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2629 VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais 25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG UMA ANÁLISE DA MÍDIA SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO SÉCULO XXI: UMA REFLEXÃO GEOGRÁFICA ADILSON RIBEIRO DE ARAÚJO 1 JOSÉ CARLOS UGEDA JUNIOR 2 RESUMO: O presente artigo aponta para o fato de que, durante o século XXI, as mudanças climáticas estarão entre as principais notícias dos meios de comunicações na sociedade contemporânea. Mesmo com os avanços tecnológicos, a humanidade ainda é dependente dos recursos naturais para a sua sobrevivência fato que desencadeia grandes impactos na natureza que, consequentemente, provocam alterações no clima do planeta. A geografia ambiental tem procurado refletir sobre essa problemática do aquecimento global que tem sido uma temática recorrente aos meios de comunicação de massa. É sabido que a discussão da mudança do clima na comunidade cientifica e acadêmica se encontra em profundos debates especialmente no que diz respeito à dimensão ambiental. Entre os discursos destaca-se o de culpabilizar o homem como responsável pela degradação do meio natural sendo apontado como o principal agente que desencadeia o aquecimento. Palavras-chave: Mídia; Mudanças Climáticas e Aquecimento Global. ABSTRACT: This article points to the fact that during the twenty-first century, climate change will be among the main news of the communications media in contemporary society. Even with technological advances, humanity is still dependent on natural resources for their survival fact that triggers major impacts on nature that consequently cause changes in climate. Environmental geography has sought to reflect on this global warming issue that has been a recurring theme to the mass media. It is known that the climate change discussion in the scientific and academic community is in deep discussions especially with regard to the environmental dimension. Among the speeches stands out to blame the man responsible for the degradation of the natural environment being appointed as the principal agent that triggers heating. Key words: Media; Climate and Climate Change 1 Introdução Na contemporaneidade, é sabido que a comunidade científica e acadêmica se encontra em profundas discussões sobre a dimensão ou existência do aquecimento global e mudanças climáticas do planeta, bem como, sobre o destino e o futuro da humanidade. Tal temática passa a despertar a atenção da mídia e de uma parcela importante da população em todo o mundo, que passa a ser mais atenta acerca dos 1 Acadêmico do programa de pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E-mail de Contato: [email protected]. 2 Docente do programa de pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E-mail de Contato: [email protected]

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VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

UMA ANÁLISE DA MÍDIA SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO SÉCULO XXI: UMA REFLEXÃO GEOGRÁFICA

ADILSON RIBEIRO DE ARAÚJO1 JOSÉ CARLOS UGEDA JUNIOR2

RESUMO: O presente artigo aponta para o fato de que, durante o século XXI, as mudanças climáticas estarão entre as principais notícias dos meios de comunicações na sociedade contemporânea. Mesmo com os avanços tecnológicos, a humanidade ainda é dependente dos recursos naturais para a sua sobrevivência fato que desencadeia grandes impactos na natureza que, consequentemente, provocam alterações no clima do planeta. A geografia ambiental tem procurado refletir sobre essa problemática do aquecimento global que tem sido uma temática recorrente aos meios de comunicação de massa. É sabido que a discussão da mudança do clima na comunidade cientifica e acadêmica se encontra em profundos debates especialmente no que diz respeito à dimensão ambiental. Entre os discursos destaca-se o de culpabilizar o homem como responsável pela degradação do meio natural sendo apontado como o principal agente que desencadeia o aquecimento.

Palavras-chave: Mídia; Mudanças Climáticas e Aquecimento Global.

ABSTRACT: This article points to the fact that during the twenty-first century, climate change will be among the main news of the communications media in contemporary society. Even with technological advances, humanity is still dependent on natural resources for their survival fact that triggers major impacts on nature that consequently cause changes in climate. Environmental geography has sought to reflect on this global warming issue that has been a recurring theme to the mass media. It is known that the climate change discussion in the scientific and academic community is in deep discussions especially with regard to the environmental dimension. Among the speeches stands out to blame the man responsible for the degradation of the natural environment being appointed as the principal agent that triggers heating.

Key words: Media; Climate and Climate Change

1 – Introdução Na contemporaneidade, é sabido que a comunidade científica e acadêmica se

encontra em profundas discussões sobre a dimensão – ou existência – do aquecimento

global e mudanças climáticas do planeta, bem como, sobre o destino e o futuro da

humanidade. Tal temática passa a despertar a atenção da mídia e de uma parcela

importante da população em todo o mundo, que passa a ser mais atenta acerca dos

1 Acadêmico do programa de pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E-mail de Contato: [email protected]. 2 Docente do programa de pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E-mail de Contato: [email protected]

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impactos ambientais que tal fenômeno passa a poder desencadear na vida da população e

em seu futuro sob o planeta Terra.

Dentre os inúmeros debates acerca desta temática, é possível verificar cientistas,

organizações sem fins lucrativos e mesmo entidades políticas, questionando sobre a

veracidade do grau de preocupação que é dispensada a este assunto, bem como o modo

como é anunciado e como as informações disponibilizadas podem ser por demais

alarmantes, fazendo com que a sociedade se preocupe e, talvez até mesmo entre em

estado de histeria coletiva.

Entre os debates de culpabilizar o homem como o responsável pela degradação do

meio natural e principal desencadeante do aquecimento global, uma parcela da comunidade

científica chega mesmo a ausentar a humanidade de tal culpa, explicando que as mudanças

climáticas podem ser uma simples consequência do histórico das temperaturas na Terra.

Porém, dentre estes debates e atores envolvidos no tema, se encontra então a mídia, uma

parcela da sociedade que se responsabiliza por transmitir às demais, em grande escala,

informações. Todavia, com relação às mudanças climáticas, é notado que geralmente os

teores e tons das notícias tendem a ser alarmistas.

2 – Material e métodos

Método este que passou a solidificar o escopo da geografia clássica com a postulada

descrição, enumeração, classificação e conotação que fora enfatizada em uma perspectiva

de fatores físicos acerca do espaço, em uma ótica neutral, atemporal, desprovida de gênero,

classe ou conotação política. Porém, que tal movimento tende a ser tenso e passa a se

defrontar de maneira constante com os diversos conceitos de mundo, resultando assim em

óticas lançadas distintamente da questão ambiental, incluindo sobre a produção e a

reprodução da natureza tal como uma mercadoria.

A Geografia fica compreendido então como, analisar as relações entre a sociedade e

a natureza, e como ocorre a apropriação da natureza pela sociedade. Além dos termos

mencionados, pode-se verificar uma grande diversidade de opiniões quanto na definição dos

conceitos ambientais. De um lado, o meio natural é apenas um tema neutro de estudo, de

outro, estão incluídos o elemento humano e os fatores que interferem em suas relações com

o ambiente natural.

Segundo publicação da ANDI (s/d) a humanidade passa por uma crise atual que

possui características fortemente arraigadas à ciência, o que vêm ocorrendo há, pelo menos

meio século. Ainda assim, o fenômeno não fora capaz de encontrar resposta adequada por

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parte de forças políticas e econômicas que sejam capazes de determinar os destinos a

serem tomados pelo planeta.

Como matriz do problema, sabe-se então que existe um modelo de desenvolvimento

incapaz de incorporar a variável ambiental como uma prioridade em sua equação. Ao passo

que, neste sentido, as mudanças climáticas são, indubitavelmente a manifestação mais

clara e mais grave de todo este descompasso. Neste sentido, se existem maneiras de

responder, efetivamente e urgentemente à dimensão e complexidade que demanda este

desafio apresentado pelo agravamento do fenômeno, as mesmas passam, de maneira

inevitável, pela concepção de uma matriz nova de desenvolvimento.

“Tal tarefa, por certo, não cabe exclusivamente ao setor ambiental. Ela apresenta um nítido perfil de transversalidade, que implica todas as áreas do desenvolvimento humano. E se o comprometimento efetivo dos líderes mundiais com o uso racional de recursos segue ocupando lugar de destaque nessa agenda, não se deve correr o risco de subdimensionar a relevância da participação dos demais setores nos processos de debate e de tomada de decisões, incluídas aí as populações mais vulneráveis aos impactos climáticos” (p. 2).

De acordo com Mota (1995) as atividades humanas têm exercido cada vez mais

pressão sobre os recursos naturais, especialmente no que diz respeito aos recursos

hídricos. Na utilização deliberada que fez parte da ação humana desde muitos anos, reflete

atualmente, crises de falta de água no Brasil e outras partes do mundo, essas ações

humanas degradaram e tornaram este recurso escasso, bem como também compromete

sua qualidade devido ao despejo de poluentes que são feitos de maneira irresponsável e

arbitraria por grandes companhias que deveriam dar o exemplo primeiro de preservação.

Ainda segundo a publicação da ANDI (s/d) as mudanças climáticas certamente serão

a principal noticiário para o século XXI, cujos impactos diretos em larga escala sobre as

sociedades, economias e indivíduos de todo o planeta. Tal alegação não apenas detecta as

alterações climáticas como uma pauta importante na mídia de notícias, como também

aponta para dois principais fatores determinantes de mensuração do nível de relevância do

fenômeno, para além da intensidade de consequências esperadas, é possível encarar de

frente de um problema que tende a afetar, de maneira significativa as mais distintas regiões

do mundo.

Souza (2012) por sua vez, expõe que, por conta de diversas latitudes possíveis de

observação no cotidiano do planeta Terra, é possível dizer que grandes catastróficos cada

vez mais acontecem no mundo, sendo que a responsabilidade sobre tal ocorrência seria, em

grande parcela, atribuída ao aquecimento global, um fenômeno que é consequência

inquestionável da ação do homem que, sobretudo após a Revolução Industrial, elevou de

maneira considerável as emissões de gases poluentes na atmosfera, além do crescimento

populacional desenfreado, que passou a gerar cada vez mais geradores de resíduos

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sólidos, que assim como a população, cresce a toneladas descoordenadas à capacidade de

absorção do planeta. Porém, fazendo viés ao objetivo da presente pesquisa, o autor explica

que:

“Esta visão apocalíptica – sem exagero – pode ser cotidianamente observada nos media mass, que tem tratado o aquecimento global de forma alarmista e tendenciosa, reduzindo as mudanças climáticas a um consenso cientifico, além de trazerem em suas edições previsões catastróficas sobre o futuro da humanidade no planeta Terra. Isto é alarmante na medida em que a mídia é o instrumento mais usual com o qual a população em geral se inteira de uma série de eventos ocorridos distantes da sua localização geográfica, ou ainda distante das suas capacidades intelectuais de compreensão, estes últimos relacionados especificamente a fenômenos e pesquisas cientificas” (p. 92).

Nesta perspectiva, Souza (2012) prossegue dizendo então que os meios de

comunicação de massa são capazes de exercer a função de ‘simplificadores’ do

conhecimento científico que é produzido pela comunidade acadêmica, apresentando-os em

uma linguagem mais acessível, para que sejam de compreensão da maior parte da

população. A questão neste caso é que o processo de mediação que ocorre por meio da

mídia, pode culminar em um produto com uma carga intensa de tendenciosidade, uma vez

que ao longo do processo, existem diversos interesses atrelados que tendem a misturar-se,

de maneira quase una e imperceptível ao conteúdo noticioso, transformando o fato científico

em uma meta ideologia de verdade com poder de convencimento perante o público.

Para o autor, isto ocorre pois a maioria da população não é capaz de inteirar-se de

tudo o que ocorre no planeta por conta própria, ou mesmo do que é produzido pela ciência,

ela precisa desta mediação, correndo riscos então de absorver a manipulação midiática da

notícia como a única e absoluta verdade existente. Deste modo, o autor acredita que o

aquecimento global passa então a ser entendido por parte da população, como um

fenômeno inquestionavelmente antropogênico, responsável por toda e qualquer das

catástrofes e acidentes naturais que ocorrem na contemporaneidade.

Barcellos et al. (2009) acreditam que o processo de mudanças climáticas, sobretudo

as oriundas do aquecimento global, induzido pela ação humana, fora inicialmente exposto

na década de 1950. Ao passo que ao final do século XIX, já havia ocorrência da

possibilidade de aumento da temperatura climática por conta das emissões de dióxido de

carbono. Durante a década de 1980, explicam os autores, a preocupação de pesquisadores

do campo ambiental, cresceu em relação aos impactos de tais mudanças sobre os

ecossistemas.

Enquanto na década de 1990, ainda segundo os autores, foram desenvolvidos

alguns modelos que possibilitariam, de um lado a explicação sobre a variação do clima

ocorrida ao longo do século, por outro, a avaliação da contribuição de elementos naturais –

tais como vulcanismo, alterações na órbita da Terra, explosões solares, entre outros – e

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antropogênicos – como emissão de gases do efeito estufa, desmatamentos e queimadas,

destruição de ecossistemas, etc. – para a ocorrência destas variações.

Barcellos et al. (2009) explicam que o primeiro relatório acerca das mudanças do

clima e da saúde, fora publicado pela Organização Mundial da Saúde, em 1990. Ao passo

que ao longo da ECO-92, fora instaurada a convenção acerca das mudanças climáticas,

juntamente com as convenções sobre diversidade biológica e desertificação.

Todavia, as mudanças climáticas sempre fora o tema central que tomou a mídia com

mais intensidade nos últimos anos, repercutindo acerca de agendas governamentais e

acadêmicas, e ainda, fomentando no imaginário popular, como a divulgação do 4º relatório

de avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, em 2007, o filme “Uma

verdade inconveniente”, premiado com o Oscar de melhor documentário no mesmo ano.

“Além disso, o tratamento midiático dado a uma série de eventos extremos do ponto de vista climático e catastróficos do ponto de vista social como o furacão Katrina, que destruiu grande parte de Nova Orleans; a onda de calor na Europa em 2003 quando foi registrado um excesso de mais de 35 mil mortes, o Catarina, que atingiu o sul do Brasil em 2004, a seca no oeste da Amazônia em 2005, mesmo sem consenso para suas determinações causais, contribuíram para trazer à tona e reforçar o debate sobre as origens e os efeitos das mudanças climáticas em escala global. (BARCELLOS et al. 2009, s/p).

Os autores explicam então que, se por um lado houve certa visibilidade acerca das

mudanças globais, que possibilitaram uma retomada da agenda ambiental em versão mais

ampla, a ótica catastrofista e globalizante acerca de tais mudanças, pode então causar na

sociedade um sentimento de impotência, ou mesmo de insensibilidade diante das

mudanças, que podem figurar como inexoráveis.

Suguio e Suzuki (2010) concordam que o aquecimento global é considerado um dos

problemas ambientais de maior gravidade na contemporaneidade, que é, contudo, tratado

geralmente de maneira sensacionalista e dúbia por parte dos veículos midiáticos. A esta

problemática, é possível atrelar a origem antrópica, que reside, especialmente na emissão

de dióxido de carbono por meio da utilização de combustíveis fósseis. Seguindo a mesma

linha de pensamento e elucidando sobre o alarmismo midiático, Mendonça (2002, p. 13)

discorre:

“Num momento em que certos fenômenos naturais adquirem caráter de sobrenaturais como na atualidade, urge resgatar a verdade que se encontra camuflada pelo sensacionalismo de grande parte da mídia (...); é preciso que se esclareça que a noção de acidente, catástrofe, castigo, etc. é de ordem, sobretudo humano-social, e que fenômenos como maremotos, terremotos, inundações, secas, vulcanismo, ilhas de calor, efeito estufa, etc. somente adquirem importância para a sociedade quando atingem ou ameaçam áreas habitadas ou de importância econômica. [...]Esses fenômenos decorrem, basicamente, da dinâmica natural do planeta. Eles precisam ser exorcizados do sensacionalismo engendrado pela mídia.

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O autor então explica que o tipo de massificação em questão, das informações

dúbias e carregadas de tendenciosidade, faz com que a opinião pública seja direcionada a

tornar-se complacente com posicionamentos políticos que possam ser a favor de uma

suposta ‘sustentabilidade’. Geralmente homens brancos, bem vestidos, de países

desenvolvidos, prometem diante de entrevistas e discursos ensaiados, que auxiliarão os

países em desenvolvimento com os recursos financeiros necessários para que estes não

precisem culminar em um estilo de vida não sustentável.

Léna (2012) ainda expõe a intrínseca relação existente entre a consciência humana

e a Terra, de maneira que qualquer ameaça que possa colocar em risco seu lar e sua vida,

é gerador de insegurança e medo à população. Neste caso, os temas relacionados ao meio

ambiente e, sobretudo a hipótese de um fenômeno, como o aquecimento global,

simplesmente destruir o planeta, faz com que as massas tomem muito interesse, sobretudo

se forem expostos de maneira altamente alarmista.

Deste modo, o surgimento dos negócios ambientais, a economia verdade, os

créditos de carbono, são pautas centrais na hipótese do aquecimento global antropogênico.

Sob uma pressão política e também econômica, os países são obrigados a adaptar suas

economias ao mercado verde, isto se desejam sobreviver a ele. E ainda que a questão

tenha um enfoque político intenso, consistem em suas incertas bases teóricas, as falhar no

discurso. Para Rodrigues (2009) e Onça (2007) realizam como o alarmismo que é exposto

pela mídia, anteriormente com foco na hipótese do resfriamento global, entre 1960 e 1970,

quando os aerossóis industriais causaram a origem antrópica da questão, fora modificada,

substituída pela hipótese do aquecimento global.

Em 1988 a Organização Meteorológica Mundial, juntamente ao Programa das

Nações Unidas para o Meio Ambiente, foram responsáveis pela criação do Painel

Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), cuja missão é a promoção de um

mundo com perspectiva altamente científica acerca do nível atual de conhecimento sobre

mudanças climáticas e seus devidos impactos socioeconômicos e ambientais sobre as

nações (ONÇA, 2007).

Rodrigues (2009) explica então que, a partir da criação do IPCC, gerou-se uma

histeria crescente em torno do aquecimento global, explorado incansavelmente, sobretudo

por mídias do hemisfério norte. Foram verões altamente quentes em sequência após o ano

de 1988, alinhados à percepção mais ampla das pessoas sobre o clima, o que contribuiu

para que o aquecimento global ficasse em voga, como um tema a ser tratado com urgência

por parte das ações governamentais do mundo. O aprofundamento no tema, levou à

comunidade acadêmica a produzir inúmeras pesquisas científicas sobre, o que fez com que

a mídia, de maneira totalmente aleatória ou manipuladora, divulgasse o conteúdo destas

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produções acadêmicas, como um consenso científico cujo toda a comunidade científica

compartilhava.

3 – Resultados e discussão

A Terra vem passando por grandes ameaças ambientais; na verdade, em se tratando

das mudanças climáticas no tocante do aumento de temperatura, o planeta está mais

quente e mais escassos nos indicies pluviométricos, devido ao uso insustentável dos

recursos naturais que a mãe Terra disponibiliza para humanidade, levando com isso à

destruição provocada pelos desmatamentos, queimadas e poluições atmosféricas, sendo o

principal fator o aquecimento global, evidenciado pelas alterações dos climas da Terra.

Segundo Oliveira e Rutkowski (2008, p. 9):

(...) a percepção mundializada dessa problemática em sua complexa abrangência, associada às ameaças de destruição da natureza e às tensões produzidas por essas ameaças sobre as diversas formas de vida social e natural, apresenta-se sob a nomenclatura de crise ambiental – que, embora se originando de conflitos racionais advindos da aplicação de referências de realidade baseadas em teorias científicas da natureza, propaga-se mobilizando provocações de cunho ético e humanístico. (OLIVEIRA; RUTKOWSKI, 2008, p. 9).

As autoras questionam que a questão das mudanças climáticas situa-se no centro

dessa concepção mundial, todavia, as manifestações fenomenais é que alimentam as

distopias das catástrofes naturais iminentes. Essa ideia demostra ainda a escassez de

subsídios para a compreensão técnico-científica sobre o processo de produção da crise

sendo que os fatores determinantes para essas mudanças são atitudes e comportamentos

da humanidade no uso e desuso da natureza.

Segundo a Secretaria Nacional de Mudanças Climáticas, cerca de 98 milhões de

brasileiros de modo direto ou indireto foram afetados pelos desastres naturais nas últimas

décadas. Mesmo o país e o mundo possuindo novas tecnologias que detectem essas

mudanças acaba sendo complicado prever e alertar a população dessas catástrofes que são

provocadas pela força da natureza.

Hoje são motivo de preocupação das mudanças do clima, fato que começa no final

do século XVIII e segunda metade do século XX. Grandes alterações do clima aconteceram

provenientes das revoluções industriais; a partir dessa atividade, elementos como gases são

emitidos na atmosfera produzidos pelos combustíveis fósseis, desmatamentos, queimadas e

lixo. Neste sentido há grandes probabilidades que esses elementos são responsáveis pelas

mudanças climáticas; já se sabe que as duas últimas décadas foram as mais quentes dos

últimos mil anos.

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O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) mostra

elevação da temperatura e até 2100 ela poderá elevar-se em média 1,8º C a 4º C,

automaticamente elevando os níveis dos oceanos entre 18 a 59 cm, o que pode afetar

significativamente as atividades dos seres humanos bem como os ecossistemas terrestres.

Para Oliveira e Rutkowski (2008, p. 10), o ser humano precisará da natureza de forma mais

harmoniosa:

(...) a análise da crise ambiental mundializada, vista como decorrente de formas psicossociopolítico-culturais de relação ser humano-ser- humano e ser humano- natureza, implica definir-se, como seu centro de referência, a pressuposição de uma indissociabilidade entre as mudanças socioambientais globais e as mudanças climáticas e suas consequências planetárias. Em outras palavras, o enfrentamento da crise ambiental exige, necessariamente, o reconhecimento da abertura de um ponto de cisão entre alternativas de futuro no confronto cultura-natureza e suas interações. (OLIVEIRA; RUTKOWSKI, 2008, p. 10).

De fato, a temperatura vem sendo alterada, muitos dizem que essas mudanças

climáticas estão ocorrendo pela variabilidade natural do planeta; um exemplo é a seca que

sempre existiu. O professor e geólogo da University College of London, Martin Keely, que

contrapõe ao Protocolo de Kyoto e discorda da ideia que o homem é grande responsável

pelas mudanças climáticas, diz que “não encontrei nenhuma prova conclusiva de que a

poluição humana causou qualquer mudança climática.” (MARCOVITCH, 2006, p. 19).

Discordando ou concordando da contraposição do Keely, só se sabe que os climas estão

alterados e que os fenômenos naturais do planeta Terra estão acelerados e têm promovido

alterações na superfície terrestre e na vida de pessoas e animais pelo mundo.

Para Marengo e Valverde (2003), de acordo com os resultados do IPCC 2001, o balanço de radiação terrestre é alterado pelas ações antropogênicas e existem evidências de que impactos extremos como secas, enchentes, ondas de calor e de frio, furacões e tempestades têm afetado diferentes partes do planeta. A

Figura 1 mostra a variação da temperatura na década de 1940 à década de 2000, que maior

é percentual no gráfico.

Figura 1: Variações da temperatura observadas no período de 1860 a 2000. Fonte: Adaptada do relatório do IPCC (2007).

Como já mencionado, o clima do mundo está alterando, seja por variabilidade natural

do planeta ou pelas ações humanas que têm interferido no ambiente num ritmo muito

acelerado. Existem pesquisas nas duas linhas de questionamento, mas estudos indicam que

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a temperatura mundial subiu aproximadamente 5º C em 10 mil anos e que podem aumentar

os mesmos 5º C em apenas 200 anos se a humanidade continuar neste ritmo de produção

adotado nas últimas décadas.

Observa-se que algo está acontecendo com as interferências do homem sobre o

ambiente. Em 2010, chega-se à soma dos 7 bilhões da população mundial. A cada hora, 9

mil pessoas são acrescentadas nos índices demográficos mundiais; a cada hora, são

extintas 3 espécies de animais ou vegetais, isso numa proporção mil vezes maior do que os

processos naturais da biodiversidade; nas atividades humanas, a cada hora é adicionado ao

ambiente cerca de 1,7 milhões de quilos de nitrogênio reativo, 1.200 hectares de florestas

são derrubadas para dar espaço à agricultura, à pecuária ou à edificação de novas

cidades/bairros, provocando certamente mudanças na biosfera.

Anteriormente comentou-se que existem controversas quando se discutem as

mudanças ambientais. Colocam-se então dois cenários extremos ao assunto: um com

maiores emissões, e, portanto, pessimista, e outro menos pessimista. O cenário pessimista

estima um aumento da temperatura em torno de 4º C a 6º C, com ocorrência de extremos

de chuvas e secas, mudanças na distribuição das áreas dos biomas, alteração na

biodiversidade do planeta, grandes impactos na saúde das pessoas, diminuição da

produção agrícola irradiando mais fome no mundo e por último, perda de geração de

energia, hoje válvula propulsora da economia mundial. Jacques Marcovitch (2006, p. 18)

afirma que:

Algumas conclusões assustam. A última década foi a mais quente da história, segundo a Organização Meteorológica Mundial. A temperatura média do planeta, que é de 14º C, teve um acréscimo de 0,44º C no ano de 2004. Ele ainda coloca que o século XX foi o mais quente do milênio e, para os próximos 100 anos, a temperatura do planeta deve continuar aumentar em até 3,5º C. O ritmo desse aquecimento vem se acelerando. (MARCOVITCH, 2006, p. 18).

O cenário menos pessimista prevê um aumento médio da temperatura de 1º C a 3º C

e acredita-se que os impactos serão muito parecidos com o cenário pessimista, mas com

menores proporções. Os cenários há muitos prejuízos causados pela ação indevida dos

seres humanos sobre a natureza, que por sua vez, são irreversíveis. Muitas das espécies

que foram ou serão extintas nunca mais existirão para as futuras gerações e sabe-se ainda

que a diminuição do aquecimento global dependa exclusivamente da vontade dos governos

e das pessoas em se preocuparem e assumirem a responsabilidade pelo próprio consumo,

para assim reduzir a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.

O IPPC, órgão das Nações Unidas (ONU), é responsável por produzir informações

científicas; seus relatórios são baseados na revisão de pesquisas de 2.500 cientistas de

todo o mundo. Desde 1988, vem realizando este documento. Em 2007, um novo documento

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foi divulgado: o relatório é considerado um marco ao afirmar, com 90% de certeza, que os

homens são os responsáveis pelo aquecimento global. Em setembro de 2013, lança parte

do quinto relatório, mostrando grande preocupação com o clima no Brasil, que nas próximas

décadas deverá ser mais quente, com aumento gradativo e variável da temperatura média

em todas as regiões do país entre 1º C e 6º C até 2100, em comparação com o final do

século XX.

A problemática ambiental tem conduzido ao aumento da temperatura e

automaticamente levado ao decréscimo das chuvas principalmente nas regiões amazônicas

que variam acima da média global, situação retratada no relatório final do projeto Riscos das

Mudanças Climáticas no Brasil – sobre os Impactos das Mudanças Climáticas e do

Desmatamento na Amazônia, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

(INPE)3.

Com tanto insucesso de muitas iniciativas de conferências, tratados e acordos de

governos, as pesquisas cientificas tem o princípio necessário de desenvolver estudos cujos

resultados sejam capazes de implantar as mudanças nas pessoas abrindo possibilidades de

interação com outras atividades que permitem a produção de efeitos positivos a partir da

prática de sensibilização da sociedade de modo que a mesma tenha mais cuidado com a

natureza.

A uma necessidade de maior preocupação da humanidade em discutir o assunto,

nesse momento, sobre as mudanças climáticas, sobre o desenvolvimento de nova cultura

do consumismo, das novas tecnologias e de atividades humanas. Cabe questionar até

quando o planeta poderá ser sustentável com essa humanidade que tem costumes

insustentáveis.

Sendo assim, há muitas evidencias e que demostra alterações dos climas, tanto a nível

mundial e como a nível local. Os vários relatórios e estudos aponta que essas alterações

vêm provocando diminuição no regime pluvial e elevando a temperatura das regiões e

questiona-se que essas mudanças está relacionado com as ações humanas ou somente é

um fenômeno natural, ou seja, a variabilidade climática do planeta altera no seu percurso.

Portanto, os estudos levantarão dados dessas alterações e demostrarão em que

medida existem grandes diferenças na maneira pela qual cada parcela da população afeta

ou é afetada pelo clima. Os estudos no campo da climatologia geográfica não estão isentos

de engajamento em uma das duas posições supracitadas. Podem servir de reforço para a

estrutura dominante ou, pelo contrário, podem ajudar subsidiar, através de um melhor

3 http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=home/page&page=rede_estacoes_auto_graf. Acesso no dia 23 de outubro de 2015, às 10h05min.

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conhecimento da natureza no quesito do índice de pluviosidade, do aumento de temperatura

ou outros fatores, possibilitando uma melhor compreensão dos problemas ambientais e

conduzir a uma ação transformadora para a sociedade.

4 – Conclusões

As ocorrências dos graves problemas ambientais vem sendo relatadas e

divulgadas pela mídia e também pela comunidade cientifica. Teorias alertam para o

aumento de temperatura, seca, desertificação e outros fatores determinados pelos eventos

climáticos, situação que aponta para a existência de uma situação de vulnerabilidade que

precisa ser modificada para as próximas décadas especialmente no que diz respeito às

atividades antrópicas no mundo.

Em relação aos impactos futuros da mudança climática, relatórios científicos alertam

em todo o mundo quanto à eminência de grandes catastróficas. Espera-se que estes

fenômenos venham a significar um estresse adicional sobre situações problema já

existentes, podendo aumentar a sua intensidade, principalmente nas regiões tropicais,

devido à proximidade da Linha do Equador, levando a extinção de várias espécies de

animais e vegetais.

O artigo faz uma reflexão no campo da geografia ambiental e coloca uma discussão

acerca das mudanças climáticas, vistas em noticiários na mídia em geral trazendo-nos a

possibilidade de mudança. A referida mudança é significativa para pensar esse complexo

que é o sistema de paisagem. As previsões do IPCC não seguem este pensamento, criando

concepções catastróficas em torno do futuro do clima global. No diagnóstico apresentado,

os desvios negativos e positivos, desde o século XIX, não passaram de 0,6ºC, enquanto o

órgão governamental prevê, até no final do século XXI, um aumento de 1,5ºC a 6,0ºC, e a

possibilidade do aumento das temperaturas de ser maior em várias zonas térmicas do

planeta.

Conforme tentamos demonstrar, o debate acerca do aquecimento global, que

privilegia todas as perspectivas de discussão acaba sendo uma práxis inconveniente para

esta mídia comprometida com as instâncias de poder, visto que isto poderia dar ao cidadão

comum a possibilidade de formar a sua própria opinião e criar obstáculos para a execução

dos interesses dos grupos hegemônicos.

Enfim, é necessário reconhecer que a problemática das mudanças climáticas pode

se constituir como um problema para a humanidade em um futuro próximo, porém, são

necessários estudos mais aprofundados para melhor refletir sobre o assunto e modelos

mais complexos para se analisar o clima na perspectiva de planejamento para as próximas

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VARIABILIDADE E SUSCETIBILIDADE CLIMÁTICA: Implicações ecossistêmicas e sociais

25 a 29 de outubro de 2016 Goiânia (GO)/UFG

gerações. Soma-se a isto, a necessidade de estudos locais e regionais sobre as alterações

climáticas e seus efeitos sobre a sociedade.

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