzu redigiu um manual

compacto intitulado como “A Arte da Guerra”. Neste livro é dissertado sobre planos de

ataque, movimentos estratégicos e desenvolvimento de ações, tudo isso formulado através de

um processo que leva em consideração os pontos fortes e fracos de uma determinada

civilização em comparação com os das civilizações adversárias, o local e terreno onde será

travada a batalha e outros fatores (TZU, 2007).

A necessidade de planejar em um âmbito empresarial só tornou-se possível com o declínio do

feudalismo onde se tinha uma produção de subsistência, dando lugar a figura do comerciante,

que posteriormente deu origem ao que hoje se conhece por empresas industriais.

As indústrias com uma capacidade de produção bem maior que as dos artesões passaram a

produzir bem mais que a necessidade do mercado, surgiu aí a competitividade empresarial e

junto com ela se propagam a necessidade de utilizar o pensamento estratégico de maneira

lógica e estruturada.

Segundo Oliveira (2004) planejamento é um procedimento desenvolvido para a obtenção de

4

uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor

concentração de esforços e recursos pela empresa.

Ghemawat (2000) afirma que durante a Primeira Revolução Industrial que se estendeu de

meados do século XVIII até meados do século XIX, o pensamento ou comportamento

estratégico empresarial pouco se desenvolveu, embora já existisse uma alta competitividade

entre as empresas, elas pouco podiam influenciar os resultados do mercado de forma

significativa.

Entretanto, na Segunda Revolução Industrial (início no século XIX) houve a emergência da

estratégia como forma de moldar as forças do mercado e afetar o ambiente competitivo, no

entanto, foi na II Guerra Mundial que o pensamento estratégico teve um estímulo vital no

âmbito empresarial e militar, isto porque agravou o problema da alocação de recursos

escassos em toda a economia.

Estes fatores deram suporte a idéia do planejamento estratégico que foi estudado durante estas

últimas décadas por vários simpatizantes da área, o resultado é uma ampla contribuição de

métodos de elaboração, implementação e avaliação do planejamento estratégico.

Este trabalho ater-se-á ao planejamento estratégico que segundo Fischmann & Almeida

(1991) é uma ferramenta administrativa que, com o auxílio da análise do ambiente de uma

organização, cria a consciência de suas oportunidades e ameaças de seus pontos fortes e

fracos para o cumprimento de sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito

de direção que a organização seguirá para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos.

3.2 Abordagens ou metodologias para a construção de um Planejamento Estratégico

Não existe um melhor caminho de se fazer um planejamento estratégico, embora todos

apresentem objetivos similares como otimizar recursos, pois, o que há são várias propostas

(métodos) apresentadas por autores distintos. Cabe ao gestor estudar e avaliar qual ou quais

destas metodologias melhor atende ou atendem as necessidades de sua organização. Para

auxiliar na compreensão deste trabalho são apresentadas na Tabela 1, de forma genérica, as

metodologias de alguns autores.

Metodologias Estrutura Básica

Metodologia de Certo & Peter (1993) Etapa 1: Análise do Ambiente;

Etapa 2: Estabelecer a Diretriz Organizacional;

Etapa 3: Formulação da Estratégia;

Etapa 4: Implementando a Estratégia Organizacional;

Etapa 5: Controle Estratégico.

Metodologia de Drucker (1998) 1. Descartar o dia de ontem;

2. Que coisas novas temos que fazer? E quando?; e

3. Tudo desemboca no trabalho.

Metodologia de Oliveira (2004) Fase I – Diagnóstico estratégico

Fase II – Missão da empresa

Fase III – Instrumentos prescritivos e quantitativos

Fase IV – Controle e avaliação

Metodologia de Porter (1986) Baseada na avaliação das principais forças que influenciam na

competitividade do setor de atuação da organização:

- Ameaça de novos entrantes;

- Poder de negociação dos fornecedores;

- Ameaças de produtos substitutos;

- Poder de negociação dos fornecedores.

5

Metodologia de Stoner & Freeman (1999) (i) Formulação de Objetivos; (ii) Identificação das Estratégias

Atuais; (iii) Análise Ambiental; (iv) Análise de Recursos; (v)

Identificação de Oportunidades e Ameaças; etc.

Fonte: Adaptado de Tavares (2008)

Tabela 3.1 – Principais metodologias de planejamento estratégico

3.3 Estratégias Genéricas:

O gestor ao formular o seu planejamento estratégico deve de forma criteriosa selecionar as

estratégias que se proponham a satisfazer as necessidades de sua organização, isto é claro

levando em consideração todo o processo de formação de um planejamento.

Esta seção destina-se a apresentar algumas estratégias genéricas apresentada por estudiosos da

área, onde estas podem ser utilizadas em um planejamento a fim de obter resultados positivos

e que conduza à organização a atingir os seus objetivos. As principais estratégias estão

descritas na Tabela 2 a seguir.

Estratégias Informações Gerais

Estratégias genéricas apresentada por Porter

(1986)

a) Estratégia de Liderança no Custo Total

b) Estratégia de Diferenciação;

c) Estratégia de Enfoque;

Estratégia de carteira apresentada por Ansoff

(1990)

Componentes:

a) Vetor de crescimento;

b) Vantagem competitiva;

c) Sinergia;

d) Flexibilidade;

Estrutura da matriz Boston Consulting Group

- BCG apresentada por Wrignt et al. (2000)

Unidade de negócios:

a) Estrela;

b) Pontos de interrogação;

d) Vaca leiteira;

e) Abacaxis.

Estratégias do ciclo de vida de um setor

apresentada por Wrignt et al. (2000)

Estágios tradicionais do ciclo de vida de um setor:

a) Embrionário;

b) Crescimento;

c) Turbulência competitiva;

d) Maturidade; e

e) Declínio

Outras estratégias extraídas de Westwood

(1996); Thompson & Strickland III (2004);

Porter (1989); Certo & Peter (1993); Wright

et al. (2000); Treacy & Wiserma (1995); Hax

& Wilde (2002); Kaplan & Norton (1997)

Estratégias: de Defesa; de Crescimento; de Ataque;

de Estabilidade; de Redução; Desintegração ou

Desmembramento; de Excelência Operacional; de

Liderança no Produto; de Soluções Completas; de

Segmento Alvo (Lucratividade).

Fonte: Adaptado de Tavares (2008)

Tabela 3.2 – Principais estratégias

4. Análise dos resultados da pesquisa com os gestores

Nesta sessão apresenta-se o resultado da pesquisa de campo, baseado na tabulação dos dados

obtidos por meio de um questionário. Este questionário foi empregado nas seis panificadoras

que compõem o universo da pesquisa e os resultados são discutidos a seguir.

As três primeiras questões do questionário tiveram o objetivo de coletar informações gerais

sobre o setor de panificação no município objeto de estudo, as quais são descritas

resumidamente a seguir:

6

50% das panificadoras estão sendo gerenciadas pelos seus fundadores, enquanto que as

demais foram compradas pelos atuais gestores;

Os resultados da segunda questão mostram que os empresários já estão nesta atividade há

bastante tempo, pois cinco dos entrevistados disseram já estar no ramo há mais de cinco

anos, sendo que três deles declararam ter mais de 15 anos nessa atividade. Apenas um dos

entrevistados tem menos de cinco anos no ramo;

5 empresas têm entre 5 e 10 funcionários, enquanto que apenas uma tem entre 10 e 20.

A quarta questão buscou identificar a quantidade de empresas do setor de panificação da

Cidade de Toritama-PE que tem uma visão estratégica formulada. Os resultados mostram que

apenas 17% das empresas entrevistadas têm sua visão estratégica formulada, e que a grande

maioria representada por 83% não o tem, como pode ser visualizado através do Gráfico 4.1.

17%

83%

Empresas que têm visão estratégica

formulada

Sim

Não 14%

71%

14%

Empresas que têm objetivos definidos

Sim

Sim, mas não

formulados

Não

Fonte: Tavares (2008)

Gráfico 4.2 – Objetivo X empresa

Fonte: Tavares (2008).

Gráfico 4.1 – Visão estratégica X empresa

A quinta questão identifica as empresas que de algum modo estabelecem objetivos

empresariais. Os resultados mostram que 71% destas empresas têm objetivos empresariais, no

entanto, o número de panificadoras que tem estes objetivos formulados corresponde a apenas

14%. E que apenas 14% das padarias entrevistadas não tem objetivos definidos, ver Gráfico

4.2.

A sexta questão teve como finalidade fazer um levantamento das panificadoras que tem uma

missão empresarial elaborada. Os resultados mostram que apenas 33% das entrevistadas já

têm sua missão estabelecida, enquanto que as demais não o têm. Como pode ser visualizado

através do Gráfico 4.3.

Fonte: Tavares (2008)

Gráfico 4.4 – Estratégias utilizadas

Fonte: Tavares (2008).

Gráfico 4.3 – Missão empresarial X empresa

33%

67%

Empresas que têm uma missão

empresarial elaborada

Sim

Não33%

67%

0% 0% 0%

Estratégias utilizadas pelas

panificadoras

Liderança de

custos/preço

baixo

Diferenciação

Enfoque

Defesa Ataque

Estabilidade

7

No quesito relacionado às principais estratégias utilizadas pelas empresas do ramo de

panificação é possível observar que estas estão centradas em estratégias genéricas de

liderança de custos com preço baixo ou em uma estratégia de diferenciação. Sendo que 33%

destas empresas utilizam a estratégia de liderança de custos/preço baixo e que 67% das

empresas utilizam estratégias de diferenciação, ver Gráfico 4.4.

O Gráfico 4.5 mostra que das empresas entrevistadas apenas 33% delas tem e utilizam a

ferramenta denominada plano de ação e que as demais representando 67% não utilizam esta

ferramenta.

Fonte: Tavares (2008).

Gráfico 4.6 – Planejamento Estratégico X empresa

Fonte: Tavares (2008).

Gráfico 4.5 – Plano de ações X empresas

33%

67%

Empresas que tem planos de ações

Sim

Não

50% 50%

Empresas que conhecem o

Planejamento Estratégico

Sim

Não

Das empresas entrevistadas ficou constatado que 50% conhecem ou já ouviram falar da

ferramenta administrativa Planejamento Estratégico, enquanto os outros 50% até então não

conheciam esta ferramenta (Gráfico 4.6)

Os resultados da pesquisa mostram que das empresas entrevistadas 83% delas não utilizam

nenhuma metodologia para formular seu planejamento estratégico. E que apenas 17% destas

utilizam uma metodologia (Gráfico 4.7). No entanto, das entrevistadas 33% planejam algumas

ações, mesmo que de forma empírica.

Fonte: Tavares (2008).

Gráfico 4.7 – Planejamento Estratégico formulado X empresa

17%

83%

Empresa utiliza alguma metodologia

para formular o planejamento

estratégico

Sim

Não

Das empresas que formulam o Planejamento Estratégico, a ferramenta adotada por elas foi a

análise de SWOT. Um dos gestores afirmou que esta metodologia é muito eficiente.

Quando perguntado quais são as dificuldades encontradas na formulação do planejamento

estratégico, as seguintes respostas foram fornecidas:

Como as empresas são de pequeno porte e têm poucos funcionários o planejamento deve

ser rápido e prático de ser elaborado, sendo necessário, às vezes, sacrificar algumas etapas

8

ou aprofundamentos. Por exemplo, em algumas circunstâncias deixa-se de lado uma

análise muito criteriosa em favor da eficiência;

O planejamento estratégico é uma ferramenta de longo prazo, sendo difícil formular

estratégias que apresentem resultados a curto prazo;

É difícil trocar experiências em sua rede de relacionamento, já que são poucos os

empresários que utilizam esta ferramenta.

Quando questionado quais dificuldades foram encontradas na implementação do

planejamento estratégico, as principais respostas foram:

Não possuir recursos financeiros suficientes;

Cultura empresarial;

Controle do processo de execução;

E, correção dos desvios que estão fora dos padrões estabelecidos.

5. Proposta formal de Planejamento Estratégico para o setor de panificação

Nesta seção está descrita a proposta de um planejamento estratégico direcionado ao setor de

panificação, a qual foi elaborado tomando-se como base as dificuldades de elaboração e

implementação desta ferramenta apresentada pelos gestores, a qual teve como suporte o

arcabouço teórico desenvolvida durante a pesquisa. As seguintes etapas estão contidas nesta

proposta:

a) Elaboração da Visão Empresarial;

b) Análise do Ambiente (interno e externo);

c) Nortes Empresariais (missão e objetivos);

d) Definição das Estratégias;

e) Implementação das Estratégias e Feedback estratégico.

Etapa 1 – Elaboração da Visão Empresarial

A primeira etapa deste método é a elaboração da visão da empresa, para tanto será utilizada a

metodologia proposta por Oliveira (2004).

O autor diz que a visão é a capacidade de um gestor de enxergar dentro de um período de

tempo mais longo. Assim para estabelecer a visão de uma empresa o gestor deve responder a

seguinte pergunta “como empresa, o que eu quero ser no futuro?”.

A resposta a esta pergunta é em si uma visão. No entanto para a elaboração de uma boa visão

o gestor deve observar as seguintes dicas:

A visão deve direcionar-se aos focos básicos (consumidores, funcionários e fornecedores);

A visão deve ser tão clara quanto o objetivo de lucro;

A visão deve respeitar os direitos das pessoas.

Etapa 2. Análise do Ambiente Organizacional

A segunda parte desta metodologia consiste em fazer uma análise do ambiente no qual a

organização está inserida, ou seja, nesta parte serão coletados dados e informações em um

primeiro momento do ambiente interno da empresa (pontos fortes e fracos) e em um segundo

momento do ambiente externo (oportunidades e ameaças). Para tanto, será utilizada a

metodologia de Oliveira (2004).

A análise interna consiste em verificar os pontos fortes (qualidades) e fracos (deficiências) da

9

empresa em relação aos seus principais concorrentes diretos e potenciais.

Para fazer esta análise o gestor deve levantar os aspectos importantes. Estes aspectos

normalmente são os que dizem respeito à estrutura da organização e suas funções base. Para

tanto pode-se utilizar um formulário como ferramenta para auxiliar no levantamento dos

fatores a serem analisados. Portanto, para a organização destes dados, como sugestão pode-se

utilizar o Quadro 5.1.

Com a utilização desse Quadro pode-se visualizar com facilidade os pontos fortes e fracos da

empresa e seus respectivos concorrentes. Os fatores considerados devem ser selecionados por

meio de uma avaliação subjetiva feita pelo gestor, pois os que estão descritos no quadro acima

são de caráter explicativo.

Levantamento de pontos fortes (F) e fracos (f) da empresa Data __/__/__

Resultado Fatores considerados

Empresa Concorrente

1

Concorrente

2

Concorrente

3

(F) ou (f) F f F f F f F f

Marketing

sistema de distribuição

produto

força de venda

promoção e propaganda

Finanças

capital

crédito

ativo/passivo

imobilizado

Produção

instalação industrial

equip. e instalações

processo produtivo

qualidade

suprimentos

Recursos Humanos

capacitação profissional

produtividade

índice de absenteismo

clima organizacional

Organizanional

estrutura organizacional

políticas

sistemas de informação

controle de qualidade

Fonte: Tavares (2008)

Quadro 5.1 – Pontos Fortes e Pontos Fracos

Para simbolizar o ponto forte (F) ou fraco (f) da empresa ou de seus concorrentes basta

marcar um “X” no encontro do quadrante da linha (atributo em análise) com o da coluna

(empresa ou concorrente). Por fim se a empresa apresentar uma predominância no fator

marketing, por exemplo, então se marca na coluna “Resultado” um (F) simbolizando um

ponto forte da empresa, no entanto, neste mesmo fator caso o resultado se configure em uma

dominância por algum outro concorrente marca-se um (f) simbolizando um ponto fraco da

empresa.

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Concluindo o preenchimento deste quadro, a empresa poderá visualizar seus pontos fortes e

fracos no ambiente com facilidade.

A segunda parte desta etapa, análise do ambiente externo, consiste em identificar as

oportunidades e ameaças que podem influenciar, positivamente ou negativamente, no

resultado da empresa.

O ambiente externo compreende as variáveis que estão fora de controle da organização como

políticas governamentais, desenvolvimento tecnológico, sistema financeiro, comunidade, e

outros. Então, como na primeira faze o gestor deve identificar estes fatores e monitora-los

constantemente, a fim de identificar em tempo hábil, uma oportunidade ou uma ameaça.

Assim como na fase 1 é utilizado uma ficha para auxiliar no estabelecimento e visualização

das ameaças e oportunidades do ambiente organizacional, como descrito no Quadro 5.2.

Análise de Oportunidades e Ameaças do Ambiente Data __/__/__

Fatores considerados Oportunidade Ameaça

Tecnologia

alterações tecnológicas possíveis

programas de pesquisas

Governo

legislação pertinente

planos governamentais seus objetivos

política econômica

Sistema Financeiro

instituições financeiras

forma de atuação destas instituições

Comunidade

valores sociais, culturais e espirituais

aumento populacional

Fonte: Tavares (2008)

Quadro 5.2 – Análise de Oportunidades e Ameaças

Etapa 3 Desenvolvimento dos Nortes Empresariais

Nesta etapa serão desenvolvidos os nortes que guiam uma empresa, ou seja, as diretrizes que

auxiliam nas tomadas de decisões empresariais. Para tanto é utilizada a metodologia de Certo

& Peter (1993) como referência.

Os nortes abordados nesta etapa são divididos em missão e objetivos, ambos voltados para a

organização.

De acordo Certo & Peter (1993) a missão é a razão pela qual uma organização existe. Assim,

para elaborar uma missão empresarial basta responder a pergunta “qual a razão de ser da

nossa organização?”. Contudo, para obter-se uma boa missão é importante que a mesma

também responda, de forma sucinta, as seguintes questões:

a) Qual é o produto ou serviço que a organização oferta a seus clientes?

b) Quem são os clientes da organização? Onde eles estão localizados?

c) Qual (is) o(s) principal (is) objetivo(s) da organização?

d) Qual o auto conceito da organização?

A segunda fase desta etapa é desenvolver os objetivos organizacionais, pois são eles que

fornecem o fundamento para o planejamento, organização, motivação e controle do

planejamento estratégico, ou seja, sem os objetivos e sua comunicação efetiva, será difícil

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manter o comportamento na organização centrada em uma única direção.

Podemos dividir os objetivos em: objetivos de curto prazo (metas que a organização deve

alcançar no período de um a dois anos); e objetivos de longo prazo (metas que a organização

deve alcançar no período de três a cinco anos).

Normalmente o principal objetivo de uma organização é o lucro. No entanto este por si só não

é suficiente e não garante a sobrevivência da empresa no longo prazo. Por isso, torna-se

necessário desenvolver objetivos nas mais diversas áreas da organização, como por exemplo:

Objetivos referentes a posição de mercado da organização;

Objetivos voltados para a inovação dos métodos utilizados pela organização;

Objetivos relacionados a produtividade da organização;

Objetivos de desempenho e desenvolvimento do administrador;

Objetivos de responsabilidade social.

Para a elaboração de um bom objetivo, este deve ser:

Específico – indicar o que é para fazer, quem fará e quando fará;

Atingível – possível de ser realizado;

Flexível – podem ser modificados;

Mensurável – saber o momento em que o objetivo for cumprido;

Como sugerem Certo & Peter (1993), o processo de desenvolvimento de diretrizes

organizacionais, segue o raciocínio de utilizar a visão empresarial e a análise do ambiente

para definir os principais objetivos a serem alcançados.

Para auxiliar no processo de desenvolvimento de diretrizes o gestor deve primeiro e

sequencialmente desenvolver a missão, dela desenvolver os objetivos de longo prazo que

possibilitem atingir a missão, e por fim os objetivos de curto prazo que possibilitem atingir os

objetivos de longo prazo.

Etapa 4. Desenvolvimento de Estratégias

A quarta etapa deste método é o desenvolvimento de estratégias que possibilitem os gestores a

alcançar seus objetivos organizacionais. Esta etapa se baseia na metodologia apresentada por

Certo & Peter (1993).

Para selecionar uma estratégia a ser utilizada pela organização com o intuito de atingir os

objetivos organizacionais, os gestores devem ter em mente a visão da empresa, assim como, o

resultado da analise ambiental da empresa. Desta forma ele deve encontrar possíveis

estratégias, levando em consideração a análise ambiental, que o levem a atingir os objetivos

desenvolvidos na Etapa 3. Duas ferramentas são sugeridas para o levantamento das estratégias

que podem ser utilizadas no planejamento estratégico. A primeira é um quadro que possibilite

ao gestor visualizar tudo o que foi desenvolvido até o momento, conforme o Quadro 5.3.

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Planejamento Estratégico da empresa

Visão da Empresa:

Analise do Ambiente

Ambiente Interno Ambiente Externo

Pontos (F) Pontos (f) Oportunidades Ameaças

Missão Empresarial Objetivos de Longo Prazo Objetivos de Curto Prazo

Lista das Possíveis Estratégias

Estratégias Voto 1 Voto 2 Voto 3 Voto 4 Total

Liderança Custo Total

Diferenciação

Enfoque

Defesa

Crescimento

Estratégias Selecionadas

Fonte: Tavares (2008)

Quadro 5.3 – Desenvolvimento de Estratégias

A segunda é uma lista das possíveis estratégias que podem ser utilizadas. Esta lista deve

apresentar o máximo de estratégias conhecidas pelos gestores, para que assim, ao fazer a

análise supra citada ele possa visualizar com clareza as estratégias que eles podem adotar, esta

ferramenta também está incluída no Quadro acima.

Este Quadro além de permitir a visualização de todo o planejamento estratégico até então

desenvolvido, favorece também a seleção das estratégias a serem utilizadas no planejamento

organizacional, através de uma análise e posteriormente uma votação entre os dirigentes da

organização para selecionar quais as melhores estratégias a serem adotadas.

Etapa 5 Implementação das Estratégias e Feedback estratégico

Esta é uma etapa definitiva para o planejamento estratégico, pois, embora se tenha feito uma

análise ambiental excelente, desenvolvido bons objetivos e selecionado as estratégias mais

adequadas para atingi-los, se estas não forem postas em ação efetiva de nada valerá o trabalho

até então desenvolvido. Está etapa baseia-se no modelo proposto por Stoner & Freeman

(1999).

Para implementar uma estratégia, primeiro é necessário transformá-la em ações. Estas ações,

assim como os objetivos de curto prazo, devem ser claras quanto ao que deve ser feito, quem

deve fazer, e quando deve fazer. Aqui também se aplica as características de um bom

objetivo.

Uma vez que este primeiro passo esteja concluído deve-se delegá-lo a pessoa responsável por

esta tarefa, e conscientizá-la da importância da realização desta tarefa, conforme as

especificações, para a organização.

Posto em prática estas ações deve-se atribuir ferramentas que mensurem a realização destas

tarefas, ou seja, uma ferramenta de avaliação do desenvolvimento das ações adotadas para o

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cumprimento da estratégia.

Esta ferramenta deve possibilitar a analise de desempenho da estratégia, afim, de obter um

feedback capaz de ajustar estas ações caso não corresponda ao esperado, ou até mesmo,

alterar a estratégia adotada.

Outra ferramenta interessante que pode ser utilizada é um sistema de recompensa que

beneficie equipes e indivíduos, quando estes atingirem as metas organizacionais. Assim pode-

se assegurar que ao atingir as metas, conseqüentemente, os objetivos organizacionais serão

atingidos e não apenas a instituição sairá ganhando como também seus colaboradores

internos. Esta é uma ferramenta de estímulo que pode aumentar a motivação organizacional.

O processo de implementar estratégias e obter um feedback não pode ser visto como a etapa

final do planejamento estratégico, pois, o mesmo deve ser flexível e adotar as devidas

mudanças cabíveis. Pois o ambiente organizacional é completamente mutável e um

planejamento estratégico (de longo prazo) não pode ser engessado, do contrário estará fadado

ao fracasso.

6. Conclusões

Com o resultado obtido, chega-se a conclusão de que embora o Planejamento Estratégico seja

uma ferramenta administrativa que vem ao longo destas últimas décadas sendo estudada e

utilizada para gerar um diferencial competitivo que auxilie as organizações a se estabelecerem

no mercado onde atuam. Pode-se considerar que ainda é muito alto o número de empresários

do ramo de panificação do município de Toritama, Pernambuco, que não conhecem esta

ferramenta, pois, este número chega próximo de 50%.

Deve-se considerar também que 83% destes empresários atuam neste segmento há mais de 5

anos, e mesmo assim, são poucos os que desenvolvem, mesmo que de forma isolada, alguma

atividade ligada ao Planejamento Estratégico formal, ou seja, são poucos os empresários que

tem uma visão estratégica formulada, objetivos definidos, missão empresarial ou até mesmo

um plano de ações.

Contudo, os outros 17% que utilizam a ferramenta afirmam que, embora utilizando uma

metodologia denominada por eles como “genérica” e de fácil utilização, esta tem apresentado

muita eficiência, tanto no momento de formulação quanto no de implementação. Gerando

para a empresa um diferencial competitivo.

Embora o Planejamento Estratégico seja uma boa ferramenta para adequar a organização ao

meio como menciona Porter (1986), esta apresenta algumas dificuldades para a sua

elaboração. Para os empresários do referido ramo estudado, entre elas é evidenciado um fator

cultural – como o fato de ser difícil trocar experiências com outros empresários, pois, como

vimos muitos nem mesmo a conhecem, e outros simplesmente não a utilizam. Podendo, assim

ser caracterizada como a principal barreira de formulação do Planejamento Estratégico.

Outro sim, são as dificuldades de implementar as ações estabelecidas no Planejamento

Estratégico, que de acordo com os empresários em estudo, a falta de recursos financeiros é um

fator preponderante que além de limitar, dificulta a execução do plano de ações. Por esses e

outros motivos Certo & Peter (1993) afirmam que a análise de ambiente dever ser executada

com muita cautela, pois dela resultará o diagnóstico empresarial que possibilitará a

visualização dos limites da empresa.

Não esquecendo, portanto, das outras dificuldades apresentadas para a elaboração do

Planejamento Estratégico e sua implementação. No entanto, é indiscutível que esta é uma

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excelente ferramenta administrativa e que se bem desenvolvida e aplicada com eficácia guiará

a organização para o sucesso.

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