uma obra altruistahemerotecadigital.cm-lisboa.pt/periodicos/ocomercioda... · 2018. 9. 27. ·...
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ANO V 14 DB .MARÇO OE 1936 N.• JIS
QUINZENÁRIO ANUNCIADOR, LITERÁRIO, NOTICIOSO E DEFENSOR DOS IHERESSES DA FREGUESIA DA AJUDA Director : ALEXA~DRE ROSADO DA ~ONCEIÇÃO Editor: J. A. SILVA COELHO
Propriedade da Pap. e Tip. ORAPICA AJUDBNSB L1'D., C. da Ajuda, 176, 1'etef. 8. 1S1
DISTRIBUIÇÁO G R A TU 1 TA I Redacç6o, Admlntstraç6o, Compostç6o e Impress6o: OALÇADA DA AJUDA, 176-LISBOA
C(~)l n.v~ltad? .n~lmCI'O de lllSCriÇOCS 1 llli<'IOU·SC no prctéri t<l sáltndo o paga
IIH'nto de quotas semanais para as duas excursões que o nosso rjuinzenário realiza <'m 19 de . nlho e 30 e Sl de .\gosto próximos, e <tne, co1no j:1 dibSI'mos, •e dr.titinam a visitnr:
A 1.• - Vila Fra:1<·a, Alenqner, Ota, CaldaH ela Ruinha, ,\lcoltaça, Nazaroth, H. ,\lartiuho, Santa Crnz I' '1'. \'cdra~.
.\ 2.•- Torres \' cd 1·as, (;aidas, Alcobaça, Batalha, Leiria, Figueira ola Foz, Coimbra, Luso, Buçaco, To.nar, Torres :'\o,·as ~; Santarém.
A i nscriçâ<', par a 1p1al.p1cr cl:t~ cxcu 1•Ões, l'nutiuua aberta.
PAHA a sessão solt•nl' romemnrativa <lo ~5.• aniverslirio da fuu<lat;ão da n.\.s
,i-tênt:'ia lufantil •l:1 fregnesia tle S;~nta lsab<'l», rt•l't•hcmo• <la ina ilnstrl' rliret·~·ão, Ulll convit<' que roronlorl'idtunentc agt·ati•Jt·cmo~.
Xo próximo dia 22, ali se <'ft!<·tuará um sn rprcendente ft•o.,c i vai, para fecho da t·omrmonl<;âc a que acima llllb r<'ff'l'imos.
:\um elos prô,imu-.. ltl'unt' ru.:>~ ,JC'clit•art•rnos a~ p~Í;.:'1113~ C"Pn
trah, cl~·ste qnin?.c·u~lriu. à ohr2 gn.ncliosa que vt•rn s••utlo realizada nesta prc.tirnosa c mo<lt•lar in8titni\·:io.
gstc trabulho, que b'lní. aeoonpanhac.lo de grande número tle gravura~, fni ronfiaclo ao nosso <1ucriolo colahoratlor )lanucl Lonront;o Hamos, <tne à prestante colcctividaolc tem da.Jo o melhor oh1 'na <lcrlica\'i'Lo t'\ inteligêru·ia.
No passado dia H, l'erll izou•Se no Grün1io de lklo'·m, um almoço de homc·nagcm
ao ilustre poela c distinto homem de letras E~ m" :r Coro· nel Alberto Card• hO elo:. Santos.
Aos brindes usaram da palavra os Srs. \'ilar Cor.lho. Alvaro A. da Fonset•u, i\lanuel 1'. C r·uz, \'i c to r .\I 1111 ta•, .Ju~<Í H. Sotta, .João A. l'isar ra c a te~minar o Dr. Lobo do <'nmpos.
Todo:; os orado1·c:; pu:wram c•m relê\'O as marrautex quali <lad<>s de c:.deter tlc K Ex.• " a sua alta <'•lltnra.
l"inalmcut<' falou o ilnbtre horncnagoadoqne,com hCIIIirlas pa I a v ras,t~gra•h·cc n pon horado a homenagem qn<' arahuva de lhl' ser prestaria.
JARDIM OE INPANCIA DA AJUDA
UMA OBRA ALTRUISTA Assim a classificou Ramiro farinha, num dos seus
interessantes artigos publicados nêste quinzenário. E assim será, se se conseguir realizar o que a sua iniciadora - O. Ilda Jorge de Bulhão Pato- idealisou num feliz momento.
Mas o altruísmo não consiste na cotisação daqueles que, como nós, a paguem sem dificuldades.
Esse altruísmo é praticado, quanto a nós, pelos que fazem sacrifício para pagar as suas cotas, e tantos êles são!
O nosso espírito de curiosidade, levou-nos a investigar as condições de vida daqueles que contribuem para essa bela obra; e que vimos, santo Deus!
Entre as muitas pessoas que acorreram a auxiliar essa obra de protecção à infância desprotegida, por espírito de bondade e solidariedade- embora não tantas, infelizmente, como deviam ser - mas que o fazem sem sacrifício porque tiveram a felicidade de ser bafejados pelo factor sorte, e Deus lh'o conserve para que possam continuar repartindo tão bem as benesses recebidasquantas pessoas notamos que fazem enormes sacrifici0s para pagar a cotasinha, com que se inscreveram?
Quantos deixam de adquiri r qualquer objecto indispensável ao seu confôrto por não poderem comprá-lo?
E o que é mais; que vivem e sempre viveram- se isso é viver- uma vida toda cheia de dificuldades e necessidades.
é Porque o fazem então? Porque dão êsse dinheiro, se mesmo pouco, lhes faz
falta, perguntar-nos-ão. E' precisamente por terem passado, uma vida de di
ficuldades e de miséria, muitas vezes, que 'se sacrificam ainda mais, na esperança que do seu óbulo, pequeno, mas
(Conclue na pdgina 8)
A Filial de O NOVO MUNDO DE ALGANTARA Travessa da Bôa Hora, 53-D
a;>resenta ao públ!co ajudense a tabela de :m ços de alguns dos seus a rrigos, para que se convença de que é esta a casa que mais bara to vende
l:!clnac espanholas fom fôno e tira Camisas pano braaco para se.nbora C11mi$as opaltoe pau. senhora • • C. Iças pano branco par& senhora . Calças opAIIne para senhora • • Cami; as riscado para homem . . Cliecas riscado p&ra bowem . •
4$75 2~5 ~IS 2$50 2$•5 S$9S 3S20
I M~fu p~~tra ttnhora , de de . . • Meias sedaanlmal, d 1 tde • • •
I Peo~as para bomem, desde. , • Crepe da Cbina, melro desde . • Cbilas muilo larus. roelro desde ,
I Riscados camlselros, dudt . Patente crú. muilo Jarto •
Grande sortido em artigos de verão como eponges, gorg . .rlnas, cassas, etamincs, piqueis, etc., de.
$95 5$80 $~
7$80 2$40 ISSS 1$35
Travessa da Boa~Hora 53-D (Defronte das esc.: adas do Ba irro Económico)
TJ<:.\10~ present.o o H ~ l al.t'trio c rontas da gcrt·ncia de 19;1 1-35, da Sot'ierlade de
Instrução c Benefieênria •A \' oz olo Operário».
Pelos mJpas se verifica que a, re<'eitas a rrccada,las pela colt•ctivit!atlc durante êsse pr.riodo, ascrndcm a .loiil milhõrs seisc • ·nto~ e dezesseis mil oitocentos o trinta e um escudos c rJ!ta rcuta centavos, atingindo as dt•spezas efectuadas em igual ~'spaço de terro po, o monlautc ,1,. dois milhões seist'entos ,. b<'t..rota e quatro mil sciseento2 c •·itcuta e três e~cudo., e setcuta t•entavos. Existe portanto nm déficit de 57:8521!'130.
O número de sócioscxistontrs em I 1le Janeiro do corrente ano, on~ de 66:934.
Alunos matriculados nas rsrolaR da Hociedarlc, 4:182.
l>i~tribuição de calçado pelos alnnoi, 773 pares.
Enxovais distribuído~, 325. Snboítlios pagos dn rante a
gcrt-ncia, 217:968~00. l!cfeições do m!'io dia, forne-
1
cirlas aos alunos, 71:6!6. Pe los ní1mcros que aponta·
mos, se vcrifiea o grande rlescuvolvioncnto qnc a p1·esti-mosa col!'ctividade trm tomado nos ítltirnos ano,, mcr<·ôo da tle· dicação tlnrn punhado de \'alor<'h qn1! têm estarlo i1 fronte <loo dt•stinOti da Vl'lha Sol'it·rlado.
Oxalá fJUC num p<'riodo cu r to, a " Voz do Operário,, poijsn conta r 100:000 assoriatl0$1 basta urlo IJ:\I'a i$SO qne catl,l sócio propon 1a mais um intlividno, o flue nbs parere uão ser muito < ilicil.
,\ todos aqudus 'Iuc tPm eontribuiolo para o prc,tigio r• valor tia colectivirladt•, apresentamos as nossas Aanda\·Õus, com a oferta do nosso fr:lf•o pr·ésti rno.
O Asilo-Escola António Fl'liciano de Cahlilho, fc~teja amaulrà o 4.8.• uui
vcrsário da sua funtlloção, rt•alizandO-R<l ali, pelas 15 lroo·ub, ''?la sessão solene a fl u" Ort·•itll rá o Chefe rio Estarlo, sr!( li indo-se a inaugu1·a<·lio dt• ::>crviço de Oftalmologia.
Para Oh ilustres rlirectore' do tam prestianosa quão útil institnição, vão as nossas hin· ceras saudações, com O!i ngradccirnl•ntos do convite rpw nos foi enviado.
O COMERCIO DA AJUDA
:-··-L-IB_A __ N_I_O_ D_O_S __ S_A_N_T_O_S __ ··~ ···--------------·-------· : ANTONIO AJJ VES DE MATOS, L.DA ·~
VINHOS E SEUS DERIVADOS RECEBIDOS DIR ECTAMENTE DO LAVRADOR
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Rua das Casas de Tl!'abalho, 177 a 183 L I S .B O A
Z06, Calçada da Ajuda, Z06 - L I S B O A OENEROS ALIMENTÍCIOS DE BOA QUALIDADE I
~... Sucursal: Rua das Açucenas, 1 (antiga casa ~o Abade) .i • AZEITES E ARNES DO ALENTEJO • ····--- - - -----------------····
(Continuado do número anterior)
Muito owboru a narração quo acabaram d1~ lt>r' sf>ja urn pouco livre, para a.11onizar o artigo, niio deixa de :ser vordMlfl que os casos sucedem seruolhantt•monte. O facto é que os cz1rros para a Ajuda saiern do Rossio pejados de passageiros e chegam ao seu destino vasios, on quási.
Sabemos todos que os únicos carros que passam pelo Cais rlo SoJré, saldos do Ros:;io, são os da Ajuda, Calçada da Ajuda, Algés, Dafundo e alguns de Santo Amaro. Os carros da Bôa Hora e Belém, bem como os da Estr·ob e S. Bento, tr·ansitam pelo Conde Barão, isto é, no Corpo Santo tomam a rua de S. Paulo. Omito, ·pr·opositadamt>nte, os da circulação Rio de Janeiro porque êsses carros são rudssimos e por não chegarem propriamente à estação dos comboios eléctricos.
Ora, como os carros parn. Algés ou Dafuudo s1lo directos e os para Santo '\.maro raramente partmn do Rossio -aqueles que por ali passam - quom se destina ao Cais do Sodré, afim de tomar o comboio de Cascais ou o vapor de Cacilhas, escolhe>, d ~:: preferência, os carros da nossa linha, porque nêle~ só paga o custo dumv zona, que é ci(lqueota centavos. Esses indivíduos, claro Pstá, ocupam os lugares 9ne fazem falta aos da Ajuda. Acontece me;.mo que os carros, teudo saído ·cheios do Rossio, chegam com meia, dúzia de pessoas a Rantol'.
1'eínos ainda a not:lr qno, além dos pass-ageiros para o Cais do Sodré, há outros· que muito bem podiam dispensar os ' Carros da Ajuda: o:; de Alcântara.
A l'cãutara, exceptuando a Estrela, incontestávolmoote o baino melhor servido <Ie Lisboa, já no número de carros; .jã no número de carreiras, que são nada menos que trô•, é uma das ljnha& que poucas ra1Ões tem de queixas, pois, àlém dos carros da Boa Hora, (.)alça-da da Ajuda e Ajuda, t"m ainda os ca·!Tos de Santo Amar·o, cir-
culando pda Pampulha, que são em comprasse o bilhete, o mínimo a pagrande número. O que há é qno os gar eram os oito tostões e meio para scnhorus que s~' destinam a Alcântara a Bõa Ho•a, os senhores que se destõm de l-lO deslocar até à rua da Prata tinasst:lm ao Cais do Sodré não teriam se quizurem tomar o carro de Santo outro rem édio sooão fazer o sacrifiAmaro. Do Rossio A rua da Prata vai ciozinho do ir até à rua da Prata touma pequena distância; todavia, po- mar o carro de Santo Amaro que por dendo dispensar-s~ essa massada, não lá passasse, ou então desembolsaria fazem êles bem? Confesso que faria os restantes três tos~õos e meio. Vau-o mesmo. tagens para nós, pois menos pessoas
0:~ ajudeuses são os mártires das ocupariam o carro e, por isso, mais circunstâncias. Indivíduo que more no lugares disponíveis. Casal Pedro Teixeira, por exemplo, Os senhores de Alcântara, como só tem um cano de vinte em vinte para ir para o seu bair·ro teriam que minuto:<. Corno êsse carro é o prefe- pagar Tl)ais um tostão - que com r ido pelos senhores do Cais do Sodré outro tostão já se compra uma caixa e Alr.ântara, é o mesmo que o IPr de de fósforos- e,·itariam fazor essa deshora a hora, pois que cinquenta por pêsa, e lá iam, como os primeil·os, à CPnto do carro é ocupado por aqueles
1 rua da Prata ou então esperariam por
senhores. um carro da Bôa Hom. Novas vau. Para isto tu<l.o só vejo nm romédio, tagens e estaríamos como é nosso
fácil de aplicar-se à. doença: trans- des~jo. formar em directos os carros para a Não se compreende também que Ajuda, directos simplesmonto até à utilidade tem aquela. zona da Calçada Bõa-Hora, à sem('lha.nça. dos carros da Ajuda. Qne zona tão ilógica! Não para Algés ou })afundo, que só o são poderin essa zona acabar e os canos até Belém. que a sarvem fazer~m um esforçozinho
V cj l\mos o qua aconteceria. Como até ao cemitério? Com um pouco de o passageiro dêsse carro, logo quo boa vontade da parte da Cun·is, estou
Moveis, Estofos -e T.>ecorações
Nã o basta a dquirir mobília,
é sempre preciso bom g osto
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convencido que sim. · Outro assunto qne também tem
cabimento e qut~ ji me la passando da imaginação. 'r en ho tante em que pensar ...
Suponha o leitor que sua espôsa c gentis filhinhas mostra vnm \'Ontade de ir a um teatw, ao Coliseu por exemplo. O meu amigo, é claro, como bom marido e benévvlo pai, apressa-se a satisfazer o dese jo de sua familia e, juntamente com ela, ai vai à cata do bilhetes para a primeira sessão. Continuemos a supõr que a peça é esplondida, não encontrando já bilhetes para a sessão desejada.
Agora, ponhamos as suposições do parte, e diga-me: Qoe tl:'m a fazer? Voltar para u Ajuda? Isso não, porque seria om absurdo depois de ter gasto o dinheiro dos carros.
(Continua na pdgina 71
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Até hoje, foram premiados os Ex."'"' Srs.: Amadeu Pereira Brito, C. da Ajuda, 248; José Caio, T. Vitorino de Freitas; Libanio dos Santos, C. da Ajuda, 206; Francisco Pereira, C. da Ajuda, 131, 1.0 e 1.0 Sargento Matos, deCav. 7.
Executam-se tembem, fóra do sorteio, FATOS A PRESTAÇÕES, SEM FIADOR
DE REhDNGE ••. Por tn1Í plantação, ou inferioridnde
do terreno, os pinheiros que enfrentam com o Pnládo da Ajuda, estão cainrlo constantemente.
Dos 156 que "'xistiam t)m Janeiro de 1934, só restam 120. Nuda menos do que a6- três duzias - caíram em dois nnos, tendo um dêles, na sua queda, ferido três crianças, filhas do pedreiro João de Sousa Pinto, da Travessa. de José li'ernandet~, que ali estavam, por conselho médico, aspirando o ar puro que ali corre; c os que restam estão caóticos, ameaçantlo ruir a cada momento, o tlpresentando um pés~imo aspecto.
A Natureza está-se incumbindo de fazer, o que os homens já deviam ter feito, que era limpar aquolo locul o odific·ar nele o miradouro desejado, à imitação do que existe a Santa L uzia, e noutros pontos da cidade, com u Yantag<>m de ser sup<>rior na vista que rlali so disfruta, quo alcança do Montij o até fora d'i barra.
Oxalá que ainda vejamos realizado e:~se melhoramento na nossa freguesia.
• Um nosso amigo, de apelido Elou
tério, industrial de cantarias, ali no alto da Ajuda, recebeu outro dia, um aviso, lltJm mais aquelas, para comparccP. r, imediatamentn, na. Caman Mn· nicipal. Chegado lá, foi-I h e di to que firnra intimado a pôr o nc€'nto no l~ , que o não tinha, o que êle fez logo, para evitar sancõt's.
Pois na Cal<:ada da Tapada, num prérlio de bôa nparência, está colocada uma tabuleta que diz, textualmonto, o seguinte:
ANTONIO LUIZ B ELEIM
COMSTRETUR SIVIL N." 60 RUA ANJULA PINTO N.0 28
o não nos consta que o seu autOr tenha sido chamado a traduzir aquilo para portuguõs, quando ora caso para ir para as gall-s, se ainda existissem essas malditas prisões.
fRESINA.
POEIRA DE GRANEIS FALECIMENT OS
Versos O primeiro dos seus livros de ver
sos que Eduardo Salgueiro mo ofereceu-- foi cCantigns dum Lusíada», enfiada de redondilhas-maiores · tão fresca e múrmura como água corrente de recolhida fonte musgosa,
Depois dêsse Pocantador livrinho, só recebi o seu «Rosário de gente lmmilde a com o qual o mOço e já festeja.clQ poeta, também me quiz brindar.
Não possúo qualidades que me autorizP.m como crítico, nem tenho gcito para fingir o que não sou.
Direi ent.'l.o que da pt·imeira leitura dêssPs formosos versos, sentidos, oxpontâneos, me ficou a impressão duma sensibilidacle muito nobrt>, muito humil(le e muito cristã, no eltwado conceito desta expressão.
T écnica per!l)itn. Hít no livro sonetos que podem ser colocados a par OQS m<>l h ores.
Ritmo adoravelmonto regulado. Há no livro canções qua parece terem sido feitas para embalar meninos ou consolar os amargurados.
Numa palavru, farta emoção, pompa de imagPns na humild:lde dos assuntos - verdadeira. poesia I
E só agora fulo nisto ... Porque leio SPmpre versos, quando
a dõr me aperta mais. Hoje- calhou -· sofregamon to lem brou-S€'-me a alma, dos versos lindos do Eduardo Salgueiro. Feita n leitura - a mansa e rlOcA reza- dêssA rosário, fiqnei melhor. Santo remédio.
)Juito obrigado I Elzevir.
João Mczndczs VInhos rceebldos directamente
de Torres Vedras, das melhores qnalldades TABACOS
ANTIGO ARMAZEM DA MEIA NOITE
Calçada da Ajuda, 136 e 138- LISBOA {à esqolaa da Tramsa da Boa Hora)
António Augusto É com o coração oprimido e maguado,
que damos esta dolorosa noticia. Já lá vilo bastantes anos, que rece
bemos do homem que acaba de ser atirado para a sepultura, as provas mais inequívocas do seu bondoso coração. E' que nesse momento, só um earacter como o dêle, nos podP-ria suavizar os momentos de tortura, porque vínhamos passando.
Mas, deixemos o nosso caso e fiquemos entregues á saudade do amigo que o soube ser, naquele doloroso transe. Passemos á noticia:
Com a idade de 62 anos, finou-se no passado Sllbado, o Sr. António Augusto, que durante muitos anos exerceu o espinhoso cargo de chefe dos guardas da cadeia do Limoeiro, onde , a par do manter a maior disciplina entre os seus subordinados e reclusos, procurava a cada momento, atenuar o sofrimento dêstes, concedendo-lhos, embora sempre com os olhos postos no rigoroso rl)golamento, algumas concessões, que sempre mereceram a aprovação unânime dos seus superiores, que muito o estimavam. Os prêsos, por sua vez, tinham por êle, verdadeira veneração.
Homem pouco expansivo, mas dotado de nobres sentimentos, contava inúmeros amigos em todas as camadas sociais, tendo constituídooscufuneraluma verdadeira manifestação de saüdade.
Associando-nos á dor que neste momento aflige a familia enlutada, apresentamos ao irmão do extinto, o nosso prezado amigo Felicíssimo Costa, a expressão bem sincera do nosso peznr.
A. R.
Francisco Borba ~·alocou, sepultando-se no passado di&
12, o nosso amigo Francisco Borba, deixando viúva t: quatro filhos. No seu funeral, en• corporaram-se algumas centenas de pessoas, que asltim quizeram patentear a estima que dedicaram ao malogrado amigo.
A toda a família enlutada, apresenta aO Comércio da Ajuda .. , sentidos pezames.
4 O COJIU3~CIO OA AJ UDA s
::·· S e quer e is fazer a s vossaw compras em bôas condições, Ide fazê-las aos eotabeleclmeutos de
IFRANO ISO O DUARTE RESJNA G-ráfiCa NIEJ-{OEA RI A CONFIANÇA
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•• Ao meus a titulo de eurlesldtdt luel uma t l•ltalqtel's tslabeltclmea•os, para tOS terllfturdes da mdade, o qne o su proprletlrlo ttradeee •• ~ . ~
, . ' CALÇADA DA AJUDA, 95 A 9 7 LISBO A I ;:.~~·~-~~~ .. ~~~~ .. ;~:~~: .. ~·~ .. ~:~~~:··~~··~famados VINHOS DE CHELEIROS (Mafra) .. (
TIPOGRAFIA
DO A~10 R E DA ~IULHER PAPELARIA eom seect•s de
Tabacarlf Perfu11aria
Uvraria Arllgo, 1111lms
As Col ó n ias Portuguêsas Quadras, de Manuel Canh&o
St>mpro A lin 11 t~rr 1 tlll t>ortu~.,l, ~~" "'' p•rdeu, através d~ agit~·lo :\ct'ctu•lnm·!nP tl nutor ••scoiiH'u A beirn do mnr dcbruçantltJ '" """~ •(•cu lo•, a contiuuitlatlo liriC;l da Hn~a. pam tr t<lut.ir "'1"•1· •··ntim••uto ith· colinas \'el·d"jantcs,N·~urndn tnu ~t\rr·t~ I•: st~ un!'l prosai<•os t •mpo::; elo h )j~ . o pin1'lor, n ftn·mn puélic~• pt>pnlar tln nltanoiras ·as hrancns trlllidinht\S ela rn ·ot..rillli~mo tb vida modernil suloVt•rte tro,·n quatlrn<l:t ''III rtltlontlilhll mnior, sun fé cri~tã, llori~do •m pão !I roS:\8 <'111 ond<~s do dosco·enc:a o espírito con· do pr~fcrtin<'in à :;ruvitlatle clnssic.t tio os fecundos \'OrgoiK, foi bcreo ciP poo;tas t~rnpl:tti,·o, e o' poQtas que o helt'· sondo, l<•lltn<lorn <lo 1nnt11s ousatlo~ que em .uns trovas cunt;tram o .\mor, ni;mo clüsico dantes coroava de i<ln· poitul:tcHt•s quo liVt'ntur~tm Kt•us pri· suproma rar.ilo da Vidn, n Mulh~r, su- c·os, sà•J tidos por lunáticos sonhado· moiro~ twsso~ na ~ubitla do l'urna•o. herana inspiratriz do 1-;entimento. ros, ninrl:onparoce- Deus louvado! - 1>ela u1nis ingc·emo ,·e•·~•ln.
Desde que a Poosi:t tn, v .cloo·nst·a, quom ''''"ll:iutlu contra a co o· rente d~mo- N'ilo quo P" o···~n me no• valioso o alvorecendo uo •·éu disttm tc• dtt l'ro- lido ra do indiforontismo, no cultivo ela eng•nhn th• con<i<'ll<lll' 1>111 quatro vo1·· vença ml'd ioval, ir1·n<liou atrnvéH dos ;u·tc• d~ t•·ovar ndostraudo a natural ~o~ <lu rim11 erut.nda" siug••lu r••corte , Piri néus e polu Ibéria s•tontl'ionul di· iutuiQ:lo, •mliloi ro com gnlh~rdin entro 11 idt•ia l>•'lloto·il., oom n tr;uo><pao·(lncil\ fund iu o ritmo dos sC\us cuntart•s, lo::o o• I' ola.tinos da Poe$ia, alto-crguoudo o lluitlo'~ de• água cristnli.1n brotando o espil'ito CA\'IIieiro o lu n:,w••nt•• IIII· n •.og-r:\tla aurill111ln do l•lonlismo. ~m lim11ida fonte>: ma< por Sfll' t•ssn cionalidndo portnguê~n "" geito ''" Gvmo ~ulda<to li11l tia nobre milícia form:o c>stillstic;o, " mt~i~ :HI.lctunda no tro,•nr se afeiçoou, t' u lirismo \'l1ÍO tl trov ,.turosca, clcsco ngor:t it li<:a do liri Hl\o popnl:'r P nt.·n~t\ivol u l f)itor·o~ sor o fundo Nnico du lh~n conttttista· tortwitJ denod:ulo comh:otoato. ostPJl· •I.• mon.,s profun.h t·ultul'll lit11rariu, dora, a foiçào cn•·ac:Nistica d!\ uhu·• tan•lo, sogundo cr~io, ns s•us p•·imi· tal como simplei tus<itUJ'II musical f;~. popular. cins lih•rúrias .• \' minha b~nca d~ cilm<'nte insiuila <'III ou•·iolos meovM
O misticismo r('ligioso inspirntlor tr.ob.1lh 1 \'l•io ter, endossa"o p•lo sonsin•is, 11 too •litlude melt',.licu. das Cruzadas, o profun.to n·ist~rio do •Comércio da Ajudn• um li nu ·I~ ver- 0 prinll'iro luu\'Or 11 u~ 110, nwr~co Oceano ('m suas ood's inquit•t;l1 SUS· SOS com (l assin3tura d• ~bnu ,, Ca· o r,•ixn ti• 'I'Hltlr.l' .,,.., Amor ll ''"
pirando saudosos cântiros. n cnlnu uhão. lima centt•na de qu:doas qno o ~!ulhnr1 rl)sjll'it:l 11 <inc••ri1l,l'lt• criado~ura da paisnl!<>m pPrfnnn•lu no s••u ,,•ntimt•nto criou om momentus <I~ dor,1, tran<pC~rcc••n •lo, comu rt•fléxo arom:t cnsto do> lar;mjai- em tl t•r. o ,·idu :~nsiosn- conft:'Ma o autor o •~ lumiuos•> dtl uma :.luut inquit>tn, n·' >Su puríssimo n>ul tio '"" lirul;tmt•ntu, ,\li · br~w": lio~has do pr~t'mio - pul,l!c.ul\~ gargantilh~ ti•• P"'I"''IIJOu• aljufar~s nnram n Sl'O~ihilicla te ()Ut~tica tlc, l)vnJ. ;\. 1nstaocuts de am1gos, e que ele tl~- r-m qn,~ 0 po··tn cin~·· umuro~nnwnt~ nos ociu ... da gu••rr~\ ~n::.rinl\hlnn•lu a cln·n. :\ ~unntos, al~uma ve-z hnnmt~O I 0 colo ,r..,ntil ,f.~. h,• u aunouln, ori espada heroicn t'nl mnr:t\'Jihosa' tlüN• <t•nt~tlo 1gual emoç<1o, tenham coraç"o , de Graça. 1 par.• entendO-las. rCo11clut ~a pdtlm 7)
=
raJtada da -~a. 176 TBLBP. 8. 757
Instalações eléctricas
BX BCUTA
Américo ~ Dias ELECTIIItiiTA
PEDI DOSá
C. Ajuda, I6M69 Telef. B. $5Z
onde serlo a:.ndidos com a múlmnrglncia
O grandP Afonso ''" .\lbnqu .. rcJuo 1 hoje <- a m~lhor garantia do cntc>odi<tuP, como os nosso~ C><timfovois (PitMt'S mc•nto •ntru to<hs as nacionalidades. wnito lwm sabom . foi u segun1lo gt~~·or· AfonsQ d• Albuquerque regressou a nador da Iodlil, com o po8to. •lu \ oco· Li~bon no nno do 1!'>0:>, voltando á n~ •. era d~set•nelent<• algo alt~•tado elo India 10"0 ~U) l õOI; comnndnnclo UOln rei D. D!ni1.; ~lascou om t4:>:l nn <1ui~1.tn l'•<tuodr~ de 14 nnvi~s, !ovando consigo do PnraJzo,,~ota t'~tro Al!oan<~ra e \ola ord~ns l'SCI'Ítas pnrn suceder no goFrnnca de Xorn. Seus pms, Gonç:1lu elo veruo ao vico·rdi, D. Frnncisco de Alh•Htnerque t' O. Loonor •le Monczt'S Almoidn curgo que assumiu em 4 di) eram <lparentadoscom l'amilins da mui• 1'\ovoml/ru de l f109. ai ta nobt·eza.
Ao~ 27 anos de. itlucllí, Afonso <lo Albuquerque suiu do flu i•, 11 1 :u·muda dl\ Otranto, que foi mundncla 1'10 SO·
cô rro do roi O. l~emnndo, de Nápolos, 11 quem os turcos haviam posto um apcrtarlíssimo cOJco.
l·~m 1:103, depoi~ do ter compiNado ;)()~nos d<' idnd~, foi m~ndadu :I lntlin, !ovando Ires naus sob o ~··u comnn•lo.
N~ sun rota, aportou a <'ochim ,. ali mandou edificar uma fortalt•zn e umn igrejil, dando àqu~ln o nom > •lo S. 'l'ingo e n ('Sta o de S. Bartholomt•u.
Possuidor do um~ Gxcc>pcionnl tliplo· m"cin, .\fonso de Albu<fllt'rqu<', upro· vcitan-lo a sua c~b.dtl (\m l\whim, ('n· tabob nl'goei:IÇÕC> com o pocl• roso e temido rajah dL' Snmorim, consP;!nin•lu 4"~ reconh<•ça e adopte o llr~'·ilé;{iO da exterritorialida•lt•. medida qnt' foi logo a•loptada em todo o :\Iuudn o qut> ain•ln
O Heu p ri meiro acto governativo. foi l' rocu o·:11' local llp roprin,lo para a funtlnçi\o dn Cll(lit<~ l do Império Po1·tuguês do Orioutc, sonho que v;uha acalen· tnodQ há muito.
Por conselho do seu alia.to, o ,-alente r nguon·ido 'l'imoj>l, foi ostaboloccr·Sü cm <10a mas, como já tivomos ocas!àO do diwr, nutl consoliJada se encontra· va aind<l ll pequ~n:t cidad~, quando os m:thometlnos lho pozeruru um aper· tadis•imo .:Grco, obrig.1ndo o aguerrido nlmiraote, bem como os seus ,·alorosos comp11ohciros do srmn•, a refugiarE>m·se nos ntl\'ios. ftgu:trtlaudo nO\'OS r\•forc:os flO<Iido~ no r~i D. llanocl, com a nota de urgentes.
('lu>gudos esses refor~os, Afonso de .\IIJOIJnPrqno dasl•ruharca o inflige tão formitlável tlt•rrota no inimigo que, nindn bojo ~sso feito da~ nrmas portn·
gucsns é ~olenC' o :'llllllllmt'nto• romemornclo na India, no dia:?:> •I~ ~o<l'm· bro tendo tambom sido cantndo pt•lo gr<mdt' o imortal Cumücs, nos gl'guiJ\· tes termos:
Qnfl gloriuSD.t> palmns te~4~r vnjn c.,ot fJuC virtória n (rontr tlto f'Oroa, Quando srm S()lllhra vã clí' mo410 ou JlCjo '1\una a illln ilul'>r.ri~~im'' 111"1 OooL!
Afonso elo Albuque•·quP, nnimnclo scmprü polo~ generosos impul•os do soo c:ora~ão, logo q11o nlcnnçou os lou· ros da \'tctórin, procu •·on pOr-se flm contacto di1·ecto com os habitantes na· tnrais, na mira de c<mhec•r os s~us usos e costumes.
Rm bom pouco t!lmpo rl'conhoct•u achar-se em pr<'sençn do uma c i viliznçito completa q11e muito embora <liferente, ern, em alguns pontos Sllllcrior á ci,·ilizaçiio ocidental.
Agosliflilo A11fóflio.
Bilhetes postais ilustrados desde m Bilhetes ~e vi1ita ~esde UOO o [eoto
C. Ajuda, 176 -Telef. B. 757
Qt·~: mutian\'a ~·m uulo m,m ()&•u~<o ••• ., uu t•r•tautu rumo ,)~·orrit!os unto~ a••o"• i· .. tt· ... witit to~in•t.& nl•· ~lo f:\mili.lr,·tt! .\i·.,l.\ iltlllt•loi .-unte fJIIU ''" rt' 4
cordn\•iie~ t·\uc·n tm miuh.- r.ltn.l! J'ui ali 'I"'' Ju•l.' primeira \t•z ou\'i a \UI. •lult•l .. "'inM tft• l.twilia! ,\linltc.t to:lnta C:i(•ôsa, o ft"'' awd l't•itu tlt•ht? Puhrt• már-tir!
-nu e :h peroa:; H~r~atulo se ubrlgar.\10•110 a t·nir l'll~1•r•• a ln·.;cd r•·h·a.
Eutlo, dese~perado. erguendo oi ulho~ ao ri'Ht, in•t•lurou :
trabalhn\·o.m, atú qnf' •te-.al,. mente eairarn :;ohrt! o r~·~·•\"'', ,. tlu~ "''"" Llhio.'! .. oltu •. nrn su-;piro cl,• funda tfl .. lt•/.A. Olhtttltlu dl'nlOra•h ll I•' a ima.g~m Cf11C llw t~urri4'. murulnr-,Jn haixu, r•.t•it lÍ"<u, t'Oll\O :;e c.emc• ... .,,~ dt•tJpt•rcat •loloro:uh nH·urtla\·'-·
Siato. um gtitu '"-' l'riança, •1ue corri;.\:' .tlguma tli!o· t ... ,u,.j,l ,J., av.í, i!ohr•·4Jt01tou t·~t~, '111'' IJ•rclh;.ulanwut'" f'OrrdU :\ llltl:\~ • .r·fJ&u ll ratlll!\1 0 c•JUJI.R tltl ~t•u gritu.
- Ulhf• para .-lí, tl\'t'•!'Oinl•!l 1- $-"rituu <t 1•4>rpterrita trémula ,J,• ~n~;to.
.\ pout'o e pouro, mercê do .. enitla•lo .. tlt• fJIII' o r•~cic3r:a,n, o mcncligo \'Oltou (L si,~ balbueiun alg111nh a•al:tvras ininteligl\·(!i:;, depois ulhantlr> t•om t'l'ltr:udu•J." o 'JUArto c 3$ pC:.;.iOa'! que o ro•lt•a\'tUn1 JH!rg•JnhHI :
- Ondl' .estou'? - Tt•n•l•· picJatlc, mt•u Deu."~! I>ai·m.s (,j,\'a'i fH\r~\ roaminl1,tr~ para a \'Cr ainda uma vez, ou ir rt.'lar '' int·
Quauta~ vez:t"~ nt\utt'ro\ utnltl· d içoado o houwn' ~··m c·ura· o Çà01 f}IIC (~hc•inihlo llHI' Ull~ olho~ r•orvC'rou~ t1 a1.nu.lullt}ll, ,Jeixttll•lo-}1 audt•Hnurpuru c·n11\
piorar o at'll pu,IUn,juutH d,t
P E R D A- o :o.u3 earnpu, ~e já 11ilv 1•er·
lt'IH'ur a j\.btO unuulu! ~unl e:,fl)r\'0 ~tohrc·htunonu.
nma C'rit\u~·a 110~ lnnvol'l? r Por Arlete Argente Guerreiro o mc>tuligo (_•rgul'n-ae c t'U·
eoNt:llulo· M' :10 hord!\o •·ou ti· Huou a ctuniult::u·, L•·opc\':uulo aqni c alt'om, •n<uJ :wim:vlo por mu ~raudc• cluSt!jO, o vtnclo ch"1Wuhar·t<O a•~tf' o~ t~t•us nll•o~- pohrí.'s olhos qn:í.si c·t'~o .. tlt· Hmt.o <'horar- uuw iln~c;.:em muito dVee, ,. ~:~c•n I'Ü!)t~J •·:ulnv(·rif'u - cuulu g11 lllllitÍJtJíC;lVI:tiU :lS rugas (pU; lllfl:l \'Ícl:t do ~<>Cifriulauto rí,ÍI'O u nlorul ha\'ia111 dcha.to- tolclou nm:t ('\)'fl'""'i\u t~imnltíl· ucalllent~J ai t•gre e ,Joluro:ta.
K-to uuutologu u•·a I'IUI'Itmltt\tlt) pur· um homt·r•• tlt• f'ÍlllJUt•JH:- fiiiOti1 lfl{l!t 1(111' tâu \ t•llw I• al•pH•hr:ttlu l~ttllt\'8, t• tão c·oht I'W clt• undraqOI'I, CIIC'Ol'lt:ulu n 11111 uu,fo~o hor•IÜH, r:w•iult:uu1u f~•J •litit-iluH'IICO por cunn t'l'lll':tcl:.l, !1 c 111 r~1da tlo urlt:t vonlt•jauro ol•l• i11, 'l'*f' 1wrwin hH •luht •lo o C':1lto elo!) M'h•uta.
Jlua~ 1.\J.:rimna '"'1•·ut~·~ tlt• .. prc•u•lcr:un•)o.t• tio.~ olho)') elo meiUiigu ,. r •• ram purd\.'r• .. t' ua t•wnraullàtla harha qu~ 3$-lifl'l COlhO U raltt•lu, t!:-.t:l\':\111 l'tJII'plt•t!\IIWIICt' \.lrotll<'(JIJ,
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Putt lllOIIII.:"I•toa ainda r<~rnÍieltH\1 o iufo•li1., Al1• IJ'Ii' ~ncumhin lo an C'an~:~aço t• ~" fome lfUC o th•\·orrwa. •·ain tl4'.a,:unpara.lam~ute. no !Solo, cru1uou'l0 o~ lahio~ arde•utt·~ rlt~ (~;•1Jtt! h;~lt.uc>ian&tu ~um .ltn3r~ura:
- Luclli..,! ~liulta J~•1cilra, não te tvruoirt•i 1 ''cr'!
• . . Junto tle nm:t j:'\uela pertent't'llh! a ttfll lu•lu prt'••liu
ãituatlo ua m·~~tna al•lt·ia em <-njA entra ln o lllt•u.ligu caira inanima-lo, nma :-.cnhora ele 'Jlllrt•ula c- rin('u iluu ... J:rM•t•s c t ai~tt!~, trabalha' a ntuoa oltra •le •tri1·Ut• t·. •lc ttnando ~m qn~udo. t-t#!"Uia o~ olhe :t ain•ln (clrtnOãu-.:âpe. .. :rr do brilho per(.iid•). •le\·i•lo à~ IJ.gruna~ \ttfli.Ju d11rante tanlo:t ano.;,-para um rt•lr.-to CJIH* n'pr•·~t•rtU\4 um rapa~ g3r00~. de e-xpn·-.~àJ mdga c !oOrrn1~ulf•.
A pou~o f> !"011Co, as ~tl3\l mão., tle loul(t>!4 e atit:l•lu!l clf'•lu:,. furam at"ron~antlo no af:l C"Om ')ttt• '"'Jm•·utot Anh·~
- \'oltnrt•i n \'t!r tt•. ,\ J1,er-.? Dc~I>Ctlaçnste-me setn p1u•l:ulu o ror:l\'àn, rn.•~ uunC'a ftr [");;..,ivrl esquecer-te! • ..
l.á,rrimu~ tio dôr ,. •Ít" sau bit llu~ inunJa,·:\m o rô.sto hontlut1o c ulCpn·.-.~i\'0, quanrtu,JMtatncutl' uma enlwritt'l nlf•ft'll<l fi~I'IOIIIUn à porta t1 ,.._'\ \'Úsiuha infantil pcttiu ;{rR<"imramcu&.o:
- llá lh•ttu~·a, :\\'Ó11iuha? J.: 1i\Hn co~~por:tr ((UP Jlu,• n!t-ptrde.-.·wm, ~~ criança Clltron
nl•l~rouu,ut•l o corr\•n par a a ' '''• 111as \'e>u•1,>·1he a f'X• pH• .. 'ilio •lolorida o os Hlho.; . elho:; de chorar, oaron tu ... tintiv~unt·u•c, prcgnntnudo:
- Churn avú '!,o . O Cjtl•' ( l!r.a?
- ~.,•la, i\l:eritJtiulta ! - r -.puntltw n. Lncilia nttf\ÍIIIIU :t ai a f'ri.w~·;' t~ hcijt 1&•1-:t tornamcutc.
Pui:' "4 ' ntio lt•m na la - r liron a g.tr()ta jl. trau 'lltil:•- \'C·uha 1lai o. o \'an1u3 f!J•v ar, ~iru? • .•
~.w prult•ndu re,.h•lir Jt p ,Jj,(o da interC"!oiant•• f'r••anç.~. 1>. J.cwilia •·r~nPII· r>~mJW~ r:tJli~larul!nte o ,.,."tu \rio ,. j .i prmat.t para 11ir. to•non-lhc a mão. t•tnttnautu fõlt.i:t al;,:-umb ree ,Ja.çõt•;, a nnló1 \'Ciha rria·la.
(Jnarulu rl.-•g;~racn à r•1a \ladaziuha prtlpô..i: -\\'Ô)iuh:t! \"dmo., fMJr ali '/...=.e aponta\·a o caminho 'tlle
.. ,,.,Ju~:i.t ao lu('al. ou1le u mert~ tluh.t cai.Jo inanimat.!o. Gon•l•·••·ewit•nCt,. a an, ac·e la a propo~tJ tia netioha, e aorri ruf,) f••lit anu• a j:'ra\'• e ra fJIIC' f'la •liman:l\•a. r:uniul1ou •l;u"' t••rnt-w> OII\'Ín lt e le\•ada a:s ~uas ri:,_:\•IJ.~, 'j'"! •e l1trmunit.n·am ~ra"l :.t.:- tom os gl)rg~·ios ' oi Jtli~·\rinhu! .
1), Lncilia olho•' J•o\ra o loral ilulic·ado, f\ a\·i~tàwlo nm homt•m - um pol•ru v••llu' - t'~<>t•·ntli, lo ~t!lll ti u :tct1rtlo de bi, ~o~•utiu, n••1n iiÓ a f•Ít'dtatl•• <Jnt• tutl.• ~ a~ •IV· r(·l!i hum!\n!\S tlet~opt•rtt\\'(\frl t'nl out\ olhnn, rnax t;unltúm uul vago jlrC!t$011LÍH\1'11(0 do tjiiUI não putliu cl••fiui1' l.l (':lii!HL
Compns~ivanHWtf•, ajnnlliC)ll junto •lo iut'oli1., t• l'(l.!· Jtirou 1lo nlivio. nn ~·· •ni •· •tuu o c•ora\·!\o t&i u•la iHHia, ~:~cbom (rno ou~ pull'u·~~i'ic" muito t'nH'••"·
(Juautu tua i"' a hon •wrlltoc·u fitava o r,1~tu do infclit. mt:~n~ligo, nHlil'l ~'~''utia ,\c•outunr.,.ti ('"' HÍ 'l vago pru·Hst•ntiHU'tttO, J)Oili hl'lih r~·is•li,·g luwhro-.vam lh1! a11 •lc algm'•cu por tpWIIl muito riu lia clwl'l\lltt.
.\flita (li'CH'UtôlV:.i C'OIU O t•lhllr Utn liOC!Ori'O, lflU;.; tt Sll:l.
\ 1t•lta npt•na~ rt•iua\'a ~il~uf'i••· ~el!tl' ulon.uuto onviuotot\ no lcmgü a buzina de um
anto qHt' cm hrt'\'0 1tnr~in u:\ (ldtrathl arhorit.atla1 c quo a t11t:; tHl'>wlli •lc 'li"tâur1a 1-.arou rcJWnliuauwruc.
..\p,.•m·M' dliJf' utua &•'uhur.t uu\'à ,. 'li"tinta acon'IJHI.· uha·b tlt' nm ~nj1·h~• elo a .. p•·("1•• _.J!r.,,J hei, o amUo .. ror· n•ram J):H.1 o grntl•• potrach• n.t t• .. tr.,•la. l·;ra a filha e o ~Pnro dt• I~. Lurili:l, o-c l'ais •lt• 'lariatinhl. c1ue dt'JlOi$ rle a) terf'm ahr:'\':.ldll (Oo•u c·J•J,.Ju, pt•rl(tiOiolram:
- Quc1n V ;:.,., ho•'lu1n, m:unã 'I O f(llt' ol.t'on(.e('CU? Jl. l.t1f'i1ia pu-lu• r.lf1Íola!OP.t1lt' aO f:lf!tO ~lo que sabi#l,
(' Jogo O Oft,et'ÍOlCIIIO tfu ~CIIf-.J t• ajutJa,Ja por êJe. Ílll!!tiiOU o men•li){O rau C'arrH, fJHC ~tt·tli1.e~U .a•Ul\'t•mt•ntf' na ~·strada, e em flOUt-o tPmpo C"h,~gvu junco tlcJ J•ró~lío bahitadu por U. Luriliol t• ,.na ft~mihiot,
Cou~ lntiniu.., ftrt'f'3'1\~Ü(lol• &iraralll o rnen,Jigo do earro e deicsram-nl '"""" l•am2 fine a .n·ú tlõl \l3riasinha !»O apt ...... 3r3. ern prP('UH3ro
1:: 1111111 :;oluço ~nurt,•urou1 olh'l1Hio n rrinn\'tt: - E Lucllia '? Om·intlo JH'()liUUCiar o ~··u nome n. Lm·ilia f'l(trt•·
mf'tccu . ,\ nLe o pa:;mo elos ti lho:;, dthruço•t·•w l'nra o in· ft•li~. SoguiJamc.nte, como se af'aha~~e clt' tu1tptil'i•· uuu1 cortt•?.a, <'aiu de joelho:; c• o~ seu~ 1:\,ltio; st•rrindo a uma íutirria alogrin, rlevar.l.m ;' I)Nu• nma al{r:\111•C'itln prt•f't•,
••• Alguns •lias .Jepoi111 junto tlfl HlCSuHI, jnnflla tmc1•~ a\
.\(3riaz:itJh:l fora s:urprecntlcr a avó a chorar,~·n<'unt n.lvll•!tt' sentatlo, uào j:\ o mendigo, ma~ urn sujoito c! e AJlrc~(·ntá''el t'lS!WCto, e qnf' luH·ia rt•mo\•ac1o algum; ano'i1 praç:ut aos <'nidàtlo~ de sua cspo$n.
(lua urJo e~t:t cntronl nlc f.:'o.J& M'llt:lr junto ~(,• ,.i " heijamlo-lho a •wvadu cabelt·ira, ~JliO dir•bt'•Í:\ form:utl
(Conlltwa na pdglna 7)
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l3odas de prata Sonho belo, sublime, os 25 anos
de existêncid de qualquer ideia que posta em prática, se vai desenvolvendo' vai caminhando, pouco a pouco até ser festejada com o mesmo esple~dor como se lançou.
25 anos de existência de uma instituição que progride à custa de muito esfôrço, de um persistente trabalho de encargos pesados, que só a von~ tade (quási loucura) ver.ce, poderá chamar-se-lhe um sonho, mas ... sonho de ventura transformado em realidade. Q~em conhece, de pert~. quem
tem Já suportado horas de desânimo quem tem verificado que uma vida s~ es~á divorciando da ideia que germmou no pensamento de bons pio~eiros, dedicados à causa do Bem ~en_te-s~, depois feliz quando ess~ tdeta vmga flo!indo o Jardim onde, a semente germtnando, produz aquele
colorido tam lindo a traduzir, delica I damente, o aperfeiçoamento moral de botões a desabrochar, sintetizando, ao '!le~mo tef!lpo, um princípio de equihbno na vtda dessas flores, cheio de magnificas e sãs virtudes
E, nesse jardim, onde honestos jardineiros trabalham dentro daquele ambiente proclamado em 5 de Outubro de 191 O, usando todos a mesma enxada, sem perguntarem de onde vem a semente, olhando, porventura, a .que seja de uma flor apagada, flor atirada para a estrada transitada, unicamente, pela infelicidade, recebem-na e procuram desenvolvê-la para que no futuro se mostrem viçosas e de bo· nito aspecto.
Não se importam com o seu matizado: azuis, brancas, verdes, encarnadas; nem mesmo com o seu perfume: rosmaninho ou alecrim.
Jardim onde entram todas as espé· cies, sem distinção, venham donde vierem; é preciso acudir-se-lhes, auxiliá la~, resguardá-las de algum vendaval que as procure atingir.
I O eterno descanso para aqueles BELMIRA Tantos jardineiros por ali têm
passado I?
~~~~~~~~~~~~~~ que, infelizmente, não puderam ver CASA \:" realizados os seus sonhos. ~ CHAPEUS PARA SENHORAS E CRIANÇAS ~ Para os que vivem e continuam
PREÇOS BARATISSIMOS dispondo os canteiros com bastante ternura, coragem e ânimo para pros
Tinge e transforma seguirem na sua faina, a fim de que este jardim tdeal - A Assistência ln
Tem sempre •• últimas novidades fantil da Freguesia de Santa Isabel
APLICAÇOES NACIONAIS E ESTRANGEIRAS .tra~~~~~:ui a manter as suas gloriosas _____ F_ELTROS E BOINAS Fazer bem sem olhar a quem.
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Este quinzenário informa.
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DO AMOR E DA MULHER DO ROSSIO A AJUDA o Perdão (Continuado da página 1.)
afagando-o em reqnt:bros subtis de namorado
Ttlu coração S<1 conduz Ni-sto amor t~o disfãrçado, Por ,]entro cheio de lnz, Por fora sempro apagado.
ora boijando-o cm anseios de apaixonado amante:
Procurei mas recu~astc O mom,•nto para nm beijo; Foi ~>Ó por mêdo, juraste, Que vie~se outro desejo •••
Por vezes, satírico !'pigrama quobra o amoroso ritmo em tons do !ove, graciosa ironia.
1'in h as urn sinal uo rôsto il<"ciOilllinho, IJL'm forma•1o llt~ ijo · i-o, ti1•e nrn desgosto: l•'oi-se embot·a ... era pintado !
Nào tarda a nuvem da descrença a toldar em sombras de torm('ntosa dúvida, o céu luminoso
Que valem tantas promessa:;, nc que servem juramentos? . •• Se em tuclo quanto conftl~sas (1nardas algnn6 pensamcntol\! ••.
I<; vom, por fim a desilusão, como fatal dcsportur elo todos os sonhos de amor ...
Toda a distâneia que audei Para. l!cm te eonltccer, Quem clcra, pelo que sei, Podê-la rctroecdcr.
E assim nas quadras do livro, algumas de mais rhra espontaoeidado, outras mais a r titiriosamentc trabalhadas, mas todas elas denunciando no roltlvo subjectivo, requintes do sensibilidad!', resume o poeta o sentimental r omanco em horas de ansiedade vi\•ido pelo seu coração, que palpita nos versos de carla. estrofP., entoando a eterna caução do Amor, proclamando a oterna inconstância da Mulher.
A s que deixo transcritas, claramt>nto provnm o bom quilate do cstt·o poético do ~[anu!'l Canhão, dE\ quem dovemos <'Sp<'rar· nO\'liS produçõt>s, afirmativas de que perdura ainda em almas por-tuguí•sas o lirismo t radicional. I
Cardoso dos Santos.
(Continuado da 2.• p'glna) (Continuado da página 5)
A deliberação mais plausível é com-p,·ar bilhetos pat·a a Be!!uniln sc:>ssão, por finos fio:; ;lc prata, murmurou dore-
~ mente: e entreter-se com sua família, até à -l\linha santll esposa . .• 1\lioha Luei
lia! Perdoas-rn3 o abandono a que te votei e o mnito que ~ofr,• stc por minha causa?
hor·a do comêço, em qualquer lugar decente, sendo de aconselhar o Café Luzo se gosta de ouvir a lldima ca.n D. Lucilia olhon-o eom aquela expressã,, <:iio nacional. bondosa r1no lhe ora pceuliar, e rcplieou:
Um quarto dA hora antes de co- - Pertloo·to, Alberto, c o meu perdão moçar o espectáculo, o meu amigü, data de há mnito! :-!nuca te guardei rancor, mais a famelgll, lá ~stÍL postado à ucm-me~rno nos mom<'ntos mais amargos, .. porta do teatt·o. Entram, sentam-BEl, 0 Pressentia que era~ infeliz, mais aiu,la olo
b d · d d' h d que eu I Ao menos a minha conseiência e'-pano so e, 0p01s !IS panca 10 as O tava tranquila. Lutei muito, lntei eom mil estilo, e a fita_, perdão, a pec:a com<>ça... difienldades, mas criei e ecloqnP.i a nossa O IDflO am•go ficu logo estonteado filha nos ,ão~ priucipios elo Dever c da com os efeitos de I uz, com a magnifi- ·Honra, e llens premiou os meus esforço~. côncia do guarda roupa, com a am- Neste monwnto, a voz de :'11ariazinha, biência, com os requ ebros das artistas, soou ao longe, dizellllo alegremente: se elas fôrem como a picante V anise, - Venha maodl, vouha depressa! Vamos o, mais ainda, com a plástica daquelas ver o aví'i. l~ston tão contente por já. ter um
1 avozinho I ••• Ele vai dar-rne muitos brin-escu turas vivas que são ..• as coris- quêdos, uilo ú vor11ade mãisinha? tas ...
(Continua)
Este número foi visado. pela Comissão de Censura I
Os ll\'ÓS, ouvinclo estas palavras sorrirant tlocemeHte, o cbtreitanclo mutuamente a., mãos, munilllraram ;>irnnltâneamente:
- Como é belo o Perdão ! .. •
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I A H GUITARRA DE PORTUGAL " grande quanto às süas posses e boa ) vontade, resuTte uma coisa que me-1 I h ore o futuro dos ·seus fH hos, ou · dos desprotegidos ' filhos dos seus 1 visinhos, se por acaso os não tem. t ' E' para que êsses infefizes enfes r
tenham um abrigo, onde passem a sua infância, Ji\'·res dos baldôes da 1 rua, e se vão preparando para uma I vida mais perfeita e com mais algum confôrto do que elas tiveram, l que fazem êsse sacrifício, e é a nós, p a todos aqueles que podem repartir f alguma coisa sem grandes sacrificios, que compete melhorar a situação das crianças desprotegidas, facultando-fhes comodidades e protecção, para que a sociedade se aperfeiçoe tanto quanfo seja possiver.
E quando nós · o não queiramos fazer, ou não possamos, compete ao Estado cuidar disso, a exemplo do · que sucede em todos os povos civilizados, indo buscar a receita para ' êsse custeio, onde seja possível, como va:i' buscar para coisas menos úteis.
Francisco Duarte Resina.
N. A.- Já línl'ramos escrito êste artlguefho, que bem se pode dassiflt:ar de nm apêFo às pessoas bondosas, quando t;vemos ronflrmaçllo que o Estado cedeu o terreno existente entre a Rua da Bica do Marquês e os Pinheiros da A}uda, para nele serem construidos os ediílcios necessários ã assistência a prestar a esta freguesia e que são: Crêche, T.actarlo, Pôsto de Puericultura, Escola Maternal, Jardim de Jnfilncla c o Miradouro público. ·
Ja é alguma coisa. Prevemos que não há · que esperar os tais dez ,!!nos, que nêste quinzenário profetizámos, em 2-! de Novembro de 193!. Ainda bem; e bem hajam aqueles que para is:;o concorreram
Oxalá que a Providênda os recompense do bem que com Isso proporcionarão aos desprotegidos da fortuna.
realiza pela primeira vez a sua festa no seu bairro, no
PORTUGAL CINEMA em 2.6 de Março (Quinta-feira)
-- COM -
uma grandiosa soirée de fados A grande festa anual da «Guitarra» vai ser um aconte
cimento de arte popular, pelo excepcional programa que está elaborado, condigno do povo que tão galhardamente tem sabido receber os fadistas das «Grandes Serenatas)). Ajuda vai assistir à despedida de
-JOAQUIM PIMENTEL o b~il hante cantador de canções portuguêsas que no dia 37 parte novamente para o Brasil
Esta festa é-lhe consagrada· porque nêste . bairro passou PIMENTEL parte da sua mocidade. De Alcântara a Algés. da Serra a Belém, vão os habitantes dêstes lugares ter ensejo de ouvir a magna viola de MARTINHO D'ASSUfiÇÃO JUNIOR, o maior violista português, filho dum dos mais queridos filhos do nosso bairro. A grande cantatriz MARJA DO CARMO virá também evocar as horas saudosas que na sua mocidade passou aqui em Ajuda.
e muitos mais cantadores e muito mais cantadeiras
Ainda outro artista da Ajuda: CASIMIRO RAMOS. nos seus inspirados fados que se tornaram populares através do mundo.
Esta surpreendente festa será dirigida por uma das figuras mais representativas do nosso burgo.
VÁ JÁ MARCAR O S E U LOGAR
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Joaquim Pimentel para a nossa festa, visto o grande artista estar exclusivamente contratado nêste grande Café. d1•rante a sua visita a Portugal.
O popular Café Mondego, taml:-ém amavelmente nos ce. deu os seus I. III artistas Martinho d'Assunção Junior e Casimiro Ramos. ~
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