os estados e as rms no censo 2010

75
  INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES Os Estados e as Regiões Metropolitanas constitutivas do Observatório das Metrópoles no Censo 2010 COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL Maria Graciela González de Morell Marinez Villela Macedo Brandão Wilson Sabino Rio de Janeiro, março de 2012.

Upload: hugo-lopes-tavares

Post on 17-Jul-2015

171 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 1/75

 

INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES

Os Estados e as Regiões Metropolitanas constitutivas do Observatório

das Metrópoles no Censo 2010

COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO

EQUIPE RESPONSÁVEL

Maria Graciela González de MorellMarinez Villela Macedo Brandão

Wilson Sabino

Rio de Janeiro, março de 2012.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 2/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

2 www.observatoriodasmetropoles.net 

Introdução

Este trabalho visa reunir as principais conclusões presentes nos estudos

do Observatório das Metrópoles, que analisaram as tendências da distribuição

populacional, composição demográfica por sexo e idade e inserção estadual

das Regiões Metropolitanas do Brasil  – Rio de Janeiro, São Paulo, Baixada

Santista, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Curitiba, Maringá, Goiânia,

Brasília, Salvador, Natal, Fortaleza e Belém  –, comparando os resultados do

Censo Demográfico de 2010 com os do Censo de 2000. Este texto é um dos

produtos do relatório final das pesquisas na área de Transformações 

Socioespaciais e Dinâmica Demográfica do INCT Observatório das Metrópoles.

As análises estaduais, por municípios e para as metrópoles, permitiram

concluir que em 2010, o país diminuiu seu ritmo de crescimento e se tornou

mais urbano, mais feminino e mais idoso, em decorrência, principalmente, da

mortalidade diferencial por sexo e do declínio da fecundidade.

Nos contextos mais urbanizados decresce relativamente a população

dos grupos etários mais jovens e amplia-se a dos grupos mais idosos. Da

mesma forma, essas porções do território tornam-se cada vez mais femininas.

Nos municípios periféricos ainda se mantém o padrão de bases relativamente

mais largas, com expressiva presença de grupos infanto-juvenis, e cúspides

mais estreitas.

A descrição das tendências populacionais de crescimento e de

ocupação dos espaços metropolitanos, nos primeiros dez anos do século XXI,

bem como as disparidades locais nos processos de feminização e

envelhecimento populacional, conduzem à compreensão de suas

repercussões na demanda por políticas públicas.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 3/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

3 www.observatoriodasmetropoles.net 

I. Crescimento e distribuição da população

1.1. Rio de Janeiro

O Estado do Rio de Janeiro chegou em 2010 com uma população de

15.989.929 habitantes. Durante os anos 2000 experimentou um incremento

populacional da ordem de 1,5 milhões de pessoas aproximadamente. Apesar

de algumas mudanças, o peso da população metropolitana no estado

permanece bastante elevado, 75,7% em 2000 e 74,2% em 2010.

A divisão do território apresenta seis mesorregiões geográficas, que são

Baixadas, Centro Fluminense, Metropolitana do Rio de Janeiro, Noroeste

Fluminense, Norte Fluminense e Sul Fluminense. No Estado do Rio de Janeiro,

foram se concentrando em torno da capital vários municípios que cresciam e

dependiam da metrópole, uma vez que estavam integrados a ela. Essa Região

Metropolitana em muito se diferencia das outras regiões do Estado.

Marcam também o Estado do Rio de Janeiro um centro-sul e médio

Paraíba com expressiva industrialização simbolicamente marcada pela

instalação em Volta Redonda da maior siderúrgica do país, a Companhia

Siderúrgica Nacional (CSN). Destaca-se também a potencialidade turística das

regiões litorâneas do Estado ao sul e ao norte, Baía da Ilha Grande e Baixadas

Litorâneas, respectivamente, além da Região Serrana do Estado. Por fim, a

situação econômica do estado se completa com um noroeste tradicionalmente

agrícola, porém, em decadente atividade açucareira. Destacando-se deste

último quadro, entretanto, apresenta-se a região norte do estado, com dinâmica

econômica impulsionada pelas atividades petrolíferas na Bacia de Campos

(Ervatti, 2003).

Neste trabalho, a divisão do território considera sete mesorregiões

geográficas: Noroeste, Norte, Centro, Baixadas, Sul, Serrana-Centro

(corresponde a alguns municípios da região Serrana e de outras regiões) e

Região Metropolitana de Rio de Janeiro (na verdade, a aglomeração com

funções metropolitanas identificada pelo Observatório das Metrópoles).

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 4/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

4 www.observatoriodasmetropoles.net 

Algumas das mudanças populacionais ocorreram no interior, onde

especialmente a Região das Baixadas Litorâneas aumentou seu percentual de

participação (de 3,2% para 4,3%), seguida da Região Norte Fluminense (de4,9% para 5,4%). Apesar da diminuição pequena da participação tanto do

núcleo metropolitano como da periferia, como já dito, a participação da

população na metrópole ainda é muito grande, como se vê no gráfico abaixo.

Gráfico 1 – População residente por regiões: Estado do Rio de Janeiro – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

As diferenças pequenas na participação percentual de algumas regiões

do interior estadual ganham maior relevo quando se analisam as dinâmicas

regionais separadamente. Observando as taxas de crescimento populacional

no período de 2000 a 2010, verifica-se que o estado apresentou 1,06% de

crescimento ao ano. A Região das Baixadas Litorâneas apresentou maior

crescimento populacional, bastante elevado, de quase 4% a.a. Em seguida

está a Região Norte Fluminense, com crescimento populacional de 2,05%,

enquanto a Região Sul cresceu 1,30% no período. As demais regiões do

Estado, inclusive a metropolitana, tanto o núcleo quanto a periferia,

apresentaram crescimento abaixo de 1% a.a., apesar da periferia ser maior do

que o núcleo da metrópole.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 5/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

5 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 2 – Taxa de crescimento por regiões: Estado do Rio de Janeiro – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

1.2. São Paulo

O Estado de São Paulo atinge, em 2010, uma população de 41.252.162

habitantes, 95,94%% vivendo em áreas urbanas e 58,53% nas suas áreas

metropolitanas institucionais; São Paulo, Santos e Campinas. O grau de

urbanização no Estado de São Paulo é alto, bem maior que a da Região

Sudeste, de 92,95% e a do Brasil, de 84,36%, mostrando um estado com

população rural reduzida, de apenas 1.676.948 pessoas em 2010. A

urbanização no estado de São Paulo é crescente: a proporção de populaçãourbana era, em 1950, de 52,59%, subindo para 88,65% em 1980, 93,41% em

2000 e atingindo em 2010 o percentual de 95,94%.

O peso da população paulista no total da população brasileira subiu até

o ano de 1980, quando São Paulo possuía quase metade da população do

Brasil. Desde então, esta proporção vem descendo lentamente, representando

hoje quase 22% da população brasileira. Até o decênio de 2000-2010 as taxas

de crescimento da população paulista eram sempre maiores que as taxas

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 6/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

6 www.observatoriodasmetropoles.net 

brasileiras. O incremento absoluto da população paulista na primeira década de

2000 foi de 4.219.758 pessoas.

Grande proporção deste incremento se deu nas 3 regiões metropolitanasinstitucionais: São Paulo, Campinas e Santos, com aumento de 2.455.441

moradores entre 2000 e 2010, ou seja, mais de 58% do aumento da população

estadual entre 2000 e 2010 aconteceu nas regiões metropolitanas, indicando,

além de urbanização, concentração populacional. As 3 regiões metropolitanas

institucionais são responsáveis por 58,53% da população do Estado em 2010

(este valor era de 58,57% em 2000, indicando estabilidade na proporção das

metrópoles na população estadual). A Região Metropolitana de São Paulo vem

diminuindo muito lentamente seu peso na população do Estado: chegou a

representar quase a metade da sua população em 1980, chegando em 2010 a

47,72%.

As taxas históricas de crescimento populacional do Estado de São Paulo

sempre foram superiores as taxas brasileiras, até a década de 200-210. Assim,

é na primeira década do século XXI que a taxa de crescimento da população

brasileira supera a paulista: a brasileira com valor de 1,18% ao ano, e a

paulista com 1,08% anuais. Observa-se também o declínio de 40% no valor da

taxa de incremento populacional da Região Metropolitana de São Paulo, que

até 1991 costumavam ser superiores à taxa estadual. Este declínio deve-se,

sobretudo, à diminuição do crescimento do município sede.

O Estado de São Paulo possui 15 mesorregiões: mais de 64% da

população estadual reside nas quatro mesorregiões a leste do Estado: Vale do

Paraíba Paulista, Macro Metropolitana, Metropolitana de São Paulo e Litoral

Sul. As duas mesorregiões ao norte da Mesorregião Metropolitana de São

Paulo, Campinas e Piracicaba concentram 12,5% da população do Estado. Os

outros 20% se distribuem nas outras oito mesorregiões.

As mesorregiões a noroeste e a oeste do Estado apresentaram taxas de

crescimento populacional baixas, inferiores a 1% ao ano; as mesorregiões mais

centrais: Ribeirão Preto, Araraquara e Bauru, que possuíam, no ano 2010, 11%

da população estadual, já cresceram a mais de 1%; uma das maiores taxas de

crescimento se deu na mesorregião de Campinas (1,47% ao ano). Piracicaba,mesorregião vizinha, também teve taxa expressiva, de 1,23% anual.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 7/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

7 www.observatoriodasmetropoles.net 

As mesorregiões a leste, que circundam a mesorregião Metropolitana de

São Paulo, apresentaram altas taxas: Vale do Paraíba Paulista com 1,20%,

Macro Metropolitana com 1,63%. A mesorregião Metropolitana de São Paulo,integrada pela metrópole institucional de São Paulo mais alguns municípios da

Baixada Santista, cresceu a 0,98% na década. O Litoral Sul, região bastante

deprimida, teve crescimento reduzido, de 0,86% anuais.

Há forte associação entre dados econômicos e demográficos. A PAEP

de 2001 mostra a existência de forte núcleo na metrópole de São Paulo,

complementado com atividade econômica intensa em regiões do seu entorno:

Sorocaba, Campinas, São José dos Campos e Baixada Santista - e uma região

interiorana com menor escala de produção. É também nestas mesorregiões -

Vale do Paraíba Paulista, Campinas, Macro Metropolitana  – onde se deu o

maior incremento demográfico.

Região Metropolitana de São Paulo

A taxa de crescimento da população da Grande São Paulo (metrópole

institucionalizada, com 39 municípios) mostra tendência declinante nas últimasdécadas: até 1980, as taxas de crescimento demográfico eram altas, acima de

4 % ao ano; já entre 1980 e 1991 a taxa reduziu-se para 1,86, e esta redução

continuou entre 1991 e 2000 (1,64%), atingindo 0,97% anuais entre 2000 e

2010. As taxas de crescimento demográfico das outras duas metrópoles

paulistas têm sido superiores à da Grande São Paulo: entre 2000 e 2010,

Campinas e a Baixada Santista cresceram 1,81 % e 1,20% ao ano,

respectivamente. O peso da Grande São Paulo na população estadual reduziu-se na última década de 48,28% para 47,72%, enquanto que os pesos de

Campinas e da Baixada Santista subiram de 6,31% e 3,39% em 2000 para

6,78% e 4,03% no ano 2010.

Assim como nas outras duas metrópoles, o crescimento da Grande São

Paulo é maior na periferia que no núcleo (município de São Paulo): do seu

incremento absoluto de 1.805.272 pessoas na década, 54,62% de alocaram

nos municípios periféricos. A taxa de crescimento do núcleo foi de 0,76% aoano na década, enquanto que na periferia atingiu 1,25%.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 8/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

8 www.observatoriodasmetropoles.net 

Quanto à população dos 39 municípios da metrópole de São Paulo,

nota-se que, além da capital, 4 municípios metropolitanos apresentam

população de mais de 500 mil habitantes: Guarulhos, com mais de 1 milhão,Osasco, Santo André e São Bernardo do Campo. E, em todos os municípios as

taxas de crescimento populacional são declinantes, embora alguns ainda

mostrem altas taxas como: Arujá (2,91%), Cajamar (2,36%), Cotia (3,04%),

Itapevi (2,15%), Mairiporã (3,02%), Pirapora do Bom Jesus (3,82%), Taboão da

Serra (2,16%) e Vargem Grande Paulista (2,77%). 

O núcleo central da metrópole, município de São Paulo, vê suas taxas

de crescimento populacional declinar desde a década de 1960. O incremento

de 817.924 habitantes entre 2000 e 2010 representa uma taxa de apenas

0,76% ao ano. Mesmo assim, tem mais de 11 milhões de moradores,

constituindo-se no município mais populoso do Brasil.

O censo de 2010 mostrou uma inversão de tendência intraurbana que se

dava desde 1980: seu crescimento era essencialmente periférico, com perda

de moradores nos anéis mais centrais. Esta situação mudou na primeira

década do século XXI, quando os 3 anéis centrais ganharam 216 mil

residentes. Este ganho é menor que nos dois anéis mais periféricos, onde o

ganho atingiu mais de 600 mil habitantes. Mas mostra uma inversão da

tendência dos últimos 20 anos.

Tabela 1 – Taxas Anuais de Crescimento populacional: Brasil, Estado de São Paulo, Grande

São Paulo e Município de São Paulo – 1872-2010

Fonte: Censos demográficos do IBGE.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 9/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

9 www.observatoriodasmetropoles.net 

Região Metropolitana da Baixada Santista

A Região Metropolitana da Baixada Santista, RMBS, é formada por nove

municípios: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia

Grande, Santos e São Vicente. Em relação à regionalização por Mesorregiões,

apresenta a particularidade de seis de seus municípios  – Bertioga, Cubatão,

Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente – pertencerem à Microrregião de

Santos, componente da Mesorregião Metropolitana de São Paulo, e os três

restantes, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe, junto com Itariri e Pedro de Toledo -

estes dois últimos não integrantes da RMBS  – constituírem à Microrregião de

Itanhaém, componente da Mesorregião do Litoral Sul Paulista.

O desenvolvimento regional econômico definiu o desenho urbano  – 

centro/periferia - do território da metrópole. No período em que se consolidou o

centro portuário e teve início a implantação de indústrias na região, houve

elevado crescimento populacional, fenômeno mantido até a década de 70,

quando a taxa de crescimento anual alcança o valor de 3,9% ao ano. A partir

dos anos 80 se inicia a tendência à diminuição  – taxas em torno de 2,2% ao

ano -, que se intensifica cada vez mais, chegando, no período 2000-2010, a

cifra de 1,2% ao ano, semelhante à média do país, 1,2% ao ano.

Segundo o Censo Demográfico de 2010, a população da RMBS era de

1.663.082 habitantes. Durante os anos 2000 houve um incremento

populacional da ordem de 186.000 pessoas. Apesar da diminuição na década,

o peso da população do município sede, Santos, na região, permanece sendo

o mais elevado, 28,3% em 2000 e 25,2% em 2010. Também é possível

constatar, que houve decréscimos no crescimento populacional, entre 2000 e

2010, em todos os municípios que compõem a região, porém com grande

variação de ritmo.

Santos e os municípios de seu entorno, Cubatão, Guarujá e São

Vicente, apresentaram as menores taxas de crescimento populacional -

inferiores a 1% ao ano -, enquanto os mais distantes, Bertioga, Praia Grande,

Itanhaém, Mongaguá e Peruibe registraram as maiores. O menor crescimento,

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 10/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

10 www.observatoriodasmetropoles.net 

0,04% ao ano, entre 2000 e 2010, coube à sede regional, o município de

Santos.

O município de Bertioga, o menor da região em termos populacionais, foio que apresentou a maior taxa de crescimento do Estado, 4,8% ao ano, mas foi

também o que teve a maior redução no seu ritmo de crescimento (137%).

Dessa maneira, a diferença entre a maior taxa de crescimento, correspondente

a Bertioga, e a menor referente a Santos, passou, na primeira década do

século XXI, de 11,34 a 4.4 pontos percentuais.

Na tabela e gráfico seguintes, o crescimento populacional da RMBS no

período 2000/2010, se evidencia mediante outra forma de mensuração, a

proporção de mudança em termos relativos (%).

Tabela 2 – Crescimento populacional (%). RMBS, Estado de São Paulo e Brasil, 2000 – 2010

RMBS, Estado de SãoPaulo e Brasil

População2010

População2000

Crescimento2000-2010

(%)

Bertioga 47.572 30.039 58,4

Cubatão 118.797 108.309 9,7

Guarujá 290.607 264.812 9,7

Itanhaém 87.053 71.995 20,9

Mongaguá 46.310 35.098 31,9Peruíbe 59.793 51.451 16,2

Praia Grande 260.769 193.582 34,7Santos 419.757 417.983 0,4

São Vicente 332.424 303.551 9,5

RM Baixada Santista 1.663.082 1.476.820 12,6

Estado de São Paulo 41.262.199 36.969.476 11,6

Brasil 190.755.799 169.590.693 12,5

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e 2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 11/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

11 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 3 – Taxa de Crescimento populacional por município da RMBS

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e 2010.

1.3. Minas Gerais

O estado de Minas Gerais, um dos maiores do país em área (586.520

km2), é o segundo estado brasileiro mais populoso, com um total de

19.583.789 pessoas residentes em 2010, distribuídos em 853 municípios. Esta

população está, no entanto, altamente concentrada: quase a metade encontra-

se na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e em outros 21

municípios com mais de 100 mil habitantes.

O estado está dividido em 12 mesorregiões: Campo das Vertentes,

Central Mineira, Jequitinhonha, Metropolitana de Belo Horizonte, Noroeste de

Minas, Norte de Minas, Oeste de Minas, Sul/Sudoeste de Minas, Triangulo/Alto

Paranaíba, Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce e Zona da Mata. Em cada uma

delas a concentração populacional está nos polos regionais, com destaque

para Juiz de Fora e Uberlândia.

As regiões economicamente mais dinâmicas e onde a rede urbana é

mais consolidada situam-se nas áreas meridionais, além do Triângulo e da

Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, onde se encontra a RMBH. O

Triângulo e o Sul/Sudoeste constituem áreas de “transbordamento da indústria

paulista” desde os anos setenta, na primeira destaca-se também a

agroindústria. As mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte, Campo das

Vertentes e Vale do Rio Doce contêm o Quadrilátero Ferrífero, concentrando as

atividades de mineração e siderurgia, base econômica do estado. Nessa última

12,6%

0,4%

9,5%

9,7%

9,7%

16,2%

20,9%

31,9%

34,7%

58,4%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%

Baixada

Santos

São Vicente

Cubatão

Guarujá

Peruíbe

Itanhaém

Mongaguá

Praia Grande

Bertioga

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 12/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

12 www.observatoriodasmetropoles.net 

situa-se a Região Metropolitana do Vale do Aço; a Usiminas e a antiga

siderúrgica Acesita, atual Arcelor-Mittal. O Oeste de Minas tem recebido

importantes investimentos industriais, destacando-se os municípios deDivinópolis, Nova Serrana e Itaúna. A Zona da Mata é antiga região cafeicultora

e têxtil. Nesta, Juiz de Fora, polo regional e quarto município do estado em

população (atrás de Belo Horizonte, Contagem e Uberlândia) é importante

centro terciário e universitário.

Os municípios que mais crescem em Minas Gerais são aqueles de porte

médio e grande, à exceção da capital  – os 29 municípios com população entre

100 mil e 1 milhão de habitantes receberam 91% de todo o incremento

populacional do estado na década de 2000. Os municípios com menos de 10

mil habitantes, ao contrário, perderam população na última década.

Em termos regionais, a população continuou concentrando-se na

Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte. A distribuição mesorregional não

se alterou muito na década, destacando-se ligeiro ganho na participação do

Triângulo/Alto Paranaíba e do Oeste de Minas e ligeira queda na participação

das mesorregiões Vale do Rio Doce e Zona da Mata. Três regiões cresceram

mais do que o crescimento médio do estado: Triângulo/Alto Paranaíba, Oeste

de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte. 

Região Metropolitana de Belo Horizonte

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), cuja economia é

fortemente baseada no complexo mínero-metal-mecânico, três municípios

concentram a população e o PIB: Belo Horizonte, Contagem e Betim  – em

2005, a capital concentrava 45,5% do PIB da RM (Fundação João Pinheiro,

2007).

Belo Horizonte vem perdendo população para os municípios da sua

periferia, destacando-se os do norte e oeste. Considerando o território que

constituía a RMBH em 1991, a capital passa de 75% da população da RM, em

1970, para 50% em 2010. Assim como na grande maioria das regiões

metropolitanas brasileiras, o movimento demográfico nas décadas de 1950 a1970 era constituído de fluxos migratórios de longa distância, vindos para as

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 13/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

13 www.observatoriodasmetropoles.net 

capitais e grandes cidades. A partir dos anos 80, à diminuição dos fluxos de

longa distância corresponde o movimento do centro para as periferias.

Gráfico 4 – Taxa de Crescimento Anual das Mesorregiões de Minas Gerais – 2000/2010

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e 2010.

1.4. Espírito Santo

De acordo com os resultados do Censo Demográfico de 2010,

divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, o Brasil

registrou uma população de 190.755.799 habitantes. Na classificação de

estados mais populosos, o estado do Espírito Santo situou-se na 15ª posição,

representando 1,8% da população brasileira. Em 2010, a maior proporção da

população brasileira mostrou-se concentrada nos outros três estados da região

Sudeste, com 21,6% da população em São Paulo, 10,3% em Minas Gerais e8,4% no Rio de Janeiro.

Segundo dados do Censo, o estado do Espírito Santo apresentou uma

população de 3.514.952 habitantes, evidenciando aumento de 13,5% (417.720

habitantes) em relação à população registrada em 2000 (3.097.232 pessoas

residentes). No decorrer dos anos 2000, o estado destacou uma taxa média de

crescimento anual de 1,27%, apresentando valor acima da média nacional

(1,17%) e a maior taxa de crescimento populacional da região Sudeste,

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 14/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

14 www.observatoriodasmetropoles.net 

seguido por São Paulo (1,09%), Rio de Janeiro (1,06%) e Minas Gerais

(0,91%).

Analisando as taxas médias geométricas anuais de crescimento dasmicrorregiões do ES, foi possível verificar que as microrregiões Metropolitana,

Polo Linhares e Litoral Norte apresentaram taxas superiores à registrada no

estado. A população da microrregião Polo Linhares apresentou o maior

crescimento no período avaliado, correspondendo a um crescimento médio

anual de 2,08%, superando até mesmo a RMGV que evidenciou a maior

participação relativa populacional. Em contrapartida, as microrregiões Noroeste

I e Caparaó apresentaram as menores taxas do estado, com valores inferiores

a 0,35%.

Constata-se o predomínio das maiores taxas de crescimento

populacional nas microrregiões litorâneas, fato que corrobora o padrão de

distribuição espacial predominante dos capixabas ao longo da costa atlântica,

padrão este que difere em relação ao contexto nacional, quando alguns

estados salientam o processo de interiorização do crescimento populacional.

Mapa 1 - Taxa média geométrica anual de crescimento (%) por microrregião:Espírito Santo – 2000/2010 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 15/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

15 www.observatoriodasmetropoles.net 

Verificou-se certa similaridade entre a distribuição da população do ES

por microrregiões nos anos de 2000 e 2010, uma maior concentraçãopopulacional na Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV,

representando quase que metade da população total do Estado em ambos os

anos avaliados. Já os Polos Cachoeiro e Linhares concentraram,

respectivamente, a segunda e terceira maior parcela da população do ES. Por

outro lado, a população da microrregião Extremo Norte representou menos que

2% da população de todo o Estado, a menor parcela registrada em ambos os

anos.Quanto ao grau de urbanização, todas as microrregiões litorâneas, com

exceção da Metrópole Expandida Sul, destacaram os maiores percentuais de

população urbana. A RMGV destacou a maior taxa de urbanização (98,3%); os

7 municípios apresentaram elevadas taxas de urbanização, sendo que Fundão

(84,5%) evidenciou o menor valor.

As menores taxas de urbanização foram registradas nas regiões Central

Serrana (42,0%) e Sudoeste Serrana (44,4%), o que evidenciou o predomínioda população rural nesses territórios.

1.5. Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul atravessou largo processo de mudança territorial

ao longo dos últimos 30 anos. Composto em 1980 por 232 municípios alcança

o ano de 2010 com um total de 496, sendo que a grande maioria (mais de 43%

desde 1980) se localiza na mesorregião Noroeste Rio-grandense. À

mesorregião Metropolitana de Porto Alegre pertencem cerca de 20% dos

municípios. A Região Metropolitana também sofreu impactos em sua estrutura

territorial, passando de 14 para 31 municípios entre o primeiro e o último ano. 

A população total do Rio Grande do Sul, em 2010, é de 10.727.937

habitantes, o que significa, em relação a 1980, um incremento total de mais de

2,9 milhões de habitantes. Ao longo do período, no entanto, apenas entre

1980-91 que o incremento relativo da população estadual foi positivo, tendo

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 16/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

16 www.observatoriodasmetropoles.net 

atingido um percentual de 17,56%; nos períodos seguintes, o incremento

relativo foi negativo ( – 2,99 entre 1991-00 e –2,59% entre 2000-10). E, redução

progressiva das taxas de crescimento da população, chegando a 0,52% ao anoentre 2000-10, mostra que o ritmo do crescimento populacional do estado está

em queda. Em compensação, a densidade demográfica se intensificou ao

longo dos últimos 30 anos (de 29 habitantes por Km2, em 1980, passou para

quase 40 hab./Km2 em 2010).

No período 2000/2010 cerca de 52% dos municípios gaúchos tiveram

taxas de crescimento total negativos, e mais de 18% cresceram a taxas abaixo

da média do estado. Apenas uma pequena parcela do território, onde se

observa o maior dinamismo econômico e onde se concentram os

investimentos, abrangendo o eixo entre a Região Metropolitana de Porto

Alegre, e a Aglomeração Urbana da Região Nordeste, se manteve atrativa.

Cabe destaque para o litoral rio-grandense, com a existência de municípios

com forte atração populacional, revelando intensos processos de

transformação por que está passando essa parcela do Estado, que já teve

institucionalizada a Aglomeração Urbana do Litoral Norte. No mais, todo o

oeste e sul rio-grandense apresentam taxas de crescimento populacional ou

negativo (perda de população) ou em patamares inferiores à média do Estado.

Quando se trata da população urbana as mudanças são mais

expressivas. Em 2010 a população urbana do estado é de 9.122.477

habitantes (3.8 milhões superior a 1980). Equivale a 85,03% da população

total, percentual muito superior a 1980, que era de apenas 67%%. Portanto,

num lapso de 30 anos ocorreu a inversão na relação rural/urbano no Estado,

com intensificação do processo de urbanização. Mas essa urbanização intensa

no RS aconteceu entre 1980 e 1991, quando se registro um incremento

populacional de 33,24%, a um ritmo intenso, de 3,24% ao ano. Nos períodos

seguintes, embora se mantendo a tendência a incremento da população

urbana, ela foi diminuindo de maneira significativa nas duas décadas seguintes,

chegando, no período 2000-10 a um incremento de 9,74% e a uma taxa de

crescimento de 0,93% ao ano. Por outro lado, a perda de população rural no

Estado, que no período 1980-91 teve uma taxa de crescimento negativo de1,80% ao ano, continuou caindo todos os períodos, alcançando menos 1,51%

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 17/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

17 www.observatoriodasmetropoles.net 

ao ano no período; entre 2010-10. Ou seja, ao mesmo tempo em que se

mantêm o processo de desruralização após os anos 2000, a urbanização dá

sinais de relativa estabilidade se considerado o ritmo de crescimento.

Região Metropolitana de Porto Alegre

A Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) foi criada em 1973 com

14 municípios e ampliada ao longo dos anos, sendo composta, atualmente, por

32 municípios. Dos 10 municípios do RS com mais de 200 mil habitantes, sete

estão localizados na RMPA, incluindo, evidentemente, a Capital, a única com

mais de um milhão de habitantes. É, ainda, a que reúne a maior parcela da

população do Estado.

A meso que concentra maior população intrarregional é a metropolitana

(era 37% em 1980 e chega a 44% em 2010), seguida pela Nordeste, que,

apesar disso diminuiu seu peso no conjunto do Estado (de 21% em 1980

baixou para 18% em 2000). Essa formação é a que ostenta também ao longo

de todo o período um grau de urbanização mais elevado (superior a 87% em

1980 e 93,5% em 2010), superando significativamente as médias estaduais.

Outra questão que merece registro diz respeito à densidade demográfica

na meso metropolitana, cujo aumento entre 1980 e 2010, de 96 para 126

habitantes por quilômetro quadrado, resulta da concentração da maioria das

atividades econômicas do Estado na maior aglomeração urbana, a Região

Metropolitana de Porto Alegre. Em 1980 a população da RMPA correspondia a

67% da população residente na mesorregião; em 2010 esse percentual eleva-

se para 84%. Em relação ao total do Estado, a população metropolitana

representava, em 1980 cerca de 25% dos habitantes; em 2010 esse percentual

eleva-se para mais de 37%. O ritmo de crescimento da região metropolitana

também foi muito elevado, no período de 1980-91 a RMPA cresceu 4,18% ao

ano, tendo arrefecido nos dois períodos seguintes (1,64 e 1,34 % ao ano),

patamares bem superiores ao da meso e ao do Estado.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 18/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

18 www.observatoriodasmetropoles.net 

Mapa 2 – Taxa de Crescimento geométrico do Rio Grande do Sul – 2000/2010

1.6. Paraná

O Estado do Paraná atinge, em 2010, uma população de 10.444.526

habitantes, 85,3% vivendo em áreas urbanas. Sua participação no total da

população brasileira vem apresentando ligeiro declínio desde os anos 1990,

situando-se, em 2010, na ordem dos 5,5%.

Enquanto no decênio 1970-80 o país crescia a taxas de 2,5% a.a., o

Paraná apresentava um crescimento de 0,97% a.a. Entre 1991-00,

experimentou alguma recuperação, mas retomou a situação de declínio na

década seguinte, fechando o intervalo 2000-10 com a taxa de 0,89% a.a.

Mesmo assim, entre os anos 2000/10 o incremento no total populacional

do Estado foi de 881.068 pessoas. O peso da população vivendo nas regiões

metropolitanas do Estado elevou-se de 41,4%, em 2000, para 43,6% em 2010.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 19/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

19 www.observatoriodasmetropoles.net 

A metropolização paranaense, no bojo da brasileira, expressa uma urbanização

ainda mais intensa que a do próprio país. Enquanto o Brasil descreve uma

curva contínua ascendente, o Paraná eleva seu grau de urbanização de 36,1%,em 1970, para mais de 80% em 1991, superando o patamar da urbanização

brasileira. Em 2010 o Estado registra 85,3% da população vivendo em áreas

urbanas, enquanto no Brasil são 84,4%.

Entre os municípios com crescimento superior ao dobro do Estado, a

maioria corresponde àqueles inseridos em uma das RMs institucionalizadas,

destacando-se que, entre os 28 nessa condição de crescimento, 11 se

integram à RM de Curitiba. Esse conjunto reúne apenas 7% dos 399

municípios paranaenses, opondo-se ao conjunto que ainda permanece como o

mais expressivo: o dos municípios com perda de população, que totaliza 177

municípios ou 44% do total do Estado. Outros 32% dos municípios crescem a

taxas entre 0 e 0,89% a.a., e 17%, entre 0,89% a.a. e 1,78% a.a., o que

demonstra que são poucos e concentrados os municípios que dão suporte às

dinâmicas mais relevantes do Paraná.

Regiões Metropolitanas do Estado do Paraná

Mais de 64% da população paranaense se concentra nas mesorregiões

Metropolitana de Curitiba (33,5%), Norte Central (19,5%) e Oeste Paranaense

(11,7%). O restante se distribui entre as outras sete mesorregiões, todas,

exceto a Centro-Oriental, apresentando redução da participação no total da

população do Estado, comparativamente a 2000. O incremento populacional doEstado também se concentra nessas três mesorregiões, de forma ainda mais

extremada na Metropolitana (49,9%) e na Norte Central (23,62%). Essas são

as mesorregiões mais urbanizadas do Paraná, com grau superior a 91%;

fazem-se seguir pela Oeste, que também tem grau de urbanização (85,6%)

superior ao do Estado, mesmo que em poucos pontos percentuais.

Com relação às regiões metropolitanas institucionalizadas, observa-se

que se eleva a participação da população dessas no total do Paraná. Na RM deCuritiba, essa elevação se dá tanto em relação ao núcleo quanto,

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 20/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

20 www.observatoriodasmetropoles.net 

principalmente, aos municípios periféricos. As RMs de Maringá e Londrina

também elevam a participação da população no total do Estado, em

proporções menores e fortemente centrada nos núcleos.Em 2010, entre as três unidades institucionalizadas, a de Curitiba e a de

Maringá apresentam taxas de crescimento da população total e urbana

superiores às do Estado, com destaque para a RM de Maringá, com a taxa de

1,6% a.a. A de Londrina distingue-se por registrar o crescimento urbano inferior

ao do Paraná. A RM de Maringá é a que manifesta a maior evasão rural, com a

perda de –2,4% a.a. no período.

Comparativamente ao crescimento médio do conjunto das RMs do país,

os núcleos das paranaenses apresentam taxas de crescimento anual

superiores às desse, particularmente Maringá que cresce a 2,1% a.a.  – mais

que o dobro da média dos núcleos das RMs brasileiras (1% a.a.). Já os

municípios periféricos, os da RM de Curitiba ainda apresentam a mais elevada

taxa de crescimento nas unidades (1,9% a.a.) e são apenas esses que vêm

crescendo mais que a média dos núcleos (1,5% a.a.); os das RMs de Londrina

e de Maringá apresentam a taxa inferior a 1% a.a.

Destarte, a relação núcleo periferia nas RMs do Paraná opõe a RM de

Curitiba às demais. A RM de Curitiba obedece ao padrão médio das RMs

brasileiras, com decréscimo da concentração populacional nos núcleos.

Curitiba tem um percentual de concentração (55,2%) em 2010 muito próximo

ao da média das RMs (56,1%), declinando dos 57,2% de 2000. As RMs de

Londrina e de Maringá, por sua vez, elevam a concentração nos núcleos.

Enquanto na primeira o percentual de concentração (66,3%) é muito superior

ao da média das RMs, elevando-se em relação aos 65,9% de 2000, na

segunda ele inverte uma situação na qual a periferia respondia por mais da

metade da população da RM, nos anos 2000 (51,2%), para uma concentração,

em 2010, de 51,7% no núcleo Maringá.

Sumarizando, a distribuição e o crescimento da população em território

paranaense apontam para um reforço das três mesorregiões mais

concentradoras (Metropolitana, Norte Central e Oeste); internamente a elas, a

consolidação da RM de Curitiba, como o espaço mais concentrador eadensado do Estado, já com bases populacionais elevadas e mantendo taxas

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 21/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

21 www.observatoriodasmetropoles.net 

de crescimento também elevadas, com destaque para os municípios periféricos

ao núcleo; a consolidação das aglomerações urbanas que polarizam as RMs

de Maringá e Londrina, neste caso com reforço dos polos; e sinais maisexplícitos do adensamento das aglomerações do Oeste. As informações

analisadas demonstram que a evasão populacional, principalmente do rural,

permanece em curso no Estado, e se mostra mais proeminente na mesorregião

Centro-Ocidental, mas também presente na Norte Pioneiro.

Tabela 3 – Incremento Absoluto e Taxa geométrica de crescimento anual da População – 

Paraná e RMs – 2000/2010

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e 2010. IPARDES.

Gráfico 5 – Participação Núcleo-Periferia no total da população da RM – Paraná – 2000/2010

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 2000 e 2010. IPARDES.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 22/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

22 www.observatoriodasmetropoles.net 

1.7. Goiás

Conforme o resultado do Censo Demográfico 2010 a população

residente do Estado de Goiás alcançou 6.003.788 habitantes, e densidade

demográfica de 297 hab./km2. No ano 2000 sua população correspondia a

5.003.228 habitantes  – significando um aumento em torno de 20% ou

1.000.560 pessoas em números absolutos. A taxa geométrica de crescimento

da população goiana no período foi de 1,84% ao ano, crescimento acima da

média nacional que foi de 1,17% ao ano.

No contexto do Centro-Oeste, desde a década de 1950 até meados da

década de 70, com a expansão da fronteira agrícola do país, as taxas de

crescimento anual médio da população regional e do Estado de Goiás ficam

bem acima da nacional: no decênio 60/70 chegam a 5,60% e 4,38%,

respectivamente, contra 2,89% da taxa brasileira. No decênio 70/80, a taxa de

crescimento médio anual experimenta queda na região e no Estado de Goiás:

4,05% e 2,56%, respectivamente. Já na década 91/2000 Goiás teve

crescimento levemente superior à média do Centro-Oeste: 2,46% contra 2,39%- situação que vai se alternando no decênio 2000-2010: 1,84% contra 1,89%.

Em termos de contingente populacional, Goiás é o Estado mais

populoso do Centro-Oeste, sendo responsável em 2010 por 42,7% da

população da região. E no cenário nacional é o 12º Estado do País  – sua

participação no total da população brasileira vem apresentando um leve e

contínuo aumento, situando-se, em 2010, na ordem dos 3,15%. 

A região Centro-Oeste, como um todo vem se destacando como novoeixo de atração populacional, e o Estado de Goiás, em particular, é o maior

receptor de migrantes vindos de vários Estados, sendo classificado como área

de média absorção migratória no estudo Deslocamentos Populacionais no 

Brasil ( 2011), que tem como base o Censo 2000 e as PNADs 2004 e 2009.

A maior parte do crescimento populacional de Goiás ocorreu nas áreas

urbanas. A população rural que em 2000 era de 606.583 passou para 583.074

em 2010, significando uma redução da ordem de 3,9%. Entretanto, no decênioanterior, entre 1991/2000, o recuo chegou a 21,3%, revelando redução no

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 23/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

23 www.observatoriodasmetropoles.net 

êxodo rural. De outro lado, a população urbana que em 2000 era 4.396.645

habitantes, passou para 5.420.714 habitantes em 2010, significando um

incremento de 1.024.069 habitantes nas cidades ou crescimento de 23,3%4. Ataxa de urbanização em 2010 chegou a 90,30%  – bem acima das taxas

nacional que foi de 84,36% e do Centro-Oeste que foi de 88,80%. 

Gráfico 6 – Taxas de Crescimento Populacional: Goiás, Centro-Oeste e Brasil – 1969/2010

Região Metropolitana de Goiânia

Segundo o Censo 2010, a população metropolitana é constituída de

2.173.141 habitantes, distribuída num território de aproximadamente 7.315,1

km2, o que lhe confere uma densidade demográfica aproximada de 297,07

hab./km2. Incluindo a população de Anápolis, de 334.613 mil habitantes, a

população da região alcança 2.507.754 habitantes, significando que 41,76% da

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 24/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

24 www.observatoriodasmetropoles.net 

população do Estado vivem em 21 municípios (8,53% dos municípios goianos),

os quais distam no máximo 50 Km do polo metropolitano. 

Com relação ao peso da população metropolitana no total do Estado, épossível observar que quando se separa a RM de Goiânia da mesorregião

Centro Goiano somente a metrópole abriga 2/3 da população estadual e

aumentou sua participação de 34,8% para 36,2% entre 2000-2010, enquanto

que no restante da região houve decréscimo populacional de 15,8% para

14,7%.

Internamente a metrópole goianiense, verifica-se que enquanto o Núcleo

vai perdendo peso  – de 62,7% para 59,9%; a Periferia vai aumentando sua

fatia populacional – de 37,3% para 40,1% da população da metrópole.

Observando as taxas de crescimento populacional no período de 2000 a

2010, verifica-se que a Região Metropolitana, e mais especificamente a

Periferia de Goiânia apresentou o maior crescimento populacional: quase 3,0%

a.a.  – contra 1,8% de crescimento ao ano do Estado e do Núcleo da RM de

Goiânia.

Entre os municípios da RM de Goiânia, observa-se que o Polo  – a

capital Goiânia – apresentou baixo crescimento em relação aos municípios do

entorno metropolitano: a população de Goiânia, em 10 anos passou de

1.093.007 habitantes para 1.302.001, com taxa de crescimento a. a. de 1,79%

apenas. Se considerarmos os limites territoriais como meros arranjos

administrativos, já que para a população esses limites não significam nada em

termos de mobilidade urbana, o que se constata é que a metrópole goianiense

continua em franco crescimento, porém, cresce para fora de si mesma. Em

outros termos, Goiânia é de fato a cidade metropolitana que atrai os fluxos

migratórios, porém, grande parte desse fluxo, por razões econômicas e sociais

vão buscar solução de moradia nos municípios de seu entorno. A partir desses

municípios demanda a metrópole em busca de trabalho, dos equipamentos de

saúde e de educação.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 25/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

25 www.observatoriodasmetropoles.net 

Tabela 4 – População e participação das RMs no total da população de Goiás

Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF)

A RIDE-DF é formada por 22 municípios e o Distrito Federal, sendo 19

municípios pertencentes ao Estado de Goiás e 3 pertencentes ao Estado de

Minas Gerais. No contexto do desenvolvimento a maioria dos municípios

concentra-se em torno do Distrito Federal (DF), sendo que esses apresentam

alta dependência do DF. Os municípios mais afastados praticamente têm seu

desenvolvimento independente do DF. Os 22 municípios da RIDE-DF têm

como principal atividade econômica a agropecuária, sendo que em dois

municípios (Pirenópolis e Corumbá de Goiás) destaca-se também a

participação do setor turístico.

Em 2010, a população do DF chegou a 2.570.160 habitantes e entre os

anos de 2000 e 2010houve um incremento populacional da ordem de 519.014

habitantes. Em comparação com a sua Região integrada de Desenvolvimento

(RIDE), que também teve acréscimo populacional, o peso da população no DF

praticamente permaneceu o mesmo, 69,3% em 2000 e 69,0% em 2010,

continuando a ser considerado elevado.

O objetivo deste documento é explorar os primeiros resultados do Censo

de 2010, por meio de uma abordagem demográfica utilizando a divisão em três

partes, município da RIDE, DF e RIDE-DF. Assim, serão considerados nesse

trabalho 4 regiões: os municípios de Goiás, os município de Minas Gerais, o DF

e a RIDE-DF.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 26/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

26 www.observatoriodasmetropoles.net 

A partir dos dados censitários percebe-se que praticamente não houve

mudanças na composição da participação da população entre os municípios da

RIDE e o DF. Em 2000 a participação dos municípios da RIDE era de 30,7%passando para 31% em 2010, e o DF passou de 69,3% em 2000 para 69,0%

em 2010. Apesar da diminuição muito pequena da participação do núcleo

metropolitano (DF), a população da metrópole ainda é muito grande em relação

aos 22 municípios que compõem a RIDE.

Ao analisar os dados da RIDE-DF verifica-se uma taxa de crescimento

populacional de 2,3% no período de 2000 a 2010, sendo que os municípios de

Goiás tiveram uma taxa de crescimento de 2,6%, os de Minas Gerais 1,0% e o

DF de 2,3% para o mesmo período.

Gráfico 7 – População residente por UF: RIDE-DF – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 27/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

27 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 8 – Taxa de Crescimento por UF: RIDE-DF – 2000/2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Pode-se notar que os municípios do Estado de Goiás apresentaram

maior taxa de crescimento, fato provavelmente decorrente de essa região ser

composta por 19 municípios. Essa situação também pode ter sido causada

pela migração de moradores do DF para os municípios da RIDE, chamados de

Entorno, em busca de custo de vida menor.

1.8. Bahia

A Região Metropolitana de Salvador

Por ocasião do Censo de 2000 a Região Metropolitana de Salvador era

composta pelos municípios de Camaçari, Candeias, Dias d'Ávila, Itaparica,

Lauro de Freitas, Madre de Deus, Salvador, São Francisco do Conde, Simões

Filho e Vera Cruz.

Com o Estatuto das Cidades de 2001, e o sequente surgimento do

Ministério das Cidades em 2003, começaram a ser desenvolvidas políticas

públicas específicas para as cidades brasileiras, especialmente as regiões

metropolitanas. Para ter acesso a investimentos, a fundos de financiamento e

garantir o desenvolvimento do entorno das grandes metrópoles, houve, assim,

um estímulo à inclusão formal de municípios, já integrados à dinâmica urbana

das metrópoles. Assim, em dezembro de 2007, foi aprovada pela Assembleia

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 28/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

28 www.observatoriodasmetropoles.net 

Legislativa da Bahia e sancionada pelo governo estadual em janeiro de 2008 a

Lei complementar estadual n° 30, que incluiu Mata de São João e São

Sebastião do Passé na RMS. Em 22 janeiro do ano seguinte a inclusão dePojuca foi sancionada pelo governo através da Lei complementar estadual n°

32, passando essa região metropolitana a ter a seguinte composição: 

No ano 2000 a RMS era a sexta maior região metropolitana do país. Em

2010, contudo, o Censo revelou que ela havia sido superada pela região do

Distrito Federal, caindo para a sétima posição e ficando em patamar similar a

Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Curitiba, ou seja, entre 3 a 4 milhões de

habitantes. 

No período compreendido entre 2000 e 2010 o crescimento da RMS

persistiu significativo, com uma taxa de crescimento médio anual da população

residente de 1,7%, o que confirma que Salvador mantém a característica de

atrair migrantes, mais do que expulsar, principalmente do interior do próprio

estado da Bahia e de outros estados do Nordeste. Conforme observado,

Manaus foi a região metropolitana que mais cresceu na década (2,5% anual

em média), seguida pela Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito

Federal e Entorno (RIDE), com 2,3% e que ultrapassou a RMS em tamanho da

população. Também apresentaram dinâmica de crescimento significativo as

Regiões de Goiânia, com o elevado crescimento econômico das atividades

agropecuárias do Centro-Oeste, e Florianópolis, no Sul do país. A Região de

Campinas, em São Paulo, teve crescimento estimulado, por um lado, pela

proximidade com a Grande São Paulo, e por outro, pela crescente

interiorização da economia no estado, com a garantia de oferta de trabalho,

educação de qualidade e mais qualidade de vida fora da capital.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 29/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

29 www.observatoriodasmetropoles.net 

Tabela 5 – Região Metropolitana de Salvador: População, Área e PIB

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010; SEI/SEPLAN; PIB Municipal (2009).

No Nordeste, Salvador e Fortaleza destacaram-se nas taxas médias de

crescimento anual (ambas com 1,7%), ainda que o contingente populacional

seja menor que o de Recife, por exemplo. Em oposição, Porto Alegre, no Suldo país, teve o menor crescimento médio entre quinze metrópoles analisadas

(0,6% ao ano). 

1.9. Rio Grande do Norte

O estado do Rio Grande do Norte chegou em 2010 com uma população

de 3.168.027 habitantes. Durante os anos 2000 experimentou um incremento

populacional da ordem de 1,4 milhões de pessoas aproximadamente. O peso

da população metropolitana no estado permanece bastante elevado, com

variação positiva, 40,2% em 2000 e 42,30% em 2010.

O estado do Rio Grande do Norte apresentou crescimento populacional

no período 2000 – 2010 de 1,33% ao ano, crescimento esse um pouco menor

do que o registrado na década anterior. Entre 1991 e 2000 o estado cresceu à

taxa de 1,58 % ao ano.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 30/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

30 www.observatoriodasmetropoles.net 

A divisão do território apresenta quatro mesorregiões geográficas:

Agreste Potiguar, Central Potiguar, Leste Potiguar e Oeste Potiguar.

O maior crescimento populacional ocorreu na região Leste, onde se situaa Região Metropolitana de Natal. Nesta mesorregião o crescimento foi de 1,77

% ao ano, entre 2000 e 2010. Analisando o crescimento da região Leste de

forma mais detalhada, percebe-se que este é mais forte na Região

Metropolitana de Natal, com taxa de 1,85% ao ano.

Esses resultados apontam para um processo de concentração

populacional no estado do Rio Grande do Norte, em direção à Região

Metropolitana de Natal. O gráfico a seguir mostra que a capital detém um

quarto da população do Estado como um todo. A região metropolitana de Natal,

em 2000, era responsável por 40,2% da população estadual e, esse número

subiu para 42,3% em 2010. Essa concentração ocorre de tal forma que,

cotejando os dois últimos censos demográficos, nenhuma outra região do Rio

Grande do Norte aumentou sua participação relativa na distribuição

populacional.

Por outro lado, quando o foco é especificamente a RMN, pode-se dizer

que há uma desconcentração da população do município polo, com maior

crescimento demográfico na periferia. O conjunto dos municípios periféricos da

RMN cresceu, entre 2000 e 2010, 2,88% ao ano, mais que o dobro da taxa de

crescimento do Rio Grande do Norte no período.

A região Oeste Potiguar, por sua vez, tem uma dinâmica econômica

impulsionada pelas atividades petrolíferas e pela fruticultura irrigada para

importação. Mesmo assim, sofreu pequeno decréscimo populacional em

relação a população do estado, passando de 26,7% em 2000 para 26,0% em

2010.

A região Central Potiguar, que inclui o sertão do Seridó, tradicionalmente

decadente após a crise do algodão nos anos setenta do século passado,

também apresentou ligeiro decréscimo populacional passando de 26,7% da

população do estado em 2000, para 26,0% em 2010 e a menor taxa de

crescimento da população, 0.58% ao ano no período 2000-2010. Por fim, a

situação econômica do estado se completa com um Agreste Potiguartradicionalmente agrícola, porém em decadência, que também apresenta a

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 31/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

31 www.observatoriodasmetropoles.net 

mesma performance, ou seja, de pequeno decréscimo populacional, passando

de 13,9% em 2000 para 13,4% em 2010 do total do RN.

Gráfico 9 – População Residente no Rio Grande do Norte segundo mesorregiões, periferia da

Região Metropolitana e capital – 2000/2010

Fonte: Censos demográficos de 2000 e 2010 – IBGE

Tabela 6 – Taxa de Crescimento Populacional nos períodos de 1991/2000 e 2000/2010 para

Natal, RM, Mesorregiões e Rio Grande do Norte

Fonte: Censos demográficos de 2000 e 2010 – IBGE.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 32/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

32 www.observatoriodasmetropoles.net 

Região Metropolitana de Natal

A Região Metropolitana de Natal está inserida na região Leste Potiguar e

corresponde a 87% de sua população. Na sua origem, compreendia os

municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim,

Macaíba e Extremoz. Posteriormente, foram incorporados os municípios de

Nísia Floresta e São José de Mipibu em 2002, de Monte Alegre em 2005 e de

Vera Cruz em 2009. Hoje, a região compreende 10 municípios. A sua área

abrange uma superfície de 2.819,11quilômetros quadrados, o que corresponde

a 5,2% do território estadual. Sua população, segundo o Censo Demográfico

de 2010, atingiu 1.351.004, que corresponde a 42,5% do total da população do

Rio Grande do Norte (3.121.451 habitantes), compreendendo uma taxa de

crescimento no período 2000 – 2010 de 1,85% ao ano. 

Tabela 7 - Região Metropolitana de Natal: População e Área por Municípios – 2010

Fonte: Censo demográfico de 2010 – IBGE.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 33/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

33 www.observatoriodasmetropoles.net 

1.10. Ceará

De acordo com os dados do Censo de 2010 (IBGE), o Cearácorresponde ao oitavo estado brasileiro em termos de população absoluta,

sendo também o terceiro da região Nordeste, não havendo alteração em sua

posição hierárquica com relação ao Censo Demográfico de 2000.

A Mesorregião de maior destaque, a Região Metropolitana de Fortaleza

representa na escala estadual, o ponto máximo da concentração de

investimentos e da disseminação das desigualdades socioespaciais. De acordo

com os estudos do IBGE sobre as Regiões de Influência de Cidades realizado

em 2007, Fortaleza possui a terceira maior região de influência entre as

cidades, num total de aproximadamente 20 milhões de pessoas, sendo

superada apenas por São Paulo e o Rio de Janeiro. Formam parte de sua

região de influencia, grande parte dos Estados do Rio Grande do Norte, Piauí,

Maranhão, indo até o Pará.

A Mesorregião Norte, que praticamente abraça a Mesorregião

Metropolitana, é formada por municípios litorâneos ao leste e oeste da

Metrópole e por periurbanos em situação de transição entre o sertão e o litoral

e outros das serras úmidas conhecidas como maciço do Baturité. A

Mesorregião Noroeste também reúne municípios de biomas diversos,

litorâneos, de serras úmidas e de caatinga. O município de Sobral, com mais

de 188.000 habitantes se destaca como centro regional histórico. A

Mesorregião dos sertões cearenses, com seis centros regionais com mais de

50.000 habitantes, é a região mais pobre do Estado, tradicional celeiro de

migrantes nos períodos de estiagem mais prolongados.

A Mesorregião do Sul do Estado é composta por três municípios que,

somados, ultrapassam a população de 420.000 pessoas: Juazeiro do Norte,

Crato e Barbalha. Desde 2009, um conjunto de nove municípios compõe a

Região Metropolitana do Cariri, através de lei complementar estadual,

perfazendo um total de 560 mil habitantes. Na Mesorregião do Centro Sul

destacam-se os municípios de Iguatu e Icó, com características fitogeográficas

similares aos sertões, com atividades vinculadas ao binômio gado-algodão. Porfim, tem-se a Mesorregião do Jaguaribe reunindo municípios do médio e baixo

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 34/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

34 www.observatoriodasmetropoles.net 

Jaguaribe, da chapada do Apodi (fronteira com o Rio Grande do Norte) e os do

litoral extremo leste, coincidentes com a foz do rio.

Considerando a distribuição populacional, todas as Mesorregiõesapresentaram crescimento populacional absoluto na década considerada para

análise, reforçando uma rede urbana marcada por forte macrocefalia, uma vez

que a RMF concentra perto de 40% da população total do Estado.

No que tange a variação populacional na década, a RMF apresentou os

maiores crescimentos, tanto absoluto, quanto relativo. Foram mais de 537 mil

novos habitantes no período, representando um crescimento de 18,5%. A RMF

seguiram-se em termos de crescimento populacional absoluto, as

Mesorregiões do Noroeste e Norte.

Tabela 8 – População Total segundo mesorregiões: Ceará – 2000/2010

Fonte: Censos demográficos de 2000 e 2010 – IBGE.

Aumentou o número de cidades de porte médio e o percentual de

concentração de população. Juntos os municípios nas faixas entre 50 e 500 mil

habitantes já representam mais de um terço da população cearense, passando

de 27,5% para 34,5% da população total. Os municípios menos populososperdem representatividade no total passando de 43% para 36%. Somente a

capital é responsável por 29% da população total do Estado do Ceará.

1.11. Pará

O Pará apresentou em 2010 uma população de 7.581.051 habitantes,

sendo o estado mais populoso da Região Norte, com mais de duas vezes a

população do Amazonas. É o segundo maior estado brasileiro em extensão

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 35/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

35 www.observatoriodasmetropoles.net 

territorial, mas, apresentando uma densidade populacional baixa, de 6,07

hab/km2, contribui com apenas 3,97% da população brasileira. Sua

participação no país pouco se altera em comparação ao ano 2000, quando era3,64%, embora tenha crescido a taxas anuais maiores do que as verificadas

para o Brasil, e registrado um incremento bastante superior, 22%, enquanto o

país aumentou 12,34%.

As transformações socioeconômicas e espaciais nas últimas décadas na

Amazônia são acompanhadas por mudanças demográficas na região e no

estado do Pará. No intervalo 2000-2010, todas as mesorregiões paraenses

crescem acima da média nacional, mas com importantes diferenças entre elas.

As regiões Marajó e, em maior nível, Sudeste aumentam sua

participação na população do estado, enquanto todas as outras diminuem. 

O Baixo Amazonas e o Sudoeste Paraense se constituem na maior área

do Estado de reserva indígena e de proteção ambiental. Trata-se de

mesorregiões mais estagnadas em termos de crescimento populacional,

exceção feita a alguns municípios, ligados essencialmente a atividades de

mineração de bauxita, garimpo e extração de madeira. No município que mais

cresce na região, Anapu, criado na década de 1990, onde são registradas

taxas acima de 8% a.a., continuam ocorrendo conflitos de terra entre posseiros

e assentados, de um lado, e madeireiros e novos colonos de agricultura de

extensão, do outro. Prevê-se que a microrregião de Altamira, cresça

intensamente na próxima década devido à construção da usina hidrelétrica de

Belo Monte.

O Sudeste Paraense é a mesorregião que apresenta o maior

crescimento econômico. É onde se localiza a maior mina de ferro do mundo,

está sob o arco de desmatamento, e a região do estado em que mais

municípios foram criados durante os anos 1990. Dada sua extensão territorial e

as diferentes dinâmicas econômicas em cada uma das microrregiões

componentes, a análise nesse nível espacial parece mais acurada.

Na microrregião de Paragominas, com economia baseada em agricultura

de grãos e mais recentemente reflorestamento, se situa um dos municípios que

mais cresce no período estudado, Ulianópolis, com taxas anuais de 8,45%.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 36/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

36 www.observatoriodasmetropoles.net 

A microrregião de Tucuruí abriga a segunda maior usina hidrelétrica do

Brasil. A microrregião de São Felix do Xingu tem emancipação mais recente e

apresenta alta taxa de desmatamento para pecuária. A de Marabá abriga odistrito industrial de ferro-gusa e é polo de serviços às microrregiões

adjacentes.

A microrregião de Parauapebas apresenta uma elevada concentração

urbana, pois abriga uma área de reserva ambiental e também as maiores

 jazidas de minério do estado. Nela, o município que mais cresce é Canaã dos

Carajás, com taxa de 9,36% a.a., que se estabelece a partir de um

assentamento do INCRA nos anos 1990 e abriga a maior mina de cobre do

Brasil. O surgimento e expansão dos projetos de mineração promovem taxas

elevadas de imigração e explicam o grande crescimento dessa microrregião.

Os municípios da região que se apresentam mais estagnados

demograficamente estão mais isolados ou ainda não tiveram exploradas suas

reservas naturais de minério.

Tabela 9 – População, Taxa de Crescimento populacional anual e participação populacional do

Para por mesorregiões – 2000/2010

Fonte: Censos demográficos de 2000 e 2010 – IBGE. 

Região Metropolitana de Belém

A intensa dinâmica demográfica do estado do Pará, entre 2000-2010

não se reflete no comportamento da RMB, que registra taxas de crescimento

de 1,3% ao ano, similares às observadas no Brasil. Em 2010, a população

metropolitana alcançou 2.042.417 habitantes, acréscimo de 13,7% em relação

ao início da década, bem menor do que o observado para o estado e muito

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 37/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

37 www.observatoriodasmetropoles.net 

menor do que o dos municípios paraenses com maior dinâmica econômica. A

contribuição da RMB no total da população brasileira praticamente não se

alterou no período analisado, permanecendo em pouco mais de 1%. Noestado, há pequeno decréscimo, com participação de 27% no final da década.

Na distribuição populacional por município da metrópole não se verificam

alterações significativas, há pequena diminuição em Belém, núcleo da RMB, de

71% para 68%, mas seu peso permanece grande, mesmo com a variação de

26% no conjunto dos municípios periféricos, que cresceu a taxas anuais de

2,3%, enquanto o núcleo aumentou menos do que 9%, com taxas de 0,8%.

Considerados esses recortes espaciais, tais alterações não significam

aumento da urbanização, que se mantém nos patamares de 99% no núcleo e

94% na periferia. Ao se observarem os municípios periféricos isoladamente,

contudo, grandes diferenças aparecem. Ananindeua, cuja população já no ano

2000 foi considerada urbana em sua totalidade, mantém o mesmo perfil.

Marituba se aproximou da alocação em Belém e em Ananindeua, aumentando

o contingente urbano de 87% para 99%. Benevides e Santa Bárbara do Pará

têm diminuída a participação das populações urbanas nos totais municipais, de

59% para 56% e de 35% para 32%. 

II. Composição da População

2.1. Rio de Janeiro

Nos gráficos abaixo, temos a distribuição de homens e mulheres entre

as regiões. Primeiramente em 2010, nota-se que a participação dos homens nointerior é um pouco maior do que na região metropolitana; a região que

chamamos de Serrana1, já apresenta um percentual menor, valor que diminui

na periferia metropolitana, e reduz-se ainda mais no núcleo da metrópole  – o

município do Rio de Janeiro. Em trabalho anterior sobre a dinâmica

populacional no Brasil, considerando território metropolitano e não

metropolitano, notamos que as mulheres apresentam maior participação em

1 Na mesorregião do Censo Demográfico do IBGE, essa região é conjunta com ametropolitana, formando apenas uma, como visto.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 38/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

38 www.observatoriodasmetropoles.net 

idades mais avançadas do que os homens, entretanto, considerando apenas o

universo masculino, também é nos espaços não metropolitanos que os homens

parecem viver mais. Essas distinções de participação entre homens e mulheresno interior e nas regiões metropolitanas devem-se a aspectos relacionados à

mortalidade, condições de saúde, e também violência que se manifestam

distintamente nesses espaços.

Gráfico 10 – Distribuição de homens e mulheres por mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro – 2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Gráfico 11 – Distribuição dos Homens: ERJ – 2000/2010

Gráfico 12 – Distribuição das Mulheres:ERJ – 2000/2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 39/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

39 www.observatoriodasmetropoles.net 

Nos gráficos complementares 11 e 12, podemos ver a participação de

homens e mulheres separadamente em 2000 e 2010. Fica nítido como diminuia participação dos homens nas regiões e aumenta a das mulheres, vê-se

também como a participação destas é maior tanto em 2000 como em 2010,

sendo mais elevada na região metropolitana.

Observando a idade média da população nos aproximamos das

tendências da estrutura etária, mudanças demográficas e envelhecimento

populacional. Pode-se ver que o comportamento não é tão diferenciado entre

as regiões, em todo o estado a idade média da população aumentou de 2000 a

2010, revelando as tendências do envelhecimento populacional. Entretanto,

especialmente no núcleo da RM essa idade é maior, revelando o avanço deste

processo na capital do estado. Mas vale notar também que em 2010, a região

noroeste apresentou uma idade média bem próxima a da capital, tendo um

aumento em anos bastante considerável no período. Já a menor idade média

em 2010 ficou para a Região Norte Fluminense.

Gráfico 13 – Idade Média por Mesorregiões: Estado do Rio de Janeiro – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 40/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

40 www.observatoriodasmetropoles.net 

Comparando a estrutura etária do Estado do Rio de Janeiro com a do

Brasil, podemos notar que este estado apresenta uma composição mais

envelhecida do que o país em geral. Apesar da redução da fecundidade jábastante acentuada em 2000, neste ano a faixa etária mais larga era a de 15 a

19 anos no estado, revelando uma estrutura ainda jovem. Na década de 2000,

o envelhecimento populacional se acentua e a faixa mais larga para homens e

mulheres em 2010 passa a ser a de 25 a 29 anos, cada vez mais a parte

central da pirâmide torna-se expressiva. Até 24 anos, o processo é de

estreitamento das faixas de idade; embora a faixa de 35 a 39 anos que tenha

apresentado uma redução, no momento é a população em idade ativa que

ganha maior participação, os idosos também seguem abarcando maior parcela

populacional.

Gráfico 14 – Pirâmide Etária: Estado do Rio de Janeiro – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Devido ao peso populacional da região metropolitana, a pirâmide etária

do estado em geral é bem parecida com a da metrópole. Mas se separamos o

município núcleo da região dos demais municípios metropolitanos, notamos asdistinções. O núcleo, capital do estado, apresenta uma estrutura já bem mais

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 41/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

41 www.observatoriodasmetropoles.net 

envelhecida, a redução da fecundidade é bastante visível; os grupos etários de

20 a 34 anos abarcam maior parcela da população; a proporção de idosos

também é considerável, especialmente para as mulheres.

2.2. São Paulo

O Estado de São Paulo apresentou uma nítida transformação na sua

estrutura demográfica: percebe-se uma diminuição de sua população jovem,

até 15 anos (26,13% do total populacional em 2000 para 21,47% em 2010) e

aumento de quase 2 pontos percentuais na população idosa, com 65 anos e

mais. Há aumento da participação percentual da população adulta, a partir dos

25 anos de idade. Este comportamento etário se dá em ambos os sexos,

embora se perceba também que entre as mulheres a proporção de pessoas

com mais de 65 anos é superior: 4,55% das mulheres em 2010 têm mais de 65

anos, para 3,29% dos homens. 

Comparando-se com 2000, dos dados do Censo Demográfico de 2010

mostram que em São Paulo os grupos etários entre 0-4 anos e 5-9 anos

mostram forte perda absoluta no seu contingente populacional, seguido pelos

grupos entre 10 e 14 anos e 15 a 19 anos, para os dois sexos.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Gráfico 15 – Pirâmide Etária: Estado deSão Paulo – 2000

Gráfico 16 – Pirâmide Etária: Estado deSão Paulo – 2010 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 42/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

42 www.observatoriodasmetropoles.net 

Os ganhos mais expressivos vão acontecer em grupos etários elevados,

acima de 45 anos. Percebe-se também a feminização da população estadual,  já que a variação da população feminina foi superior à masculina: a razão de

sexo estadual em 2000 era de 96,01, passando para 94,87 homens para cada

100 mulheres. O Estado de São Paulo tornou-se mais feminino e mais idoso.

Para o Brasil como um todo, a proporção de jovens é de 24,08% da população

total em 2010, e a de pessoas com 65 anos e mais, de 7,38%, contra 21,47% e

7,85% para São Paulo, respectivamente.

Em relação às mesorregiões, apenas duas delas  – Itapetininga e Litoral

Sul Paulista – mostram percentuais de população jovem (entre 0 e 15 anos) no

mesmo nível que a população brasileira como um todo: no Litoral Sul a

proporção de pessoas com até 15 anos de idade foi de 25,68% no ano 2010,

enquanto que em Itapetininga esta porcentagem alcançou 24,06%. São nestas

duas mesorregiões onde acontece o PIB per capita mais baixo do Estado de

São Paulo. Na porção centro oeste do estado, onde as mesorregiões crescem

a taxas mais elevadas, o percentual de população idosa (com 65 anos e mais)

fica em torno de 8 a 9%; já na parte leste do estado este percentual cai para

7%, com exceção do litoral Sul, onde atinge 9,25%. 

Outro indicador que revela ainda com maior expressividade as

mudanças etárias do estado e as mesorregionais é o índice de idosos (que

mede a proporção entre o número de pessoas com 65 anos e mais e o número

de crianças e adolescentes abaixo de 15 anos: quanto maior for este índice,

mais envelhecida é a população). Em 2000, o índice de idosos no Estado de

São Paulo era de 23,23, subindo para 36,50 idosos para cada 100 jovens em

2010. No Brasil, em 2010, o índice atingiu 30,66 idosos para cada 100 jovens. 

Região Metropolitana de São Paulo

A população da metrópole de São Paulo ficou mais feminina (a razão de

sexo em 2000 era de 93,04, passando a 92,03 no ano 2000), mais velha (o

índice de envelhecimento mudou de 20,73 em 2000 para 32,48 idosos paracada 100 jovens em 2010, com proporção de pessoas com 65 anos e mais

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 43/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

43 www.observatoriodasmetropoles.net 

indo de 5,48% da população total para 7,12%), com menor percentual de

crianças e adolescentes (a população de até 15 anos que era de 26,42% no

ano 2000 mudando para 21,93% em 2010).Nota-se, também, que tanto para homens como para mulheres, os 4

primeiros grupos etários  – até 20 anos- apresentam redução. Esta redução,

para o sexo feminino, chega até 25 anos de idade. Entre os homens, a redução

é de quase 4% entre os de até 20 anos; entre as mulheres, de 3,71% até os 25

anos. De outro lado, há dois picos de acréscimo populacional para os dois

sexos: entre 25 e 35 anos, indicando uma possível entrada migratória, e entre

os 50 e 60 anos. E nas idades mais avançadas, pós 65 anos, há incremento

nos dois sexos, maior nas mulheres (2,79%) que nos homens (1,80%),

resultante de uma maior expectativa de vida feminina.

A composição demográfica varia entre o núcleo da metrópole (município

de São Paulo) e a periferia (demais municípios). A população da capital tem

maior proporção de idosos (com 65 anos e mais): 8,13% do total em 2010,

comparando com a dos municípios da periferia (5,78%), Isto se traduz num

índice de envelhecimento de 39,16 na capital e em 24,60 idosos para cada 10

 jovens na periferia. A proporção de menores de 15 anos é superior nos outros

municípios que não a capital: 23,50% do total populacional para a periferia e

20,76% no município de São Paulo. A razão de sexo na capital favorece mais

as mulheres que na periferia: 89,93 homens para cada 100 mulheres, enquanto

que na periferia esta proporção foi de 94,90. Tanto no núcleo da metrópole

como na periferia o grupo etário com maior concentração é o de 25 a 29 anos,

para os dois sexos.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 44/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

44 www.observatoriodasmetropoles.net 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Município de São Paulo

A análise da composição populacional do município de São Paulo

mostra uma população com razão de sexo de 89,94 homens para cada 100

mulheres e um índice de envelhecimento de 39,16 idosos para cada 100 jovens

entre 0 e 15 anos. A população paulistana tornou-se mais feminina e mais

idosa: no ano 2000 a razão de sexo foi de 92,26 homens para cada 100

mulheres e o índice de envelhecimento de 26,12.

Esta composição por idade e sexo varia bastante por anel, conforme se

pode observar nas pirâmides abaixo: os anéis central, interior e intermediário

tem população jovem extremamente reduzida, de 12,07%, 13,40% e 15,76%

do total, respectivamente, enquanto que nos anéis exterior e periférico a

população com até 15 anos de idade atinge 19,61% e 24,28%,respectivamente. Chama a atenção que no anel interior, o com população com

renda mais alta, a razão de sexo seja a menor, de 84 homens para cada 100

mulheres, e o índice de envelhecimento mostre 103,23 idosos para cada 100

  jovens até 15 anos. O anel central de São Paulo também mostra uma

população feminina e envelhecida: a razão de sexo é de 89 mulheres para

cada 100 homens e o índice de envelhecimento de 98,0.

De outro lado, os jovens residem no anel periférico: neste anel apopulação com até 15 anos atinge 24,28% do total, resultando num índice de

Gráfico 17 – Pirâmide Etária: RM de SãoPaulo – 2000

Gráfico 18 – Pirâmide Etária: RM de SãoPaulo – 2010 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 45/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

45 www.observatoriodasmetropoles.net 

envelhecimento de 22,05. A razão de sexo é a maior entre os anéis: 92,37

homens para cada 100 mulheres.

Região Metropolitana da Baixada Santista

O Censo Demográfico 2010 evidenciou, para o total do País, uma

relação de 96,0 homens para cada 100 mulheres, acentuando a tendência

histórica de predominância feminina na composição por sexo da população do

Brasil, uma vez que em 2000 esse indicador era de 96,9 homens para cada

100 mulheres (IBGE, 2011).

Na mesma publicação, se enfatiza que em populações fechadas isentas

de movimentos migratórios, se esperaria que o número de mulheres fosse

superior ao de homens, devido à sobre-mortalidade destes em todas as idades.

“Dessa forma, tem-se que esses diferenciais no quantitativo entre os sexos são

ainda maiores nas regiões mais envelhecidas, como Rio Grande do Sul, Rio de

Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, pois à medida que aumenta a idade, o

contingente feminino vai ficando maior que o masculino, em função da maior

mortalidade nas idades mais avançadas” (IBGE, 2011).A idade média da RMBS era em 2000 de 28,1 anos e envelheceu quatro

anos, para 32,1 em apenas uma década; no município sede esse fenômeno foi

muito mais acentuado, também a idade média ficou quatro anos mais velha,

mas o patamar de comparação inicial, 33,6, que era maior que o final para a

região avançou em 2010 até 37,6 anos. Quando se observa que Santos, já em

2000 detinha uma razão de sexo muito baixa, 86,0 homens por 100 mulheres e

que em 2010 passa a ter a menor razão de sexo do país, 84,4, e que ocontingente masculino diminui em números absolutos, 1.310 homens a menos,

e o feminino continuou crescendo, 2.727 mulheres a mais, atesta-se a

veracidade da afirmativa da publicação comentada anteriormente e da

denominação da “cidade mais feminina do Brasil” (IBGE, 2011).

No caso específico de Santos, além da mortalidade diferencial por sexo,

outros fatores devem ser considerados na explicação dos valores encontrados,

a migração seletiva em busca de mercado de trabalho também poderia estarcontribuindo para esses resultados.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 46/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

46 www.observatoriodasmetropoles.net 

“A representação gráfica da estrutura por sexo e idade de determinada

população é obtida através da construção das pirâmides etárias. Além de

identificar o padrão etário de determinada população - se mais jovem ou maisenvelhecido, por exemplo - e suas mudanças ao longo do tempo, ela permite

também inferir sobre o comportamento das componentes da dinâmica

demográfica no passado” (IBGE, 2011).

A observação das pirâmides etárias relativas à Região Metropolitana da

Baixada Santista para os anos de 2000 e 2010, confirma o estreitamento da

base e o alargamento do ápice, expressando os processos de declínio da

fecundidade e mortalidade e do decorrente envelhecimento populacional

ocorridos no período.

A porcentagem relativa ao grupo de 0 a 4 anos de idade em 2000 ainda

apresentava-se maior que o grupo seguinte, fenômeno que desaparece em

2010, confirmando a queda dos níveis de fecundidade. Esta situação reflete-se

na saliência que o grupo de 10 a 14 anos apresenta em 2010, assim como

acontece com o grupo de 25 a 29 anos em relação ao de 15 a 19 em 2000.

A comparação das pirâmides dos vários municípios integrantes da

Baixada Santista, permite distinguir, ao menos dois modelos diferentes,

reveladores de ritmos diferenciados de transição demográfica, que, por sua

vez, se associam a condicionantes históricas e socioeconômicas diversas.

Nos municípios de Santos, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e São

Vicente, muito embora com redução da fecundidade presente em 2000, a faixa

etária mais acentuada era a de 15 a 19 anos seguida por a de 20 a 24,

indicando a presença da chamada onda jovem. Já o censo de 2010 revela a

maior concentração populacional nas faixas de 25 a 29 e 30 a 34 anos, como

consequência do processo de envelhecimento populacional.

O segundo modelo presente na metrópole corresponde aos municípios

de Bertioga, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe, que ainda em 2000,

apresentavam suas maiores proporções no grupo de 0 a 4 anos de idade,

indicativo de entrada tardia na transição da fecundidade. Em decorrência, em

2010 são populações muito jovens, de 10 a 14 anos, as mais numerosas

nesses contextos. Coincidentemente, essas quatro cidades são aquelas emque ainda é possível enumerar população rural.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 47/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

47 www.observatoriodasmetropoles.net 

Para concluir, precisa-se enfatizar um fenômeno que se dá sem

exceções, todos os municípios aumentam seus contingentes de pessoas com

60 anos e mais, com altas porcentagens referentes aos idosos de 80 e mais,em proporção maior para o sexo feminino.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Gráfico 19 – Pirâmide Etária da BaixadaSantista – 2000

Gráfico 20 – Pirâmide Etária da BaixadaSantista – 2010 

Gráfico 21 – Pirâmide Etária da BaixadaSantista – 2000

Gráfico 22 – Pirâmide Etária da BaixadaSantista – 2010 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 48/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

48 www.observatoriodasmetropoles.net 

2.3. Minas Gerais

As pirâmides etárias de cada mesorregião permitem duas observações:

em primeiro lugar, as regiões mais pobres apresentam maior percentual de

crianças e adolescentes no conjunto de sua população, com destaque para as

mesorregiões Jequitinhonha, Norte de Minas e Vale do Mucuri. Em segundo

lugar, em todas as mesorregiões observou-se o envelhecimento da população

na última década, em especial da população feminina.

Se observada a RMBH, em particular, além do fenômeno doenvelhecimento, houve expressivo aumento na participação dos adultos na

fase produtiva (20 a 60 anos).

Embora tenha havido um aumento na idade média da população em

todas as mesorregiões (com destaque para a maior idade média das mulheres,

que tendem a viver mais), observa-se também nas regiões mais pobres a

menor idade média: Jequitinhonha, Noroeste de Minas, Norte de Minas e Vale

do Mucuri.

Região Metropolitana de Belo Horizonte

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte também há desigualdade no

que diz respeito à idade média da população, sendo maior na capital do que

nos demais municípios. Na capital a idade média é significativamente maior do

que a média do estado, em especial no caso das mulheres.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 49/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

49 www.observatoriodasmetropoles.net 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

2.4. Espírito Santo

Analisando a população do ES no ano de 2010 de acordo com o sexo,

observa-se que a mesma é composta em sua maioria por mulheres (50,75%).

É possível identificar ainda que a distribuição de homens e mulheres nas

microrregiões do estado encontra-se equilibrada (percentuais próximos de50%). O percentual de mulheres mais significativo foi registrado na região

Metropolitana (51,55%). A população feminina mostrou-se predominante

também nas microrregiões Litoral Norte (50,28%), Polo Cachoeiro (50,49%) e

Polo Colatina (50,74%). Já as demais microrregiões são compostas

predominantemente por homens, sendo a Central Serrana a microrregião com

maior percentual de pessoas desse gênero, 50,91%.

Entre 2000 e 2010, aumenta a parcela feminina da população em todas

as microrregiões do estado, inclusive no próprio ES. Constatou-se, também,

um aumento nas idades média e mediana de todas as microrregiões do estado.

No ES, a idade média da população cresceu de 28,8 para 32,4 anos. Já a

idade mediana passou de 25,5 anos para 30,0 anos. Em 2010, as

microrregiões Central Serrana e Polo Colatina apresentaram as idades média e

mediana mais elevadas do estado. Enquanto que os menores quantitativos

foram registrados nas microrregiões Litoral Norte e Polo Linhares.

Gráfico 23 – Pirâmide Etária da RM BeloHorizonte (exclusive colar) – 2000

Gráfico 24 – Pirâmide Etária da RM BeloHorizonte (exclusive colar) – 2010 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 50/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

50 www.observatoriodasmetropoles.net 

Analisando as pirâmides etárias do Espírito Santo referente aos anos de

2000 e 2010, observa-se um considerável estreitamento da base e uma

ampliação das faixas etárias superiores da pirâmide. Esse resultado revela quea população do estado encontra-se em processo de envelhecimento. Isso já

era esperado, uma vez que esta é uma tendência nacional7.

Os grupos etários que perderam maior representatividade no total da

população do estado foram os grupos que englobam idades inferiores a 20

anos. Esses grupos representavam 39,4% da população total em 2000. Em

2010 esse percentual reduziu para 31,7%. Além da redução na participação

relativa, os grupos etários de menores de 20 anos registraram uma diminuição

no seu contingente absoluto. Já os grupos de 45 a 59 anos registraram os

maiores aumentos percentuais, a participação desses grupos passou de 12,3%

em 2000 para 16,7% em 2010.

Gráfico 25 – Pirâmides Etárias do Estado do Espírito Santo – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.Elaboração: Coordenação de Estudos Sociais e Coordenação de Estudos Territoriais – IJSN. 

O processo de envelhecimento populacional se verifica em todas as

regiões do estado. No ano 2000, na RMGV, a faixa etária mais representativa

foi a de 15 a 19 anos (10,7%). Em 2010, nessa mesma microrregião, o grupo

etário mais significativo foi o de 25 a 29 anos (9,7%). O município de Vitória,

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 51/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

51 www.observatoriodasmetropoles.net 

capital do estado, possui uma composição um pouco mais envelhecida que a

população conjunta dos demais municípios da região Metropolitana. Em 2000,

o grupo etário com maior representatividade foi o de 15 a 19 anos (10,5%). Jáem 2010, foi o de 25 a 29 anos (9,8%). Observou-se ainda aumento no

percentual da população com mais de 80 anos, sendo que esse crescimento foi

mais expressivo entre as mulheres, de 0,6% em 2000 para 0,9% em 2010. 

Gráfico 26 – Pirâmides Etárias do Estado do Espírito Santo – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.Elaboração: Coordenação de Estudos Sociais e Coordenação de Estudos Territoriais – IJSN. 

2.5. Rio Grande do Sul

Na década de 2000 aumentou a proporção de população madura (45 a

64 anos) em mais de um ponto percentual; a população mais madura (65 anos

e mais) também aumentou, mas de modo menos significativo. Agora, destaca-

se a diminuição das crianças, jovens, e adultos jovens (até os 44 anos). Mas,

foram as crianças de zero a quatro anos que mais diminuíram o peso na

proporção de população no Estado. De fato, o índice de idosos subiu de

27,61% em 2000 para 44,61% em 2010. Essa é uma mudança muito

significativa na estrutura demográfica gaúcha.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 52/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

52 www.observatoriodasmetropoles.net 

As regiões onde o aumento no índice de envelhecimento da população

total foi mais elevado são a Noroeste e a Centro Ocidental (na primeira a

diferença em pontos percentuais foi de 22,34 e na segunda foi de 20,89). Osíndices das mulheres foram mais elevados que os dos homens. Em média, no

Estado, enquanto o aumento desse índice foi de 20,16 pontos percentuais, o

dos homens foi de 13,95 pp. Na RMPA o índice de envelhecimento na periferia

é bem menor do que no polo, com vantagem para as mulheres, tendo

aumentado de 47,69 em 2000 para 72,65 em 2010. Como se sabe, é na

periferia metropolitana onde estão situados os municípios onde é maior a

pobreza. Então se pode dizer que dois fatores contribuem para a menor

longevidade: urbanização intensa e pobreza. Por outro lado, convém destacar

que o RS se mantém predominantemente feminino, com diminuição, inclusive,

da proporção de população masculina em 2010 frente a 2000. 

Um dado importante: quando se analisa a razão de sexo segundo os

grupos etários verifica-se que, de modo generalizado, em todas as

mesorregiões, até os 24 anos a razão de sexo indica uma prevalência

masculina e, a partir dos 70 anos, menos de 80% da população é masculina,

também em todas as mesorregiões. É nos grupos etários entre os 25 e os 59

anos de idade onde se encontra a razão de sexo tendo um equilíbrio maior (um

pouco mais de 100 em alguns grupos na Centro-Oriental e na Nordeste; e nos

demais acima dos 90). Na RMPA ocorre o mesmo fenômeno, mas os homens

não se constituem em maioria na faixa entre os 20 e 24 anos na capital, ao

contrário do que ocorre na periferia metropolitana. Esse dado pode corroborar

a grande questão que se discute nos estudos sobre violência, que nas grandes

cidades verifica-se uma tendência à morte de homens jovens mais do que de

mulheres jovens. De outro lado, é em Porto Alegre onde a população feminina

continua prevalecendo após os 80 anos. Cerca de 60% da população nessa

faixa etária em Porto Alegre é de mulheres.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 53/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

53 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 27 – Pirâmide Etária; Região Metropolitana de Porto Alegre – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

2.6. Paraná

Nas últimas décadas, o Paraná apresentou uma nítida transformação em

sua estrutura demográfica. De um Estado com elevada proporção de

população jovem, passou a apresentar crescente participação dos grupos

Gráfico 28 – Pirâmide Etária da RM dePorto Alegre (Núcleo) – 2000

Gráfico 29 – Pirâmide Etária da RM dePorto Alegre (Periferia) – 2010 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 54/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

54 www.observatoriodasmetropoles.net 

idosos na composição de sua população. Em 1991, os grupos etários do

Paraná configuravam uma pirâmide de bases largas, com a maior

concentração populacional (22,4%) nas faixas entre 5-9 e 10-14 anos. A partirdessas, há um estreitamento contínuo em direção ao topo, e a faixa com mais

de 80 anos incorpora apenas 0,6% da população. No ano 2000, o desenho

estreita as bases e aponta os estratos mais significativos (19,7% da população)

nos grupos etários jovens, ou seja, com idades entre 10-14 e 15-19 anos.

Demonstra também um leve alargamento no topo. Uma década depois há uma

reconfiguração na pirâmide etária do Paraná, com forte estreitamento da base,

a maior concentração (17,5%) nos grupos entre 15-19 e 20-24 anos, portanto

em idade jovem, e maior alargamento do topo, no qual o grupo de 80 anos e

mais atinge 1,4% da população, com vantagem para a feminina. 

Em 2000, o índice de idosos do Paraná era 19,7%, elevando-se, em

2010, para 33 idosos para cada 100 jovens. Este indicador também é crescente

nas RMs, particularmente nas de Maringá e Londrina, que aumentaram

sobremaneira a proporção de população em idade mais avançada com relação

à mais jovem, superando os 40%. Cabe observar que na RM de Curitiba,

embora esse índice também tenha se elevado substancialmente, situa-se, em

2010, bem abaixo das demais RMs e inferior, inclusive, ao do conjunto dos

demais municípios não metropolitanos: 28,4% e 33,6%, respectivamente.

As pirâmides das RMs de Maringá e de Londrina apresentam similitudes

em seus formatos, principalmente em relação às bases mais estreitas e ao

segmento etário de 20-24 anos sendo o predominante. Nos grupos mais idosos

(acima de 45 anos), também se equiparam, notando-se apenas uma leve

diferenciação no topo das pirâmides femininas, em que a de Londrina é

ligeiramente mais larga.

Detendo-se de forma mais minuciosa nos diferenciais das estruturas

etárias entre as RMs paranaenses nos períodos considerados, observa-se na

RM de Curitiba que os grupos etários mais concentradores de Curitiba (núcleo)

deixam de corresponder aos de 15-24, para os homens e para as mulheres, e

passam aos 20-29, para homens, e 20-34 para mulheres. Distintamente, os

municípios periféricos da RM de Curitiba mantêm as maiores concentraçõesnas faixas etárias de 0-9 anos, seja em 2000 ou 2010, para homens e

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 55/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

55 www.observatoriodasmetropoles.net 

mulheres. A RM de Londrina, para ambos os sexos, deixa as maiores

concentrações dos grupos de 15-24 anos, incorporando o de 25-29 anos.

Maringá, demonstrando uma evolução mais acentuada, passa das maioresconcentrações nos grupos entre 10-19 para os entre 20-29 anos.

Em síntese, o Paraná tornou-se mais feminino e mais idoso, espelhando

um comportamento muito nítido nas mesorregiões Norte Central e

Metropolitana de Curitiba. Mesmo assim, na RM de Curitiba, os municípios da

periferia retratam ainda o Paraná das décadas anteriores, com proporções

elevadas de populações infantis e jovens. Tal comportamento aproxima-se do

apresentado para os municípios não inseridos nas RMs do Paraná.

Gráfico 30 – Pirâmides Etárias do Estado do Paraná – 1991/2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 56/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

56 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 31 – Pirâmides Etárias: RMs de Curitiba, Maringá, Londrina e Demais Municípios do

Paraná – 2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

No que diz respeito às razões de sexo, as três RMs, no períodoconsiderado, elevam a participação feminina no total da população, sendo a de

Londrina a que apresenta a razão de sexo mais significativa em 2010: apenas

93,8 homens para cada 100 mulheres. Os núcleos das três RMs apresentam

razões de sexo mais favoráveis à presença feminina, com destaque para

Curitiba: 91,1 homens para cada 100 mulheres. Distintamente, os municípios

periféricos assumem um comportamento similar ao dos municípios não

metropolitanos, estes com a razão de sexo na ordem de 98,2% em 2010.

2.7. Goiás

A população feminina é predominante em Goiás e vem aumentando

mais rapidamente que o número de homens: são 3.022.161 mulheres e

2.981.627 homens, o que resulta numa proporção de 98 homens para cada

100 mulheres (ou 40.534 mulheres a mais). Em 2000, essa diferença era

menor: 18.352 mulheres a mais, o que resultava numa proporção de 99,2

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 57/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

57 www.observatoriodasmetropoles.net 

homens para cada 100 mulheres. Na média do Brasil, em 2010, a proporção é

de 96 homens para cada 100 mulheres.

Entre as mesorregiões destaca se o Centro Goiano tem a maiorconcentração da população feminina: em 2010 chegou a 70.794 mil mulheres a

mais que homens, enquanto em todas as outras mesorregiões o quantitativo de

homens é maior que o de mulheres, o que amortece um pouco a diferença no

total da população do Estado de Goiás. Por sua vez, a RM de Goiânia

concentra quase todo o excedente feminino do Centro Goiano: são 67.129 mil

mulheres a mais que homens. E nos municípios da RIDE DF a população

feminina alcançou um excedente de 2.868 mil mulheres em 2010  – invertendo

a o excedente masculino observado na década anterior: 2.127 mil homens. 

Região Metropolitana de Goiânia

Na RM Goiânia, somente no município polo  – a capital Goiânia, o

excedente da população feminina é de 60.287 mulheres a mais: um total de

681.144 mulheres e 620.857 homens. No restante do Centro Goiano, que

abrange grande parte dos municípios da RMG, verifica-se uma diferença menor

no quantitativo de mulheres, evidenciando que os homens parecem viver mais

nos espaços não metropolitanos.

Na área metropolitana, observa-se a concentração da população

feminina nos centros com mercado de trabalho mais desenvolvidos e mais

integrados à metrópole, destacando os municípios de Aparecida de Goiânia,

Trindade e o município Polo – Goiânia. Apenas no município de Inhumas, que

tem baixa integração à metrópole, observa-se a predominância de mulheres.

Em consonância com o restante do país, o Censo 2010 mostra uma

tendência de envelhecimento da população goiana. A diminuição na proporção

da população jovem é observada em todos os grupos de idade entre 0 e 24

anos – destaca-se a redução no grupo de 0 a 4 anos (-24,4%). O aumento na

proporção da população adulta e de idosos é observado em todos os grupos

etários a partir dos 40 anos – somente a proporção dos grupos com mais de 60

anos aumentaram de 7,2% em 2000 para 9,3% em 2010. Na RM de Goiânia o

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 58/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

58 www.observatoriodasmetropoles.net 

aumento proporcional dos grupos etários entre 25 e 29 anos  – passa de 9,4%

em 2000 para 10,0% em 2010.

Gráfico 32 – Pirâmides Etárias do Estado de Goiás – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

As mudanças na estrutura demográfica de Goiás traduzem areconfiguração da sua pirâmide etária: estreitamento da base – com a redução

dos grupos mais jovens, e alargamento do topo  – inversão na proporção dos

grupos etários adultos (a partir do intervalo 25 a 29 anos): o grupo entre 60 e

64 anos alcança 3,1% da população; entre 65 e 69 anos alcança 2,3% da

população; e o grupo de 80 anos e mais com 1,1% da população.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 59/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

59 www.observatoriodasmetropoles.net 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Nas pirâmides etárias da RM de Goiânia, separando o município Polo  – 

Goiânia e os demais municípios metropolitanos, a reconfiguração piramidal é

ainda mais acentuada: maior estreitamento da base (redução de todos os

grupos entre o e 19 anos); alargamento do centro (grupos entre 25 e 34 anos)

e do topo da pirâmide (grupos a partir de 40 anos de idade).

Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (RIDE-DF)

A distribuição de homens e mulheres entre os Estados e o Distrito

Federal que compõem a RIDE-DF, em 2010, denota que a participação de

homens é menor que a das mulheres na composição da população, com

exceção de Minas Gerais. Na composição geral da RIDE-DF a tendência de

participação menor dos homens prevalece.

É interessante notar que a participação dos homens diminuiu entre 2000e 2010 e a das mulheres cresceu. Outro fato a ser observado é que o

crescimento do número de homens e mulheres no DF permaneceu constante,

apresentando a mesma participação em 2000 e 2010. 

Gráfico 33 – Pirâmides Etárias doMunicípio de Goiânia – 2000/2010

Gráfico 34 – Pirâmides Etárias dos DemaisMunicípios da RM de Goiânia – 2000/2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 60/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

60 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 35 – Distribuição de homens e mulheres por UF: RIDE-DF – 2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Ao observar a idade média da população, verifica-se a repetição da

tendência de comportamento que ocorre em todo o país, o envelhecimento

populacional. Apesar da pouca variação, os municípios do Estado de Minas

Gerais apresentam o maior envelhecimento. A média de idade da RIDE-DF se

aproxima muito da média do DF, comportamento esperado, uma vez que o DF

apresenta a maior população e a variação entre as regiões é muito próxima.

Gráfico 36 – Distribuição de homens porUF: RIDE-DF – 2000/2010

Gráfico 37 – Distribuição de mulheres porUF: RIDE-DF – 2000/2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 61/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

61 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 38 – Idade Média por UF: RIDE-DF – 2000/2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Quando se comparam os dados do censo demográfico da RIDE-DF

entre os anos de 2000 e 2010, verifica-se mudança na composição da

população, também marcada pelo envelhecimento. Percebe-se que em 2000 a

faixa etária mais larga era de 20 a 24 anos, em 2010 a faixa mais larga passa a

ser a de 25 a 30 anos. Percebe-se também uma redução da contribuição da

faixa etária de 0 a 24 anos e um aumento das maiores idades.

Gráfico 39 – Pirâmides etárias – RIDE-DF – 2000/2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 62/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

62 www.observatoriodasmetropoles.net 

Devido ao peso da população do DF, na composição da RIDE-DF, a

pirâmide etária da RIDE-DF é bem parecida com a do DF. Mas ao se separaros municípios do Estado de Goiás e de Minas Gerais, que compõem a RIDE-

DF, percebem-se algumas distinções. Tanto os municípios do Estado de Goiás

quanto os de Minas Gerais apresentam base mais larga que o DF, o que

significa que a população dessas duas regiões tem maior contribuição na

formação de sua população de jovens. Esse fato é bem mais realçado nos

municípios do Estado de Goiás. Também é possível notar que a população do

DF é a mais envelhecida do conjunto.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

2.8. Bahia

Região Metropolitana de Salvador

Em relação ao perfil dos residentes, as pirâmides etárias têm

características próprias das grandes cidades, ou seja, com a redução da

fecundidade, percebe-se claramente a redução da participação de crianças de

0 a 4 anos na população. Os adolescentes de 15 a 19 anos do início da décadaagora estão claramente representados na pirâmide etária de 2010 na faixa dos

Gráfico 40 – Pirâmides Etárias: DF – 2000/2010

Gráfico 41 – Pirâmides Etárias: Municípiosde Goiás que compõem a RIDE-DF – 

2000/2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 63/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

63 www.observatoriodasmetropoles.net 

 jovens de 25 a 29 anos, em plena idade de inserção no mercado de trabalho.

Apesar dessa pressão por novos postos de trabalho, os indicadores recentes

de ocupação e emprego da RMS evidenciam um relativo crescimento doespaço para a inclusão de jovens, mesmo que em ocupações precárias e de

baixa remuneração.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Muitos desses jovens vêm de outros municípios do interior do estado ou

de outros estados, o que pode ser percebido quando se compara o tamanho do

grupo de jovens em 2000 e em 2010: em 2000, eram 173 mil adolescentes do

sexo masculino de 15 a 19 anos e 181 mil do sexo feminino. Esse grupo que

seria, em 2010, o de jovens de 25 a 29 anos, parece estar maior: 181 mil

homens e 200 mil mulheres. Portanto, apesar da violência que vitima

adolescentes e jovens da RMS, principalmente homens e negros, o número

desses residentes cresceu, provavelmente alimentado pela emigração.

Outra característica perceptível através das pirâmides é a de

envelhecimento da população residente, com aumento visível da participação

de pessoas com 80 anos ou mais, principalmente mulheres. Em 2000, os

homens de 80 anos ou mais eram cerca de 8 mil. Em 2010 eles passaram para

Gráfico 42 – Pirâmide Etária da RM deSalvador – 2000

Gráfico 43 – Pirâmide Etária da RM deSalvador – 2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 64/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

64 www.observatoriodasmetropoles.net 

13 mil. No caso das mulheres o crescimento foi de 17 para expressivos 30 mil

em 2010. 

Algumas características demográficas da Região Metropolitana de

Salvador indicam que, apesar da tendência de envelhecimento, ainda é uma

metrópole jovem e com maioria feminina. A Razão de sexo é sempre menor

que 100% em 2010. Já a Razão de dependência mostra que tem ocorrido uma

queda entre os períodos censitários, o que denota um crescimento da

população economicamente ativa na composição. Isso se explica por ser a

Metrópole uma região mais dinâmica economicamente. 

2.9. Rio Grande do Norte

A distribuição por sexo da população norte-riograndense em 2010

mostra equilíbrio entre homens e mulheres. No estado em geral, 48,89% são

homens e 51,11% são mulheres. O maior diferencial entre os sexos ocorre na

capital, Natal, onde 52,98% dos habitantes são do sexo feminino. Em apenas

uma mesorregião do estado há mais homens do que mulheres. Na região

Agreste Potiguar, 50,13% dos habitantes são do sexo masculino. O cenário,

portanto, é de que no interior do estado, assim como na periferia metropolitana,

há equiparação entre homens e mulheres. A maior diferença entre sexos

ocorre na RMN em virtude do que ocorre no município de Natal.

No que se refere à estrutura etária, o índice do idoso em 2010 foi de

27,86, o que significa que temos 27,86 idosos para cada 100 jovens com 14

anos ou menos. O município de Natal está bem acima da média do estado,

com índice de envelhecimento igual a 32,37. Contudo, verifica-se que os

municípios periféricos da RMN possuem índices bem menores.A idade média é outro indicador que reflete essa transição de estrutura

etária da população. Entre 2000 e 2010 o Rio Grande do Norte aumentou em

mais de três anos sua idade média. 

As pirâmides etárias mostram que o Rio Grande do Norte segue a

mesma tendência do Brasil, ou seja, população numerosa em idades jovens e

medianas, redução acentuada da população infantil, sobretudo nos primeiros

dois grupos etários e aumento da população de idades mais avançadas.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 65/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

65 www.observatoriodasmetropoles.net 

Das pirâmides a seguir, as três primeiras, Rio Grande do Norte em geral,

RMN e Natal, apresentam uma análise comparativa da estrutura etária entre os

dois últimos censos, 2000 e 2010. Ressalte-se a baixa fecundidade do

município de Natal, refletida na baixa participação relativa da população dos

dois primeiros grupos etários, sobretudo em 2010.

A longevidade feminina fica evidente, sobretudo, em Natal e na RMN. A

partir dos 55 anos, a população feminina tem peso bem maior que a masculina.

Comparando esses grupos etários mais avançados nos dois censos em

análise, praticamente todos as idades a partir dos 55 anos tiveram ganho de

população acima da média.

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Também se apresenta uma comparação, para 2010, das estruturas

etárias da Região Metropolitana de Natal: Natal, periferia e total da RMN. O

município de Natal se sobressai nas idades mais avançadas, enquanto que na

periferia da RMN, as maiores participações relativas ocorre na população das

idades mais jovens.

Gráfico 44 – Pirâmide Etária do Estado doRio Grande do Norte – 2000/2010

Gráfico 45 – Pirâmide Etária da RM deNatal – 2000/2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 66/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

66 www.observatoriodasmetropoles.net 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

2.10. Ceará

Considerando o conjunto de mesorregiões que compõem o Estado do

Ceará, no que concerne à média de idade da população, chama atenção, emtodas as unidades espaciais de análise, que a idade média da mulher supera a

do homem, denotando maior longevidade da primeira, com destaque nas

mesorregiões Metropolitana e Sul do Estado, onde as mulheres apresentam

idade média dois anos maior. Isto indicaria que justamente nas regiões mais

urbanizadas, o homem estaria vivendo menos. Seria tal característica já

consequência da violência urbana e do estilo de vida?

Em termos absolutos e relativos, predominam as mulheres sobre os

homens em todas as mesorregiões, sendo esta prevalência maior na

mesorregião metropolitana. A exceção é a mesorregião Norte, onde se tem o

predomínio do sexo masculino.

Quando nos deparamos com a RMF, subdividida entre o núcleo, a

capital Fortaleza, e os demais municípios que compõem a sua periferia, chama

atenção as significativas diferenças entre os mesmos, entre as quais: a maior

longevidade no núcleo da RMF associada a uma maior idade média

independente do gênero, representando mais que o dobro em relação à

Gráfico 46 – Pirâmide Etária do Estado doRio Grande do Norte – 2000/2010

Gráfico 47 – Pirâmide Etária da RM deNatal – 2000/2010

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 67/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

67 www.observatoriodasmetropoles.net 

periferia. Isto indicaria que o desenvolvimento concentrado na capital em

termos de acesso aos equipamentos de saúde e as infraestruturas urbanas

básicas estaria influenciando na maior expectativa de vida.

Considerando a distribuição etária da população em 2010, reduz-se o

contingente das faixas mais jovens, menores de 20 anos. Ao mesmo tempo,

observa-se a expansão da população em todas as demais faixas, denunciando

tendência de aceleração do processo de envelhecimento da população.

Estreita-se a base e alarga-se o topo e especialmente aumenta o meio da

pirâmide demográfica para todas as mesorregiões. A redução da base da

pirâmide mostra-se mais intensa para Fortaleza, o núcleo da RMF, da mesma

forma que faixas intermediárias indicam maior representatividade da população

entre 20 e 49 anos, se comparadas às demais.

Gráfico 48 – Pirâmides Etárias: Estado do Ceará – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 68/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

68 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 49 – Pirâmides Etárias: Mesorregião Metropolitana de Fortaleza – 2000/2010

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

2.11. Pará

No intervalo 2000-2010, equilibrou-se a composição da população

paraense por gênero, diminuindo ligeiramente a quantidade relativa de

homens, de 51% para 50%, e se aproximando da nacional, cuja participação

masculina estabilizou em torno de 49%.

A estrutura etária de homens e mulheres, bem como sua transformação

no período estudado são muito similares. Pouco se alterou a idade média de

ambos os sexos e a da população total, aumentando de 25 para algo em torno

de 27 anos e meio.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 69/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

69 www.observatoriodasmetropoles.net 

Gráfico 50 – Pirâmides Etárias: Estado do Pará – 2000/2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

Pela pirâmide etária, percebe-se que as faixas que mais crescem se

situam entre os 25 e 50 anos e que a população jovem (até 19 anos) está se

contraindo. Vem diminuindo a taxa de fecundidade e os indicadores de

mortalidade infantil permanecem elevados para as médias brasileiras. Os

relatórios dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (IPEA, 2010) indicam

que o estado do Pará vem melhorando os seus indicadores, alcança as metas

estaduais e algumas regionais, mas não as nacionais, no que se refere aos

indicadores de saúde, e não tem convergência real com o resto do país

(PNUD/PUC Minas/UFPA, 2007).

O processo de envelhecimento da população no Pará encontra-se emestágio menos avançado do que no Brasil e segue a um ritmo mais lento. No

período 2000-2010, a variação no índice de envelhecimento do estado, de

10,35% para 15,32%, foi menor do que a observada no país (19,77% para

30,66%). De forma mais aproximada variou a razão de dependência dos

idosos, de 6,5% para 7,41%, em comparação com a brasileira (9,07% para

10,77%). Por outro lado, a razão de dependência das crianças diminuiu de

62,79% para 48,39%, pouco mais do que a alteração ocorrida no país (45,86%para 35,13%).

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 70/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

70 www.observatoriodasmetropoles.net 

Região Metropolitana de Belém

Não se altera a composição da população por gênero na RMB, no

núcleo e nem na periferia metropolitana, acompanhando a tendência brasileira,

mas não a estadual, que teve reduzida um pouco a proporção de homens. A

participação masculina é pouco menor do que a feminina na metrópole (48%) e

maior na periferia (49%) em comparação com o núcleo (47%).

Tanto homens quanto mulheres são na maioria jovens e crianças, sendo

ainda a contribuição desses contingentes maior na periferia do que no núcleo

metropolitano, embora o processo de envelhecimento na última década tenha

sido mais acentuado no conjunto dos municípios periféricos do que na RMB ebem menos intenso no município de Belém. Na metrópole como um todo, a

idade média aumentou de 27 para 31 anos, maior do que a observada para o

estado do Pará, sendo maior também a variação do índice de envelhecimento,

de 14% para 22,79%. A razão de dependência dos idosos aumentou de 6,34%

para 7,96%, portanto, uma variação pouco maior do que a ocorrida no estado,

enquanto a razão de dependência das crianças, que diminuiu de 45,32% para

34,94% no período estudado, teve uma redução bem menos acentuada do queo conjunto dos municípios paraenses.

Gráfico 51 – Pirâmides Etárias: Estado do Pará – 2000/2010 

Fonte: Censos Demográficos de 2000 e 2010. 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 71/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

71 www.observatoriodasmetropoles.net 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIBEIRO, L.C.; SILVA, É.; RODRIGUES, J.; MOLINA, A. O Estado do Rio deJaneiro no Censo 2010.

ERVATTI, Leila Regina. “Dinâmica Migratória no Estado do Rio de Janeiro na Década de

90: Uma Análise Mesorregional”. Dissertação de Mestrado. IBGE/ENCE, 2003. 

IBGE. Documentação dos Microdados da Amostra do Censo Demográfico de 2000, 2002.

IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011.

OBSERVATÓRIO das Metrópoles. Hierarquização e identificação dos espaços urbanos.

Rio de Janeiro: Letra Capital/Observatório das Metrópoles, 2009.

SILVA, E. T. “Movimentos no Território Fluminense: Migrações e Deslocamentos

Pendulares”. In: SANTOS, A. M. S. P.; MARAFON, G. J.; SANT’ANA, M. J. G. Rio de

Janeiro – Um olhar socioespacial. Rio de Janeiro: Gramma Editora, 2010

Pasternak, S. O Estado de São Paulo no Censo 2010. Colaboraram Lucia

Maria Machado Bógus e Eliana Rodrigues

Morell, M. G. M.; Brandão, M. V. M.; Vázquez, D. A. A Região Metropolitana

da Baixada Santista no Censo 2010. IBGE – Sinopse do Censo demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011.

MORELL, MGM; COSTA, LB. Populações do Mercosul, evolução histórica e cenários

futuros. In: Mercosul, Blocos Internacionais. São Paulo em Perspectiva, vol. 9, n.1, 1995.

RIBEIRO, LCQ; SILVA, ET; RODRIGUES, J; MOLINA, A. O estado do Rio de Janeiro no

Censo de 2010. Rio de Janeiro, Boletim do Observatório das Metrópoles, 185, III, 2011.

SEADE. Informações demográficas da Região Metropolitana da Baixada Santista.

Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados, 2007.

SEADE. Informações recentes revelam redução da migração no Estado de São Paulo

e em suas metrópoles  –  Perillo, S.; Aranha, V.; Capassi, R.; Perdigão, M.L. Série:

Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo, Ano 11 – nº 3 Abril 2011.

SEADE. O retrato das mães paulistas e de seus filhos recém-nascidos. Yazaki, L.M.;

Waldvogel, B.C. Série: Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo, Ano 10  – 

nº 4 Maio 2010.

SEADE. A Inversão da Pirâmide Etária Paulista. Ferreira, C.E.C.; Capassi, R. Série:

Resenha de Estatísticas Vitais do Estado de São Paulo, Ano 10 – nº 3 Abril 2010.

YAZAKI, LM; AIDAR, T; GOZZO, VC. Vulnerabilidade sociodemográfica e o

comportamento reprodutivo nas Regiões Metropolitanas da Baixada Santista e

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 72/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

72 www.observatoriodasmetropoles.net 

CampinasAnais do XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP,

Caxambú, 2010.

Mendonça, J; Caetano, A.J. Minas Gerais e a Região Metropolitana de

Belo Horizonte no Censo 2010.FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, Retrospecto da Economia Mineira. Análise e Conjuntura ,

Ano 6, n. 5, p. 21-59, 1976.

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Informativo CEI   – Comércio Exterior: resultados de

  janeiro/julho 2007. Belo Horizonte: FJP, 2007. Disponível em:

<www.fjp.gov.br/produtos/cei/InfoCEIComex-Jan-Jul07.pdf>.

MENDONÇA, Jupira Gomes de. Segregação e mobilidade residencial na Região 

Metropolitana de Belo Horizonte . Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional)  – 

UFRJ: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 2002.

MENDONÇA, J.; Costa, H. S. M. Entre a homogeneização e a diversidade: segregação

socioespacial na metrópole belo-horizontina e as especificidades do eixo-sul. Espaço &

Debates . São Paulo, v.24, n.45, 2004. p.75-86.

MONTE-MÓR, R. L. M. Urbanização e industrialização em Minas Gerais: considerações

sobre o processo recente. SEMINÁRIO REPENSANDO O BRASIL PÓS-60: AS

MUDANÇAS NA DINÂMICA URBANO-REGIONAL E SUAS PERSPECTIVAS, São Paulo,

1984. (mimeo).

RUIZ, R. M.; PEREIRA, F. B. Estrutura e Dinâmica Espaço-Temporal das Metrópoles 

Brasileiras . Rio de Janeiro : Letra Capital : Observatório das Metrópoles, 2009. 

Lira, P.; Cavatti, C. O. Estado do Espírito Santo no Censo 2010.

FERRARI, Tatiana. Distribuição Populacional no Espírito Santo: resultados do Censo

Demográfico 2010. Resenha de Conjuntura, ano IV, n. 27. Vitória: IJSN, maio de 2011.

GUIMARÃES, Fábio. Divisão Regional do Brasil. Rio de Janeiro: Serviço Gráfico do

IBGE, 1942.

HAESBAERT, Rogério. Morte e vida da região: antigos paradigmas e novas perspectivas

da Geografia Regional. In: Anais do Encontro Estadual de Geografia. Rio Grande - RS,

2003.

IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.

RIBEIRO, Luiz César, SILVA, Érica, RODRIGUES, Juciano, MOLINA, Arthur. O Estado

do Rio de Janeiro no Censo de 2010. Rio de Janeiro. Boletim do Observatório das

Metrópoles, 185, III, 2011.

TRINDADE, Lorena. Distribuição Populacional no Espírito Santo: resultados

preliminares do Censo Demográfico 2010. Resenha de Conjuntura, ano III, n. 96.Vitória: IJSN, dezembro de 2010. 

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 73/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

73 www.observatoriodasmetropoles.net 

Mammarella, R. O Estado do Rio Grande do Sul e sua Região

Metropolitana no Censo 2010.

ALONSO, J. A. F.; BANDEIRA, P. S. Crescimento interregional no RS, nos anos 80. In:

ALMEIDA, Pedro F. da Cunha (Coord.). A economia gaúcha e os anos 80: uma trajetória

regional no contexto da crise brasileira. Porto Alegre: FEE, 1990. p.67-130.

ALONSO, J. A. F. A emergência de Aglomerações Urbanas não metropolitanas no Rio

Grande do Sul, Indicadores Econômicos FEE, v.37, n.3, 2009.

ALONSO, J. A. F. Efeitos da reestruturação produtiva na dinâmica da Região

Metropolitana de Porto Alegre. Cadernos Metrópole, 2004 (n º 1), 9-40

BARCELLOS, Tanya M. de. Migrações no sul: caminhos para terras e cidades.

Dissertação (Mestrado)-PPG em Sociologia, UFRGS, Porto Alegre, 1995.

IPEA. Redes urbanas regionais: sul. In: IPEA. Caracterização e tendências da redeurbana do Brasil. Brasília: IPEA, 2000.

MAMMARELLA, R.; BARCELLOS, T. M. O fenômeno aglomerativo no Rio Grande do Sul:

panorama atual. Indicadores Econômicos FEE, v.36, n.3, p.117-135, 2009.

MAMMARELLA, R.; BARCELLOS, T. Processos e territorialidades na urbanização do RS.

In: CONCEIÇÃO, O., GRANDO, M.Z., TERUCHKIN, S.U., FARIA, L.A.E. A evolução

social. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser,

2010. P.263- 302. (Três décadas de economia gaúcha).

Rodrigues, A. L.; Cintra, A.; Magalhães, M. V.; Moura, R. O Estado deParaná no Censo 2010.

IPARDES. Leituras regionais: mesorregiões geográficas paranaenses. Sumário

Executivo. Curitiba: 2004. 1 CD-ROM.

IPARDES. Os Vários Paranás. Identificação de espacialidades socioeconômico-

institucionais como subsídio a uma Política de Desenvolvimento Regional. Síntese.

Curitiba, 2006.

MAGALHÃES, M.V.; CINTRA, A.P. de U. Dinâmica Demográfica do Paraná: tendências

recentes, perspectivas e desafios. Nota Técnica, 14. Curitiba: IPARDES, 2010, 38 p.MOURA, R. Arranjos urbano-regionais no Brasil: uma análise com foco em Curitiba. Tese

(Doutorado em Geografia), Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.

RIBEIRO, L. C. de Q. Hierarquização e identificação dos espaços urbanos. Rio de

Janeiro: Letra Capital : Observatório das Metrópoles, 2009.

RODRIGUES, Ana Lúcia. A pobreza mora ao lado: segregação socioespacial na Região

Metropolitana de Maringá. Tese (Doutorado em Ciências Sociais), PUC-SP - Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2004.

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 74/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

74 www.observatoriodasmetropoles.net 

Moysés, A.; Cunha, D.F.; Borges, E.M. O Estado de Goiás e a Região

Metropolitana de Goiânia no Censo 2010.

GOIÁS. Secretaria de Gestão e Planejamento/Superintendência de Estatística, Pesquisa e

Informações Socioeconômicas http://www.seplan.go.gov.br/sepin

HADDAD, M. B. Eixo Goiânia-Anápolis-Brasília: estruturação, interrupção e retomada

das políticas públicas, Dissertação de Mestrado, PUC.GO/MDPT, 2010.

IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011.

OLIVEIRA, A. F.  Entrevista para Clenon Ferreita, ao Jornal Tribuna do Planalto. 29 de

 julho de 2011, abordando a dinâmica atual de desenvolvimento de Goiânia.

OLIVEIRA, L. A. P. e OLIVEIRA, A. T. R. (Org.) Reflexões sobre os Deslocamentos

Populacionais no Brasil. Estudos & Análises  – informação demográfica e

socioeconômica. IBGE. Rio de Janeiro, 2011.

LIMA, J.J.F; MOYSÉS, A. (Org.). Como Andam Belém e Goiânia. Letra Capital:Observatório das Metrópoles (2ª Ed.). Rio de Janeiro, 2009.

RIBEIRO, Luiz César de Queirós, SILVA, Érica Tavares, RODRIGUES, Juciano e

MOLINA, Arthur. O Estado do Rio de Janeiro no Censo de 2010. Rio de Janeiro.

Boletim do Observatório das Metrópoles, 185, III, 2011. 

Ribeiro, R.J.C. A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal

(RIDE-DF) no Censo 2010.

IBGE. Documentação dos Microdados da Amostra do Censo Demográfico de 2000.

Rio de Janeiro, 2002.

IBGE. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011.

LEVIN, Jack e FOX, James Alan. Estatística para Ciências Humanas. São Paulo, 9ed,

Prentice Hall, 2004.

RIBEIRO, Luiz César de Queirós, SILVA, Érica Tavares, RODRIGUES, Juciano e

MOLINA, Arthur. O estado do Rio de Janeiro no Censo de 2010. Rio de Janeiro. Boletim

do Observatório das Metrópoles, 185, III, 2011. 

Freire, F.H.M.A.; Clementino, M.L. O Rio Grande do Norte e sua regiãometropolitana no Censo de 2010.

CLEMENTINO, M.L.M; DANTAS, Eustógio e FERREIRA, A.L.A. Turismo e Imobiliário

nas Metrópoles. Rio de Janeiro, LetraCapital, 2010.

CLEMENTINO,M.L.M e PESSOA,Zoraide S.( Orgs.) Natal, uma metrópole em

formação.São Paulo, EDUC,2009.

CLEMENTINO, M.L.M. Rio Grande do Norte: novas dinâmicas, mesmas cidades. In:

GONÇALVES, M.F.; BRANDÃO, Carlos Antônio e GALVÃO, Antônio Carlos. Regiões e

cidades, cidades nas regiões.São Paulo, UNESP.ANPUR, 2003. p.387-404

5/14/2018 Os Estados e as RMs No Censo 2010 - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/os-estados-e-as-rms-no-censo-2010 75/75

Os Estados e as Regiões Metropolitanas no Censo 2010  2012 

75 www.observatoriodasmetropoles.net 

FREIRE, F.H.M.A e SILVA, L.E. Aspectos da Criminalidade Violenta em duas Regiões

Metropolitanas do Nordeste: Natal e Recife. In Anais do Seminário: Governança Urbana 

e Desenvolvimento Metropolitano. Natal, 2010.

Pequeno, R. Primeiras análises da dinâmica populacional do Estado doCeará. 

Fernandes, C.L. Dinâmica Demográfica: Região Metropolitana de

Salvador.

Bastos, A.P.; Simaia, M. Análise Populacional da Região Metropolitana de

Belém e do Estado do Pará, 2000 - 2010.

IBGE. Censos demográficos 1960, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010.

ROCHA, G. Aspectos recentes do crescimento e distribuição da população da Amazôniabrasileira. In: Aragón, L. Populações da Pan-Amazônia. Belém: NAEA/2005

IPEA. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio  – Relatório Nacional de

Acompanhamento. Brasília: Ipea, 2010.

PNUD/PUC Minas/UFPA. Coleção de estudos regionais sobre os Objetivos do Milênio da

Rede de Laboratórios Acadêmicos para Acompanhamento dos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, Região Norte. Belo Horizonte: PUC Minas Virtual, 2007, em

CD ou http://www.pnud.org.br/estudos/colecao_odm_norte.pdf