um norte para portugal
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Moção de Estratégia Global de Tiago Loureiro ao VII Congresso Distrital do Porto da Juventude Popular.TRANSCRIPT
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«Há uns recintos esculpidos no esquecimento onde moram as típicas figuras do Porto. Uma gente estraordinária a quem
o poder desagrada, que volta a cara quando o poder lhe passa à porta. É isto que me prende ao Porto. Este
sentimento de falta do consumo do poder que o Porto manifesta. Enquanto houver gente assim, o
mundo será suportável.»
AGUSTINA BESSA-LUÍS
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É com o sentimento de enorme satisfação e movido pela ânsia de me encontrar com as
melhores expectativas que o futuro promete que assumo o desafio de me propôr ao
VII Congresso Distrital da Juventude Popular como candidato a renovar o mandato de
Presidente da maior e melhor distrital da JP.
Quando, há dois anos, me foi confiada a liderança da Distrital do Porto, as ambições e o sentido
da responsabilidade eram enormes. Hoje, olhando para trás e percorrendo com o cuidado do
escrutínio rigoroso os últimos dois anos, creio termos estado à altura de ambos. O balanço do
trabalho feito é, globalmente, muito positivo, não deixando, ainda assim, de ser um trabalho
incompleto e com margem para melhorar. É por isso que o desafio é aliciante e motivador. É
por isso que me proponho continuar a enfrentá-lo.
Passados dois anos desde o último congresso, há uma realidade que não mudou: o distrito do
Porto mantêm-se a locomotiva que puxa a Juventude Popular para a linha da frente, seja pela
qualidade do trabalho e das ideias dos seus militantes, seja pela grandeza e pela imaginação
das suas concelhias. Num tempo em que os ideais e as convicções parecem ser, para muitos,
peça dispensável e incomodativa, e em que se vai preferindo ser mais pragmático e menos
programático, o distrito do Porto resiste e oferece à JP o melhor do debate político, da
produção ideológica e da qualidade das ideias.
Mas houve algo que mudou no último biénio de forma acentuada na JP do distrito do Porto. A
ebulição e o frenesim das concelhias do distrito do Porto impuseram-se de forma veemente,
oferecendo à JP uma profunda e rápida renovação geracional, com quadros dirigentes de
qualidade a ganharem protagonismo e a marcarem uma nova forma de fazer JP. Esta é uma
marca própria da JP deste distrito. E é por isso que a Distrital do Porto é a que está há mais
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tempo em actividade formal de forma ininterrupta no seio da Juventude Popular. E é esta
renovação que nos anima e que garante que existe futuro.
É também este um dos desafios mais aliciantes que constitui pilar essencial da minha
candidatura. Não sendo eu um rosto da nova vaga, proponho-me ser a ajuda para que os donos
das melhores expectativas que o futuro promete saibam cumpri-las.
Continuidade no programa e na acção política. Arrojo e novidade nos protagonistas. Este é o
lema para um novo tempo, um novo mandato, que nos exigirá desafios enormes mas
motivadores.
Vamos a isso! Para continuar a construir Um Norte para Portugal.
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o decorrer de 2014, a JP e o CDS multiplicaram os eventos dedicados a marcar o 40º
aniversário de ambas as instituições. Mais do que lembrar a efeméride e valorizar os
seus acontecimentos e, com isso, preservar a memória histórica sobre o nascimento das duas
organizações e difundir as ocorrências que contextualizaram o momento e que marcavam os
dias do país, a lembrança permanente do aniversário do CDS e da JP foram um convite à
reflexão sobre porque nascemos, de onde viemos e para que servimos.
A melhor forma de fazer essa reflexão, à boleia de quem conta os tempos de então, quer
porque os viveu, quer porque os estudou, é recuar quatro décadas e colocar-se no lugar dos
bravos que fundaram um partido de centro-direita num clima de terror para quem não fosse de
esquerda e uma organização partidária de juventude que ousava lutar contra os amanhãs que
cantam da revolução cultural soviética que inundava o país.
Olhando para a JP – ou, em bom rigor, a JC de então – porque terão aqueles jovens (que, por
serem jovens, estariam tão mais facilmente disponíveis para cair na tentação das ilusões do
romantismo revolucionário que enfeitam o socialismo) corrido o risco de desalinhar do novo
status quo que se criava? Seria só para serem do contra? Seria apenas por filiação afectiva ou
familiar? Seria por buscarem outros interesses numa participação política activa? Ou teria sido
até porque se enganaram na vocação?
Para quem conhece os tempos fundadores da JP e aproveitou os momentos que marcaram
2014 como ano de evocação do aniversário da organização, é fácil de perceber que nada das
possibilidades indicadas esteve na génese do nascimento da então Juventude Centrista. O
vento que movia a caravela que então começava a rasgar as ondas era outro: as ideias, as
convicções e a vontade indomável de lutar por elas.
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Ideias e convicções. Foram estas as pedras que deram início à empreitada que os nossos
antecessores iniciaram há 40 anos. Foram estas as motivações que deram origem à Juventude
Popular. Por isso, se hoje aqui estamos e se até hoje a JP não perdeu um lugar no espaço do
cabimento para existir, foi porque alguém, há quatro décadas, construiu uma entidade movida
a ideias e convicções.
Cada vez mais, o mundo da política feita nos partidos é encarada pela sociedade como um
conluio de interesse pouco claros, de intenções pouco honestas e de gente pouco qualificada.
Nos mais jovens, a ideia parece fazer caminho. Na verdade, ao contrário do que é comum dizer-
se, tanto que já se institucionalizou o cliché, os jovens não estão desinteressados da política.
Muitos estão, isso sim, desinteressados da política feita nos partidos e nas organizações como
a nossa. Não tenho dúvidas em dizer pedra de toque daqueles que iniciaram o caminho das
organizações partidárias há 40 anos está hoje, em muitos casos, desvirtuada das suas
componentes essenciais: as ideias e as convicções.
Talvez este seja o ponto ideal para esclarecer que o rumo destas palavras não pretende alcançar
um destino cada vez mais comum: o da generalização grosseira, que nos diz que a uma
actividade partidária corresponde um interesse obscuro. Acreditamos que a mesma não
reflecte o estado de espírito da maioria dos que habitam as organizações políticas. No entanto,
por mais minoritário que seja, existe hoje um numeroso conjunto de indivíduos que olham para
a carreira partidária como a possibilidade de uma lotaria, desvirtuando-a, e preferem mudar a
hierarquia das prioridades trocando a disponibilidade para servir pelo interesse em servir-se.
Tomando esta realidade como concreta e esta motivação como perigosa, é bom lembrar o quão
arriscado é fugirmos ao espírito e às motivações de quem fundou a organização a que
pertencemos: o gosto pela defesa de ideias e convicções e a pulsão por servi-las e servir os
outros. Não só porque lhes devemos o imperativo de não trair as suas motivações ou porque
um desvio desta natureza é uma negação da natureza que pretendemos ser. Mas sobretudo
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porque, ao fazê-lo, estaremos a caminhar em passo apressado rumo ao abismo da inutilidade e
da insignificância.
É importante credibilizar o exercício da política. Sendo mais programático do que pragmático.
Servindo sem procurar ser servido. Vivendo de ideiais e não de incentivos. E, sobretudo, mover-
se em função de ideias e convicções e não de amigos e favores.
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esde a sua fundação, a Juventude Popular destacou-se por fugir aos dogmas
instituídos e à postura condizente com as boas práticas do regime. Destacamo-nos
pelo inconformismo, pela coragem e pela frontalidade com que apresentamos propostas,
difundimos ideias e defendemos convicções. Fomos muitas vezes incómodos para os
adversários políticos e até para o CDS. Porque tivemos a ousadia de ver mais longe ou de chegar
lá primeiro. Foi sempre por isto que a JP se destacou.
Na verdade, nunca procuramos afirmação na quantidade. As disputas por quem tem mais gente
nas respectivas fileiras é mais ao jeito de quem prefere carneiros em vez de cérebros. O
destaque fomos merecendo ao longo dos tempo, sempre teve que ver com o lado qualitativo
da prática política. As propostas e ideias que defendemos, desde as mais comuns às mais
disruptivas, foram abrindo o caminho ao reconhecimento da Juventude Popular como casa de
acção baseada no pensamento e não fundada em acefalia clubística.
Foi assim quando rejeitamos a versão da Constituição socialista com que nos obrigaram a viver.
Foi assim quando questionamos os fundamentos tidos como inquestionáveis relativamente à
participação comunitária. Foi assim quando propusemos o cheque-ensino como forma de dar
liberdade e eficiência a um sistema de ensino caduco e atrofiado. Foi assim quando exigimos o
fim do salário mínimo contra o desemprego forçado dos menos qualificados e a favor da
liberdade negocial. Foi assim quando anunciamos o fim do ciclo de José Sócrates quando fomos
a primeira força política de direita a manifestar-se contra a ruína dos PEC’s. Em política, há um
termo que ganha um segundo significado para lá da sua raíz denotativa: “bandeira”, que é como
quem diz convicção forte pela qual se luta. Estas foram apenas algumas das nossas bandeias ao
longo dos anos. Porque para nós, mais importante do que as bandeiras que se empunham em
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plenas campanhas eleitorais, foram sempre as bandeiras que soltamos de viva voz para dar
corpo às nossas convicções.
Essa premissa é particularmente verdadeira quando aplicada à Juventude Popular do distrito
do Porto. Não é à toa que a defesa de muitas das bandeiras referidas foi protagonizada por
destacados militantes da JP do distrito do Porto, nomeadamente os presidentes nacionais
Pedro Moutinho e Michael Seufert, mas também presidentes distritais como Vera Rodrigues ou
João Ribeirinho Soares. A postura ousada e corajosa que incomoda o status quo é apanágio de
quem fala pela JP com sotaque do Norte.
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or tudo o que já se expôs, e assumido o compromisso de honrar a génese idealista
presente no nascimento da nossa instituição e honrando o legado que recebemos de
quem tem dado corpo a uma JP inconformada e incómoda, é fácil perceber que pensar uma
candidatura à Distrital do Porto da Juventude Popular não faz sentido se o alicerce desse
pensamento estiver fundado noutra coisa qualquer que não seja uma acção política baseada na
importância da profusão de ideias e da defesa das nossas convicções. Na verdade, a Juventude
Popular habituou-se a ter no distrito do Porto militantes com massa crítica em quantidade e
qualidade suficientes para ser o motor da produção ideológica e política de toda a estrutura. O
distrito do Porto ofereceu, ao longo dos anos, os melhores quadros à estrutura nacional da
Juventude Popular, desde alguns dos melhores dirigentes concelhios, distritais e nacionais,
chegando a ser berço de presidentes da organização e até deputados que a representaram.
Todos eles são exemplos de provas dadas no que à capacidade intelectual e política diz
respeito, tendo ainda a capacidade de acrescentar a esses predicados uma outra característica
que os distingue e que é marca deste distrito: o sentido crítico apurado.
Na verdade, se não existe apenas um aspecto que justifique a existência de juventudes
partidárias, há um aspecto particular que se reviste de relevância especial na hora de se assumir
como sustentáculo à existência de organizações de juventude na órbita dos partidos: a
formação política. A JP não é excepção a esta regra. Afinal, se para muitos, é na JP que tudo
começa, deve ser da JP a responsabilidade de transmitir ideias e valores, esclarecer aquilo em
que acreditamos e aquilo que rejeitamos, despertar o debate e o sentido crítico. No fundo, cabe
à JP o dever de providenciar os instrumentos para desenvolver indivíduos políticamente cultos,
preparados e honestos.
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Para além de cumprir, desta forma, aquele que é o seu grande desígnio, a JP enriquece-se ao
ponto de representar de forma inequívoca para o CDS uma fonte de recrutamento de quadros
competentes do ponto de vista ideológico, técnico e político. O distrito do Porto tem sido,
também nesse aspecto, um enorme exemplo. Pedro Moutinho, Michael Seufert, Vera
Rodrigues, Cecília Meireles são só alguns dos mais notáveis exemplos de quadros formados na
JP e que hoje dão cartas em representação do partido.
Queremos que a aposta na formação política e na discussão da actualidade permaneçam no
topo das prioridades da Distrital do Porto. Para isso, e não obstante a possibilidade de se
promoverem iniciativas que surjam com carácter de pertinência nos próximos dois anos,
pretendemos focar a acção da Distrital do Porto em algumas acções específicas.
Desde logo, a continuação do ciclo "Reformar o Estado, cumprir Portugal", do qual foram já
realizadas as conferências sobre o Sistema Político, as Finanças Públicas e a Economia.
Queremos continuar a debater a reforma do Estado, através da discussão de reformas
sectoriais nas áreas da Segurança Social, da Educação, da Saúde e da Justiça. O modelo destas
conferências será o mesmo que já provou ser bem sucedido, e que, para além de obedecer ao
princípio da descentralização para abranger o mácimo de concelhias possível, priveligiará o
contributo de oradores experimentados e conhecedores das matérias a discussão,
nomeadamente jovens quadros do CDS. No entanto, este ciclo de conferências pretende-se
aberto e conduzido sem sectarismos, pelo que a discussão continuará a ser alargada a membros
de outras forças partidárias, bem como a elementos do mundo empresarial, social e académico.
Outra das acções específicas a implementar passa pelas "Jornadas de Formação Política”, que
pretendem ser um fórum dedicado à aprendizagem dos conteúdos mais básicos para um actor
político, com um plano temático que atravesse a discussão política, a formação ideológica e a
contextualização histórica. Também aqui, a participação de personalidades ligadas ao CDS e ao
mundo académico terá um papel determinante.
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Lembrando que o próximo ciclo de dois anos que se iniciará após concluído o Congresso
Distrital terminará coincidindo com a realização de eleições autárquicas, que qualquer
estrutura distrital deve acarinhar, a formação autárquica marcará em força o plano de
formação política do distrito, sobretudo na segunda metade do mandato. A reactivação do
Fórum Portuscalle, momento para troca de ideias e partilha de experiências em clima
descontraído e aberto, é também uma das nossas ambições, tendo as eleições autárquicas
referidas uma oportunidade para contribuir como tema para o mesmo.
A realização mais frequente de Conselhos Distritais, que deve ser, por si só, uma ambição da
Comissão Política Distrital, deverá privilegiar momentos de debate e formação política para lá
da normal análise e discussão dos assuntos correntes.
Como se percebe, o debate político, a troca de ideias, o estímulo do sentido crítico e a formação
política serão a pedra de toque da Distrital do Porto. Proporcionar uma oferta de qualidade
nesta vertente é uma obrigação de duas formas: primeiro, para dotar todos os militantes dos
intrumentos necessários para se desenvolverem enquanto agentes políticos de qualidade;
segundo, para honrar a génese da JP e a sua tradição no distrito do Porto. Nesse sentido, para
dar dimensão a esta aposta e dignificar os conteúdos a disponibilizar, será criado um Gabinete
de Estudos Distrital, liderado e composto por elementos com provas dadas.
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uem conhece a realidade da Juventude Popular sabe que um dos seus maiores desafios
é o da implantação. Muitas vezes com menos peso que as outras 'jotas', com menos
capacidade de se fazer ouvir e penetrar em certos meios de comunicação ou simplesmente por
dificuldades políticas e territoriais próprias de cada realidade, a JP é frequentemente posta à
prova neste capítulo.
No distrito do Porto as tarefas relativas à implantação parecem sempre ser mais facilitadas,
sobretudo pela existência de massa crítica com interesse em participar e colocar mãos à obra
que se identifica com os nossos ideais e que, portanto, se aproxima da JP. Mas sendo esse um
factor decisivo, a chave do sucesso está na capacidade de liderança dos quadros dirigentes das
concelhias do distrito, capazes de preparar sucessores qualificados e deixar o futuro da estrutura
em mãos interessadas e empenhadas, multiplicando os militantes activos e renovando equipas
de trabalho. É uma tradição iniciada e mantida há várias gerações e que faz da Distrital do Porto
a estrutura desse género há mais tempo eleita de forma ininterrupta.
Com efeito, os últimos dois anos foram particularmente exemplificativos da capacidade
borbulhante que a dinâmica do distrito é capaz de oferecer à Juventude Popular no sentido da
renovação e do aparecimento de novos quadros dirigentes. Num frenesim nem sempre visto,
mas que é um bom sinal da vivacidade da estrutura, o perfil de liderança mudou muito ao nível
das concelhias, acompanhando a mudança de dirigentes e pessoas que davam corpo às nossas
estruturas locais. A melhor e mais simples forma de chegar a esta conclusão é olhar para o
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conjunto dos presidentes concelhios eleitos e constatar que apenas um desempenhava já essas
funções em 2013, no momento do último Congresso Distrital.
A esta renovação de pessoas corresponde um corte mais profundo e mais abrangente: o corte
geracional. Hoje, os quadros dirigentes do distrito do Porto são, em muitos casos, pessoas
etariamente situadas nas primeiras primaveras dos “vintes”. Também isso é sinal de uma
dinâmica de renovação própria mas, ao mesmo tempo, diagnóstico de uma forte necessidade
de acompanhamento e interacção por parte da estrutura distrital.
Apesar de tudo sabemos que nada é garantido. Cada concelho é um concelho, cada realidade é
diferente das demais. O nosso desígnio é estimular este borbulhar tão típico das concelhias do
distrito, promovendo a implantação - desde a 'formal', no caso das concelhias já eleitas, até à
'informal', no caso dos locais onde já há quem trabalhe em nome da JP, mesmo sem estar
eleito - e assegurando toda a ajuda e acompanhamento para obtermos concelhias sustentadas
e duradouras, para povoar o distrito com a afirmação das nossas ideias e da nossa iniciativa.
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O final do próximo mandato distrital coincidirá com a realização das Eleições
Autárquicas de 2017. Sendo o tema autárquico um dos baluartes da actuação política
de uma estrutura distrital e verificando-se esta confluência temporal, será incontornável dar
uma especial atenção à preparação deste acto eleitoral.
No distrito do Porto existem cerca de três dezenas de autarcas que estão filiados na Juventude
Popular, entre elementos eleitos em listas do CDS, de coligação ou independentes, sendo os
exemplos mais marcantes uma Presidente de Junta de Freguesia, em Amarante, e um Vereador
num Executivo Municipal, em Marco de Canaveses.
Esta é a prova mais explícita de que a JP do distrito do Porto, no cenário de eleições autárquicas,
não é vista pelo CDS como um mero instrumento de apoio logístico para a campanha, mas antes
um contributo válido ao nível das ideias programáticas e dos quadros que as executam. É um
sinal da excelência dos militantes da JP no nosso distrito. É vital que esta marca da JP na cena
local dos diversos concelhos do distrito seja mantida e, tanto quanto possível, melhorada,
através da promoção de eventos de formação autárquica para dotar os militanes das melhores
valências para a gestão autárquica e promovendo a partilha de ideias e experiências.
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o contrário do que sucedeu em 2013, opta-se agora por apresentar ao Congresso
Distrital um documento conciso e directo aos pontos essenciais da acção política que se
pretende ser o foco dos dois próximos anos.
Do ponto de vista programático, dispensamo-nos de repetir as ideias chave presentes na moção
com o mesmo nome apresentada no congresso da Trofa, uma vez que as mesmas continuam a
ter validade e a pertencer ao centro das nossas convicções. No geral, mantemos duas grandes
preocupações que revestem os nossos propósitos e sustentarão as nossas tomadas de posição
e acção política: a luta contra os sinais de centralismo que continuem a ser dados e que muito
contribuem para um contínio definhar desigual do país; o combate contra um estado grande,
voraz e castrador da liberdade individual que é o sustento do único rumo possível para a
prosperidade e a felicidade.
Embuidos do espírito que nos caracteriza e das convicções que já nos conhecem, faremos uma
transição tranquila entre um passado que deu frutos e um futuro que promete os melhores
resultados. Porque construindo pontes para o Futuro se fará um Norte para Portugal.
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