turbinas a vapor felipe araujo e paulo vitor

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DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA EM METALURGIA E MECÂNICA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA TURBINAS A VAPOR FELIPE ARAUJO DE JESUS PAULO VITOR SALVADOR-BA MARÇO/2013

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Explanação sobre Turbinas a Vapor.

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Page 1: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA EM METALURGIA E MECÂNICA

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL MECÂNICA

TURBINAS A VAPOR

FELIPE ARAUJO DE JESUS PAULO VITOR

SALVADOR-BA MARÇO/2013

Page 2: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

FELIPE ARAUJO DE JESUS PAULO VITOR

TURBINAS A VAPOR

Etapa manuscrita do Trabalho dos alunos Felipe Araujo de Jesus e Paulo Vitor, apresentado à Disciplina Manutenção de Equipamentos Rotativos do Profº Amaro Serinha em como requisito parcial da disciplina.

SALVADOR – BA MARÇO/2013

Page 3: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Sumário

1. LISTA DE FIGURAS ............................................................................. 4

2. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 5

3. HISTÓRICO ............................................................................................ 5

4. CLASSIFICAÇÃO .................................................................................. 6

5. COMPONENTES MECÂNICOS ........................................................ 11

5.1 EXPANSORES ................................................................................... 11

5.2 CARCAÇA .......................................................................................... 12

5.3 CONJUNTO ROTATIVO ................................................................... 13

5.4 PALHETAS ......................................................................................... 14

5.5 DIAFRAGMA ..................................................................................... 15

5.6 MANCAIS ........................................................................................... 15

5.7 VEDAÇÃO .......................................................................................... 19

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 20

Page 4: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

1. LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - (A e B) Turbinas de Ação e Reação e (C e D) Princípio da Ação e Reação ..................... 7

Figura 2 - Estágio de Ação e de Reação ......................................................................................... 8

Figura 3 - Estágios de ação .......................................................................................................... 10

Figura 4 - Estágio de Reação (esquerda) e Turbina de reação, estágios múltiplos (direita) ....... 10

Figura 5 - Expansor convergente e expansor convergente-divergente ...................................... 11

Figura 6 - Expansor ...................................................................................................................... 12

Figura 7 - Turbina de partição axial ............................................................................................. 12

Figura 8 - Eixo e palhetas móveis ................................................................................................ 13

Figura 9 - Turbina a vapor aberta ................................................................................................ 13

Figura 10 - Palhetas móveis......................................................................................................... 14

Figura 11 - Diafragma com anel de palhetas ............................................................................... 15

Figura 12 - Mancal de deslizamento ........................................................................................... 16

Figura 13 - Mancal de deslizamento ........................................................................................... 17

Figura 14 - Mancal de escora ...................................................................................................... 18

Figura 15 - Mancal em uma turbina a vapor ............................................................................... 18

Figura 16 - Mancal de escora tipo “KINGSBURY” ........................................................................ 19

Figura 17 - Selagem de baixa pressão (A) e selagem de alta pressão (B) ................................... 19

Page 5: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

2. INTRODUÇÃO

Turbina a Vapor é a Máquina Térmica que utiliza a energia do vapor sob forma de

energia cinética. Deve transformar em energia mecânica a energia contida no vapor

sob a forma de energia térmica e de pressão.

Embora a história registre a construção de dispositivos rudimentares, que baseavam-

se nos mesmos princípios, de ação ou de reação, das turbinas atuais em épocas

bastante remotas, o desenvolvimento da turbina a vapor, como um tipo realmente útil

de acionador primário até a sua forma atual, ocorreu somente nos últimos setenta

anos.

A turbina é um motor rotativo que converte em energia mecânica a energia de uma

corrente de água, vapor d'água ou gás. O elemento básico da turbina é a roda ou

rotor, que conta com paletas, hélices, lâminas ou cubos colocados ao redor de sua

circunferência, de forma que o fluido em movimento produza uma forçatangencial que

impulsiona a roda, fazendo-a girar. Essa energia mecânica é transferida através de um

eixo para movimentar uma máquina, um compressor, um gerador elétrico ou uma

hélice.

As turbinas se classificam como hidráulicas ou de água, a vapor ou de combustão.

Atualmente, a maior parte da energia elétrica mundial é produzida com o uso de

geradores movidos por turbinas.

A turbina a vapor é atualmente o mais usado entre os diversos tipos de acionadores

primários existentes. Uma série de favorável de características concorreu para que a

turbina a vapor se destacasse na competição com outros acionadores primários, como

a turbina hidráulica, o motor de combustão interna, a turbina a gás.

3. HISTÓRICO

Ao longo do século XIX diferentes inventores propuseram projetos de máquina cuja

função era a de transformar a energia de pressão e térmica (do vapor) em energia

mecânica. Mas os desenvolvimentos mais importantes foram devidos a Gustav De

Laval, na Suécia e a Charles Parsons, na Inglaterra, os que, em forma independente

começaram a desenvolver turbinas a vapor mais avançadas, praticamente com os

mesmos princípios das que são construídas hoje.

A turbina de DeLaval foi construída em 1883, e foi a primeira turbina com aplicação

industrial e funcionava com base no princípio da reação, sendo sua característica mais

Page 6: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

importante autilização de um bocal convergente-divergente, que produz uma alta

aceleração no vapor. Saindo do bocal, o vapor bate nas palhetas alocadas no

contorno de um disco. A transformação de energia de pressão e térmica para energia

cinética acontece no bocal, posteriormente, a transformação para energia mecânica

acontece no momento em que o vapor bate nas palhetas, mudando a direção de

escoamento e impulsionando o rotor. Por esta forma de funcionar, diz-se que este tipo

de turbina é de ação simples. Um grande avanço devido a Laval foi o

desenvolvimento dos bocais convergentes-divergentes, que permitiram obter altas

velocidades do vapor na saída dos mesmos. Este tipo de turbinas trabalha com

rotação muito alta, esta alta velocidade trazia alguns problemas de projeto, já que era

necessário introduzir reduções.

Estas turbinas trabalhavam com geradores de até 500 kW. Posteriormente foram

substituídas por outro conceito de turbinas, por estágios, como a desenvolvida por

Charles Parsons, na qual a expansão do vapor não se produzia num único conjunto de

rotores, senão em vários estágios sucessivos, formados por um conjunto de palhetas

fixas e um conjunto de palhetas móveis.

Em 1896, o engenheiro Rateau, na França, aproveitou a ideia de Laval e projetou sua

turbina. Colocou vários discos dispostos em série, dentro da carcaça. Entre os discos

fixou a carcaça, anteparos rodeados de bocais na periferia. O vapor passava por cada

fila de bocais e palhetas dos discos, provocando o movimento de rotação. Neste tipo

de turbina o vapor só se expandia nos bocais.

Em 1900, surgiu outro tipo de turbina, patenteado por Curtis, nos Estados Unidos.

Curtis associou duas filas de palhetas a um disco único rotativo. Entre essas duas filas

de palhetas, intercalou um arco de palhetas estacionárias, preso a carcaça, com o fim

de redirecionar o vapor que saía da primeira fila de palhetas do disco, para a segunda

fila. Neste tipo de turbina, a expansão do vapor também só se processava nos bocais

existentes na carcaça.

4. CLASSIFICAÇÃO

De acordo com o princípio de funcionamento as turbinas podem ser definidas em

Turbinas de Ação e Turbinas de Reação.

Page 7: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Figura 1 - (A e B) Turbinas de Ação e Reação e (C e D) Princípio da Ação e Reação

Na FIGURA 1 podemos observar que se o expansor for fixo e o jato de vapor dirigido

contra um anteparo móvel, a força de ação do jato de vapor irá deslocar o anteparo,

na direção do jato, levantando o peso W. Se, entretanto o expansor puder mover-se, a

força de reação, que atua sobre ele, fará com que se desloque, em direção oposta do

jato de vapor, levantando o peso W. Em ambos os casos a energia do vapor foi

transformada em energia cinética no expansor e esta energia cinética, então,

convertida em trabalho.

Nas turbinas de ação a queda de pressão do vapor ocorre somente nas peças

estacionárias enquanto que nas turbinas de reação a queda de pressão do vapor

ocorre tanto nas palhetas fixas como nas palhetas móveis. A rigor não existe turbina

somente de ação ou somente de reação.

Em uma turbina de ação temos não apenas um, mas vários expansores, em paralelo,

constituindo um arco ou um anel de expansores, conforme ocupem apenas parte ou

toda a circunferência. Os anéis de expansores são também conhecidos como rodas de

palhetas fixas. Os expansores dirigem seu jato de vapor na direção não de uma

palheta, mas de uma roda de palhetas móveis, conforme ilustra a Figura 2.

Em um estágio de ação toda a transformação de energia do vapor (entalpia) em

energia cinética ocorrerá nos expansores. Em conseqüência no arco ou no anel de

expansores (roda de palhetas fixas) de um estágio de ação haverá uma queda na

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pressão do vapor (diminuem também a entalpia e a temperatura, enquanto aumenta o

volume específico) e um aumento da velocidade. Na roda de palhetas móveis não

haverá expansão (queda de pressão), pois as palhetas móveis têm seção simétrica e

que resulta em áreas de passagens constantes para o vapor. Não havendo expansão,

a velocidade do vapor em relação às palhetas móveis ficará constante. Não obstante,

haverá uma queda de velocidade absoluta do vapor nas palhetas móveis,

transformando, assim, a energia cinética, obtida nos expansores, em trabalho

mecânico.

Figura 2 - Estágio de Ação e de Reação

Em uma turbina de reação teremos sempre vários estágios, colocados em serie,

sendo cada estágio constituído de um anel de expansores (também chamado de roda

de palhetas fixas), seguido de uma roda de palhetas móveis, como está apresentado

esquematicamente na Figura 2. Tanto as palhetas fixas, como as palhetas móveis têm

seção assimétrica, o que resulta em áreas de passagens convergentes, para o vapor,

em ambas. Por esta razão, em uma turbina de reação, parte da expansão do vapor

ocorrerá nas palhetas fixas e parte ocorrerá nas palhetas móveis. Isto representa um

desvio do princípio de reação pura, segundo o qual toda a expansão deveria ocorrer

nas palhetas móveis.

Na realidade o que chamamos de turbina de reação é uma combinação com grandes

saltos de entalpia e onde a preocupação com a eficiência e essencial, seria levada a

velocidades excessivas nas palhetas, incompatíveis com sua resistência mecânica. A

solução para o problema é dividir o aproveitamento do salto de entalpia em vários

saltos menores subseqüentes, que chamamos de estágios. Máquinas de grande

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potência têm, portanto, usualmente, vários estágios, colocados em serie, podendo ser

tanto de ação como de reação.

Nas palhetas fixas teremos, portanto, uma expansão parcial do vapor, resultando em

uma queda de pressão e em um aumento da velocidade. Nas palhetas móveis

ocorrerá o restante da expansão, resultando em uma segunda queda de pressão e em

um aumento da velocidade do vapor em relação à palheta. Entretanto, mesmo

havendo um aumento da velocidade do vapor em relação à palheta móvel, causada

pela expansão, a velocidade absoluta do vapor nas palhetas móveis cairá, pois estas

atuam, não só como expansores, mas também pelo princípio da ação, transformando

a velocidade gerada em trabalho mecânico.

Podemos classificar as turbinas como:

Turbinas de Laval

Pequenas potências:

Turbinas Curtis

Rateau

Turbinas de Ação

Curtis – Rateau

Médias e grandes potências:

De Laval – Parson

Turbinas de reação

Curtis – Parson

Nas turbinas de ação os estágios podem ser de dois tipos, estágio de pressão também

conhecido como Rateau e estágio de velocidade também conhecido com estágio

Curtis. O estágio Rateau (Figura 3) compreende um arco de expansores e um disco

com palhetas móveis, o estágio Curtis (Figura 3) compreende um arco de expansores

e geralmente duas filas de palhetas móveis intercaladas por um arco de palhetas

estacionárias.

Page 10: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Nas turbinas de reação, cada estágio é constituído de um disco de palhetas

estacionárias e um disco de palhetas móveis, chamado de estágio Parsons (Figura 4).

O primeiro estágio de uma turbina de reação é sempre um estágio de ação podendo

ser De Laval ou Curtis (Figura 4).

Figura 3 - Estágios de ação

Figura 4 - Estágio de Reação (esquerda) e Turbina de reação, estágios múltiplos (direita)

De acordo com a direção do fluxo de vapor, as turbinas podem ser de fluxo axial,

radial ou helicoidal, sendo as turbinas de fluxo axial as mais usadas. Mais uma

classificação para turbinas seria com relação a pressão do vapor de descarga. Tem-se

turbinas de contra-pressão, quando a pressão do vapor de saída é superior a pressão

atmosférica e turbina de condensação, quando a pressão do vapor de saída é inferior

a pressão atmosférica.

Page 11: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

5. COMPONENTES MECÂNICOS

5.1 EXPANSORES

Os expansores são, como já vimos, restrições ao fluxo de vapor e tem como objetivo

converter a energia do vapor em energia cinética. O expansor ideal seria um expansor

adiabático reversível, portanto isoentrópico. Este expansor ideal seria capaz de

converter em velocidade todo o salto de entalpia disponível. A evolução em um

expansor real, entretanto, se dará sempre com aumento de entropia devido às

irreversibilidades internas, inevitáveis em qualquer escoamento. Assim, haverá sempre

certo afastamento entre o desempenho teórico, prevista para um expansor ideal, e o

desempenho que se obtém em um expansor real.

A velocidade que se obtém em um expansor real será sempre menor do que a

teoricamente prevista para um expansor ideal. O projeto de um expansor terá,

portanto, como objetivo básico aproximá-lo do modelo ideal, isoentrópico, no sentido

de maximizar a energia cinética obtida para um determinado salto de pressão.

A Figura 5 mostra os dois tipos básicos de expansores: os expansores convergentes e

os expansores convergente-divergentes. Os convergentes são usados sempre que a

pressão de descarga for maior ou igual a 53% da pressão de admissão (pequenos

saltos de entalpia). Os convergente-divergentes são usados sempre que a pressão de

descarga for menor que 53% da pressão de admissão (grandes saltos de entalpia).

Figura 5 - Expansor convergente e expansor convergente-divergente

Page 12: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Figura 6 - Expansor

5.2 CARCAÇA

Carcaça, também chamada de estator, é constituída pelo cilindro envoltório da turbina.

No seu interior giram os discos, ou o tambor, montados no eixo. É o suporte das

partes estacionárias tais como diafragmas, palhetas fixas, mancais, válvulas, etc. Na

grande maioria as turbinas são de partição horizontal, na altura do eixo, o que facilita

sobremaneira amanutenção.

Figura 7 - Turbina de partição axial

Page 13: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

5.3 CONJUNTO ROTATIVO

Nas turbinas de ação o conjunto rotativo é constituído pelos discos ou rotores

montados no eixo. Na periferia dos discos são fixadas as palhetas móveis, através das

quais a energia cinética do vapor é transformada em trabalho mecânico. Os discos são

de aço carbono ou aço liga, forjados, usinados, e montados no eixo pelo processo de

prensagem a quente e enchavetamento. O conjunto eixo/disco também pode ser feito

de construção integral, isto é, em uma só peça. Está opção é adotada para turbinas de

alta rotação e/ou operando em alta temperatura.

Figura 8 - Eixo e palhetas móveis

Figura 9 - Turbina a vapor aberta

Page 14: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

5.4 PALHETAS

São chamadas palhetas móveis, as fixadas ao rotor; e fixas, as fixadas no estator. As

palhetas fixas (guias, diretrizes) orientam o vapor para a coroa de palhetas móveis

seguinte. As palhetas fixas podem ser encaixadas diretamente no estator (carcaça), ou

em rebaixos usinados em peçaschamadas de anéis suportes das palhetas fixas, que

são, por sua vez, presos à carcaça.As palhetas móveis são peças com a finalidade de

receber o impacto do vapor proveniente dos expansores (palhetas fixas) para

movimentação do rotor.

As palhetas das turbinas devem ter um perfil tal que, quando instaladas nos discos

formem canais de seção uniforme,pois terão apenas a função apenas de modificar a

direção de escoamento do vapor. Devem ser em número suficiente para orientar

adequadamente o fluxo de vapor sem turbilhonamento.

Para dar maior rigidez as palhetas de uma mesma fila, estas tem seu topo encaixado

numa cinta externa, quando a altura das palhetas é grande, a cinta é substituída por

um arame amortecedor que interliga as palhetas numa posição intermediária.

Figura 10 - Palhetas móveis

Page 15: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

5.5 DIAFRAGMA

São constituídos por dois semicírculos, que separam os diversos estágios de uma

turbina de ação multi-estágio. São fixados no estator, suportam os expansores e

abraçam o eixo sem tocá-lo. Entre o eixo e o diafragma existe um conjunto de anéis de

vedação que reduz a fuga de vapor de um para outro estágio através da folga

existente entre diafragma-base do rotor, de forma que o vapor só passa pelos

expansores. Estes anéis podem ser fixos no próprio diafragma ou no eixo. Este tipo de

vedação é chamado de selagem interna.

Figura 11 - Diafragma com anel de palhetas

5.6 MANCAIS

• RADIAIS

São distribuídos, normalmente, um em cada extremo do eixo da turbina com a

finalidade de manter o rotor numa posição radial exata. Os mancais de apoio suportam

o peso do rotor e também qualquer outro esforço que atue sobre o conjunto rotativo,

permitindo que o mesmo gire livremente com um mínimo de atrito.

Page 16: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

São na grande maioria mancais de deslizamento, como mostra a FIGURA 12

constituídos por casquilhos revestidos com metal patente, com lubrificação forçada

(uso especial) o que melhora sua refrigeração e ajuda a manter o filme de óleo entre

eixo e casquilho. São bipartidos horizontalmente e nos casos das máquinas de alta

velocidade existe um rasgo usinado no casquilho superior que cria uma cunha de óleo

forçando o eixo para cima mantendo-o numa posição estável, isto é, que o munhão

flutue sobre uma película de óleo.

Os mancais radiais são também responsáveis pela manutenção das folgas radiais

entre o conjunto rotativo e as partes estacionárias.

Figura 12 - Mancal de deslizamento

Page 17: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Figura 13 - Mancal de deslizamento

• DE ESCORA

O mancal de escora é responsável pelo posicionamento axial do conjunto rotativo em

relação às partes estacionárias da máquina, e, conseqüentemente, pela manutenção

das folgas axiais. Deve ser capaz de verificar ao empuxo axial atuante sobre o

conjunto rotativo da máquina, que é mais acentuado nas turbinas de reação.

Em turbinas de pequena potência o mancal de escora resume-se a apenas um

rolamento em conseqüência do esforço axial ser pequeno. Para as turbinas de uso

especial, usam-se mancais de deslizamento, cuja construção mais conhecida é a

Kingsbury, como mostra a Figura 14, que consiste em dois conjuntos de pastilhas

oscilantes, revestidas de metal patente, que se apóiam um em cada lado de uma peça

solidária ao eixo, o colar (anel) de escora.

Page 18: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Figura 14 - Mancal de escora

Figura 15 - Mancal em uma turbina a vapor

Page 19: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

Figura 16 - Mancal de escora tipo “KINGSBURY”

5.7 VEDAÇÃO

Pelas folgas existentes entre as partes estacionárias e o conjunto rotativo pode ocorrer

fuga de vapor das zonas de maior pressão para as de menor pressão. Os labirintos

são peças anelares dotadas internamente de série de aletas circulares, e

externamente, de um dispositivo de encaixe. Podem ser partidos em dois ou mais

segmentos.

São peças metálicas circulantes com ranhuras existentes nos locais onde o eixo sai do

interior damáquina atravessando a carcaça cuja finalidade é evitar o escapamento de

vapor para o exterior nas turbinas de contrapressão e não permitir a entrada de ar

para o interior nas turbinas de condensação. Esta vedação é chamada de selagem

externa. Nas turbinas de baixa pressão utiliza-se vapor de fonte externa ou o próprio

vapor de vazamento da selagem de alta pressão para auxiliar a selagem, evitando-se

assim não sobrecarregar os ejetores e não prejudicar o vácuo que se obtém no

condensador, como se vê na Figura 17.

Figura 17 - Selagem de baixa pressão (A) e selagem de alta pressão (B)

Page 20: Turbinas a Vapor Felipe Araujo e Paulo Vitor

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VALADÃO, C. P., NOÇÕES SOBRE COMPRESSORES. Apostila. Petrobras. Macaé: 2006

LEDA NETO, A. J., COMPRESSORES INDUSTRIAIS.

RODRIGUES, Paulo Sérgio B. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: Editora Didática e

Científica (EDC), 1991.

VALADÂO, CleuberPozes. Turbocompressores - TOP. Apostila. Petrobras. Macaé: 2007,

APOSTILA COMPRESSORES PARAFUSO - Faculdades UNICEN Tecnólogo em Mecanização

Agrícola Fundamentos de Hidráulica e Pneumática.

Turbinas a Vapor – UNIJUÍ,

FLÔRES, L. F. Valadão; Sistemas Térmicos I – Apostila EFEI, Itajubá, MG.

Fontes , O. H. P. M; Turbinas a Vapor – Apostila Fundação Souza Maques.