tribuna do norte 110813

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Natal • Rio Grande do Norte Domingo, 11 de agosto de 2013 7 economia capital intensivo. O aperfeiçoa- mento contínuo da regulação po- de ser considerado uma vanta- gem. Como grande desvantagem, eu mencionaria a restrição de par- ticipação no leilão apenas para parques que tenham possibilida- de de conexão. Embora elimine o risco de atraso no fornecimento de energia por falta de linhas de transmissão, a medida vai redu- zir a oferta de eólicas nos leilões, resultando também em preços mais elevados, o que pode tor- nar a fonte menos competitiva quando concorrer com outras fontes. É imprescindível que o Governo aprimore de forma es- trutural o planejamento da trans- missão levando em consideração as bacias eólicas existentes no país para acabar com a restrição de conexão. Outra desvantagem é que o rápido crescimento do mercado não é acompanhado pe- la formação de recursos huma- nos qualificados. Quanto a joint venture espera in- vestir em eólica no país nos pró- ximos anos? A meta é alcançar 2 GW de pro- jetos de alta qualidade na carteira de negócios até o final de 2014, seja por meio de projetos ‘green- fields’ - investimentos “greenfield” são aqueles que envolvem proje- tos incipientes, ainda no papel - ou oriundos de aquisições. Em que estados esses investi- mentos serão aplicados? Em diversos estados do Nor- deste, além do Rio Grande do Sul, serão foco dos estudos de greenfields. Quais os estados mais promisso- res e que despertam maior inte- resse da joint venture no Brasil? A Força Eólica do Brasil está ampliando seu próprio Atlas Eó- lico, incluindo outros estados co- mo Minas Gerais e São Paulo nos estudos. Os estados do Nordes- te e o Rio Grande do Sul já estão contemplados dentro das nos- sas área de interesse . Li que a Força Eólica tem inten- ção de investir no Rio Grande do Sul, por se tratar de um Estado que oferece uma logística dife- renciada. Isso significa que in- vestirá menos nos estados que não contam com uma logística di- ferenciada, a partir de agora? A Força Eólica do Brasil in- veste pensando no médio e lon- go prazo. Hoje, estados como a Bahia, Ceará, Rio Grande do Nor- te, Pernambuco e Rio Grande do Sul se diferenciam pela logística (fábrica de aerogeradores, torres e componentes) e incentivos fis- cais. Mas certamente outros irão “Analisamos oportunidades em todo o país” » ENTREVISTA » LAURA CRISTINA DA FONSECA PORTO DIRETORA DE OPERAÇÕES DA JOINT VENTURE FORÇA EÓLICA DO BRASIL ANDRIELLE MENDES Repórter C onstruir novos parques eólicos no Rio Grande do Norte não é mais um ne- gócio tão rentável quanto era. A análise é da diretora de Opera- ções da Joint Venture Força Eó- lica do Brasil, sociedade forma- da entre Iberdrola e Neoenergia, Laura Cristina da Fonseca Por- to. “Com o preço teto publicado de R$ 117 por megawatt-hora, aplicando-se o conceito P90 – que obriga o empreendedor a au- mentar a eficiência de geração de seus parques e investir mais - num cenário de instabilidade cambial e de novas regras do Fi- name (linha de crédito do BN- DES feita através de bancos pa- ra empresas financiarem a com- pra de máquinas e equipamen- tos cadastrados na Agência Es- pecial de Financiamento Indus- trial), somente os projetos de ampliação creio que podem ser considerados rentáveis. E esta situação fica mais severa se con- siderarmos que foi transferido para o gerador todo o atraso de um eventual atraso na conexão, por parte da transmissora”, jus- tifica. A Força Eólica do Brasil, segundo Laura, está construin- do dez parques eólicos no país – sete deles no RN. Todos fica- rão prontos até setembro, mas não tem data para começar a ge- rar energia. Segundo Laura, fal- ta a subestação, de responsabi- lidade da Companhia Hidro Elé- trica do São Francisco (Chesf). Sobre vantagens, desvantagens e investimentos no setor, ela concedeu a entrevista a seguir à TRIBUNA DO NORTE: Como a Força Eólica do Brasil en- xerga o setor de energias reno- váveis no país? Como uma grande oportuni- dade para a inserção cada vez mais significativa da fonte eóli- ca. É uma das fontes que mais crescem no país, não somente pelo seu potencial expressivo es- timado em 300 GW, mas tam- bém pela maturidade tecnológi- ca alcançada das turbinas e de toda a engenharia de detalhes. Quais as vantagens e desvanta- gens de se investir em energias renováveis no Brasil? No tocante à eólica, a maior vantagem é a produtiva: áreas ex- tensas, ventos com alto número de horas (fator de capacidade) em especial quando comparado com os ventos europeus. As condições de financiamento do BNDES e suas exigências adequadas são vantagens, considerando que projetos de energia eólica são de A restrição de participação no leilão apenas para parques eólicos que tenham possibilidade de conexão é uma grande desvantagem. Embora elimine o risco de atraso no fornecimento de energia por falta de linhas de transmissão, a medida deve resultar em preços mais elevados e tornar a fonte eólica menos competitiva” A meta é alcançar 2 GW de projetos de alta qualidade na carteira de negócios até o final de 2014, seja por meio de projetos ‘greenfields’ - investimentos “greenfield” são aqueles que envolvem projetos incipientes, ainda no papel - ou oriundos de aquisições” « ENERGIA » Laura Porto fala sobre o mercado de energias renováveis e sobre investimentos da Força Eólica do Brasil, união da Iberdrola e da Neoenergia também se diferenciar . A Força Eólica espera chegar a 2 GW em projetos até 2014, no Bra- sil. Como essa capacidade será distribuída no país? Que estados deverão receber novos projetos? A companhia analisa opor- tunidades em todo o país, com especial atenção aos estados do Nordeste e o Rio Grande do Sul. A Força Eólica tem dez parques já construídos ou em construção na Bahia e no RN. Quantos deles já estão prontos, mas ociosos, por falta de linhas de transmissão? Atualmente 3 na Bahia. E logo mais 5 no Rio Grande do Norte. Quando os parques ainda em construção ficarão prontos? Há risco deles também ficarem ocio- sos pela mesma razão? Em setembro todos os nos- sos parques devem estar pron- tos. Do total de 10, oito estarão aguardando a conexão da Chesf. A Força Eólica chegou a desistir de algum novo projeto para o RN e a Bahia - ou até mesmo para o Nordeste - por falta de condições de escoamento de energia? Não, porque confia no plane- jamento do Governo. Além disso, a empresa analisa seus projetos com uma visão de longo prazo. A Força Eólica está investindo R$ 1,2 bi na construção de dez par- ques no Nordeste - sete deles no RN e três na Bahia. Trata-se dos primeiros parques da Força Eóli- ca no país? Sim, os primeiros de muitos. Quanto deste total está sendo in- vestido apenas no RN? O RN responderá por 198 MW. Cabe observar que a Iber- drola, sócia da Força Eólica do Brasil, já opera um parque de 49,2 MW em Rio do Fogo. Construir parques no Estado ain- da é rentável? Com o preço teto publicado de R$ 117/MWh, aplicando-se o conceito P90, num cenário de ins- tabilidade cambial e de novas re- gras do Finame, somente os pro- jetos de ampliação creio que po- dem ser considerados rentáveis. E esta situação fica mais severa se considerarmos que foi transferi- do para o gerador todo o atraso de um eventual atraso na cone- xão, por parte da transmissora. A joint venture enfrentou algu- ma dificuldade para construir os parques, gerar ou escoar energia no estado? A única dificuldade é não ter a Subestação de Lagoa Nova ap- ta para conexão dos 150 MWs dos parques de Calango. Embo- ra a receita dos parques esteja garantida, o fato de não estarem energizados prejudica o próprio parque, mas principalmente o consumidor brasileiro. Há planos de construir novos par- ques no Rio Grande do Norte? A JV é um sociedade da Iber- drola e Neoenergia, empresas que investem e que prestam um serviço público essencial ao Es- tado no RN por meio da Cosern e do Parque de Rio do Fogo. Além dos sete parques com implanta- ção prevista até setembro de 2013, a Força Eólica investe em projetos com diversos níveis de maturidade: greenfields, co-de- senvolvimento e tem estudado a aquisição de projetos plug&play. O Governo Federal mudou as re- gras para os novos leilões de eó- lica. Agora para habilitar parques é necessário dar garantias de que a energia gerada será escoada. A necessidade de apresentar essa garantia faz o empresário repen- sar onde aplicar os seus recur- sos e escolher estados com me- lhor logística e infraestrutura? Nos leilões de eólica no Bra- sil, tanto o valor da incerteza as- sociado à energia produzida quanto a do atraso de conexão do transmissor é essencial para uma análise de sensibilidade e avaliação dos riscos do investi- mento. Naturalmente, o em- preendedor vai investir naque- les sítios que tenham uma me- lhor campanha de medição e me- nor risco na transmissão. A For- ça Eólica do Brasil, neste contex- to, está investindo nas duas pon- tas: excelentes campanhas de medição com o objetivo de redu- zir as incertezas e análise crite- riosa da compatibilidade da ex- pansão da transmissão e de dis- tribuição com seus projetos. QUEM Laura Porto é diretora de Operações da Força Eólica do Brasil, sociedade entre Iberdrola e Neoenergia para desenvolver e operar parques eólicos no Brasil FORMAÇÃO Engenheira eletricista graduada pela Universidade Federal da Bahia com especialização em Grid Connected Wind Energie Converters( Energia Eólica) pelo Deutsches Windenergie Institut (DEWI) na Alemanha CARREIRA Foi assessora especial no Ministério de Minas e Energia (MME), coordenando o Programa de Eletrificação Rural entre 2000 e 2011. No mesmo Ministério, foi coordenadora de Energias Renováveis e diretora do Departamento de Desenvolvimento Energético. Desde 2009, é a Country Manager da Iberdrola Renováveis do Brasil. É também diretora de Operações da Força Eólica do Brasil FEIRA INTERNACIONAL As oportunidades do setor de energia eólica serão debatidas durante a primeira edição da Renex South America, feira internacional que será realizada de 27 a 29 de novembro em Porto Alegre (RS), reunindo segmentos de energia eólica, fotovoltaica, solar térmica, biocombustíveis, biogás e biomassa. A feira é promovido pela Hannover Fairs Sulamérica e conta com o patrocínio da Força Eólica do Brasil. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pela internet, no seguinte site: http://renex-southamerica.com.br FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Analisamos oportunidades em todo o pais.

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Natal • Rio Grande do Norte Domingo, 11 de agosto de 2013 7economia

capital intensivo. O aperfeiçoa-mento contínuo da regulação po-de ser considerado uma vanta-gem. Como grande desvantagem,eu mencionaria a restrição de par-ticipação no leilão apenas paraparques que tenham possibilida-de de conexão. Embora elimine orisco de atraso no fornecimentode energia por falta de linhas detransmissão, a medida vai redu-zir a oferta de eólicas nos leilões,resultando também em preçosmais elevados, o que pode tor-nar a fonte menos competitivaquando concorrer com outrasfontes. É imprescindível que oGoverno aprimore de forma es-trutural o planejamento da trans-missão levando em consideraçãoas bacias eólicas existentes nopaís para acabar com a restriçãode conexão. Outra desvantagemé que o rápido crescimento domercado não é acompanhado pe-la formação de recursos huma-nos qualificados.

Quanto a joint venture espera in-vestir em eólica no país nos pró-ximos anos?

A meta é alcançar 2 GW de pro-jetos de alta qualidade na carteirade negócios até o final de 2014,seja por meio de projetos ‘green-fields’ - investimentos “greenfield”são aqueles que envolvem proje-tos incipientes, ainda no papel - ouoriundos de aquisições.

Em que estados esses investi-mentos serão aplicados?

Em diversos estados do Nor-deste, além do Rio Grande doSul, serão foco dos estudos degreenfields.

Quais os estados mais promisso-res e que despertam maior inte-resse da joint venture no Brasil?

A Força Eólica do Brasil estáampliando seu próprio Atlas Eó-lico, incluindo outros estados co-mo Minas Gerais e São Paulo nosestudos. Os estados do Nordes-te e o Rio Grande do Sul já estãocontemplados dentro das nos-sas área de interesse .

Li que a Força Eólica tem inten-ção de investir no Rio Grande doSul, por se tratar de um Estadoque oferece uma logística dife-renciada. Isso significa que in-vestirá menos nos estados quenão contam com uma logística di-ferenciada, a partir de agora?

A Força Eólica do Brasil in-veste pensando no médio e lon-go prazo. Hoje, estados como aBahia, Ceará, Rio Grande do Nor-te, Pernambuco e Rio Grande doSul se diferenciam pela logística(fábrica de aerogeradores, torrese componentes) e incentivos fis-cais. Mas certamente outros irão

“Analisamosoportunidades emtodo o país”

»ENTREVISTA » LAURA CRISTINA DA FONSECA PORTO DIRETORA DE OPERAÇÕES DA JOINT VENTURE FORÇA EÓLICA DO BRASIL

ANDRIELLE MENDESRepórter

C onstruir novos parqueseólicos no Rio Grande doNorte não é mais um ne-

gócio tão rentável quanto era. Aanálise é da diretora de Opera-ções da Joint Venture Força Eó-lica do Brasil, sociedade forma-da entre Iberdrola e Neoenergia,Laura Cristina da Fonseca Por-to. “Com o preço teto publicadode R$ 117 por megawatt-hora,aplicando-se o conceito P90 –que obriga o empreendedor a au-mentar a eficiência de geraçãode seus parques e investir mais- num cenário de instabilidadecambial e de novas regras do Fi-name (linha de crédito do BN-DES feita através de bancos pa-ra empresas financiarem a com-pra de máquinas e equipamen-tos cadastrados na Agência Es-pecial de Financiamento Indus-trial), somente os projetos deampliação creio que podem serconsiderados rentáveis. E estasituação fica mais severa se con-siderarmos que foi transferidopara o gerador todo o atraso deum eventual atraso na conexão,por parte da transmissora”, jus-tifica. A Força Eólica do Brasil,segundo Laura, está construin-do dez parques eólicos no país– sete deles no RN. Todos fica-rão prontos até setembro, masnão tem data para começar a ge-rar energia. Segundo Laura, fal-ta a subestação, de responsabi-lidade da Companhia Hidro Elé-trica do São Francisco (Chesf).Sobre vantagens, desvantagense investimentos no setor, elaconcedeu a entrevista a seguir àTRIBUNA DO NORTE:

Como a Força Eólica do Brasil en-xerga o setor de energias reno-váveis no país?

Como uma grande oportuni-dade para a inserção cada vezmais significativa da fonte eóli-ca. É uma das fontes que maiscrescem no país, não somentepelo seu potencial expressivo es-timado em 300 GW, mas tam-bém pela maturidade tecnológi-ca alcançada das turbinas e detoda a engenharia de detalhes.

Quais as vantagens e desvanta-gens de se investir em energiasrenováveis no Brasil?

No tocante à eólica, a maiorvantagem é a produtiva: áreas ex-tensas, ventos com alto númerode horas (fator de capacidade) emespecial quando comparado comos ventos europeus. As condiçõesde financiamento do BNDES esuas exigências adequadas sãovantagens, considerando queprojetos de energia eólica são de

A restrição departicipação no leilãoapenas para parqueseólicos que tenhampossibilidade deconexão é umagrande desvantagem.Embora elimine orisco de atraso nofornecimento deenergia por falta delinhas detransmissão, amedida deve resultarem preços maiselevados e tornar afonte eólica menoscompetitiva”

A meta é alcançar 2GW de projetos dealta qualidade nacarteira de negóciosaté o final de 2014,seja por meio deprojetos‘greenfields’ -investimentos“greenfield” sãoaqueles queenvolvem projetosincipientes, aindano papel - ouoriundos deaquisições”

« ENERGIA » Laura Porto fala sobre o mercado de energias renováveis e sobre investimentos da ForçaEólica do Brasil, união da Iberdrola e da Neoenergia

também se diferenciar .

A Força Eólica espera chegar a 2GW em projetos até 2014, no Bra-sil. Como essa capacidade serádistribuída no país? Que estadosdeverão receber novos projetos?

A companhia analisa opor-tunidades em todo o país, comespecial atenção aos estados doNordeste e o Rio Grande do Sul.

A Força Eólica tem dez parquesjá construídos ou em construçãona Bahia e no RN. Quantos delesjá estão prontos, mas ociosos, porfalta de linhas de transmissão?

Atualmente 3 na Bahia. E logomais 5 no Rio Grande do Norte.

Quando os parques ainda emconstrução ficarão prontos? Hárisco deles também ficarem ocio-sos pela mesma razão?

Em setembro todos os nos-sos parques devem estar pron-tos. Do total de 10, oito estarãoaguardando a conexão da Chesf.

A Força Eólica chegou a desistir dealgum novo projeto para o RN ea Bahia - ou até mesmo para oNordeste - por falta de condiçõesde escoamento de energia?

Não, porque confia no plane-jamento do Governo. Além disso,a empresa analisa seus projetoscom uma visão de longo prazo.

A Força Eólica está investindo R$1,2 bi na construção de dez par-ques no Nordeste - sete deles noRN e três na Bahia. Trata-se dosprimeiros parques da Força Eóli-ca no país?

Sim, os primeiros de muitos.

Quanto deste total está sendo in-vestido apenas no RN?

O RN responderá por 198MW. Cabe observar que a Iber-drola, sócia da Força Eólica doBrasil, já opera um parque de49,2 MW em Rio do Fogo.

Construir parques no Estado ain-da é rentável?

Com o preço teto publicadode R$ 117/MWh, aplicando-se oconceito P90, num cenário de ins-tabilidade cambial e de novas re-gras do Finame, somente os pro-jetos de ampliação creio que po-dem ser considerados rentáveis.E esta situação fica mais severa se

considerarmos que foi transferi-do para o gerador todo o atrasode um eventual atraso na cone-xão, por parte da transmissora.

A joint venture enfrentou algu-ma dificuldade para construir osparques, gerar ou escoar energiano estado?

A única dificuldade é não tera Subestação de Lagoa Nova ap-ta para conexão dos 150 MWsdos parques de Calango. Embo-ra a receita dos parques estejagarantida, o fato de não estaremenergizados prejudica o próprioparque, mas principalmente oconsumidor brasileiro.

Há planos de construir novos par-ques no Rio Grande do Norte?

A JV é um sociedade da Iber-drola e Neoenergia, empresasque investem e que prestam umserviço público essencial ao Es-tado no RN por meio da Coserne do Parque de Rio do Fogo. Alémdos sete parques com implanta-ção prevista até setembro de2013, a Força Eólica investe emprojetos com diversos níveis dematuridade: greenfields, co-de-senvolvimento e tem estudado aaquisição de projetos plug&play.

O Governo Federal mudou as re-gras para os novos leilões de eó-lica. Agora para habilitar parquesé necessário dar garantias de quea energia gerada será escoada. Anecessidade de apresentar essagarantia faz o empresário repen-sar onde aplicar os seus recur-sos e escolher estados com me-lhor logística e infraestrutura?

Nos leilões de eólica no Bra-sil, tanto o valor da incerteza as-sociado à energia produzidaquanto a do atraso de conexãodo transmissor é essencial parauma análise de sensibilidade eavaliação dos riscos do investi-mento. Naturalmente, o em-preendedor vai investir naque-les sítios que tenham uma me-lhor campanha de medição e me-nor risco na transmissão. A For-ça Eólica do Brasil, neste contex-to, está investindo nas duas pon-tas: excelentes campanhas demedição com o objetivo de redu-zir as incertezas e análise crite-riosa da compatibilidade da ex-pansão da transmissão e de dis-tribuição com seus projetos.

QUEM

Laura Porto é diretora deOperações da Força Eólicado Brasil, sociedade entreIberdrola e Neoenergiapara desenvolver e operarparques eólicos no Brasil

FORMAÇÃOEngenheira eletricistagraduada pelaUniversidade Federal daBahia com especializaçãoem Grid Connected WindEnergie Converters( EnergiaEólica) pelo DeutschesWindenergie Institut(DEWI) na Alemanha

CARREIRAFoi assessora especial noMinistério de Minas eEnergia (MME),coordenando o Programade Eletrificação Rural entre2000 e 2011. No mesmoMinistério, foicoordenadora de EnergiasRenováveis e diretora doDepartamento deDesenvolvimentoEnergético. Desde 2009, é a Country Manager daIberdrola Renováveis doBrasil. É também diretorade Operações da ForçaEólica do Brasil

FEIRA INTERNACIONAL

As oportunidades do setor deenergia eólica serão debatidasdurante a primeira edição daRenex South America, feirainternacional que será realizadade 27 a 29 de novembro em PortoAlegre (RS), reunindo segmentosde energia eólica, fotovoltaica,solar térmica,biocombustíveis,biogás e biomassa.A feira épromovido pela Hannover FairsSulamérica e conta com opatrocínio da Força Eólica doBrasil.Mais informações sobre oevento podem ser obtidas pelainternet,no seguinte site:http://renex-southamerica.com.br

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