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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS
CYBELLE BEZERRA MEDEIROS NÓBREGA
RELATO DA EXPERIÊNCIA DE UMA PROFISSIONAL DE RELAÇÕES
PÚBLICAS NUMA ONG FEMINISTA
JOÃO PESSOA
2019
CYBELLE BEZERRA MEDEIROS NÓBREGA
RELATO DA EXPERIÊNCIA DE UMA PROFISSIONAL DE RELAÇÕES
PÚBLICAS NUMA ONG FEMINISTA
Artigo científico apresentado ao Centro de Comunicação, Turismo
e Artes, da Universidade Federal da Paraíba, como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel(a) em Relações Públicas.
Orientadora: Prof. Dra. Glória Rabay
JOÃO PESSOA
2019
CYBELLE BEZERRA MEDEIROS NÓBREGA
RELATO DA EXPERIÊNCIA DE UMA PROFISSIONAL DE RELAÇÕES
PÚBLICAS NUMA ONG FEMINISTA
Artigo científico apresentado ao Centro de Comunicação, Turismo e Artes, da Universidade
Federal da Paraíba, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel(a) em
Relações Públicas.
Resultado: ______________ Nota:__________________
Banca examinadora:
_______________________________________________________________________
Prof. Dra. Glória Rabay (orientadora)
________________________________________________________________________
Prof. Me. Andréa Karinne Albuquerque Maia (examinadora)
_________________________________________________________________________
Prof. Dra. Fernanda Gabriela Gadelha Romero (examinadora)
Agradecimentos
Antes de começar a escrever meu trabalho achei que a parte de agradecimentos
seria bem pequena, mas o processo foi longo e doloroso. Obtive a ajuda de pessoas
muito importantes para que esse projeto fosse finalmente concluído.
Primeiramente, agradeço a Deus pelo apoio incondicional e a Maria por sua
intercessão, por nunca terem me abandonado, mesmo nos momentos em que me
abandonei.
Depois, minha eterna gratidão e carinho as pessoas que estiveram ao meu lado,
sendo meu esteio, os meus melhores ouvintes em momentos de desabafos, dando longos
conselhos ou simplesmente dizendo que tudo iria acabar bem. Que abdicaram de seu
tempo para me dar suporte. São elas: Minha mãe, Gláucia Magalhães, Amanda
Amorim, Tito Trigo, Rosália Freire (minha psicóloga), Dr. José Kênio, Maurício
Falavigna e Flávia Camargo.
E por último, as pessoas mais competentes, incentivadoras, inteligentes,
acolhedoras, compreensíveis e pacientes que tive a sorte de ter ao meu lado nessa
caminhada: Glória Rabay, minha orientadora e Andréa Karinne, coordenadora do curso
de Relações Públicas/UFPB.
E um agradecimento especial ao Centro da Mulher 8 de Março pelo suporte e
por ter aberto as portas do Centro e permitido ser objeto de estudo.
Enfim, posso dizer que esse ciclo foi encerrado.
“E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá.
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca estará sozinho por mais que pense estar”
Gonzaguinha
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Perfil do Centro da Mulher 8 de Março na FanPage, em 2017.....................20
Figura 2 – Capa do Centro da Mulher 8 de Março na FanPage, em 2017.....................20
Figura 3 – Print da postagem mais curtida e comentada antes da intervenção..............21
Figura 4 – Imagem com o logo do Centro da Mulher 8 de Março e dados cadastrais
postados na caixa de comentários da foto.......................................................................22
Figura 5 – A arte desenvolvida por um designer gráfico para ser utilizada na FanPage.
.........................................................................................................................................25
Figura 6 – Imagem que foi desenvolvida por um designer gráfico para ser a primeira
figura na capa a ser publicada pela pesquisadora............................................................25
Figura 7 – A primeira publicação com conteúdo se deu em 10 de fevereiro 2017.......26
Figura 8 – Campanha contra assédio no carnaval em que obteve um alcance de 64
pessoas.............................................................................................................................27
Figura 9 – Postagem relativa ao convite para participar da Greve Internacional das
Mulheres e foi uma das mais compartilhadas e com um alcance de 1049 pessoas.........28
Figura 10 – Postagem convocando a participarem do Ato das Mulheres em João Pessoa
e suas reivindicações.......................................................................................................29
Figura 11 – Postagem impulsionada relacionada à Greve Geral contra a Reforma da
Previdência e que foi a mais curtida e compartilhada.....................................................29
Figura 12 – Postagem na página pessoal da autora........................................................33
SUMÁRIO
1. O PAPEL DO RELAÇÕES PÚBLICAS NAS ORGANIZAÇÕES ...................... 8
1.1 Terceiro Setor e Relações Públicas........................................................................... 12
1.2 Redes Sociais e Relações Públicas ................................................................................. 15
1.3 Centro da Mulher 8 de Março ........................................................................................ 18
2. RELATO DA EXPERIÊNCIA ............................................................................. 19
2.1 Desenvolvimento das ações ........................................................................................... 24
3. ANÁLISE DE RESULTADOS ............................................................................. 30
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 32
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 34
RESUMO
O artigo tem por finalidade examinar e descrever a comunicação do Centro da Mulher 8
de Março utilizada por meio do Facebook, baseada na experiência vivenciada dentro da
Organização e no conhecimento na área de Relações Públicas. O estudo foi efetuado
com base numa pesquisa exploratória descritiva, que consistiu na coleta de dados
preliminares obtidos através de entrevistas com as colaboradoras da ONG, com intuito
de conhecer a história, o trabalho e a atuação da instituição na rede social, além disto,
foram feitas observações participantes já que a autora se inseriu no cotidiano da
organização com a finalidade de cooperar com seus objetivos por meio da atuação na
rede social Facebook. Essa inserção permitiu a análise das dinâmicas de funcionamento
da comunicação digital da instituição, por meio de uma rede social. Após a finalização
do período de colaboração, percebeu-se quais as dificuldades que o Centro da Mulher 8
de Março possui para ter uma comunicação efetiva e atuante, portanto, se fazendo
necessário pontuar melhorias e reforçar a importância da atuação de um profissional de
Relações Públicas que trabalhe em sua comunicação digital.
Palavras-chave: Relações Públicas. Terceiro Setor. Facebook. Comunicação Digital.
Centro da Mulher 8 de Março.
ABSTRACT
This article aims to examine and describe the Womens’s Center 8 de Março
communication through Facebook, based on the experience in the Organization and in
the knowledge in the area of Public Relations. This study was made based on a
descriptive exploratory research, consisting on a data collection obtained through which
NGO's workers interviews with the purpose of getting to know the NGO's history, its
work and social network activity, participative observations were also where the author
took part in the organization’s routine aiming at cooperate with its purposes by acting
on the social network named Facebook. Made inside the organization and cooperating
with its goals through the Social Network. The author’s participation made it possible to
analyse the dynamics of the digital communication used by the institution in the above
mentioned social network. After the conclusion of this collaboration period, it was
noticed which difficulties the Womens’s Center 8 de Março faces to have an effective
and active communication, therefore make it necessary to punctuate improvements and
reinforce the importance of a Public Relations professional's work in its digital
communication.
Keywords: Public Relations. Third Sector. Facebook. Digital Communication.
Womens’s Center 8 de Março.
8
1. O PAPEL DO RELAÇÕES PÚBLICAS NAS ORGANIZAÇÕES
O aparecimento do profissional de Relações Públicas no Brasil adveio, em 1914.
Foi nesse período que empresa energética canadense Light and Power, hoje chamada de
AES Eletropaulo, desenvolveu um setor de relações públicas, chefiada por Eduardo
Pinheiro Lobo (OLIVEIRA, 2008).
Compete às Relações Públicas conduzir de modo estratégico a comunicação
organizacional perante os diversos públicos e a sociedade utilizando de múltiplos
recursos. “A atividade de Relações Públicas têm como seus objetivos principais,
mapear, reconhecer e aproximar a organização de seus públicos” (FARIAS 2011, p. 56).
Um dos motivos para uma organização se desenvolver acertadamente é
estabelecer uma comunicação eficiente com seus variados públicos, a exemplo da
imprensa, público-alvo, comunidades, poder público e outras instituições. Portanto,
acolher e responder aos anseios, sugestões e os questionamentos com quem opta por
interagir com a organização é imprescindível para estabelecer uma relação de confiança
e fidelidade entre as partes.
Uma das funções do profissional de Relações Públicas é a realização da pesquisa
de opinião para traçar o perfil do público-alvo e definir o tipo de abordagem a ser
exercida. Como afirma J. B. Pinho (2008, p. 32), “a grande importância, aqui, deve ser
dada à opinião pública. Percebe-se que quando a sociedade civil americana começa a
organizar-se, surge a necessidade da profissão de relações públicas.”
É ressaltado por Roberto Simões (1995) que existe outro cerne em questão a
respeito da relevância da pesquisa de opinião que é a de que “nem sempre é possível
controlar todas as variáveis ou evitar que haja indução nas respostas, que por
incompetência do formulador das perguntas”, ou seja, existe a possibilidade de que o
resultado obtido por meio de alguma pesquisa não corresponda com a realidade. Para
que haja uma pesquisa de opinião eficiente e proveitosa com o público interno ou
externo de modo com a aquisição de informações relevantes que fundamentem a criação
de determinado planejamento estratégico, na tomada de decisões e no desenvolvimento
da comunicação organizacional.
As pesquisas que envolvem o público buscam saber a opinião dos seus públicos-
alvo a respeito da identidade da organização e como é o relacionamento entre as partes.
Já a pesquisa realizada com o público interno, procura conhecer como atua a sua
9
comunicação, parte funcional, o relacionamento interpessoal, ações políticas, decisões,
os anseios dos colaboradores em relação à instituição, etc, para que seja viável a
concepção de projetos, montar diagnóstico, evitar ruídos, e assim, gerenciar da melhor
forma possível a comunicação organizacional.
As ações organizacionais demandam planejamento e são oriundas de várias
sugestões ofertadas que são debatidas, com isso, possibilitam a escolha de tomadas de
decisões oportunas em prol da instituição. Conforme destaca March e Simon (1972) “O
processo decisório consiste na seleção de um curso preferencial de ação a partir de duas
ou mais alternativas, na tentativa racional de atingir os objetivos de uma organização”.
Margarida Kunsch (2003) cita alguns objetivos que a pesquisa em Relações
Públicas trabalha, como conhecer a opinião dos públicos, construir diagnósticos do setor
de comunicação organizacional, conhecer detalhadamente a instituição, sua
comunicação e seus públicos para elaboração de ações na comunicação. À frente destas
exemplificações conclui que a pesquisa é construtiva para o sucesso do planejamento
estratégico elaborado pelo profissional em parceria com a direção da organização ao
tomar conhecimento exatamente da opinião pública que contribuirá para a diminuição
de problemas e possíveis crises no ambiente institucional, e por fim, assegurar maior
objetividade na elaboração de um plano comunicacional externo e interno.
Mais alguns autores ressaltam a relevância da pesquisa como uma etapa
significativa que antecede ao planejamento. Segundo Glen M. Broom e David M.
Dozier (1990 apud KUNSCH 2003), “autoridade, observação pessoal e história não
oferecem respostas satisfatórias a muitas questões levantadas no gerenciamento de
relações públicas. Surge a necessidade de pesquisar”. Isso diminui o risco de fazer uma
análise equivocada baseada em achismos e observações circunstanciais de alguma
situação ou na proposta de um planejamento.
Um ponto que deve ser levado bastante em consideração é a formação e a
manutenção de um diálogo interno entre os funcionários e a diretoria para desenvolver
um relacionamento institucional produtivo. Existe organização que dedica-se maior
empenho na comunicação externa até em relação aos investimentos na área que é menor
neste setor já que em muitos casos é considerada como despesa. Porém, é essencial que
a comunicação interna ocorra com harmonia, interação adequada que vise tornar a
participação dos funcionários maior nas discussões sobre as decisões estratégicas,
comunicacionais e que proveniente disso, aconteça uma relação proveitosa no ambiente
interno.
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A importância da comunicação interna reside sobretudo nas possibilidades
que ela oferece de estímulo ao diálogo e à troca de informações entre a gestão
executiva e a base operacional, na busca de qualidade total de produtos ou
serviços e do cumprimento da missão de qualquer organização. (KUNSCH,
2003, p. 160)
A troca de informações e sugestões por meio de uma comunicação interna
acessível facilita o entendimento e diminui os ruídos por meio de mural, caixa de
sugestões, e-mail, boletins, telefone, reuniões, intranet e aplicativos de mensagens
instantâneas.
De acordo com Gaudêncio Torquato (2002) a comunicação interna tem o
compromisso de “contribuir para o desenvolvimento e a manutenção de um clima
positivo, propício ao cumprimento das metas estratégicas da organização e ao
crescimento continuado de suas atividades e serviços à expansão de suas linhas de
produto”. Evidenciando que a participação do público interno nas discussões e decisões
auxilia a promover e conservar um ambiente organizacional aprazível.
O escritor Pinho (2006) discorda da premissa básica dissertada por Torquato e
Kunsch a respeito do que seja comunicação interna, ele a descreve como algo que é
“constituído pelos processos comunicativos realizados no interior das organizações,
cujo propósito básico é permitir que os seus membros cumpram tarefas estabelecidas”.
Ele sinaliza, então, que o objetivo da comunicação interna é apenas exercer funções
operacionais por meio do diálogo corporativo.
O profissional de Relações Públicas é responsável por trabalhar a comunicação
organizacional da corporação que é conceber, mediar e manter a sua reputação positiva
perante o seu público interno, público-alvo e a sociedade em geral. As Relações
Públicas por meio da missão, valor e visão que direcionam o comportamento social da
empresa, em vista disso, ser exemplo para a comunidade na qual está inserida.
No quadro das transformações, a comunicação empresarial (institucional)
procurou posicionar-se como mecanismo de ajuste entre grupos sociais, como
atividade que visava à adaptação de homens e instituições às necessidade da
vida moderna e como meio para formar um consenso em torno do sistema
organizacional (TORQUATO, 1986, p. 72).
Outra etapa como parte da função dos profissionais de relações públicas é
cumprir o planejamento que foi traçado e aplicar os procedimentos no interior das
corporações demonstrando tratar de uma ocupação primordial para introduzir uma
comunicabilidade satisfatória no qual pertença às atribuições praticadas pelas relações
públicas. O planejamento deve ser bem delimitado e executado para conquistar bons
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resultados, para assim, realizar um prognóstico com o mínimo de erros, reparar antes de
gerar um prejuízo irreversível e avaliar os resultados logrados das ações elaboradas.
O planejamento é um instrumento para a eficácia das atividades de relações
públicas porque evita a improvisação, oferece maiores possibilidades para a execução dos objetivos e o cumprimento da missão organizacional, permite
racionalizar os recursos necessários e dá uma orientação básica, capaz de
permitir a avaliação de resultados (KUNSCH, 2003, p. 316).
Para obter êxito na comunicação dentro das Organizações é necessário que ela
seja planejada, liderada e administrada por profissionais capacitados e qualificados. É
primordial que a instituição exerça ao que se predispõe institucionalmente por meio de
sua missão com a utilização de instrumentos de interação diversificada e mediação de
acordo com o determinado público.
Mediante a estes exemplos de funções do profissional de Relações Públicas
demonstra que o seu objeto de trabalho são as organizações e seus públicos. As
modificações nas organizações também são impulsionadas pelas transformações que
ocorrem na sociedade e no mercado. Por isso, este profissional precisa estar atento ao
que circunda no meio para que as ações que são propostas e executadas sejam coerentes
com a filosofia, objetivos, missão, valor e visão da organização, nas quais promovam
uma comunicação integrada.
A comunicação nas organizações é de responsabilidade do profissional de
Relações Públicas e, para ser efetiva, é fundamental a atividade de mediação, que não
consiste somente na atuação de repassar informações, mas de intermediar a interlocução
entre a organização e seus distintos públicos.
De acordo com Grunig (2010 apud RIBEIRO, SANTOS 2009) salienta que “a
comunicação e negociação são de fato a essência das relações públicas”.
Tendo em vista que a comunicação é um mecanismo substancial para que as
relações públicas possam intermediar relacionamentos organizacionais, público em
geral por meio das mídias, a instituição, na exigência de alcançar os diversificados
públicos, necessita que sejam utilizados variados instrumentos de comunicação que
proporcione identificar os seus projetos e feitos, da mesma maneira o empenho de
estabelecer um intercâmbio entre os participantes e esferas.
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1.1 Terceiro Setor e Relações Públicas
O terceiro setor consiste na atuação das ONGS, entidades filantrópicas e
organizações sem fins lucrativos em benefício da população mais carente, onde o
exercício do Estado é ineficaz. As atividades exercidas por este setor são essencialmente
valorosas já que cooperam para modificação social e política da sociedade como um
todo.
No Brasil, os movimentos assistencialistas começaram suas atividades na época
da ditadura do Governo de Getúlio Vargas por meio das entidades filantrópicas e por
obras vinculadas à Igreja Católica com atuações em várias áreas que buscavam sanar
déficits ocasionados pela falta de investimento nas políticas públicas, em vista disso,
reduzir as desigualdades sociais. Após um período de atuação assistencialista, até a
segunda metade da ditadura militar, deu início a uma nova organização que mais se
assemelha com o que é trabalhado nos dias de hoje, que são as ONGS (Organizações
Não-Governamentais), associações, entidades sem fins lucrativos e movimentos sociais
que caracterizaram o terceiro setor, como informa Maria Suzie de Oliveira (2007).
Com a democracia já instalada e com as modificações da sociedade, a atuação
do terceiro setor se expandiu na década de 1990, período este em que sua
representatividade, visibilidade e importância ganharam mais espaço. Ao longo dos
anos, conforme as necessidades aumentaram, o trabalho do terceiro setor foi
consolidado com a população em geral e entre as organizações, mesmo com suas
dificuldades de angariar recursos financeiros para a aplicação de seus projetos sociais e
assistencialistas.
É importante definir a filosofia, missão, valores e visão da organização do
Terceiro Setor, bem como a forma que será realizada a comunicação e como se dará a
utilização dos meios específicos. O profissional responsável por essa comunicação deve
planejar qual será o discurso empregado interna e externamente para que a mensagem
transmitida aconteça de modo coeso, objetivo, eloquente e eficaz, de acordo com a
quantidade de mão de obra humana e verba disponível para alcançar os objetivos
estipulados e também para auxiliar no gerenciamento de possíveis crises. O Terceiro
Setor passou por várias fases em relação aos recursos públicos e privados destinados as
entidades, no volume e qualidade de pessoas que trabalham ou que são voluntárias.
Essas instabilidades acabaram por interferir no desempenho, seja positivamente ou
negativamente nas atividades.
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A comunicação popular está inserida no Terceiro Setor e fortaleceu a esfera na
atuação da defesa de direitos, recrutamento e treinamento de indivíduos que
representem os movimentos populares, ONGS e entidades sem fins lucrativos, além de
fomentar discussões de interesse da sociedade civil, buscar transparência na
administração e na relação com os Órgãos Públicos. E para que a comunicação no
Terceiro Setor seja eficiente e ocorra de maneira harmônica com o mínimo de ruídos, a
atuação do profissional de Relações Públicas é essencial.
Existem várias limitações na comunicação popular como bem frisa Peruzzo
(1999), a exemplo da abrangência comunicacional reduzida, inadequações dos meios,
escassez de recursos financeiros e conteúdo mal explorado. Contudo, ela ressalta que
apesar desses limites, nos quais, foram expostos, há condutas positivas, a serem levadas
em conta que colaboram para melhorar a comunicação popular e inseri-la ao processo
de educação para a cidadania. O bom desempenho da comunicação popular contribui na
comunicação interna e externa, conexão com seus públicos, conscientização dos direitos
e deveres dos cidadãos e na responsabilidade social e política.
Com o passar dos anos houve a essencialidade de reproduzir uma nova
perspectiva de entendimento e interlocução entre o terceiro setor, sociedade civil
organizada e os demais setores para que houvesse ações concretas em benefício da
população. Diante deste fato, o primeiro e o segundo setor se viram obrigados a manter
uma relação de parceria e trabalho com o terceiro setor perante a ineficiência dos
serviços e direitos oferecidos aos cidadãos. O setor terciário também comporta
entidades em que há o debate e atitudes em defesa dos direitos, na busca por justiça e na
tentativa de diminuir os danos causados à saúde física e mental das mulheres
provocados pela violência causada pelo homem.
Mesmo nos períodos em que se constatam dificuldades financeiras,
comunicacionais e mão de obra humana é notória a enorme contribuição das
organizações que fazem parte do setor terciário para o desenvolvimento da sociedade.
Em consequência das inúmeras mudanças ocorridas na forma de estabelecer uma
comunicação interna e externa de uma organização, foi preciso não só focar no
planejamento, mas também construir uma imagem e identidade para que possa auxiliar
a atrair investimentos, estabelecer canais de conversação, visibilidade, pessoas
interessadas em trabalhar e serem voluntárias, com isso, aumentar o seu potencial de
ação.
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A sociedade está em constante transformação e as Relações Públicas
acompanham essas modificações. Antigamente o profissional de Relações Públicas era
voltado apenas para as empresas públicas e privadas, mas com o passar do tempo o
terceiro setor ganhou espaço necessitando de um especialista que pudesse dar suporte a
essas organizações não governamentais, entidades filantrópicas, organizações da
sociedade civil de interesse público e entidades sem fins lucrativos.
A participação do profissional de Relações Públicas dentro das instituições
comunitárias ocorre também no trabalho em parceria, que visa contribuir no processo de
conscientização, planejamento e execução. Existe independência entre as esferas, como
as ONGS, poder público, setor privado, público-alvo e a comunidade em geral. Cada
vez mais as organizações populares têm se mostrado atuantes de diversas maneiras
direcionando suas atividades sociais.
No movimento comunitário, ou em outras organizações populares e sindicais,
as relações públicas se concretizam de modo inserido. Não é algo externo, de
fora e independente, mas como parte intrínseca do movimento. Neste sentido
elas vão estar, nem na frente nem atrás do movimento, mas juntas e sendo
constituídas em sua dinâmica (PERUZZO, 1993, p. 2).
Uma das funções do especialista em relações públicas no setor terciário é
conceber um diálogo entre os mais diversos segmentos da sociedade com a finalidade
de construir um discurso harmônico, prático e eficaz além de atividades nas quais
contribuam para transformar o meio social, político e econômico, assim, uma sociedade
mais igualitária. Também faz parte das atribuições do profissional de relações públicas é
identificar o público daquela determinada entidade, traçar um plano apropriado para
cada tipo de público de acordo com o ambiente organizacional e o meio social em que
está inserida além de trabalhar para gerenciar conflitos.
Logo, para que uma organização conduza de modo coerente e eficaz o
planejamento pré-estabelecido e alcance os seus objetivos precisa do auxílio do
profissional de relações públicas que conheça como funciona a organização
institucionalmente, a relação dos funcionários e voluntários entre si e o público externo,
além de manipular corretamente a verba destinada para atender as demandas da
instituição.
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1.2 Redes Sociais e Relações Públicas
A comunicação é um recurso primordial para se construir uma relação entre dois
ou mais indivíduos desde a origem do homem. O processo de transmissão de mensagem
ocorreu de várias formas ao longo da história como por meio de sinais, escrita e oral.
Com a evolução do ser humano também surgiu novos mecanismos de comunicação em
que abrange maior número de pessoas e lugares, com isso, possibilita que o
conhecimento seja buscado e compartilhado com mais rapidez e maior interação.
Estabelecer uma boa comunicação para que a mensagem seja enviada e
repassada de maneira clara e objetiva é essencial, principalmente nos dias atuais nos
quais existem muitos ruídos. As pessoas buscam por meio das redes sociais se informar
e propagar informações, obter maior interação com outros indivíduos e entretenimento
já que é disponibilizado todo tipo de conteúdo.
A chegada da internet trouxe revolução tecnológica, econômica, social e cultural
para a sociedade em geral e possibilitou a comunicação entre os mais diversos públicos
e distâncias. E de acordo com Manuel Castell (2003) a internet é um instrumento
fundamental para o desenvolvimento do Terceiro Mundo.
Segundo José Benedito Pinho (2003) existem muitas vantagens usar a internet
para efetuar o trabalho exercido pelo profissional de Relações Públicas, como:
Sua condição de massa e de ferramenta para a comunicação com a imprensa,
a sua capacidade de localização do público-alvo, a presença em tempo
integral, a eliminação das barreiras geográficas e as facilidades que permite
para a busca da informação e administração da comunicação em situações de
crise (PINHO, 2003, p. 33).
No ciberespaço o Relações Públicas tem a oportunidade de ler qualquer opinião
com mais rapidez e maior quantidade já que o acesso é bastante acessível. Desta
maneira, o profissional precisa transmitir com agilidade e objetividade o feedback ao
indivíduo que emitiu opinião pela rede para evitar ruídos e crises na era da informação.
Portanto é relevante salientar que algumas das atribuições do Relações Públicas
são desenvolver uma imagem ideal da pessoa, ação ou organização, elaborar e executar
planos de comunicação, transmitir ponto de vista e notícia, e convencer os cidadãos. Na
atual conjuntura a internet é um meio de comunicação primordial e que é usufruído pelo
Relações Públicas para dialogar com seus públicos de trabalho.
Tratando-se de redes sociais, uma das mais populares no mundo é o Facebook.
Uma das redes sociais mais utilizada é o Facebook, que foi criado em 04 de Fevereiro
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de 2004, tinha o nome de ‘TheFacebook’ e foi aberto para uso popular na Universidade
de Harvard para utilizarem como ferramenta para encontrar amigos. Ela opera por meio
de perfis e comunidades. A rede social tem sido utilizada por várias Empresas, Governo,
Organizações Não-Governamentais e público em geral como ferramenta de
comunicação bastante eficaz. O site Techtudo 1 divulgou um estudo em que foi
constatado que dos 144 milhões de usuários brasileiros ativos nas redes, o Facebook é
acessado por 90% da população. Esse estudo foi produzido pela agência We Are Social
em parceria com a plataforma de mídia HootSuite.
Diante do avanço do uso da internet a rede do Zuckerberg2 tomou um espaço
altamente significativo no combate à violência contra a mulher, mobilização de
manifestações, campanhas, denúncias, construção de uma identidade e fortalecimento
na interação com o usuário. Nessa esfera digital o profissional necessita trabalhar com
administração de conteúdo, imagem, crise e mediar relacionamentos, assim estará
inserido no meio e atuará de maneira concisa e clara.
Em vista disso, o responsável pela comunicação nas organizações recorre às
redes sociais para viabilizar um processo comunicacional interativo entre os mais
variados públicos. Projetos que possam ser publicados, discutidos e compartilhados
ultrapassando as barreiras territoriais. É fundamental dominar o assunto que decide
trabalhar, fazer um planejamento de como esse assunto será divulgado e sua linguagem
por meio da rede. Precisa estar atento a repercussão que a ação para consequentemente
dar a resposta e elaborar o comentário que o usuário requer.
A disseminação da mensagem com uso da internet é ágil e facilita o trabalho do
profissional de Relações Públicas como mesmo salienta J.B. Pinho:
A publicação de informações na internet permite que as atividades de
relações públicas estejam presentes e disponíveis 24 horas por dia. Por meio
dos computadores, os públicos interessados podem conhecer mais e melhor uma organização, a qualquer hora (PINHO, 2003, p.35).
Consequentemente, o usuário vai conseguir estar informado sobre algum tema
delimitado ou o que a organização posta na internet durante o dia, pra isso, o
especialista que comanda a comunicação das organizações nas redes sociais necessita
produzir conteúdo para satisfazer o seu público, gerar debates pertinentes e usar uma
linguagem apropriada para se comunicar com o internauta.
1 Site de tecnologia Techtudo.Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/02/conheca-
as-redes-sociais-mais-usadas-no-brasil-e-no-mundo-em-2018.ghtml> Acesso em 12 mar. 2019. 2 É um dos fundadores do Facebook.
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Muitas instituições já perceberam que o ciberespaço é o âmbito que mais evoluiu
para obter uma comunicação eficiente e produtiva, portanto, é propício dispor de um
especialista para cuidar da sua comunicabilidade. Perante o exposto, a pessoa designada
deve desenvolver, monitorar e gerir uma FanPage 3 destinada à organização para
começar um processo de comunicação na rede. Numa FanPage o responsável em atuar
na página é incumbido de gerar conteúdo, estar atento às opiniões que ocorrerão a partir
das publicações que é chamado de engajamento e isso se dar por meio de curtidas,
mensagens, compartilhamentos entre os interessados em discutir sobre determinado
tema e a organização.
Como hoje em dia tudo é muito imediatista certas ações na página precisam
ocorrer com rapidez e eficácia para que não haja problemas que acarretem disseminação
de falsas informações e insatisfação do usuário na demora em responder mensagens já
que o mesmo quer ser atendido, impedir que postagens repercutam de modo negativo no
ambiente cibernético e passem para a vida fora do computador.
Então é imprescindível que o especialista na área de comunicação esteja
antenado as constantes atualizações nas relações comunicacionais que envolvem
ONG’S e redes sociais, portanto, cabe a ele idealizar estratégias que sejam eficazes na
execução do trabalho. As ações que são desempenhadas por meio da FanPage e a maior
contingência de usuários conectados virtualmente contribuíram para uma nova
perspectiva no desempenho do relações públicas.
É imprescindível que as ONGS que combatem à violência contra a mulher se
utilizem desse meio para difundir seus trabalhos e serviços. Para tornar uma página
interessante ao seguidor é necessário customizar adequadamente sua página de
Facebook de acordo com a proposta desenvolvida para cria-la. Um dos recursos que é
disponibilizado pelo Facebook é a criação do que é chamado de guia no qual se pode
criar ou mesmo retirar a guia de acordo com o interesse de divulgação. Portanto colocar
uma guia em que divulgue seus serviços, compartilhar informações, blogs feministas,
postar fotos, vídeos e conscientização sobre a violência contra a mulher com postagens
diárias visando exercer um trabalho ideal de conteúdo com o objetivo de conquistar o
interesse e fidelidade do público-alvo. Quando uma página de Facebook é devidamente
elaborada traz um ótimo retorno para a ONG já que a divulgação nessa rede acontece de
forma direta entre ela e o usuário.
3 É uma página que é criada no Facebook.
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1.3 Centro da Mulher 8 de Março
A organização feminista tem vinte e nove anos de existência, foi fundada numa
assembleia com 68 mulheres, numa época efervescente em que o país estava saindo de
uma ditadura militar, e as professoras da rede pública tinham uma atuação significativa
na questão de gênero e da mulher no Sindicato dos Professores (SINTEP/PB). Foi então
que estudantes e professoras universitárias como professoras da rede púbica, mulheres
de associações de bairros e de sindicatos decidiram criar uma entidade feminista com o
foco de combate à violência contra a mulher.
Em 1990, quando foi criado o Centro da Mulher 8 de Março, não existia
nenhuma organização na Paraíba que fosse dirigida para defender os direitos femininos.
Inicialmente a situação financeira do Centro era extremamente precária devido a
ausência de financiamentos. Dependiam exclusivamente das militantes tanto do
Sindicato dos Professores, quanto das comunidades, da Universidade Federal que se
propunham a atuar no Centro da Mulher 8 de Março e assim foi conduzido por alguns
anos. Inicialmente as atividades eram desempenhadas numa pequena sala
disponibilizada pela SINTEP/PB. Com dois a três anos após sua criação o Centro
começou a ter apoio de agências financiadores de outros países, então, alugou-se uma
casa para servir de sede.
Ao longo dos anos, o Centro da Mulher 8 de Março continuou conquistando
financiamento para suas ações através de projetos aprovados em editais juntos a
agencias internacionais, durante os governos democráticos e populares quando houve
investimento em políticas públicas voltadas para as necessidades das mulheres a
entidade também conquistou alguns financiamentos através de projetos aprovados por
meio de editais públicos. Em todos os editais os projetos aprovados diziam respeito a
intervenções educacionais para prevenção da violência doméstica, prevenção das
infecções transmitidas através do sexo, ampliação dos direitos das mulheres e luta
contra a exploração sexual de meninas e adolescentes.
O destaque da atividade da organização é o combate a violência contra a mulher.
A primeira ação produzida foi a elaboração de um banco de dados, que existe há 27
anos. Essa coleta de dados produz um diagnóstico anual de número de mulheres vítimas
de violência doméstica e violência sexual, com o tempo, foi estendido para a coleta do
número de crianças e adolescentes vítimas de abuso físico e sexual. Esse banco de
19
dados serviu de exemplo para todo o Brasil. Todas as organizações do país solicitam os
dados desse banco demonstrando sua importância.
2. RELATO DA EXPERIÊNCIA
Quando comecei a pensar no projeto para o Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) queria trabalhar com um tema que envolvesse violência contra a mulher. Mas
precisava encontrar um componente de Comunicação Social no meu interesse de
trabalhar com a questão das mulheres em situação de violência, por isso juntamente com
a professora orientadora Glória Rabay decidi examinar a FanPage da ONG e fazer um
levantamento das atividades exercidas pela entidade por meio da página, como se dava
o seu manuseio e o que poderia ser trabalhado especificamente.
Escolhi o Centro da Mulher 8 de Março devido ao seu histórico de luta contra a
violência doméstica e de gênero. Além disto, o seu trabalho envolve o combate à
exploração sexual de crianças e adolescentes, tráfico de pessoas e possui uma parceria
com o Governo do Estado da Paraíba em que fica responsável por monitorar o Disque
Cidadão/PB 123 (canal que recebe denúncias de violência de direitos).
O propósito do projeto foi realizar uma intervenção a partir das competências de
um profissional de Relações Públicas, indicando ações que tornassem a comunicação da
mencionada ONG com seu público-alvo e sociedade em geral mais eficiente. A
intervenção propunha algumas ações e objetivos que foram apresentados à ONG, como
fortalecer a identidade no meio digital perante o público-alvo e geral, manter
regularidade nas publicações e aumentar a visibilidade da organização através das
publicações na FanPage .
A FanPage foi visitada pela primeira vez em novembro de 2016 em companhia
da orientadora do projeto. Identificamos várias falhas que refletiam uma má utilização
do canal, assim como constatamos que não havia qualquer regularidade de publicações,
nem critérios para qualidade e padrão.
20
Figura 1 – Perfil do Centro da Mulher 8 de Março na FanPage, em 2017.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
30 jan. 2017.
A foto do perfil não era atrativa nem atualizada, não estava no tamanho
adequado e trazia o endereço da ONG com o fundo preto. Consideramos, na ocasião,
que a arte não era compatível com a própria imagem da ONG. Era a primeira que tinha
publicada em 2014 e não havia sido trocada desde então, segundo informações da
coordenação.
Figura 2 – Capa do Centro da Mulher 8 de Março na FanPage, em 2017.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
30 jan. 2017.
21
Já a foto da capa, que é mutável e pode ser um espaço de evidência para
transmitir mensagens, divulgar campanhas, eventos ou notícia atual relevante ao público
em geral, não estava sendo aproveitada pela instituição que nunca a trocava. Após a
abertura da FanPage, em 2014, foi colocada esta imagem para a Capa.
Da mesma forma foi constatado que não havia um engajamento assíduo,
demonstrado nas curtidas, compartilhamentos e comentários que mostrariam o quanto a
página é atuante e popular. As publicações eram relativas aos eventos e cursos
promovidos pela ONG, notícias sobre protestos referentes à luta em defesa das mulheres
e uma nota de repúdio.
Figura 3 – Print da postagem mais curtida e comentada antes da intervenção.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
30 jan. 2017.
A pouca quantidade de curtidas da página também era algo que chamava a
atenção, pois fazia dois anos que tinha sido criada e tinha apenas 656 curtidas ou
seguidores.
22
Figura 4 – Imagem com o logo do Centro da Mulher 8 de Março e dados
cadastrais postados na caixa de comentários da foto.
Foi apenas após essas observações que foi decidido que o objeto de estudo seria
a intervenção da profissional de Relações Públicas na FanPage da ONG. Depois dessa
decisão, a orientadora entrou em contato com a responsável pela ONG para agendar um
encontro, conhecer a sede e apresentar a proposta de trabalho. O encontro foi marcado
para a semana seguinte, em novembro/16, contaria com a participação da coordenadora,
uma das funcionárias, da aluna e da orientadora. Neste mesmo dia, foi sugerido que
fossem feitas algumas pesquisas sobre FanPage e temas sobre violência contra a mulher,
além de realizar prints da página para registrar como foi encontrada. No dia marcado,
aconteceu um imprevisto e a reunião acabou sendo ser remarcada para outra semana, no
período da manhã.
Nesta primeira reunião com a ONG, em novembro/16, participaram a
coordenadora Irene Marinheiro (uma das fundadoras da ONG), a funcionária Isabella
Candeia, a orientadora Profª Drª Glória Rabay e a estudante de Relações Públicas
proponente do trabalho, Cybelle B. M. Nóbrega. Foi explanada a proposta do trabalho
23
de cunho acadêmico que seria praticado durante o período de cinco meses, uma
intervenção das Relações Públicas que se daria na facilitação da comunicação da ONG
utilizando a FanPage; na conscientização da importância de se empregar todos os
mecanismos disponíveis na página do Facebook para dar visibilidade às ações
produzidas pela ONG, assim como divulgar a opinião institucional sobre determinados
assuntos que sejam de interesse público, referentes à violência contra a mulher, direitos
das mulheres e abuso sexual de criança e adolescente; além de relatar as impressões
obtidas a partir da investigação efetuada na página de Facebook da ONG, que despertou
o interesse em intervir para potencializar a FanPage.
Após a exposição do que seria cumprido e o seu intuito, a coordenadora
autorizou que pudesse ser realizado o projeto no período proposto e mostrou que a ONG
estava disposta e disponível a contribuir com o que fosse necessário para a realização do
mesmo.
No mesmo encontro, através de entrevista às participantes da reunião e para
embasar o processo descobrimos que a conta da página do Facebook foi aberta pela
funcionária Isabella, em 10 de Fevereiro de 2014, seguindo as instruções da rede de
como abrir a conta e, logo em seguida, também foram nomeadas outra funcionária e a
própria coordenadora como administradoras. A finalidade foi a de aumentar a relação
com o público alvo por meio desta rede social.
Também se quis saber o motivo pelo qual não existia regularidade de
publicações e por que a página não estava sendo potencialmente utilizada. Foi
respondido que, além de mal operada devido a um certo desconhecimento de como usar
apropriadamente a página de Facebook, existe o fato de a equipe do Centro da Mulher 8
de Março ser pequena e não dar conta da necessária constância na atualização da
página, já que são muitas demandas a serem atendidas dentro da organização.
Nesta reunião, quando conversamos sobre a página com a coordenadora
descobrimos que a mesma tinha uma página pessoal mais atualizada e divulgada e por
isso mesmo com mais engajamento: curtidas, compartilhamentos e comentários, que a
página institucional da organização, e nesta página sempre eram publicadas as ações da
organização e seus posicionamentos, tomando por vezes o papel daquela e até a
substituindo, numa nítida confusão entre a pessoa da coordenação e a pessoa jurídica,
política institucional.
A exemplo de muitas organizações do Terceiro Setor, o Centro da Mulher 8 de
Março na ocasião não possuía um setor de comunicação, nem ao menos alguém
24
responsável e capacitado para alimentar a página. A funcionária Isabella, que
desempenhava atividades no setor financeiro, era a pessoa informalmente designada
para atuar na administração da página e no perfil usado para publicar sobre a ONG.
Sendo que, na prática, as informações, fotos e notícias eram publicadas habitualmente
em um dos perfis pessoais da coordenadora. Assim como Isabella, A FanPage da
organização tinha também como administradoras outra funcionária e a coordenadora.
Para a execução do Projeto proposto a proponente passou a ter acesso à página
como uma das administradoras para poder facilitar a intervenção, acerto feito nesta
reunião. Foi repassado o número de telefones das pessoas envolvidas no projeto para
propiciar um maior contato e acelerar qualquer tomada de decisão. Ficou acordado que,
inicialmente, toda publicação por parte da estudante passaria pelo crivo da coordenadora
ou de Isabella, que era a funcionária responsável pela página. Publicações que se
referissem às campanhas e aos eventos passariam pela autorização da coordenadora, já
as postagens que dissessem respeito a notícias de interesse tanto do Centro da Mulher 8
de Março – CM8M, quanto do público, existiria autonomia das integrantes da ONG
para publicar.
2.1 Desenvolvimento das ações
Antes da primeira interferência constavam 656 curtidas e não ocorria atividade
regular na FanPage, já que as postagens de relevância para a ONG eram realizadas por
meio do perfil pessoal da dirigente com certa frequência.
A primeira postagem na FanPage do Centro da Mulher 8 de Março foi em 10 de
fevereiro de 2014, e tratou da história e da missão da ONG, apresentadas com fotos.
O perfil no Facebook não é a plataforma adequada para ser utilizada como
instrumento de divulgação do trabalho da entidade, de seus eventos e nem de matérias
de interesse do seu público-alvo, já que o ideal é que esse tipo de trabalho seja
executado por meio de uma FanPage que possua instrumentos para potencializar as
divulgações, um engajamento eficaz e também um alcance maior.
25
Figura 5 – Arte desenvolvida por um designer gráfico para ser utilizada na FanPage.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
09 fev. 2017.
Após a primeira reunião, foi definido que seria necessário substituir a foto de
perfil da página para uma logo mais moderna, que representasse a identidade da ONG,
bem como atualizar a foto de capa. O designer gráfico, Tito Trigo, que elaborou a nova
logo para a foto de perfil e a imagem para ser publicada como capa. As publicações
ocorreram em 09 de fevereiro de 2017, gerando respectivamente, 5 e 12 curtidas e
houveram comentários. As intervenções na página em relação as imagens ocorreram no
dia 9 de fevereiro de 2017.
Então, essa última arte anterior printada com o layout moderno, mas sem perder
a essência que o logo original possuía, foi produzida com o propósito de estabelecer
uma consonância entre a atualidade, ONG e a Fanpage.
Figura 6 – Imagem que foi desenvolvida por um designer gráfico para ser a primeira
figura na capa a ser publicada pela pesquisadora.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
09 fev. 2017.
26
A escolha dessa imagem que tem por base um quadro que a ONG ganhou de um
artista plástico local. As pessoas representam as pessoas que a organização ajudou e
ajuda em todos esses anos de serviços prestados à sociedade, o 8 é o logo do Centro da
Mulher 8 de Março que foi repaginado e as cores escolhidas para fornecer harmonia ao
desenho.
Figura 7 – A primeira publicação com conteúdo se deu em 10 de fevereiro
2017.
Fonte: Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
10 fev. 2017.
Foi decidido que a primeira publicação com conteúdo seria um gráfico
comparativo referente ao número de mulheres vítimas de homicídios na Paraíba entre
2015 e 2016, apresentando texto informativo sobre taxa de feminicídio no mundo de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisadora colheu as
informações por meio do banco de dados que o Centro dispõe para redigir o texto e
postar. Após traçar o que seria realizado, todas essas intenções foram mostradas de
antemão para a funcionária Isabella e a coordenadora Irene, a fim de que avaliassem e
dessem o aval para que fossem executadas as intervenções. Após a aprovação das
27
mesmas, as modificações foram postas em prática. A primeira publicação contendo
informações realizada pela pesquisadora obteve um alcance de 531 pessoas. Significa
que o Facebook apresentou para os usuários da rede social a referida postagem.
Figura 8 – Campanha contra assédio no carnaval em que obteve um alcance de
64 pessoas.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
24 fev. 2017.
A Figura 8, acima mostra que existia um padrão para publicação que era colocar
telefones de disque-denúncia e as hashtags que na época eram utilizadas para divulgar a
campanha contra assédio que ocorreu no carnaval de 2017.
Em virtude das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, as divulgações
começaram no mês de fevereiro e foram até o dia 8 de março. Portanto, tudo que dizia
respeito aos eventos e a participação da ONG na organização era divulgado na página.
Não havia uma periodicidade de publicações, no entanto, a quantidade de postagens
diárias variava entre uma e três para não poluir o feed de quem seguia e curtia a página.
O critério era conforme a relevância das notícias, eventos e cursos a serem divulgados.
Todas as publicações relacionadas ao dia 8 de março continham imagens, textos
e hashtags de ONGS, associações e pessoas envolvidas no assunto com o propósito de
chamar a atenção dos seguidores e amigos dos citados, propiciando assim visibilidade
ao que estava sendo publicado e promovendo um engajamento.
28
Figura 9 – Postagem relativa ao convite para participar da Greve Internacional
das Mulheres e foi uma das mais compartilhadas e com um alcance de 1049 pessoas.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
04 mar. 2017.
Em decorrência da manifestação que ocorreria no Dia Internacional da Mulher
as postagens que ocorreram neste período tinham padrão, foto e vídeos explicativos para
que as pessoas participassem do evento. Como é exemplificado na Figura 9. Na imagem
consta as @’s que eram importantes para atrair visibilidade para a página e tema visto
que a publicação apareceria nas páginas marcadas e as hashtags que também servem
para o Facebook identificar e divulgação a postagem. A prova de que o modo como foi
publicado gerou impacto é o alto alcance e compartilhamentos da postagem.
Figura 10 – Postagem convocando a participarem do Ato das Mulheres em João
Pessoa e suas reivindicações.
29
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
07 mar. 2017.
Mais uma postagem relacionada ao Dia Internacional da Mulher e seu bom
alcance de 557 usuários.
Figura 11 – Postagem impulsionada relacionada à Greve Geral contra a
Reforma da Previdência e que foi a mais curtida e compartilhada.
Fonte:Fanpage institucional. Disponível em <https://www.facebook.com/cm8mar/> Acesso em
26 abr. 2017.
Em relação a essa publicação gerou mais curtidas e compartilhamentos, logo, o
engajamento foi mais efetivo. Essa arte também foi fabricada pelo designer gráfico a
pedido da pesquisadora. Ao fundo mãos levantadas simbolizando luta e reivindicação e
a cor escura em segundo plano para dar destaque a mensagem de convocação para a
manifestação e seu tema.
30
3. ANÁLISE DE RESULTADOS
Para conhecer a história do Centro da Mulher 8 de Março e compreender o
funcionamento da comunicação digital da ONG, foram utilizados os seguintes recursos:
uma entrevista com a coordenadora geral e as funcionárias, visitas à sede da ONG e
participação em eventos com o objetivo de verificar o desempenho do processo de
organização, realização e divulgação através de sua rede social. A pesquisa gerou um
impacto positivo na organização ao demonstrar a necessidade de um especialista
trabalhando com a rede social de modo exclusivo e eficiente. A falta de verba e a
dificuldade em angariar fundos para efetuar a contratação, no entanto, influenciaram o
planejamento de comunicação nesse sentido. Demandas mais essenciais sob o ponto de
vista da instituição, como o déficit econômico institucional, foram priorizados.
Após realizar um estudo de caso sobre o uso da FanPage da ONG e constatar
que a página era mal administrada – por falta de tempo e orientações adequadas – foram
avaliadas possibilidades estratégicas para reativar a página através da geração de
engajamento. São elas: criação de conteúdo com maior potencial de compartilhamento,
comentários e curtidas, o que resultaria numa maior interação entre a organização e o
público-alvo. Vale registrar, especificamente, que a análise verificou problemas técnicos
de gerenciamento: as publicações eram efetuadas no perfil pessoal da coordenadora
geral do Centro da Mulher 8 de Março, sem nenhuma regularidade ou padrão nas
postagens, e ocorriam no perfil "porque achavam que era um meio mais fácil de agir".
A percepção da pesquisadora, ao longo da avaliação e durante os contatos
realizados com a ONG, é a de que os entrevistados demonstraram entusiasmo na
liberação de informações e enxergaram potencial na oportunidade de desenvolver uma
nova perspectiva de divulgação das ações realizadas pela organização. O trabalho de
manter fiel e participativo o seu seguidor atrairia discussões com temas importantes, que
envolvem os direitos das mulheres. Também foram identificadas, num nível menor,
algumas situações de resistência por parte da coordenadora quando alguma postagem
não a agradava. Na primeira vez que houve esta interferência, a postagem foi
modificada. Em outro caso, em que se solicitou a confecção de artes e um gif4 para uma
campanha em comemoração a 'Lei Maria da Penha', a interferência se sucedeu por causa
de uma falha de comunicação entre as colaboradoras e a coordenadora de como seria
4 Um tipo de arquivo produzido no computador que contém imagem estática ou em movimento.
31
confeccionada a arte. As funcionárias passaram para a pesquisadora o briefing5 do que
era para ser feito, mas que poderia usar da criatividade, e não falaram a respeito do tipo
de cor que deveria ser aplicada. Com as artes já prontas, houve a necessidade de
modificação por conta da tonalidade da cor, a pedido da coordenadora.
A partir do que se verificou anteriormente, a respeito da inatividade da FanPage
pelos motivos já mencionados, a pesquisadora passou a investigar temas relevantes e
atuais que conversam com as causas defendidas pela instituição, a periodicidade em que
seriam realizadas as postagens, o discurso específico para cada público e o
monitoramento dos comentários e mensagens. Considerando que violência contra
mulher e adolescentes, eventos, palestras e direitos femininos são temas sensíveis e que
causam resistência do público para geração de engajamento, foi estabelecido que as
postagens seriam focadas mais em imagens com pequenos textos e matérias com seus
respectivos links. Textos introdutórios curtos, com hashtags e @’s de perfis e FanPages
que sejam relacionados com os assuntos publicados, se encaixam no formato ideal para
ativação, nessa fase, pela facilidade de compartilhamento e potencial de viralização.
As instituições que compõem o Terceiro Setor, com o passar dos anos, passaram
a compreender a importância de um profissional de Relações Públicas para realizar a
comunicação digital para diversos fins em prol do trabalho exercido. Cada vez mais a
comunicação por meio de rede social ganha espaço e relevância no cenário político,
institucional, econômico e social, pelo alcance que esse tipo de comunicação possui na
contemporaneidade. A ausência de um especialista se deve muito a coordenação política
da ONG e de verba para investir na contratação do profissional.
5 Um documento com informações sobre determinado projeto a ser realizado.
32
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência conjunta vivenciada pelo Centro da Mulher 8 de Março e
pesquisadora foi engrandecedora devido a troca de conhecimento entre as envolvidas. A
ONG dispõe de um vasto know-how6 no campo social, especificamente na defesa da
mulher, criança e adolescente. Na parte que compete à pesquisadora, agregou-se a teoria
acadêmica da área de Relações Públicas, onde o foco era difundir por meio da internet o
trabalho exercido pela entidade, e com isso aumentar a visibilidade e aprimorar a
comunicação digital e institucional da organização.
O resultado da observação e do comportamento da organização foram
extremamente satisfatórios. Houve aprendizado de ambos os lados. Apesar de haver
escassez financeira, sugerimos algumas estratégias para que a organização pudesse
executar, por exemplo, quando for possível, o impulsionamento de página, o
monitoramento do engajamento, a marcação de perfis que tenham relação com o tema
publicado (a fim de alcançar maior número de usuários e despertar interesse crescente) e
geração de “curtidas”, a manutenção do padrão das postagens, a divulgação de seus
eventos e o registro das palestras educativas nas escolas estaduais, que são fruto de um
projeto com o Governo Estadual.
Por fim, ainda quero assinalar a importância desta experiência em minha vida,
que foi engrandecedora. Poder partilhar e aprender com o movimento feminista,
constatar que mesmo diante de tantas dificuldades as lutas em defesa das mulheres,
crianças e adolescentes continua. Poder colocar em prática o que aprendi em sala de
aula com meus professores ao longo do curso de graduação de Relações Públicas e
perceber o quão é necessário e gratificante o exercício da profissão no ambiente
organizacional e digital. Levo para meu dia a dia o que aprendi ao longo da experiência
e consegui exercer o meu papel como cidadã consciente na busca de uma sociedade
mais justa, respeitosa e igualitária.
6 Refere-se ao conjunto de conhecimentos técnicos e práticos referentes à determinada atividade.
33
Figura 12 – Postagem na página pessoal da autora.
Postagem relativa à manifestação que houve no Dia Internacional da Mulher, no
Centro, na cidade de João Pessoa.
34
REFERÊNCIAS
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sociedade. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2003.
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instrumentos. São Paulo: Summus, 2011.
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Integrada. São Paulo: Summus, 2003.
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OLIVEIRA, M. S. de. A Ética no Terceiro Setor eo Novo Liberalismo. Joinville: Clube de
Autores, 2007.
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PINHO, J.B. Relações Públicas na Internet: Técnicas e estratégias para informar e
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PINHO, Afonso Júlio. História das Relações Públicas: fragmentos da memória de uma
área. Cláudia Peixoto de Moura (Org.). Porto Alegre: ed. ediPUCRS, 2008. Disponível em: <http://www.pucrs.br/edipucrs/historiarp.pdf. > Acesso em 09 mar. 2018.
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Conheça as redes sociais mais usadas no Brasil e no mundo em 2018.15.02.2019. Disponível
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