um aluno surdo, uma pr tica relevante para o … · nenhuma língua de sinais e nem tampouco em...

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PES I CONGRESSO NACION Realização: UM ALUNO SURDO, UM Resumo O presente relato de experiência re que até então não é fluente em nenh Relata os possíveis motivos pelos q pelas quais ele tem passado nos últim sobre o caso, o artigo traz comen diretamente a vida escolar atual des problemas enfrentados e ganhos obti aluno MT. Reflete-se rapidamente s sobre o que realmente significa ser que este não é mérito apenas de uma de futuras intervenções pedagógic credibilidade ao ser humano que, infinitas possibilidades para agir soc Palavras-chave: aquisição tardia d Um aluno surdo, uma prática r 1 1 Professora da Secretaria de Estado Português e Respectivas Literaturas pe Atendimento Especializado a Alunos c atualmente aluna da pós-graduação em educação de surdos em classe de educa SEE-DF. [email protected] RSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU SQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPE NAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂN I CONALIBRAS-UFU ISSN 2447-4 MA PRÁTICA RELEVANTE PARA O DE LINGUAGEM: UM RELATO. Ensino e Aprendizagem de Língua Fani Cost etrata a caminhada escolar de um aluno surdo co huma língua de sinais e nem tampouco em qualqu quais esse aluno ainda encontra-se nessa condiç mos meses após iniciar contato efetivo com a líng ntários sobre as recentes pesquisas na educação sse aluno; valendo-se do relato das atividades em tidos e em especial avaliando uma atividade bem sobre questões como o sujeito surdo leitor, sobre letrado e ser capaz de ler, reler, construir e reco a língua escrita. Ressalta também fundamentos te cas junto à alunos surdos. Por fim, fica regis ancorado em sua língua, expressão viva do p cial e culturalmente. de língua; surdez/prática em sala de aula; surdez/ relevante para o despertar da linguagem de Educação do Distrito Federal, graduada, licenci ela Universidade de Brasília, pós-graduada em Docên com Necessidades Educacionais Especiais pelo Institu Tradução/Interpretação e Docência de Libras na Unín ação bilíngüe como professora de português como segu ECIAL – CEPAE NDIA 4959 ESPERTAR DA a Portuguesa como L2 ta de, ABREU, SEE-DF 1 om quinze anos de idade uer língua oral ou escrita. ção, mostra as mudanças gua de sinais. Por refletir o de surdos que afetam m sala de aula, mostrando sucedida aplicada com o e o texto vísuo-espacial, onstruir o texto, sabendo eóricos para a elaboração strada, através deste, a pensamento, é capaz de /texto vísuo-espacial iada e bacharel em Letras ncia do Ensino Superior e uto de Educação Ethikos e ntese. Professora atuante na unda língua para surdos na

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Page 1: UM ALUNO SURDO, UMA PR TICA RELEVANTE PARA O … · nenhuma língua de sinais e nem tampouco em qualquer ... o com quinze anos de idade alquer língua oral ou escrita. ... oralização

UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

UM ALUNO SURDO, UMA

Resumo

O presente relato de experiência retrque até então não é fluente em nenhumRelata os possíveis motivos pelos qupelas quais ele tem passado nos últimsobre o caso, o artigo traz comentádiretamente a vida escolar atual desseproblemas enfrentados e ganhos obtidaluno MT. Reflete-se rapidamente sosobre o que realmente significa ser leque este não é mérito apenas de uma lde futuras intervenções pedagógicacredibilidade ao ser humano que, ainfinitas possibilidades para agir socia

Palavras-chave: aquisição tardia de

Um aluno surdo, uma prática rel

1

1Professora da Secretaria de Estado dPortuguês e Respectivas Literaturas pelaAtendimento Especializado a Alunos coatualmente aluna da pós-graduação em Teducação de surdos em classe de educaçãSEE-DF. [email protected]

IVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU PESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECIONAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂND I CONALIBRAS-UFU

ISSN 2447-49

, UMA PRÁTICA RELEVANTE PARA O DESLINGUAGEM: UM RELATO.

Ensino e Aprendizagem de Língua P

Fani Costa

ia retrata a caminhada escolar de um aluno surdo comnenhuma língua de sinais e nem tampouco em qualquerlos quais esse aluno ainda encontra-se nessa condição últimos meses após iniciar contato efetivo com a língumentários sobre as recentes pesquisas na educação l desse aluno; valendo-se do relato das atividades em ss obtidos e em especial avaliando uma atividade bem sunte sobre questões como o sujeito surdo leitor, sobre ser letrado e ser capaz de ler, reler, construir e recon uma língua escrita. Ressalta também fundamentos teóógicas junto à alunos surdos. Por fim, fica regist

que, ancorado em sua língua, expressão viva do per social e culturalmente.

a de língua; surdez/prática em sala de aula; surdez/te

ica relevante para o despertar da linguagem

tado de Educação do Distrito Federal, graduada, licenciads pela Universidade de Brasília, pós-graduada em Docêncs com Necessidades Educacionais Especiais pelo Institut

em Tradução/Interpretação e Docência de Libras na Unínteducação bilíngüe como professora de português como segun

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

DESPERTAR DA

gua Portuguesa como L2

Costa de, ABREU, SEE-DF1

o com quinze anos de idade alquer língua oral ou escrita. ndição, mostra as mudanças

a língua de sinais. Por refletir cação de surdos que afetam s em sala de aula, mostrando bem sucedida aplicada com o sobre o texto vísuo-espacial, reconstruir o texto, sabendo os teóricos para a elaboração registrada, através deste, a do pensamento, é capaz de

ez/texto vísuo-espacial

cenciada e bacharel em Letras ocência do Ensino Superior e

nstituto de Educação Ethikos e Uníntese. Professora atuante na segunda língua para surdos na

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Realização:

O artigo em questão trata d

disciplina português como segunda

aluno, aqui denominado MT, deno

O objetivo desse trabalho

tentativas diagnósticas por vezes f

aluno se encontrava e assim não ge

estratégia bem sucedida por ter sid

sua capacidade nata de linguagem

língua em aquisição. Para tanto, s

relatando de quem se trata es

desenvolvimento em um semestr

desenvolvimento futuro. E por

necessariamente, por reflexões ac

leitura e da escrita, da avaliação

educacional desse aluno surdo.

desenvolvimento escolar de aluno

causado ao aluno, em especial ao a

Método

Fazendo uma retrospectiva

quais a última encontra-se ainda em

os dias atuais apresenta uma influê

com “deficiência auditiva” fazend

fato é que a aquisição da fala pela

ouvinte, de modo espontâneo e nat

a língua de sinais no ambiente fam

baseada no oralismo tem deixado a

devido à demora do uso formal de

O caso do aluno MT não é

outros países. MT, com quinze ano

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trata do estudo de caso sobre um trabalho que vem

egunda língua para surdos, desde o início do ano le

, denominação essa a fim de preservar a sua identid

balho é: relatar algumas das atividades realizad

ezes frustradas por não se adequarem ao nível de

não gerarem interesse suficiente no aluno; e mostr

ter sido capaz considerar o indivíduo com todas as

uagem e sua possível e ilimitada expressão de pe

anto, será mostrado o que vem sendo realizado de

ta esse indivíduo-aluno, como ele iniciou o

emestre de trabalho efetivo e os anseios e as

por ser inevitável, as observações aqui relata

ões acerca do letramento, do bilingüismo, da aqu

liação, assuntos esses diretamente relacionados

urdo. Por fim, deixar aqui registrada a particu

alunos surdos independente das perdas e danos q

al ao aluno MT.

ectiva da educação de surdos no Brasil podemos ob

inda em processo de transição. A primeira, denomi

influência muito forte e subsidia-se na intenção d

azendo-o adquirir fala para desenvolver como um

la pela criança surda não é igual ao processo que o

o e natural. Nessa proposta educacional o aluno su

te familiar nem tão pouco no ambiente escolar. O f

xado a desejar na medida em que o letramento oco

al de uma língua.

não é diferente de outros estudos de caso já realiz

ze anos de idade, possui um vocabulário mínimo

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

4959

ue vem sendo realizado na

ano letivo de 2015, com o

identidade.

alizadas em sala de aula,

el de letramento do qual o

mostrar em particular uma

das as suas especificidades,

de pensamento através da

ado desde o início do ano,

ou o ano letivo, o seu

as perspectivas para o

relatadas vão perpassar,

da aquisição de língua, da

dos ao desenvolvimento

articular credibilidade no

anos que o processo tenha

mos observar três fases das

enominada oralista que até

nção de recuperar a pessoa

o uma criança ouvinte. O

que ocorre com a criança

no surdo não pode utilizar

ar. O fato é que a educação

to ocorre muito lentamente

realizados no Brasil e em

ínimo como o de um aluno

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Realização:

em fase de alfabetização, e a leitu

qual se escolheu trabalhar com te

nenhuma escrita nem fala como p

de mundo do aluno e produzindo

por Duffy (1987 apud QUADRO

oralização de uma criança surda, a

muito pouco compreendida pelas p

habilidade de leitura labial e a fa

revolta na fase adulta contra esse

escolar.

A segunda fase da educaçã

ensino da língua oral. O ensino nã

sinais vão sendo inseridos dentro

eficiente tanto no uso da fala o

bimodalismo também não é uma m

aluno MT visto que, tentar encai

própria do surdo como expressão d

mas ainda seria tentar ensinar o p

surdo, o que não é verdade. Isso no

ainda não é dada a oportunidade

parte da história da educação de

bimodalismo.

Porém, estamos presencian

animadores: o bilinguismo. “O bi

propõem tornar acessível à crianç

Essa proposta tem sido aceita pel

língua que ele utiliza como expres

perceber, sentir, experimentar, pro

e comunidade surda; o que permite

com o uso da língua natural que se

artificial ou de uma segunda língua

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a leitura de textos escritos torna-se quase inviáve

om textos os mais visuais possíveis chegando a o

omo ponto de partida para a aquisição de L2, amp

zindo efetivo letramento. Pesquisas desenvolvidas

DROS, 1997, p.23) constataram que mesmo inv

rda, a leitura labial delas capta em média 20% da

pelas pessoas que não fazem parte do seu convívio

e a fala não contribuem para a integração social,

esse tipo de esforço realizado durante o desenvo

ucação de surdos surge da permissão do uso da lín

sino não enfatiza mais o oral unicamente, mas o b

dentro da estrutura da língua portuguesa. A ideia

fala oral quanto no uso dos sinais para fins

uma modalidade interessante para o surdo como t

encaixar o português dentro da Libras não perm

ssão dele e de seu pensamento. Seria um pouco m

ar o português como se fosse essa, a língua L1,

Isso novamente impede o desenvolver do letramen

idade de criar e experimentar a linguagem de for

ão de surdos é baseada nessas duas primeiras fa

enciando uma nova fase no ensino em que, estudos

“O bilinguismo é uma proposta de ensino usada

criança duas línguas no contexto escolar.” (QUA

ita pelo fato de respeitar a Libras como a língua

expressão do pensamento, da linguagem, instrume

r, produzir, ampliar sua visão de mundo, encontrar

ermite ao surdo desenvolver-se como qualquer out

que se dão as relações interpessoais e não é pela es

língua que o surdo terá maior sucesso cognitivo ou

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nviável, daí o motivo pelo

do a optar pelo texto sem

, ampliando assim a visão

lvidas nos Estados Unidos

o investindo por anos na

% da mensagem e a fala é

vívio diário. Também essa

social, trazendo por vezes,

senvolvimento no período

da língua de sinais para o

as o bimodal, e o uso dos

ideia é que o aluno seja

s de comunicação. O

omo também não é para o

permite admitir a língua

uco menos invasivo talvez,

a L1, a língua natural do

ramento na medida em que

de forma natural. A maior

iras fases: o oralismo e o

studos apontam resultados

usada por escolas que se

(QUADROS, 1997, p.27)

língua natural dos surdos,

strumento que ele usa para

contrar-se com uma cultura

er outra criança ouvinte. É

pela escolha de uma língua

tivo ou afetivo, mas isso se

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Realização:

dá sim pela consolidação da ling

estimulado a tentar compreender a

sobre sua expressão de fala; as

singularidade dessas relações total

um processo imprevisível, mas há

que ele possa atribuir sentidos à s

expressa em português.

MT tem 15 anos de idade

Secretaria de Estado de Educação

anos, por numa instituição particu

base de apoio para o desenvolvim

desde os dois anos de idade, sua

Ninguém na família de MT sabe L

escolar MT é bastante participativ

como código de comunicação, e

domínio da língua.

Como professora de portug

língua portuguesa encontrava-se o

aluno que escrevesse o seu nome

diferente, podendo utilizar desen

desenhava com muita habilidade e

televisão, computador, Sky, celula

tristeza, dúvida, raiva, esperteza. T

planejadas e desenvolvidas levand

água, violência.

Mesmo sabendo que o alu

escrito, as primeiras atividades fo

mesmo que todas as atividades re

imagens da internet, e tudo iss

demonstrava certo desinteresse pel

a textos curtos e as atividades eram

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a linguagem. O aluno MT até esse período de s

nder as palavras e as frases, mas não ainda a enten

as relações entre sujeito e linguagem ainda

s totalmente desconsideradas. O contato de MT co

as há que se considerar a preservação de sua língua

os à sua leitura e que assim, a escrita seja mais fá

idade, é estudante do 8º ano do ensino fundam

cação do Distrito Federal. É atendido no contra tu

articular, cujo objetivo é dar suporte aos surdos e

olvimento educacional é o oralismo. Filho de pais

de, sua surdez só foi detectada pela família ado

sabe Libras e ele não possui contato com surdos a

ipativo. Nos primeiros encontros foi perceptível q

ção, eu não estava me fazendo ser entendida, p

português, a preocupação primeira foi em diagnost

se o aluno. Então, na primeira atividade de diagn

nome numa folha de papel em branco, mas que o

desenhos ou palavras que o representasse. Par

dade e representou vários objetos dos quais gostava

celular, pipa, carro, policial e diversas expressões

teza. Tomando por base esse desenho, as atividades

evando em consideração temas como esporte, tecn

o aluno não sabia Libras e também não tinha do

des foram sempre voltadas para a produção do

des recorressem ao uso de imagens, desenhos re

o isso sempre associado à palavra escrita, ain

sse pelas aulas e desânimo em diversos momentos.

es eram muito focadas no vocabulário e na aquisiç

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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o de sua vida escolar, foi

entender o discurso, a agir

ainda são distantes e a

MT com a escrita tem sido

língua nesse processo para

ais fácil e posteriormente

undamental, em escola da

ntra turno escolar, há treze

rdos e suas famílias e cuja

e pais legalmente adotivos

ia adotiva após à adoção.

rdos adultos. No ambiente

tível que ao utilizar Libras

ida, pois aluno não tinha

osticar em que nível de

diagnose, foi solicitado ao

que o fizesse de maneira

Para surpresa, o aluno

ostava, como por exemplo,

ssões faciais como alegria,

idades subsequentes foram

e, tecnologia, ajuda mútua,

nha domínio do português

o do português escrito; e,

hos realizados pelo aluno,

ta, ainda assim, o aluno

entos. O aluno foi exposto

quisição do mesmo, mas o

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Realização:

que se percebia era que o desenvo

isso porque o aluno não tinha dific

palavras. Quando algum texto e

conhecia, cerca de um por cento da

Com a preocupação primei

conceito de verbo diferenciando-

que rendeu descobertas inesperada

Inmediata2, com duração de dois m

aluno MT, seguindo a proposta, d

ações que tinham no vídeo e depo

todo tempo como se escreviam tais

vinte e quatro desenhos com suas

frase. As frases foram sendo const

objetivo era tentar fazer com que

ainda não tinha ocorrido. À medid

Libras. Em seguida, foi dada ao alu

o a movimento e fazendo-o entend

uma vez o aluno foi exposto a o

minutos e Violência Doméstica, 2

sua reprodução, apontava a ação

formando assim uma expressiva

momento o aluno teve dúvidas so

era a escrita das palavras e coloc

atividade o aluno abstraiu o concei

Resultados

Das atividades que vem sen

até então, há de se considerar brev

menores outros ganhos e problem

2 Vídeo escolhido pelo fato de não possui

3 Vídeos escolhidos pelo fato de não poss

infantis.

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senvolvimento da escrita avançava e retrocedia co

a dificuldade em entender os significados e nem m

xto era apresentado ao aluno, ele grifava as

nto das palavras contidas nos textos.

rimeira de como seria possível fazer com que esse

-o de nomes, gramaticalmente falando, foi pro

peradas. Foi proposto ao aluno que assistisse o de

dois minutos, o qual não possui nenhuma fala entr

osta, desenhou todas as palavras novas dos objeto

e depois fez frases com essas palavras, mesmo ten

am tais e tais palavras. Ao todo, entre nomes e verb

suas respectivas palavras e cada palavra associa

construídas no contexto dos fatos corridos no víde

que o aluno diferenciasse os verbos dos nomes

medida que escrevia as palavras também era dado

ao aluno uma explicação básica sobre o conceito

entender por exclusão que, o que não era movime

to a outros dois vídeos: Short Animation Alarm

tica, 2 minutos3. Enquanto MT assistia aos vídeo

ação ou o objeto/pessoa e perguntava como se

ssiva lista dividida em duas colunas: nomes e v

das sobre o que era nome ou verbo, ele simplesm

colocava a palavra no local correto da tabela. A

conceito de trinta e três verbos e seus respectivos si

em sendo desenvolvidas com MT desde o início d

ar brevemente três ganhos e três problemas detecta

roblemas claramente detectáveis. O primeiro ga

possuir fala entre os personagens e não se tratar de animaçãoo possuírem fala entre os personagens e não se tratarem de a

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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dia com a mesma rapidez,

em mesmo em escrever as

as poucas palavras que

e esse aluno apreendesse o

foi proposta uma atividade

e o desenho mudo Entrega

la entre os personagens. O

objetos e/ou pessoas e das

mo tendo de perguntar em

e verbos, o aluno produziu

ssociada à criação de uma

o vídeo. Neste momento o

nomes, o que formalmente

a dado ao aluno o sinal em

ceito de verbo, associando-

ovimento, era nome. Mais

Alarm, com duração de 8

vídeos, ele mesmo parava

mo se escrevia a palavra,

es e verbos. Em nenhum

plesmente solicitava como

. Ao final dessa última

ivos sinais em Libras.

ício do ano letivo de 2015

detectados, sem considerar

iro ganho, e fundamental,

imação com tema infantil. m de animações com temas

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Realização:

desde o início do ano letivo foi ter

conseguir com que houvesse um i

Diante do aluno surdo, com pou

escrita, era preciso atingir o mu

aprendizado em geral, significativo

A primeira atividade de esc

indivíduo, leitor em potencial, ma

assuntos, temas, realidades de inte

com o mesmo para, enfim, com

aprendizagem. O aluno MT começ

ao contato diário com as professo

com a professora de português L2

final do semestre, uma das profess

trabalho de acompanhar o MT em

desse muito mais rápido e de mane

disciplinas. As relações de MT co

interagia em Libras com adultos

professora de L2, bem como as d

momento, os interlocutores capaze

utilizando a língua de sinais.

Desse modooutros sujeientão, por mampliar suae, enfim, co

O segundo ganho, represen

conseguiu fazer uma leitura subs

vivenciá-los, tendo a curiosidade e

Os vídeos foram o primeiro tipo d

Quando MT detecta, sem nenhum

exímia facilidade, observamos que

habilidades vísuo-espacias, está pa

ouvinte com habilidades orais-audi

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foi ter conseguido conhecer e interagir com o sujeit

e um interesse natural dele pelo aprendizado e uso

pouquíssimo uso de Libras e quase nenhum d

o mundo de MT para em seguida procurar alg

icativo.

de escrita foi de fundamental importância para co

ial, mas apático do mundo. Com essa atividade fo

de interesse do aluno e, a partir de então, estabel

começar a ser mediador expressivo nesse p

começou a ter um desenvolvimento bem maior no

ofessoras da sala de recursos que utilizam a língua

ês L2 e também com as colegas do 9º ano. Vale r

rofessoras da sala de recursos, surda, da área de m

T em sala de aula e isso fez com o que o desenvol

e maneira espontânea dada a necessidade em enten

MT com o outro eram muito comprometidas anter

dultos que pudessem mediar conhecimentos com

o as da sala de recursos e, principalmente a prof

capazes de inserir relações sociais significativas po

modo, pode-se dizer que o sujeito se define sempre pos sujeitos... (...) Nesse sentido, toda existência é com, por meio das interações estabelecidas com e pela c

uas relações com o mundo, desenvolver suas funçim, constituir-se sujeito da linguagem. (LODI e LUCIA

presentativo até agora, foi que, por meio dos víd

a substancial desse tipo de texto, com capacida

idade e o desejo de apreender mais sobre o mundo

tipo de texto em que o aluno realmente conseguiu

nhuma dificuldade, a diferença entre verbos e nom

os que de fato o letramento foi efetivo e que o a

passando pelo mesmo processo de aprendizag

auditivas. Percebe-se assim que os vídeos mudos

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sujeito aluno e a partir daí

e uso da Libras como L1.

hum da língua portuguesa

rar algo que tornasse seu

ara conhecer o perfil desse

ade foi possível descobrir

stabelecer interação social

esse processo de ensino-

or no uso da Libras devido

língua para se comunicar,

Vale ressaltar aqui, que ao

a de matemática, iniciou o

envolvimento da Libras se

entender os conteúdos das

s anteriormente já que não

s com o mundo. Logo, a

a professora surda são, no

vas por meio da linguagem

pre por suas relações com os é compartilhada. (...) Será, pela criança que ela poderá s funções mentais superiores UCIANO, 2014, p.34)

os vídeos mudos, o aluno

pacidade de entendê-los e

mundo através dos vídeos.

seguiu atribuir significado.

e nomes, listando-os com

ue o aluno MT, dotado de

ndizagem que uma criança

mudos são uma ferramenta

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UNIVER CENTRO DE ENSINO, PESQ I CONGRESSO NACIONA

Realização:

que não se baseia em contextualiz

estabelecem uma relação discursi

relido, construído e reconstruído p

que mais se aproximou da realidad

de L1, Libras, em que se apr

GUARINELLO, 2007, p.47) pes

bilinguismo ser desenvolvido e im

dos surdos melhoraram. É fazend

atingir a língua do sujeito para inte

numa língua, num código comum

da escolha dos vídeos mudos como

O terceiro ganho tem re

correspondido bem às atividades c

português escrito, começou uma s

palavras relativas aos nomes e às a

ocorreu, o aluno teve a autoestima

escrita baseada nos vídeos assistid

trata de alunos surdos, as estratég

questionáveis, pois, deixar as base

letramento ocorrerá, ainda não é

percorrido pelo surdo para o alcan

está intimamente ligada a hábi

sociocultural”. (SOUZA, 2001 apu

foi dada a possibilidade a MT de

interessou em fazer o uso significa

O primeiro problema detec

português escrito do aluno MT cas

foco único e principal o ensino da

precede à letra. Isso porque n

exclusivamente para o português

uso de imagens visuais para se a

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xtualizar palavras isoladas e não visam a oralizaçã

iscursiva efetiva com o texto tornando-o compree

uído pelo leitor surdo. Fica explícito que essa form

ealidade de sua língua vísuo-espacial bem como d

e apresenta o aluno no momento. Svartholm

7) pesquisadora do modelo bilíngue na Suécia,

o e implantado naquele país a auto-estima, o níve

fazendo alusão a essa pesquisa que se percebe o

ra interagir com os pensamentos e linguagens, é um

mum para então se construir através dele. E essa f

s como estímulo para as atividades posteriores.

relação direta com os dois primeiros. O a

ades com os vídeos passou a demonstrar maior i

uma série de incessantes perguntas de como se e

e às ações que ele detectava nos vídeos assistidos.

estima melhorada quando foi capaz de realizar com

ssistidos. A linguagem escrita é sempre foco de pre

stratégias e métodos para a construção da leitura

bases orais e se apropriar da L1, Libras, como lo

não é muito confortável para o professor de po

alcance da escrita não tem relação com a oralidad

hábitos culturais e aos processos de natura

01 apud GESUELI, 2015, p. 39). Portanto, a partir

de fazer a leitura do mundo através dos vídeos m

nificativo da linguagem escrita.

detectado, e que poderia vir a ser uma barreira pa

caso não fosse observado, foi uma necessidade

no da língua portuguesa escrita sem a preocupação

que nas primeiras atividades a atenção estav

guês escrito e mesmo que as atividades proposta

a se atingir a escrita, elas não eram eficazes porq

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alização do leitor, mas que

mpreensível de ser lido e

sa forma de atividade foi a

omo do nível de aquisição

tholm (1994, 1997 apud

uécia, mostra que após o

o nível de leitura e escrita

ebe o quanto é importante

s, é um ato de se encontrar

essa foi a intenção quando

. O aluno MT após ter

aior interesse pelo uso do

o se escreviam tais e tais

tidos. O letramento de fato

com sucesso a avaliação

de preocupação quando se

eitura e escrita são sempre

omo local primeiro onde o

de português. O caminho

ralidade. “Assim, a escrita

naturalização do mundo

partir do momento em que

ídeos mudos, esse aluno se

eira para o aprendizado do

idade inicial de se ter como

pação de que o letramento

estava voltada única e

opostas perpassassem pelo

s porque o objetivo era a

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Realização:

reprodução da escrita em si, utiliza

soltas quase que sem contexto conc

O letramencompetênciao termo letr‘que é instácultura(s) (GIORDAN

Para partilhar dessa cultura

se “mergulhar em mundos de signi

mundos que trazem para a escola, q

p. 150)

Outro problema detectado e

fluente de sua língua natural L1. H

natural e em convívio com outros

língua de sinais para garantir

pensamento...” (QUADROS, 1997

mais exposto à L1.

O terceiro problema é, no c

da L2, o português escrito. Nesse

portuguesa de maneira formal gram

que os fundamentos para o ensin

apresentando em sua L1. A leitura

primeiramente a leitura de mu

posteriormente, haja apreensão for

tão expressiva, eficiente e adequad

Discussão

O contexto de aquisição de

em que vive. Filho adotivo de p

clínico oralista, e iniciando o uso

apresenta atraso significativo no s

Estudos apontam que o processo d

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utilizando, às vezes até meros treinos de palavras e

to concreto algum.

ramento refere-se a um processo social mais do etências individuais no uso da leitura e da escrita, e aino letramentos, as experiências vividas e pensadas na r

é instável , fugitivo, enigmático, pois ele se encontra a(s) que é(são) também instável(eis), fugitiva(RDANI, 2015, p. 148)

ultura, desse mundo e ser mediador no letramento

e significados, nos tempos e nas narrativas dos mu

cola, que trazem para a prática do ler e escrever...”

ctado e que deve ser superado rapidamente pelo alu

L1. Há necessidade que esse aluno conviva em con

outros usuários da língua. “As crianças surdas p

antir o desenvolvimento da linguagem e, co

, 1997, p.85) Logo, o ideal é que, no momento, o a

é, no caso, um longo caminho a ser traçado por M

Nesse momento há que se ter consciência de q

al gramaticalmente engessada não vai surtir aprend

ensino devem estar focados no letramento efet

leitura é importante para o aprendizado da L2, m

mundo do aluno, de modo a ampliar essa a

ão formal da língua L2. Por isso a leitura textual d

equada para o estágio de língua L1 que MT se enco

ição de linguagem do aluno MT está diretamente

de pais ouvintes, sem contato com surdos adul

o uso da língua de sinais na adolescência fica c

o no seu desenvolvimento linguístico e dificuldad

esso de aquisição de linguagem de crianças surdas

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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vras e elaboração de frases

is do que a habilidades e , e ainda talvez melhor seria

as na relação com um código contra no coração de uma(s) gitiva(s) e enigmática(s)’

ento do aluno MT, há que

os mundos dos surdos, dos

ver...” (GIORDANI, 2015,

elo aluno MT é a aquisição

em contextos de sua língua

rdas precisam ter acesso à

e, conseqüentemente, do

to, o aluno esteja cada vez

por MT, que é a aquisição

de que, ensinar a língua

prendizado nessa língua, e

o efetivo que o aluno for

mas aqui se reconhece

essa a visão e só então,

xtual dos vídeos mudos foi

se encontra.

ente relacionado ao meio

s adultos, com tratamento

fica claro que esse aluno

culdades na aprendizagem.

urdas filhas de pais surdos

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Realização:

que utilizavam uma língua de sina

crianças ouvintes, ou seja, o balbu

exatamente na mesma faixa etária.

linguagem se dê tardiamente, o co

privação linguística de MT, o me

pesquisas realizadas por Goldin-M

escolha dos pais em não expor M

sinais caseiros foi feito, proporcion

de não se tratar de um sistema com

O fato é que, diante do qu

língua seja observado e avaliado p

& CRUZ (2011, p.43) afirmam q

identificar o que está adequado e

adequada intervenção.” Tardiame

necessário saber com exatidão, em

e metas que irão subsidiar o p

QUADROS & CRUZ (2011) indi

informal ou ambos os modos. A

contextos linguísticos naturais, en

padronizados capazes de fornecer

ambas as formas são pertinentes

traçar novos rumos para o trab

intervenção sugeridas por mesmo

língua de sinais precisa ser desenvo

A estimulaçfilhos de paquisição tana compreen(2011, p.87)

As intervenções formais,

realidade de cada aluno. Alguns fu

apud QUADROS & CRUZ, 2011

aluno; adequar seu conhecimento

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e sinais resulta no desenvolvimento compatível ao

balbucio, o aparecimento das primeiras palavras

etária. Porém, esses mesmos estudos mostram que

e, o comprometimento pode ocorrer em nível até c

, o mesmo não foi privado socialmente. Então, a

Meadow (2003 apud QUADROS & CRUZ, 20

por MT a uma língua de sinais, o uso de gestos c

orcionando um ambiente social significativo na vi

a complexo como a língua, tem cumprido seu pape

do quadro do aluno MT, é importante que o proc

iado para que se prossiga avançando no desenvolv

mam que “realizar uma avaliação da linguagem

ado e o que necessita ser adquirido e, posteriorme

rdiamente adquirida a linguagem, como é o c

, em que nível de linguagem esse aluno se encon

r o processo de aprendizagem futuro. O estu

) indica diferentes formas de avaliar a linguagem

A avaliação informal requer que o profissiona

ais, enquanto que a formal requer que sejam ap

rnecer informações sobre o nível lingüístico do alu

entes e podem, além de reduzir a ansiedade do

o trabalho com resultados positivos para o alu

esmo estudo, vêm de encontro à necessidade, já

esenvolvida pelo aluno e, em suporte de apoio, pela

imulação na área da linguagem, principalmente na líng de pais ouvintes, faz-se necessária, pois a maioriaição tardiamente e, por falta de input lingüístico na língmpreensão e na expressão, considerando a faixa estaria., p.87)

mais, não serão sempre as mesmas, elas dever

uns fundamentos teóricos observados por Cool e

, 2011, pp. 88,89,90), são bastantes pertinentes: a

mento e experiência às suas habilidades comunic

ESPECIAL – CEPAE LÂNDIA

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vel ao desenvolvimento de

lavras e frases etc, se dão

m que caso a aquisição da

l até cognitivo. Apesar da

tão, assim como apontam

UZ, 2011, p.33), apesar da

estos como um sistema de

na vida dele, e que apesar

u papel social.

o processo de aquisição de

envolvimento. QUADROS

agem é fundamental para

riormente, possibilitar uma

é o caso de MT, faz-se

encontra e traçar objetivos

estudo experimental de

agem: de maneira formal,

issional avalie o aluno em

m aplicados instrumentos

do aluno. No caso de MT

e do profissional atuante,

o aluno. As técnicas de

de, já detectada, de que a

io, pela família.

na língua de sinais de surdos aioria das crianças inicia a na língua de sinais, há atraso staria. QUADROS & CRUZ

deverão ser adequadas à

ool e colaboradores (1995

: adaptar-se sempre ao

municativas e lingüísticas;

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Realização:

partir dos interesses, das exper

significativa; fazer comentários e

aluno repetir as atividades o que ev

se expressar; reforçar os êxitos, da

autoestima; incentivar o uso da l

julgar, informar etc.; proporcionar

imaginação; fazer perguntas aberta

mesma pergunta; utilizar meios qu

procurar textos que deixem os alun

visual; promover situações lúdica

esquecer a importância dos con

colaboração com a família.

A atividade foi desenvolv

la ao nosso aluno adolescente, pod

com aquisição tardia da linguagem

valer uma proposta bilíngüe, logo

Na busca de metodologias que alc

começaram a buscar textos sem es

leitura. Optaram pelo gênero na

caracterizados pela ausência de d

texto, os alunos discutiam sobre o

histórias a cada releitura e recont

coesão do texto. As narrativas deix

relatos de culturas e crenças dess

então, reproduziam os textos em

vezes. Finalmente, chegavam à esc

leitura não é um mérito somente da

Enfim, fica firmada toda a

especificidades, pensamento e lin

mesmo, infinitas possibilidades d

mundo a construir nele, para ele e

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xperiências e competências do aluno para s

rios enriquecendo e facilitando a interação; evita

que evitará a sensação de fracasso e a inibição; da

tos, dar feedback quando forem capazes de realiza

o da linguagem para suas diferentes funções, sej

cionar a ampliação da linguagem, como falar do p

abertas e que proporcionem serem dadas duas ou

ios que facilitem a compreensão da mensagem, ges

os alunos com dificuldade à vontade; utilizar todo t

lúdicas com contextos informais para utilização

s conteúdos significativos específicos para cada

nvolvida com alunos da 1ª série do ensino fundam

te, pode parecer estranho, mas é preciso lembrar q

uagem. A escola mencionada, busca desenvolver e

, logo tem por base a libras para o ensino da língu

ue alcançassem de fato a visão de mundo dos sur

sem escrita, para que não houvesse influência algu

ro narrativo e escolheram uma série de desenh

a de diálogos falados. Após assistirem ao vídeo,

obre o texto, abstraiam a narrativa de modo grada

recontagem. Assim avançavam na complexidade

as deixaram de ser meras histórias lúdicas ou mora

s desses alunos. Depois criavam novos textos uti

s em libras produzindo vídeos, o que favorecia r

à escrita dos textos em língua portuguesa sem nu

ente da escrita” (CAMPOS, KOBER & MELENDE

oda a credibilidade de que, apesar das dificuldades,

e linguagem não se desassociam, e assim o al

des de sucesso em seu desenvolvimento linguíst

ele e um mundo a construir no outro através dele.

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ara se ter aprendizagem

; evitar corrigir fazendo o

ão; dar tempo para o aluno

realizar, o que aumentará a

s, sejam elas argumentar,

r do passado, do futuro, da

as ou três respostas para a

m, gestos, expressões, etc.;

todo tipo de representação

ização da linguagem; não

a cada aluno; estabelecer

ndamental e, correlacioná-

brar que, MT é um aluno

olver estratégias para fazer

língua portuguesa escrita.

os surdos, os profissionais

ia alguma do português na

desenhos animados, todos

ídeo, recurso portador do

gradativo e ampliavam as

idade das narrativas e na

u moralizantes, para serem

tos utilizando o desenho e

ecia reler o texto diversas

sem nunca esquecer “que a

ENDES, 2015, p.57)

des, das diferenças e das

o aluno MT tem, em si

guístico. MT possui um

dele.

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Realização:

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