tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino

1
1. INTRODUÇÃO Este artigo trata do emprego das Tecnologias da Informação e da Comunicação no ambiente escolar. Para se chegar a esse resultado, foi desenvolvido o projeto “Conhecendo e História de Cacoal”, com os alunos que cursam o 9º ano/2012. O objetivo era investigar acerca da vida de alguns pioneiros do município de Cacoal, descobrindo suas histórias e confrontando-as com a história do próprio município, culminando com produções audiovisuais. 1.1- CONHECENDO A HISTÓRIA DE CACOAL Cacoal é um município próspero. Com 34 anos, está em pleno desenvolvimento. Com o projeto, os alunos colheram inúmeras informações e depoimentos sobre histórias de vida de pioneiros que se relacionavam com a história do município de Cacoal. Em face disto, citamos Orofino, quando considera que: “O espaço escolar precisa dialogar com estes dos novos cenários e paisagens culturais de onde emergem novas subjetividades (políticas) que se revelam nas localidades e culturas de bairro.(2005, p. 123). É a educação para a cidadania. Cacoal tem uma história construída com muito amor e dedicação por seus pioneiros, seus descendentes e por aqueles que aqui chegaram mais recentemente. Conhecer a história do seu povo é tornar-se igualmente responsável por ela. 1.2- O USO DAS TICs E MÍDIAS COMO INCENTIVO À APRENDIZAGEM Adotar a TV/Vídeo e informática como ferramentas de incentivo à aprendizagem é algo relevante, uma vez que possuem múltiplas linguagens, como destaca Moran, “O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita” (1995, p. 27 a 35), acrescentando, também, que estas linguagens se dão de forma interativa. Esse destaque, segundo Moran, é para justificar o poder que ele exerce sobre os jovens e adultos. Desenvolve-se ações que compreendem o uso das TICs e Mídias. Descobertas surgem, quando são respeitadas as características e necessidades de cada instituição educativa, como compartilha Orofino: “Não existe uma fórmula a ser seguida. Devemos, isto sim, possibilitar a apropriação de um conhecimento, que deve então ser traduzido, a fim de oferecer propostas às necessidades de cada contexto, cada escola, cada local.(2005, p. 116). É assim que os estudantes estarão preparados não só para utilizar, mas também para compreender o poder que a mídia exerce na sociedade, é a necessidade de “letramento midiático”, que, para Mocellin, é: “alcançado por meio da alfabetização crítica da mídia, visando dar poderes aos alunos para que possam ampliar sua participação na sociedade e promover a democracia e a justiça social.(2009, p. 34 e 35). 2. OBJETIVOS Investigar e conhecer a história do município de Cacoal e lançar mão das mídias TV/Vídeo e informática, com vistas à produção audiovisual. 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia adotada foi a do Paradigma Qualitativo, a tipologia de pesquisa é a pesquisa-ação. O trabalho foi desenvolvido nos meses de abril a junho do ano de 2012. As visitas aos bairros foram realizadas ao mesmo tempo em que moradores mais antigos foram identificados e convidados a participar uma entrevista. Textos da história de Cacoal foram lidos. Foi realizada uma visita à sede da Alamanda, afiliada ao Sistema Brasileiro de Televisão SBT. Ofereceu-se uma oficina de edição de imagens. Os vídeos foram apresentados aos colegas e disponibilizados no blog “Ensino e Aprendizagem”. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebeu-se que os alunos tomam iniciativas e mostram-se motivados quando sentem-se responsáveis pelos resultados a serem adquiridos na ação educativa. Não só por isso, mas também por ser algo que foge às suas experiências do que é o “estudar”. A escola fez a sua parte, uma vez que, como concorda Orofino, torna propícia a participação do aluno, “que potencialize suas vozes, no pronunciamento daquilo que eles acreditam que seja relevante para sua emancipação.(2005, p. 123). De fato as novidades encantam, apesar de assustar, em primeiro momento. As experiências vivenciadas pelos alunos, a percepção da realidade que os cerca, o olhar crítico às produções audiovisuais, o trabalho coletivo, tornam-se agentes motivacionais e construtores de conhecimentos importantes para a vida pessoal e estudantil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, Helena Guimarães, História e Linguagens. Volume único: Livro do Professor. São Paulo: FTD, 2009 FECHINE, Yvana, Gêneros televisuais: A dinâmica dos formatos, Revista SymposiuM, Ano 05 01 janeiro-junho 2001. Disponível em: <http://www.maxwell.lambda.ele.puc- rio.br/3195.PDF>. Acesso em 18 out. 2012. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. KEMPER, Lourdes, Cacoal: sua história sua gente. Goiânia-GO: Grafopel, 2002 MOCELLIN, Renato, História e cinema: educação para as mídias. São Paulo: editora do Brasil, 88p., 2009. MORAN, José Manoel, O Vídeo na Sala de Aula, Revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/moran/vidsal.htm#tvideo>, Acesso em 18 out. 2012. OROFINO, Maria Izabel, MÍDIAS E MEDIAÇÃO ESCOLAR: pedagogia dos meios, participação e visibilidade, Vol. 12, São Paulo, Cortez, 176p., 2005. O Uso da TV/Vídeo e Informática como Incentivo à Aprendizagem Na Escola M. E. F. Maria Socorro Viana de Almeida Entretanto, nem tudo se concretizou. O laboratório recebido não estava em pleno funcionamento, ficando impossibilitado aos alunos o acesso à webquest, disponibilizada no blog Ensino e Aprendizagem, que pode ser encontrado em <http://jucelinogabrielsocializando.blogspot.com>, Apresentada aos alunos em sala com um computador conectado à internet e projetor de imagens (internet e projetor disponibilizados pela escola). Por outro lado, percebeu-se que a execução deste projeto mobilizou alunos, que, em partes, carregavam consigo uma visão diferente de pesquisa escolar, conforme Campos, onde “o trabalho de pesquisa se resume à mera cópia de partes de livros ou sites da internet muitas vezes sem conexão alguma - , e não resulta em aprendizagem efetiva.(2009, p. 116). Sensibilizou alguns educadores e mobilizou equipe de gestores, coordenadores pedagógicos, enfim, a comunidade escolar e a comunidade local. Estas pessoas escreveram um novo capítulo nas suas vidas e na história do município de Cacoal. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O Projeto “Conhecendo a História de Cacoal”, com ênfase no uso das mídias e TICs como incentivo à aprendizagem, propiciou momentos gratificantes. Inserir os estudantes num mundo até então, de certa forma, desconhecido o campo das produções audiovisuais, a busca pelo entrevistado e pela entrevista perfeita. As curiosidades sobre a história do município. A descoberta das próprias capacidades pessoais. A análise e problematização, o olhar atento frente às diferenças sociais. O silêncio ao ouvir e vivenciar as histórias de sucessos e de insucessos dos pioneiros tão aguerridos. Os erros e os acertos no decorrer das gravações das entrevistas. O “ver-se” no vídeo... Houve envolvimento dos alunos e alunas em todas as etapas de desenvolvimento do referido projeto. Acadêmico: Jucelino Gabriel da Cruz [email protected] Orientadora: Daiani Barth [email protected]

Upload: mrjdgabrielcacoal

Post on 30-Jul-2015

453 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Tv video como_incentivo_aprend_banner_jucelino

1. INTRODUÇÃO

Este artigo trata do emprego das Tecnologias da Informação e da

Comunicação no ambiente escolar. Para se chegar a esse resultado, foi

desenvolvido o projeto “Conhecendo e História de Cacoal”, com os alunos quecursam o 9º ano/2012. O objetivo era investigar acerca da vida de alguns pioneiros

do município de Cacoal, descobrindo suas histórias e confrontando-as com a

história do próprio município, culminando com produções audiovisuais.

1.1- CONHECENDO A HISTÓRIA DE CACOAL

Cacoal é um município próspero. Com 34 anos, está em pleno

desenvolvimento. Com o projeto, os alunos colheram inúmeras informações e

depoimentos sobre histórias de vida de pioneiros que se relacionavam com a

história do município de Cacoal. Em face disto, citamos Orofino, quando considera

que: “O espaço escolar precisa dialogar com estes dos novos cenários e paisagens

culturais de onde emergem novas subjetividades (políticas) que se revelam nas

localidades e culturas de bairro.” (2005, p. 123). É a educação para a cidadania.

Cacoal tem uma história construída com muito amor e dedicação por seus

pioneiros, seus descendentes e por aqueles que aqui chegaram mais

recentemente. Conhecer a história do seu povo é tornar-se igualmente responsável

por ela.

1.2- O USO DAS TICs E MÍDIAS COMO INCENTIVO À APRENDIZAGEM

Adotar a TV/Vídeo e informática como ferramentas de incentivo à

aprendizagem é algo relevante, uma vez que possuem múltiplas linguagens, como

destaca Moran, “O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e

escrita” (1995, p. 27 a 35), acrescentando, também, que estas linguagens se dão

de forma interativa. Esse destaque, segundo Moran, é para justificar o poder que

ele exerce sobre os jovens e adultos.

Desenvolve-se ações que compreendem o uso das TICs e Mídias. Descobertas

surgem, quando são respeitadas as características e necessidades de cada

instituição educativa, como compartilha Orofino: “Não existe uma fórmula a ser

seguida. Devemos, isto sim, possibilitar a apropriação de um conhecimento, que

deve então ser traduzido, a fim de oferecer propostas às necessidades de cada

contexto, cada escola, cada local.” (2005, p. 116). É assim que os estudantes

estarão preparados não só para utilizar, mas também para compreender o poder

que a mídia exerce na sociedade, é a necessidade de “letramento midiático”, que,

para Mocellin, é: “alcançado por meio da alfabetização crítica da mídia, visando dar

poderes aos alunos para que possam ampliar sua participação na sociedade e

promover a democracia e a justiça social.” (2009, p. 34 e 35).

2. OBJETIVOS

Investigar e conhecer a história do município de Cacoal e lançar mão das mídias

TV/Vídeo e informática, com vistas à produção audiovisual.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia adotada foi a do Paradigma Qualitativo, a tipologia de pesquisa é

a pesquisa-ação. O trabalho foi desenvolvido nos meses de abril a junho do ano de

2012. As visitas aos bairros foram realizadas ao mesmo tempo em que moradores

mais antigos foram identificados e convidados a participar uma entrevista. Textos

da história de Cacoal foram lidos. Foi realizada uma visita à sede da Alamanda,

afiliada ao Sistema Brasileiro de Televisão – SBT. Ofereceu-se uma oficina de

edição de imagens. Os vídeos foram apresentados aos colegas e disponibilizados

no blog “Ensino e Aprendizagem”.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebeu-se que os alunos tomam iniciativas e mostram-se motivados

quando sentem-se responsáveis pelos resultados a serem adquiridos na ação

educativa. Não só por isso, mas também por ser algo que foge às suas

experiências do que é o “estudar”. A escola fez a sua parte, uma vez que, como

concorda Orofino, torna propícia a participação do aluno, “que potencialize suas

vozes, no pronunciamento daquilo que eles acreditam que seja relevante para sua

emancipação.” (2005, p. 123). De fato as novidades encantam, apesar de

assustar, em primeiro momento. As experiências vivenciadas pelos alunos, a

percepção da realidade que os cerca, o olhar crítico às produções audiovisuais, o

trabalho coletivo, tornam-se agentes motivacionais e construtores de

conhecimentos importantes para a vida pessoal e estudantil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPOS, Helena Guimarães, História e Linguagens. Volume único: Livro do Professor. São

Paulo: FTD, 2009

FECHINE, Yvana, Gêneros televisuais: A dinâmica dos formatos, Revista SymposiuM,

Ano 05 nº 01 janeiro-junho 2001. Disponível em: <http://www.maxwell.lambda.ele.puc-

rio.br/3195.PDF>. Acesso em 18 out. 2012.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.

KEMPER, Lourdes, Cacoal: sua história sua gente. Goiânia-GO: Grafopel, 2002

MOCELLIN, Renato, História e cinema: educação para as mídias. São Paulo: editora do

Brasil, 88p., 2009.

MORAN, José Manoel, O Vídeo na Sala de Aula, Revista Comunicação & Educação. São

Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em:

<http://www.eca.usp.br/moran/vidsal.htm#tvideo>, Acesso em 18 out. 2012.

OROFINO, Maria Izabel, MÍDIAS E MEDIAÇÃO ESCOLAR: pedagogia dos meios,

participação e visibilidade, Vol. 12, São Paulo, Cortez, 176p., 2005.

O Uso da TV/Vídeo e Informática como Incentivo à Aprendizagem

Na Escola M. E. F. Maria Socorro Viana de Almeida

Entretanto, nem tudo se concretizou. O laboratório recebido não estava em

pleno funcionamento, ficando impossibilitado aos alunos o acesso à webquest,

disponibilizada no blog Ensino e Aprendizagem, que pode ser encontrado em

<http://jucelinogabrielsocializando.blogspot.com>, Apresentada aos alunos em

sala com um computador conectado à internet e projetor de imagens (internet e

projetor disponibilizados pela escola). Por outro lado, percebeu-se que a

execução deste projeto mobilizou alunos, que, em partes, carregavam consigo

uma visão diferente de pesquisa escolar, conforme Campos, onde “o trabalho de

pesquisa se resume à mera cópia de partes de livros ou sites da internet – muitas

vezes sem conexão alguma - , e não resulta em aprendizagem efetiva.” (2009, p.

116). Sensibilizou alguns educadores e mobilizou equipe de gestores,

coordenadores pedagógicos, enfim, a comunidade escolar e a comunidade local.

Estas pessoas escreveram um novo capítulo nas suas vidas e na história do

município de Cacoal.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Projeto “Conhecendo a História de Cacoal”, com ênfase no uso das mídias e

TICs como incentivo à aprendizagem, propiciou momentos gratificantes. Inserir os

estudantes num mundo até então, de certa forma, desconhecido – o campo das

produções audiovisuais, a busca pelo entrevistado e pela entrevista perfeita. As

curiosidades sobre a história do município. A descoberta das próprias

capacidades pessoais. A análise e problematização, o olhar atento frente às

diferenças sociais. O silêncio ao ouvir e vivenciar as histórias de sucessos e de

insucessos dos pioneiros tão aguerridos. Os erros e os acertos no decorrer das

gravações das entrevistas. O “ver-se” no vídeo... Houve envolvimento dos alunos

e alunas em todas as etapas de desenvolvimento do referido projeto.

Acadêmico: Jucelino Gabriel da Cruz – [email protected]

Orientadora: Daiani Barth – [email protected]