um pouco de história_radiestesia

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Um pouco de história Numa bucólica tarde de verão dois padres em suas vestes tradicionais - batinas pretas até o chão passeiam entre as árvores do bosque. O tema da conversa é a rabdomancia, antigo nome da radiestesia. Um dos religiosos segura uma pequena vareta de madeira entre os dedos, apanhada por acaso, que se pôs a vibrar perto de uma fonte de água. Intrigado com o acontecimento, o padre de nome Aléxis Bouly repetiu a experiência e não parou mais com a atividade que o tornaria famoso mais tarde. Alexis Bouly era dotado de uma extraordinária sensibilidade para a radiestesia, sobretudo na manipulação da vareta. Durante sua vida localizou um grande número de fontes de água, conseguindo definir com exatidão sua profundidade, qualidade e tamanho. Vinham de todos os lugares para consultá-lo. Seu talento ultrapassou as fronteiras da França, foi chamado a exercer suas habilidades em Portugal, Espanha, Polônia, Romênia e Canárias. Bouly fundou a Sociedade dos Amigos da Radiestesia, utilizando o novo termo por ele criado: radiestesia. Ao longo dos últimos séculos muitas teorias foram elaboradas na tentativa de explicar o fenômeno radiestésico. Hoje em dia é quase divertido ler tais teorias repletas de conceitos estranhos. Em razão da grande influência da Igreja na sociedade medieval e renascentista, chegou-se a acreditar que o fenômeno acontecia sob influências sobrenaturais e até diabólicas. Só em 1939, graças ao uso da filmagem em câmera lenta, foi possível constatar que o radiestesista promove o movimento pendular por meio de uma ação inconsciente, de origem neuromuscular. A grande maioria dos trabalhos radiestésicos pode ser realizada com o uso do pêndulo ou da vareta, dependendo da situação e da sensibilidade do operador. Existem, no entanto, tipos de pesquisa que demandam instrumentos específicos. Para melhor compreensão dividimos os instrumentos radiestésicos em famílias: pêndulos técnicos e pêndulos para uso geral. Na família dos pêndulos técnicos encaixam-se todos aqueles utilizados para fins específicos - por exemplo, pêndulo egípcio, cromático, testemunho, etc. Os demais, independente de sua forma, cor, formato, material etc., são classificados como pêndulos para uso geral. E na categoria das varetas incluímos todos os instrumentos construídos a partir de uma ou mais varetas, com ou sem molas, retas ou curvadas, com ou sem empunhadura. Exemplo: dual-rod, aurameter, etc: Outros instrumentos utilizados são as réguas para análise, ponteiros, bússola, botica de remédios. A definição de pêndulo é: uma massa suspensa por um fio (flexível). Assim sendo, qualquer objeto, de qualquer material, suspenso por um fio, pode ser usado como pêndulo em radiestesia. Para trabalhos externos dá-se preferência a pêndulos mais pesados, já que o vento e as irregularidades do terreno atrapalham sua oscilação normal. O

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Um pouco de história

Numa bucólica tarde de verão dois padres em suas vestes tradicionais - batinas pretas até o chão passeiam entre as árvores do bosque. O tema da conversa é a rabdomancia, antigo nome da radiestesia. Um dos religiosos segura uma pequena vareta de madeira entre os dedos, apanhada por acaso, que se pôs a vibrar perto de uma fonte de água. Intrigado com o acontecimento, o padre de nome Aléxis Bouly repetiu a experiência e não parou mais com a atividade que o tornaria famoso mais tarde.

Alexis Bouly era dotado de uma extraordinária sensibilidade para a radiestesia, sobretudo na manipulação da vareta. Durante sua vida localizou um grande número de fontes de água, conseguindo definir com exatidão sua profundidade, qualidade e tamanho. Vinham de todos os lugares para consultá-lo. Seu talento ultrapassou as fronteiras da França, foi chamado a exercer suas habilidades em Portugal, Espanha, Polônia, Romênia e Canárias. Bouly fundou a Sociedade dos Amigos da Radiestesia, utilizando o novo termo por ele criado: radiestesia.

Ao longo dos últimos séculos muitas teorias foram elaboradas na tentativa de explicar o fenômeno radiestésico. Hoje em dia é quase divertido ler tais teorias repletas de conceitos estranhos. Em razão da grande influência da Igreja na sociedade medieval e renascentista, chegou-se a acreditar que o fenômeno acontecia sob influências sobrenaturais e até diabólicas. Só em 1939, graças ao uso da filmagem em câmera lenta, foi possível constatar que o radiestesista promove o movimento pendular por meio de uma ação inconsciente, de origem neuromuscular.

A grande maioria dos trabalhos radiestésicos pode ser realizada com o uso do pêndulo ou da vareta, dependendo da situação e da sensibilidade do operador. Existem, no entanto, tipos de pesquisa que demandam instrumentos específicos. Para melhor compreensão dividimos os instrumentos radiestésicos em famílias: pêndulos técnicos e pêndulos para uso geral. Na família dos pêndulos técnicos encaixam-se todos aqueles utilizados para fins específicos - por exemplo, pêndulo egípcio, cromático, testemunho, etc. Os demais, independente de sua forma, cor, formato, material etc., são classificados como pêndulos para uso geral. E na categoria das varetas incluímos todos os instrumentos construídos a partir de uma ou mais varetas, com ou sem molas, retas ou curvadas, com ou sem empunhadura. Exemplo: dual-rod, aurameter, etc: Outros instrumentos utilizados são as réguas para análise, ponteiros, bússola, botica de remédios. A definição de pêndulo é: uma massa suspensa por um fio (flexível). Assim sendo, qualquer objeto, de qualquer material, suspenso por um fio, pode ser usado como pêndulo em radiestesia. Para trabalhos externos dá-se preferência a pêndulos mais pesados, já que o vento e as irregularidades do terreno atrapalham sua oscilação normal. O pêndulo precisa ser simétrico e sua cor deve ser a do próprio material; no caso de ser pintado, a cor deve ser neutra, já que as cores influenciam a pesquisa radiestésica. O fio de suspensão pode ser de algodão, linho ou de fibras sintéticas, sempre em cores neutras, ou ainda uma fina corrente metálica. O pêndulo prumo, pontiagudo e metálico, é o mais recomendado. Ele pode ser usado na maioria dos trabalhos, especialmente sobre mapas, plantas ou gráficos, pois se torna mais fácil à correta identificação do ponto por ele indicado.

Para se tornar um radiestesista só é possível por meios de exercícios e práticas tradicionais nos cursos realmente reconhecidos e com bons mestres.

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Radiônica

Um método de emissão de energia a distância chamado radiônica, que utiliza sintonizadores de freqüência, é também uma forma de magia cerimonial e, acreditam os estudiosos, poderá ser, num futuro próximo, o meio de análise e posterior tratamento de estados de magia de qualquer origem.O desenvolvimento tecnológico do século XX propiciou o surgimento de inúmeras técnicas de diagnóstico e de terapias eletroeletrônicas. Uma delas, que tem trazido resultados positivos, é a radiônica, cuja origem está nos trabalhos do médico norte-americano Albert Abrams no início deste século.Ao percutir o abdome de seus pacientes, Abrams constatou que doenças iguais produziam o mesmo tipo de som na mesma região abdominal. Inicialmente foi desenvolvida uma pesquisa que abordou três tipos de doença: sífilis, tuberculose e gonorréia. A razão da escolha foi motivada pela facilidade de identificação em testes de laboratório. Como o diagnóstico era extremamente demorado e provocava certo desconforto no paciente, Abrams teve a idéia de unir o paciente a uma pessoa sã por meio de um fio de cobre e tentar fazer o diagnóstico no são. Constatou que a partir do momento da ligação, a pessoa em bom estado físico apresentava os mesmos sintomas do doente. Mais tarde, ao fio de cobre original foi acrescentada uma caixa com potenciômetros, cuja finalidade era permitir um ajuste fino das freqüências patológicas envolvidas.Originalmente esse processo era chamado "Reações Eletrônicas de Abrams", e durante um congresso dos praticantes dessa nova técnica surgiu o nome radiônica, usado até hoje. Existem outras denominações, com intuito comercial, como psiônica e psicotrônica. Alguns anos mais tarde uma quiropata, Ruth Drown, desenvolveu instrumentos nos quais a ligação física com o paciente foi substituída pela presença de uma amostra biológica deste introduzida na máquina. A experimentação levou Ruth Drown a elaborar diagnósticos a distância, usando como testemunho uma gota de sangue depositada sobre um pedaço de papel-filtro. A distância parecia não representar um obstáculo para a elaboração do diagnóstico. Pesquisadora brilhante, Ruth Drown criou a primeira máquina capaz de produzir remédios vibracionais a partir da afixação de índices representativos. Foi capaz também de produzir, a distância, fotos radiônicas dos órgãos envolvidos nos quadros patológicos dos pacientes.

Magia cerimonialAs máquinas radiônicas são de um tipo de sintonizador de freqüências (freqüências das ondas biológicas) para a detecção e emissão a distância, isto é, sem contato físico com o sujeito passivo, o paciente. Assim, detectam vibrações (ondas) biológicas e emitem ondas (vibrações identicamente biológicas), o que permite o diagnóstico e posterior terapia, tudo a distância, mediante apenas uma "amostra" (no sentido radiestésico do termo) do paciente (foto, cabelo, sangue, saliva, assinatura, digital, aparas de unha etc.). Essas máquinas são caixas que contêm montagens eletroeletrônicas, com diversos botões de sintonia e chaves de seleção, uma placa de fricção para uso do paciente e uma (ou mais) cavidade, onde se introduz o testemunho do paciente. Nos países de língua inglesa as máquinas radiônicas foram batizadas de Black Box (caixa preta) por serem, em geral, montadas em caixas forradas com imitação de couro preto

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granulado e tampa de ebonite (material isolante preto).A radiônica é uma forma de magia cerimonial, opinião compartilhada por inúmeros praticantes de radiônica. A máquina, também chamada Sintonizador Biológico ou Sintonizador Radiônico, é apenas uma forma de pensamento solidificada, e as freqüências/índices utilizados na "radiônica" são apenas uma convenção dos maiores pesquisadores; o conjunto de índices é a parte intelectualmente inteligível dos pesquisadores da máquina radiônica que se utiliza. Apesar de alguns discordantes desta definição, há unanimidade em relação à idéia de que quanto maior o número de praticantes de um sistema particular, melhor o sistema funcionará para todos.Os radionicistas Marty Martin e Peter A. Lindermann, em 1978, no Estado do Havaí, concluíram que, quando, por qualquer razão, a função do RNA num organismo está inibida, os tratamentos radiônicos tornam-se quase totalmente ineficientes. Mas quando o RNA é estimulado por um tratamento específico, então todos os outros tratamentos radiônicos tornam-se eficientes. Com a repetição desse fenômeno inúmeras vezes, os dois pesquisadores chegaram a uma conclusão - todos os remédios são elaborados no cerco pelo DNA.O sistema radiônico da terapia é apenas uma forma de "conversar" com o DNA. Se o DNA não conseguir enviar sua mensagem às células através do RNA, o tratamento parece não funcionar. Isso talvez auxilie os praticantes da radiônica a obter resultados mais consistentes. Para os dois pesquisadores citados, esse procedimento eliminou quase totalmente os insucessos.

A ciência da interaçãoUm dos mais famosos radionicistas ingleses, Georges De La Warr, definia a radiônica como a ciência da interação entre a mente e a matéria e do inter-relacionamento de todas as coisas. De La Warr montou um instituto para pesquisa e aplicação da radiônica que funcionou de 1942 a 1993. Nesse período foram feitos milhares de diagnósticos e tratamentos, alguns com resultados surpreendentes, graças à rapidez dos resultados. Conforme De La Warr afirmava, o diagnóstico radiônico não era do corpo físico, mas sim do corpo etérico, contrapartida sutil do físico, e ao qual o conjunto radionicista-máquina radiônica tinha acesso.Baseado nesses conceitos, outro radionicista inglês, David Tansley, a partir dos anos 70 redireciona o enfoque radiônico para um campo esotérico. Já que quando fazemos um diagnóstico radiônico estamos acessando o corpo sutil, por que não abranger nesse diagnóstico o corpo sutil do homem? Foi o que Tansley desenvolveu com brilhantismo ao longo de uma obra literária composta de nove livros. Alicerçado no estudo da teósofa Alice Bailey, Tansley aplicou uma nova metodologia à radiônica. Primeiro propôs o estudo dos chakras e dos corpos ou planos e finalmente o dos raios. É importante ressaltar que não se deve confundir radiônica com a prática da radiestesia, pelos simples fato de usar gráficos emissores, fazer análises em cuja composição consta o estudo do estado energético dos chakras.Acredita-se hoje que o próximo passo da radiônica será a análise e o posterior tratamento de estados de magia, não importando sua origem. Os equipamentos Hieronymus e Peter Kelly possuem em seu livro de índices uma seção só com índices esotéricos. As pesquisas e os trabalhos efetuados com a utilização dessa técnica têm-se mostrado bastante eficientes, tanto como técnica principal quanto como coadjuvante. Por ser essa uma área de utilização extremamente séria, só deve ser utilizada por pessoas cujos conhecimentos na área mágica lhes dê o necessário respaldo, para não se tornarem vítimas de um efeito bumerangue indesejável. Esse novo campo de utilização da radiônica é, sem sombra de dúvida, dos mais fascinantes, tendo em vista as variantes metafísicas envolvidas. É uma forma de adquirir um desenvolvimento esotérico só possível por meio dos demorados exercícios e práticas tradicionais.

As fotos radiônicas são um dos casos mais curiosos que as energias sutis podem nos apresentar.

Elas foram obtidas pela primeira vez pela pesquisadora americana Ruth Drown nos anos 50, por meio de um equipamento de uma certa simplicidade, cujo esquema apresentaremos num dos próximos artigos. Um pouco mais tarde os laboratórios Delawarr na Inglaterra por sua vez construíram um equipamento fotográfico, só que desta vez bem mais complexo, com o qual

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produziram mais de 10.000 fotografias.

Infelizmente estes instrumentos não são completamente autônomos, é necessário para a obtenção de bons resultados que em sua proximidade se encontre algum médium de efeito físico, o qual não precisa obrigatoriamente estar envolvido com a execução do trabalho.

Contarei essa historinha detalhadamente num próximo artigo. 

 

Foto do abdome feita após uma cirurgia.É possível observar a incisão cirúrgica.

Laboratórios Drown - anos 50

 

Glândula pineal.Assim como a foto acima esta foi obtida a distância, a partir de um testemunho de sangue do paciente.Laboratórios Drown - anos 50

 

 

A mais famosa fotografia radiônica, obtida a partir de um testemunho de sangue de uma mulher grávida que se encontrava a 80 Km de distância.Este equipamento permitia um ajuste no tempo, no

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caso a camera estava sintonizada para 3 meses no futuro.Laboratórios Delawarr - anos 50

 

 

Tuberculose dos pulmões. O que é notável é que o paciente tinha apenas um pulmão. O segundo pulmão é apenas a imagem etérica do órgão.Miss E. Baerlein e Mrs. L. Dowe - anos 50

O MUNDO DE ANDRÉ DE BÉLIZAL   Clique nas fotos para ampliar    

 

O pequeno laboratório nos fundos da casa, abandonado e com vazamentos no telhado.

 

Duas Bombas e suas pilhas, dimensões variadas, com grande poder de emissão.

 

O Escargot completo, com seletor e agulha.

 

O Pêndulo Neutro que elimina todas as imagens.

 

Uma das primeiras versões da Bomba C30, ainda com a cintura mais tarde eliminada. Branca do gesso caido do teto com goteiras.

 

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Aspironde

 

O móvel egípcio abordado no livro "Ensaio...".

 

 

 

 André de Bélizal apoiado numa Bomba C 30 com suas pilhas, de muito grandes dimensões.  

Finalmente o original do anel atlante. É de notar seu tamanho avantajado, em grês de Assuan.

 

O Pêndulo de Cone Virtual.

 

O compensador Luxor, apresentado aqui incompleto.

 

O compensador Aspironde.

 

O Ouadj, como Pêndulo Egipcio

 

A gigantesca Bomba, bem maior que 30, infelizmente detonada pelos vazamentos do teto.

 

Confraternização num congresso de radiestesia nos anos 50.Bélizal (de bigode) é o primeiro à esquerda em baixo.

       

Radiestesia Ciências

Há quem interprete como piada a ação dos personagens do desenho a vasculhar o terreno, com uma varinha em forma de forquilha, em busca de água e outras preciosidades

Fotos: Isabel Mojica

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Quem procura, acha...

"Pateta" ou o "Mickey" do desenho animado não está de todo errado, quando, munido de uma varinha em forma de forquilha, sai a campo em busca de água, petróleo, minérios etc. O desenhista está apenas reproduzindo o ato científico denominado radiestesia, do latim radius (raio, radiação) e do grego aisthesis (sensação), que significa sensibilidade às radiações, praticada sabidamente desde a pré-história. "Escavações realizadas nas tumbas do Vale dos Reis, no Egito, comprovam a existência de varinhas e pêndulos", diz Sérgio Ricardo Areias, vice-presidente da Associação Brasileira de Radiestesia e Radiônica (Abrad).

Já os romanos, segundo Areias, também vice-presidente para o Brasil da União Científica Internacional de Radiestesia (Ucir), preferiam o termo mais antigo rabdomancia (palavra também derivada do grego rhabdos, vara, e manteia, adivinhação). O instrumento usado era uma vareta em forma de forquilha, a qual denominavam também vírgula divina. A Bíblia também faz alusões ao uso de varetas, chamadas pelos hebreus de "Vara de Jacó"; havendo também registros entre hindus, persas, etruscos, polinésios, gregos e gauleses. "Radiestesia, como a conhecemos, trata-se de uma técnica que usa a sensibilidade humana associada a instrumentos simples e metodologia própria para análise e pesquisa das radiações que influenciam de alguma maneira os seres vivos", explica Areias. A radiestesia, como é empregada nos dias atuais, foi sistematizada no início do século passado pelo Abade Aléxis Mermet, autor de Comment j'opere, considerada a bíblia dos radiestesistas, publicada em 1935, pela Maison de la Radiesthésie.

Multiprofissional

O radiestesista decodifica as informações obtidas em forma de padrões energéticos. "Sua mente perscruta o campo, colhe nele a informação desejada e inconscientemente a decodifica, permitindo que o cérebro, através de uma ação neuromotora, movimente o instrumento radiestésico", acrescenta Areias. Os pêndulos de diversos materiais e formas costumam ser os instrumentos mais utilizados, mas não estão descartados a forquilha, o dual-rod e o aurameter. A forquilha, uma haste flexível em forma de ípsilon, que pode ser de madeira, aço ou cobre, é usada em geral na prospecção hidromineral. Dual-rod, duas varinhas, serve para detectar fontes de energia e para conhecer a sua polaridade, se positiva ou negativa, além de precisar as condições energéticas dos chakras e da aura. Já o aurameter é um instrumento de precisão utilizado em experiências científicas de radiestesia na localização de ondas nocivas e na investigação dos chakras e da aura.

A técnica da radiestesia, conforme Areias, além da prospecção hidromineral, pode ser empregada também na medicina, veterinária, homeopatia, na geobiologia (estudo do solo e subsolo na influência da vida) e nas pesquisas agrícola, arqueológica, psicológica,

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química e nutricional. Segundo ele, na área da saúde é usada na pesquisa dos fatores exógenos e endógenos que interferem nos processos biológicos. Também na análise do ambiente e das zonas geopatogênicas (de radiações nocivas aos seres vivos – radioatividade, campos eletromagnéticos do subsolo, fraturas tectônicas, água subterrânea em movimento etc.) e suas relações nos processos biológicos degenerativos como o câncer.

"De acordo com a Teoria da Relatividade de Albert Einstein, no universo não existe matéria, tudo é energia. A matéria é uma energia cristalizada; tudo o que existe no universo é constituído por átomos", diz Manoela Valente, que há 17 anos trabalha com radiestesia. O fato de estar calcada em ciência (física) faz cair por terra a idéia de que se trata de uma prática esotérica, mística ou religiosa. "Somos imortais porque a energia se transforma em matéria e vice-versa. Na verdade, assemelhamo-nos a uma esponja e absorvemos a energia que está ao nosso redor. Trocamos constantemente energia com o ambiente onde nos encontramos, por isso é necessário saber se a nossa casa é saudável, se tem energia boa", justifica.

Trabalho a distância

Para um campo eletromagnético estar em equilíbrio é necessário que as polaridades positiva e negativa também estejam equilibradas; do contrário, fica-se aberto a doenças. "Os radiestesistas franceses começaram a notar que em certos locais onde existiam pacientes doentes, o fato de trocá-los de lugar ou mesmo a mudança de configuração do ambiente proporcionava a melhora e até a cura dessas pessoas. "A radiestesista enfatiza que é possível identificar até energias localizadas, originárias das mais variadas situações, por exemplo, de suicídio. "Essa energia permanece no lugar; depois é emitida na forma de ondas nocivas e acaba por afetar as pessoas que posteriormente morem ali", esclarece.

Manoela garante que não é preciso mudar de casa, quando se constata a inadequação de energia do local. Melhor seria a neutralização do ambiente por meio da radiônica, ou seja, da emissão de íons a distância através de um testemunho, que pode ser cabelo, foto, nome ou data de nascimento da pessoa. "Eu uso a planta baixa da casa e acrescento o nome da pessoa e a sua data de nascimento para neutralizar os excessos", ensina. Como figuras geométricas são as maiores captadoras de energia cósmica, a radiestesia faz uso de triângulos, círculos, losangos, decágonos e octágonos. "Coloco na planta o que for necessário; a pessoa faz um quadrinho com vidro e pendura em uma parede qualquer de sua casa. Tudo tem de ser exposto; nada pode ser guardado em gaveta, porque aquele objeto funcionará como captador energético", frisa.

O radiestesista não precisa estar presente ao local, da mesma forma que o objeto ou a pessoa a ser analisada. Embora a técnica possa ser aplicada para o equilíbrio do que foi destacado, a princípio o tratamento inicia-se na casa, pois, ela estando equilibrada, a pessoa passa a trocar energia com a sua residência. "Somente depois é trabalhado o

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campo energético da pessoa; quando há alguma energia intrusa, espiritual ou qualquer outra para ser tratada no físico com cristais e minerais", acrescenta.

Alta-tensão

Bem diferente da realidade norte-americana, que limita as construções a 140 metros de distância das redes de alta-tensão, no Brasil, a limitação é de apenas 4 metros. Pesquisadores da Universidade do Colorado concluíram que os índices de mortalidade devido a câncer, como a leucemia, são elevados em pessoas que vivem num raio de 40 metros de uma rede de alta-tensão. "O campo eletromagnético de uma torre, seja de Internet, tevê ou celular, é prejudicial para a saúde do homem. A pessoa ouve vozes e barulhos imaginários, vê vultos; pensa que está estressada, mas é a energia de alta tensão que mexe com a sua mente", explica.

Manoela comenta que outros casos de câncer são causados pela energia telúrica, ou seja, proveniente do subsolo, originada nos lençóis freáticos, matérias orgânicas em decomposição e aterros patogênicos. "Na casa em que há água subterrânea, as pessoas ficam nervosas, existem brigas, desarmonia e muitos casos de separação de casais", observa. Como se não bastasse a ação danosa dessas energias, as pessoas são suscetíveis a energias negativas emanadas consciente ou inconscientemente por outros indivíduos.

É importante destacar que pensamentos negativos também desequilibram a aura. "As leis divinas são as leis físicas que o homem não pode mudar: ação e reação, atração e repulsão e sintonia vibratória. Dentro de um campo eletromagnético, os opostos se atraem; primeiro, para manter o equilíbrio, e depois, se repelem para os semelhantes se atraírem. O pensamento é energia; cria ou destrói. Quando a pessoa ora, faz uma prece, não existe um milagre; ela atinge um plano sutil. Se ela pensou positivo, com amor e alegria, passa a vibrar em uma faixa mais elevada e atrai para si o que existe naquela sintonia, inclusive, o conhecimento", finaliza Manoela. (M.A.)