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INOVAÇÃO de empresas U m longo caminho para o êxito bIlt0 OS atUalS,Wat ae fiºa~ccmo~sqLe usados nos ~a. de- vem com certeza a sua Eada- Iênce ao espirito in~two e ~3 da médio ortopedis- ta ºmco Jaus Ging Zander. (Ne~ a mecanckera - petãt5oams

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  • INOVAÇÃO de empresas

    Um longo caminho

    para o êxito

    bIlt0 OS atUalS,Wat ae fiºa~ccmo~sqLe

    usados nos ~a. de-

    vem com certeza a sua Eada-Iênce ao espirito in~two e

    ~3 da médio ortopedis-

    ta ºmco Jaus Ging Zander. (Ne~ a mecanckera -

    petãt5oams

  • De entre as 20 primeiras empresas de bens e serviços que mais apostam em I&D, apenas duas se destacam no peso dos seus projetos no valor da produção. Das restantes, nenhuma ultrapassa os 10% no indicador

    Texto: Fátima Ferrão

    Poftugal é, aparentemente, um pais inova-dor em muitas áreas. Contudo, quando comparado com outras realidades, e tendo em conta indicadores de inovação que as-sentam em diferentes dimensões como condições, recursos, processos e resultados, não chega sequer ao nível médio da União Europeia (UE).

    Segundo o Barómetro Inovação, levado a cabo pela COTEC Portugal, o pais ocupa apenas a 293 posição de entre 52 países ana-lisados com base em idênticos critérios. Ainda assim, recuperou ligeiramente face aos dois anos anteriores (2013 e 2014), aproximando-se da média global, e conso-lidando a posição de líder dos países da Eu-ropa do Sul, colado à Eslovénia (país na 283 posição do ranláng da COTEC).

    O investimento em Investigação e Des-envolvimento (I&D) tem, por isso, um lon-

    go caminho a percorrer, apesar dos bons exemplos que por cá existem. Segundo da-dos da Pordata, Portugal mantém, desde 2013, o mesmo nível de investimento em I&D, em percentagem do PIB (1,3% no to-tal, 0,6% nas empresas), sendo um pouco inferior ao realizado entre 2009 e 2011 (1,6% e 0,7%, respetivamente).

    O conceito de inovação é variado, de-pendendo, principalmente, da sua aplica-ção. De forma sucinta, considera-se que inovação é a exploração com sucesso de no-vas ideias e ou processos e procedimentos.

    De entre os vários significados ine-rentes ao conceito de inovação, desta-cam-se aqueles que se referem a inova-ções de produto ou de processo produti-vo - inovações tecnológicas. Outros tipos

  • INOVAÇÃO

    de inovações podem-se consubstanciar em novos mercados, novos modelos de negócio, novos processos e métodos or-ganizacionais.

    comum confundir-se inovação e pro-cessos de inovação com a melhoria contínua e com processos relacionados. No entanto, para que urna inovação seja caracterizada como tal, é necessário que se observe um impacto significativo na estrutura de preços, na participação de mercado, na receita da empresa e/ou no processo produtivo.

    Para apurar as empresas mais inovadores neste ranking das 1000 Maiores Empresas foi aplicada uma fórmula que integra dados sobre Despesas em 1&D face ao Volume de Negócios, Projetos de Desenvolvimento face ao Valor Bruto de Produção, e Empre-go em Investigação e Desenvolvimento face ao Emprego total.

    Norte domina nas empresas que transacionam bens

    São provenientes de diferentes indústrias mas em comum têm a pronúncia do norte: o pódio das três empresas que mais inovam na categoria de Bens integra representan-tes das indústrias farmacêutica - a Bial- de componentes elétricos e eletrónicos a So-lidai - e de componentes e acessórios para a indústria automóvel - a Sakthi Portugal. Já no que se refere ao top 10, os setores de ati-

    Para que haja inovação, esta tem que ter um impacto significativo em toda a empresa

    vidade são completamente dispares. En-contramos empresas com atividades tão distintas como, por exemplo, a EFACEC Energia, o Laboratório Medinfar - Produtos Farmacêuticos, ou a Novadelta - Comércio e Indústria de Cafés.

    A Bial ocupa este ano o primeiro lugar do ranking, destacando-se nos vetores de pro-jetos de desenvolvimento e de emprego em I&D, com uma percentagem acima de 44%. De realçar ainda a percentagem de quase 95% no nos projetos de desenvolvi-mento face ao valor bruto da produção.

    No que à Solidai diz respeito, destaca-se a subida de um lugar face ao ano de 2014, na subcategoria de bens. A empresa ocupa-va o terceiro lugar e sobe, este ano, à se-gunda posição, tendo melhorado o seu de-

    TOP 10- BENS

    Nornedesnima VOLUME NEGO0052015

    TAXA IX INVISMENTO ACUMULADO EM kW

    1 B1AL - PORTELA &CA SA 149.422558€ 9431%

    2 SOUDAL - CONDUTORES ELECTRICOS. SA 8538 7681 E 081%

    3 SAKT11 PORTUGAL SA 93502456€ 4.69%

    4 OUVE1RA & IRMÃO. SA 46.119416E 0,1036

    5 EFACEC ENERGIA • MballINAS E ECUPNIENTOSELECTRCOS SA 208613294€ 0133%

    6 GRUPOANTOLIN WYTANIA . COMPOIWIS AUTOMÓVEL SA 57946.485€ 8M91

    7 WEGEURO • 1NOUSTRLA ELECT RICA SA 45523996€ 031%

    8 LABORATORIO MEDIFAR-PREXXITOSFARMACEW0155A 47 6682ffl € 0.00%

    9 TD

  • BIAL Inovação com duas décadas

    iNovAçÃo

    sempenho, nomeadamente ao atingir uma percentagem de emprego em I&D de qua-se 9 por cento.

    À semelhança da Solidai, também a Sakthi Portugal já fazia parte deste top 10. A empresa subiu de um honroso sétimo lugar em 2014 para ocupar agora a terceira posi-ção, destacando-se na percentagem de em-prego em I&D de quase 8% que apresenta.

    Consultoria informática domina nos serviços

    Ao contrario do que acontece na subcate-goria de bens, nos serviços, o top 10 das em-presas que mais apostam na inovação inte-gra 50% de organizações cuja atividade está relacionada com as Tecnologias da Infor-mação e Comunicação (TIC). Por exemplo, de entre as três melhores classificadas, duas dedicam-se à consultoria informática. Aliás, o ranking deste ano repete a tendên-cia do ano passado que concluía já que é na área informática que são gerados mais em-pregos relacionados com a inovação. Este facto não constitui grande surpresa, uma vez que o setor tecnológico vive uma cons-tante evolução e desenvolvimento, sendo o nível e qualidade do I&D um fator essen-cial para o sucesso destas empresas.

    A grande vencedora deste ano é, nesta di-mensão e categoria, a Novabase Business Solutions. A empresa destaca-se pela per-centagem de quase 4,5% de despesas de I&D face ao volume de negócios, bem como pela percentagem de emprego em I&D de quase 8,5%. Já a Celfocus ocupa o segundo lugar neste ranking, apresentando uma percentagem de quase 3% de despesas de I&D face ao volume de negócios, e de aproximadamente 7,5% de emprego em investigação e desenvolvimento.

    Vencedora da medalha de bronze nesta dimensão, a Irmãos Vila Nova, unidade in-dustrial da marca Salsa, perde este ano o primeiro lugar que ocupava em 2014. Não obstante, denota-se o seu esforço na cate-goria da inovação, mantendo-se no top 3 e sendo a única que não se dedica a ativida-des de consultoria em informática, mas an-tes ao comércio por grosso de vestuário e de acessórios. Ainda assim, Irmãos Vila Nova detém a mais alta percentagem de empre-go em I&D no top 3, com quase 9%.

    A BIAL, primeira classificada neste ranking, na área de bens, é já uma vetera-na no que à inovação diz respeito. A far-macêutica, com sede no Porto, criou o seu departamento de Investigação e Desen-volvimento (1&D) ainda na década de 90 do século passado, com o objetivo de des-cobrir e trazer ao mercado novos medica-mentos, fundamentalmente em duas áreas terapêuticas: as doenças neurológicas e cardiovasculares. Esta aposta na inovação materializou-se quando, em 2009, a em-presa lançou o primeiro medicamento de patente nacional para epilepsia - Zebinix, acetato de eslicarbazepina -, que é hoje co-mercializado na Europa e nos Estados Uni-dos.

    Já este ano, um novo medicamento re-sultante da investigação da BIAL, com in-dicação para o tratamento da doença de Parkinson - Ongentys, opicapona - foi aprovado pela autoridade regulamentar eu-ropeia. Este é o segundo medicamento to-talmente desenvolvido pela farmacêutica e o segundo de patente portuguesa a chegar ao mercado, estando já a ser comercializa-do na Alemanha e no Reino Unido. "A ino-vação é, para nós, uma aposta de longo pra-zo, de mais de duas décadas, que em média nos últimos anos tem canalizado para I&D cerca de 20% da faturaçào, mais de 40 mi-lhões de euros", salienta Antonio Portela, CEO da BIAL. Em Portugal, a equipa dedi-cada à I&D é constituída por mais de 100 pessoas, pertencentes a nove nacionalida-des diferentes.

    Foi, precisamente, a aposta na inovação

    que permitiu que a BIAL conseguisse dar um novo rumo à sua estratégia de interna-cionalização. Hoje, Espanha é o seu segun-do maior mercado, e os Estados Unidos o terceiro. A BIAL tem atualmente filiais em nove países e vende os seus medicamentos em mais de 55.

    Para reforçar a sua estratégia de interna-cionalização e assegurar a comercialização dos seus medicamentos, a farmacêutica abriu em 2015 filiais em Frankfurt e em Londres. Na Alemanha, conta já com uma equipa de 40 pessoas, e no Reino Unido de 15, essencialmente nas áreas de informa-ção médica e gestores médicos. As vendas da BIAL nos mercados internacionais re-presentam atualmente 60% da faturação do grupo que, em 2015, chegou aos 220 mi-lhões de euros.

    A médio prazo, os principais objetivos passam por reforçar a presença internacio-nal, nomeadamente nos mercados farma-cêuticos europeus de maior relevância - Es-panha, Alemanha, Itália e Reino Unido -, tendo como base a comercialização dos seus dois medicamentos de investigação própria, Zebinix e Ongentys. Também os EUA e o Japão são países prioritários para o lançamento dos medicamentos de investi-gação BIAL e para a consolidação dos seus projetos de novos produtos.

    Nesta lista, a BIAL destaca-se no vetor projetos de desenvolvimento e de empre-go em I&D (percentagem acima de 44%). De realçar ainda a percentagem de quase 95% no vetor projetos de desenvolvimen-to face ao valor bruto da produção.

  • G 2

    Novabase Focados no lado humano da tecnologia

    G "Encarar a tecnologia como um poderoso instrumento ao serviço (da felicidade) das pessoas, e não apenas como um fim em si mesmo", é o principal fator de diferencia-ção da Novabase Business Solutions, em-presa do Grupo Novabase que presta ser-viços na área da consultoria informática, como assume o seu CEO, Luis Paulo Sal-vado. "A pressão para inovar no mercado das TI é enorme, mas tem sido este inves -timento a razão da nossa diferenciação e do nosso crescimento", acrescenta ao Di-nheiro Vivo. A vencedora no ranking da Inovação, na área de serviços, destaca-se precisamente pela percentagem (4,5%) de despesas de I&D face ao volume de ne-gócios, bem como pela percentagem de emprego em I&D de quase 8,5%.

    Este foco no lado humano da tecnologia começa internamente e estende-se, de forma natural, ao negócio. "A engenharia e á gestão juntamos as ciências humanas e o design para criar soluções centradas nas pessoas", afirma o CEO. Neste sentido, tem vindo a investir bastante em novas abordagens - como o Design Thinking, a Gamification, entre outros, "que colocam as pessoas no centro da inovação com ex-celentes resultados", explica Luís Paulo

    Salvado. Uma estratégia que, admite o CEO, tem dado frutos. Apesar de apenas divulgar os resultados globais em Feverei-ro, a Novabase Business Solutions apre-sentou, nos primeiros seis meses deste ano, resultados que superam as expectati-vas e confirmam as tendências. Para tal tem contribuido a crescente internacio-nalização, com o negócio fora de Portugal a representar já 60% do total. A apatia da procura no mercado português, a par com o baixo investimento público e privado, tem empurrado a empresa para fora, espe-cialmente para outros mercados europeus. Neste momento, a Novabase tem projetos a decorrer em países como o Reino Unido, Irlanda, Bélgica, Polónia, Turquia, Espa-nha, Holanda e Luxemburgo, entre ou-tros. No caso do Reino Unido, abriu, no fi-nal de 2015, uma operação local para ace-lerar a sua expansão.

    A prioridade para 2017, e para os anos se-guintes, será acelerar ainda mais a inter-nacionalização, sobretudo em mercados sofisticados da Europa, e reforçar o inves-timento em soluções com elevado poten-cial de internacionalização, em I&D e em propriedade intelectual. F. A.F.

  • LUÍS PAULO SALVADO

    A melhor em Inovação, nos serviços Novabase

  • O primeiro globo ter-

    restre conhecido data

    do ano t50. O autor foi

    o grego Crates de

    Menus. de Cilicia (na

    atual Turquia)

    EXPORTAÇÕES de empresas

    Vendas lá fora crescem... mas pouco

  • As exportações das mil maiores empresas representaram, em 2015, cerca de 77% do total das vendas portuguesas para o exterior, que atingiram quase os 5o mil milhões de euros. Este valor - 38,5 mil milhões de euros - representou uma quebra de 8 pontos percentuais face ao peso de 2014

    Texto: Helena C. Peralta

    Portugal continua a ser um pais com défi-ce na sua balança comercial: importa mais bens e serviços do que exporta. Mas o ree-quilíbrio deste item fundamental para as contas nacionais, tem sido um porta-ban-deira dos sucessivos governos. Aumentar as exportações portuguesas é uma das so-luções para a crise vivida no mercado do-méstico por muitas empresas nacionais.

    Em 2015, as exportações portuguesas atingiram os 49,9 mil milhões de euros, um incremento de apenas 4% face ao ano anterior. Já as 1000 maiores empresas, em conjunto, venderam para o exterior cerca de 38,5 mil milhões de euros em bens e serviços, uma percentagem equivalente a 77% do total. Ainda assim, este valor foi in-ferior aos 40 mil milhões do ano anterior, o que representou um decréscimo per-centual face ao peso de 2014, que ascen-deu a 85%.

    Se separamos as exportações portugue-sas por bens e serviços obtemos valores de crescimento ligeiramente diferentes: face a 2014, as exportações de bens passaram de um aumento de 3,6% para 5,8% em 2015, enquanto as exportações de serviços registaram um crescimento menos acen-tuado, passando de uma variação de 5% para 3,1%.

    fabricação de componentes para a indús-tria automóvel, a indústria do papel e a energia dominam claramente, com em-presas deste sector no topo.

    No caso das exportações de bens, desta-ca-se a Continental Mabor, como sendo a melhor empresa exportadora. A unidade de Vila Nova de Famalicão, cuja atividade é a fabricação de pneus e cãmaras-de-ar, venceu nesta dimensão ao atingir um vo-lume de vendas externas de 800 milhões de euros. Este valor representou a quase

    totalidade da sua faturação, que ascendeu a 820 milhões. A empresa conseguiu ain-da um incremento de 8% face às vendas externas do ano anterior, destinando os seus produtos para cerca de 65 países, sen-do a Alemanha, a França e a Espanha os seus principais mercados.

    Segue-se, no top 3 das melhores expor-tadoras, a Faurécia - Sistemas de Escape Portugal, também ela ligada ao sector au-tomóvel, urna vez que fabrica de compo-nentes e acessórios para veículos automó-

    As principais exportadoras em destaque

    Já no que diz respeito à lista da 100 Maio-res, as empresas de bens exportaram 21,5 mil milhões de euros e as de serviços 16 mil milhões em 2015. Só as dez maiores empresas exportadoras de bens atingiram, juntas, os 3,434 mil milhões de euros e as 10 maiores nos serviços os 3 mil milhões. Em termos de atividades económicas pre-dominantes no ranking de exportação, a

  • TOP 10 BUIS

    liemedaampresa m. um NF60(.105 7015 L.'WAC;152

    1 CONTINENTAL MAf3OR INDUSTRIA DE PNEUS, SA 820559044E 8,36%

    2 FAURÉC1A • SISTEMAS DE ESCAPE PORTUGAL. LOA 550 1 82512 E 7556%

    3 CEWLOSE BEIRA INDUSTRIAL (CE E 811 SA 432 796673 E 21.07%

    4 ENERCENGM131.1 - SUCURSAL EM PERTUGAL 344 0 76931 € 8.81%

    5 FAUREC1A • ASSENTOS DE AUTOMÓVEL LOA 296025726E 3333%

    O RENAULT CAC1A. SA 280647522E 7,18%

    7 AMOR1M & IRMÃOS, SA 290.792512E 1133%

    8 BA VIDRO. SA 339.269.773€ 1278%

    9 COREAB PORTUGAL - COMPNVH1AOE FOSE CABOS. LOA 219461301E 21,11%

    10 BOSCII TERMOTECNOL COA S A 244205.440£ 10.82%

    EXPORTAÇÕES

    veis. A filial portuguesa, instalada em S. João da Madeira, e que faz parte da multi-nacional francesa com a mesma designa-ção, fornece diversas marcas reconhecidas internacionalmente como a Mercedes, a Jaguar, a Land Rover, a PSA Peugeot- Ci-troen, a General Motors, a Renault-Nis-san, a Volksi.vagen, a Citroen e a Seat. Em 2015, a filial portuguesa vendeu para o ex-terior cerca de 540 milhões de euros, cor-respondendo a cerca de 98% do seu volu-me de negócios total. As suas exportações cresceram 75% face ao ano anterior, sen-do que a maior parte destas vendas se des-tinaram ao mercado europeu. A terceira empresa em destaque nos bens é a Celu-lose Beira Industrial - Celbi, empresa que fabrica pasta de papel na Figueira da Foz. Boa parte da sua produção - cerca de 80% - é destinada ao mercado internacional. Em 2015, facturou quase 350 milhões de euros em destinos diversos, ficando ape-nas os restantes 20% das vendas no mer-cado doméstico (cerca de 80 milhões de euros). O incremento das exportações, entre 2014 e o ano passado, foi de 21%, o que lhe valeu um destaque neste ranking elaborado pela Ignios.

    Exportar bons serviços

    Já no que diz respeito à ordenação pelo seg-mento de serviços, a grande vencedora do ranking foi a Navigator Fine Paper, S.A, empresa que pertence ao universo Navi-gator Company (anteriormente designado de Portucel Soporcel). Este gigante nacio-

    nal, composto por várias empresas do mes-mo sector, entre elas a Navigator Fine Pa-per, é atualmente um dos maiores expor-tadores nacionais e é a que gera o maior Va-lor Acrescentado Nacional. Em 2015, a Na-vigator Fine Paper aumentou em cerca de 11% o valor total das suas exportações, que ascenderam a mais de 1,33 mil milhões de euros, o que lhe valeu este destaque.

    Em segundo lugar do ranking encontra-mos uma multinacional na área dos trans-portes aéreos de passageiros. Esta compa-nhia, sedeada em ()eiras, exporta pratica-mente a totalidade dos seus serviços (99,98%), mantendo-se no topo dos ex-portadores nacionais. Registou um ligeiro aumento de 1,5% no volume faturado fora de fronteiras, relativamente ao ano anterior, valor este que ascendeu aos 380 milhões de euros. No top 3 encontramos ainda a companhia nacional EDP, Serviço

    Universal, especializada no comércio de energia eléctrica. Dos cerca de 2,55 mi-lhões de euros de volume de negócios, apenas 285 milhões são referentes a ser-viços exportados, valor que ainda assim lhe atribui uma posição confortável nesta lista. As exportações da companhia cres-ceram cerca de 22,4% face a 2014. O au-mento nacional de produção energética através de fontes renováveis é o principal fator de incremento a exportação de ener-gia no nosso mercado. Já em 2014 se regis-tou um bom ano nas exportações energé-ticas, crescimento este que continuou em 2015, ano em que foram batidos todos os recordes de energia elétrica exportada. A EDP aumentou ainda para 11% a sua taxa de exportação. Estas empresas são a prova de que é possivel fazer mais e melhor mes-mo num mercado que sofre de alguns pro-blemas estruturais.

    TO • SERVI S

    Nomeds emprese VELUME NEGOCIOS 2015 VARIA DAS EXPORT

    ÇÃOAÇOES

    1 NAV1GATOR FINE PAPE R, SA 1.348307.526E 11,06%

    2 NETJETS. TRANSPORTES AÉREOS. SA 383.997757€ 152%

    3 EOP SERVIÇO UNIVERSAL SA 2551607000€ 2238%

    4 ELEVOLUTION - ENGENHARIA SA 191605 674 € 28.91%

    5 GOMA-INDÚSTRIA AERONÁUTICA DE PORTUGAL, SA 1 :.: 682185€ 1243%

    6 LEP- LOJAS FRANCAS OE PORTUGAL SA 190937.253E 5,62%

    7 CONDURIL -ENGENHARIAS/1, 173.689.057E 878.50%

    8 EFACEC - ENGENHARIA E SISTEMAS SÁ 164533 183 E 6.25%

    9 NOSCOMUNICACOES SA 1269517531C 2051%

    10 USNAVE - ESTALEIROSNAVAISSA 114.641658E 28,72%

    Metodologia A metodologia aplicada neste cri-tério prende-se a variação das ex-portações das empresas portu-guesas nos segmentos de bens e de serviços e com a respectiva taxa de exportações. Para deter-minar o Top 10, foi atribuído 50% de peso para cada um destes in-dicadores.

  • EXPORTAÇÕES

    MABOR Pneus made in Portugal rolam pelo mundo A empresa de Vila Nova de Famalicão, cuja principal atividade é a fabricação de pneus e câmaras-de-ar, destaca-se nas exporta-ções, ao atingir um volume de negócios de aproximadamente 800 milhões de euros e uma percentagem de vendas para merca-dos externos na ordem dos 97,49%. Rela-tivamente ao desempenho do ano passa-do, a Continental Mabor aumentou em cerca de 8% as suas exportações, para mais de 65 países, com Alemanha, França e Es-panha a aparecerem como principais des-tinos. "Este foi um ano recorde em termos de volume de vendas, de produção e de Va-lor Acrescentado Bruto (VAB)", afirma Pe-dro Carreira, administrador da subsidiária nacional.

    A diversificação dos mercados de expor-tação, assim como dos clientes, continua a ser a grande aposta da empresa. "É com muito gosto que podemos dizer que exis-te um pneu made in Portugal em todas as grandes marcas europeias produtoras de

    viaturas ligeiras", salienta Pedro Carreira ao Dinheiro Vivo. E acrescenta: "também exportamos para as Américas e para paiges da região da Ásia e Pacífico e enviamos pneus para muitos dos construtores de au-tomóveis dessas regiões mais distantes". Com esta estratégia de diversificação, a marca garante uma maior estabilidade para o seu negócio: "Exportar para várias regiões coloca-nos numa posição mais confortável face às flutuações momentâ-neas que possam acontecer", admite o ad-ministrador.

    Para 2017, o principal foco da Continen-

    tal Mabor será a conclusão do projeto Lou-sAgro e, consequentemente, o arranque da produção de pneus agrícolas. Como explica Pedro Carreira, o próximo ano será também o momento de ver funcionar em pleno o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para estes pneus e, em paralelo, a conclusão de um novo edificio e a passagem da área de inspeção final para este local, "por forma a permitir continuar o nosso crescimento quando o acionista assim o pretender".

    O Grupo Continental é considerado o quarto maior produtor mundial de pneus, ocupando o segundo lugar nos maiores fornecedores para a indústria automóvel (equipamentos automotivos e pneus). Dentro do próprio Grupo, existe também uma forte concorrência, sendo a unidade fabril instalada em Portugal a segunda maior. Em simultâneo, a operação nacio-nal foi considerada, nos últimos quatro anos, a melhor fábrica no que se refere aos indicadores de qualidade.

    Navigator Fine Paper A dar cartas A Navigator Fine Paper é a empresa do gru-po Navigator Company, anteriormente conhecido por Grupo Portucel Soporcel, que se dedica ao comércio por grosso da produção da papeleira. Esta área de negó-cio faturou qualquer coisa como 1.35 mil milhões de euros em 2015, sendo que as exportações representaram a quase totali-dade do seu negócio, ou seja, cerca de 98,5%. A empresa atingiu o primeiro lugar do ranking das exportações no segmento dos serviços, porque registou um exem-plar acréscimo de 11% no volume total das suas vendas para o exterior, face ao ano an-terior.

    A empresa, com sede em Setúbal faz parte de um gigante nacional, que recen-temente (em Fevereiro) assumiu o nome

    do seu produto estrela, o papel Navigator. Segundo a empresa, havia necessidade de uma união em tomo de uma marca co-mum ainda mais forte, que unisse toda a empresa. Como o produto Navigator é um caso de sucesso internacional, nada como se identificar com esse mesmo nome.

    A The Navigator Company é líder euro-peu no sector de papéis finos de impressão e escrita não revestidos e no seu conjunto representa aproximadamente 1% do PIB nacional - que em 2015 atingiu os 179,5 mil milhões de euros -, cerca de 3% das ex-portações de bens, perto de 8% do total da carga contentorizada e de 7% do total des-ta carga e da carga convencional exporta-da pelos portos nacionais.

    As vendas da companhia têm como des-tino cerca de 130 países em todos os con-tinentes, com destaque para a Europa e Es-tados Unidos, alcançando assim a mais ampla presença a nivel internacional en-tre as empresas portuguesas. No âmbito da sua estratégia de expansão, a empresa ad-quiriu uma fábrica de papel tissue, está a

    desenvolver um importante projeto de in-vestimento florestal verticalmente inte-grado em Moçambique, bem como uma fábrica de pellets nos Estados Unidos.

    Durante o ano de 2015, o Grupo atingiu um novo máximo histórico de produção de papel, tendo aumentado o volume de ne-gócios em 5,6% para mais de 1,6 mil mi-lhões de euros.

    A empresa consolidou assim a sua posi-ção de lider europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos, sendo sexto a nível mundial. Além disso, o grupo é também o maior produtor euro-peu, e o quinto a nível mundial, de pasta branqueada de eucalipto BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp.

    A Navigator Company tem seguido de forma consolidada uma estratégia de ino-vação e desenvolvimento de marcas pró-prias, que hoje representam mais de 62% das vendas de produtos transformados, merecendo particular destaque a marca Navigator, lider mundial no segmento premium de papéis de escritório.

  • PEDRO CARREIRA

    A melhor em Exportação, nos bens Continental Mabor