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Campeonato de Bócia no 3.º ano EB1/JI Malveira (pág. 16) Visita ao Badoca Safari Park (pag. 6) Semana da Infância (pag. 4) Centrais Agrupamento de Escolas Prof. Armando de Lucena angei P A Trimestral Ano XX N.º 3 Junho 2016 Jornal Escolar [email protected] Prof. Fernando Augusto: "Trabalhem, trabalhem, trabalhem!"

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Campeonato de Bócia no 3.º anoEB1/JI Malveira (pág. 16)

Visita ao Badoca Safari Park(pag. 6)

Semana da Infância (pag. 4)

Centrais

Agrupamento de Escolas Prof. Armando de Lucena angeiP A

TrimestralAno XX N.º 3

Junho2016

Jornal Escolar [email protected]

Prof. Fernando Augusto:"Trabalhem, trabalhem, trabalhem!"

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FICHA TÉCNICA

Jornal Escolar: Pangeia

Ano XX - Nº3 (Junho 2016)

Periodicidade: Trimestral

Preço: 1 €uro

Nº de exemplares: 200

Propriedade e endereço postal: Agrupamento de Escolas Professor Armando de Lucena, Bairro Escolar(2665 - 226 MALVEIRA)

Endereço eletrónico:[email protected]

Publicação WEB:http://aealucena.ccems.pt/

Edição:Clube Pangeia

Paginação e Montagem Tipográfica:Professores Luís Tavares eCláudia Antunes

Coordenador: Prof. Joaquim Mendes

Redação:Prof. Joaquim MendesProf. José Vaz

Impressão:Reprografia escolar

Este número contém 20 páginas

EDITORIAL

Aqui está o terceiro número do ano em que o Pangeia comple-tou duas décadas de existên-

cia.Como é habitual, para o bem e para o mal, 2015/16 não foi um ano igual aos outros, como o comprovam os seguin-tes três aspetos. Em matéria de avaliação externa, foi o ano em que deixou de haver provas finais nos 4º e 6º anos, cujo lugar pas-sou a ser ocupado por provas de aferi-ção nos 2º, 5º e 8º anos (facultativas este ano; obrigatórias a partir do pró-ximo), que, por decisão do conselho pedagógico, não foram realizadas no nosso agrupamento. Internamente, e porque o tempo não para, foi mais um ano em que reconhecidas figuras do nosso agrupamento concluíram a sua missão, passando à condição de reformados, como é o caso do profes-sor de Matemática Fernando Augusto, cuja entrevista (V. páginas centrais) os amigos leitores não deverão dispen-sar.E agora, o terceiro e último aspeto, mas não o menos importante dos que

aqui trazemos. Trata-se das obras de beneficiação e requalificação de que irá ser alvo a escola sede do agrupa-mento, “esperando-se que as obras possam estar concluídas já no início de 2017”, conforme reza a edição de 19 de abril do Jornal de Mafra. Desta no-tícia, os desenvolvimentos conhecidos têm a ver com visitas que determina-dos elementos dos órgãos ministeriais têm realizado à escola, certamente com o intuito de serem projetadas as ditas obras.Uma palavra agora, dirigida aos alu-nos, quase todos já a gozarem as me-recidas férias de verão, exceção feita aos finalistas do 9º ano, homenagea-dos há dias, como já é tradição, e que, agora, se preparam para as provas finais de Português e de Matemática. A estes últimos e a todos os outros, o Pangeia deseja umas excelentes férias.

Até setembro!

A Redação

2 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

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Após várias reuniões com a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE), a in-tervenção da direção e a grande sensibiliza-

ção do Presidente da Câmara Municipal de Mafra vai ser possível a requalificação da Escola Básica 2.º e 3.º Ciclos Professor Armando de Lucena.No passado dia 14 de abril, aquando da reu-nião oficial da rede es-colar, com a presença do Sr. Delegado Regional, Dr. Francisco Neves, a equipa da rede escolar do Ministério da Edu-cação, o Presidente da Câmara Municipal de Mafra, Eng. Helder Silva, a Vereadora responsável pela área da Educação, Dra Célia Batalha Fer-nandes, e os Agrupamentos de Escolas do Concelho, foi anunciada a requalificação da escola- sede do Agrupamento da Malveira, a efetuar-se durante o ano letivo 2016/17.Foi com bastante alegria que recebemos esta comu-nicação, pois todos os alunos e profissionais (docen-tes e não docentes) desta instituição são merecedo-res desta ação, que vai ser realizada em parceria com

a Autarquia e o Ministério da Educação. O mérito demonstrado pelo corpo docente e discen-te desta Escola é revelador, um pouco tardiamente, do reconhecimento e fundamental para a dignifica-ção do seu trabalho.O sonho ficará completo com a disponibilização da

Casa de Cultura da Mal-veira, a integrar no com-plexo escolar da sede do Agrupamento. O antigo Externato da Malvei-ra será elemento em-blemático da sede do Agupamento de Escolas Professor Armando de Lucena.Vamos assim iniciar um novo caminho, o renas-cer de uma nova espe-rança.

"Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Os pequenos mo-mentos mudam grandes rotas." (Augusto Cury)

Jorge Manuel Monteiro BarreirosDiretor

Junho 2016 Pangeia Ano XX - N.º 3 3

ESPAÇO DO DIRETOR

FINALMENTE, A REQUALIFICAÇÃO!

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4 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

Semana da Infância - Departamento Ed. Pré-Escolar

A “Semana da Infância 2016” é um evento (vivido em anos anteriores, durante

uma semana) definido e executa-do no âmbito do Departamento de Educação Pré-Escolar do Agru-pamento de Escolas Professor Ar-mando de Lucena/Malveira, cria-do com os objetivos de: - Divulgar o trabalho da Educação Pré-Escolar (EPE) à Comunidade Escolar mais alargada;- Legitimar a EPE;- Divulgar e dar a perceber a ope-racionalização das Orientações Curriculares para a Educação Pré--Escolar;- Promover atividades inter-tur-mas e inter-escolas na EPE;- Criar momentos de reflexão con-junta sobre a importância da EPE entre os docentes de diferentes níveis de escolaridade e famílias;- Valorizar a identidade do Agrupa-mento.

Tem como linhas orientadoras principais a divulgação e disse-minação de práticas educativas

junto da Comu-nidade Esco-lar (alargada), dos docentes e demais in-tervenientes no processo educativo. Pre-tende também promover a r e f l e x ã o / d i -namização de práticas peda-gógicas, a in-tencionalidade educativa dos profissionais e as consequências educativas da fre-quênciada EPE, por crianças entre os 3 e os 5/6 anos de idade. Por úl-timo, pretende também promover espaços e momentos (In)formati-vos para Docentes, para Pais e En-carregados de Educação (Famílias) e para outros profissionais ligados à educação.

Neste ano letivo, o evento da DEPE decorrerá de dia 23 de maio a 8 de junho e consistirá numa Exposição

de Fotografia, onde cada profis-sional evidenciará a sua prática e a sua intencionalidade educativa, sob o tema “Conquistando o Mun-do a Brincar”.A Exposição esteve patente nos diversos estabelecimentos de en-sino, Câmara Municipal, na sede do agrupamento e em outros es-paços públicos na área de influ-ência do Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena.

Coordenadora do DEPEEd. Irene Carreto

Exposição patente na C.M. de Mafra

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Junho 2016 Pangeia Ano XX - N.º 3 5

EB1/JI Artur Patrocínio comemora Dia Mundial da Criança “em grande”

A equipa responsável pelo projeto de monitorização do Forte da Feira, da Escola

EB 2,3 Prof. Armando de Lucena, pretende agradecer a colaboração de todos os Diretores de Turma, professores e alunos que, volunta-riamente, participaram nas ativi-dades propostas.O projeto envolveu diretamente 13 turmas, do 5º ao 9º ano, sob coordenação dos respetivos dire-

tores de t u r m a que, de a c o r d o com o material d i s p o -nibi l iza-do pela

equipa, orientaram a prepa-ração e realizaram uma pri-meira visita ao Forte, dando a conhecer o património local. Na segunda fase do proje-to, os Diretores de Turma e alguns professores acompa-nharam a turma na monito-rização da limpeza do Forte e preencheram a respetiva ficha de monitorização, se-guindo uma agenda semanal pré--estabelecida, desde o mês de fe-vereiro até junho, em articulação com o serviço de Arqueologia da CMM que orientou a limpeza e forneceu os materiais.Este projeto permitiu o melhor conhecimento do património lo-cal e contribuiu para a melhoria das condições de conservação do

mesmo. Os trabalhos realizados serão ex-postos oportunamente e os pre-miados serão conhecidos no início do próximo ano letivo.

A equipa responsável pelo projeto,Prof.ª Fátima Santos,

Prof.ª Lúcia Carvalho , Prof.ª Luísa Luz

Projeto de Monitorização do Forte da Feira

No passado dia 1 de junho, os alunos da EB1/JI Artur Patrocínio comemoraram

o dia Mundial da Criança, atra-vés de uma atividade patrocina-da pela Junta de Freguesia de Azueira e Sobral da Abelheira, em colaboração com os pais e outros membros da nossa co-munidade educativa que se qui-seram associar a esta iniciativa. Nesse dia, os alunos tive-ram à disposição, desde as 9h30 às

1 7 h 3 0 , diversos ateliês e equipa-mentos de di-versão. A s s i m ,

todos participaram em ativida-des lúdicas tais como: moldagem de massas coloridas, jogos tradi-cionais, pinturas faciais, pintura criativa em papel de cenário e moldagem de balões. Ao ar livre, as crianças do Jardim de Infância e os alunos do 1º Ciclo tinham à sua disposição dois insufláveis e um trampolim, onde puderam libertar todas as energias. Para desenvolver a perícia, todos pu-deram, ainda, ao volante de velo-zes karts a pedais, fazer grandes corridas, contornando obstáculos. No fim, para recuperar a energia, foi oferecido a todos um saquinho com deliciosas pipocas doces que os alunos aproveitaram para acompanhar no visionamen-to de uma curta-metragem com

as fotos das ati-vidades reali-zadas, por esta escola, ao longo do ano letivo. P u d e -mos observar no rosto de cada criança a alegria manifes-tada com estas atividades. Sinal indiscutível de que este dia foi um sucesso. Toda a comunidade educativa é da opinião que esta é uma atividade que merece ser repetida em próximos anos leti-vos. As nossas crianças merecem!

Docentes da EB1/JI Artur Patrocínio - Azueira

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6 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

Visita ao Badoca Safari Park

No passado dia seis de ju-nho, os alunos do quarto ano das escolas EB1 Artur

Patrocínio da Azueira e da EB1 de S. Silvestre do Gradil realizaram a sua viagem de finalistas com uma visita ao Badoca Safari Park em Santiago do Cacém.Saíram das suas esco-las bem cedo e cheios de entusiasmo com a expetativa de conhecer e observar, diversas es-pécies de animais exó-ticos e selvagens, bem como, as característi-cas dos seus habitats. A visita começou com a sessão de alimentação dos lémures, uma espé-cie de primatas endémi-cos de Madagáscar que se encontra em vias de extinção. Estas criaturas fofas e frenéticas parecem ter gostado da presença das nossas crianças, não se cansavam de fazer habilida-des e demonstrações de vaidade.De seguida passaram à realiza-ção de um Safari Aventura, num percurso guiado por um simpá-tico tratador numa extensão de 45 hectares, onde foi possível observar búfalos, avestruzes, ze-bras, as tão esperadas girafas,

entre outros animais selva-gens africanos em liberdade.Mais tarde, os alunos de-liciaram-se com os fa-bulosos farnéis que as mães haviam preparado.Posteriormente, dando conti-nuidade a este magnífico dia, os alunos participaram numa espécie de rafting africano. Esta foi a atividade de eleição

de todos. Foi uma diversão escorre-gar pelos lagos desnivelados, onde puderam sentir a adrenalina das águas e alguns salpicos também.Ainda houve tempo para visitar as ilhas dos primatas com cerca

de 1600 metros quadra-dos cada. Aqui encontra--se recriado o habitat dos chimpanzés e dos babuí-nos, em condições simila-res às do estado selvagem.Por último e já na viagem de regresso, no meio de gargalhadas e desejos de voltar a este espaço tão es-pecial, os alunos saborea-ram um refrescante gelado.

Foi uma visita muito agradável e educativa, no sentido em que per-mitiu o contacto com animais de um continente diferente, assim como alertou para a importância da pre-servação e conservação das espé-cies ameaçadas e dos seus habitats.

ProfessorasSílvia Sousa e Ana Luísa Sousa

(EB1 Artur Patrocínio-Azueira)

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Junho 2016 Pangeia Ano XX - N.º 3 7

Semana da Leitura no JI do Gradil

Na semana de 16 a 20 de maio realizou-se no jardim-de-infância do

Gradil a Semana da Leitura. Este projeto contou com a partici-

pação de várias pessoas que nos vieram contar e animar histórias: os alunos da EB1 do Gradil, a pro-fessora bibliotecária Filipa Julião, a Drª Carla Rodrigues da BMM, os pais e avós das crianças do JI. Por fim, a artista plástica Marina Palácio realizou uma atividade de arte e leitura intitulada “Peque-nos Jardineiros da Madrugada”.Foi uma semana maravilho-sa, de sonho e fantasia, onde

se promoveu o livro e a leitura.

Educadoras do JI do Gradil

Viagens à Biblioteca (EB1 Artur Patrocínio)

A nossa Turma iniciou uma viagem que ainda não ter-minou, já lá vão três anos de

escolaridade. Tudo começou no primeiro ano de escolaridade, ain-da nem sabíamos ler lá muito bem e já eramos amigos inseparáveis dos livros. Para estimá-los deco-rámos um saquinho de pano e de-mos-lhe o nome de “Saquinha dos Sonhos”, é nele que ainda guarda-mos e estimamos os livros que re-

quisitamos quinzenal-mente e que viajam da escola até casa e vice-versa. Para nós, a Biblio-teca é o sítio onde gostamos

muito de estar, já saboreamos muitas histórias que são alimen-to da nossa imaginação, senti-mos que lá sonhamos um pouco e que os nossos pensamentos voam trilhando muitos caminhos.A Biblioteca é também um sítio

de novidades. A nossa Bibliote-cária, a Filipa, oferece-nos muitas surpresas/desafios, nas ativida-des que realiza. Podemos sempre satisfazer curiosidades e divulgar pensamentos. Foram tantas as atividades ao longo destes anos que nos envolveram que nem te-mos tempo para falar de todas. Ficam bem guardadas no nosso pensamento. Vamos só falar da última atividade que foi a que fez a despedida deste ano letivo.Na última semana de aulas, a nossa biblioteca abriu as portas a ativida-des de “Arte, Literatura e Nature-za”, com a vinda da artista plástica Marina Palácio - autora de banda desenhada - realizadora de cinema de animação - artista-educadora das "Oficinas de Leitura e Criati-vidade - Educação pelo Livro, Arte

Natureza". Ela conseguiu deslum-brar-nos com recreações de arte, de som, de luz e movimento. Pu-demos experienciar situações ex-tasiantes com o nosso próprio cor-po, que nem nós imaginávamos. A nossa turma dá os parabéns à Biblioteca Escolar porque é uma grande sala de silêncio, de leitura, pesquisa, aprendizagem, conhe-cimento e fonte de histórias, dei-xando-nos sempre maravilhados.

Até ao próximo ano letivo!

Texto coletivo da Turma 2º/3ºB da EB1 Artur Patro-cínio da Azueira, com apoio da professora Otília Ribeiro

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8 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

ARTES DO ESPETÁCULO: “VIDA – O PRINCÍPIO DO FIM”

No próximo dia 1 de julho, irá a cena “VIDA – O PRINCÍ-PIO DO FIM”, um espetácu-

lo que agrega multimédia, dança, teatro e canto, e que se realizará em parceria com a Escola Secun-dária Artística António Arroio (Lis-boa), Escola Superior de Teatro e Cinema, Grupo de Dança Casa do Benfica da Malveira, Fusões Aca-demia (Amadora), Casa do Povo do Gradil/UNITIS, Centro Social, Centro de For-mação de Es-colas António Sérgio/Escola D. Dinis (Lis-boa), Paroquial da Igreja de Santa Marta de Casal de Cam-b r a / U N I T I S , entre outros grupos e ins-tituições, con-tando ainda com a partici-pação do tenor Rui Antunes e da soprano Lu-ísa Brandão, do Teatro Nacional de São Carlos. Trata-se, portanto, de um projeto interdisciplinar e transdisciplinar entre diversos níveis de ensino e que envolve diversas Instituições. Terá como palco a sala principal do Fórum Lisboa, com capacidade para 800 pessoas e as entradas serão gratuitas. Trata-se de um projeto desenvolvido e coordenado pela professora Eduarda Oliveira, de Artes (Educação Visual e Expres-são Dramática), da Escola Profes-sor Armando de Lucena, proje-to esse que promove a inclusão dos alunos do Agrupamento de

Escolas Professor Armando de Lucena, valorizando-se a parti-cipação de alunos com necessi-dades educativas especiais, dos Percursos Curriculares Alter-nativos e do Curso Vocacional. O Espetáculo “VIDA – O PRINCÍPIO DO FIM” está inseri-do no Plano Anual de Atividades 2015/2016, no Projeto Educati-vo do AEPAL, pelo que assenta na Educação para a Cidadania e

foca os ideais promovidos pela UNESCO, aborda a intempo-ralidade do ciclo da vida, num contexto social, cultural e polí-tico. O fio condutor é a história do livro A Árvore Generosa, de Sheldon Allan "Shel" Silverstein. O espetáculo que vai ser le-vado agora a cena não pode iden-tificar-se com o teatro tradicional. Talvez seja mais interessante iden-tificá-lo com teatro multicultural. Sendo um espetáculo mu-sical, o público deverá contar com diversos discursos e linguagens em cena: discursos coreográfi-

cos, musicais, que identificam os jovens e o seu percurso no con-texto atual, em momentos di-ferentes da sua existência, com uma roupagem contemporânea.A voz off, a expressão corporal/dança, a plasticidade da ceno-grafia, elaborada através de foto-grafias ou vídeos projetados no ciclorama, os desenhos de luzes, a música cantada (ao vivo) ou gra-vada, os figurinos e adereços reci-

clados ou re-aproveitados, os desfiles de personagens interligam-se numa riqueza de discursos teatrais onde a principal personagem é o “Eu/Jo-vem – Pro-blemática da droga”. Reve-la-se, assim, a importância de mostrar ao jovem a reali-dade e o que

a “droga” pode suscitar. É um

alerta, para que os jovens possam enfrentar um futuro próximo re-pleto de estímulos e atrações, que podem conduzir os jovens por ca-minhos obscuros e difíceis de sair.O Projeto Artes do Espetáculo sur-ge da necessidade de dar a conhe-cer a um público juvenil/escolar a riqueza da Arte de Representar através de diversas manifestações (Teatro – Dança – Música), tantas vezes esquecidas e colocadas em segundo plano na vida escolar. O Projeto Artes do Espetáculo surge da necessidade de dar a conhe-cer a um público juvenil/escolar

Cantora Madalena Iglésias e tenor Rui Antunes

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Junho 2016 Pangeia Ano XX - N.º 3 9

a riqueza da Arte de Representar através de diversas mani-festações (Teatro – Dança – Música), tantas vezes esque-cidas e colocadas em segundo plano na vida escolar. Este projeto nasceu em 2009, desde lá rea-lizaram-se dezenas de trabalhos/espe-táculos diferentes e em variadíssimas salas de espetáculo: Teatro da Trindade/Lisboa, Auditório Casa de Cultura da Malveira, Auditório Beatriz Costa/Mafra, Auditório da Casa de Cultura Lobo e Silva/Ericeira, Teatro Tivoli/Lisboa, Te-atro Maria Matos/Lisboa (por duas vezes), ao ar livre, em fren-te ao Palácio Nacional de Mafra (por duas vezes), e ainda nou-

tros espaços escolares e públicos. Tem sido preciosa a colabo-ração do ex-aluno da escola Nuno Aguilar desde há três anos a esta parte e que este ano está a desen-volver um trabalho extraordinário, com o Projeto Artes do Espetáculo.Como atores, destacam-se: Ana Marques/Professora do Agrupa-mento da Venda do Pinheiro e Encarregada de Educação, Prof.

José Vaz e Prof.ª Dália Santos. Assim como os Profes-sores convidados: Rui Marques (Kara-té), Miriam Morais (Dança Clássica e Contemporânea) e Catarina Camo-cho (Dança Clás-sica, Contempo-rânea e Hip-pop). Uma su-gestão para apre-ciar o trabalho

do Projeto Artes do Espetáculo. Através do link abaixo, assista ao vídeo com retalhos do Espetácu-lo ”O QUE FOI O HOLOCAUSTO?”https://www.youtube.com/watch?v=CF5ZOVmocbE

Profª. Eduarda Oliveira

ARTES DO ESPETÁCULO (cont.)

O Plano de Melhoria elabo-rado no ano transato e com um horizonte tem-

poral de três anos letivos, surge como um instrumento fundamen-tal na estratégia de melhoria do Agrupamento, quer a nível orga-nizacional quer pessoal, tanto no que diz respeito à melhoria e/ou correção dos aspetos considera-dos menos positivos como à me-lhoria e reforço dos aspetos mais positivos, na medida em que con-sideramos essencial o estímulo positivo e a consideração pelo que de bom existe no Agrupamento.A análise interna assim como as avaliações externas foram

elementos essenciais e orien-tadores para a sua construção.Após o primeiro ano de imple-mentação e baseando-se em evidências e dados provenien-tes do próprio Agrupamento, as Ações de Melhoria sofreram um reajustamento com o ob-jetivo de satisfazer os compro-missos inicialmente assumidos. Os elementos da CAI (Comissão de Avaliação Interna), trabalhando de acordo com as possibilidades dos seus horários, levaram a cabo as seguintes etapas, este ano letivo:• Análise e reflexão dos Pontos Fortes/Pontos Fracos apontados pelos diferentes departamentos;

• Atualização e elababoração de materiais para monitorização tal como a elaboração dos ques-tionários que estão a ser apli-cados à comunidade educativa;• Tratamento estatístico e análi-se dos questionários aplicados;• Relatório final.A CAI agradece a toda a comu-nidade educatica a colaboração no preenchimento dos questio-nários. Sem essa disponibilida-de seria impossível obter os da-dos necessários para continuar a aplicar o Plano de Melhoria.

Profª. Nazareth Carpinteira (Coordª. Comissão de Avaliação Interna)

Avaliação interna - Avaliar Para Melhorar

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10 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

Estava prevista a publicação de três entrevistas, as duas pri-meiras com duas professoras

aposentadas (Manuela Bispo e Amélia Rodrigues) e a terceira com o professor de Matemática, Fernan-do Augusto Gonçalves, estando este ainda no ativo, contudo, este veio a solicitar a reforma antes do final do ano letivo.Nascido em Glória, Aveiro, em 1953, o nosso entrevistado louva o facto de ter sido dado à luz no mesmo dia em que nasceu Albert Schweitzer (sábio alemão falecido em 1965) e surpreende-se por ter descoberto

que os seus números favoritos, o 9 e o 153, estão ambos presentes na data de 1953.Homem de gostos multifacetados, discorda do novo acordo ortográfi-co, pelo que nos solicitou a publica-ção das suas palavras na ortografia anterior ao novo acordo ortográfi-co.

Pangeia – Professor Fernando, o que o levou a escolher a profissão docente?Fernando Augusto – Estando eu a

trabalhar em Vouzela, e vendo a mi-nha esposa, com a nossa filha Bea-triz, em Lisboa, a precisarem do meu apoio, concorri para dar aulas, a fim de me aproximar delas. Fiquei colo-cado na Escola de Santo António dos Cavaleiros. Agora, à distância, posso convictamente afirmar, que não fui eu que escolhi a profissão docente, mas ela é que me escolheu a mim.P - Quando iniciou a sua atividade como professor, o meio escolar era, certamente, muito diferente. Quais os aspetos positivos e negativos que considera relevantes nessa compa-ração entre o antes e o agora?

FA – No que tange à realidade por mim vivida, e de uma manei-ra geral, há 30 anos atrás, o pro-fessor era mais valorizado, mais respeitado e os encarregados de educação mais cooperantes e menos críticos. Os alunos eram mais interessados, atentos, edu-cados.P - O professor é, de formação de base, Engenheiro Técnico Ci-vil, tendo chegado a exercer esta atividade na Câmara Municipal de Vouzela, mas, a partir daí, dedicou-se sempre ao ensino da Matemática. Em algum momen-to sentiu que a sua formação não correspondia às exigências

da prática docente, ou sempre se achou perfeitamente capacitado para um cabal desempenho das suas funções enquanto docente?FA – A Engenharia Civil nunca me interessou. Consegui formar-me, graças ao amor e facilidade que ti-nha pela Matemática, sendo Esta a base do curso. Quanto à paixão pelo ensino, não conheço nenhuma Escola Superior ou Universidade, no mundo, que dote alguém com a capacidade de ensinar. As Escolas e Universidades, concedem-nos as

ferramentas técnico- científicas, mas o jeito, a inclinação, o “bichinho”, a Alma da “coisa”, nada e ninguém nos pode dar. Tal propensão está, melhor dito, É!, no nosso Imo.P - Antes de integrar o corpo docen-te da Malveira, lecionou em Santo António dos Cavaleiros, onde co-meçou a carreira, no ano letivo de 1983/84, e, depois, em Oeiras. Re-corda-se, em todos estes anos, de algum episódio que tenha ficado na sua memória?FA – Em Oeiras, na Escola Secundá-ria Sebastião e Silva (José Sebastião e Silva é considerado o maior Mate-mático português de sempre), entre outras, foi-me atribuída uma turma toda de “repetentes” do 10º ano, do curso de Desporto. Estes alunos, ho-menzarrões enormes e valentes, já tinham “feito” todas as disciplinas, excepto Matemática e Físico-Quí-mica. Na altura muita gente ia para Desporto, pensando que “fugia” à Matemática… Era o meu terceiro ano de ensino. Lançado às “feras” e sem a ensinança das pedagogias e didácticas. Como de costume, che-guei cedo à sala de aula. Deu o to-que e os alunos foram entrando um a um, premeditadamente, bem um a um, e… demoradamente. Fechei a porta. Muito devagar (“Devagar, que tenho pressa de chegar”, era um dos lemas do Prof. Sebastião e Silva), fui fazendo a chamada. De repente, um grande estrondo na porta, oriundo, pensei na altura, duma cavalgadu-ra. Fiz de conta que não ouvi nada, e prossegui a chamada, ainda mais devagarinho, fixando bem cada face, pois tive a percepção nítida e clara, que estava tudo combinado entre eles. Mais um estrondo na porta, desta vez um nadinha mais baixo, o que me animou e fortaleceu muito. Um terceiro pontapé na porta, mas

HÁ CONVERSA COM…

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Junho 2016 Pangeia Ano XX - N.º 3 11

PROFESSOR FERNANDO AUGUSTO

agora um pouco mais humano. Pela primeira vez, um aluno tomou a pa-lavra para dizer: “- Stor, bateram à porta!”. Muito pausadamente, res-pondi: “De certeza que não é pessoa, e como eu aqui sou responsável pela vossa segurança, não abro a porta. Deve ser algum animal medonho que, não cabendo com os chifres no corredor, causou este estrondo na porta”. Perante esta minha tirada, os alunos olharam-me, respeitosa e amedrontadamente, como se eu fosse um extraterrestre… Finalmen-te, veio o tão por mim esperado, bater de porta, humanamente batido. Serenamente e devaga-rinho, dirigi-me à porta. Abri-a. Frente a mim, um enorme rapa-gão. Olhei-o, bem nos olhos, e demoradamente. Posso entrar?, perguntou. Não respondi, mas desimpedi-lhe a entrada. Entrou e sentou-se, pondo os pés sobre a mesa. Olhei-o, olhei-o, olhei--o…, até que se sentou como uma pessoa. A chamada decor-reu sem mais nenhum incidente. Soube mais tarde que, no final da aula, este aluno foi ao Conselho Directivo pedir para mudar de turma, porque não tinha gosta-do do professor de Matemáti-ca… Concederam-lhe a mudança de turma, talvez porque em ano anterior o aluno tinha causado graves problemas… Lidar com esta turma, no meu terceiro ano de pro-fessor, foi o maior teste na minha carreira docente. Passei nele, recor-rendo ao silêncio e à não-reacção activa. Esta mesma turma, alunos meus no 11º ano, quando souberam que eu me ia embora, pois tinha sido colocado em estágio nesta Escola da Malveira, choraram como crianci-nhas!.... A estratégia que usei, não pretende ser uma receita; resultou

naquela circunstância.P – Fixou-se definitivamente na Es-cola da Malveira a partir de 87/88. Como classifica as gerações de jo-vens malveirenses que lhe passa-ram pela mão quanto ao empenho relativamente à escola?FA – Encontrei na Malveira alunos com um coração extraordinário. No fim de contas é a bondade que con-ta. Quando morrermos, os títulos e as propriedades ficam, mas a bon-dade prossegue connosco, amparan-do-nos, alumiando-nos, protegen-

do-nos, adoçando-nos a caminhada, que é infinda. Quanto ao empenho dos alunos malveirenses, não me posso queixar. A tarefa principal do professor é suscitar no aluno o EN-TUSIASMO (entusiasmo vem do gre-go “enthousiasmós”, que significa “inspiração divina”) pela aprendiza-gem. Conseguido isto, tudo fica fa-cilitado. E, Louvores a Deus, à Inte-ligência que tudo premeia, só tenho motivos para me alegrar e louvar.

P – Fale--nos um pouco da sua experiência como docente na Malveira?FA – Foi nesta Escola que fiz estágio, mas tudo o que de mais importan-te aprendi, foi ao aceitar o desafio de levar a turma do 10º ano, atrás referida, até ao 11º ano, com lágri-mas na despedida. Aqui encontrei rapaziada mais simples, mais pura, mais bondosa, com pais menos ins-truídos e, portanto, mais educados. O obstáculo maior foi afrontar o es-

tigma da dificuldade com que a Matemática estava marcada nestas paragens. Aos poucos os alunos iam descobrindo na Matemática um factor de ale-gria, de surpresa, de diversão, de confiança, de admiração, de esperança… Logo nos primeiros anos do meu trabalho aqui, na centésima lição, levava todas as turmas à antena e aos moinhos, não pela estrada, mas a pique, pelo monte. Quando coincidia a aula 100 nas turmas todas, che-gava a ir cinco vezes no mesmo dia! Nessa época ninguém ain-da ia lá acima e muito menos pelo monte… Depois passámos a ir não só na aula 100, mas também na última aula de cada período. As caminhadas eram sempre feitas de forma holísti-

ca, com benefícios físicos, psíquicos e espirituais… Inspirei-me muito na Escola Pitagórica, nunca dissociando a Matemática da Música, da Mística, da Medicina…os 4 M, como dizia o grande filósofo e professor Huberto Rohden que trabalhou, em Prince-ton, com Albert Einstein. Conduzir os alunos à descoberta da ligação duma singela sequência como 1, 1+2, 1+2+3, 1+2+3+4, … com o futebol, os triângulos, os quadrados perfeitos,

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os cubos perfeitos,

os cumprimentos de mão, as diago-nais de polígonos convexos, o voar da passarada, a arrumação de toros de pinheiro,… é desfrutar de bem-estar, de confiança, de esperança (Medici-na), é divisar a harmonia (Música), é mergulhar no misterioso (Mística), é fascinar-se com a Matemática. É deduzir que tudo está relacionado com tudo e que tudo provém do Todo, que tudo no Todo vive e que tudo para o Todo vai. É intuir que o Universo é nada menos do que os diversos animados pelo Uno. É con-cluir que, por trás de toda a aparente variedade, há uma Inteligentíssima e Amorosíssima Unidade que tudo pe-netra! Aos poucos, o alu-no vai descobrindo que não há caos, que tudo é um Cosmos (Beleza, cos-mética…) que o Mundo é límpido, puro, não imun-do… que o acaso não existe…, que é linda a forma assumida pelo ca-belo que ao chão chega, que “a folha que tomba, é alma que sobe…” Os resultados? Perguntem aos meus ex-alunos. Tive convites para ir para outras escolas, mas os alunos e a amizade do extraordinário corpo docente daqui, foram mais fortes.P - Professor Fernando, se fosse mi-nistro da educação, o que mudaria no nosso sistema de ensino?FA – Anelo profundamente que o meu País evolua de tal maneira, que a Educação e a Justiça sejam com-pletamente independentes do Poder Político. Talvez ainda demore, mas, inevitavelmente, lá chegaremos. De-pende do querer colectivo. Ao actual

ministro pediria que fosse feita, a ní-vel nacional, uma prospecção, para indagar das reais necessidades do país, a fim de formar técnicos para responder às carências, evitando as-sim custosas despesas em licenciatu-ras para nada.P – Que importância atribui à Ma-temática? FA – A Matemática está presente em toda a parte, sendo não só o alicerce de todas as ciências, mas permean-do também outras áreas do saber, mormente aquela que se supunha arredia a Ela: a Linguística. Saliente--se, como curiosidade, que cada vez mais se aprofunda e generaliza a in-vestigação de relações entre habili-dades cognitivas Linguísticas e a Ma-

temática, para optimizar o processo de Ensino/Aprendizagem da Mate-mática e das Línguas. A Matemática, contrariamente ao que muitos pen-sam, não tem somente a frieza pro-saica, ela esconde uma fascinante e inesgotável formosura poética. Pena é que, a maioria de nós, utilize, para vê-la, somente os olhos. A cegueira está em não ver com o coração. Te-mos sobrevalorizado a inteligência racional em detrimento da inteligên-

cia emocional. Vale aqui lembrar An-toine de Saint-Exupéri: “O essencial permanece invisível aos olhos”. So-bre uma importante fórmula Mate-mática, Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) escreveu: “O Binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo. O que há é pouca gente a dar por isso.” P - Em algum momento da sua car-reira se arrependeu de ter escolhido esta profissão?FA – Jamais. Só lamentava ter come-çado tão tarde, aos 29 anos.P - Quer deixar aos seus ex-alunos alguma mensagem?FA – Querem alcançar genuíno sucesso? Trabalhem, Trabalhem, Trabalhem! Procurem imitar o Sol:

na pontualidade, na disciplina, no trabalho constante, no silêncio, no serviço sem esperar recompensa, na alegria, no cumprimento do de-ver, em fazer o bem sem olhar a quem… “Natu-re is the best teacher”. Como disse um poeta: “Se queres tranquilida-de, / Bem-estar, humor de escol, / Não deixes de ponderar / No esfor-ço da luz do Sol.” Cuidado com os pen-samentos habituais! O

Pensamento materializa-se na pala-vra; a palavra gera a acção; a acção origina o hábito; o hábito transfor-ma-se em carácter; o carácter de-termina o Destino! Querem alcançar um destino bom? Alimentem-se, constantemente, de pensamentos nobres, elevados, sadios... Diz o pro-vérbio latino “agitur sequitur esse”, o agir segue o ser. “Eis a maior das sentenças / conquanto a menos sa-bida: / ‒ em tudo, conforme pensas,

Com Tozé Brito na Casa de Cultura da Malveira - out/2015

HÁ CONVERSA COM…

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/ modelas a própria vida.”Assim como numa minúscula se-mente dormita, oculta, uma árvore ciclópica, com inúmeras sementes, exuberantes troncos, folhas singelas, alado perfume, flores, frutos,…, no Imo de cada um de vós está o mundo inteiro. Tudo o que necessitam, está dentro de vós. O Todo, está em tudo. Como ensinou e ensina o profeta Agostinho da Silva, “Em mim tenho o mundo inteiro / e mais que tudo as estrelas / é procurá-las no céu / o que me impede de vê-las.” Muitos ex-alunos meus, deram o testemu-nho de terem transposto obstáculos “comendo”, frequentemente, esta trova. Reduzam o consumo de carne. Há 43 anos que não a como e estou muito feliz por isto. Francisco de Assis, que falava com os animais, chamava-lhes os “irmãos menores”. Um relatório recente da ONU diz que “um consu-mo reduzido de produtos de origem animal é necessário para salvar o mundo dos piores impactos das mu-danças climáticas.” Procurem comer mais fruta, sem esquecerem as no-zes, sopa, saladas… Somente como curiosidade consultem a Bíblia, e leiam Génesis (capítulo 1, versículos 29 e 30)…Quando penso em animais, ocorre--me sempre à mente o nascimento de um dos Grandes Mestres da Hu-manidade. Os primeiros a quem Ele concedeu o privilégio de O ver foram, precisamente, animais! “Eu acredito que foi / em Belém, na gruta escura, / que os olhos tristes do boi / ganha-ram tanta ternura.”Falem pouco. O muito falar, tende a magoar. A tagarelice dissipa a ener-gia, rebaixa a palavra, enfraquece a memória. “Se falares, fala falando, / na fala nobre do bem. / Cada um fala na vida, / conforme a vida que

tem.” Falem baixo. “Faz mais ruído uma só árvore a cair, do que uma floresta a crescer.” Falem só quando necessário pois, “tudo tem um tem-po determinado, e há tempo de falar e tempo de estar calado.” Diz-se que um homem será estimado ou detes-tado, pelo tom de voz usado. “Não grito... e julgo tolice / o gritar... sem mais nem quando: / tudo que a Vida me disse / de melhor... foi sussurran-do!” E dado que o tempo é escasso e fugaz, quem muito fala,… pouco faz. Usem caridade e cortesia na con-versa, pois, “a palavra doce desvia o furor, mas a dura suscita a ira.” “A palavra acalma e instiga; / a palavra adoça e inflama. / – Com ela é que a gente briga; / com ela é que a gente ama!”Leiam, leiam muito, enquanto são jovens. Leiam biografias de homens e mulheres notáveis. Leiam sobre Al-bert Schweitzer, Madre Teresa (esta recebeu o prémio Albert Schweit-zer), Francisco de Assis, Mahatma Gandhi… Requisitem, na Biblioteca da Escola, a “Autobiografia” de Char-les Chaplin, as “Vidas de Homens Célebres” de Agostinho da Silva, visi-tem o Portal http://www.agostinho-dasilva.pt/ …Peçam aos professores para vos indicarem livros e autores…P – Pode confidenciar-nos o que o levou a solicitar a reforma antecipa-da?FA – Para mim, o palco da sala de aula, era o meu espaço privilegia-do de actuação. A partilha de expe-riências e de saberes, era o maior estímulo para o prosseguimento do meu trabalho e melhoramento. Nos últimos anos, o professor ficou de tal maneira sobrecarregado, a meu ver, com “tretas”, que eu cheguei a pen-sar que as aulas já não interessavam. Fui verificando também, que à medi-da que a minha idade aumentava, o

trabalho duplicava. Perante esta realidade e os meus 63 anos, e a trabalhar oficialmente des-de os 14 anos, pedi a reforma. P – O que mudou no seu quotidiano e de que sente mais falta nesta nova etapa da sua vida?FA – Embora sentindo muito a falta das aulas e do convívio e aprendiza-gem com extraordinários professo-res aos quais muito fiquei a dever, passei a olhar menos vezes para o relógio. P – Em que atividades ocupa agora o seu tempo?FA – Esforço-me por manter o mes-mo horário de deitar e levantar. Faço caminhadas mais longas e olho mais demoradamente as flores e o Sol. Dou apoio a idosos. Escuto mais e tento falar menos. Durante muitos anos, (estudei muitíssimo!...), fiz muitas antologias. Agora comecei a fazer a Antologia das antologias, para quando abandonar este meu corpo, não dar muito trabalho a quem vas-culhar o que deixo. Permita-me terminar com um dos meus ídolos, Agostinho da Silva: “Não corro como corria / nem salto como saltava / mas vejo mais do que via / e sonho mais que sonhava.”P - Numa só palavra, como descreve todo o seu percurso enquanto pro-fessor?FA – ENTUSIASMO.

Agradecemos sinceramente as sábias e entusiásticas palavras do Professor Fernando Augusto, por um lado, baseadas no conheci-mento de grandes autores, e, por outro, fruto da sua reflexão pes-soal, mas sempre inspiradoras, pela capacidade de nos transmi-tirem o desejo de espalhar o bem e de aprendermos a ser felizes.

PROFESSOR FERNANDO AUGUSTO

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Bibliotecas em movimento

14 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

Tal como os anteriores, este último período foi muito exigente para as bibliotecas do Agrupamento

de Escolas Professor Armando de Luce-na: realizaram-se as semanas da leitura, houve encontros com escritores, ilustra-dores, palestras, workshops… A par des-tas atividades, foi sempre assegurado o apoio ao currículo, a formação de leito-res e a promoção das várias literacias. A Biblioteca da escola-sede celebrou a Semana da Leitura, de 11 a 15 de abril, na qual se destaca a grande “Festa da Leitura”, na quarta-feira, 13 de abril. Nesse dia concretizámos um dos so-nhos da equipa das Bibliotecas Escola-res: unir a comunidade educativa em torno da leitura. Conseguimos reunir mais de 600 pessoas (alunos, docentes,

pessoal auxiliar e administrativo, pais, voluntários de leitura e instituições locais) no Pavilhão Desportivo Munici-pal Eng.º Ministro dos Santos. A Festa da Leitura contou com o apoio da Câ-mara Municipal de Mafra, da União de Freguesias de Malveira e S. Miguel de Alcainça, da RBE e da Casa do Benfi-ca da Malveira. Esta festa, que contou com a presença do autor Miguel Horta que leu o seu conto “Os dois fantas-mas” (in Dacoli e Dacolá) com os cin-co melhores leitores (representes de cada ano de escolaridade e eleitos no concurso de leitura que decorreu no mês de março), concretizou também o tema proposto pelo PNL para a Sema-na da Leitura 2016 - "Elos de Leitura".A Semana da Leitura iniciou-se com um encontro das turmas de 2.º Ciclo com o ilustrador Rui Castro e terminou com sessões com o contador de histórias Jorge Serafim, para todas as turmas de 3.º Ciclo. Pelo meio tivemos concur-sos, intercâmbios, “Química e Poesia”,

uma pausa de leitura, o lançamento de “O livro dos pequenos grandes es-critores”, entre outras atividades. Foi uma semana intensa e diversificada, em que a leitura teve o papel principal.A Prof. Bibliotecária Dália Santos man-

teve a articulação com a Unidade de Apoio à Multideficiência (UAM), traba-lhando a promoção do livro e da leitu-ra, semanalmente, às quartas-feiras. Deu-se continuidade ao projeto de articulação entre o Plano de Ação Artes do Espetáculo e a Biblioteca

Escolar, tendo por base A árvore ge-nerosa, de Shell Silverstein (Bruaá).De assinalar o importante trabalho que foi desenvolvido pelos nossos dois voluntários de leitura e que se concluiu há poucos dias. A Prof. Filo-mena Parra dedicou-se às turmas de 1.º Ano da EB1/JI da Malveira, traba-lhando essencialmente os livros das Metas Curriculares. O Eng.º Mário Sousa abordou o Auto da Barca do In-ferno, de Gil Vicente, com a turma do 9.º PCA. Refira-se também que o Prof. José Vaz, enquanto membro da equipa das bibliotecas escolares, desenvolveu atividades de promoção da leitura com as turmas de JI da EB1/JI da Malveira.A Biblioteca Escolar acolheu a exposi-ção “Ao som do 8.º Ano”, constituída por um conjunto de instrumentos mu-sicais, construídos pelas turmas de 8.º Ano, orientadas pela Prof. Maria José Cardoso, de Físico-Química. Os referi-dos instrumentos foram elaborados a partir de materiais recicláveis, o que

suscitou grande interesse por parte dos alunos que visitaram a exposição.A convite da Prof.ª Hélia Ribeiro (Ci-ências Naturais), a Be Water esteve na nossa Biblioteca para transmitir informações extraordinariamente im-portantes sobre a distribuição de água potável e sobre o tratamento de águas residuais. Esta sessão destinou-se às turmas do 8.º Ano. A Be Water é a em-presa responsável pelo abastecimento de água e pelo saneamento no con-celho de Mafra e desenvolveu com as turmas várias atividades. As sessões tiveram início com o enquadramento teórico, em que os alunos ficaram a co-nhecer o ciclo urbano da água (desde a captação até à distribuição) e alguns "eco gestos" - gestos dedicados à pre-servação do ambiente e à poupança de água. De seguida, os grupos pas-savam por três "estações" diferentes: métodos de controlo analítico; méto-dos de tratamento da água (floculação, decantação, filtração e eliminação de odores); e os estados físicos da água.Neste período concluiu-se o projeto “Contos terra a terra” promovido pe-

las juntas e/ou uniões de freguesias, em conjunto com a Câmara Municipal de Mafra, e dinamizado pelas bibliote-cas escolares de cada estabelecimento de ensino. Este projeto partiu da reco-lha de manifestações do património oral do concelho de Mafra (contos, histórias de vida, celebrações...) junto de idosos, que posteriormente foram transcritos pelos professores biblio-tecários e ilustrados pelos alunos de Pré-Escolar e 1.º Ciclo. Às escolas de 2.º e 3.º Ciclos coube a ilustração da capa. Para o efeito foi organizado um concurso interno em cada escola. Este projeto culminará com a edição de um livro, no próximo mês de outubro, Mês Internacional das Bibliotecas Es-

Festa da Leitura

Ilustrador Rui Castro

Contador de histórias Jorge Serafim

Representante da Be Water

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Bibliotecas em movimento (cont.)colares, e com uma exposição das ilus-trações selecionadas em cada escola.A Rede de Bibliotecas Escolares, no âm-bito do seu 20.º aniversário, lançou um desafio aos alunos - Curtas na Biblioteca - que consiste na produção de um filme (de 2 min. no máximo) sobre a sua Bi-blioteca Escolar. Este foi aceite pela tur-ma do 9.º PCA, que realizou vários víde-os, e o escolhido foi o dos alunos Bruno Esteves e Leonardo Ferreira, orientados pela professora Susana Ferreira (TIC).A terminar, informamos que a aluna que mais livros requisitou durante este ano letivo foi Thaïs Macena Lage, do 6.º B. A Thaïs recebeu um certificado, brindes da Rede de Bibliotecas Escola-res e o livro Fernando Pessoa, o meni-no de sua mãe, de Amélia Pinto Pais, com ilustrações de Rui Castro, gentil-mente oferecido pela Areal Editores.Relativamente às bibliotecas de 1.º Ci-clo, este trimestre decorreram as Se-manas da Leitura das escolas: EB1/JI da Malveira (11 a 15 de abril); EB1/JI S. Miguel (2 a 5 de maio); JI do gradil (16 a 20 de maio); EB1/JI Artur Patrocínio (30 de maio a 3 de junho). Festejámos a lei-tura a partir de atividades diversas em cada estabelecimento. Contámos com a colaboração da Técnica da Biblioteca Municipal, Dr.ª Carla Rodrigues, na di-namização das atividades: “Inventores de palavras”, em que os alunos de 3.º e 4.º ano foram convidados a ouvir e a ler poesia de forma criativa, e apresen-tação da história “Festa das cores”, no JI do Gradil. Jorge Serafim foi um dos convidados que visitou as BE da Mal-veira e Azueira, trouxe contos muito divertidos, proporcionando momentos únicos. Nas escolas EB1/JI S. Miguel e Malveira realizaram-se “Cordões de lei-tura” onde se ouviram poemas do livro de José Jorge Letria Ler doce ler. A artis-ta plástica Marina Palácio voltou neste período com mais oficinas de Arte, Lite-ratura e Natureza, desta vez deslocou--se ao JI do Gradil, com uma atividade intitulada “Pequenos Jardineiros das Madrugadas”, e à BE Artur Patrocínio, onde dinamizou “Luz, desenho, som e movimento”. Foi uma oportunidade de interligar a leitura e a arte. O escritor Ri-

chard Towers apresentou o livro Guru-rock e a sua banda: a sinfonia do tempo, à comunidade educativa da EB1/JI S. Miguel, onde os Encarregados de Edu-cação também marcaram presença. No dia 3 de maio foi feita a apresentação do livro, Ver com as mãos olhar com o coração, um projeto desenvolvido pela

Sala Amarela do JI de S. Miguel, em par-ceria com o JI de Creixomil (Barcelos). Uma história lindíssima que nos sensi-biliza a compreender um pouco melhor

as pessoas com problemas visuais. A professora de Educação Especial Telma Caseirinho e a Professora Bibliotecária leram esta história a todas as turmas.A Professora Bibliotecária realizou várias sessões de leitura pelas BE a partir dos livros: Não tenho calor; O gato das botas; A contradição huma-na; A ovelhinha preta; Estranhões e Bizarrocos; Os três bandidos. Aquan-do do dia da criança, os alunos pude-ram visionar o filme educativo Mudar o Mundo, que apresenta de forma pedagógica os direitos da criança.

Tal como referido anteriormente, o projeto concelhio “Contos Terra a Ter-ra” foi divulgado nas várias escolas, grande parte das turmas de 1.º CEB

e JI aderiram e ilustraram a história correspondente à sua freguesia. A exposição das ilustrações esteve pa-tente nos vários estabelecimentos. A Fundação Francisco Manuel dos Santos veio às nossas Bibliotecas di-vulgar o site Pordata Kids junto de todos os alunos do 3.º e 4.º anos. Fo-ram trabalhados dados estatísticos de Portugal de forma lúdica. Os alunos puderam explorar este portal infor-mático através do jogo “PordataQuiz”.Ao longo do ano o professor José Vaz e a professora Filomena Parra, elemen-tos da equipa das Bibliotecas Escolares, colaboraram no trabalho da Biblioteca Escolar, dinamizando sessões de leitura para os alunos do JI e 1.º ano. O profes-sor José Vaz apresentou para o JI a his-tória Os pequenos girassóis da mamã. A professora Filomena Parra colaborou com as turmas do 1.º ano apresentan-do os contos O livro dos porquinhos e As moedas de ouro de Pinto Pintão. A cola-boração dos dois professores referidos

contr ibu iu para cativar e envolver os alunos para a lei-tura. Foram momentos educativos e divertidos muito sig-n i f i cat ivos para a dinâ-mica da BE.Estas e ou-tras ativida-des podem

ser consultadas nos blogues das Biblio-tecas Escolares, disponíveis em: http://crebiblucena.blogs.sapo.pt; http://behistorinhas.blogspot.com;http://bearturpatrocinio.blogspot.com;http://besaomiguel.blogspot.com

As Professoras Bibliotecárias,Dália Santos e Filipa Julião

Cordão de leitura

Cordão de leitura

Ilustração do livro Ver com as mãos, olhar com o coração

Exemplo de ilustração dos Contos terra a terra

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16 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

DESPORTO

Nós, o 3ºB, arrasámos no Boccia !!

Maria da Conceição foi a primeira mulher portu-guesa a conseguir esca-

lar o Monte Evereste, em nome de uma fundação muito nobre, a Fundação Maria Cristina, da qual a própria foi fundadora em 2005. O nome desta fundação foi esco-lhido em homenagem à sua mãe adotiva e tem como objetivo aju-dar famílias carenciadas no Ban-gladesh. A Fundação Maria Cris-tina, sediada no Dubai, funciona desde 2010 e as suas iniciativas es-

tão sobretudo ligadas à educação.No dia 25 de maio de 2013 pe-las 4h28m (em Portugal) Maria da Conceição, atingiu o cume do Evereste. Esta iniciativa tinha um objetivo: angariar um mi-lhão de dólares (cerca de 800 mil euros) para a Fundação Maria Cristina. Mais tarde, em agosto de 2015, a atleta filantropa deci-diu inscrever-se num “Ironman”, isto é, um triatlo de longa dis-tância, com o objetivo de anga-riar mais fundos para esta causa.

Esta funda-ção também aceita donati-vos através de transferências bancárias e/ou cheques (os dados podem ser consultados no site oficial da fundação).

Beatriz NabaisMargarida AgostinhoMargarida Mimoso, 9.ºA

Maria da Conceição

Como é normal, a professora do 3ºB estava na sala a dar matéria até que: Truz truz!,

chegou a professora Fátima e disse:- Está na hora de jo-gar o jogo do Boccia.Para quem não sabe o Boccia é um jogo, formado por dois gru-pos, os vermelhos e os azuis, cada grupo tem cinco elementos, exis-te uma bola branca que fica num determinado sitio e o grupo que conseguir colocar a sua bola mais próximo da bola branca ganha.

Na primeira vez que jogámos, foi um jogo só de treino, jo-gando rapazes contra rapari-gas ambos foram vencedores.No dia 4 de Maio de 2016 foi o

campeonato entre o 3ºB, 3ºC e 3ºA.Tendo o 3ºB ga-nho a 1ª roda pelo resul-tado de 1 a 0, na 2ª ronda o 3ºB e o 3ºC ficaram em-patados 1 igual, sendo que na 3ª roda o 3ºB foi o ven-cedor, vencendo por 2 a 1. Os alunos do 3ºA e os alu-nos do 3ºB estavam com muita pressão. Quem tinha ganho o ano passado tinha sido o 3ºA.Eliminado o 3ºC foi a vez de o 3ºB vencer também ao 3ºA, na 1ª ronda o 3ºB foi o vencedor por 1 a 0, a 2ª roda foi venci-da pelo 3ºB por 2 a 0 e a 3ª ron-da com o brilhante resultado de 3 a O, novamente para o 3ºB.Mas com o 3ºB ninguém se mete, então ganhámos. So-mos os vencedores! Ganhámos, ganhámos! Nós somos cam-peões! – estávamos a cantar. Depois de muita pressão ganhou o 3ºB e os alunos do 3ºB come-çaram a festejar a sua vitória!Ficamos todos muito felizes, o meu muito obrigado aos cam-

pões: Lara, Rafaela, Daniel, Dio-go e Francisco, jogaram mui-to bem, o que quer dizer que o 3º B foram os Campeões!!No fim os 3º anos foram tirar uma fotografia a cada turma.

Daniel, Eduardo, Gonçalo For-migão, Gonçalo Ribeiro, Laura e Maria Espírito Santo, alunos do 3º B da EB1/JI da Malveira, apoio da professora Graça Figueiredo

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DESPORTO

Meia e Minimaratona do Douro Vinhateiro

No passado dia 15 de maio, os Lucenas (os professo-res Erika Pereira, José Vaz,

Sérgio Franclim, Joaquim Mendes e Luís Amado) foram correr ao Reino Maravilhoso, participando na Meia Maratona do Douro Vi-nhateiro (provavelmente a mais bela corrida do mundo). O Reino Maravilhoso é, nas palavras de Miguel Torga, Trás-os-Montes. E a prova realizou-se precisamente no Douro transmontano, na cidade de Peso da Régua que se espelha no austero e imponente rio Douro.

Como os Lucenas são uma equipa que leva a competição a sério, atravessaram o Marão e o Douro (tal como outrora fez Júlio César, passando o Rubicão) com dois dias de antecedência para realizarem um miniestágio de pre-paração e conhecerem um pouco das paisagens de beleza absoluta classificadas como Património da Humanidade. Estabeleceram a sua sede de estágio na pequena e simpática aldeia de Martim, no concelho de Murça, vila com Fo-ral do século XIII conhecida pela produção de excelente vinho e azeite, doçaria conventual de re-quinte e pela não menos famo-sa Porca de Murça, monumento zoomórfico de origem celta. O dia que precedeu a prova foi passado em franco convívio, que além do reconhecimento do percurso da prova, entre a Régua e o Pinhão, incluiu um pequeno treino pelas estradas e vinhedos de Martim para preparar e testar os múscu-los e as articulações, a fim de que nada falhasse no teste decisivo.

O dia da prova apresen-tou-se logo pela manhã com céu pouco nublado e pequena subi-da da temperatura, dificuldades acrescidas para a realização de tão exigente prova. Mas com o Douro a servir-nos de guia e inspiração todos terminámos a corrida com alegria e bons resultados. De refe-rir ainda que os elementos femini-nos da equipa (além da professora supracitada, esteve presente tam-bém a psicóloga Andreia Quintais) fizeram apenas a minimaratona, prova de seis quilómetros – mais calma –, para melhor poderem apreciar a paisagem titanicamente humanizada do Douro Vinhateiro.

Prof. José Vaz

Xadrez

No dia 4 de maio realizou-se na nossa escola o Torneio de Xadrez de Pares, no qual

participaram as escolas de S. Mar-tinho do Porto, o Externato da Benedita, obviamente, a escola

Professor Armando de Lucena (num total de 40 alu-nos). Os alunos An-dré Este-ves (7.º C)

e André Santos (8.º B) obtiveram o segundo lugar na classificação geral, tendo as alunas Margarida Mimoso (9.º A) e Inês Rodrigues (8.º B) obtido o quinto lugar.No dia 7 de maio realizou-se no Barreiro o Torneio Regional (Lisboa e Vale do Tejo) onde a aluna Margarida Mimoso (9.º A) se sagrou campeã no es-calão de Iniciados Femininos.No Torneio de encerramento do ano letivo, realizado no dia 20 de maio na Escola EBI João da Regras - Lourinhã, o aluno André Esteves

(7.º C) ob-teve o pri-merio lugar.Parabéns a todos pelos exc e l e nte s resultados e um agrade-cimento muito especial ao prof. Fernando Gonçalves, um gran-de Mestre e fundador do Clu-be de Xadrez na nossa escola.

Prof. José Vaz (Coord. do Clube de Xadrez)

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18 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

A NOSSA ESCOLA É SOLIDÁRIA!

No pretérito dia 1 de junho, dia da criança e oficial-mente decidido o Dia do

Nariz Vermelho, o nosso agrupa-mento foi solidário e dinamizou uma campanha de solidarieda-de, apoiando a MISSÃO NARIZ VERMELHO – Doutores Palhaços!Foi um dia especial, em que Es-colas de todo o país fizeram da sua ajuda uma verdadeira lição de solidariedade. Na nossa es-cola, foi montada uma banca no pavilhão polivalente, local em que quem queria deixava um do-nativo. Por uma contribuição de 2 euros era entregue um nariz vermelho, quem deu 5 euros re-cebia ou um livro ou uma t-shirt.Refira-se que alguns alunos do 9ºA

e do 8ºA desenvolveram um tra-balh o meritório, com realce para o bom desempenho dos alunos do 8º A, nos dias 1 e 2 de junho. Estes revelaram um espírito solidário e contribuíram com o seu empenho na angariação de donativos, para que os Doutores Palhaços conti-nuem a OPERAÇÃO NARIZ VERME-LHO, tendo como missão levar a alegria às crianças hospitalizadas, através de uma equipa de 22 artis-tas profissionais, que anualmente visitam 40 000 crianças nos servi-ços de Pediatria de 13 hospitais.Não podemos também esque-cer a contribuição dos alunos do 1º ciclo e do Jardim de In-fância da Malveira. Tivemos o apoio da Biblioteca Escolar como

ponto de receção dos produtos. Toda a comunidade educa-tiva continua sensível a es-tas campanhas solidárias.

FOI UM SUCESSO… BEM HAJAM!

Prof.ª Filomena Parra

No dia 8 de junho, alguns alunos do 7º ano realiza-ram uma visita de estudo

à instituição “Ajuda de Berço”. Tudo começou com o projeto so-lidário, no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica do 3ºciclo. Tendo estudado o conteúdo de estruturas resistentes tecnológi-cas, os alunos realizaram os ob-jetos práticos: o Móbil de berço de bebé e uma caixa em origami para transportá-lo. Este processo tem como objetivo a consolida-ção das aprendizagens no domí-nio das competências técnicas.Decidiu-se que estes objetos seriam oferecidos a uma ins-tituição, a “Ajuda de Berço”.

Em simultâneo também se ofere-ceram alguns bens alimentares e produtos de higiene pessoal, anga-riados na 8ª Corrida da Solidarie-dade/Corta-Mato dinamizada pe-los professores de Educação Física.Esta instituição, a “Ajuda de Ber-ço”, acolhe 20 crianças desde o 1.º dia de vida até aos 2 anos de idade.Esta casa, cheia de Berços e cheia de Ajuda, tenta replicar, o melhor possível, o ambiente de uma casa de família com cuida-doras que amam e cuidam. As-sim, nos primeiros seis meses de vida, fazem um esforço para ga-rantir que cada bebé seja acom-panhado pela mesma pessoa.Foi uma manhã muito bem pas-

sada com os bebés. É muito bom dar, quando recebemos um ca-rinho especial. Ajudar faz bem!Sem o apoio e colaboração da Caixa de Crédito Agrícola e da empresa de transportes Isido-ro Duarte esta visita de estudo não teria sido possível. A es-tas duas instituições endereça-mos o nosso agradecimento.

Profª. Filomena Parra

“AJUDA DE BERÇO” – AÇÃO SOLIDÁRIA

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Junho 2016 Pangeia Ano XX - N.º 3 19

Poemas de Sérgio Franclim

VERSOS COMO SONHOS

Talvez um diaMeus versos sejam lidosNuma tarde chuvosa.Talvez sejam ditosNo silêncio da madrugada.

Talvez um dia Meus sonhos sejam versosLidos nessa tarde chuvosa,Na tarde que foi madrugada.Talvez sejam livresE possam ser toques à chuva,Corpos quentes na madrugada.

Talvez um diaMeus versos existamFora de mim,Fora dos livros.Talvez um diaSejam sonhos E esqueçamQue eu os escrevi.

SAUDADE

1.Saudade do futuro!Saudade de um tempoPerfeito mesmo antes de ser…Pudesse eu ser eternoPara lá das jarras sem floresE dos recantos secos. Pudesse eu ser eternoE esse ternurento futuro terNa constância de um toque no-turno.

2.Saudade do que foi ontem,Hoje fantasia no cansaço.Saudade do sorriso imprevisto,Mágica flor que não murchaNo canteiro da memória.

Dormir tranquiloE sentir-me imaginado…Fecho os olhos:Na incerteza desta hora, Alguém me toca...

3.Tenho passos nos montes mais distantes…Encontros nos moinhos em ruí-nas…Estou no lugar onde não existo:Tanta saudade sinto do que te-nho.

Há noite insone dentro de mim…Estou tranquilo E caminho à chuva.

O DRAGOEIRO

Teu nomeSangue de um dragoeiro,Sangue com que dramatizoOs meus versos imprevistos.Teu nomeSeiva do meu teatro,Sonho sem espetadores.

Num dragoeiro secular,Encosto-me, existo.A sombra da árvoreÉs tu cheia de mistérios.E eu tenho versos,Posso teu nomeGritar no longínquo; E eu tenho versosE podes existir.Teu nomeDito e escritoNo dragoeiro,

Árvore plantadaEm vida anterior.Dito e escritoNa ânsia que sinto,Impulso terríficoPara viver outra vez.

Teu nome:Meu murmúrio,Meu sorrisoQuando me deitoE nas paisagens noturnasPasseio sem temor.

Teu nomeEscrito com o sangueDe um dragoeiro.Teu nomeEscrito no mistério.

Para este número do Pangeia, Sérgio Franclim escolheu três poemas do seu último livro de poesia Inquietu-de, publicado há três anos.

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20 Pangeia Ano XX - N.º 3 Junho 2016

Estrelas e Constelações na Gala de Finalistas 2016

A escola felicitou, uma vez mais, os seus finalistas, ou seja, os alunos do 9º ano do

ano letivo de 2015/16.A festa teve lugar no dia 3 de ju-nho – último dia de aulas dos ho-menageados na Escola Professor Armando de Lucena –, na Quinta da Fonte (Arrifana, Igreja Nova) e contou com a participação de 183 convidados da comunidade educa-tiva. O destaque vai para os 84 finalis-tas – pertencentes aos 9ªA, B, C e Percurso Curricular Alternativo – os quais se trajaram a rigor, assim como os orgulhosos padrinhos, a quem coube distribuir os diplomas de participação e as fitas de finalis-

tas. Após um variado e vivo jantar, e como um dos momentos altos da noite, sublinhe-se a entrega dos diplomas de mérito aos 12 alunos com melhores resultados ao lon-

go do 3.º ciclo, com evidente destaque para os três melho-res alunos, todos do 9ºA: Ana Nabais, a melhor aluna des-te ano, e a quem se endereçam espe-ciais parabéns, se-

guindo-se, em segundo e terceiro lugares, respetivamente, Ricardo Pinto e Beatriz Batista, também es-tes merecedores de claro reconhe-cimento, tendo todos recebido um prémio simbólico. A noite, estrelada e amena, foi in-vadida por um espírito de alegria, entusiasmo e muita animação. Parabéns a todos os finalistas!

Prof.as Elsa Borges e Hélia Ribeiro(Organização)

Grande Festa da Criança "Oeste Infantil"

Os alunos/crianças da EB1/JI Artur Patrocínio visi-taram, no dia 3 de junho,

a Grande Festa da Criança “Oes-te Infantil”, em Torres Vedras, su-bordinada ao tema “ Vitória, vi-tória…qual a moral da história?”. Participaram com entusiasmo nos diversos ateliers de caráter lúdico e educativo, supervisionados e apoia-dos pelos respetivos docentes e não docentes. Os mesmos vivenciaram momentos de diversão, aprendi-zagem, convívio e criatividade.

Docentes da

EB1/JI Artur Patrocínio