ubl. ensal nº 208 abril de 2011 · particularmente as celebrações da emana anta, desde o omingo...

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Publ. Mensal - nº 208 - Abril de 2011 - Preço 0,25€ (IVA incl.) Contacto com os Pré Contacto com os Pré- seminaristas Dehonianos seminaristas Dehonianos abril Caro PRÉ-SEMINARISTA! Estamos em plena quaresma, a caminho da Páscoa. A quaresma é um tempo de graça, que nos convida à conversão. Tiveste a possibili- dade de viver no nosso encontro de Março o tempo de retiro e de fa- zeres alguns compromissos para a tua vida de pré-seminarista. Ainda te recordas desses compromissos? Como os tens vivido? Também durante este tempo demos-te o livro “Rezar a Quares- ma”, com uma proposta diária de reflexão da palavra de Deus. Convi- damos-te a aproveitares ao máximo esse recurso, como também aqui- lo que vamos publicando no blog do “Em Frente”, actualizado quase diariamente. Não te faltam recursos propostas para melhor viveres este tempo especial. Qual a razão de ser deste tempo da Quaresma? É a preparação para a Páscoa, a celebração da Morte e Ressurreição de Cristo. Somos cristãos porque Cristo ressuscitou. É ele o sentido da nossa caminha- da, a nossa força em quem pomos a nossa esperança. Por isso convidamos-te a viver intensamente o tempo pascal e particularmente as celebrações da Semana Santa, desde o Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa. Que seja uma oportunidade para poderes crescer na tua cami- nhada de fé, experimentando a alegria do encontro com Cristo Ressus- citado. Um abraço amigo, Pe. Juan Noite, scj

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Publ. Mensal - nº 208 - Abril de 2011 - Preço 0,25€ (IVA incl.)

C o n t a c t o c o m o s P r éC o n t a c t o c o m o s P r é -- s e m i n a r i s t a s D e h o n i a n o ss e m i n a r i s t a s D e h o n i a n o s

abril Caro PRÉ-SEMINARISTA!

Estamos em plena quaresma, a caminho da Páscoa. A quaresma é um tempo de graça, que nos convida à conversão. Tiveste a possibili-dade de viver no nosso encontro de Março o tempo de retiro e de fa-zeres alguns compromissos para a tua vida de pré-seminarista. Ainda te recordas desses compromissos? Como os tens vivido? Também durante este tempo demos-te o livro “Rezar a Quares-ma”, com uma proposta diária de reflexão da palavra de Deus. Convi-damos-te a aproveitares ao máximo esse recurso, como também aqui-lo que vamos publicando no blog do “Em Frente”, actualizado quase diariamente. Não te faltam recursos propostas para melhor viveres este tempo especial. Qual a razão de ser deste tempo da Quaresma? É a preparação para a Páscoa, a celebração da Morte e Ressurreição de Cristo. Somos cristãos porque Cristo ressuscitou. É ele o sentido da nossa caminha-da, a nossa força em quem pomos a nossa esperança. Por isso convidamos-te a viver intensamente o tempo pascal e particularmente as celebrações da Semana Santa, desde o Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa. Que seja uma oportunidade para poderes crescer na tua cami-nhada de fé, experimentando a alegria do encontro com Cristo Ressus-citado.

Um abraço amigo, Pe. Juan Noite, scj

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Para ti, A PALAVRA DO PADRE DEHON

"NA ÚLTIMA CEIA !" Deus tem bem o direito de ter predilecções, Ele, que não

estando obrigado a amar quem quer que seja, coloca nas suas criaturas qualidades que O atraem. Tinha cumulado João de dons especiais: por isso, amava-o mais que aos outros e esta preferência que aos Apóstolos nem lhes passava pela cabeça invejar, uma vez que lhe chamavam corrente-mente “o discípulo que Jesus amava”, valeu-lhe o lugar que ocupou durante a Ceia à direita do Salvador.

Jesus precisava, no momento das supremas efusões da sua ternura, de sentir junto de Si um amigo capaz de O compreender. No momento em que ia sofrer tão cruelmente a traição de Judas queria um coração compassivo, solícito em partilhar as suas angústias.

COMENTÁRIO O Padre Dehon não podia ficar indiferente a este pequeno pormenor da

última Ceia. Também ele quis ser o amigo íntimo do Coração de Jesus, à seme-lhança de S. João. Por isso, ao tornar-se religioso na Congregação que fundou, quis passar a chamar-se “João do Coração de Jesus”.

Em Bruxelas, no quarto onde o Padre Dehon faleceu a 12 de Agosto de 1925,encontra-se na parede ao lado da cama, o quadro representando S. João com a cabeça reclinada sobre o peito de Jesus. O Padre Dehon gostava muito daquele quadro tão expressivo, que lhe recordava a sua vocação de Sacerdote do Coração de Jesus, chamado, como S. João, à maior intimidade com Jesus. E foi apontando para esse quadro e olhando para Jesus, que disse pouco antes de expirar: “Para Ele vivi; para Ele morro!”.

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A PALAVRA DO PAPA, para ti

AMAR A EUCARISTIA

Caros amigos! Às vezes, em princípio pode resultar incómodo ter de programar no domingo também a Missa. Mas, se nisso vos empenhardes, constatareis mais tarde que é exactamente isso que dá sentido ao tempo livre. Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical, e ajudai também os demais a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria de que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos a isso; vale a pena!

COMENTÁRIO O que nos define como cristãos é a nossa fé em Cristo, essa fé que é vivida e celebra-da na Eucaristia. Daí que seja tão importante para nós. Nes-se momento temos oportuni-dade não só de ouvir a Palavra de Deus e meditá-la, mas tam-bém é o momento que a co-munidade se encontra para celebrar e testemunhar a sua fé em Cristo Jesus. Não só te-mos que ter a preocupação de participar ao domingo na Eu-caristia como também vivê-la intensamente, ajudando a co-munidade a celebrá-la.

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Quem não Ama a Solidão,

não Ama a Liberdade

Nenhum caminho é mais errado para a fe-

licidade do que a vida no grande mundo,

às fartas e em festanças (high life), pois,

quando tentamos transformar a nossa mi-

serável existência numa sucessão de alegri-

as, gozos e prazeres, não conseguimos evi-

tar a desilusão; muito menos o seu acom-

panhamento obrigatório, que são as menti-

ras recíprocas. Assim como o nosso corpo

está envolto em vestes, o nosso espírito

está revestido de mentiras. Os nossos dize-

res, as nossas acções, todo o nosso ser é

mentiroso, e só por meio desse invólucro

pode-se, por vezes, adivinhar a nossa ver-

dadeira mentalidade, assim como pelas

vestes se adivinha a figura do corpo.

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PÁGINA VOCACIONAL

Todos na Igreja recebemos uma vocação. O seu cuidado não deve limitar-se à esfera pessoal. Mas ser também ocasião de desenvolvimento das outras vocações. As diferentes vocações, com efeito, são entre si complementares e todas convergem para a única missão.

Certamente, entre os serviços que os pais podem prestar aos filhos ocu-pa o primeiro lugar o de ajudar a descobrir e a viver o chamamento que Deus lhes faz ouvir, incluindo a vocação “sagrada”.

Diante do fenómeno do diminuto número daqueles que se consagram ao sacerdócio e à vida consagrada, não podemos ficar passivos sem fazer nada do que está nas nossas possibilidades. Antes de mais podemos fazer muito com a oração. O próprio Senhor a recomenda.: “Pedi ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe.

A oração pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, é um dever de todos, é um dever sempre. O futuro das vocações está nas mãos de Deus, mas em certo modo está também nas nossas mãos. A oração é a nossa força; com ela as vocações não poderão faltar, nem a voz de Deus deixará de ser escutada.

Peçamos ao Mestre a fim de que ninguém se sinta estranho ou indiferen-te a esta voz, mas pelo contrário se interrogue a si mesmo e meça as próprias capacidades, ou melhor, redescubra as próprias reservas de generosidade e de responsabilidade. Ninguém se subtraia a este dever.

João Paulo II

(Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações - 1987)

DEVER DE TODOS

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Os "Emmaús" apareceram em Paris em 1949. Cinco anos mais tarde

o "Abbé Pierre" (Padre Pedro), o seu fundador, perante um Inverno es-pecialmente rigoroso, que arrastava uma multidão de sem-abrigos para uma situação de verdadeiro drama, lançou um apelo à sociedade france-sa. Desse pedido de ajuda terá nascido a consciência do trabalho que já vinha sendo desenvolvido com os pobres dos mais pobres da capital francesa e a necessidade de o alargar para outras cidades, para outros países. Em 1982, o Abbé Pierre acrescentou o desafio da criação de uma comunidade dos Emmaús em Portugal.

Os primeiros companheiros reuniram-se numa sala em prestada pela paróquia de Campo Grande. Mas tarde haveriam de passar por Cas-cais, por Chelas, até chegarem à casa que hoje habitam em Caneças, à outra que ocupam em Setúbal.

RESSUSCITADOS PARA A VIDA

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Os Emmaús vivem apenas dos donativos da sociedade. Não têm subsídios, não aceitam esmolas. Recebem tudo. Até quase lixo. É aí que começa o seu trabalho, recuperando o que é recuperável, limpan-do, concertando, dando vida a objectos que já tinham perdido o afec-to. Em Caneças brilha outro mundo. Os melhores antiquários não ofe-recem melhor ao possível comprador. Ali há de tudo. Desde móveis a electrodomésticos, desde livros a discos, de roupa a peças sem catálo-go. Entre os melhores clientes dos Emmaús, além dos antiquários à procura de peças para revenda, e dos simples curiosos, estão as pro-dutoras de televisão. É verdade. Muitos dos cenários das novelas que vemos em casa são embelezados com peças que já passaram pelas mãos destes companheiros. Ao todo, em Portugal, há cerca de quatro dezenas de companheiros.

Ali dentro as regras são rígidas. Ninguém pergunta nada. Só o primeiro nome. Todos são acolhidos. E, entre os que aparecem à por-ta, podem estar alcoólicos, drogados, gente com cadastro, pessoas que bateram no fundo da escala da sociedade. Também há gente ape-nas perdida. Até pessoas com curso superior pertencem ao mundo destes companheiros. Se ninguém lhes exige nada à entrada, lá dentro há regras de conduta. Ali todos têm toda a liberdade, mas têm de res-peitar os outros. É isso que se pede. Respeitar, até, os defeitos dos outros. Nos Emmaús vive-se como na comunidade dos primeiros cris-tãos. Tudo é de todos. A economia de grupo visa, apenas, a sobrevi-vência do grupo. Ali não há ordenados, mas os companheiros recebem o chamado dinheiro de bolso, cerca de vinte e cinco euros por sema-na.

A preocupação passa essencialmente, pela alimentação, pelas condições de habitabilidade, pela saúde. Pela dignidade. Integrados numa comunidade, antigos excluídos da sociedade, estes companhei-ros trabalham para o seu sustento e para ajudarem os outros homens e mulheres que vivem também à margem dos afectos. Ali, entre os companheiros de Emmaús, há gente que ressuscitou para a vida. Ali, todos os dias, testemunha-se o milagre do amor.

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* É mais doce servir a Deus por amor, do que servi-l’O fria-

mente por temor. Ele prefere ter amigos a ter escravos.

(Padre Dehon)

* O homem deseja ser feliz, mesmo quando vive de maneira

a tornar a felicidade impossível. (Santo Agostinho)

* Que vos fica dos sofrimentos que suportastes por amor do

vosso Deus durante o ano que vai terminar? Nada, a não ser

a satisfação de ter sofrido por seu amor e a recompensa

eterna que não mais vos escapará, se fordes fiéis. (Ven. Li-

bermann)

* Em Cristo foram-nos plenamente revelados o amor de

Deus e a sublime dignidade do homem. (João Paulo II)

* É através do dom total de si que o homem se constrói. São

as fidelidades de uma vida inteira que forjam o ser humano

dentro de si mesmo. Sem estas fidelidades, as audácias não

passam de fogo de palha e os riscos por Jesus Cristo são

efémeros. (Fr. Roger Schutz, Taizé)

* Pelos erros dos outros o homem sensato corrige os seus.

(Osvaldo Cruz)

10 grãos de

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PARA LER E MEDITAR

O SEGREDO DA FORcA Nos momentos de crise, só a fé nos dá a força para

perseverar. Imagina, em toda a sua realidade, o facto se-guinte que é histórico.

Dispunha-se Napoleão a efectuar a sua retirada da Rússia, onde acabava de ser mal sucedido. Moscovo está em chamas. Um frio de gelar envolve os soldados enfra-quecidos pela fadiga e pelas privações. Morrem de frio aos milhares, enregelados no caminho... A noite caiu fria e impenetrável como uma mortalha sobre os tristes so-breviventes, quando Napoleão percorre o acampamento coberto de neve.

- Que raio de luz é aquela que corta ainda o nevoei-ro? Vai ver o que é.

O mensageiro vai inspeccionar e volta: - Meu general, - diz o soldado fazendo continência -

é o coronel Dronot que trabalha e reza na sua tenda. Na primeira oportunidade, o imperador promoveu

a general aquele coronel e honrou-o por ter dado prova de tão estupenda força, em noite tão medonha.

- Senhor, - respondeu-lhe o oficial não temo nem a morte nem a fome; só temo a Deus: é este o segredo da minha força.

Sim, aqui está o segredo da força moral de que pre-cisamos para enfrentar e vida e os seus desafios. “Temer” a Deus não é ter medo d’Ele; é, sim, respeitá-l’O, pô-l’O sempre em primeiro lugar e fazer acima de tu-do as suas vontades.

Tihamér Toth

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[eler] [eflectir] [esponder]

- Palavra do Pe. Dehon *Qual o significado da última ceia e quais as atitudes vividas nesse mo-mento, tanto por parte de Jesus como aqueles que estavam com Ele?

- Palavra do Papa *Comenta a frase: “É belo que hoje, em muitas culturas, o domingo seja um dia livre. Mas esse tempo livre fica vazio se nele não está Deus.” *Qual o significado que para ti tem a Eucaristia?

- Uma história de cada vez *O que faz a comunidade “Emmaus”? *Qual é o significado da expressão: “entre os companheiros de Emmaus há gente que ressuscita para a vida”?

- Página vocacional *O que podemos fazer perante o fenómeno da diminuição das voca-ções sacerdotais e religiosas? *Porque é que a oração pelas vocações sacerdotais e à vida consagra-da é um dever de todos?

- Para ler e meditar *O que é que nos pode dar forças nos de crise? *Concordas com a afirmação: «“Temer” a Deus não é ter medo d’Ele; é, sim, respeitá-l’O, pô-l’O sempre em primeiro lugar e fazer acima de tudo as suas vontades.» Porquê?

- Perguntas do Directório (pp. 49-53) *Quais os assuntos a que o pré-seminarista se mostra sensível ao ser admitido ao pré-seminário? *O que pretende o pré-seminarista?

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A amizade deve ser uma alegria gratuita co-

mo as que a arte ou a vida oferecem. É preci-

so recusá-la para se ser digno de a receber:

ela é da categoria da graça («Meu Deus, afas-

tai-vos de mim...»). É dessas coisas que são da-

das por acréscimo. Toda a ilusão de amizade

merece ser destruída. Não é por acaso que

nunca foste amado... Desejar escapar à soli-

dão é uma cobardia. A amizade não se pro-

cura, não se imagina, não se deseja; exercita-

se (é uma virtude). Abolir toda esta margem

de sentimento, impura e enevoada. Schluss!

C

on

vo

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tór

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Publicação Mensal - Ano IX - nº 208 - Abril de 2011 Proprietário, Director e Editor: A equipa da Pastoral Vocacional do Colégio Missionário

Redacção e Administração: Caminho do Monte, 9 | Ap. 430 | 9001-905 - FUNCHAL Telf.: 291 22 10 23 | Website: emfrente.wordpress.com | Email: [email protected]

Impresso nos Serviços Privativos do Colégio Missionário Sagrado Coração - FUNCHAL Depósito Legal nº 120 306

Em Frente (Contacto com os Pré-seminaristas Dehonianos)

Tal como foi definido no plano de encontros dos pré-seminaristas, durante o mês de Abril faremos uma visita à vossa casa. Depois da experiência realizada no mês de Janeiro, que resul-tou positivamente, voltamos a repetir a experiência. Alguns aspectos que convém ter em conta nestes diálogos que teremos convosco nas vossas casas: a partilha das respostas do RRR de Abril; as vossas leituras espirituais do Evangelho e de outro livro que estejam a ler; a vossa caminhada como pré-seminaristas; outros assuntos que queiram tratar connosco. Começaremos a efectuar as visitas a partir do dia 9 de Abril, contactando com antecedência as vossas famílias. Seria conveniente que, sabendo o dia em que vamos visitar-vos, pudessem preparar quer o RRR, quer outros assuntos que gostariam de aprofundar. O próximo encontro a realizar no Colégio Missionário será no dia 7 e 8 de Maio, sendo concluído com a reunião de pais e Eucaris-tia. Assim o programa do encontro será o seguinte:

DATA: dias 07 e 08 de Maio.

CHEGADA: no sábado até às 10.30 horas pois que às 11.00 te mos de estar em condições de começar as nossas actividades.

REUNIÃO DE PAIS: dia 8 de Maio às 11h, seguindo-se a Eucaris tia às 12h.

REGRESSO A CASA: depois da Eucaristia de domingo, às 13h.

TRAZER: as coisas do costume. Permitimo-nos recomendar especial cuidado para não esquecer certos objectos tais como os chinelos, o sabonete (champô), a toalha e, naturalmente, as coisas que são para entregar à chegada (Cartão de pré-seminarista; Livro de Fidelidade).