um instante sobre a aventura humana no planeta e a ... · 1ª conferência biodiversidade e o dia...

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um instante sobre

a aventura humana

no planeta e a

biodiversidade

ana amado

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1ª Conferência Biodiversidade e o Dia da Terra Escola Superior Agrária de Santarém - ICNB – Ana Amado

…o princípio…A fase + recente do desdobramento da vida

anos atrás alguns estágios de evolução

7 milhões

4 milhões

3,2. ,,

2,5 ,,

2,0 ,,

1,6 ,,

1,4 ,,

400 mil

250 mil,

125 ,,

100 ,,

30 ,,

Sahelanthropus tchadensis

Austrolopithecus anamensis

Austrolopithecus afarensis

Homo africanus

Homo habilis; P robustus ; P boisei

Homo erectus

extinção do australopithecus

Homo erectus na Asia

Homo erectus na Europa

Homo sapiens / extinção H e

Homo neandertalensis

ext. do H n – H s espécie sobrevivente

Homo sapiens domina

3

crescimento da população mundial

ao longo da história ( biliões )


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ascensão e queda de civilizações(sociedades pré–históricas e históricas)

…maia, anasazi, inca, ilha de Páscoa, viquingue, suméria - acadiana, egípcia,

egéra, assíria, helénica …

Houve pelo menos 5 conjuntos de factores que contribuíram para sociedades + antigas terem entrado em decadência

( outros, jared diamond )

1. impactes ambientais negativos

2. alterações climáticas (actividade solar, posicionamento do eixo da Terra, erupções vulcânicas, distribuição oceanos / terra)

3. sociedades vizinhas inimigas

4. redução do apoio de sociedades vizinhas amigas

5. fracasso nas respostas das sociedades aos problemas (ao nível das tomadas de decisão atempadas)


5

ascensão e queda de civilizações(sociedades pré–históricas e históricas)

processos por degradação do ambiente

8 - factores ( jared diamond )

1. desflorestação, destruição de habitats

2. problemas dos solos: erosão, salinização, perda de fertilidade

3. problemas de gestão da água

4. caça excessiva

5. pesca excessiva

6. efeitos de introdução de novas espécies sobre as autóctones

7. crescimento populacional

8. aumento do impacte, per capita, das populações sobre os recursos naturais


7

ww

w.r

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lclim

ate

.org

Entre Wurm III

Wurm IV no

Plistocénico

Nível médio do mar e temperatura


8

presumível evolução

da linha de costa desde

o último máximo glaciarSíntese do conhecimento

Projecto DISELPA, Dias e al, 1997

• Subida moderada até

16 ky com

estabilização aos 13

Ky

• Rápida subida entre

os 13 e os 11 ky

• 10 ky volta a descer

(-60m)

• Entre os 5 ky e os 3

ky sobe

• Nível actual – séc.

XIX fase de

acumulação activa

1ª Conferência Biodiversidade e o Dia da Terra – 22-04-2010 ES Agrária de Santarém - ICNB – Ana Amado

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teoria da evolução

PALAVRAS CHAVE

SELECÇÃO NATURAL

MUTAÇÃO ALEATÓRIA - DARWIN - 1859

+

ESTABILIDADE GENÉTICA – NEO DARWINISTAS

Conduziu a COMPETIVIDADE ao topo social e económico, durante todo o século XX e

princípios XXI


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...um enorme crescimento da população e das actividades económicas que foi

alimentando um movimento crescente de „externalidades‟

nunca o dominante Homo sapiens tinha vivido um tal crescimento

energia barata originou...


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nas últimas décadas a caixa de Pandora

produziu :

excesso de PensamentoRacional

Analítico

Linear

Disciplinar / Pluri e multi

Reducionista

Auto afirmativo

Hegemónico

Hiper hierarquizado

Ultra-fragmentado

exaltação de ValorIndividual

Competição

Crescimento

Protecção

Quantidade

Conquista

Domínio / Controle

Riqueza material

Empresas - topo

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teremos entrado na

era das consequências ( ? )


13

quais vão ser as respostas das

sociedades …???...


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tipos de atitudes das sociedades

face ao futuro

• Passiva - sofre a mudança

• Reactiva - espera a mudança para reagir

• Pré - activa - prepara-se antecipadamente para a mudança ( com base no pensamento linear)

• Pró - activa - age para provocar uma mudança desejável ( com base no novo conhecimento)


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Elevar o nível de consciência das

sociedades para agirem exige

lideranças fortes e cidadania

(alicerçadas em avanços do conhecimento)

se quisermos ser pró–activos


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“…somos filhos das estrelas mais

antigas do universo… ”

Na perspectiva de Gaia o planeta é um sistema vivo

Foto NASA / C. SAGAN

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“…a natureza é imprevisível,

sensível e influenciada por

pequenas flutuações no

ambiente que a circunda…”

in “Order out of Chaos - Man’s New Dialogue with

Nature”,

I. Prigogine, I. Stengers (1984)

“The Filosophy of Instability”, I. Prigogine (1989)


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teoria da Simbiogéneseco-evolução (últimas décadas do séc. XX)

• Embora a selecção natural e a mutação sejam importantes a ênfase vai para o avanço da vida em direcção à inovação com formas de diversidade e complexidade crescente em que a cooperação tem um papel essencial

Nas palavras de L. Margulis e D. Sagan

• A vida não se apossa do planeta pelo combate, mas sim, pela formação de redes

• Nessa conquista, a cooperação é de uma importância vital

…”evolution is the result of cooperative not competitive processes”..

Lynn Margulis e D Sagan, Microcosmos, 1986

Lynn Margulis, Gaia: the living Earth 1989;

Symbiosis in cell evolution 2 ed. 1993;

Lynn Margulis e all, the illustrated five kingdoms,1994

Gaia is a Tough Bitch 1995

What is Life?,1995


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teoria da Simbiogénese

endosymbiosis

A (co)-evolução dá-se por meio da simbiose

A simbiose é a tendência de diferentes

organismos para viverem em estreita

associação uns com os outros e com

frequência uns dentro dos outros


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critérios fundamentais de

um sistema vivo

padrão de organização

a configuração de relações que determina as características

essenciais do sistema

estrutura

a incorporação física do padrão de organização do sistema

processo vital – funcionamento

a actividade envolvida na incorporação contínua

do padrão de organização do sistema


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padrão de organização e

conceito de auto-organização

• o padrão da estrutura e funcionamento de um sistema vivo é uma Rede ( conjunto de relações interdependentes )

• períodos de estabilidade (afastados do equilíbrio) são seguidos de períodos onde as irregularidades (anomalias) começam a aparecer tornando-se persistentes e culminam em súbitas transições (+ ou -)

catastróficas, seguindo-se a capacidade de auto organização dos sistemas naturais (antrópicos)


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objectivo desejável

desenvolvimento sustentável - gestão sustentável

• Encontrar formas de conviver em simbiose com o

planeta que nos dá guarida - ou acelerar na via para

a extinção (em massa)

• Resposta imperiosa das sociedades aos

problemas da energia, das alterações climáticas, da

globalização, do modelo de sociedade em simbiose

com o planeta, com solidariedade inter / intra

geração


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anomalias / irregularidades actuais

(a crise não é apenas financeira, ou económica,

ou social, ou natural ou de engenharia, a crise é global )

no ambiente social – continuação do aumento populacional, desemprego, fome, migrações, aumento dos conflitos sociais / de guerras (+ ou -violentas e generalizadas)...

no ambiente económico – turbulências nas bolsas, perturbações financeiras, fraudes encapotadas, falências, quedas abruptas de indicadores económicos em empresas cotadas, outras perturbações económicas

no ambiente natural


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anomalias no ambiente natural

• Alterações climáticas e suas consequências(extinção das camadas de gelo nos pólos, nos cumes das montanhas)elevação do nível do mar ; >intensidade dos fenómenos climáticos extremos;expansão dos desertos.

• Depleção do ozono estratosférico

• Depleção dos combustíveis fósseis e de outros recursos nãorenováveis

• Químicos tóxicos e radioactivos injectados na biosfera global

• Proliferação / expansão de vírus e bactérias

• Declínio / degradação da água potável

• Degradação do solo e desflorestação

• Degradação de áreas naturais classificadas

• Perda de diversidade biológica- mar e terra espécies autóctones, domésticas - raças, cultivares, medicinais, aromáticas, … e expansão de invasivas

• Depleção dos “stocks” pesqueiros

• Extinção de espécies animais e vegetais (> 200/dia)


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Porquê a CDB?

A perda de diversidade biológica

(espécies, ecossistemas, habitats e

outros recursos genéticos) é uma séria

ameaça para a estrutura e

funcionamento do planeta e,

consequentemente, para a

sobrevivência das sociedades

humanas e suas economias.


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perda de gelo no Árctico

Em Setembro de

2009, a extensão de

gelo no mar Árctico

era de 5,36 milhões

de Km2, a 3ª mais

baixa em registos de

satélite. A linha rosa

apresenta a

extensão média de

gelo de Setembro de

1979 a 2000.

fonte: NASA 2009


27

Alteração do nível do mar (em cm)


28

depleção dos combustíveis fósseisfonte: aspo 04/2009

29

Degradação do solo


30

abundância média de espécies – 1970 / 2000 / 2010 / 2050 (MNP/OCDE/2007)

Gradiente de Vermelho - Verde - 0-10 ….. 90-100

31

água solo r. haliêuticos biodiversidade

conflitos ambientaisfonte: WBGU 2008

WBGU – German Advisory Council on Global Change

32

espécies não autóctones (exóticas)

invasivas

Autora: Hélia Marchante

Autora: C. Vieira

Autor: Frederico Lobo

Autora: Hélia Marchante

33

Colapso das pescas no Atlântico norte

34

Projecções do aumento da temperatura

média anual na UE para o ano 2100

fon

te: A

da

pta

tio

n to

clim

ate

ch

an

ge

an

EU

ap

pro

ach

, 2

00

8

35

3 regiões biogeográficas

Macaronésia / Atlântica / Mediterrânea Foto: NASA


36

Laurissilva


37

ZEE Portuguesa:

Continente, Madeira e Açoresfonte: SNIG


38

capacidade de inventariação de recursos

energéticos, minerais e biotecnológicosFonte: EMEPC

Sulfuretos

Maciços

Nódulos

ferro

magnesianos

Ricos em

Manganês

Crostas

ricas

em Cobalto


39

limite externo da plataforma continental

proposto por Portugal na ONU

(fonte: sumário executivo da submissão de Portugal à CLCS).


40

vulnerabilidade do litoral

de Portugal continental à

subida do nível do mar(Dias, 2003 ).

Fo

to d

e C

ristin

a V

ieira

1ª Conferência Biodiversidade e o Dia da Terra – 22-04-2010 ES Agrária

de Santarém - ICNB – Ana Amado

Fotos: Alveirinho Dias

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L. R

osário J

unho d

e 2

003 D

ISM

ED

. Foto de Cristina Vieira

carta da susceptibilidade à

desertificação

1ª Conferência Biodiversidade e o Dia da Terra

22-04-2010 ES Agrária de Santarém - ICNB –

Ana Amado

Foto:M José Roxo

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degradação sistemas fluviais

vulnerabilidade dos aquíferosFonte: Plano Nacional Agua 2001

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sociedade portuguesa

precisa de dar respostas sustentáveis a

9 tipos de problemas ambientais ( em completa interdependência dos políticos, culturais, sociais e

económico-financeiros e organizacionais

Energia - descarbonizar,

Subida do nível médio do mar,

Poluição da água doce e marinha,

Desertificação / seca, Degradação do solo,

Desflorestação,

Excesso de pesca,

Perda de biodiversidade e aumento de espécies invasivas ( mar e terra )

resíduos

Desordenamento do espaço territorial


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Apetrechar / equipar devidamente a

arca de Noé: mínimo vital +

• ênfase no

pensamento

intuitivo

integrativo

não linear

sistémico

da complexidade

da compreensão dos ciclos

Inter geracional / longo prazo

transdisciplinar (????)

• reforço dos

valores

liberdade; respeito; justiça cooperação; parceriaconfiançaresponsabilidadeequidadequalidade; rigor conservaçãoriqueza interior liderança; inovação rede; interdependência


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Um dos grupos de actuação sistémica é

garantir, reforçar, restaurar, despoluir e

preparar a adaptação do mínimo vital

O que é o mínimo vital ?

sistema nacional de áreas classificadas - SNAC

reserva ecológica nacional / domínio hídrico – REN / DH

reserva agrícola nacional - RAN

vantagem – a sua expressão territorial já é uma REDE

temos a regulação do DH desde 1889

SNAC + REN / DH + RAN


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AP - continente

SIC – UE

ZPE – UE

Situação continental,

actual, a corrigir

Instrumentos a respeitar a

todos os níveis

SNAC a requalificar,

restaurar e reequilibrar

REN / DH / RAN –

conectividade a reforçar

visão, soluções e gestão

integrada, desejável

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a adaptação ás alterações climáticas e

descarbonização exige

• Aumentar a resiliência ambiental,

social, económica e

organizacional

SNAC + REN/DH + RAN

mínimo vital – principal objectivo


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mínimo vital –alguns objectivos específicos

• Garantir a heterogeneidade genética, a capacidade de regeneração das populações e comunidades animais e vegetais e estados sucessivos e múltiplos das mesmas, com expressões territoriais em gradientes ambientais que restabeleçam e garantam as conectividades e permeabilidade da paisagem

• Garantir stocks com reservas de espécies autóctones animais e vegetais cultivares aromáticas medicinais terrestres e marinhas ex-situ - ZOO’s, Jardins Botânicos , Parques Temáticos, Viveiros e Bancos Genéticos em bom estado sanitário de conservação-

• Reorganizar em rede infraestruturas /equipamentos essenciais ao aumento de resiliência económica do Mínimo Vital, com a descarbonização dos mesmos - Laboratórios, Universidades Centros de investigação aplicada, Instituições de Certificação, Sapadores,etc


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alterações climáticas-

biodiversidade

Terá a sociedade portuguesa capacidades para ser pró activa e tomar hoje as decisões necessárias para permitir que as gerações actuais e vindouras possam viver em simbiose com o território que lhes dá guarida ???

Fonte

: apre

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Contactos

Instituto da Conservação da Natureza e

da Biodiversidade

Tel. 21 350 79 00 Fax 21 350 79 84

Correio electrónico: [email protected]

www.icnb.pt

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