um norte para portugal

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TIAGO LOUREIRO VII CONGRESSO DISTRITAL DO PORTO 1 / 30

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Moção de Estratégia Global de Tiago Loureiro ao VII Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular.

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«Há uns recintos esculpidos no esquecimento onde moram as típicas figuras do Porto. Uma gente estraordinária a quem

o poder desagrada, que volta a cara quando o poder lhe passa à porta. É isto que me prende ao Porto. Este

sentimento de falta do consumo do poder que o Porto manifesta. Enquanto houver gente assim, o

mundo será suportável.»

AGUSTINA BESSA-LUÍS

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É com o sentimento de enorme satisfação e movido pela ânsia de me encontrar com as

melhores expectativas que o futuro promete que assumo o desafio de me propôr ao

VII Congresso Distrital da Juventude Popular como candidato a renovar o mandato de

Presidente da maior e melhor distrital da JP.

Quando, há dois anos, me foi confiada a liderança da Distrital do Porto, as ambições e o sentido

da responsabilidade eram enormes. Hoje, olhando para trás e percorrendo com o cuidado do

escrutínio rigoroso os últimos dois anos, creio termos estado à altura de ambos. O balanço do

trabalho feito é, globalmente, muito positivo, não deixando, ainda assim, de ser um trabalho

incompleto e com margem para melhorar. É por isso que o desafio é aliciante e motivador. É

por isso que me proponho continuar a enfrentá-lo.

Passados dois anos desde o último congresso, há uma realidade que não mudou: o distrito do

Porto mantêm-se a locomotiva que puxa a Juventude Popular para a linha da frente, seja pela

qualidade do trabalho e das ideias dos seus militantes, seja pela grandeza e pela imaginação

das suas concelhias. Num tempo em que os ideais e as convicções parecem ser, para muitos,

peça dispensável e incomodativa, e em que se vai preferindo ser mais pragmático e menos

programático, o distrito do Porto resiste e oferece à JP o melhor do debate político, da

produção ideológica e da qualidade das ideias.

Mas houve algo que mudou no último biénio de forma acentuada na JP do distrito do Porto. A

ebulição e o frenesim das concelhias do distrito do Porto impuseram-se de forma veemente,

oferecendo à JP uma profunda e rápida renovação geracional, com quadros dirigentes de

qualidade a ganharem protagonismo e a marcarem uma nova forma de fazer JP. Esta é uma

marca própria da JP deste distrito. E é por isso que a Distrital do Porto é a que está há mais

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tempo em actividade formal de forma ininterrupta no seio da Juventude Popular. E é esta

renovação que nos anima e que garante que existe futuro.

É também este um dos desafios mais aliciantes que constitui pilar essencial da minha

candidatura. Não sendo eu um rosto da nova vaga, proponho-me ser a ajuda para que os donos

das melhores expectativas que o futuro promete saibam cumpri-las.

Continuidade no programa e na acção política. Arrojo e novidade nos protagonistas. Este é o

lema para um novo tempo, um novo mandato, que nos exigirá desafios enormes mas

motivadores.

Vamos a isso! Para continuar a construir Um Norte para Portugal.

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o decorrer de 2014, a JP e o CDS multiplicaram os eventos dedicados a marcar o 40º

aniversário de ambas as instituições. Mais do que lembrar a efeméride e valorizar os

seus acontecimentos e, com isso, preservar a memória histórica sobre o nascimento das duas

organizações e difundir as ocorrências que contextualizaram o momento e que marcavam os

dias do país, a lembrança permanente do aniversário do CDS e da JP foram um convite à

reflexão sobre porque nascemos, de onde viemos e para que servimos.

A melhor forma de fazer essa reflexão, à boleia de quem conta os tempos de então, quer

porque os viveu, quer porque os estudou, é recuar quatro décadas e colocar-se no lugar dos

bravos que fundaram um partido de centro-direita num clima de terror para quem não fosse de

esquerda e uma organização partidária de juventude que ousava lutar contra os amanhãs que

cantam da revolução cultural soviética que inundava o país.

Olhando para a JP – ou, em bom rigor, a JC de então – porque terão aqueles jovens (que, por

serem jovens, estariam tão mais facilmente disponíveis para cair na tentação das ilusões do

romantismo revolucionário que enfeitam o socialismo) corrido o risco de desalinhar do novo

status quo que se criava? Seria só para serem do contra? Seria apenas por filiação afectiva ou

familiar? Seria por buscarem outros interesses numa participação política activa? Ou teria sido

até porque se enganaram na vocação?

Para quem conhece os tempos fundadores da JP e aproveitou os momentos que marcaram

2014 como ano de evocação do aniversário da organização, é fácil de perceber que nada das

possibilidades indicadas esteve na génese do nascimento da então Juventude Centrista. O

vento que movia a caravela que então começava a rasgar as ondas era outro: as ideias, as

convicções e a vontade indomável de lutar por elas.

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Ideias e convicções. Foram estas as pedras que deram início à empreitada que os nossos

antecessores iniciaram há 40 anos. Foram estas as motivações que deram origem à Juventude

Popular. Por isso, se hoje aqui estamos e se até hoje a JP não perdeu um lugar no espaço do

cabimento para existir, foi porque alguém, há quatro décadas, construiu uma entidade movida

a ideias e convicções.

Cada vez mais, o mundo da política feita nos partidos é encarada pela sociedade como um

conluio de interesse pouco claros, de intenções pouco honestas e de gente pouco qualificada.

Nos mais jovens, a ideia parece fazer caminho. Na verdade, ao contrário do que é comum dizer-

se, tanto que já se institucionalizou o cliché, os jovens não estão desinteressados da política.

Muitos estão, isso sim, desinteressados da política feita nos partidos e nas organizações como

a nossa. Não tenho dúvidas em dizer pedra de toque daqueles que iniciaram o caminho das

organizações partidárias há 40 anos está hoje, em muitos casos, desvirtuada das suas

componentes essenciais: as ideias e as convicções.

Talvez este seja o ponto ideal para esclarecer que o rumo destas palavras não pretende alcançar

um destino cada vez mais comum: o da generalização grosseira, que nos diz que a uma

actividade partidária corresponde um interesse obscuro. Acreditamos que a mesma não

reflecte o estado de espírito da maioria dos que habitam as organizações políticas. No entanto,

por mais minoritário que seja, existe hoje um numeroso conjunto de indivíduos que olham para

a carreira partidária como a possibilidade de uma lotaria, desvirtuando-a, e preferem mudar a

hierarquia das prioridades trocando a disponibilidade para servir pelo interesse em servir-se.

Tomando esta realidade como concreta e esta motivação como perigosa, é bom lembrar o quão

arriscado é fugirmos ao espírito e às motivações de quem fundou a organização a que

pertencemos: o gosto pela defesa de ideias e convicções e a pulsão por servi-las e servir os

outros. Não só porque lhes devemos o imperativo de não trair as suas motivações ou porque

um desvio desta natureza é uma negação da natureza que pretendemos ser. Mas sobretudo

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porque, ao fazê-lo, estaremos a caminhar em passo apressado rumo ao abismo da inutilidade e

da insignificância.

É importante credibilizar o exercício da política. Sendo mais programático do que pragmático.

Servindo sem procurar ser servido. Vivendo de ideiais e não de incentivos. E, sobretudo, mover-

se em função de ideias e convicções e não de amigos e favores.

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esde a sua fundação, a Juventude Popular destacou-se por fugir aos dogmas

instituídos e à postura condizente com as boas práticas do regime. Destacamo-nos

pelo inconformismo, pela coragem e pela frontalidade com que apresentamos propostas,

difundimos ideias e defendemos convicções. Fomos muitas vezes incómodos para os

adversários políticos e até para o CDS. Porque tivemos a ousadia de ver mais longe ou de chegar

lá primeiro. Foi sempre por isto que a JP se destacou.

Na verdade, nunca procuramos afirmação na quantidade. As disputas por quem tem mais gente

nas respectivas fileiras é mais ao jeito de quem prefere carneiros em vez de cérebros. O

destaque fomos merecendo ao longo dos tempo, sempre teve que ver com o lado qualitativo

da prática política. As propostas e ideias que defendemos, desde as mais comuns às mais

disruptivas, foram abrindo o caminho ao reconhecimento da Juventude Popular como casa de

acção baseada no pensamento e não fundada em acefalia clubística.

Foi assim quando rejeitamos a versão da Constituição socialista com que nos obrigaram a viver.

Foi assim quando questionamos os fundamentos tidos como inquestionáveis relativamente à

participação comunitária. Foi assim quando propusemos o cheque-ensino como forma de dar

liberdade e eficiência a um sistema de ensino caduco e atrofiado. Foi assim quando exigimos o

fim do salário mínimo contra o desemprego forçado dos menos qualificados e a favor da

liberdade negocial. Foi assim quando anunciamos o fim do ciclo de José Sócrates quando fomos

a primeira força política de direita a manifestar-se contra a ruína dos PEC’s. Em política, há um

termo que ganha um segundo significado para lá da sua raíz denotativa: “bandeira”, que é como

quem diz convicção forte pela qual se luta. Estas foram apenas algumas das nossas bandeias ao

longo dos anos. Porque para nós, mais importante do que as bandeiras que se empunham em

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plenas campanhas eleitorais, foram sempre as bandeiras que soltamos de viva voz para dar

corpo às nossas convicções.

Essa premissa é particularmente verdadeira quando aplicada à Juventude Popular do distrito

do Porto. Não é à toa que a defesa de muitas das bandeiras referidas foi protagonizada por

destacados militantes da JP do distrito do Porto, nomeadamente os presidentes nacionais

Pedro Moutinho e Michael Seufert, mas também presidentes distritais como Vera Rodrigues ou

João Ribeirinho Soares. A postura ousada e corajosa que incomoda o status quo é apanágio de

quem fala pela JP com sotaque do Norte.

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or tudo o que já se expôs, e assumido o compromisso de honrar a génese idealista

presente no nascimento da nossa instituição e honrando o legado que recebemos de

quem tem dado corpo a uma JP inconformada e incómoda, é fácil perceber que pensar uma

candidatura à Distrital do Porto da Juventude Popular não faz sentido se o alicerce desse

pensamento estiver fundado noutra coisa qualquer que não seja uma acção política baseada na

importância da profusão de ideias e da defesa das nossas convicções. Na verdade, a Juventude

Popular habituou-se a ter no distrito do Porto militantes com massa crítica em quantidade e

qualidade suficientes para ser o motor da produção ideológica e política de toda a estrutura. O

distrito do Porto ofereceu, ao longo dos anos, os melhores quadros à estrutura nacional da

Juventude Popular, desde alguns dos melhores dirigentes concelhios, distritais e nacionais,

chegando a ser berço de presidentes da organização e até deputados que a representaram.

Todos eles são exemplos de provas dadas no que à capacidade intelectual e política diz

respeito, tendo ainda a capacidade de acrescentar a esses predicados uma outra característica

que os distingue e que é marca deste distrito: o sentido crítico apurado.

Na verdade, se não existe apenas um aspecto que justifique a existência de juventudes

partidárias, há um aspecto particular que se reviste de relevância especial na hora de se assumir

como sustentáculo à existência de organizações de juventude na órbita dos partidos: a

formação política. A JP não é excepção a esta regra. Afinal, se para muitos, é na JP que tudo

começa, deve ser da JP a responsabilidade de transmitir ideias e valores, esclarecer aquilo em

que acreditamos e aquilo que rejeitamos, despertar o debate e o sentido crítico. No fundo, cabe

à JP o dever de providenciar os instrumentos para desenvolver indivíduos políticamente cultos,

preparados e honestos.

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Para além de cumprir, desta forma, aquele que é o seu grande desígnio, a JP enriquece-se ao

ponto de representar de forma inequívoca para o CDS uma fonte de recrutamento de quadros

competentes do ponto de vista ideológico, técnico e político. O distrito do Porto tem sido,

também nesse aspecto, um enorme exemplo. Pedro Moutinho, Michael Seufert, Vera

Rodrigues, Cecília Meireles são só alguns dos mais notáveis exemplos de quadros formados na

JP e que hoje dão cartas em representação do partido.

Queremos que a aposta na formação política e na discussão da actualidade permaneçam no

topo das prioridades da Distrital do Porto. Para isso, e não obstante a possibilidade de se

promoverem iniciativas que surjam com carácter de pertinência nos próximos dois anos,

pretendemos focar a acção da Distrital do Porto em algumas acções específicas.

Desde logo, a continuação do ciclo "Reformar o Estado, cumprir Portugal", do qual foram já

realizadas as conferências sobre o Sistema Político, as Finanças Públicas e a Economia.

Queremos continuar a debater a reforma do Estado, através da discussão de reformas

sectoriais nas áreas da Segurança Social, da Educação, da Saúde e da Justiça. O modelo destas

conferências será o mesmo que já provou ser bem sucedido, e que, para além de obedecer ao

princípio da descentralização para abranger o mácimo de concelhias possível, priveligiará o

contributo de oradores experimentados e conhecedores das matérias a discussão,

nomeadamente jovens quadros do CDS. No entanto, este ciclo de conferências pretende-se

aberto e conduzido sem sectarismos, pelo que a discussão continuará a ser alargada a membros

de outras forças partidárias, bem como a elementos do mundo empresarial, social e académico.

Outra das acções específicas a implementar passa pelas "Jornadas de Formação Política”, que

pretendem ser um fórum dedicado à aprendizagem dos conteúdos mais básicos para um actor

político, com um plano temático que atravesse a discussão política, a formação ideológica e a

contextualização histórica. Também aqui, a participação de personalidades ligadas ao CDS e ao

mundo académico terá um papel determinante.

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Lembrando que o próximo ciclo de dois anos que se iniciará após concluído o Congresso

Distrital terminará coincidindo com a realização de eleições autárquicas, que qualquer

estrutura distrital deve acarinhar, a formação autárquica marcará em força o plano de

formação política do distrito, sobretudo na segunda metade do mandato. A reactivação do

Fórum Portuscalle, momento para troca de ideias e partilha de experiências em clima

descontraído e aberto, é também uma das nossas ambições, tendo as eleições autárquicas

referidas uma oportunidade para contribuir como tema para o mesmo.

A realização mais frequente de Conselhos Distritais, que deve ser, por si só, uma ambição da

Comissão Política Distrital, deverá privilegiar momentos de debate e formação política para lá

da normal análise e discussão dos assuntos correntes.

Como se percebe, o debate político, a troca de ideias, o estímulo do sentido crítico e a formação

política serão a pedra de toque da Distrital do Porto. Proporcionar uma oferta de qualidade

nesta vertente é uma obrigação de duas formas: primeiro, para dotar todos os militantes dos

intrumentos necessários para se desenvolverem enquanto agentes políticos de qualidade;

segundo, para honrar a génese da JP e a sua tradição no distrito do Porto. Nesse sentido, para

dar dimensão a esta aposta e dignificar os conteúdos a disponibilizar, será criado um Gabinete

de Estudos Distrital, liderado e composto por elementos com provas dadas.

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uem conhece a realidade da Juventude Popular sabe que um dos seus maiores desafios

é o da implantação. Muitas vezes com menos peso que as outras 'jotas', com menos

capacidade de se fazer ouvir e penetrar em certos meios de comunicação ou simplesmente por

dificuldades políticas e territoriais próprias de cada realidade, a JP é frequentemente posta à

prova neste capítulo.

No distrito do Porto as tarefas relativas à implantação parecem sempre ser mais facilitadas,

sobretudo pela existência de massa crítica com interesse em participar e colocar mãos à obra

que se identifica com os nossos ideais e que, portanto, se aproxima da JP. Mas sendo esse um

factor decisivo, a chave do sucesso está na capacidade de liderança dos quadros dirigentes das

concelhias do distrito, capazes de preparar sucessores qualificados e deixar o futuro da estrutura

em mãos interessadas e empenhadas, multiplicando os militantes activos e renovando equipas

de trabalho. É uma tradição iniciada e mantida há várias gerações e que faz da Distrital do Porto

a estrutura desse género há mais tempo eleita de forma ininterrupta.

Com efeito, os últimos dois anos foram particularmente exemplificativos da capacidade

borbulhante que a dinâmica do distrito é capaz de oferecer à Juventude Popular no sentido da

renovação e do aparecimento de novos quadros dirigentes. Num frenesim nem sempre visto,

mas que é um bom sinal da vivacidade da estrutura, o perfil de liderança mudou muito ao nível

das concelhias, acompanhando a mudança de dirigentes e pessoas que davam corpo às nossas

estruturas locais. A melhor e mais simples forma de chegar a esta conclusão é olhar para o

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conjunto dos presidentes concelhios eleitos e constatar que apenas um desempenhava já essas

funções em 2013, no momento do último Congresso Distrital.

A esta renovação de pessoas corresponde um corte mais profundo e mais abrangente: o corte

geracional. Hoje, os quadros dirigentes do distrito do Porto são, em muitos casos, pessoas

etariamente situadas nas primeiras primaveras dos “vintes”. Também isso é sinal de uma

dinâmica de renovação própria mas, ao mesmo tempo, diagnóstico de uma forte necessidade

de acompanhamento e interacção por parte da estrutura distrital.

Apesar de tudo sabemos que nada é garantido. Cada concelho é um concelho, cada realidade é

diferente das demais. O nosso desígnio é estimular este borbulhar tão típico das concelhias do

distrito, promovendo a implantação - desde a 'formal', no caso das concelhias já eleitas, até à

'informal', no caso dos locais onde já há quem trabalhe em nome da JP, mesmo sem estar

eleito - e assegurando toda a ajuda e acompanhamento para obtermos concelhias sustentadas

e duradouras, para povoar o distrito com a afirmação das nossas ideias e da nossa iniciativa.

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O final do próximo mandato distrital coincidirá com a realização das Eleições

Autárquicas de 2017. Sendo o tema autárquico um dos baluartes da actuação política

de uma estrutura distrital e verificando-se esta confluência temporal, será incontornável dar

uma especial atenção à preparação deste acto eleitoral.

No distrito do Porto existem cerca de três dezenas de autarcas que estão filiados na Juventude

Popular, entre elementos eleitos em listas do CDS, de coligação ou independentes, sendo os

exemplos mais marcantes uma Presidente de Junta de Freguesia, em Amarante, e um Vereador

num Executivo Municipal, em Marco de Canaveses.

Esta é a prova mais explícita de que a JP do distrito do Porto, no cenário de eleições autárquicas,

não é vista pelo CDS como um mero instrumento de apoio logístico para a campanha, mas antes

um contributo válido ao nível das ideias programáticas e dos quadros que as executam. É um

sinal da excelência dos militantes da JP no nosso distrito. É vital que esta marca da JP na cena

local dos diversos concelhos do distrito seja mantida e, tanto quanto possível, melhorada,

através da promoção de eventos de formação autárquica para dotar os militanes das melhores

valências para a gestão autárquica e promovendo a partilha de ideias e experiências.

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o contrário do que sucedeu em 2013, opta-se agora por apresentar ao Congresso

Distrital um documento conciso e directo aos pontos essenciais da acção política que se

pretende ser o foco dos dois próximos anos.

Do ponto de vista programático, dispensamo-nos de repetir as ideias chave presentes na moção

com o mesmo nome apresentada no congresso da Trofa, uma vez que as mesmas continuam a

ter validade e a pertencer ao centro das nossas convicções. No geral, mantemos duas grandes

preocupações que revestem os nossos propósitos e sustentarão as nossas tomadas de posição

e acção política: a luta contra os sinais de centralismo que continuem a ser dados e que muito

contribuem para um contínio definhar desigual do país; o combate contra um estado grande,

voraz e castrador da liberdade individual que é o sustento do único rumo possível para a

prosperidade e a felicidade.

Embuidos do espírito que nos caracteriza e das convicções que já nos conhecem, faremos uma

transição tranquila entre um passado que deu frutos e um futuro que promete os melhores

resultados. Porque construindo pontes para o Futuro se fará um Norte para Portugal.

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