um novo formato para a lata de tinta

15

Upload: vonhu

Post on 09-Jan-2017

228 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: Um novo formato para a lata de tinta
Page 2: Um novo formato para a lata de tinta

Sumário

OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | EDIÇÃO 40

SustentabilidadeLixo que gera renda

pág. 10

EmpresasJeitinho mineiro em ação

Vai um gole aí?

pág. 26

pág. 04

Um novo formato para a lata de tinta

Saúde e GastronomiaProteína enlatada

pág. 14

3REVISTA ABEAÇO |

Editorial

Aproveitando oportunidadesO ano de 2013 foi muito importante para o setor de embalagens de aço. Conseguimos dar andamento a vários projetos, conquistamos espaços im-portantes na mídia e criamos novos negócios. Juntos, reunimos esforços e, mais uma vez, fortalecemos o segmento e fomentamos o consumo. O ano está quase terminando, mas o trabalho não para e a cada dia vamos atrás de novas oportunidades.

A Metalgráfica Renner, por exemplo, vislumbrou uma oportunidade, arre-gaçou as mangas e colocou um produto inovador no mercado. A empresa, nesse finalzinho de ano, acaba de ganhar o troféu Gold, com a criação do barril de aço para envasar vinho, na categoria Beverage Three-piece, do prê-mio The Canmaker Cans of the Year Awards 2013.

A ABEAÇO também aproveitou uma grande oportunidade. Encontrou uma sede ideal para a associação e não titubeou: garantiu o novo escritório. Desta vez, um espaço para chamar de seu. O local próprio dá novo fôlego para conquistar cada vez mais os objetivos traçados.

Destaque também para a inauguração da Prolata, que estimula fabricantes, envasadores, catadores, cooperativas e consumidores a participarem ativa-mente da PNRS e a atuarem em prol do meio ambiente.

Boa leitura e boas festas!

Thais FaguryGerente Executiva

Jornalista Responsável Claudia Reis (MTB 15693)

Gerente ExecutivaThais Fagury

Diretora de ArteLílian Sá

ColaboraçãoEquipe Press à Porter

CapaABEAÇO

CoordenaçãoThais Fagury

ProduçãoPress à Porter Gestão de Imagem

RevisãoPress à Porter Gestão de ImagemThais Fagury

Contato ABEAÇOThais [email protected]

Contato PRESS A PORTERClaudia [email protected]

Pré-impressão e impressãoCentrográfica

Tiragem5.000 exemplares

Impresso em Novembro de 2013

ABEAÇO Brasil latadeaco #amolatadeaço

A revista ABEAÇO Notícias é editada pela Assessoria de Imprensa Press à Porter sob

coordenação da área de Marketing da Associação Brasileira da Embalagem de Aço - ABEAÇO

2 | REVISTA ABEAÇO

InstitucionalABEAÇO de casa nova

pág. 18

AdministraçãoRua Rocha, 167 - Cj. 33

Bela Vista - 01330-000 - São Paulo - SPFone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392

www.abeaco.org.br

Inovação e Tecnologia

pág. 22

Mercado

Page 3: Um novo formato para a lata de tinta

5REVISTA ABEAÇO |4 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

Duas perguntas são frequentes quando se fala de lata de aço de duas peças para bebidas no Nordeste: são feitas de aço devido ao vento, ou seja, por conta do peso não saem voando? A lata de aço mantem o líquido gelado por mais tempo? Para os dois questionamentos, só há uma resposta: ambas são mito! As latas de aço para bebidas são comerciali-zadas no Nordeste porque a Cia Metalic Nordeste, localizada em Maracanaú (CE), é a única empresa das Américas a pro-duzir a embalagem em duas peças para bebidas.

“No Brasil, os concorrentes fabricam suas latas de duas peças em alumínio. Nosso pioneirismo exigiu muita dedicação e trabalho árduo para garantir o que somos hoje, uma empresa que prima pela busca constante da excelência no atendimento dos clientes, com produtos de qualidade e entrega dentro do prazo desejado”, conta Fábio Araújo, ge-rente comercial da Cia Metalic Nordeste.

As latas de aço com duas peças para bebidas são fa-cilmente encontradas nessa região, mas também são achadas em outras áreas como Norte, com os refrigerantes Cerpa e Fly, e Sudeste, com o Draft & Wine.

“A lata de aço não chega a todas as regiões porque o custo do frete para deslocamento é muito alto. Porém, pelo fato de a resistência mecânica deste material ser grande, a em-balagem é muito procurada por suportar os deslocamentos em estradas. Desde que as latas saem da Metalic até chegarem às mãos do consumidor final, o índice de avarias é o menor se comparado a outros tipos de embalagens”, diz Araújo.

O ano de 2013 começou com expectativas positivas para o setor de bebidas no Brasil. Segundo a Pyxis Con-sumo, ferramenta de pesquisa de mercado do Ibope Inte-ligência, o comércio de bebidas movimentou cerca de R$ 17,7 bilhões em 2012, com a venda de refrigerantes, cerveja, sucos, água, vinho, entre outros produtos. Desse total, R$ 3,26 bilhões foram movimentados na região Sul, R$ 2,97 bilhões no Nordeste, R$ 1,53 bilhão no Centro-Oeste e R$ 1,11 bilhão na região Norte. Os outros R$ 8,83 bilhões foram consumidos pelo Sudeste. Os maiores compradores foram a classe B, com 42,65%, seguida pela C, com 40%. Com o verão chegando e os grandes eventos esportivos programados para 2014, acredita-se que esse mercado vá crescer de forma mais acelerada.

Ainda segundo o es-tudo da Pyxis, os investimen-tos realizados pela Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) no Nordeste ala-vancaram o setor. Dos R$ 2,5 bilhões previstos para inves-timento em todo o País, até o final de 2013, R$ 804 mi-lhões foram destinados a essa região, sendo R$ 375 milhões

últimos anos no setor de bebidas para compensar deso-nerações em outros setores e a inflação de alimentos. O primeiro fator, por si só, reduz o impulso ao consumo. O segundo diminui o poder de compra do consumidor”, comenta Araújo.

Segundo o executivo, o clima tem um impacto muito forte no crescimento ou queda do segmento. A seca de 2013 no Nordeste atrapalhou os negócios e redu-ziu a circulação de moeda na região. Para 2014, espera--se um período com chuvas nas épocas adequadas para que as safras atendam às expectativas de agricultores e de pecuaristas e façam a economia local girar. Já com a benção do sol, consequentemente haverá mais turistas e o aumento do consumo de bebidas.

SEGUNDO A PYXIS CONSUMO, O COMÉRCIO DE BEBIDAS MOVIMENTOU CERCA DE R$ 17,7 BILHÕES EM 2012, COM A VENDA DE REFRIGERANTES, CERVEJA, SUCOS, ÁGUA, VINHO ETC.

03 04

01 02

A Pepsi® está celebrando 60 anos de Brasil neste ano e lançou embalagens comemorativas no mercado: qua-tro edições limitadas de latas. Três versões reeditadas, com identidade visual que fizeram parte de sua traje-tória nos anos 50, 70 e 90, e uma lata atual com selo especial para comemorar esses 60 anos em território nacional. Ao estilo retrô, as embalagens reeditadas es-tão virando alvo de colecionadores. As latas podem ser encontradas em todo o território nacional.

01 - Lata anos 50

02 - Lata anos 70

03 - Lata anos 90

04 - Lata comemorativa 2013

voltados para a planta de refrigerante e cerveja localizada em Aquiraz (CE). A ação é uma tendência estratégica de mercado pela constante inserção do Nordeste no desen-volvimento e crescimento econômico do Brasil.

Com clientes como Ambev, Coca-Cola, Hei-neken, Brasil Kirin, Ypióca, entre outros, a Metalic sabe bem como trabalhar e segurar esse mercado a seu favor. Apesar da expectativa positiva, de acordo com Araújo, o mercado de bebidas teve uma pequena redução no Nor-deste. Mesmo assim, a fabricante manteve sua partici-pação nos principais players da região, disponibilizando embalagem tanto para cerveja quanto para refrigerante.

“Podemos considerar dois fatores como sendo responsáveis por essa queda: aumento dos impostos nos

Fotos: Divulgação

Page 4: Um novo formato para a lata de tinta

7REVISTA ABEAÇO |6 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

ExperiênciaVolnei Sant’Ana - Metalgráfica RennerO gerente industrial da fabricante comenta a importância de ter uma embalagem vencedora num dos prêmios inter-nacionais mais importantes do segmento de lata de aço: The Canmaker Cans of the Year Awards 2013. O prêmio Gold, na categoria Beverage Three-piece, com a lata barril para a Vinícola Don Affonso, com o vinho Cabernet Sauvignon, foi entregue no último dia 7 de novembro, na Escócia.

1) Foi a primeira vez que um produto Renner foi indi-cado nessa premiação?Não. Já fomos indicados com a lata para o bombom Alpino/Nestlé, na categoria “Fancy Cans”, e com a lata de duas peças com fechamento a vácuo para os biscoitos Dauper, na categoria “Food Two Pieces”. Essa última ficou em primeiro lugar.

2) Por que você acha que a empresa foi indicada com a lata Barril?Nossa indicação deve-se à inovação da embalagem alia-da a um produto que não é comumente comercializado em latas. Um dos objetivos da premiação é justamente promover a embalagem de aço mais inovadora e, princi-palmente, buscando novos mercados.

3) Como a empresa se sente com esse prêmio? Orgulhosa e recompensada. Um grupo de trabalho se dedicou ao tema e alcançou o objetivo. É a segunda vez que recebemos o prêmio Gold, ou seja, fomos primeiro lugar entre quase 200 embalagens inovadoras. Isso demonstra que não somos apenas uma empresa com foco na qualidade e serviço, mas também somos criativos.

Foto:Arquivo pessoal

No ramo de vinhos, a lata de aço conquista cada vez mais seu espaço em todas as regiões do Brasil. Fabricada pela Metalgráfica Renner, o barril de aço foi desenvolvido para oferecer ao mercado uma embalagem para acondicionar a bebida em volumes maiores de 3 a 5 litros. “Criamos a lata em formato de barril para remeter à milenar embalagem de carvalho para o vinho”, diz Volnei Sant’Ana, gerente industrial da Metalgráfica Renner. O formato inédito e os recursos de litografia deram conceito premium ao produto, além, claro, das carac-terísticas da lata de aço como resistência mecânica, barreira contra a luz e inviolabilidade.

Segundo Sant’Ana, na parte interna da embalagem é usado um bag com válvula para servir que não permite a entrada de oxigênio, conservando, assim, as propriedades do vinho por mais tempo, mesmo depois de aberto. O fundo do barril possui um neck que facilita o empi-lhamento dos barris, ajudando no armazenamento, transporte e monta-gem de estandes nos PDVs. Na lateral, foi projetado um apoio para que o barril seja utilizado na posição horizontal. Isso para facilitar ao servir e guardar dentro do refrigerador e adegas climatizadas. A embalagem já está sendo comercializada no mercado nacional. “Ainda não exportamos essa embalagem, mas semelhante aos barris de cerveja, acreditamos que possa ser exportada”, afirma Sant’Ana.

O barril produzido para a Vinícola Don Affonso, com o vinho Cabernet Sauvignon, trouxe grande alegria para a fabricante nesse final de ano: ganhou o prêmio Gold, na categoria Beverage Three-piece, da premiação The Canmaker Cans of the Year Awards 2013. Confira entrevista do porta-voz da Metagráfica Renner ao lado.

O mercado mundial de bebidas envasadas em latas de aço é bem variado. Cervejas e refrigerantes são os mais comuns. Marcas tradicionais como Sapporo, Faxe, 86, vêm todas em lata de aço. Boa parte do mundo tem familiaridade com a embalagem de aço em duas ou três peças para bebidas. Confira abaixo alguns exemplos de cerveja, suco e chá encontrados no Brasil.

A cerveja premium Sapporo, fabricada pela Sleeman Brewing & Malting CO, existe desde 1876, quando foi fabricada pela primeira vez no Japão. Vendida em em-balagens de 355ml e de 650ml, tem 4,9% de teor alcoólico. Com exuberante aroma de lúpulo, a cerveja tem gosto único, sabor refrescante e amargor refinado. Sapporo é um favorito entre os amantes da cerveja.

A Faxe Royal Export, da cervejaria dina-marquesa Faxe, tem 5,6% de teor alcoólico e vem em latas de 1000ml e 500ml. É um clássico com combinação dos melhores malte, lúpulo e própria fonte natural de água, deixando a cerveja encorpada, mas ao mesmo tempo, com sabor agradavelmente leve. É a cerveja de luxo que mais cresce no mercado dinamarquês. A marca possui ainda Faxe Premium, de 500ml e 5% de álcool; Faxe 500ml com 10% de álcool; Faxe Amber e Faxe Royal Red de 500ml com 5% de teor alcoólico; Faxe Stout, de 300ml e 7,7% de teor alcoólico; e Faxe Free, de 330ml com 0% de álcool. A marca é vendida em mais de 16 países.

A cerveja francesa Belzebuth é produ-zida pela Brasserie Grain D’Orge. Em embalagem de 500ml e com 11,8% de teor alcoólico, a cerveja é clara e extra forte. Feita desde 1898, possui água, malte de cevada, arroz, trigo e açúcar.

Conhecidíssima e muito apreciada no Brasil, a Bavaria 8.6, com 7,9 de teor alcoólico, tem origem holandesa e é comer-cializada em embalagem de 500ml. É feita com água mineral, malte de cevada e trigo de lúpulo. É produzida e envasada pela Bavaria Brewery. Além da original, há ainda a Gold e a Red Rediscover.

02

03

O suco de lichia com pedaços de coco é uma bebida sem álcool de origem taiwanês fabricada pela King Lucky Food. A bebida vem pronta para beber em embalagem de 315ml. Com cubos de gelo, a bebida fica ainda mais refrescante para ser consumida no verão. Possui 123 calorias em uma porção de 200ml.

Na China também há bebidas enlatadas. É o caso do chá de ervas Wong Lo Kat em embalagem de 310ml. É tipo um mate leão bem doce e pode ser encontrado nas lojas e restaurantes do bairro Liberdade (SP) com facilidade. É uma boa opção para quem gosta de tomar chá gelado. Em uma porção de 100ml, possui 42 calorias, 10,5 gramas de carboidrato e 0,06 de proteína.

01 05

Fotos: Press à Porter

06

01

05

02

04

03

06

04

Page 5: Um novo formato para a lata de tinta

9REVISTA ABEAÇO |8 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

A LATA DE AÇO É MUITO PROCURADA NO NORDESTE POR SUPORTAR OS DESLOCAMENTOS EM ESTRADAS. O ÍNDICE DE AVARIAS É O MENOR SE COMPARADO A OUTROS TIPOS DE EMBALAGENS.

O Guaraná Jesus foi criado em 1927, num pequeno la-boratório em São Luís, pelo farmacêutico Jesus Norberto Go-mes, e acabou virando um dos símbolos culturais do Maranhão. O primeiro Guaraná Jesus, que possuía leve sabor amargo, não agradou à maioria dos degustadores. Obstinado, o farmacêuti-co continuou as experiências logo chegando à fórmula da Kola Guaraná Jesus, muito bem aceita pela cor rosa e pelo sabor. Em 1980, a família de Jesus vendeu a marca à Companhia Mara-nhense de Refrigerantes e, em 2001, a marca passou a fazer parte do portfólio de produtos da Coca-Cola.

Em 2008, Renosa e Coca-Cola dedicaram-se a um es-tudo sobre o Guaraná Jesus, que resultou na renovação da iden-tidade visual da marca e embalagens do produto por meio de uma campanha que contou com a participação da população.

Guaraná do Maranhão em lata de aço

As latas de aço são muito usadas como embalagens promocionais para dar um charme a mais aos produtos. O Guaraná Cruzeiro, por exemplo, lançou lata com imagens vintage para comemorar 65 anos da marca de refrigerante. O guaraná nasceu em Leme, interior de São Pau-lo. A lata vem com nove unidades do guaraná de 300ml e pode ser usada para guardar várias outras coisas, além, claro, de servir como objeto de decoração. É uma ótima opção de presente!

A Maison Veuve Clicquot, tradicional fabricante francesa de champagne, lançou em-balagem em forma de lata de sardinha para seu Brut. O formato foi inspirado no brasão da fa-

Latas promocionais para bebidas

A LATA DE AÇO, POR SUA CAPACIDADE DE ISOLAR, PRINCIPALMENTE O CONTATO DO PRODUTO COM A LUZ E O OXIGÊNIO, TORNA A EMBALAGEM IDEAL PARA ALIMENTOS E BEBIDAS DE LONGA VIDA DE PRATELEIRA.

mília Clicquot-Ponsardin e na brincadeira que o pai da viúva Clicquot fazia com o sobrenome da família, já que “sardine” significa sardinha.

A famosa Möet Chandon também inves-te em arte e design para chegar ao consumidor em edições especiais, dentro de embalagens de aço em formatos variados e inusitados. A lata ajuda a dar ainda mais nobreza a algo que todos já sabem que é especial. As Chill Box de aço reluzente, nas op-ções de cor rosa ou dourado, acondicionam o Brut Rosé e o Brut Impérial da casa. Dentro da lata, por conta de uma proteção térmica especial, o cham-pagne gelado se mantém na temperatura certa por duas horas, segundo os experts, entre 5° a 7°C.

O modelo vencedor foi inspirado nos azulejos coloniais por-tugueses de São Luís e foi premiado pela melhor estratégia de marketing no Prêmio Internacional de Excelência em Design.

Em 2011, atendendo a uma demanda crescente dos con-sumidores por produtos sem açúcar, a Renosa e a Coca-Cola trouxeram uma novidade para os apreciadores do Guaraná Je-sus: o Guaraná Jesus Zero Caloria. A nova versão preserva o sabor tradicional e autêntico do produto, com traços de cravo e canela, porém sem adição de açúcar.

Ambas as versões são vendidas em lata de aço. “O fator determinante para que as latas do Guaraná Je-sus sejam de aço se deve a uma questão de suprimentos, respeitando a cadeia de abastecimento de nossos insumos. Contamos com uma fabricante de latas de aço na região Nordeste”, diz Rodolfo Nunes, diretor industrial da Solar BR. “O guaraná é produzido no Maranhão e distribuído pela Solar para o próprio estado do Maranhão e norte do Tocantins. Eventualmente encontramos em outros estados, levados por apreciadores do produto”, completa Nunes.

Page 6: Um novo formato para a lata de tinta

Volume de reciclagem

A Cooperativa Vira Lata recebe material reciclável de condomínios e comércios da Zona Oeste de São Paulo. O material é recolhido por meio de caminhões da prefei-tura e de parceiros.

Hoje o volume de material recebido pela Cooperativa Vira Lata varia conforme o dia, mas gira em torno de 200 toneladas por mês, contabilizando todos os materiais. A quantidade de aço chega a 25 toneladas, sendo duas delas de embalagens de aço.

De acordo com Sunamita Bianca de Souza Muniz, presidente da cooperativa, o pico de coleta é nos meses de novembro, dezembro e janeiro, quando a Vira Lata chega a receber até 32 toneladas de aço, sendo 5 toneladas de embalagens. “Temos um au-mento de 10% a 15% no período, pois muitas pessoas usam alimentos enlatados para fazer as ceias de final de ano e nas férias”, ressalta Sunamita.

10 | REVISTA ABEAÇO 11REVISTA ABEAÇO |

Meio ambiente

Você Sabia?Toda a embalagem de aço possui imagem de um imã

na parte inferior para ajudar o consumidor a

identificar que a lata é de aço. Este símbolo é usado

no mundo todo.

Washington Bezerra de Bar-ros sai de casa às 5h30 da manhã para trabalhar. Já Maura Nunes da Silva demo-ra menos de 20 minutos a pé e Willians Lopes Moreira gasta 10 minutos de car-ro. São pessoas diferentes, com histórias de vida distintas, mas que têm o mesmo orgulho ao dizer que contribuem para preservar o meio ambiente. Washington, Maura e Willians são colaboradores da Cooperativa Vira Lata, sediada no Butan-tã, região Oeste de São Paulo. No total são mais de 60 cooperados e colaboradores que separam diariamente o lixo recolhido em condomínios e casas da Zona Oeste

por sete caminhões, sendo quatro deles da prefeitura. O material também é enviado por empresas parceiras, como a Porto Se-guro, Editora Globo e a USP (Universidade de São Paulo).

Maura, que mora com dois filhos de 10 e 16 anos e trabalha há um ano na cooperativa, compreende bem seu papel no processo de reciclagem, que acredita ser fundamental para a sociedade. “Esta-mos recolhendo aqui coisas que iriam pre-judicar o meio ambiente. Nosso trabalho é importante para preservar o planeta”, res-salta a cooperada. Ela trocou o trabalho

de diarista pela cooperativa e afirma que está con-tente com a escolha, pois consegue dar um maior conforto à família. “Aqui consigo ganhar mais do que ganhava quando estava em casa de família”, explica Maura.

Solteiro, Washington vive sozinho em uma casa no Jardim Eliana, Zona Leste de São Paulo. “Washington é pau para toda obra e trabalha em todas as áreas da cooperativa”, elogia Wilson San-tos Pereira, responsável pela área de projetos da Vira Lata. “Ele nunca chega atrasado. Podemos sempre contar com seu trabalho”, ressalta Pereira. Toda essa dedicação se traduz em retorno financeiro: o coope-rado recebe em média R$ 1.200,00 reais por mês. Além disso, Washington é extremamente satisfeito

Lixo que gera rendaLixo que gera renda

Toda a história começou em 1998, a partir do tema da Campanha da Fraternidade daquele ano. O assunto remetia à questão do desemprego. Debatendo o assunto na comunidade da Igreja Divino Mestre da Diocese, de Osasco, chegou-se a conclusão que a reciclagem era uma forma de beneficiar várias pessoas e ainda preservar o meio ambiente.

Nascia o projeto Vira Lata. O então assessor parlamentar Wilson Santos Pereira e outros voluntários deram o pontapé inicial e começaram a recolher o lixo e levar para o salão da igreja, onde era feita a triagem. O material era vendido e toda a renda

Como tudo começou obtida era usada para pagamento dos primeiros funcionários da Vira Lata. “Nossa missão era promover a in-clusão social e geração de trabalho e renda por meio da reciclagem. Nesse período tivemos o apoio incondicio-nal do padre Tião”, explica Pereira.

O projeto começou a expandir e, com um financiamento de um plano de economia solidária, foi possível comprar um carro. “Este veículo foi muito importante para otimizar nosso trabalho. Antes disso fazíamos as coletas de lixo em carros particu-lares”, ressalta Pereira.

No ano de 2001, o projeto Vira Lata evoluiu mais uma vez e transfor-

mou-se na Associação Vira Lata. O projeto passou a ter caráter jurídico, possibilitando fechar convênios de cole-ta em mais regiões da cidade.

A Petrobrás entrou no circuito em 2004 e com esta parceria foi possível comprar equipamentos que possibilitaram a Vira Lata prensar todo o lixo triado e vender diretamente para as indústrias que usam o material reciclável em seu processo de fabri-cação, sem a necessidade de intermediários.

Para ter espaço suficiente para a utiliza-ção das novas máquinas, a cooperativa passou por galpões da prefeitura nos bairros de Pinheiros e Vila Leopoldina, até ter sua sede própria no bairro do Butantã desde 2011.

Page 7: Um novo formato para a lata de tinta

Todo o aço triado pela Cooperativa Vira Lata é comprado pela Gerdau, que usa a sucata na fabricação de novo aço, usado na construção civil.

De acordo com Elida Larissa Antonini Gaia, analista adminis-trativa da Gerdau, a parceria com a cooperativa começou em 2008 e faz parte do projeto de Responsabilida-de Social Empresarial, desenvolvido em parceria com o Instituto Gerdau. “Procuramos estreitar o relaciona-mento com a cadeia de fornecedores. Dessa forma o projeto auxilia no fortalecimento da organização em todo seu processo: produção, gestão e

Compra garantida

comercialização, incentivando a venda direta para a indústria, promovendo inclusive o aumento da renda e em-preendedorismo”, explica Elida.

A Gerdau é a maior recicladora da América Latina e transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço, contribuindo para a preservação do meio ambiente e a diminuição da quantidade de material depositado em aterros e lo-cais inadequados. Ao utilizar sucata ferrosa em seu processo produtivo, também reduz o uso de energia no processo de produção de aço e as emissões de CO2.

Por ser 100% reciclável e voltar infinitas vezes para a cadeia de produção, o aço é o material mais reciclado do mundo. A reciclagem mundial de ferrosos é de 385 milhões de toneladas por ano. Se dividirmos ainda mais estes dados chegamos a um milhão de toneladas por dia, 44 mil por hora, ou 12 toneladas por segundo.

Material mais reciclado do mundo

12 | REVISTA ABEAÇO 13REVISTA ABEAÇO |

Meio ambiente

Fotos: Divulgação

com o trabalho, pois acredita que está contribuindo para me-lhorar o planeta. “Nós pegamos o lixo que as pessoas jogariam na rua. Isso é muito bom para o meio ambiente”, explica ele.

Willians, que é casado e tem um filho de 10 anos, também enxerga seu valor dentro do ciclo de reciclagem da Vira Lata. Ele é motorista e faz coleta de lixo de condomí-nios e empresas em toda a região Oeste de São Paulo. Por dia, faz duas viagens e visita cerca de 5 a 6 condomínios e empresas. “O que fazemos aqui é muito pouco, mas fa-zemos nossa parte pelo meio ambiente. Acho que outras pessoas deveriam ajudar mais”, afirma Moreira.

Washington, Maura e Willians cumprem um papel essencial. Mas o trabalho da Vira Lata não seria possível sem a participação da outra ponta da cadeia: o cidadão. Fe-lizmente cada vez mais pessoas já se conscientizaram da importância da coleta seletiva e replicam seu exemplo entre a família e amigos. É o caso de Elaine Nascimento, autôno-ma e consultora de assuntos relacionados à Anvisa.

Há mais de cinco anos ela separa o lixo reciclável de material orgânico (restos de comida), lava as embalagens e armazena por uma semana até o caminhão da prefeitura re-colher às sextas-feiras. “Depois que comecei a trabalhar por conta própria percebi que jogava fora muito lixo reciclável todos os dias. Comecei a buscar na internet como fazer pra reciclar e entrei em contato com a prefeitura. Eles me enca-minharam para uma empresa que faz coleta”, conta Elaine.

Rede Paulista de ComercializaçãoSolidária de Materiais Recicláveis

A Cooperativa Vira Lata é uma das 10 idealizadoras da Rede Paulista de Comerciali-zação Solidária de Materiais Recicláveis. Com o patrocínio da Petrobrás e apoio da Prefeitura de São Paulo, a rede atua na melhoria das condições de vida e de trabalho dos catadores.

A Rede Paulista tem como principal ob-jetivo o fortalecimento da atividade de coleta, triagem e comercialização de material reciclá-vel das cooperativas. Outra ação importante da rede é a divulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “Acreditamos que a PNRS é a melhor alternativa para a questão da destinação dos resíduos”, explica Wilson Santos Pereira, responsável pela área de projetos da Cooperativa Vira Lata.

Wilson Pereira

Maura Nunes da Silva

Washington Bezerra de Barros

Page 8: Um novo formato para a lata de tinta

14 | REVISTA ABEAÇO 15REVISTA ABEAÇO |

Alimento rico em proteínas, a soja tem se tornado há algum tempo uma solução saudável, prática e saborosa para os vegetarianos e veganos garantirem a reco-mendação diária do Ministério da Saúde de consumo de proteínas na alimentação. Essa parcela da população não consome produtos de origem animal e precisa bus-car outras fontes de aminoácidos essen-ciais para o funcionamento do corpo em alimentos vegetais, como a soja.

A nutricionista Gabriela Sicilia-no explica que, além de conter alto índice proteico, este super grão é rico em minerais como cálcio, zinco, fósforo, potássio e vita-minas do complexo B. “Um dos principais benefícios da soja é auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer, oste-oporose e diabetes”, comenta.

Segundo a Anvisa (Agência Na-cional de Vigilância Sanitária), o alimento pode ser consumido diariamente e a reco-mendação é de 25g de proteína de soja por dia, o que equivale a 50g do grão. “Essa quantidade é suficiente para ajudar na re-dução do colesterol LDL se associado a hábitos de vida saudáveis”, conta Gabriela. Melhor ainda, a soja contém fitoestróge-nos e isoflavonas que auxiliam a retardar o envelhecimento do corpo. Por isso, o grão é considerado um alimento funcional.

Mas não são apenas os vegetaria-nos que estão cada vez mais preocupados com a alimentação e com o que conso-mem diariamente. A preocupação com a

saúde e nutrição saudável movimenta um nicho de mercado relevante no segmen-to de alimentação no Brasil que cresce a cada dia. “Em algumas regiões, esse au-mento chega a mais de dois dígitos por ano e acaba incentivando as indústrias a desenvolverem novos produtos”, aponta Cristina Ferreira, gerente industrial da Superbom, empresa inovadora que fabri-ca alimentos enlatados à base de soja.

De acordo com Cristina, no Bra-sil o segmento de produtos saudáveis vem crescendo na média de 15% a 20% ao ano. “Esses números são ainda maiores em lugares onde campanhas de alimentação saudável são mais divulgadas para a popu-lação”, comenta.

Para aproveitar essa oportunida-de de mercado, a Superbom, que já tinha alguns produtos da linha pré-cozida Soy Good, como o bife, salsicha e carne mo-ída vegetal, ampliou o portfólio com no-vas opções de pratos prontos vegetarianos envasados em latas de aço. Os produtos são voltados para um público vegetariano, vegano, naturalista e também para os con-sumidores que querem apenas substituir a proteína animal algumas vezes na sema-na. “O lançamento oficial do medalhão de soja ao molho madeira, molho bolonhesa vegetariano e almôndega vegetariana ao sugo foi em 2010, mas fizemos algumas alterações em 2012 para melhorar o sabor e textura dos produtos”, explica Cristina. Segundo a executiva, essa mudança es-tratégica foi responsável por uma maior aceitação do público. “Nossas vendas es-tão crescendo mês a mês”, aponta.

ALÉM DE SER RICA EM PROTEÍNAS, UM DOS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA SOJA É AUXILIAR NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS COMO CÂNCER, OSTEOPOROSE E DIABETES.

Saúde e gastronomia

Fotos: Divulgação

Proteína enlatada

Mercado em expansão

Page 9: Um novo formato para a lata de tinta

A grande vantagem dos produtos à base de soja da Superbom é a praticidade. Eles já vêm prontos, embalados em latas de aço, e não têm adição de conservantes químicos. “Resolvi comprar o medalhão vegetariano ao molho madeira e o molho bolonhesa vegetariano enlatados para ex-perimentar”, conta Priscila Darré, fotógra-fa, designer e autora do blog Culinarístico (www.culinaristico.com.br). Vegetariana desde 2005, Priscila explica que consome alimentos com soja em média uma ou duas vezes por mês e está sempre procurando novidades no segmento para testar em re-ceitas caseiras.

As experiências e testes que Pris-cila faz com alimentos são publicados no blog que ela escreve desde 2011. A blo-gueira conta que já fez várias receitas com os enlatados da Superbom. “Gosto muito da salsicha vegetal, que tem uma textura boa e consigo cozinhar com temperos e molhos diferentes sem que ela se desman-che. O bife também é superprático. Posso empaná-lo com temperos para fazer coisas diferentes na cozinha”, descreve.

Além da Superbom, outras em-presas também apostam no segmento de alimentos à base de soja. A Josapar, uma das maiores indústrias de alimentos do País, lançou, em 1998, a linha SupraSoy, um alimento em pó à base de proteína iso-lada de soja, enriquecido com vitaminas e minerais essenciais para a saúde.

16 | REVISTA ABEAÇO 17REVISTA ABEAÇO |

Saúde e gastronomia

ENVASAR A SOJA EM LATAS DE AÇO TRAZ SEGURANÇA E PRATICIDADE PARA OS CONSUMIDORES PELA INVIOLABILIDADE DA EMBALAGEM.

Enroladinho de salsicha

Ingredientes

Massa:

250g de farinha integral

100g de farinha de trigo branca

10g de fermento biológico seco (1 pacote)

1 colher de chá de sal

250ml de água

1 ovo

3 colheres de sopa de azeite extra virgem

Molho para salsicha:

1 cebola média (fatiada)

500g de salsicha de soja

2 colheres de sopa de azeite

1 cebola média fatiada

1 pacote molho de tomate

pimenta moída na hora (a gosto)

salsinha (a gosto)

cebolinha (a gosto)

½ copo americano de água

Instruções

Molho para salsicha

- Corte as salsichas ao meio.

- Refogue a cebola fatiada no azeite por aproximadamente 3 mi-nutos. Acrescente a salsicha e os temperos. Frite por uns 2 minutos, mexendo bem. Coloque o molho e a água. Deixe cozinhar em fogo baixo por mais ou menos 15 minutos. Mexa sempre para não grudar.

De acordo com o site da em-presa, todos os produtos do portfólio podem ser consumidos como bebida, acrescentando água, ou utilizados no preparo de receitas doces e salgadas. Entre os alimentos disponíveis no portfólio da SupraSoy destacam-se o Original Sem Lactose, nos sabores chocolate, banana, iogurte e com fi-bras, e Original Sem Lactose Light, todos envasados em latas de aço com 300g de produto.

A escolha por embalar o pro-duto em latas de aço está diretamen-te ligada ao fato do aço garantir uma completa inviolabilidade da emba-lagem. Segundo a gerente da Super-bom, envasar este tipo de alimento em latas de aço traz segurança e pratici-dade para seus consumidores. “Produ-zimos alimentos saudáveis, com alto teor nutricional e sem nenhum tipo de aditivo químico para conservação. Isso seria impraticável sem as emba-lagens de aço, já que a lata permite a autoclavação do produto, ou seja, o produto é esterilizado em um equipa-mento totalmente controlado”, deta-lha Cristina.

O sucesso de hoje e as pers-pectivas de crescimento deste nicho já ditaram os planos da empresa para os próximos anos. “Queremos incluir pelo menos seis novos produtos na li-nha Soy Good, que estão em processo de desenvolvimento. Hoje, no Brasil, já são quase 17 milhões de vegetaria-nos, portanto temos um ótimo merca-do”, finaliza a gerente da Superbom.

Foto: Divulgação

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Gabriela Siciliano, nutricionista

Massa:

- Em uma tigela, peneire as farinhas e o sal. Reserve.

- Em outra tigela, misture bem o leite, o ovo e o azei-te. Acrescente aos poucos os ingredientes molhados aos secos. Em seguida, despeje sobre uma superfície lisa e limpa e amasse bem com as mãos. Se for necessário, acrescente gradualmente mais farinha. O ponto da massa é quando desgrudar das mãos.

- Unte e enfarinhe uma assadeira média. Preaqueça o forno a 200°C graus.

- Abra a massa com um rolo, corte em tiras de mais ou menos 4cm X 10cm. Acomode apenas a salsicha, sem o molho, na ponta da fatia e enrole-a com a massa. Faça o mesmo com toda a massa e vá colocando na assadeira.

- Asse por aproximadamente 25 minutos ou até que f iquem levemente dourados. Sirva morno ou frio.

Produtos protegidos pelo aço

Dica de blogueira

por Priscila Darré

Page 10: Um novo formato para a lata de tinta

18 | REVISTA ABEAÇO 19REVISTA ABEAÇO |

Institucional

ABEAÇO DE CASA NOVA

ASSOCIAÇÃO MUDA PARA SEDE PRÓPRIA E GANHA FÔLEGO PARA CONQUISTAR CADA VEZ MAIS OS OBJETIVOS TRAÇADOS

Ainda em ritmo de comemoração de seus 10 anos de exis-tência, a ABEAÇO festeja mais uma conquista: a sede própria. Locali-zada no bairro Bela Vista, em São Paulo, a sede possui 40m² e funciona como escritório base da associação, que reúne empresas do setor e soma esforços para fomentar pesquisas, desenvolver campanhas de esclareci-mento, participar de eventos e divulgar as características das latas de aço.

Segundo Thaís Fagury, gerente executiva da ABEAÇO, a prin-cipal vantagem da nova localização é o fato de o prédio estar numa região central. “Aqui estamos muito próximos à entidades parceiras, como Fiesp e Siniem, o que facilita o trabalho diário”, aponta.

A conquista do espaço físico simboliza o sucesso da entidade, que acumula inúmeros projetos bem-sucedidos na conscientização da sociedade sobre as vantagens da lata de aço. “O mais gratificante é o sentimento de evolução que temos com este novo endereço. Além de todas as outras conquistas que acumulamos nestes 10 anos de ABEA-ÇO, finalmente ter um espaço só nosso personifica nosso crescimento e evolução constante”, explica Thaís.

E foram mesmo muitas conquistas nesses 10 anos, todas concretizadas na sede anterior! “Durante o tempo que passamos no endereço antigo conseguimos fechar várias parcerias e projetos”, lembra a executiva.

Além da proximidade com alguns par-ceiros, como a ABRAFATI, na sede anterior foi implementado o programa de educação ambiental, conquistadas importantes parcerias com indústrias envasadoras e realizadas diver-sas campanhas de conscientização. “Também criamos o prêmio do setor, que já acumula duas edições de sucesso. São tantos acontecimentos que foram concretizados lá e tantas as pesso-as que estavam conosco e acompanharam o crescimento e amadurecimento da Associação.

Esperamos que a nova sede nos traga muitos outros projetos e parcerias para continuar-mos o trabalho de fortalecimento das emba-lagens de aço”, comenta Thaís.

O primeiro grande passo da associação na nova sede, inclusive, já foi dado com a inau-guração do primeiro Centro Prolata de Reci-clagem no dia 29 de outubro em São Paulo.

“Nosso foco agora é trabalhar para conquistar cada vez mais os objetivos traça-dos. A inauguração do centro Prolata de Re-ciclagem foi o primeiro de muitos passos que serão tomados nesse sentido”, conta Thaís. O bom é que a nova sede da ABEAÇO revigo-ra as energias para conquistar cada vez mais espaço na conscientização da sociedade so-bre as vantagens da lata de aço.

A CONQUISTA DO ESPAÇO FÍSICO PRÓPRIO SIMBOLIZA O SUCESSO DA ENTIDADE, QUE ACUMULA INÚMEROS PROJETOS BEM-SUCEDIDOS.

Conquistas

Page 11: Um novo formato para a lata de tinta

20 | REVISTA ABEAÇO

Institucional

Inauguração Prolata

Foto

s: B

aral

e

O Centro Modelo de Reciclagem Prolata, inaugurado no final de outubro, movimentou o bairro Vila Mangalot, na Zona Norte de São Paulo.

No dia 28 de outubro, a Prolata convidou os moradores da região para conhecer as instalações. A comunidade aprendeu como limpar e armazenar as latinhas para levar ao Prolata. “Tivemos um retorno muito positivo da comunidade. O Centro Modelo Prolata será um facilitador para o processo de reci-clagem”, explica Thais, que também é gerente execu-tiva da Prolata.

A inauguração oficial aconteceu no dia se-guinte, com cerca de 100 convidados. Neste dia, a agenda estava movimentada: a Prolata foi divulgada

em entrevistas para os jornais SPTV 1ª Edi-ção (Globo) e RIT TV Notícias (RIT). As matérias apresentaram aos telespectadores de São Paulo o funcionamento da Prolata, com direito a demonstração de prensagem das la-tas. A repercussão continuou com entrevistas para as rádios Capital, Band News e SulAmé-rica Trânsito.

Em pleno funcionamento, o Centro de Reciclagem Prolata tem capacidade de re-ceber 2 mil toneladas de embalagens de aço por mês. O centro é o primeiro do Brasil a trabalhar formalmente dentro das normas da PNRS - Política Nacional de Resíduos Sóli-dos. “A ideia da Prolata Reciclagem é cons-cientizar a população sobre reciclagem de embalagens de aço pós-consumo, estimular a coleta e descarte seletivo”, explica José Maria Granço, presidente da Prolata.

O Centro Prolata de Reciclagem ocupa uma área de 500m² na Zona Norte de São Paulo. A unidade é equipada com balan-ça eletrônica, empilhadeira, caçamba e prensa hidráulica de alta capacidade.

Toda a sucata entregue na Prolata será remunerada. As pessoas físicas serão cadastradas com o número do CPF e, por meio de software específico, irão acumulan-do pontos de acordo com a quantidade (kg) descartada. Os pontos somados poderão ser trocados por quantia em dinheiro, que po-derá ser utilizada para uso próprio ou doada, ou por cursos, que serão ministrados dentro do centro. Cooperativas e catadores também serão credenciados para serem remunerados pela entrega da lata de aço.

21REVISTA ABEAÇO |

Fachada da Prolata, localizada no bairro da Vila Mangalot, zona norte de São Paulo.

Mais de 100 convidados participaram da inaguração

Gisele Bonfim, da ABRAFATI; Thais Fagury, da ABEAÇO; José Maria Granço, Presidente da Prolata; Maria Rita Demitró, da Abrafati

A Prolata é equipada com prensa hidráulicaMaria Rita Demitró, da ABRAFATI, e as crianças da Vila Mangalot

Page 12: Um novo formato para a lata de tinta

23REVISTA ABEAÇO |22 | REVISTA ABEAÇO

Inovação e Tecnologia

Um novo formato para a lata de tinta

Hoje o mercado de tintas represen-ta 37% do total de embalagens de aço produzidas no Brasil. Esse número equivale a quase 200 mil toneladas de aço destinadas ao segmento, segun-do dados da ABEAÇO. De acordo com matéria publicada na edição 283 da revista Embanews, o Brasil, que cresce em inovação e tecnologia a cada ano, está entre os cinco maiores mercados mundiais do setor. O cenário contemplado mostra o destaque conquistado pela embalagem de aço como uma das melhores opções para o envase de tinta e explica o investimento em pesquisa, criação e desenvolvi-mento por parte das fabricantes, empenhadas em oferecer latas de aço exclusivas e diferenciadas para agregar valor ao produto.

Um case a ser citado é o da Cerviflan. Com 36 anos de história, a fabricante de em-balagens metálicas sempre primou pela excelên-cia em tudo o que se refere a latas de aço, desde inovações em processos a melhorias em logís-tica. Uma das últimas novidades exclusivas da empresa, que vem trazendo resultados, é a lata retangular para o envase de tinta. O formato alia modernidade ao conceito de conveniência. Em um mercado dominado pelos galões cilíndricos e latões quadrados, a empresa enxergou que um novo modelo também poderia fazer a diferença. O formato da embalagem mudou, mas o mate-rial continuou sendo o aço.

O design diferenciado da lata retangular facilita a vida dos consumidores, lojistas e principalmente o tra-balho dos pintores oferecendo muito mais praticidade e conforto. Por conta do formato retangular, a embalagem passa a atuar como a própria bandeja de aplicação, ou “caçamba”, onde é possível colocar o rolo direto na lata para a pintura. No caso das latas de formatos tradicio-nais como o redondo e o quadrado é necessário despejar a tinta em outro recipiente, pois o rolo não passa pela abertura de forma adequada e conveniente.

A tampa retangular pode ser utilizada como bandeja para retirar o excesso de tinta e a alça serve tanto para transportar a embalagem quanto para pen-durá-la na escada, conforme a altura ou local da pin-tura. Além disso, foi realizado um estudo ergonômico para garantir o perfeito equilíbrio entre a relação peso e transporte da embalagem.

Em 2012, a novidade da companhia levou pri-meiro lugar no 2º Prêmio de Embalagens de Aço, reali-zado pela ABEAÇO, na categoria de inovação de latas para tintas e entrou no mercado com a lata retangular Interlight de 7,2 litros, da indústria de Tintas Indutil.

“O formato retangular ajuda na hora da pin-tura, pois o pintor pode usar a embalagem como ca-çamba. Já os formatos tradicionais exigem o despejo da tinta em uma bandeja que precisamos comprar à par-te”, explica Givanildo Aparecido de Araujo, vendedor da loja Wisa Cor Tintas, localizada na Vila Madalena.

O vendedor ainda cita outras vantagens como o custo benefício pela litragem, que costuma ser o do-bro das outras embalagens (já que equivale a dois ga-lões) e a preços menores, e diz que o tamanho é ideal para manusear manualmente, pois é mais fácil carregar uma embalagem maior do que duas embalagens me-nores em cada mão.

Na concepção de Raimundo Alves Cruz, pin-tor há 45 anos, além de agilizar o trabalho, o novo for-mato contribui na hora de mexer a mistura e o aço, como material, facilita a diluição na embalagem. “As

Shape de sucesso traz conforto e economia

Outra novidade em lata de aço que chegou ao mer-cado para facilitar o manuseio dos usuários é a lata aerossol expandida da fabricante Brasilata. A embalagem conta com dois diâmetros: 57mm na parte superior e 65mm na parte in-ferior, disponível em três alturas. O formato proporciona mais conforto e segurança no manuseio, especialmente nas embala-gens de maior volume. A altura de 90mm na parte superior foi definida exatamente para facilitar a pegada.

A embalagem inédita, que tem seu desenho industrial patenteado, é fornecida pela Brasilata para a AP Winner, indústria membro do Würth Group, que envasa o lubrificante Rost Off. Com ação anticorrosiva e desengripante, o Rost Off é aplicado em parafusos, porcas, cadeados, dobradiças e diver-sas outras partes metálicas. O produto destina-se ao mercado profissional e de uso doméstico.

A produção da lata aerossol utiliza a tecnologia de ex-pansão “Strechting”, por meio de equipamento inédito Stretch Machine Flex®, desenvolvido por Máquinas Moreno (SP), fabricante brasileira especializada na fabricação de máquinas e equipamento para produção e envase de latas. A Stretch Machine Flex® produz até 150 latas por minuto e permite a troca rápida de tamanhos de latas.

Outra grande vantagem é o seu custo competitivo. O custo final do aerossol expandido (diâmetros 57 x 65) não é mais caro do que o aerossol convencional (diâmetro 65mm) devido ao menor uso de aço. Há menor consumo de folha de aço no corpo expandido e também no menor domo. Esta solução também proporciona economia decorrente do uso de sobretampa plástica menor (57mm).

Atualmente, 600 mil toneladas de aço para embala-gem produzem 25 bilhões de embalagens de aço e componentes de embalagens como tampas. Anual-mente são consumidas 8 bilhões de latas de aço e o segmento de tintas está entre as três principais do mercado, acompanhado pelo segmento alimentício e de produtos químicos.

Principais mercados da lata de aço

Foto: Arquivo ABEAÇO

Page 13: Um novo formato para a lata de tinta

25REVISTA ABEAÇO |24 | REVISTA ABEAÇO

Inovação e Tecnologia

Vejam o que os profissionais e consumidores responderam sobre o que eles acrescentariam, mudariam ou desenvolveriam nas embalagens metálicas.

“Todas as embalagens para tintas deveriam conter medidor, uma espécie de régua que indica quantidade ideal de água necessária para diluir a cada quantidade de tinta na lateral da lata. Esse atributo, no lugar de números e textos explicativos, facilitaria muito para o consumidor. Outra característica im-prescindível é a abertura fácil. A tampa de todas as embalagens deveriam ser práticas para não ser neces-sário furar a lata e poder reutilizá-la após o consumo. Uma boa embalagem é aquela que oferece resistência

e praticidade”, Givanildo Aparecido de Araujo, ven-dedor da loja Wisa Cor Tintas

“As alças das embalagens poderiam vir com proteção para não machucar a mão. Muitas vezes pre-cisamos carregar a tinta até a casa a ser pintada e, por ser pesada, criamos calos e precisamos ficar trocando de mão até chegar ao local. As vezes também improvisamos colocando papelão ou algum outro material para aliviar”, João Leite dos Santos, pintor há 34 anos

“Nas embalagens menores sugiro alças mais largas para que não machuque nossas mãos. Em em-balagens de 18L sugiro duas alças laterais grossas e anatômicas para que se possa carregar a lata sem pre-judicar a coluna (quando se está só) ou em dois, um de cada lado (em dupla). Com relação ao transporte, o

ideal para embalagens altas e grandes seria uma espé-cie de carrinho acoplado que pudesse ser reutilizado pelo cliente. Para as pequenas, um suporte resistente que pudesse agregar duas latas seria muito bom”, Ca-mila Antunes, bacharel em Letras

Na área de impressão de embalagens de aço para tinta, quem se destaca é a Litografia Valença, que apresenta latas com litografias 3D e Texturizada. A novidade representa uma inovação no segmento e faz com que a versão tradicional ceda lugar para os efeitos especiais. Os atributos agregam um diferencial a mais aos produtos e chamam a atenção dos consumidores

nas gôndolas, destacando-os e trazendo resultados para as marcas.

Segundo Mauricio M. Brasil, diretor-pre-sidente da Valença, as impressões 3D e Texturizada saíram do plano protótipo e passaram a ser um suces-so no mercado, principalmente com a recém parceria firmada com a Basf nos produtos TEXTURATO. Essa tecnologia exclusiva da Valença cria o efeito ho-lográfico e táctil na embalagem metálica, enriquece e embeleza o produto.

“As vantagens tornam as embalagens mais atrativas para o consumidor. Por exemplo, conseguimos nos rótulos TEXTURATO da Basf retratar a finalida-de do produto na impressão da lata”, completa Brasil.

embalagens retangulares geralmente são maiores, pois ofe-recem o dobro de tinta do que as demais, permitindo espaço para movimento na hora de mexer a mistura. Por ser de aço ela não enferruja, é resistente e mais fácil de diluir, pois o material permanece liso. Já o plástico risca e cria atrito, difi-cultando a diluição”, comenta o pintor, que dá preferência às embalagens metálicas retangulares.

A marca de tintas imobiliárias Maxi-Cril, da Polí-meros do Brasil, empresa presente no mercado há mais de 30 anos, conta com as latas retangulares de 18 e 7,2 litros em seu portfólio ambas fornecidas pela Cerviflan. De acordo com Paulo Kharlakian, diretor da Maxi-Cril, a embalagem é inteligente e faz toda a diferença na hora da pintura.

“A lata retangular funciona como recipiente para ho-mogeneização e diluição da tinta nela mesma, pois o rolo de pintura cabe perfeitamente no espaço. A tampa ainda serve como bandeja para o escorrimento do rolo e, além disso, a embalagem pode ser colocada diretamente na escada, ajudando no transporte, manipu-lação e manuseio. Tem casos em que o pintor precisa deitar a lata e abrir sua lateral para poder imergir o rolo”, explica Kharlakian. O di-retor ainda afirma que as latas retangulares representam 80% do volume de venda da marca.

As embalagens metálicas oferecem valor agregado ao produto. E é isso que as marcas de tintas procuram. Para Filipe Colombo, diretor presidente da Anjo Tintas, as emba-lagens contribuem para o despertar de uma realidade. Antes a sua função era proteger o produto e oferecer conveniência ao cliente. Atualmente elas passaram a agregar serviços, tendo como base a promoção e informações mais claras. Com isso surge o conceito de produto ampliado, como design, cores, aparência, visibilidade, como por exemplo, colocar o contato do S.A.C. (Serviço de Atendimento ao Consumidor), infor-mações sobre toxicologia, formas de utilização do produto, entre outras.

“O mercado de fornecimento de embalagens sofreu uma revolução nos últimos anos, novos materiais, novas tecnolo-gias, novos acabamentos. Isso possibilitou às indústrias a explo-rarem cada vez mais esse canal de marketing, potencializando e agregando mais valor aos seus produtos”, finaliza Colombo.

Destaque na gôndola

Dicas de consumidores

Page 14: Um novo formato para a lata de tinta

27REVISTA ABEAÇO |

Empresas

26 | REVISTA ABEAÇO

Jeitinhomineiro em ação

Fundada em 1924, em Santos Dumont (MG), a Metalgráfica Palmira Ltda. produzia rótulos para caixas, garrafas e cartolinas. Com o desenvolvi-mento do mercado, a companhia passou a oferecer latas de aço para manteigas, biscoitos, doces etc. Nas décadas de 50 a 70, a empresa iniciou sua produção de embala-gens metálicas para produtos alimentícios e químicos e se destacou pelas inovações nas linhas de produção moder-nas. Hoje, além da matriz no interior de Minas Gerais, a fabricante conta com uma filial em Terezópolis (GO) e também produz latas para laticínios e promocionais, am-pliando seu portfólio e tornando-se referência no setor.

Uma das embalagens exclusivas da Metalgráfica Palmira para o segmento lácteo, por exemplo, é a tradi-cional lata arredondada para o queijo reino. O produto, inspirado no queijo Edam, da Holanda, foi introduzido no Brasil no período em que a corte portuguesa se estabe-leceu no país. Desde aquela época, o produto era comer-cializado em lata de aço para manter suas características

e propriedades nutricionais durante o longo percurso da travessia do Atlântico em porões de navios. Com o pas-sar do tempo, produtores brasileiros começaram a fabri-car o queijo para suprir a demanda pelos “queijos nobres portugueses” e foi assim que surgiu o nome Queijo do Reino, primeiro queijo curado industrializado do País.

“No Brasil, as latas para o queijo reino da Pal-mira foram desenvolvidas para enviá-los de Minas Ge-rais para o Nordeste. Como a viagem é longa e o queijo tem que ser curado para garantir seu sabor característi-co, foi desenvolvida uma lata hermeticamente fechada para que o queijo fosse maturando durante a viagem e ao mesmo tempo dando um sabor mais picante”, ex-plica Pedro Carlos Lopes Ladeira, diretor comercial da Palmira. Dentro da lata de aço fechada o queijo dura cerca de quatro meses, diferente dos queijos que vem em outras embalagens e que duram apenas entre 7 e 10 dias. Após abrir a lata, o queijo deve ser consumido em até 15 dias.

ExperiênciaPEDRO LADEIRA - PALMIRAPedro Carlos Lopes Ladeira, diretor comercial da Metalgráfica Palmira, trouxe mais informações e algumas curiosidades sobre a lata de aço para o queijo reino desenvolvida pela fabricante. Confira.

1) Qual foi a primeira embalagem adotada para o queijo reino?O queijo reino é comercializado tradicionalmente na lata de aço.

2) Qual é a importância do aço como material da embalagem?O aço é importante para a conservação do alimento. A lata é her-meticamente fechada e preserva todas as propriedades nutricio-nais do produto por longo tempo.

3) A lata para o queijo reino desenvolvida pela Palmira tem alguma exclusividade?Sim. Temos a lata patenteada e apresentada ao mercado como “Serve-Open” que pode ser levada à mesa do consumidor como espé-cie de recipiente de aço para conservar e servir o produto na mesa.

4) Quais são os formatos para a lata do queijo reino?A lata, que antes era tradicionalmente esférica, hoje conta com vá-rios tamanhos, diâmetros e formatos como o quadrado, retangular, redondo etc.

5) Como o consumidor deve consumir e conservar o queijo reino em casa?O consumidor deve conservá-lo na lata e fora da geladeira. O ideal é consumir o queijo até 15 dias após aberto.

6) A lata para o queijo reino conta com algum material além do aço?O plástico que envolve o queijo e o lacre que fecha a lata.

Fotos: Arquivo P

almira

Foto: Press a P

orter

Uma das empresas que adotaram a embalagem da fabricante para seu queijo reino foi a Quatá Alimentos. “A Quatá segue a tradição do Queijo Reino em lata de aço desde o início das atividades da em-presa, há 23 anos. Acreditamos que a embalagem valoriza o produto”, comenta Mauro Afanacio, gerente de marketing da Quatá.

A Vigor também conta com a lata para o queijo reino da marca Jong. Segundo Anna Napoli, diretora de marketing da Vigor, a van-tagem é sua resistência mecânica, excelente qualidade gráfica e valor agregado ao produto.

Anna ainda afirma que o queijo reino é comercializado durante o ano todo, porém, o consumo cresce principalmente em datas come-morativas como São João e Natal, já que o produto também pode ser oferecido como presente. “Com alto valor agregado, o queijo acaba se tornando um ritual importante nessas datas. Pode ser consumido como aperitivo, puro ou acompanhado de frutas”, completa.

Os consumidores também valorizam a tradição do produto na lata. Para o fotógrafo Thiago Faria, a embalagem mantém as característi-cas, frescor e textura do queijo. Sylvia Marzano, médica, também prefere o queijo na lata e acredita que assim ele seja melhor preservado. Além disso, ela aproveita a lata pós-consumo com criatividade. “Se a lata for redonda eu guardo frutas secas, amendoim etc. Fica interessante servir os amigos assim. Se for retangular, guardo qualquer coisa”, finaliza.

Page 15: Um novo formato para a lata de tinta