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Turismo Étnico Afro na RMS Relatório da Pesquisa

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Turismo Étnico Afro na RMSRelatório da Pesquisa

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OBJETIVOS:

• Mapear e levantar o perfil do mercado atual e potencial para o turismo étnico afro baiano, das comunidades afro-descendentes preservadas nas cidades de Salvador, Cachoeira, Maragogipe, São Francisco do Conde e Santo Amaro;

• Programar políticas de qualificação da mão de obra a serviço do turismo étnico afro no Estado da Bahia.

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Metodologia:Dois momentos:1. Pesquisa quantitativa - observação dos lugares,

coleta de dados secundários, dados dos órgãos oficiais (Municipal, Estadual e Federal), identificação de informantes chaves, equipamentos, serviços e produtos turísticos;

2. Pesquisa qualitativa – entrevistas com roteiro junto a grupos culturais, comunidades quilombolas, casas de culto afro religioso, comerciantes, produtores

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Metodologia (cont.):

Período: outubro 2010 a abril 2011

Questionários aplicados: 1.104 (um mil cento e quatro)

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Resultados levantados por município

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MaragogipePesquisa realizada nos distritos: Sede, Coqueiro, Guaí, Guapira, Nagé e São Roque do Paraguaçu

• Excelentes condições para o turismo náutico• Forte tradição religiosa católica e de candomblé• Importante patrimônio arquitetônico e natural• Identificadas sete comunidades quilombolas (nem

todas possuem a Certidão de Auto Reconhecimento)• Pouca produção artística/cultural nos quilombos, com

exceção de Girau Grande• Em muitos quilombos visitados não há Casas de Culto

afro, em razão do crescimento das religiões neo-pentecostais

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Maragogipe (cont.)

Grupos culturais:• Grupo de Capoeira Mandangá

• Fundação Vovó do Mangue

• Comissão Organizadora do Samba de Roda de Maragogipe

• Casa do Samba/ ASSEBa

• Demanda por cursos: receptivo, língua estrangeira (inglês), hotelaria, empreendedorismo, atendimento ao cliente, elaboração de projeto, marketing, corte e costura voltado para design afro

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Maragogipe (cont.)

• Artesanato: arte em madeira, bordado, fios e tecidos, cerâmica utilitária, esteiras, chapéus de palha, obras de arte em madeira, artesanatos com palhas de dendê, fuxico, bordados em pontos “russo” e de cruz, tricô e crochê, máscaras carnavalescas.

• Todos os artesãos sugerem o curso de Empreendedorismo, corte e costura, tricô e crochê. Cursos voltados à produção, organização de eventos, produtos artísticos e captação de recursos para projetos culturais.

• Bares e restaurantes: grandes problemas no que diz respeito à gestão administrativa, falta de conservação dos estabelecimentos , ausência de instalações sanitárias, falta de variedade nos cardápios, falta de regularidade nos horários de funcionamento; falta de cordialidade no atendimento; ausência de meios de pagamento eletrônicos.

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Maragogipe (cont.)• Meios de hospedagem: identificados 8 equipamentos de

hospitalidade, sendo 07 pousadas e apenas 01 hotel. Maioria não possui registro junto ao órgão regulador. Maior parte não possui serviço de estacionamento, internet ou outras facilidades.

• Encontrada 01 agência de viagens cuja principal atividade é a locação de veículos e uma cooperativa de taxistas.

• Demanda por cursos: atendimento ao cliente, recepcionista, camareira, culinária; língua estrangeira (Inglês); design; turismo e hospitalidade; empreendedorismo.

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Maragogipe - quilombos

• Girau Grande: desenvolve atividades textuais, realizam encenações, dentre outras manifestações culturais. Produz: doces silvestres, biscoitos de goma, sorvetes de aipim, produção de mel, artesanato (bolsas, cerâmicas, arte em papel) e pratica a apicultura e coleta mariscos.

• Projeto Iguape Sustentável: visa a construção de casas, confecção de apetrechos de pescas, canoas, e qualificação em geral, além da implantação de sedes. O objetivo dessa iniciativa é a politização das comunidades quilombolas no que tange à criação de autonomia e sustentabilidade

• Demanda por cursos: artesanato com cascas de marisco, com fibras naturais, palhas de dendê, cipós; culinária típica afro religiosa; costura para a confecção afro; confecção de roupas para orixás; empreendedorismo e turismo receptivo.

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Maragogipe - terreiros

• Visitados 16 Terreiros de Candomblé. Desses apenas o Terreiro Ilê Abalaxé é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Cultural do Estado da Bahia

• Maioria dos líderes são sensíveis as questões que envolvam melhoria de suas comunidades incluindo aí o turismo, desde que não se desrespeite a sua sacralidade

• Alguns terreiros desenvolvem ações culturais e/ou sociais: Terreiro Ilê Axé Banda Lecongo - Distribuição de cesta básica e possui projeto para implantação de cursos

Terreiro Ilê Axé Alabaxé - Projeto para implantação de cursos Terreiro Ilê Ofa Ode - Oficina de Capoeira, curso de pintura em

tecido Terreiro Ilê Axé D’Gum - Curso de confecção de atabaque

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Maragogipe - terreiros

• Muitos dos entrevistados não estão de acordo com a hospedagem nos terreiros;

• Demanda por cursos: bordado de rechilieu, corte e costura afro; confecção de roupas e adereços dos Orixás; língua africana; línguas estrangeiras; confecção de atabaque; artesanato de aproveitamento de retalho; cozinha africana e afro brasileira; elaboração de projetos e captação de recursos.

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CachoeiraPesquisa realizada nos distritos:

• Conjunto arquitetônico relevante localizado tanto na sede como na zona rural, favorecendo a elaboração e o apontamento de um circuito turístico por todo o território do município

• Considerável diversidade de manifestações culturais. Calendário de festas (janeiro a novembro). A maior parte das festividades tem cunho religioso, enquanto algumas poucas carregam características cívicas ou culturais.

• As Associações, Irmandades, Sociedades, Escola de dança e Grupos Culturais existentes em Cachoeira, atuam de forma ativa no que tange à perpetuação das tradições e manifestações ali existentes

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Cachoeira - terreiros

• Terreiros que desenvolvem ações culturais e/ou sociais com colaboração de ONGs:

Terreiro Ylê Axé Yaomin - Distribuição de cesta básica e sopão 3 vezes ao mês Terreiro Ylê Axé Otalomin - Reforço escolar para alunos da rede pública de ensino Terreiro Guarany de Oxóssi - Distribuição de um sopão às 4ª feiras ao final das

Sessões Espirituais, e distribuição de brinquedos no mês da criança Terreiro Ylê Axé Yfayabalé Jakolé - Possui horta e cozinha comunitária Terreiro Ogum Megê - Oferece cursos de pinturas, danças, atabaque, barril e

distribui brinquedos para as crianças no mês de outubro

• Os entrevistados não vêem como seria possível hospedar visitantes nos terreiros, porque não tem infraestrutura para acomodação de pessoas

• Demanda por cursos: percussão religiosa, curso de costura e bordado tradicional religioso, curso de elaboração de projetos culturais e captação de recursos, empreendedorismo e gestão de negócios, além de línguas africanas, línguas estrangeiras, artesanato com cipós, artesanato com palhas, confecção de ferramentas dos Orixás, pintura em tela, confecção de atabaques, corte costura afro, doces, e por fim, geléias e licores

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Cachoeira - terreiros

• Nessas comunidades há diversas atividades que podem ser desenvolvidas visando a sua potencialização para o desenvolvimento de um turismo étnico. Destaque para o Quilombo do Caonge que desenvolve de forma organizada um Circuito Turístico denominado – “Rota da Liberdade” nos moldes de economia solidária. Está em construção uma pousada para garantir a permanência no local.

• A maioria dos Quilombos tem como atividade de subsistência a fruticultura. Maior parte da produção de frutas é perdida, porque não têm como escoar. Também produzem mel, azeite de dendê, mandioca, farinha e mariscos

• Acesso dificultado pela falta de vias de acesso ou má conservação das estradas

• Demandas por cursos: artesanato em madeira, manuseio de despolpadeiras de frutas, arte em fibras naturais, licor, oleiros, ostreicultura e fabrico de doces e geléias, sendo esse último o mais sugerido

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Cachoeira

• Manifestações culturais: grupo de sambadeiras de D. Dalva, espaço “Pouso da Palavra”, Presente de Yemanjá, Esmola cantada, filarmônicas e grupos teatrais, Fundação Hasen Bahia.

• Demandas por cursos: cursos de língua estrangeira, costura para elaboração de figurinos, guias de turismo, instrumentos harmônicas e percussivos, aulas de dança, curso de arte cênica

• Projetos em desenvolvimento pela Prefeitura: Sinalização do Rio Paraguaçu, Criação de uma agenda cultural periódica, Elaboração de um roteiro turístico, Incremento do Turismo Pedagógico, Feira de Gastronomia, Repaginação do São João Feira do Porto

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Cachoeira• Artesanato: a arte em madeira e os bordados em fios e tecidos e

em menor escala, a arte em cerâmica, em fibras naturais, em crochê e em pedras. As formas utilizadas para divulgarem e venderem os seus produtos são: Feira de artesanato e a utilização do “o boca a boca”, vendas diretas em casa dos clientes, ateliês, museus, lojas.

• Bares e restaurantes: comercializam os pratos da culinária típica regional. Alto grau de informalidade. Os empregados bem como os empresários não participam regularmente dos cursos de capacitação. Geram poucos empregos é comum uma mesma pessoa desempenhar várias funções

• Nenhum dos estabelecimentos pesquisados oferece serviços complementares como música ao vivo ou outro atrativo, poucos oferecem estacionamento, instalações sanitárias precárias.

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Cachoeira• Meios de hospedagem: maior parte das hospedarias está

classificada como “simples e econômica”. Maioria não operam com agentes de viagem. Quase todos os estabelecimentos oferecem serviços de copa e cozinha seguidos de estacionamentos e internet. Poucos oferecem sanitários adaptados para deficientes. Menos da metade dos estabelecimentos aceita pagamento com cartão de crédito.

• Prestadores de Serviços: maioria não está vinculada a Associação ou Entidade relacionada ao turismo, assim como não possui cadastro no Ministério do Turismo. 50% dos profissionais envolvidos na oferta do serviço não possuem qualificação profissional

• Visitantes entrevistados: Grau elevado de satisfação, pretendem retornar, porém consideram que as alternativas de passeios e atrativos não são muito explicitadas. Consideram negativos a poluição sonora (carros de som) e desorganização do trânsito.

• Demandas por cursos: gerenciamento e manejo de negócio, Marketing e divulgação de produtos, língua estrangeira, formação de Guias de Turismo, História e Cultura de Cachoeira; planejamento financeiro; atendimento ao turista

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São Francisco do CondePesquisa realizada nos distritos: Sede, Monte Recôncavo, Muribeca, São Bento, Ilha do Pati, Madruga, Santo Estevão, Caipe, Jabequara da Areia e Campinas

• Grande diversidade de ecossistemas, os quais se apresentam através de manguezais, restingas, remanescentes de Mata Atlântica. Possui um rico acervo arquitetônico. Ampla diversidade de manifestações culturais, com calendário anual de festas.

• Em São Francisco do Conde se encontram dezesseis Terreiros de Candomblé, três de Umbanda e um centro ecumênico. Nenhum tem Associação Civil, e sobrevivem da colaboração dos filhos de Santo e do que é arrecadado pelas apresentações dos Afoxés, Grupos de Samba entre outros grupos culturais. Também há a fabricação e comercialização de Patuá.

• Grande diversidade de Grupos Culturais

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São Francisco do Conde - Terreiros

• A maioria dos entrevistados opina que há complicadores em hospedar visitantes nos Terreiros. Todos recebem visitação, mas essas não são freqüentes. Aceitam excursões que não interfiram na ação religiosa. Nenhum Terreiro no Município é tombado ou está em processo de tombamento.

• Demanda por cursos: formação de guias de turismo, língua estrangeira, artesanato; artesanato afro; língua Yorubá; costura e bordado ligados a indumentária afro-religiosa; confecção de sapatos; culinária baiana; culinária de doces; cultura afro-religiosa; dança e instrumento percussivo

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São Francisco do Conde - Quilombos• Quilombo do Monte Recôncavo é área quilombola com Certidão de

Auto-Reconhecimento expedida pela Fundação Palmares, desde 2008. população estimada em 1.200 habitantes, maioria professa religiões neo-pentecostais.

• No distrito há várias Associações Culturais, a saber: Companhia Cultural Mont`Art; Grupo de Samba Raízes do Monte; Grupo Carnavalesco Os Negrotes; Grupo Carnavalesco; Afoxé Filhos de Ogunté Mariô; Associação das Religiões de Matrizes Africana e Associação Quilombos do Monte.

• Projetos desenvolvidos: Negrô: grife de moda afro-descendente, Negras Mãos: artesanatos sustentáveis, Quilombo da Independência visa tornar o QUILOMBO DO MONTE, um modelo referencial de quilombo em meio urbano, Revitalização da Pedra Santa – espaço sagrado dentro dos princípios do candomblé, área dedicada a Oxossi, na localidade em São Bento.

• Os grupos culturais, terreiros, artesãos, associações e os serviços que fazem parte do trade, e estão localizados em Monte Recôncavo, sugerem os seguintes cursos: culinária local; artesanato variado; elaboração de projetos; história e cultura afro-brasileira; cooperativismo; gestão e organização de grupos culturais.

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São Francisco do Conde – Manifestações culturais• As Paparutas - grupo de mulheres que apresentam a culinária

local de derivados de pescado, através de gamelas de madeira, animadas por um samba bem ritmado e suave que parece um mantra.

• Os grupos culturais não têm estatuto, nem estão legalizados: Grupos de capoeira (07), grupos de afoxé (04), Maculelê (01), Mascarados (06), Samba de Roda (09), Samba Chula (01), Associações Culturais (05)

• Demanda por cursos: o que são Turismo e Turismo Étnico; língua estrangeira (francês e inglês); camareira e garçons; condutores e guias de turismo; curso de música percussiva; confecção de instrumentos musicais; elaboração de projetos; produção cultural; artesanato; pintura em madeira; e informática.

• Artesanato: relacionados 24 artesãos com produtos diferenciados, têm como matéria prima as fibras naturais, os tecidos e as linhas.

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São Francisco do Conde

• Bares e restaurantes: informais, numero incipiente de funcionários. Muitos não abrem à noite. Queixam-se de falta de fluxo turístico;

• Meios de hospedagem: 05 pousadas (180 leitos). Maior ocupação como motéis. Utilização de mão-de-obra familiar.

• Prevista implantação de resort: Eco Resort Ilha de Cajaíba

• Demanda por cursos: curso de estética e embelezamento afro; condução náutica; formação de Guias, condutores e ou monitores de turismo; manipulação de alimentos; atendimento ao público; garçons; recepcionista, língua estrangeira (no fim de semana ou noturno); recursos humanos; artesanato; formação histórica da cidade; empreendedorismo.

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Santo AmaroPesquisa realizada nos distritos: Acupe, Oliveira dos Campinhos, Arraial da Pedra, Itapema e São Braz

• Dentre os atrativos culturais que chamam a atenção pelo seu mérito arquitetônico e imponência histórica, estão o Museu dos Humildes, a Igreja Matriz, o Solar do Biju, Paço Municipal (Casa de Câmara e Cadeia), Solar Conde de Subaé e o sobrado da Rua da Matriz, 09

• Grande parte das manifestações populares tem caráter marcadamente religioso. O calendário além de vasto comporta o sagrado e o profano sem qualquer indício de conflito

• Manifestações que merecem destaque: Bembé do Mercado, que teve início no dia 13 de maio de 1889 e o Grupo Folclórico Negro Fugido, uma tradição do distrito de Acupe, que relembra, anualmente, a história dos antigos escravos da região.

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Santo Amaro

• A maioria dos grupos culturais não possui sede própria, não tem registro, nem estatuto. Todos os grupos fazem apresentação para turistas. Quando recebem remuneração de entidades ou órgãos públicos é a título de ajuda de custo

• Demanda por cursos: elaboração de projetos para que as Associações aprendam a desenvolver, apresentar e captar recursos; qualidade de atendimento ao turista; cursos de artesanato; curso de sistema de cooperativismo

• Artesanato: a partir da casca de mariscos. Necessidade de melhorar a qualidade

• Filarmônicas ainda fazem parte da tradição do local: Filarmônica Lira dos Artistas, Filarmônica 19 março e a Sociedade Filarmônica Filhos de Apolo

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Santo Amaro

• Demanda por cursos: alfabetização para jovens e adultos; guia e condutor de turismo; línguas estrangeiras; línguas africanas; computação; preservação do patrimônio; empreendedorismo; gestão de negócios; relações humanas; atendimento ao público; manipulação de alimentos; cozinha regional, elaboração de projeto; dança afro; confecção de atabaques; artesanato em papel, para fabricação de berimbau e caxixi, fabricação de corda, com garrafa pet, com casca de marisco e jornal; corte e costura

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Santo Amaro - terreiros

• Além da religiosidade, alguns desempenham trabalhos sociais e/ou culturais, à semelhança do Terreiro Ilê Axé Omurodé Zoni Luarê, cujos membros participam do grupo cultural samba de crioula

• Religião atrai visitantes que manifestam interesse em comprar roupas afro

• Demanda por cursos: corte e costura voltadas para estética afro religiosa; arte culinária; cozinha regional; doce de compota; línguas africanas; embelezamento negro; artesanato; artesanato de casca de marisco; artesanato de palha; corte e costura; desenho; capoeira.

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Santo Amaro - quilombos

• Das várias comunidades que se definem como quilombolas, apenas 03 têm Certidão de Auto Reconhecimento: São Braz (05/05/2009), Alto do Cruzeiro-Acupe e Cambuta (06/07/2010).

• No Acupe recebem-se visitas turísticas, através da Fundação Dom Avelar. Nas demais a visitação se dá espontaneamente. Tais visitas não originam renda para a comunidade

• Entendem que o que atrai o visitante para o lugar são suas tradições e manifestações, a culinária, o marisco, o patrimônio material, a paisagem e o porto. Reconhecem que não desenvolvem atividades específicas para o turismo ou o turista. Em todas as comunidades existem hospedagens.

• Demanda por cursos: artesanato com casca de marisco e jornal; artesanato de garrafa pet; manipulação de alimentos; empreendedorismo; gestão de negócios

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Santo Amaro - serviços

• Artesanato: principais modalidades “bordado, fios e tecidos” e “arte em madeira”

• Os artesão demandam cursos de: concepção de preços e custo, atendimento ao turista e novas técnicas de artesanato

• Bares e restaurantes: maioria composta por bares e muitos daqueles que se intitulam como restaurantes não demonstram tal aspecto. Empregam, em média 03 pessoas (cozinheiros e garçons), sem qualquer especialização

• Boa parte dos restaurantes tradicionais de Santo Amaro comercializam pratos oriundos da cozinha africana e indígena, como, Efó, maniçoba, arrumadinho e moqueca de mapé

• No universo de 45 empresários, 84,4% destes alegaram não ter participado de nenhum curso ou treinamento gerencial

• Sugerem cursos como: empreendedorismo; garçom; cozinheiro; artesanato em fibra natural; gestão de negócios; condutores e guias de Turismo; manipulação de alimentos.

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Santo Amaro - serviços• Meios de hospedagem: parcela dos estabelecimentos sem o registro

junto ao Ministério do Turismo. Hospedarias capazes de abrigar do mais simples ao mais exigente dos clientes

• Maior parte dos prestadores de serviços de Santo Amaro não está cadastrada em associações e/ou entidades de classe. Esses serviços possuem um elevado grau de informalidade. Pontos de acarajé, doces típicos da região e trançado de cabelo em estilo afro

• Ausência de Guias, Monitores e ou condutores• Reiteradas solicitações de cursos sobre estética africana. Falam em

estética facial, estética para cabelos e roupas. Demanda por cursos de produção, organização de eventos, produtos artísticos e captação de recursos para projetos culturais

• Os atrativos naturais e a hospitalidade dos cidadãos são o que mais agradaram aos turistas. Mas, as ruas fétidas e sujas, bem como a desorganização das feiras foram relatadas como aspectos a serem corrigidos

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Salvador

• Solicitada a revisão do trabalho de pesquisa, em razão de inconsistências.

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Principais observações

• Poucos são aqueles que ouviram falar sobre turismo étnico

• Não existe um programa formal voltado exclusivamente para o Turismo Étnico nos cinco municípios pesquisados, embora existam ações voltadas para esse segmento

• Predomínio da informalidade ou da improvisação no setor

• Necessidade de estudos sistemáticos, que levantem todas as possibilidades de produtos e ações voltadas para o segmento

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Principais observações (cont.)

• Política de reparação só chega aos quilombos pela via da Certidão de Auto Reconhecimento; não há regularização da propriedade das terras nem políticas sociais, ausência de infraestrutura básica (saneamento, água, luz)

• Considerando-se o preconceito sofrido historicamente, vários são os sujeitos que rejeitam serem considerados Quilombolas

• Só os condutores e agências se beneficiam com a visitação dos terreiros de candomblé

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Principais observações (cont.)

• Conversão para religiões evangélicas nas comunidades quilombolas pesquisadas

• Terreiros, na sua maioria, não têm estatuto, nem registro em órgãos oficiais

• Grande parte dos grupos culturais não são formalizados, não têm sustentabilidade econômica, não são profissionalizados;

• O artesanato fora da Capital, figura apenas como um complemento da renda.

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Principais observações (cont.)

• Artesão enfrentam dificuldades, tanto na capital como no interior, que vão desde calcular preço dos produtos até a compra dos insumos;

• Nenhum dos cinco municípios tem o Trade do Turismo organizado

• Cachoeira foi à área mais bem equipada

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Principais observações (cont.)

• Em Salvador e São Francisco do Conde as acomodações servem mais como motel e em Santo Amaro e Maragogipe a população que ocupa a rede hoteleira são trabalhadores das empresas instaladas na região

• Os restaurantes têm cardápios pouco variados, menos da metade dos pratos estavam de fato disponíveis para serem efetivamente comercializados

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Principais observações (cont.)

• Raríssimos os estabelecimentos adaptados para receber deficientes

• Alguns cursos são solicitados e devem ser repetidos nos diversos municípios, adequando-se o perfil e levando-se em consideração também a demanda potencial, a demanda futura do lugar, e as diferenças de gênero, de idade, de escolaridade e de atividade laborativa, quando do planejamento do cronograma horário e da carga horária dos cursos a serem ministrados

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Principais observações (cont.)

• Maioria do universo possui nível educacional básico para os cursos, mas há nesse conjunto indivíduos que não completaram o ensino básico.

• Os cursos sugeridos pelo Termo de Referência já foram ministrados em vários municípios, mas isto não representou melhoria do atendimento ou da gestão dos negócios