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BRASÍLIA-DF, SEXTA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2011 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 13 | Número 2671 Agricultura aprova projeto que acaba com a cobrança de tributos sobre importação e comercialização de defensivos biológicos usados no controle de pragas PRODUÇÃO RURAL | 7 Magistrados preparam mobilização no Congresso por reajustes salariais para o Judiciário de acordo com a inflação ECONOMIA | 3 Comissão obriga União, estados e municípios a divulgar valores arrecadados com multas de trânsito e qual a destinação dos recursos VIAÇÃO E TRANSPORTES | 5 EDSON SANTOS GOVERNO DO PARANÁ GOVERNO DO ES

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BRASÍLIA-DF, SEXTA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2011 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 13 | Número 2671

Agricultura aprova projeto que acaba com a cobrança de tributos sobre importação e comercialização de

defensivos biológicos usados no controle de pragas

produção rurAl | 7

Magistrados preparam

mobilização no Congresso por

reajustes salariais para o Judiciário de acordo com a

inflação

eConoMiA | 3

Comissão obriga união, estados e municípios

a divulgar valores arrecadados com multas

de trânsito e qual a destinação dos recursos

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CULTURABrasília, 9 de setembro de 2011

Disque - Câmara 0800 619 619www.camara.gov.br

Jornal da Câmara

Impresso na Câmara dos Deputados (DEAPA / CGRAF) em papel reciclado

Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - 54a Legislatura SECOM - Secretaria de Comunicação Social

Diretora: Sueli Navarro (61) 3216-1500 [email protected]

[email protected] | Redação: (61) 3216-1660 | Distribuição: (61) 3216-1826

DiretoraSimone RavazzolliEditora-chefeRosalva Nunes

DiagramadoresGuilherme Rangel BarrosRoselene Guedes

IlustradorRenato Palet

EditoresMaria Clarice DiasRalph Machado

1ª Vice-PresidenteRose de Freitas (PMDB-ES)2º Vice-Presidente Eduardo da Fonte (PP-PE)1º SecretárioEduardo Gomes (PSDB-TO)2º Secretário Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP)3º SecretárioInocêncio Oliveira (PR-PE)4º SecretárioJúlio Delgado (PSB-MG)

Presidente: Marco Maia (PT-RS) SuplentesGeraldo Resende (PMDB-MS), Manato (PDT-ES), Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE) e Sérgio Moraes (PTB-RS)Ouvidor Parlamentar Miguel Corrêa (PT-MG)Procurador Parlamentar Nelson Marquezelli (PTB-SP)Diretor-Geral Rogério VenturaSecretário-Geral da MesaSérgio Sampaio de Almeida

edições Câmara expõe 40 obrasdurante a Bienal do livro no rio

A Edições Câmara participa da 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que termina nes-te domingo. Esta é a primeira vez que a editora participa do evento. Em virtude de acordo de cooperação técnica firmado com o Senado Federal, as duas Casas estarão no mesmo estan-de apresentando a produção editorial do Poder Legislativo brasileiro.

“Legislação Brasileira sobre Educação”, “Sociedade no Par-lamento” e diversos títulos da série “Perfis Parlamentares” es-tão expostos, reunindo no total 40 obras da Edições Câmara. No estande, serão distribuídos impressos de divulgação do Programa de Acessibilidade da Câmara e, para as crianças, o “Estatuto da Criança e do Ado-lescente em Tirinhas” e dois nú-meros da revista “Plenarinho” (“Turma do Plenarinho contra a ex-ploração sexual” e “Turma do Plenari-nho contra o trabalho infantil”).

Ana Lígia Mendes, servidora da Coordenação Edições Câmara, do Centro de Documentação e Informa-

ção (Cedi), destaca que a participação em um evento como a Bienal do Livro do Rio é muito importante para a edi-tora. “Teremos a oportunidade de ter um contato muito próximo e direto com o público. Com isso, poderemos

tv Câmara firma convênio no Rio Grande do SulOs presidentes da Câmara,

Marco Maia, e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), Adão Villaverde, firmaram acordo de cooperação técnica com o objetivo de ado-tar ações conjuntas para a trans-missão de TV digital aberta em Porto Alegre e região metropo-litana.

A partir do acordo assinado e do plano de trabalho, a Câ-mara, detentora da outorga do canal 61, cederá subcanalizações

para a TV Assembleia, por meio da multiprogramação – que consiste em transmitir até quatro programações simultâneas em um mesmo canal. O prazo para o início das transmissões é março de 2012.

Segundo a secretária de Comuni-cação da Câmara, Sueli Navarro, a TV Câmara vem construindo a rede de tevês legislativas. A formação des-ta rede permitirá a redução de cus-tos para os Legislativos. Hoje, a TV Câmara transmite em canal aberto digital em São Paulo e no Distrito

Federal e está em processo de im-plantação em Minas Gerais e Ceará, além do Rio Grande do Sul.

Sueli explicou que é responsabili-dade da Câmara todo o investimen-to na compra de equipamentos, e da Assembleia o custeio com aluguel de torre, o espaço para instalação dos transmissores e a energia elétrica. “Acho que o cidadão tem o direito de ver televisões legislativas de forma aberta e gratuita”, disse.

Expansão - A TV Assembleia já vem transmitindo desde abril o pro-

grama “Espaço Público” no canal aberto da TVE, cuja cobertura abrange Porto Alegre, região me-tropolitana e mais 43 municípios do interior.

No dia 12 de agosto, a TV As-sembleia também firmou parceira com a TV Caxias, rede pública e comunitária com atuação na cidade de Caxias. A TV Caxias passou a veicular os conteúdos produzidos pela TV Assembleia Legislativa e pela TVE, em dois convênios separados.

divulgar um pouco mais o trabalho da Câmara, ouvir a opinião dos leitores e ter um feedback sobre nossas publi-cações”, explica.

Doações - Hoje, ainda durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a

Câmara dos Deputados realizará evento de entrega de publicações especializadas para entidades que atendem pessoas portadoras de deficiência. Serão entregues dois títulos – “Convenção sobre os direitos das pessoas com defi-ciência” e “Portador de deficiên-cia visual: guia legal” – em três diferentes formatos: audiolivro, braile e letras ampliadas.

Participam do evento o di-retor-geral da Câmara, Rogério Ventura; o diretor legislativo, Afrísio Vieira Lima Filho, e o diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Se-nado Federal, Florian Madruga.

A Bienal do Livro do Rio tem, ao todo, 950 expositores, com expectativa de receber 600 mil visitantes nos 11 dias do even-to, iniciado no último dia 1º. A edição deste ano homenageia o Brasil por meio de uma série de

ações que discutem a cultura e a rea-lidade do País.

As obras da Edições Câmara tam-bém estão disponíveis na Biblioteca Digital da Câmara (http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/193).

a presidente dilma rousseff, o governador sérgio Cabral e o prefeito eduardo Paes abrem a Bienal do Livro no rio de Janeiro

roBerto stUCKert FILHo/Pr

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Karla Alessandra

A Associação dos Magistrados Bra-sileiros (AMB) prepara uma mobilização no Congresso Nacional para o próximo dia 21. O movimento, batizado de Dia Nacional pela Valorização da Classe, tem por objetivo chamar a atenção dos parla-mentares para o Projeto de Lei 7749/10, que estabelece reajustes anuais para o Ju-diciário com base nas perdas provocadas pela inflação.

O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou ser justa a mobilização, mas considera que é preciso analisar o Orçamento para 2012 antes de aprovar qualquer tipo de reajuste. “Os projetos não chegaram à Câmara com a devi-da dotação orçamentária para os rea-justes propostos. O nosso esforço será para um entendimento que garanta a harmonia e a independência entre os Poderes, que é importantíssimo para o bom funcionamento das instituições democráticas no Brasil.”

Acordo - Marco Maia disse que espera encontrar uma “forma harmoniosa” de atender as reivindicações do Judiciário. Ele afirmou que o impacto orçamentá-rio do reajuste que pretende o Judiciário, estimado em R$ 7,7 bilhões, talvez não seja adequado à situação do País.

Maia disse ainda que

conversou com o relator-geral do Orçamento de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), para tentar achar uma solução. Chinaglia já declarou que considera inviável o au-mento reivindicado pelo Judiciário, pois prejudica-ria a aplicação de recursos em outras áreas e o ajuste fiscal do governo.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vacca-rezza (PT-SP), também declarou que não é pos-sível dar um aumento de 56% para os servidores do Judiciário, como reivindi-ca a categoria.

Segurança - O presi-dente da AMB, Nelson Calandra, infor-mou que a entidade também reivindica

uma política de segurança para os magistrados, como forma de evitar o que acon-teceu com a juíza Patrícia Acioli, assassinada no mês passado, no Rio de Janeiro. A juíza foi responsável pela prisão de mais de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio, e já havia sido ameaçada de morte.

Calandra destacou que uma assistência médica dire-cionada para os problemas de saúde causados pelo estresse

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ECONOMIABrasília, 9 de setembro de 2011

Maia, presidente da Câmara, e roberto Gurgel, procurador-geral da república

Magistrados preparam mobilização no Congresso para obter aumento salarial

Maia e Gurgel estudam retomar parceria

O presidente da Câmara, Marco Maia, e o procurador-geral da Repú-blica, Roberto Gurgel, demonstraram intenção de retomar o grupo de Coor-denação Institucional entre a Câmara e o Ministério Público Federal.

O grupo foi criado em setembro de 2009 e tinha Marco Maia, na épo-ca vice-presidente da Casa, como coordenador. O objetivo é dar maior agilidade à comunicação e à troca de informações.

Marco Maia lembrou que a coo-peração foi positiva para a Câmara e se comprometeu em indicar um novo coordenador. Gurgel destacou o su-cesso da experiência, que poderá ser implantada também com o Senado.

J.BatIsta

Com 72,4% dos recursos destinados ao pagamento de despesas obrigatórias, o projeto do Orçamento da União em tramitação no Congresso Nacional ofe-rece aos parlamentares pouca margem para mudanças, informou a Agência Senado. A classificação de quase 3/4 das despesas como obrigatórias indica “grande rigidez na alocação de recursos”, conforme avaliação das consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado.

Mesmo o dinheiro para as emen-das parlamentares, no total de R$ 6,1 bilhões, dependerá da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 61/11, na Câmara), que renova a Desvinculação de Receitas Orçamen-tárias (DRU) até 2015. Por esse meca-nismo, se desvinculam 20% da receita tributária da União, dando ao governo

federal mais liberdade para gastar.Mínimo - A definição do valor do

salário mínimo, um dos pontos em que o Congresso Nacional dava contribuição fundamental na discussão do Orçamen-to, agora já tem regra definida.

A partir da Lei 12.382/11, o reajuste corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumu-lado, acrescido do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Com a simples aplicação dessa regra, é possível calcular o mínimo vigente a partir de janeiro de 2012 em R$ 619,21, com reajuste de 13,6%.

Sobrou para o Congresso Nacional a definição sobre algumas contas não fechadas na proposta do Executivo, como a compensação aos estados pela desoneração de produtos para exportação (Lei Kandir).

O projeto (PL 28/11-CN) não prevê dotações para essa compensação. No ano passado, diante de semelhante omissão da proposta do governo, o Congresso incluiu R$ 3,9 bilhões para atendimento à reivindicação dos estados exportadores.

Superávit - Outra conta não fechada na proposta do Executivo se refere à meta do superávit primário (tudo o que o governo arrecada menos o que gas-ta, excetuando do cálculo os juros da dívida). O governo anunciou, ao enviar o projeto de Orçamento para 2012 ao Congresso, que tentaria atingir a “meta cheia” do superávit primário (2,15% do PIB), ou seja, sem abater as despesas do Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC).

Para tanto, a ministra do Plane-jamento, Miriam Belchior, antecipou

a possibilidade de contingenciar, na execução orçamentária, um total de R$ 25,6 bilhões da despesa prevista.

Foi a primeira vez que, antes do exa-me da proposta pelo Congresso, o Exe-cutivo anunciou um contingenciamento de recursos – mecanismo admitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), na fase de execução orçamentária, em face de insuficiência de receitas.

Investimentos - O Orçamento prevê para o próximo ano menos investimentos das empresas estatais: uma redução de R$ 107,5 bilhões (em 2011) para R$ 106,8 bilhões (em 2012).

Essa redução contrasta com o de-sempenho ruim da infraestrutura do País no ranking da competitividade global, divulgado no dia 7 pelo Fórum Econômi-co Mundial. Entre 142 países avaliados, o Brasil ocupa a 104ª posição.

despesas obrigatórias somam 72,4% do orçamento

no trabalho e uma remuneração são outras reivindicações dos magistrados. “Perdemos mais de 25% do nosso salário todo ano em razão da inflação, e a situa-ção para a magistratura vai se tornando insustentável.”

Procurador - Na última terça-feira, o procurador-geral da República, Rober-to Gurgel, esteve com os presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney. Ele negou que a visita tenha sido motivada pelo aumento do Judiciário, mas reconheceu as perdas salariais dos últimos anos. “A pretensão do Ministério Público, como a do Judiciário, é repor perdas decorrentes da inflação, que atu-almente já somam mais de 21%.”

O esforço será para um entendimento que garanta a harmonia e a

independência entre os Poderes

Marco Maia

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RELAçõES ExTERIORESBrasília, 9 de setembro de 2011

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional rejeitou o Projeto de Lei 1382/11, da deputada An-dreia Zito (PSDB-RJ), que revoga o poder especial que os comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica têm para a venda ou a permuta dos imóveis sob sua respon-sabilidade. O texto tramita em caráter conclusivo e será analisado ainda pelas comissões de Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Atualmente, estão em vigor duas leis da época do regime militar (Leis 5.651/70 e 5.658/71) que autorizam os comandantes das Forças Armadas a alienar seus imó-veis sem a análise do Ministério do Planejamento ou da Presidência. A proposta pretende revogar as duas leis, de modo que os imóveis passariam ao regime geral dos bens da União (Lei 9.636/98).

O relator na comissão, deputado Geraldo Re-sende (PMDB-MS), defendeu a rejeição da pro-posta alegando que ela não merece prosperar “por diversas razões”. Uma delas é o fato de esses imó-veis sob administração das Forças Armadas muitas vezes abrigarem “o único posto de atendimento de saúde da região – montado com equipamentos e pessoal da Marinha, do Exército ou da Aeronáu-tica – ou a escola de educação infantil – creche ou pré-escola – na qual a professora é a esposa dos oficiais ou dos sargentos da unidade militar”.

Portanto, acrescentou o deputado, no caso de aprovação do projeto, os seus efeitos contri-buiriam “para aumentar os problemas de saúde e de educação das regiões carentes, ao invés de minimizá-los”.

O Projeto de Lei 7579/10, do Executi-vo, que cria 400 cargos de diplomata, 1065 cargos de oficial de chancelaria, e 346 de assistente de chancelaria, foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

A proposta estabelece que o provimen-to dos cargos ocorrerá de forma gradual, mediante autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Além disso, será obrigatório observar a disponi-bilidade orçamentária, devidamente com-provada na lei orçamentária anual.

Desafios - Para o relator da proposta, Alex Canziani (PTB-PR), é preciso ade-quar a estrutura de recursos humanos do Ministério das Relações Exteriores aos crescentes desafios do cenário internacio-

nal. Ele destacou que houve uma multipli-cação dos temas da agenda internacional, como meio ambiente, desenvolvimento sustentável, combate ao crime organizado, biocombustíveis. “Acentuaram-se também, nos últimos anos, a participação e o prota-gonismo do Brasil em temas de nosso inte-resse como a discussão travada no âmbito G-20, os novos esforços da rodada de Doha, no âmbito do comércio entre os diversos países, e a recorrente eleição do País como membro rotativo do Conselho de Seguran-ça das Nações Unidas”, afirmou.

A matéria, que tramita em caráter con-clusivo, já foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Foi aprovado pela Comis-são de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, no último dia 31, acordo entre os governos do Brasil e de Mali (África) que permite o exercício de ativida-de remunerada por dependen-tes de integrantes do corpo di-plomático. Conforme o texto, a permissão também vale para dependentes do pessoal con-sular, militar, administrativo e técnico designado para exercer missão oficial em cada um dos países.

O acordo foi assinado em 2009 e enviado à Câmara na forma de mensagem do Po-der Executivo (MSC 156/11). Agora, passará a tramitar como projeto de decreto legislativo (PDC 370/11), de autoria da comissão. O PDC, que tramita em regime de prioridade, será analisado ainda pelas comis-sões de Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votado pelo Plenário.

O relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), apresen-tou parecer favorável à propos-ta. “O governo brasileiro já con-ta com uma rede relativamente ampla de acordos bilaterais da espécie, uma demanda das re-lações internacionais contem-porâneas”, ressaltou.

O acordo considera como dependentes: o cônjuge ou companheiro permanente; fi-lhos solteiros menores de 21 anos; filhos solteiros menores de 25 anos que estejam estu-dando em universidade ou instituição de ensino superior reconhecida por cada país; e fi-lhos solteiros com deficiências físicas ou mentais.

A solicitação para o exer-cício da atividade remunerada deverá ser enviada pela embai-xada do solicitante ao Ministé-rio das Relações Exteriores do país onde ele deseja trabalhar. A autorização terminará ao fim do contrato de trabalho ou, em qualquer caso, quando encerrar a missão da pessoa de quem o empregado é depen-dente. O acordo não implica o reconhecimento automático de títulos ou diplomas obtidos no exterior.

Comissão mantém direito das Forças Armadas sobre seus imóveis

Aprovado acordo com Mali sobre dependente

de diplomata

trabalho institui 400 cargos na carreira no setor de diplomacia

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a proposta cria 400 cargos de diplomata, 1065 cargos de oficial de chancelaria, e 346 de assistente de chancelaria

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Hugo Leal

A Comissão de Defesa do Consumi-dor aprovou o Projeto de Lei 8009/10, do deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que obriga as empresas de transporte rodoviário e aquaviário a emitir bilhetes de passagem identificados e a manter os dados do pas-sageiro arquivados até o bilhete ser usado, ou por um ano a partir da compra. O texto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O objetivo é criar condições para o fornecimento da segunda via da passagem, a exemplo do que já fazem as companhias aéreas. Hugo Leal argumenta que hoje, quando o passageiro não está com o bilhete no embarque, precisa ir a um posto policial para registrar boletim de ocorrência e apre-sentá-lo à empresa de transporte.

O relator, deputado Otoniel Lima (PRB-SP), recomendou a aprovação do projeto. “A venda de passagem corresponde à emis-são, por meio eletrônico ou mecânico, do bilhete em papel, do qual a empresa retém cópia. Assim, as providências para a iden-tificação do passageiro e o arquivamento dos dados são perfeitamente exequíveis”, afirmou o relator. A proposta altera a lei que cria as agências reguladoras de transporte (Lei 10.233/01).

Foi aprovada pela Comissão de Via-ção e Transporte proposta que obriga a União, os estados e os municípios a divulgar trimestralmente os valores ar-recadados com multas de trânsito, as-sim como a destinação desses recursos. A divulgação deverá ocorrer de acordo com regulamentação feita pelo Conse-lho Nacional de Trânsito (Contran).

O Projeto de Lei 677/11, do deputa-do Weliton Prado (PT-MG), foi aprova-do na forma do substitutivo do relator, deputado Jose Stédile (PSB-RS), que defendeu a proposta, mas mudou o texto para inserir a mudança no pró-prio Código Brasileiro de Trânsito (Lei

9.503/97). “Ao obrigar que os valores arrecadados e sua destinação sejam amplamente divulgados, a proposição oferece à sociedade a oportunidade de fiscalizar a aplicação e cobrar que os recursos sejam investidos nas finalida-des estabelecidas”, ressalta. A proposta ainda será analisada de forma conclu-siva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O Código Brasileiro de Trânsito estabelece que esses recursos sejam usados exclusivamente em sinaliza-ção, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.

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TRÂNSITOBrasília, 9 de setembro de 2011

viação e transportes exige divulgação dos valores arrecadados com multas

Pela proposta, União, estados e municípios terão que divulgar trimestralmente os valores arrecadados com multas

Governo do rs

Outra matéria aprovada pela Comissão de Viação e Transportes torna obrigatório o registro de tra-tores e de outros veículos agrícolas e de pavimentação de estradas nos departamentos estaduais de trânsito (Detrans).

Atualmente, o registro e o licen-ciamento anual são obrigatórios sem-pre que esses veículos forem transitar em vias públicas, como estradas e ro-dovias. A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania.

O texto altera o Código de Trânsi-to Brasileiro (Lei 9.503/97). A propos-ta aprovada pela comissão é um subs-titutivo do relator, deputado Mauro

Lopes (PMDB-MG), ao Projeto de Lei 4607/04, do deputado Eduardo Sciar-ra (DEM-PR). O relator manteve as alterações previstas no original, colo-cando-as em uma parte do código que já tratava do registro desses veículos.

Segundo Mauro Lopes, a inscrição de veículos agrícolas e de pavimenta-ção no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) garante in-formações sobre os atuais e antigos proprietários. “Essa possibilidade é de grande valor para a investigação de furtos ou roubos desses veículos e para o controle da sua revenda ilegal”, afirmou. Outras duas propostas (PLs 2698/07 e 6931/10), que tramitavam apensadas, foram rejeitadas pela co-missão.

proposta sobre registro obrigatório para tratores segue para a CCJ

atualmente, o registro é obrigatório sempre que os tratores transitarem em vias públicas, como estradas e rodovias

O Projeto de Lei 6648/09, do deputa-do Neilton Mulim (PR-RJ), que proíbe os motoristas de ônibus de exercer ao mesmo tempo a função de cobradores, foi rejeitado pela Comissão de Viação e Transportes. Pela proposta, essa conduta passaria a ser considerada infração gravíssima no Código de Trânsito Brasileiro.

Os parlamentares rejeitaram ainda o Projeto de Lei 6852/10, do deputado Vicentinho (PT-SP), que torna obrigatória a presença de cobrador nos veículos de transporte público. Como a comissão era a única que analisaria o mérito das propostas, os textos, que tramitam em conjunto, serão arquivados, a menos que haja recurso para análise em Plenário.

O relator, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), votou contra os projetos por avaliar que eles fogem à realidade brasileira. Ele ressaltou que o uso dos bilhetes eletrô-nicos tem crescido nas grandes cidades, diminuindo o trabalho dos cobradores. Segundo Lopes, a manutenção desses profissionais pode elevar os custos das empresas e, consequentemente, gerar aumento das tarifas pagas pelos passa-geiros. “Vale lembrar que o custo da mão de obra do transporte público representa 40% da tarifa”, avaliou.

Lopes destacou ainda que não se pode considerar que o motorista comete uma infração de trânsito ao realizar o trabalho de cobrador, uma vez que a cobrança é feita quando o veículo está parado, aguardando a entrada dos passageiros. “Para configurar a infração, seria necessário que o motorista estivesse conduzindo o veículo em movi-mento, o que não é o caso. Seria o mesmo, analogicamente, que autuar um motorista que estivesse com veículo parado, sem o cinto de segurança”, argumentou.

Câmara arquiva proibição de motorista

atuar também como cobrador

defesa do Consumidor permite segunda

via facilitada para passagem de ônibus

Governo de sP

Pedro França

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Disque - Câmara 0800 619 619www.camara.gov.br

PLENÁRIOBrasília, 9 de setembro de 2011

izalci anunciamovimento

para 100 anosde Brasília

O deputado Izalci (PR-DF) informou que na próxima segun-da-feira, às 19 horas, no Memorial JK, será lançado o Movimento Bra-sília 100 anos. Segundo ressaltou, o movimento tem o objetivo de estimular a cidadania por meio da conscientização da sociedade sobre a importância da participação de todos na elaboração, execução e fiscalização da gestão pública.

Segundo o parlamentar, não existe planejamento estratégico no Brasil. “Temos muitos projetos

que não podem ser paralisados em função de governo”, afirmou.

Izalci disse que muitos dos que assumem as administrações não possuem planos de governo, nem têm metas a cumprir, sendo comum que a gestão não conclua nem se-quer as promessas de campanha.

A expectativa do deputado é a de que o movimento tenha o en-gajamento de toda a sociedade do Distrito Federal. Ele disse que espe-ra contar também com a participa-ção de associações de moradores.

Além disso, observou Izalci, o movimento conta tem o apoio de universidades e faculdades do Distrito Federal que ficarão en-carregadas de coordenar os grupos temáticos. Entre elas, o Uniceub coordenará o grupo temático or-çamento e tributação; a Uniplan ficará encarregado do desenvolvi-mento econômico; e a Universida-de Católica de Brasília cuidará da segurança pública.

O evento também contará com a colaboração de conselhos como os de medicina, estatística e admi-nistração, que vão ajudar na elabo-ração do planejamento estratégi-co. “Tenho certeza de que chegou a hora de fazer o planejamento e acompanhar as políticas públicas do País”, disse o parlamentar.

Congresso do PTValmir Assunção (PT-BA) elogiou o 4º Congresso Nacional do PT, realiza-

do em Brasília. Entre os assuntos debatidos durante o evento o parlamentar destacou a fundação de uma corrente interna no partido para apoiar os movi-mentos sociais e a aprovação da moção para criação de um marco regulatório da mídia. na opinião do deputado, é preciso disciplinar a atuação da imprensa para evitar a invasão de privacidade e outros abusos.

MaranhãoProfessor Sétimo (PMDB-MA)

comunicou que em breve será apresentada uma agenda de inau-guração de 70 hospitais em todo o estado do Maranhão. O deputado destacou ainda o anúncio da insta-lação de seis Institutos Federais de Educação Tecnológica no estado. “O Maranhão necessita capacitar sua população”, comentou o par-lamentar.

Centro culturalPaes Landim (PTB-PI) fez um apelo à diretoria do Banco do Nordeste para

que repense a decisão de instalar um centro cultural em Teresina. O deputado sugeriu que o centro cultural seja implantado na cidade de Parnaíba, pela sua vocação acadêmica. A cidade possui mais de 10 mil universitários, afirmou. Segundo Paes Landim, Parnaíba reúne condições peculiares para abrigar um centro de cultura, pois representa também um polo turístico próximo de Camocim e Jericoacoara, no Ceará, e dos Lençóis Maranhenses.

sandra rosadoavalia atuação

na procuradoriada Mulher

A deputada Sandra Rosado (PSB-RN) fez um balanço de seus primeiros meses de atuação neste mandato, destacando sua indicação para a Procuradoria Especial da Mu-lher, que vai colaborar na fiscalização de denúncias de violência e discrimi-nação contra a mulher.

“Trata-se, sem dúvida, de essen-cial atuação do Poder Legislativo na luta pelos direitos da mulher no Brasil, razão pela qual assumimos o cargo mencionado com muito or-gulho e senso de responsabilidade”, afirmou.

A parlamentar citou propostas de sua autoria apresentadas no iní-cio desta legislatura. Entre elas, o

Projeto de Lei 1823/11, que assegura à mulher, na condição de chefe de fa-mília, o direito de aquisição de terras públicas; o Projeto de Lei 1.735/2011, que altera a legislação em vigor para determinar a alocação de recursos dos orçamentos da União, estados e municípios para o financiamento e manutenção dos Conselhos Tute-lares; e o Projeto de Lei 1.607/2011, que determina que cada comarca abrigue pelo menos um estabeleci-mento penal.

Outras iniciativas também foram destacadas pela deputada, como a In-dicação 912/11, feita ao presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, para criação de subcomissão ou grupo de trabalho para analisar os problemas de violência no Brasil e elaborar pro-posição coibindo a prática de atos nocivos e atentatórios ao cidadão e ao Estado; a Indicação 116/11, su-gerindo a implantação, na cidade de Areia Branca, de campus do Insti-tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte; e a Indicação 351/11, que sugere ao Ministro da Educação a implanta-ção, no município de Apodi, de um polo de educação à distância da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Norte.

Além disso, Sandra Rosado res-saltou sua atuação nas comissões téc-nicas da Casa e no Plenário, onde participa da discussão dos mais va-riados temas.

HabitaçãoAmauri Tei-

xeira (PT-BA) elogiou portaria do governo fe-deral, publicada no Diário Oficial da União em 5 de setembro, que prevê a construção de 60 mil unidades habitacionais. Desse total, segundo o deputado, quase 40 mil serão construídas no Nordeste. O Estado da Bahia será contemplado com 9 mil uni-dades, destacou o parlamentar. De acordo com Amauri Teixeira, as casas vão atender famílias de comunidades quilombolas, extra-tivistas, indígenas e as demais tradicionais.

PronatecVítor Paulo (PRB-RJ) parabe-

nizou a Câmara por ter aprovado a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “A proposta vai melhorar a qualificação da mão de obra e estimular a oferta de va-gas”, afirmou. O deputado afirmou esperar que o Pronatec seja mais amplo e contemple os indígenas; as comunidades quilombolas e os jovens com deficiências físicas. O parlamentar pediu ao Senado para dar celerida-de ao processo de votação da matéria.

SuinoculturaO s m a r

Terra (PMDB-RS) criticou a suspensão da importação de carne suína pela Rússia, negócio que repre-senta US$ 4 bilhões ao ano para o Brasil. “O País se reorganizou, cumpriu as novas exigências feitas pela Rússia na parte sanitária, ao custo de US$ 50 milhões”, disse o deputado. Segundo Osmar Terra, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, tem mostrado o empe-nho possível para tentar resolver a questão. “Estamos esperando uma solução para os próximos dias. Se não acontecer, será necessária uma conversa num tom mais alto, feita pela Presidência da República”, alertou o deputado.

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A Comissão de Agricultura realizará audiência pública para debater as denúncias de ação abu-siva de agentes de fiscalização do Ministério do Trabalho, do Minis-tério Público do Trabalho e da Po-lícia Federal contra os produtores rurais associados ao Consórcio de Empregadores Rurais de Ibiraiaras,

no Rio Grande do Sul. A audiên-cia ainda não tem data definida. A iniciativa do debate é do deputa-do Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que quer ouvir explicações de represen-tantes do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e dos presidentes da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e da Associação de Criadores de Pássaros, além dos seguintes produtores rurais associados ao Consórcio de Empre-gadores Rurais de Ibiraiaras: Marco-ni Christianetti, Cion Carlos Boc-chi, Ricardo Zanette, Ivonir Tessaro, Magnos Ariel Christianetti, Edson Picoloto, José Benedetti, Alexandre Festo, Luciano Piva, Ademar Boito, Rodrigo Vassoler e Renan Puerori. Segundo esses produtores, as ações fiscalizatórias, que ocorreram nos dias 1° e 07 de julho de 2011, te-riam extrapolado os limites da ra-zoabilidade e da legalidade. Essas

fiscalizações foram feitas de forma “aterrorizante e vexatória”, com in-vasão de propriedades e de locais de trabalho. Eles também denunciaram que, na área urbana, os policiais fe-derais, fortemente armados, aponta-vam suas armas contra os produtores rurais em busca de documentos e informações que pudessem embasar as alegações dos fiscais do trabalho de que existia “trabalho escravo” na região.

Consórcio - O Consórcio de Empregadores Rurais de Ibiraiaras é formado por produtores de bata-tas, uma das bases da economia do município, que gera emprego e renda para centenas de famílias. O consór-cio foi criado para organizar o tra-balho e regulamentar a situação de trabalhadores rurais que anualmente chegam ao município, vindos de di-ferentes pontos do País para traba-lhar na colheita do produto.

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Disque - Câmara 0800 619 619www.camara.gov.br

PRODUçÃO RURALBrasília, 9 de setembro de 2011

onix Lorenzoni

Agricultura garante incentivo fiscal para controle biológico de pragas

Aprovado pela Comissão de Agri-cultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o Projeto de Lei 1024/11, do deputado Antonio Car-los Mendes Thame (PSDB-SP), acaba com a cobrança de PIS/Pasep e Cofins sobre a importação e a comercialização de agentes de controle biológico utiliza-dos como defensivos agrícolas. O texto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

No controle biológico, o combate à praga de insetos é feito por meio da introdução no ambiente de seus inimi-

gos naturais (outros insetos ou pássaros, ácaros, vírus, etc.). Atualmente, a Lei 10.925/04 já concede o incentivo fiscal para defensivos agrícolas.

O texto foi aprovado com emenda do relator, deputado Luiz Nishimori (PSDB-PR), que retirou do projeto a referência à Tabela de Incidência de Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (Tipi), na qual constam inseticidas, fungicidas, herbicidas, entre outros pro-dutos. Segundo Nishimori, a mudança foi feita para que a isenção fiscal alcance todo e qualquer organismo promove-dor de controle biológico nas atividades agropecuárias.

Está em análise na Câmara o Pro-jeto de Lei 1811/11, do deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que caracteriza como crime hediondo a produção, a comercia-lização, o transporte e a destinação de agrotóxicos ou de seus componentes em descumprimento às exigências legais. A lei atual (7.802/89) penaliza com dois anos de prisão em regime inicialmente fechado, além de multa, quem descumprir as normas

sobre agrotóxicos. Ao tornar essas con-dutas crimes hediondos, o autor quer dar a elas tratamento mais severo. Os crimes hediondos são inafiançáveis e não podem ser objeto de graça, anistia ou indulto. A proposta será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será votada no Plenário.

Teixeira argumenta que a falta de controle na manipulação dos agrotóxicos e de seus componentes tem efeitos graves na população. Segundo ele, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) registram cerca de 20 mil mortes por ano nos países em desenvolvimento causadas pela manipulação, inalação e consumo indireto de pesticidas.

“O uso negligente de agrotóxicos tem

causado diversas vítimas, além de abortos, fetos com má formação, suicídios, câncer, dermatoses e outras doenças”, justifica o deputado.

Hoje, a legislação determina que todos os agrotóxicos e componentes só poderão ser utilizados se registrados em órgão federal, cumprindo exigências dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e da Agricultura. A norma proíbe o registro de

proposta torna crime hediondo violação de regra sobre agrotóxico

no controle biológico, o combate à praga de insetos é feito por meio da introdução no ambiente de seus inimigos naturais, como outros insetos ou pássaros, ácaros, vírus etc.

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, virá à Câmara discutir a delimitação da terra indígena Karitiana, localizada nos mu-nicípios de Porto Velho e de Candeias do Jamari, em Rondônia. O evento, da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abas-tecimento e Desenvolvimento Rural, deve ocorrer no dia 18 de outubro.

A Portaria 921, editada pela Funai em 17 de junho deste ano, determinou a criação de um grupo de trabalho para revisar os limites territoriais do povo Ka-ritiana. De acordo com o deputado Carlos Magno (PP-RO), que propôs o debate em conjunto com o deputado Moreira Men-des (PPS-RO), análises preliminares desse grupo indicam a necessidade de ampliar a área demarcada, o que, conforme o parlamentar, “poderá acarretar um enor-me problema social, atingindo diversos produtores rurais que se encontram no entorno da atual demarcação”. Carlos Magno e Moreira Mendes querem que o presidente da Funai esclareça o projeto de demarcação e apresente a projeção da nova área a ser delimitada.

demarcação de terra indígena em rondônia

é tema de debate Comissão vai discutir denúncias de ações abusivas em área rural

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JUDICIÁRIO Brasília, 9 de setembro de 2011

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado realiza-rá na próxima terça-feira audiência para debater o Projeto de Lei n.º 1.028/11, de autoria do deputado João Campos (PSDB/GO). A proposta – que altera a Lei 9.099/95, de criação dos juizados especiais – autoriza os delegados de polí-cia a promover audiência de conciliação entre as partes envolvidas em um crime de menor potencial ofensivo, antes de encaminhar o inquérito ao Ministério Público.

A audiência de conciliação, que no projeto recebe o nome de “composição preliminar”, só valerá para a reparação de danos civis decorrentes de crimes de menor potencial ofensivo. De acordo com o texto, uma vez aceita a concilia-

ção, ela será homologada por um juiz, depois de ouvido o Ministério Público.

O objetivo da pro-posta, segundo João Campos, é evitar que casos mais simples sigam desnecessaria-mente para os juizados especiais civis e crimi-nais, que julgam crimes de menor potencial (com pena máxima de até dois anos).

O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Se-gurança Pública; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Conciliação - A homologação será irrecorrível pelas partes. Também não

poderá haver queixa ou re-presentação penal de uma das partes contra a outra após a assinatura da conci-liação. Caso a composição preliminar não seja aceita, o delegado encaminhará o caso ao juizado especial com um termo circunstan-ciado, que deverá conter o relato do crime, os no-mes dos envolvidos e das testemunhas, entre outras informações. Mesmo que não haja acordo, o autor do crime não poderá ser preso em flagrante, nem se

exigirá pagamento de fiança.O debate sobre o projeto foi reque-

rido pelos deputados Gonzaga Patriota (PSB/PE), Hugo Leal (PSC/RJ), Otoniel Lima (PRB/SP) e Dr. Carlos Alberto (PMN-RJ), e será realizado no Plenário 6, às 14 horas.

Convidados - Foram convidados para a audiência pública representantes da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais; da Associa-ção Nacional dos Membros do Minis-tério Público; Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); do Departamento da Polícia Rodoviária Federal; e da Federação Nacional dos Policiais Federais, entre outros.

Augusto Carvalho (PPS-DF) destacou as manifestações contra a cor-rupção ocorridas em Brasília e várias capitais no dia 7 de setembro. “Sem partidos políticos, sem centrais sindicais, sem sindicatos, sem organizações oficiais representativas dos estudantes como a UNE, ou seja, sem nenhu-ma organização chapa branca, a juventude retomou as ruas em nosso País cobrando deste Parlamento posições no que tange a posturas reclamadas há muito tempo pela sociedade”, afirmou. O deputado frisou que os mani-festantes defenderam o voto aberto e que essa matéria precisa ser incluída na pauta do Plenário.

A segurança no transporte fluvial na região Amazônica também será discutida na próxima terça-feira, em audiência promovida pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. Se-gundo o autor do requerimento, de-putado Miriquinho Batista (PT-PA), os barcos que trafegam nos rios da região estão sendo assaltados ou usa-dos para a prática de outros crimes, como prostituição infantil, tráfico de drogas e transporte clandestino de madeira e animais.

“Não podemos mais conviver com tanta violência nos rios, que são as nossas ruas da Amazônia”, diz o deputado.

Na opinião de Miriquinho Batis-ta, é preciso criar uma força tarefa dos governos federal, estaduais e municipais para eliminar a violência nos rios da Amazônia.

São convidados para o debate, entre outros, o ministro da Defesa, Celso Amorim; o ministro da Justi-ça, José Eduardo Cardozo; o coman-dante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, e representantes das capitanias dos portos e das secre-tarias de Segurança Pública dos estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e partes dos estados de Mato Grosso, Tocan-tins e Maranhão).

segurança debaterá autorização para delegados realizarem audiência de conciliação em crimes leves

rios da Amazônia: assaltos a barcos e tráfico de drogas serão discutidos

Os barcos que trafegam na região são alvos de crimes como assaltos, tráfico de drogas, prostituição infantil e transporte clandestino de madeira e animais, segundo o deputado Miriquinho Batista

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NOTAS

Ao comentar a aprovação, no Plenário, da medida provisória que reduz tributos sobre os tablets produzidos no Brasil, Átila Lins (PMDB-AM) informou que a decisão não prejudica a produção da Zona Franca de Ma-naus, que teve seus benefícios fiscais preservados, após várias ações feitas por parlamentares da Amazônia. Além disso, ressaltou o deputado, houve o aumento do crédito da Cofins para a Zona Franca de 4,5% para 5,5%, com o objetivo de fazer com que fossem mantidas a vantagem comparativa da produção e a geração de empregos.

Luiz Couto (PT-PB) disse que há na Câmara uma série de projetos de combate efetivo à corrupção que não são incluídos na pauta. O deputado lembrou que a PEC 422/05, de sua autoria, por exemplo, está pronta para votação. A proposta cria varas especializadas em cada Tribunal de Justiça para julgar os crimes de improbidade e os de corrupção. “É importante que essa PEC seja votada para que tenhamos um instrumento para dar celeridade ao julgamento desses crimes, como o desvio de recursos, um ralo por onde o dinheiro público está sendo desviado”, alertou.

Fim do voto secreto

Combate à corrupção

Zona Franca de Manaus

TRANSPORTE FLUVIAL