ultrasom - medição espessura - abnt

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  • ABNT/ONS-58 PROJETO DE REVISO ABNT NBR 15824

    MARO 2012

    NO TEM VALOR NORMATIVO

    Ensaios no destrutivos Ultrassom Medio de espessura

    APRESENTAO

    1) Este Projeto de Reviso circulou em Consulta Nacional no Edital n 10:2011 no periodo de 14.10.2011 a 14.12.2011,indevidamente com o numero Projeto ABNT 58:000.06-005.

    2) Este 2 Projeto de Reviso foi elaborado pela Comisso de Estudo de Ultrassom (CE-58:000.06) do ABNT/ONS-58 Ensaios No Destrutivos, nas reunies de:

    28.10.2010 25.11.2010 24.02.2011

    28.04.2011 30.06.2011 25.08.2011

    3) Este Projeto de Reviso previsto para cancelar e substituir a edio anterior (ABNT NBR 15824:2010), quando aprovado, sendo que nesse nterim a referida norma continua em vigor;

    4) No tem valor normativo;

    5) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta informao em seus comentrios, com documentao comprobatria;

    6) Este Projeto de Norma ser diagramado conforme as regras de editorao da ABNT quando de sua publicao como Norma Brasileira.

    7) Tomaram parte na elaborao deste Projeto:

    Participante Representante

    ABENDI Ana Paula M. Giolo

    BRASITEST Ricardo Taveira

    CONFAB INDUSTRIAL Heleno Ribeiro Simes

    CONFAB INDUSTRIAL Robson Pedroso Mano

    DEBERNARDO Vitor Hugo Sarmento Debernardo

    DRUCK BRASIL Wagner Romano

    ELETROBRAS Paulo da Cruz Silva

    PETROBRAS/SEQUI Humberto Silva Campinho

    PETROBRAS/SEQUI Marcos Aiub de Mello

    PETROBRAS/SEMAPI Paulo Csar Francisco Henriques

  • ABNT/ONS-58 PROJETO DE REVISO ABNT NBR 15824

    MARO 2012

    NO TEM VALOR NORMATIVO 2/2

    PETROBRAS Romildo Rudek Junior

    TRANSPETRO Luis Gustavo Lacerda da Silva

    USIMINAS Daniel Bojikian Matsubara

    USIMINAS Reinaldo Costa

  • ABNT/ONS-58 PROJETO DE REVISO ABNT NBR 15824

    MARO 2012

    NO TEM VALOR NORMATIVO 1/11

    Ensaios no destrutivos Ultrassom Medio de espessura

    Non-destructive testing Ultrasound Measurement of thickness

    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) chama ateno para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsvel pela identificao de quaisquer direitos de patentes.

    O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte:

    Scope

    This Standard specifies the method of non-destructive examination using ultrassonic for thickness measurement, in hot and cold conditions and submerged parts of marine facilities, using digital direct readout equipment.

    The materials to be inspectioned are those which the ultrasound propagation are linear and it is possible to associate the time of flight by the sound with the through-out distance.

    1 Escopo

    1.1 Esta Norma especifica o mtodo de ensaio no destrutivo por ultrassom para medio de espessura a quente, a frio e das partes submersas de instalaes martimas com instrumento de medio digital, com leitura direta.

    1.2 Os materiais a serem inspecionados so aqueles que apresentam propagao linear do ultrassom, permitindo associar o tempo de trnsito com a distncia percorrida pelo som.

    2 Referncias normativas

    Os documentos relacionados a seguir so indispensveis aplicao deste documento. Para referncias datadas, aplicam-se somente as edies citadas. Para referncias no datadas, aplicam-se as edies mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

    PNM 24:02-00002, Ensaios no destrutivos Ultrassom Terminologia

    ABNT NBR 15549, Ensaios no destrutivos - Ultra-som - Verificao da aparelhagem de medio de espessura de parede para inspeo subaqutica

  • ABNT/ONS-58 PROJETO DE REVISO ABNT NBR 15824

    MARO 2012

    NO TEM VALOR NORMATIVO 2/11

    ABNT NBR ISO/IEC 17024, Avaliao de conformidade Requisitos gerais para organismos que realizam certificao de pessoas

    ABNT NBR NM ISO 9712, Ensaios no destrutivos Qualificao e certificao de pessoal

    ASTM D 808, Test Method for chlorine in new and used petroleum products (bomb method)

    3 Termos e definies

    Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e as definies da PNM 24:02-00002 e os seguintes.

    3.1 ajuste conjunto de operaes efetuadas em um sistema de medio, de modo que ele fornea indicaes prescritas correspondentes a determinados valores de uma grandeza a ser medida

    NOTA 1 Diversos tipos de ajuste de um sistema de medio incluem a regulagem de zero, a regulagem de defasagem (s vezes chamada regulagem de offset) e a regulagem de amplitude (s vezes chamada regulagem de ganho).

    NOTA 2 O ajuste de um sistema de medio no deve ser confundido com calibrao, a qual um pr-requisito para o ajuste.

    NOTA 3 Aps um ajuste de um sistema de medio, tal sistema geralmente deve ser recalibrado.

    [VIM 2009]

    3.2 calibrao operao que estabelece, numa primeira etapa e sob condies especificadas, uma relao entre os valores e as incertezas de medio fornecidas por padres e as indicaes correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informao para estabelecer uma relao, visando obteno de um resultado de medio a partir de uma indicao

    NOTA 1 Uma calibrao pode ser expressa por meio de uma declarao, uma funo de calibrao, um diagrama de calibrao, uma curva de calibrao ou uma tabela de calibrao. Em alguns casos, pode consistir em uma correo aditiva ou multiplicativa da indicao com uma incerteza de medio associada.

    NOTA 2 Convm no confundir a calibrao com o ajuste de um sistema de medio, freqentemente denominado de maneira imprpria de autocalibrao, nem com a verificao da calibrao.

    NOTA 3 Frequentemente, apenas a primeira etapa na definio acima entendida como sendo calibrao.

    [VIM 2009]

    3.3 ensaio de ultrassom mecanizado ensaio cuja movimentao do cabeote e transferncia de posio se d com auxlio de dispositivos mecnicos motorizados ou no

    [ABNT NBR 6002]

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    MARO 2012

    NO TEM VALOR NORMATIVO 3/11

    3.4 medio de espessura submersa medio realizada em superfcie de partes de instalaes submersas

    3.5 medio de espessura a frio medio realizada em superfcie com temperatura menor ou igual a 60 C

    3.6 medio de espessura a quente medio realizada em superfcie com temperatura superior a 60 C

    3.7 sistema computadorizado de ultrassom sistema no qual a aquisio e o tratamento de dados so efetuados com recursos computacionais

    3.8 verificao do sistema de medio atividade executada periodicamente pelo usurio para verificar se o desempenho de um sistema de medio (equipamento, cabeote e cabo) atende aos requisitos especificados, conforme evidncia objetiva

    4 Qualificao de pessoal

    4.1 Profissionais de ultrassom

    A execuo e superviso do ensaio, bem como a qualificao do procedimento de execuo do ensaio, devem ser realizadas por profissionais certificados conforme a ABNT NBR ISO 9712.

    4.2 Profissionais de ultrassom submerso

    Os profissionais devem ser certificados por um organismo de certificao de pessoas acreditado conforme ABNT NBR NM ISO/IEC 17024, com requisitos especficos para o setor subaqutico.

    5 Procedimento escrito

    5.1 O procedimento escrito deve conter no mnimo as seguintes informaes:

    a) nome do emitente, numerao do procedimento e indicao de reviso;

    b) objetivo;

    c) normas de referncia para a elaborao e qualificao do procedimento;

    d) material, faixa de espessura, temperatura a ser ensaiada e, caso aplicvel, dimetro e raio de curvatura. Para a medio a frio, a diferena mxima entre a temperatura do bloco-padro e a pea a ser ensaiada deve ser de 14 oC;

    e) instrumento de medio por ultrassom: tipo, fabricante e modelo, faixa de medio e, no caso de inspeo submersa, incluir a profundidade mxima de utilizao;

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    f) sistemas de aquisio de dados computadorizados, incluindo programa de computador (software), verso do programa e sistema de alarme automtico, quando aplicvel;

    g) cabeote: tipo, dimenses, frequncia, faixa de medio, fabricante e modelo;

    h) ajuste do sistema de medio;

    i) tcnica, periodicidade e registro de calibrao do sistema de medio;

    j) qualificao de pessoal;

    k) condio superficial e tcnica de preparao;

    l) acoplante, citando a faixa de temperatura;

    m) tcnica de varredura, incluindo a superfcie de realizao do ensaio;

    n) descrio do sistema de varredura (manual ou mecanizado);

    o) tcnica de correo de temperatura para a medio a quente;

    p) critrios de registro da medio encontrada, especificados pela contratante;

    q) sistemtica de identificao, rastreabilidade e registro de resultados;

    NOTA A descrio da sistemtica de registro de resultados pode ser dispensada de constar no procedimento de ensaio a critrio da contratante, se o executante utilizar um sistema de qualidade certificado.

    r) requisitos de segurana, sade e meio ambiente;

    s) relatrio de ensaio.

    5.2 O procedimento escrito deve ser qualificado primeiramente na condio ambiente, conforme descrito em 8.1 e 8.2, de acordo com a norma especfica do produto, ou critrio definido pelo contratante, e as evidncias da qualificao devem estar disponveis para apreciao da contratante.

    NOTA A norma especfica do produto pode ser uma norma de projeto, construo, fabricao, montagem ou inspeo em servio, que estabelece os requisitos tcnicos referentes a material, montagem e inspeo nos projetos de fabricao e construo de produtos ou equipamentos.

    5.3 Quando no estabelecido na norma especfica do produto, a qualificao do procedimento deve ser efetuada no mnimo em trs espessuras diferentes do bloco-padro, realizando em cada espessura uma srie de cinco leituras, compreendidas na faixa para a qual o instrumento de medio considerado calibrado. O procedimento deve ser considerado qualificado nessa faixa de espessura, se o desvio de cada uma das leituras for igual ou inferior a 0,2 mm (ou outro valor especificado no projeto), em relao ao padro

    5.4 No caso da inspeo submersa, o desvio de cada uma das leituras deve atender ao especificado na Tabela 1.

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    Tabela 1 Erro mximo admissvel das medidas de espessura de parede na inspeo submersa

    Faixa de espessura mm

    Erro mximo admissvel mm

    1,0 a 4,0 0,1 4,1 a 25,0 0,2

    25,1 a 99,9 0,3

    5.5 No caso da medio a quente, quando no citado na norma especfica do produto, o procedimento deve ser qualificado somente quando o instrumento de medio for verificado com dois blocos-padro, sendo um na temperatura ambiente e outro na temperatura a quente na mesma espessura, ou um mesmo bloco nessas duas temperaturas em dois momentos distintos.

    5.6 Para calcular o fator de correo, dividir o valor da espessura a frio pelo valor da espessura a quente. Para calcular o valor da espessura real, deve-se multiplicar o valor da espessura medida a quente pelo fator de correo.

    5.7 Sempre que quaisquer das informaes especificadas em 5.1 forem alteradas, deve ser emitida uma reviso do procedimento escrito.

    5.8 Sempre que quaisquer das variveis citadas em 5.1 - c), d), e), f), g), h), i) (quando requerido), k, l), m) e n) forem alteradas, o procedimento deve ser requalificado.

    6 Instrumento de medio

    6.1 Instrumento de medio por ultrassom para medio de espessura com leitura digital direta com resoluo melhor ou igual a 0,1 mm.

    6.2 O instrumento de medio por ultrassom para a medio de espessura submersa deve atender Tabela 1.

    6.3 Cabeotes do tipo normal ou duplo cristal (ondas longitudinais), que para a medio de espessura a quente, devem ser apropriados temperatura de trabalho.

    6.4 Acoplante com propriedade de transmisso snica do cabeote para a pea e que no contamine ou dificulte a preparao da superfcie para a etapa subsequente inspeo. Deve ser adotado um acoplante adequado temperatura de ensaio.

    6.5 Blocos-padro de material acusticamente similar ao ensaiado, cuja integridade, rugosidade superficial e dimenses (espessura nominal com tolerncia de 0,05 mm) esto de acordo com a norma especfica do produto.

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    6.6 A verificao do sistema de medio deve ser realizada periodicamente quanto integridade do seu estado fsico.

    6.7 A instrumentao para medio de espessura submersa deve ser verificada conforme a ABNT NBR 15549, quando da qualificao do procedimento e anualmente.

    7 Calibrao do sistema de medio

    Os itens do sistema de medio que devem ser periodicamente calibrados so o instrumento de medio por ultrassom, cabeote e blocos-padro.

    A periodicidade de calibrao do medidor de espessura por ultrassom no deve ser superior a 24 meses.

    NOTA 1 Os certificados de calibrao so emitidos por laboratrios acreditados conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025. Quando no houver laboratrio acreditado para a grandeza a ser calibrada, podem ser utilizados laboratrios com padres rastreados Rede Brasileira de Calibrao (RBC) ou laboratrio com seu sistema metrolgico nacional ou internacionalmente reconhecido.

    NOTA 2 A periodicidade de calibrao dos itens do sistema de medio descritos acima depende da frequncia e condies de utilizao. Recomenda-se que a periodicidade de calibrao no seja superior a 12 meses.

    NOTA 3 Qualquer reparo ou manuteno no sistema de medio implica necessidade de nova calibrao, independentemente da periodicidade estabelecida.

    8 Ajuste no sistema de medio

    8.1 O ajuste deve ser executado em um bloco-padro. O instrumento de medio deve ser considerado regulado para medir espessura em uma faixa de 25 % da espessura do bloco-padro. Para instrumentos de medio de espessura submersa que no possuem controle externo de ajuste da calibrao, a preciso das leituras no bloco-padro deve ser conforme estabelecido na Tabela 1. A calibrao deve ser efetuada nas condies emersa e submersa, antes e aps a realizao das medies.

    EXEMPLO Se o ajuste for feito em um bloco-padro de 100 mm de espessura, o sistema de medio est regulado para medir espessura de 75 mm a 125 mm.

    8.2 O ajuste da velocidade ultrassnica, se necessrio, deve ser efetuado na espessura aplicvel do bloco-padro, na temperatura ambiente. O desvio mximo permissvel durante o ajuste deve ser de 0,1 mm.

    8.3 Para instrumentos de medio que possuem sistema interno de compensao do Caminho V (V-Path), no se aplica o descrito em 8.1 e devem ser seguidas as recomendaes do fabricante. Adicionalmente a estas recomendaes, deve ser efetuado pelo menos um ajuste em uma espessura do bloco-padro maior ou igual a espessura a ser medida, e deve ser verificado se o ajuste mantido para a menor espessura a ser medida.

    8.4 O ajuste deve ser efetuado diariamente a cada:

    a) incio da inspeo;

    b) 8 h de inspeo no mximo;

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    c) reincio da inspeo aps cada interrupo;

    d) final da inspeo;

    e) 10 pontos no caso de medio a quente, no mximo.

    8.5 A verificao do ajuste, quando executado conforme b), c), d) e e), deve ser de 0,1 mm (ou outro valor especificado no produto), e as medies devem ser refeitas desde a ltima verificao satisfatria.

    9 Preparao da superfcie

    9.1 A superfcie de ensaio deve ser adequada para permitir o acoplamento. Se for necessrio, as superfcies podem ser esmerilhadas, jateadas, escovadas, raspadas ou preparadas de alguma outra forma, para a realizao do ensaio. Deve ser citada a tcnica a ser empregada na preparao da superfcie.

    9.2 No caso de medio de espessura submersa, os pontos selecionados devem ser limpos em uma extenso de 50 mm de dimetro, no podendo ficar qualquer resduo que possa provocar distores nas medies.

    9.3 A camada de revestimento ou pintura deve ser removida. Caso no seja possvel, o bloco-padro deve possuir o mesmo revestimento e espessura de camada, exceto se o instrumento de medio possuir capacidade de medio desprezando o valor da espessura de camada.

    9.4 Para aos inoxidveis austenticos e ligas de nquel, as ferramentas de preparao de superfcie destes materiais devem ser exclusivamente utilizadas e atender aos seguintes requisitos:

    a) ser de ao inoxidvel ou revestidas com este material;

    b) os discos de corte e esmerilhamento devem ter alma de nilon ou similar.

    10 Acoplantes

    10.1 O acoplante deve ter boa propriedade de molhar a superfcie, podendo ser lquido ou pastoso, no sendo permitido acoplante oleoso quando prejudicar a preparao (limpeza) da superfcie para a realizao de outro ensaio no destrutivo.

    10.2 No caso de medio de espessura de aos inoxidveis austenticos, o teor de cloro e flor deve ser analisado pela evaporao de 50 g do acoplante, colocando-o em uma placa de Petri descoberta de 150 mm de dimetro e aquecendo-o temperatura de 90 oC a 100 oC por 60 min. Se a massa do resduo for igual ou superior a 0,0 025 g, este deve ser analisado conforme a ASTM D 808. O teor de cloro somado ao flor no deve exceder 1 % do resduo em peso.

    10.3 Para medio a quente, utilizar acoplante apropriado para temperaturas elevadas, observando os pontos de fuso e solidificao, nas vrias temperaturas previstas. O acoplante deve ser aplicado no cabeote e no na superfcie a ser medida.

    11 Avaliao da espessura

    11.1 Para medies de espessura a frio, o valor real da medio deve ser obtido atravs de no mnimo duas leituras consecutivas com desvio igual ou menor que 0,2 mm. Caso no seja possvel obter a

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    espessura aceitvel na suas primeiras medies, deve ser repetida a medio at que seja satisfeito este item.

    11.2 Para medies de espessura a quente, para se obterem as medidas corretas, deve-se aguardar a total estabilizao da leitura durante a medio, dentro do tempo mximo de contato do cabeote com a superfcie, recomendado pelo fabricante. O cabeote deve ser resfriado aps cada medio.

    11.3 No caso da medio de espessura a quente, deve ser aplicada uma das tcnicas de correo descritas em 11.3.1 a 11.3.3.

    11.3.1 Esta tcnica pode ser utilizada quando for satisfatrio determinar um valor aproximado da espessura. Como a velocidade ultrassnica diminui 1 (m/s)/ C com o aumento da temperatura, a espessura aproximada deve ser obtida aplicando-se a seguinte frmula:

    ( )sa

    samqa V

    TkVEE =

    onde

    Ea a espessura aproximada, expressa em milmetros (mm);

    Emq a espessura medida a quente, expressa em milmetros (mm);

    Vsa a velocidade ultrassnica no bloco temperatura ambiente, expressa em metros por segundo (m/s);

    T a diferena de temperatura da superfcie do bloco e do material inspecionado, expressa em graus Celsius (oC);

    K a constante de reduo da velocidade em funo do aumento da temperatura igual a 1 (m/s)/oC.

    11.3.2 Esta tcnica no deve ser empregada para se obterem valores precisos de medio de espessura. A obteno de valores precisos deve ser executada conforme 5.4.

    11.3.3 Outra tcnica de correo pode ser empregada, desde que seus resultados sejam validados confrontando-os com os obtidos pela tcnica descrita em 11.3.2.

    11.4 Para a medio de espessura submersa, cada ponto selecionado deve ser objeto de trs medies diferentes registrando-se a menor, desde que as medies no difiram entre si em mais de 0,5 mm. Caso ocorra diferena maior que 0,5 mm, deve ser efetuada a calibrao do instrumento, repetindo-se as medies. Persistindo a discrepncia, os trs valores devem ser registrados.

    12 Critrios de aceitao e registro

    O critrio de registro e aceitao do resultado da medio da espessura deve estar de acordo com as normas especficas do produto. Para inspeo em servio, o critrio de aceitao deve ser aquele indicado pela contratante.

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    13 Sistemtica de registro dos resultados e rastreabilidade

    13.1 O registro dos resultados deve apresentar um mapa, croqui ou isomtrico, indicando a localizao dos pontos de medio na pea ou equipamento.

    13.2 Os resultados das medies nos relatrios devem ser indicados de forma que seja possvel a correlao entre o mapa/relatrio e a localizao fsica na pea ou equipamento.

    13.3 A descrio da sistemtica de registro de resultados pode ser dispensada de constar no procedimento de inspeo, a critrio da contratante, se o executante apresentar em seu sistema da qualidade uma sistemtica que atenda ao descrito em 13.1.

    14 Relatrio de ensaio

    Os resultados das medies devem ser registrados em um relatrio contendo no mnimo as seguintes informaes:

    a) nome do emitente (empresa executante);

    b) identificao do relatrio que permita a rastreabilidade;

    c) nmero e reviso do procedimento;

    d) condies da superfcie;

    e) modelo, nmero de srie e/ou identificao unvoca do sistema de medio;

    f) sistema de aquisio de dados computadorizados, incluindo programa de computador (software) e verso do programa, quando aplicvel;

    g) equipamento de varredura, quando usado;

    h) temperatura da pea;

    i) espessura do bloco-padro utilizado;

    j) velocidade snica;

    k) tcnica e fator de correo utilizados para medio a quente;

    l) normas e/ou valores de referncia para interpretao dos resultados;

    m) registro dos resultados de medio;

    n) parecer indicando aceitao, quando definido pelo contratante;

    o) data da realizao do ensaio;

    p) identificao, assinatura e nvel do inspetor responsvel.

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    15 Requisitos de segurana, meio ambiente e sade

    15.1 Antes do incio dos trabalhos de inspeo dentro das instalaes da contratante, deve ser obtida uma permisso de trabalho, conforme a norma especfica do produto, onde so definidos os requisitos de segurana para a execuo dos trabalhos de inspeo. Em caso de no conformidade, comunicar ao rgo gestor da segurana industrial e meio ambiente.

    15.2 Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais, riscos e perigos causados pela inspeo por ultrassom. Cuidados adicionais devem ser tomados na inspeo de equipamentos em operao.

    15.3 Utilizar os equipamentos de proteo individual necessrios para execuo dos servios de inspeo, de acordo com a Portaria n 3214 do Ministrio do Trabalho.

    15.4 Os acessos, andaimes e iluminao devem ser suficientes e adequados para a execuo da inspeo por ultrassom.

    15.5 Os trabalhos executados em reas prximas no devem oferecer riscos segurana da equipe e da inspeo por ultrassom.

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    Bibliografia

    [1] Portaria n 29/95, Vocabulrio Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia (VIM) 2009

    Ensaios no destrutivos Ultrassom Medio de espessuraEnsaios no destrutivos Ultrassom Medio de espessuraNon-destructive testing Ultrasound Measurement of thickness1 Escopo1.1 Esta Norma especifica o mtodo de ensaio no destrutivo por ultrassom para medio de espessura a quente, a frio e das partes submersas de instalaes martimas com instrumento de medio digital, com leitura direta.1.2 Os materiais a serem inspecionados so aqueles que apresentam propagao linear do ultrassom, permitindo associar o tempo de trnsito com a distncia percorrida pelo som.

    2 Referncias normativas3 Termos e definies4 Qualificao de pessoal4.1 Profissionais de ultrassom4.2 Profissionais de ultrassom submerso

    5 Procedimento escrito5.1 O procedimento escrito deve conter no mnimo as seguintes informaes:5.2 O procedimento escrito deve ser qualificado primeiramente na condio ambiente, conforme descrito em 8.1 e 8.2, de acordo com a norma especfica do produto, ou critrio definido pelo contratante, e as evidncias da qualificao devem estar disponveis para apreciao da contratante.5.3 Quando no estabelecido na norma especfica do produto, a qualificao do procedimento deve ser efetuada no mnimo em trs espessuras diferentes do bloco-padro, realizando em cada espessura uma srie de cinco leituras, compreendidas na faixa para a qual o instrumento de medio considerado calibrado. O procedimento deve ser considerado qualificado nessa faixa de espessura, se o desvio de cada uma das leituras for igual ou inferior a 0,2 mm (ou outro valor especificado no projeto), em relao ao padro5.4 No caso da inspeo submersa, o desvio de cada uma das leituras deve atender ao especificado na Tabela 1.5.5 No caso da medio a quente, quando no citado na norma especfica do produto, o procedimento deve ser qualificado somente quando o instrumento de medio for verificado com dois blocos-padro, sendo um na temperatura ambiente e outro na temperatura a quente na mesma espessura, ou um mesmo bloco nessas duas temperaturas em dois momentos distintos.5.6 Para calcular o fator de correo, dividir o valor da espessura a frio pelo valor da espessura a quente. Para calcular o valor da espessura real, deve-se multiplicar o valor da espessura medida a quente pelo fator de correo.5.7 Sempre que quaisquer das informaes especificadas em 5.1 forem alteradas, deve ser emitida uma reviso do procedimento escrito.5.8 Sempre que quaisquer das variveis citadas em 5.1 - c), d), e), f), g), h), i) (quando requerido), k, l), m) e n) forem alteradas, o procedimento deve ser requalificado.

    6 Instrumento de medio6.1 Instrumento de medio por ultrassom para medio de espessura com leitura digital direta com resoluo melhor ou igual a 0,1 mm.6.2 O instrumento de medio por ultrassom para a medio de espessura submersa deve atender Tabela 1.6.3 Cabeotes do tipo normal ou duplo cristal (ondas longitudinais), que para a medio de espessura a quente, devem ser apropriados temperatura de trabalho.6.4 Acoplante com propriedade de transmisso snica do cabeote para a pea e que no contamine ou dificulte a preparao da superfcie para a etapa subsequente inspeo. Deve ser adotado um acoplante adequado temperatura de ensaio.6.5 Blocos-padro de material acusticamente similar ao ensaiado, cuja integridade, rugosidade superficial e dimenses (espessura nominal com tolerncia de ( 0,05 mm) esto de acordo com a norma especfica do produto.6.6 A verificao do sistema de medio deve ser realizada periodicamente quanto integridade do seu estado fsico.6.7 A instrumentao para medio de espessura submersa deve ser verificada conforme a ABNTNBR 15549, quando da qualificao do procedimento e anualmente.

    7 Calibrao do sistema de medio8 Ajuste no sistema de medio8.1 O ajuste deve ser executado em um bloco-padro. O instrumento de medio deve ser considerado regulado para medir espessura em uma faixa de (25% da espessura do bloco-padro.Para instrumentos de medio de espessura submersa que no possuem controle externo de ajuste da calibrao, a preciso das leituras no bloco-padro deve ser conforme estabelecido na Tabela 1. A calibrao deve ser efetuada nas condies emersa e submersa, antes e aps a realizao das medies.

    8.2 O ajuste da velocidade ultrassnica, se necessrio, deve ser efetuado na espessura aplicvel do bloco-padro, na temperatura ambiente. O desvio mximo permissvel durante o ajuste deve ser de 0,1 mm.8.3 Para instrumentos de medio que possuem sistema interno de compensao do Caminho V (V-Path), no se aplica o descrito em 8.1 e devem ser seguidas as recomendaes do fabricante. Adicionalmente a estas recomendaes, deve ser efetuado pelo menos um ajuste em uma espessura do bloco-padro maior ou igual a espessura a ser medida, e deve ser verificado se o ajuste mantido para a menor espessura a ser medida.8.4 O ajuste deve ser efetuado diariamente a cada:8.5 A verificao do ajuste, quando executado conforme b), c), d) e e), deve ser de 0,1 mm (ou outro valor especificado no produto), e as medies devem ser refeitas desde a ltima verificao satisfatria.

    9 Preparao da superfcie9.1 A superfcie de ensaio deve ser adequada para permitir o acoplamento. Se for necessrio, as superfcies podem ser esmerilhadas, jateadas, escovadas, raspadas ou preparadas de alguma outra forma, para a realizao do ensaio. Deve ser citada a tcnica a ser empregada na preparao da superfcie.9.2 No caso de medio de espessura submersa, os pontos selecionados devem ser limpos em uma extenso de 50mm de dimetro, no podendo ficar qualquer resduo que possa provocar distores nas medies.9.3 A camada de revestimento ou pintura deve ser removida. Caso no seja possvel, o bloco-padro deve possuir o mesmo revestimento e espessura de camada, exceto se o instrumento de medio possuir capacidade de medio desprezando o valor da espessura de camada.9.4 Para aos inoxidveis austenticos e ligas de nquel, as ferramentas de preparao de superfcie destes materiais devem ser exclusivamente utilizadas e atender aos seguintes requisitos:

    10 Acoplantes10.1 O acoplante deve ter boa propriedade de molhar a superfcie, podendo ser lquido ou pastoso, no sendo permitido acoplante oleoso quando prejudicar a preparao (limpeza) da superfcie para a realizao de outro ensaio no destrutivo.10.2 No caso de medio de espessura de aos inoxidveis austenticos, o teor de cloro e flor deve ser analisado pela evaporao de 50 g do acoplante, colocando-o em uma placa de Petri descoberta de 150 mm de dimetro e aquecendo-o temperatura de 90 oC a 100 oC por 60 min. Se a massa do resduo for igual ou superior a 0,0 025g, este deve ser analisado conforme a ASTM D 808. O teor de cloro somado ao flor no deve exceder 1 % do resduo em peso.10.3 Para medio a quente, utilizar acoplante apropriado para temperaturas elevadas, observando os pontos de fuso e solidificao, nas vrias temperaturas previstas. O acoplante deve ser aplicado no cabeote e no na superfcie a ser medida.

    11 Avaliao da espessura11.1 Para medies de espessura a frio, o valor real da medio deve ser obtido atravs de no mnimo duas leituras consecutivas com desvio igual ou menor que 0,2 mm. Caso no seja possvel obter a espessura aceitvel na suas primeiras medies, deve ser repetida a medio at que seja satisfeito este item.11.2 Para medies de espessura a quente, para se obterem as medidas corretas, deve-se aguardar a total estabilizao da leitura durante a medio, dentro do tempo mximo de contato do cabeote com a superfcie, recomendado pelo fabricante. O cabeote deve ser resfriado aps cada medio.11.3 No caso da medio de espessura a quente, deve ser aplicada uma das tcnicas de correo descritas em 11.3.1 a 11.3.3.11.3.1 Esta tcnica pode ser utilizada quando for satisfatrio determinar um valor aproximado da espessura. Como a velocidade ultrassnica diminui 1 (m/s)/ C com o aumento da temperatura, a espessura aproximada deve ser obtida aplicando-se a seguinte frmula:11.3.2 Esta tcnica no deve ser empregada para se obterem valores precisos de medio de espessura. A obteno de valores precisos deve ser executada conforme 5.4.11.3.3 Outra tcnica de correo pode ser empregada, desde que seus resultados sejam validados confrontando-os com os obtidos pela tcnica descrita em 11.3.2.

    11.4 Para a medio de espessura submersa, cada ponto selecionado deve ser objeto de trs medies diferentes registrando-se a menor, desde que as medies no difiram entre si em mais de 0,5mm. Caso ocorra diferena maior que 0,5mm, deve ser efetuada a calibrao do instrumento, repetindo-se as medies. Persistindo a discrepncia, os trs valores devem ser registrados.

    12 Critrios de aceitao e registro13 Sistemtica de registro dos resultados e rastreabilidade13.1 O registro dos resultados deve apresentar um mapa, croqui ou isomtrico, indicando a localizao dos pontos de medio na pea ou equipamento.13.2 Os resultados das medies nos relatrios devem ser indicados de forma que seja possvel a correlao entre o mapa/relatrio e a localizao fsica na pea ou equipamento.13.3 A descrio da sistemtica de registro de resultados pode ser dispensada de constar no procedimento de inspeo, a critrio da contratante, se o executante apresentar em seu sistema da qualidade uma sistemtica que atenda ao descrito em 13.1.

    14 Relatrio de ensaio15 Requisitos de segurana, meio ambiente e sade15.1 Antes do incio dos trabalhos de inspeo dentro das instalaes da contratante, deve ser obtida uma permisso de trabalho, conforme a norma especfica do produto, onde so definidos os requisitos de segurana para a execuo dos trabalhos de inspeo. Em caso de no conformidade, comunicar ao rgo gestor da segurana industrial e meio ambiente.15.2 Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais, riscos e perigos causados pela inspeo por ultrassom. Cuidados adicionais devem ser tomados na inspeo de equipamentos em operao.15.3 Utilizar os equipamentos de proteo individual necessrios para execuo dos servios de inspeo, de acordo com a Portaria n 3214 do Ministrio do Trabalho.15.4 Os acessos, andaimes e iluminao devem ser suficientes e adequados para a execuo da inspeo por ultrassom.15.5 Os trabalhos executados em reas prximas no devem oferecer riscos segurana da equipe e da inspeo por ultrassom.