ediÇÃo 223 - tribuna do norte salinas

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Um jornal a serviço do desenvolvimento da região Acesse: www.fuzuca.com.br/tribunadonorte Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013 - Ano XXI - Edição Nº 223 - Circula no Norte de Minas - Vale do Jequitinhonha - Belo Horizonte - Brasília (DF) - R$ 2,00 Salinas Capital Mundial da Cachaça CARBONITA Comissão conhece experiência de construção de casas AINDA MAIS... EDITORIAL - Aécio apresenta as armas OPINIÃO 2 - Cidadão do Planeta - Quando a sociedade chega ao fim ARTIGOS - Reforma política não é golpe COL UNA ZÉ DIRCEU PÁGINA 5 CIDADES - Prefeito Kinca apresenta balanço de 100 dias na Câmara Municipal PAGINA 3 CULTURA - Marina Jardim faz exposição na Assembléia Legislativa PAGINA 6 POLITICA - Audiência Pública da ALMG debateu falhas da energia solar nas ilhas de Manga PÁGINA 6 Nos últimos três anos, 78 moradias populares foram entregues na zona rural de Carbonita Por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), o municí- pio de Carbonita, no Vale do Jequitinhonha, já en- tregou, nos últimos três anos, 78 moradias popula- res em áreas rurais da ci- dade. Detalhes desse tra- balho foram apresentados na sexta-feira, 3 de maio, durante audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Câmara Municipal. O deputado Durval Ângelo (PT), autor do re- querimento para a reu- nião, manifestou sua ale- gria ao visitar algumas dessas residências e cons- tatar a felicidade estampa- da no rosto das famílias beneficiadas. “Foi feito um milagre ali. São casas bonitas, dignas. Isso ajuda a fixar o homem no cam- po, melhora as condições de vida das pessoas que vivem na área rural”, des- tacou o parlamentar. PAGINA 5 O representante do ITER na região, Clélio Murta, fez esclarecimentos na audiência na Câmara Municipal Uma ação do Mi- nistério Púbico da comarca da cidade cassou no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais TRE/MG, em 25 de abril, o mandato do prefeito Jovelino Pi- nheiro e do vice, Ge- raldo Cantídio de Freitas. O MP acusa os candidatos de abuso de poder econômico e político nas elei- ções municipais de 2012. O TRE por unanimidade julgou procedente a ação, absolvendo apenas por abuso de poder econômico. Segundo a ação, a Câmara Municipal, em abril de 2012, aprovou aumento para os funcionários públicos da educa- ção, contrariando a legislação eleitoral, que beneficiou mais de 60% da categoria o que influenciou e favoreceu a eleição do prefeito Jovelino. Jovelino recorreu ao TSE e nega que nada tem a ver com a situação, mas per- manece no cargo até o tramite de tarnsito e julgado. A Polícia Federal de Montes Claros , em 9 de maio, ama- nheceu na cidade, onde retomando a Operação Mascaras da Sanidade, agora denominada “Novos Caminhos”, prendeu seis pessoas envolvi- das em desvio de re- cursos da prefeitura . Eles foram de- nunciados por forma- ção de quadrilha, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas, tendo sido presos o ex-prefeito Albertino Teixeira, sua esposa Marilda, o vereador Manoel Tei- xeira, seu irmão, a secretária Deyse e o contador Claudio. PAGINA 5 O 2º Festival de Cultura Popular de Minas Novas – Violarte, acontecerá na cida- de mãe do Vale do Jequitinho- nha, no período de 30 de maio a 02 de junho, abrindo seus trabalhos em pl eno feriado de Corpus Christi. A iniciativa e realização do 2º Violarte é da produto- ra, atriz e jornalista Yany Mabel, o projeto foi viabili- zado através do Fundo Esta- dual de Cultura. PAGINA 4 Os policiais e as cachaças encontradas na casa do suspeito na Delegacia de Salinas SALINAS Foi desvendado pela Polícia Civil de Salinas, em 10 de maio, golpe de falsificação de ca- chaças na cidade, sen- do preso pela Opera- ção Aguardente em fla- grante, Claudiomiro Modesto da Silva, 50 anos, e apreendido cer- ca de 600 garrafas de cachaças. De acordo o delega- do, José Eduardo dos Santos, após denuncia investigou e encami- nhou um pedido de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, no bairro Nova Esperança, zona oeste da cidade, onde foi encontrado uma grande quantidade de material falsificado, cai- xas fechadas da bebida, rótulos, cola, tampas, e garrafas pet com restos da bebida. PAGINA 4 Polícia Civil desvenda falsificação de cachaças Canarinha e Havana SANTA CRUZ DE SALINAS PF prende ex-prefeito Albertino e assessores por desvio de recursos O jovem cantor Pedro Morais e Banda Cobra Coral, serão atrações de shows do evento Vem aí o 2º Violarte RIO PARDO DE MINAS Prefeito Jovelino é cassado no TRE O prefeito Jovelino Pinheiro (foto Folha Regional) MINAS NOVAS

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Jornal Tribuna do Norte de Salinas, Edição 223, Maio de 2013

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Page 1: EDIÇÃO 223 - TRIBUNA DO NORTE SALINAS

Um jornal a serviço do desenvolvimento da regiãoAcesse: www.fuzuca.com.br/tribunadonorte

S a l i n a s (MG), 01 a 15 de maio de 2 0 1 3 - A n o XX I - E d i ç ã o N º 223 - C i rc u l a n o N o r t e d e M i n a s - Va l e d o J e q u i t i n h o n h a - Be l o H ori zo n te - B ra síl i a ( DF )-

R$ 2,00

Salinas CapitalMundial da Cachaça

CARBONITA

Comissão conhece experiência de construção de casas

AINDAMAIS...EDITORIAL

- Aécioapresentaas armas

OPINIÃO 2

- Cidadãodo Planeta- Quando asociedadechega aofim

ARTIGOS

- Reforma política não é golpeCOLUNA ZÉ DIRCEU

PÁGINA 5

CIDADES

- Prefeito Kinca apresenta balanço de 100 dias na CâmaraMunicipal

PAGINA 3

CULTURA

- Marina Jardim faz exposição na Assembléia LegislativaPAGINA 6

POLITICA

- Audiência Pública da ALMG debateu falhas da energiasolar nas ilhas de Manga

PÁGINA 6

Nos últimos três anos, 78 moradias populares foram entregues na zona rural de CarbonitaPor meio do Programa

Nacional de HabitaçãoRural (PNHR), o municí-pio de Carbonita, no Valedo Jequitinhonha, já en-tregou, nos últimos trêsanos, 78 moradias popula-res em áreas rurais da ci-dade. Detalhes desse tra-balho foram apresentadosna sexta-feira, 3 de maio,durante audiência públicarealizada pela Comissãode Direitos Humanos daAssembleia Legislativa deMinas Gerais (ALMG), naCâmara Municipal.

O deputado DurvalÂngelo (PT), autor do re-querimento para a reu-nião, manifestou sua ale-gria ao visitar algumasdessas residências e cons-tatar a felicidade estampa-da no rosto das famíl iasbeneficiadas. “Foi feitoum milagre ali. São casasbonitas, dignas. Isso ajudaa fixar o homem no cam-po, melhora as condiçõesde vida das pessoas quevivem na área rural”, des-tacou o parlamentar.

PAGINA 5

O representante do ITER na região, Clélio Murta, fez esclarecimentos na audiência na Câmara Municipal

Uma ação do Mi-nistério Púbico dacomarca da cidadecassou no TribunalRegional Eleitoral deMinas Gerais –TRE/MG, em 25 deabril , o mandato doprefeito Jovelino Pi-nheiro e do vice, Ge-ra ldo Cantídio deFreitas.

O MP acusa oscandidatos de abusode poder econômicoe polít ico nas elei-ções municipais de2012. O TRE porunanimidade julgouprocedente a ação,absolvendo apenaspor abuso de podereconômico.

Segundo a ação,a Câmara Municipal,em abri l de 2012,aprovou aumentopara os funcionáriospúblicos da educa-ção, contrariando alegislação eleitora l,que beneficiou maisde 60% da categoriao que influenciou efavoreceu a eleiçãodo prefeito Jovelino.

Jovelino recorreuao TSE e nega quenada tem a ver coma situação, mas per-manece no cargo atéo tramite de tarnsitoe julgado.

A Polícia Federalde Montes Claros ,em 9 de maio, ama-nheceu na cidade,onde retomando aOperação Mascarasda Sanidade, agoradenominada “NovosCaminhos”, prendeuseis pessoas envolvi-das em desvio de re-cursos da prefeitura .

Eles foram de-nunciados por forma-ção de quadri lha ,fraude em licitações,lavagem de dinheiroe desvio de verbaspúblicas, tendo sidopresos o ex-prefeitoAlbertino Teixeira ,sua esposa Marilda, overeador Manoel Tei-xeira, seu irmão, asecretária Deyse e ocontador Claudio.

PAGINA 5

O 2º Festival de Cul turaPopular de Minas Novas –Violarte, acontecerá na cida-de mãe do Vale do Jequitinho-nha, no período de 30 de maioa 02 de junho, abr indo seustrabalhos em pleno feriado deCorpus Christi.  

A iniciativa e realizaçãodo 2º Violarte é da produto-ra, atr iz e jor nal ista YanyMabel , o projeto foi viabi li -zado através do Fundo Esta-dual de Cul tura.

PAGINA 4

Os policiais e as cachaças encontradas na casa do suspeito na Delegacia de Salinas

SALINAS

Foi desvendado pelaPolícia Civil de Salinas,em 10 de maio, golpede fa lsificação de ca-chaças na cidade, sen-do preso pela Opera-ção Aguardente em fla-grante, ClaudiomiroModesto da Silva, 50anos, e apreendido cer-

ca de 600 garrafas decachaças.

De acordo o delega-do, José Eduardo dosSantos, após denunciainvestigou e encami-nhou um pedido demandado de busca eapreensão na casa dosuspeito, no bairro

Nova Esperança, zonaoeste da cidade, ondefoi encontrado umagrande quantidade dematerial falsificado, cai-xas fechadas da bebida,rótulos, cola, tampas, egarrafas pet com restosda bebida.

PAGINA 4

Polícia Civil desvenda falsificaçãode cachaças Canarinha e Havana

SANTA CRUZDE SALINAS

PF prendeex-prefeitoAlbertino eassessorespor desviode recursos

O jovem cantor Pedro Moraise Banda Cobra Coral, serãoatrações de shows do evento

Vem aí o2º Violarte

RIO PARDODE MINAS

Prefeito Jovelinoé cassado no TRE

O prefeito JovelinoPinheiro (foto FolhaRegional)

MINAS NOVAS

Page 2: EDIÇÃO 223 - TRIBUNA DO NORTE SALINAS

O P I N I Ã O2

Aécio apresentaas armas

* JOSÉ CARLOS IGNÁCIO

Se existem motivos sobreos quais os sócios têm difi-culdades de comentar e pla-nejar regras, certamente aseparação está inclusa. Afinal,é raro alguém montar umasociedade, investir tempo,energia e capital e, simultane-amente, pensar em como amesma terminará.

Normalmente o assuntotende a ficar esquecido ouintocado em um canto qual-quer. Porém, por mais queos sócios evitem tocar noassunto, a experiência temmostrado que separação desócios ou término de socie-dade é parte importante dorelacionamento e deve sertratado com seriedade e boadose de planejamento.

Existem vários motivosque levam à separação entresócios. De forma abrangen-te, podemos dizer que omomento de se separar équando a sinergia desapare-ce ou quando o equilíbrio nasociedade deixa de existir. Éo momento em que não seconsegue mais evitar confli-tos devido a diferenças exis-tentes entre os gestores. 

Para conseguir que uma

sociedade seja equilibrada esinergética, é necessário tra-balhar aspectos como com-plementariedade funcional,planos pessoais, plano denegócios, divisão de traba-lho, divisão do capital, dedi-cação, estilo gerencial e umasérie de outros fatores quedevem ser conciliados deforma a gerar trabalho co-ordenado a favor de objeti-vos comuns e prevençãocontra conflitos, isto é, equi-líbrio e sinergia.

Por outro lado, quandoesses fatores entram em de-sequilíbrio (por razões vari-adas), podem se transfor-mar em motivos para a se-paração ou a finalização dasociedade. O sintoma podevir por um conflito internona imprensa ou por mudan-ças no curso da vida pesso-al de cada sócio. Indepen-dentemente do fato gerador,o resultado é perda parcialde sinergia.

  Indícios

Alguns sintomas são de-tectáveis e podem indicaruma tendência negativa paraa sociedade:

- Mudança de expectati-vas: se por qualquer motivo

os sócios não estão mais sin-tonizados quanto ao que es-peram da empresa, as diver-gências podem levar ao fimda sociedade.

- Desentendimento gera-do pela falta de d iscussãoanterior: quando não se aten-ta para o diálogo do dia adia e deixa se acumular ques-tões mal resolvidas, a somados desentendimentos podelevar à separação.

- Esgotamento gerencial:quando um dos sócios ges-tores não tem condições deaproveitar as oportunidadesda empresa e nem se dispõea reciclar, insistindo no mes-mo modus operandi deanos, há o risco óbvio deatritos ou de necessidade demudanças.

- Falta de sucessores eaposentadoria também po-dem ser fatores decisivospara a decisão de separação.

PrecauçõesSeja qual for o motivo, ou

motivos da separação, vale apena destacar que as suasregras, tais como valoriza-ção da participação societá-ria do sócio retirante, condi-ções de pagamento, sucessãodo cargo e outros relaciona-

Cidadão do planeta(*) RODRIGO DE CASTRO

Professor que carregaos alunos para o campoe, a partir daí, constrói oconhecimento; escritorque semeia do que tam-bém planta no dia a dia;formulador de soluçõesque não se contenta coma clareza das suas propo-sições e submete-se a in-contestabilidade da práti-ca; mentor político querompe com os elos parti-dários ao perceber que aplenitude da ação políti-ca não se alcança sem avivência dos princípios edas idéias que prega; vi-sionário que estabelecemeta para aquilo quemuitos julgam utopia oudevaneio, interlocutorque sempre surpreendecom sua inteligência esabedoria; carioca quetrouxe a recíproca da sim-patia dos mineiros peloRio de Janeiro; exiladopolítico que não renegaas atitudes que lhe vale-ram o exílio, e que apro-veitou o tempo longe dapátria se preparando paramelhor servi-la na volta;aquariano que quer umaquário cheio de águalimpa e peixe; - médicoque resolveu tratar do rio– esse é Apolo HeringerLisboa.

Em 1997 com profes-sores da área médica daUFMG, Apolo criou oProjeto Manuelzão que,sob o mote da volta dos

peixes ao Rio das Velhas,desencadeou um verda-deiro processo de mu-dança cultural e inaugu-rou a discussão de umnovo conceito de saúdecoletiva, que considera ohomem parte dos ecossis-temas do planeta e nãoapenas um ente isoladocomo o percebe o siste-ma público de saúde.

Diferentemente dosque fazem o “achismoambiental”, mais interes-sados nos ganhos midiáti-cos das causa ecológica,Apolo em 2003, desceu os804km do Rio das Velhas.Não foi aventura em bus-ca de ouro e pedras preci-osas como dos primeirosexploradores, e sim expe-dição para um diagnósti-co mais preciso do riodoente em avançado graude comprometimento, porquem Apolo passara a gri-tar socorro a sociedade.

Quando a sociedade chega ao fim

12 EDIÇÕES = R$35,00 – 24 EDIÇÕES = R$70,00

O exame do pacienteresultou numa rigorosaprescrição médica, quefoi a construção do quechamou de Meta 2010:navegar, pescar e nadarno Rio das Velhas, no tre-cho da Região Metropo-litana de Belo Horizonte– meta assumida pro Aé-cio Neves e Anto nioAnastásia, e, em seguida,transformada em um dosinstrumentos estrutura-dores do programa degoverno que, a partir deentão investiu recurso deR1,3 bilhão e prevê apli-car mais R421 milhões,até 2015, em obras de sa-neamento para melhorar aqual idade da água nagrande BH.

Nova expedição foi re-alizada em 2009 para per-miti r a po pulação oacompanhament o daMeta 2010 – resultadosalcançados e problemasainda existentes – assimcomo reforçar a campa-nha pela mudança dementalidade em relaçãoao rio e a vida na região.Em toda a bacia, foi or-ganizado encontros e ofi-cinas para debates, ref le-xão e práticas de ativida-des culturais.

Reconhecendo que amelhora de seu pacienteainda é parcial, em tornode 60%, e para completá-la Apolo prescreveu novareceita que, refundindo erefo rmulando a M eta2010, deu origem a Meta

2014. Essa, balizada naconstrução de uma soci-edade com nova visão demundo, superior e ade-quada as necessidades detodas as espécies, man-tém como objetivo estra-tégico o nado e a pescana faixa do rio que cortaBH e toda a região me-tropolitana.

Coerentemente com oconceito de saúde coletivaque vem difundindo, Apo-lo Lisboa, vencido os de-safios da Meta 2014, já templanos de levar o Manu-elzão as águas do SãoFrancisco, e de torná-loprojeto universal, em defe-sa da vida no planeta.

O Rio das Velhas dre-na uma bacia de 29 milkm2, onde vivem cerca decinco milhões de pessoas,e é o principal af luentedo São Francisco que, daSerra da Canastra até oAtl ântic o, banha umaárea de 641 mil km2,onde vivem cerca de 14milhões de pessoas. Aocuidar do Rio das Velhas,Apolo efetivamente estácuidando da saúde dohomem: de 19 milhõesde brasileiros, parte inte-grante do planeta Minas,do planeta Brasil, do pla-neta Terra. Apolo, cida-dão e médico do planeta,missão que é também detodos nós.

* Deputado federal (PSD B/M G) e s ecretário -geral doPSDB

Um jornal a serviço do desenvolvimento da região

Fundado em 5 de junho de 1991 - 223ª edição - Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013

Diretor GeralValdeci Paulo de SouzaReportagem – Redação - EdiçãoTiburcimFotografiasArquivo / Tiburcim

Os art igos e maté ria s a ss inadas não r ef le t em ne c essar iament e a opinião do j or nal .

EditoraçãoMCI Comunicação

ColaboradoresJosé Dirceu, Apolo Heringer Lisboa, Márcio Metzker,Régis Gonçalves, Aluísio Pimenta ePetrônio Souza Gonçalves

E X P E D I E N T E

Filiado ao Sindicato dos Proprietários de Jornais e Revistasdo Interior de Minas Gerais – SINDJORI / MG.

RAZÃO SOCIALOrganização Tribuna do Norte Ltda

C N P J = 66 . 194 . 002 / 0001 – 77JORNALISTA RESPONSÁVEL

Valdeci Paulo de SouzaRegistro Jornalista Profissional MTb/DRT/MG - Nº 09666 JP

ADMINISTRAÇÃO - REDAÇÃORua Avelino de Almeida, 472-F

Fones: (38) 3841-2929 / 9950-6159 - Salinas / MGE-MAIL

[email protected] / [email protected]@bol.com.br

www.fuzuca.com.br/tribunadonorte

Era ainda muito cedo,mas a corrida sucessóriajá começou. DilmaRousseff agora adminis-tra o país segundo a ló-gica da reeleição. Lançouuma ampla campanha so-bre investimentos da Pe-trobras no pré-sal, ten-tando desfazer a impres-são de que a estatal estáquebrando. Fez um bem-cuidado programa sobreos 10 anos do PT no Go-verno, acoplando a suagestão os oito anos mui-to elogiados de Lula.Criou o Ministério daMicro e Pequena Empre-sa para acomodar o ad-versário Afif Domingos,do PSD, e atrair o parti-do para aumentar seutempo de TV.

Aécio Neves, que as-sume a Presidência doPSDB, eleva o tom dascríticas ao governo e seapresenta como alterna-tiva aos 12 anos de co-mando petista. Haveráoutros candidatos, comoo pernambucano Eduar-do Campos, do PSB, emuit o prov avelme nteMar ina Si lva em umnovo partido, mas sabe-mos que essas candida-turas são decorativas. Oembate mesmo será en-tre PT e PSDB.

O lançamento da can-didatura tucana foi umprimor de ourivesaria naestratégia de marketing.Ele escolheu a RevistaIstoÉ, porque a Veja éadversária figadal do PT,e a Carta Capital é petis-ta demais. Foi melhor fi-car empoleirado em cimado muro da mídia.

Aos 53 anos, Aéciosente que chegou o seumomento, depois de pas-sar dois anos enterrandoo entulho serrista dentrode seu partido. Se nãofor agora, será em 2018.As críticas que faz ao go-verno do PT têm funda-mento: o partido afastou-se do seu ideário da re-forma política e da refor-ma tributária; continuaconcentrando recursosna União; Dilma não ne-gocia – ou impõe ou pas-sa o trator em cima dosoponentes.

A seu favor, Dilmaestá preservada das de-núncias de corrupção

que pipocaram contra oscorreligionários do meta-lúrgico do ABC, mas pa-rece que a fórmula docrescimento pelo estímu-lo ao crédito e ao consu-mo está se esgotando, oendividamento das famí-lias brasileiras é preocu-pante e a venda de com-modities para a China –que financia os progra-mas de bolsa – já nãofunciona tão bem.

Por outro lado, asobras do PAC estão atra-sadas, superfaturadas ecom problemas nos ór-gãos de controle. Atransposição do SãoFrancisco, tão combati-da, está paralisada e cus-tando o dobro dos R$ 5bilhões do orçamento, asferrovias Norte-Sul eTransnordestina enfren-tam toda sorte de pro-blemas, e obras essenci-ais, como a duplicaçãoda Rio-Bahia, da BR-10 1 e da BR-3 81 nãosaem do papel.

Aécio se apresentacomo um gestor moder-no, com capacidade defazer alianças internacio-nais proveitosas para oBrasil, e critica a decisãodo governo de trazer mé-dicos cubanos e se aliaraos países atrasados. Cri-tica o autoritarismo doPT, que prefere fazer co-optação de forças políti-cas em vez de negociaçãoem que precisaria ceder.

De qualquer forma,com Aécio, EduardoCampos ou Marina Silva,a Presidência da Repúbli-ca deixaria de pertencera São Paulo. Nos últi-mos 18 anos, desde a sa-ída de Itamar Franco, onúcleo do poder foi SãoPaulo. FHC, apesar daSorbonne, tinha uma vi-são paulista de Brasil.Lula, apesar de ser per-nambucano e das Cara-vanas da Cidadania, sem-pre fez política em SãoPaulo, e Dilma, apesarde ser mineira, é cria po-lítica de Lula. Políticosautenticamente mineirossempre tiveram uma vi-são mais equilibrada doBrasil, como JuscelinoKubitschek, TancredoNeves e Itamar Franco.Aécio espera beneficiar-se disso.

Tribuna do N orte / Edição nº 223Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013

dos devem estar previstas noAcordo de Cotistas ou Aci-onistas, evitando-se assim adiscussão de regras em mo-mento inoportuno, ou seja,com o jogo em andamento.

Ressalto ainda a impor-tância de se planejar a parteprática da separação, ou seja,a elaboração do Plano deSeparação, o qual deve pre-ver eventos e prazos, taiscomo transmissão do cargo,comunicado ao público in-terno (funcionários) e exter-no (clientes, fornecedores,bancos e outros) de formaassertiva, entre outras provi-dências, provocando umefeito positivo de todo oprocesso e blindando asoperações da empresa.

Por tudo isso, nunca se es-queça: planejamento da sepa-ração dos sócios também fazparte da gestão da sociedade.

* José Carlos Ignácio é sócio-fun-dador da JCI Acquistion, forma-do em Administração de Empre-sas e possui MBA e Pós Gradua-ção. É também pal estrante e jáparticip ou de processo s de Fu-são e Aquisição e de Relaciona-me nto de Só cio s em di ve rsasorganizações nacionais e multina-cionais. Autor do recém-lançadolivro Todo relacionamento entresócios pode ser melhorado (Ana-d ar c o Ed i to r a) -w ww.j c ic o nsul tor ia.co m .b r –[email protected] 

Apolo Heringer Lisboa

Page 3: EDIÇÃO 223 - TRIBUNA DO NORTE SALINAS

SALINAS 3

VEREADORESNA BERLINDA

Os nossos vereadores pre-cisam mostrar a força do Po-der Legislativo e propor avan-ços na gestão pública e políti-ca do Município e deixar deser servos do Executivo. Umadas premissas é legislar, fazerleis e fisca lizar mesmo asações de governo. Exemplodisso é a falta de iniciativa dasbancadas, ou quando faz algu-ma coisa tem de pedir bençãoao prefeito, e num rápido ba-lanço na legislatura passada eatual é que nadica de leis fo-ram elaboradas pelos vereado-res, tudo iniciativa do execu-tivo que só manda leis de nor-mas financeiras e assim peque-nos problemas acabam viran-do crônicos com a inoperân-cia. Pra dizer que nada fazemenchem as sessões de reque-rimentos e indicações. E olhaque tem vereadores com maisde três mandatos.

PLANO DIRETORO ex-prefeito Zé Prates

fez aquele alarde com o pro-jeto do plano diretor da cida-de, passados os oitos anos demandato e nada de discussãoe elaboração. Tai uma boapedida para nossos vereado-res, secretaria de planejamen-to e o prefeito Kinca, se éque pretendem modernizar,organizar e avançar em ter-mos de sustentabilidade urba-na colocando a cidade defato nos trilhos do desenvol-vimento. Exemplo necessáriopara o plano diretor é quepara certos empreendimentosnão existem critérios, zonea-mento e normas de instala-ção, o que com o crescimen-to da cidade já começa a cri-ar problemas. E ai seu prefei-to e vereadores?

FESTIVALDA CACHAÇA

Parece que o prefeitoKinca quer fazer do festivalda cachaça, nos dias 12 a 14de julho, o grande projeto desua administração tal o apoioe investimento que está fazen-do no evento. É bom lembrarque o festival é de um setorprivado, lucrativo e cuja en-tidade representativa , aApacs, que tem de cuidarbuscando recursos, organizan-do e coordenando todo oprocesso, assim também nomuseu da cachaça, cuja ges-tão está a cargo da prefeitu-ra. Parceria público privadaque sabemos é diferente desseestilo mandão e truculento. Oprefeito anunciou que muitasmudanças vai fazer no museuda cachaça, ampliando o usodo espaço e outras coisas,será esse o projeto do mu-seu? Na festa da cachaça aprogramação musical constaa dupla Vitor e Léo, cerca deR$300 mil de cahê, bancadopela prefeitura que descartouo festivale, por apenas R$100mil, com mais de 100 apre-sentações artístico-cultura ispor uma semana, numa totalfalta de visão desenvolvimen-tista, de falta de uma política

de turismo e descaso da cul-tura popular. E olha que naadministração tem secretariade cultura, afinal pra quêserve mesmo?

DR. EDGAR DEPUTADOA história política de Sa-

linas nas décadas passadasteve forte presença no ce-nário estadual com represen-tativ idade na AssembléiaLegislativa , Câmara dosDeputados e nos governos.Pra refrescar a memória doeleitorado confira os conter-râneos que foram deputa-dos: deputado federal Cle-mente Medrado, deputadosestaduais José Chaves, Ge-raldo Santana, Sylo Costa,Péricles Ferreira e Ivo Mo-ra is. Tee também AdelinoDias, que reside em Janau-ba. Agora para tentar engros-sar a lista, o médico Dr.Edgar Araújo se apresentacomo um postulante a umavaga de parlamentar. Estive-ram na cidade os deputadosCarlos Henrique e ChicoLopes, ambos do PRB, parao convite oficial que o dou-tor, segundo ele, vai estudara proposta. Uma marca queSalinas tem é o voto bairris-ta, que pode dar um bomimpulso a campanha de Dr.Edgar. Vale a iniciativa.

VICE-PREFEITO SUMIDOQuem anda fora de

cena é o vice-prefeito Tiãode Olegário (PSD). Rumo-res dão conta de desenten-dimentos com o prefeitoKinca, que não concordacom o jeitão de participarda gestão do companheirode chapa, que não compa-receu na Câmara no even-to do balanço dos 100 diasapresentado em 9 de maio.Por outro lado o desgastepolítico do vice-prefeito émuito grande, que agoranem o chamam para o pa-lanque durante eventos.Coisas da política...

DIÁRIAS E VIAGENSDE SECREÁRIOS

A mudança de secretári-os já começou na gestãokinca, a saude agora tá como enfermeiro Marcelo Pe-troni, na Administração en-trou Rita Rodrigues, e nodesenvolvimento econômi-co ficou com Renata Rodri-gues que trocou de pasta. Ébom lembrar o que sobra naprefeitura é secretário mu-nicipal. Na câmara circulanos bastidores a iniciativa dealguns vereadores de fisca-lizar a questão de diárias desecretários e despesas dogabinete do prefeito, quetem orçamento de R$1,2milhão, tendo em vista ospedidos de suplementação eestouro da cota mensal.Tem secretário, segundo in-for mações, que recebemmais diárias que o salário, eos vereadores querem expli-cações. Um excesso em to-dos municipios é a viajaçãodos prefeitos e assessores.Olho neles eleitor...

POLUIÇÃODO RIO SALINAS

O descaso com a recuperaçãodo Rio Salinas, a seca prolongadae o fechamento da Barragem Sali-nas, pela Ruralminas dias atrás,vem trazendo sérios prejuízos am-bientais e de saúde a população doAlto São João, bairro ribeirinho. Ocaso é que o mal cheiro provoca-do por dejetos, peixes mortos, lamae esgoto, ainda jogado no rio, temcausado mal estar aos moradores dobairro e adjacências. Indignadoscom o constante mal cheiro, a pro-ximidade da ETE da Copasa, se-gundo eles, a falta de água no leitodo rio vem provocando a situaçãoque com sol quente f ica mui tomal. Eles pedem providências aprefeitura e Copasa.

TAXA DE ESGOTOA Copasa já est á distribuindo

aos moradores aviso anunciando acobrança dos 40% restante da taxade esgoto. A questão é que a em-presa conseguiu suspender no TJ aliminar que barrava a cobrança,uma ação civil publica impetradapelo ex-prefeito Zé Prates. Na pre-feitura nada foi anunciado ou di-vulgado sobre a questão, e claro, aconta sempre sobra para o povo.

PREFEITURAAINDA SEM AÇÃO

Já estamos no quinto mês degestão do prefeito Kinca (PT), e ain-

da nada de novidades e iniciativas deobras como urbanização ou investi-mento destacado. O caso é que todoprefeito iniciante fica escorado no“ainda é cedo”, “tem pouco tempode administração”, “recebi uma pre-feitura sucateada”, “estamos buscan-do recursos” e assim o tempo vaipassando e nada acontece, no míni-mo por um ano. Parece que os prefei-tos somente fazem obras com repassesdo governo, e os recurso da arrecada-ção municipal, no caso de Salinas, cer-ca de R$10 milhões mensais, o que éfeito? É preciso ser feito pelo menospequenos serviços como manutençãode ruas, reforma de praças etc... Peloque se mostra a administração aindaestá sem ação, pois, não se vê nadicade obras pela cidade.

SAÚDE SEM MUDANÇASA troca de prefeitos e de se-

cretários de saúde nenhuma mu-dança trouxe a melhoria e amplia-ção da prestação de serviços a po-pulação. O que se vê, apesar de umalto orçamento, de R$26 milhõesna secretaria, de gestão plena, masmesmo assim até pequenos servi-ços como recuperação de braços epernas quebrados tem de ser leva-dos a Taiobeiras e Montes Claros.São várias unidades de saúde nosbairros, PSF, contratações de mé-dicos e nada melhora. Afinal qualserá o erro, tem dinheiro mas con-tinua a má prestação dos serviços.Ta precisando um choque de ges-

tão na saúde municipal, pois, nostempos de vacas magras tínhamosnada menos do que a Casa de Saú-de São Lucas, Policlínica Salinen-se, Hospital São Vicente e Hospi-tal Municipal . Agora somente asambulâncias para levar pra fora. Eai seu prefeito, e aquela promessade campanha da saúde?

31º FESTIVALEA política de turismo e cultu-

ral do governo Kinca mostrou frá-gil e sem planejamento com o des-carte do 31º Festivale na cidade emjulho. Ao custo de R$100 mil dei-xou a cidade de receber, mais umavez, a maior festa cultural do Valedo Jequitinhonha, Festivale, commais de 100 atrações na musica,artes, folclore, teatro, oficinas, noperíodo propicio, e de grande re-torno financei ro, social e cult ualpara Salinas. Sem discutir com acomunidade cultural, o prefeito soba alegação de fa lta de recursos,pouco tempo para organizar, dei-xou de lado o projeto. O duro ésaber que para uma micareta elerepassa R$75 mil e nada a culturapopular, mesmo contendo no or-çamento R$800 mil para a pasta dacul tura. Aliás, com programaçãopaga em shows eles dizem que es-tão fazendo cultura...

FESTIVALDA CACHAÇA

Tendo na cachaça o marketing

da cidade, Salinas terá nos dias 12a 14 de ju lho o seu XII Fest ivalMundial da Cachaça, na passarela daalegria, área de eventos da cidade.Esse ano com maior participação daprefeitura, que praticamente ta ban-cando quase toda a festa, o prefei-to Kinca quer destacar o eventocom at rações especiais na músicacomo Vitor&Léo e outras bandas derenome acional. O caso é que cir-cula na cidade que esse ano vai sercobrado ingresso mais caro a popu-lação, cerca de R$20,00. O ano pas-sado era R$5,00. Tida como maiorfesta da cidade, o festival da cacha-ça será para poucos, como os sho-ws de cultura na cidade.

COPA REGIONALDE FUTEBOL

Já na fase semif inal a CopaRegional de futebol realizada peloJornal Folha Regional, de Taiobei-ras. Com 10 part icipantes, já nabriga pelo titulo as equipes de Sa-linas, São do Paraíso, Santo Anto-nio do Retiro e Berizal. No sába-do, 17 de maio, se enfrentam Sali-nas x São João do Paraíso, em Sa-linas; e Retiro x Berizal, em SantoAntonio do Retiro, numa disputamata-mat a. A f inal, no final demaio, consagra o sucesso da CopaRegional e o espírito esportivo dojornalista Alex Mendes, amante doesporte bretão, que com bela inici-ativa resgata e preserva o futebolregional. Ponto positivo.

Tribuna do N orte / Edição nº 223Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013

Uma platéia seleta forma-da basicamente por convida-dos e funcionários de cargos deconfiança da prefeitura, cercade 100 pessoas, em 9 de maio,assistiram a apresentação dobalanço de 100 dias do gover-no Kinca, no auditório da Câ-mara Municipal.

O evento, com presençade secretários e alguns verea-dores da base iniciou comdiscurso de abertura do pre-sidente da Câmara, vereadorDorinha (PSC), em seguidauma mostra de um vídeo, semáudio, mostrando a situaçãoem que a atual administraçãorecebeu a cidade com ruascom buracos e lixo, depoisuma exposição da secretáriade Governo, Planejamento eGestão, Patricia Guimarãesapresentando a estrutura fun-cional, também com rápidorelato financeiro da prefeitu-ra , a secretár ia de FazendaRozana Martins, apresentoualguns parcos números de di-vidas e contas a pagar, porém,sem mencionar a arrecadaçãoe valores disponíveis paraobras e investimentos.

A surpresa e atenção cou-be ao prefeito Kinca, que deforma repetitiva, descoorde-nada, desinformado e semplanejamento falou por qua-se três horas sobre todas asações das secretarias e gestão,fazendo apenas menção rápi-das dos assessores, sem anun-ciar ou mostrar um plano deação governamental ou abor-dar temas de interesse direto

E D I T A LCONTR IBUIÇÃO SINDICAL RURAL

PESSOA FÍSICAEXER CICIO 2013

A Confederação da Agri cultura e Pecuári a do Bras il – CNA, em conj unto com as Feder açõesEstaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtor es Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a Contribuição Si ndical Rural - CSR, ematendimento ao princípio da public idade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêmNOTIF ICAR e CONVOCAR os produtores rurais , pessoas físicas , que possuem imóvel rur al ouempreendem, a qualquer título, atividade econômica rur al, enquadrados como “Empresários” ou“Empr egadores Rurais” , nos termos do artigo 1º, inciso II, al íneas a, b e c do citado Decreto-lei,para realizar em o pagamento das Guias de Recolhi mento da Contribuição Sindical Rur al doexerc ício de 2013, devida por força do que estabelecem o Decreto- lei 1.166/71 e os artigos 578 eseguintes da CLT, aplicáveis à espécie. O seu recolhimento deverá ser efetuado impreterivelmenteaté o dia 22 de maio de 2013, em qualquer estabelec imento integrante do sistema nacional decompensação bancária. A falta de recolhimento da Contribuição Sindical Rural até a data devenci mento ac ima indi cada, constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao pagamento dejuros , multa e atualização monetária pr evistos no artigo 600 da C LT. As guias foram emitidas combase nas informações pres tadas pel os contri buintes nas D eclarações do Imposto Sobr e aPropr iedade Territori al Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Recei ta Feder al doBrasi l, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996,remetidas, por via pos tal, par a os endereços indicados nas respectivas D eclarações. Em caso deperda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recol himento pela via postal, o contribuintedever á solici tar a emi ssão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Es tado onde têmdomic ílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ai nda, pel a suareti rada, diretamente, pela inter net, no site da CNA: www.canaldoprodutor.com.br. Eventuaisimpug nações administrativas contra o lançamento e cobrança da contribuição deverão ser feitas,no prazo de 30 (tri nta) dias, contados do r ecebimento da guia, por escrito, per ante a CNA, situadano SGAN Quadra 601, Módulo K, Ed ifício CNA, B rasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-903.O protocolo das impugnações poderá ser realizado pelo contribuinte na sede da CNA ou daFeder ação da Agricultura do Estado, podendo ainda, a impugnação ser enviada diretamente àCNA, por correio, no endereço acima menc ionado. O sistema sindical rural é composto pelaConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agriculturae/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais.

Brasí lia, 10 de Maio de 2013.Kátia Regina de Abreu

Presidente

Prefeito apresenta balanço de 100 diasfalando muito e mostrando pouco

da sociedade como a questãoda saude, a inda dramática,programas de investimentos egeração de empregos, algumarealização da sua gestão oumesmo anunciar qualqueração da prefeitura contra oaumento de 40% na taxa deesgoto que a Copasa, após asuspensão da liminar no Tri-bunal de Justiça, vai aplicarnas contas e água da popula-ção a partir de junho.

Ataque a imprensaEstranho foi a posição de

ataque do prefeito a impren-sa local, que chamou de “de-sonesta” e que “quer denegrira imagem dele e de Salinas”,se colocando como vitima deum noticiário de inverdades,procurando demonstrar ejustificar a inoperância, imo-bilismo, falta de um plano deação e o que fez até então depositivo, de resultados sociais

e interesse público.“Não mostrou nada de

realização, nem planejamentoou algum programa de obraspara a cidade. Parece que ain-da não tomou posse e quenão tem nada de fazer”, aler-tou um morador presente quepreferiu não se identificar.

Estilo PratesSem dar espaço para nin-

guém o chefe do Executivo,ao estilo parecido com o ex-prefeito Zé Prates, “centraliza-dor , fa lando muito e semmostrar nada”, apresentou umresumo de 100 dias de gestãoinócuo, sem ação, e cur iosoapresentado no quinto mês,destacou um observador.

Fez o prefeito Kinca naCâmara retomar e insistir noprojeto de municipalizar oParque de Exposições, per-tencente ao Sindicato Rural,sendo o projeto já derrotado

na Câmara Municipal quan-do tentou repassar R$500 mila entidade, p ara rea lizarobras de construção de pis-tas de caminhada, quadras deesporte, “cujos espaços paraessas obras são os bairros ecomunidades rurais, agora elequer inverter a ordem, no es-paço de animais obras espor-tivas”, lembra a oposição.

O evento foi acompanha-do apenas por convidadassem o brilho, vibração e en-tusiasmo, uma marca do PT,que praticamente nem foilembrado que era um gover-no do partido.

Na cidade, a avaliaçãodesses quatro meses de gestãodo prefeito Kinca junto apopulação, segundo a maioriados entrevistados pelo TN, éde paciência e poucas pers-pectivas tal a falta de iniciati-va e execução até mesmo depequenos serviços e obras.

O prefeito Kinca e assessores durante a apresentação do balanço de 100dias no auditório daCâmara de Salinas

Vereador Julimar reivindica as autoridades a reabertura do ITER em SalinasIniciativa do vereador

Julimar de Oliveira Filho(PMDB) reivindica junto asautoridades e Governo deMinas a reabertura do escri-tório do Instituto de Terrasde Minas – Iter em Salinas.

A reabertura do Iter,através requerimento deautoria do vereador, em3 de maio, reuniu na Câ-mara Municipal as banca-das de vereadores, prefei-to, juizes Dr. Leonardo eDra. Aline Ovstoinov e opromotor Marcelo sendoo tema bastante discuti-do e colocado por Juli-mar como prior idade, tala importância do setorimobiliár io para toda acomarca.

Segundo Julimar a rea-bertura do Iter, fechadoapós denuncias de corrup-ção no registro de terras elegitimação de proprieda-

A bancada de vereadores durante a reunião com o poder judiciário localna Câmara de Salinas

des rurais na região, é de sumaimportância social e economi-camente para Salinas, “temosuma demanda de mais de 2mil terrenos que precisa serregularizados que atendem in-teresses diretos da populaçãopara programas como MinhaCasa, Minha Vida urbano erural, financiamentos imobili-ários e materiais de constru-

ção tudo conveniado com ca-sas comerciais do setor”, lem-brou o edil.

Ressalta ainda o vereadorque encaminhou of ícios aoDiretor Estadual do Iter, aoProcurador do Estado, aovice-governador Alberto Pin-to Coelho reivindicando a re-abertura do escritório do ór-gão na cidade, “o setor imo-

biliário e da construção éque aquece a economia domunicípio, gera empregos eque grande parte da popu-lação está paralisada ante asituação de fechamento doIter na cidade.”

A participação do poderjudiciár io no pleito tevepeso, de acordo Julimar ,apoiaram a reivindicaçãosolicitando dos vereadores eprefeito gestão política jun-to as autoridades do gover-no no sentido de viabilizara questão.

“Não há liberação decrédito, estão paralisados osfinanciamentos da casa pró-pria e desaquecimeto da eco-nomia em toda a comarcaque era atendido pelo Iterem Salinas. Somado esse im-pedimento a seca que asso-la a região os prejuízos sãograndiosos para todos”, des-tacou o vereador.

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CIDADES4

EDIZIO CRUZ*

Atitude de grandeza

*Funcionário público, fazendeiro, vice-prefeito de Salinas, (89/92), presi-dente do Sindicato Rural Patronal de Salinas, (92/94) [email protected]

Contaram-me que, em al-gum lugar deste nosso “Nortede Minas”, houve um cidadãoque du rante su a longa vida,constituiu uma grande e ordeirafamília, juntou uma razoávelfortuna de bens m ateriais , emuita sabedoria de vida.

E ass im, certa ocasião, sen-tindo-se que suas energias já es-tavam bastante fracas, dado asua longa vida de lutas e con-quistas, mas também de muitasalegrias, esse convocou seu filhoprimogênito, para entregar-lheuma pasta contendo vários che-ques nominais com os respecti-vos endereços dos destinatáriosdizendo-lhe:

— Quero que você vá a to-dos esses endereços e, entreguea essas pessoas estes cheques.Procu re conhecê-las am istosa-mente e averiguando a real situ-ação de todas elas. Foram meuscompanheiros de lutas no prin-cipio de minha vida.

Em seguida, colocando emprática a ordem do seu pai, aque-le resoluto rapaz visitou todosaqueles cidadãos daquela lista,procurando saber de todos osdetalhes de suas vidas.

Após o cum primento desua missão, aquele jovem vol-tou ao seu pai, com um relatocompleto de todos aqueles des-tinados amigos.

— Bem, meu pai, disse ele,vis itei todos os seus amigosdaquela l ista que o senhor mepassou. Entreguei os respectivoscheques a cada um deles e, veri-fiquei que realmente estão neces-sitando da su a ajuda. Porem,voltei com o cheque de “Fula-no de Tal”, só não o entreguei,por verificar e sentir que esse nãomais precisava da sua ajuda.

Confesso-lhe que fu i mu i-to bem recebido por ele e seusfam iliares numa boa e confor-tável casa, com au tom óvel nagaragem, com um belo jard imflorindo e perfumando todo oambiente daquela res idência.Tivemos um a boa e inteligen-te conversa, que por sinal, foim u ito proveitosa. Fo i um aprosa descontraída, de muitasrisadas e de alegria entre todosos presentes. No entanto, repa-rei na mesa farta de várias igua-rias de alimentos para me ho-m enagear, que aquela famílianão mais precisava da su a aju-da. Por isso, voltei com o che-que, sem entregar-lhe.

Pacientemente aquele velhopai, ouviu do seu amado filho,todo o relato de sua missão.

— Foi m u ito bom filho,

disse-lhe, que você não entre-gasse ao m eu dileto amigo ocheque. Pois, sinto que o preza-do companheiro está precisan-do de uma maior ajuda, dadoaos seu s m uitos com promis-sos, que são bem maiores doque eu imaginava. Em segu ida,fez um cheque do dobro daprim eira im portância, dizendo-lhe: volte lá filho, e entregue aele esse novo cheque.

Naquele momento aquelerapaz relu tou, pois, sentia queaquela pessoa não estava emposição de nenhum a m iséria,portanto, não mais necessitandodaquela ajuda.

Foi quando aquele velho paio advertiu, dizendo-lhe:

— Alegro-me muito em sa-ber que o meu velho amigo estátendo capacidade de melhorar asua vida e de seus familiares. Emsuma meu filho : não devemossocorrer um am igo só quandoesse está em estado de infortú-nio ou outro caso de deploração.Pois, assim estaríamos exercen-do a piedade que humilha, emvez do amor que dignifica, queenaltece e santifica o ser huma-no. Nunca devemos esperar osdias de infortúnio e sofrimentospara prestar algum favor, poden-do assim só encontrar o silêncioe a morte perdendo, então, aoportunidade de ser útil e pro-veitoso o nosso amparo. Nãodevemos, portanto, esperar queum “irmão de jornada”, se con-verta em um m endigo, ou umpedinte, para daí, partirmos emseu socorro. Pois Isso se torna-ria em uma crueldade e de dure-za de nossa parte. Um amigo lealé aquele que sabe se alegrar econgratu lar com todas as con-quistas dos amigos vencedores.E digo-lhe mais meu filho: Umverdadeiro amigo é como umabênção dos céus aos seres aquina terra. Nunca devemos conso-lar somente na hora da dor e damiséria e, sim, saber participarem todas as situações daquelesque nos são caros, compartilhan-do também na alegria e no pro-gresso, ajudando-os a multipli-car sem egoísmo e sem inveja nocoração. O amigo verdadeirosabe fazer tudo isso sem impro-visação, sempre pensando nosmelhores resultados.

Entendendo toda aquelapreciosa lição, aquele bondosofilho foi e cumpriu, e continuoucumprindo todas as determina-ções do seu estimado pai.

Bem, vou ficando por aqui.Até já minha gente.

Tribuna do N orte / Edição nº 223Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013

para chegar ao pro-duto final. De acor-do com Caro linaAntunes, a pesquisaconsiderou tambémdicionários da línguaportuguesa, umconjunto de glossá-rios de outras regi-ões do país, além depesquisas afins.

Com m ais demil verbetes, o dici-onário não se limitaa dar o significadoda palavra; ele con-templa também to-das as informaçõesimportantes à com-preensão de cadaverbete: traz o léxico,apresenta em negri-to a forma como épronunciada no Valedo Jequ itinhonha,

informa se está ou não diciona-rizado, se é datado e se há infor-mação quanto à etimologia.

Há de considerar como regis-tro literário da região, a excelentepublicação do ex-deputado fede-ral e procurador do INSS, o mi-nasnovense, Dr. Carlos Mota,que em 2008, publicou o Dicio-nário Fanadês, Jequitinhonhês,Mineirês – Linguagem falada asmargens do Rio Fanado & adja-cências – que revelou a riquezacultural e o enriquecimento tam-bém da nossa língua portugue-sa com novas e inéditas palavras.

* Fonte: http://madeinrubim.wordpress.com

Ação do vereador Thiago assegura recuperação de estradas na MatronaA realização de um man-

dato participativo e comfoco nas reivindicações dapopulação tem sido as me-tas de trabalho do vereadorThiago Durães (PT), queconseguiu junto ao chefe doExecutivo Municipal a ces-são da motoniveladora pa-trol para a realização de ser-viços de recuperação e me-lhorias nas estradas rurais naárea de abrangência do Dis-trito de Matrona.

Para Durães, o alcancesocial e econômico dos ser-viços é importantíssimo paraos agricultores, produtoresde tomate e população local,tanto no escoamento da pro-dução, melhoria nos trans-portes e segurança dos usu-ários, “além de assegurar fa-cilidades aos moradores comtrafego seguro ns estradas, aimportância do Distrito deMatrona para Salinas requer

permanente manutenção dasestradas e meios de promo-ção de seu crescimento”, res-saltou o vereador.

Com expressiva partici-pação da comunidade em

seu mandato, outra iniciativade atuação do vereador nabusca de obras e investimen-tos, segundo ele, foi a cria-ção da Comissão de Partici-pação Popular de Nova Ma-

O vereador Thiago Durães, prefeito Kinca e lideranças durante a chegada da patrol na Matrona

SALINAS

Polícia Civil desvendafalsificação de cachaças

Canarinha e HavanaSuspeito de falsificação foi preso em flagrante

com o material apreendido.

O suspeito e as cachaças aprendidas na Delegacia dePolicia de Salinas

MINAS NOVAS

Vem aí o 2º Violartere nova roupagem integra-da à produção cultural lo-cal, valorizando gruposfolclóricos, como os Tam-borzeiros do Rosário, osCongadeiros de São Bene-dito e dos Homens Pretosde Minas Novas, e o cená-rio da contemporaneidadeem quatro dias de festa,oficinas, festival da canção,dança, música, teatro, feirade artesanato, cortejo abrealas para a cultura popular(apresentação de gruposfolclóricos) e exposições deartes plásticas.

O Festival da Canção,carro chefe do 2º Violarte,terá abrangência nacional e

músicos de todo o Brasil poderãose inscrever. As músicas seleciona-das concorrerão aos prêmios deR$2.000,00 (1º lugar); R$1.500,00

(2º lugar); R$1.000,00 (3º lu-gar); R$500,00 (melhor intér-prete) e R$500,00 (melhor ar-ranjo musical). Sua músicapode ser enviada até o dia 20de maio.

Shows com Pedro Mo-raes, Xicas da Silva, MarcelaVeiga e Banda, Coral ArarasGrandes, Osmar Lins e ou-tros artistas de renome regi-onal e nacional, assim como,os grupos de teatro MariaCutia, Tirana Cia. de Teatro,Ícaros do Vale e Muriontambém já garantiram pre-sença no festival.

Mais informações sobreo 2º Violarte no sitio

www.festivalviolarte.blogspot.com.br.Ou através do e-mail [email protected],ou nos telefones (31) -9219-3333 e (33) 3764-2701.

*DIEGO CORDEIRO

O 2º Festival de CulturaPopu lar de Minas Novas –Violarte, acontecerá na cidademãe do Vale do Jequitinho-nha, no período de 30 demaio a 02 de junho, abrindoseus trabalhos em pleno fe-riado de Corpus Christi.  

A iniciat iva e realizaçãodo 2º Violarte é da produto-ra, atriz e jornalista YanyMabel, o projeto foi viabili-zado através do Fundo Es-tadual de Cultura.

Segundo Mabel, o obje-tivo do festivall é resgatar asmanifestações culturais, cons-cient izar a popu lação, fo-mentar a preservação e difu-são da cultura local, a basedo projeto.

O 1º Violarte ocorreu em

julho de 1985, após 27 anos eaquela vontade de reler a culturado Vale em tom de cantiga deroda, poesia e folia de reis adqui-

Cartaz do 2º Violarte

Foi desvendado pela Po-lícia Civil de Salinas, em 10de m aio, go lpe de falsificaçãode cachaças na cidade, sendopreso pela Operação Aguar-dente em flagrante, Claudio-miro Modesto da Silva, 50anos, e apreendido cerca de600 garrafas de cachaças.

De acordo o delegado,José Eduardo dos Santos,após denuncia invest igou eencaminhou um pedido demandado de busca e apreen-são na casa do su speito, nobairro Nova Esperança, zonaoeste da icidade, onde foi en-contrado uma grande quanti-dade de material falsificado,caixas fechadas da bebiba, ró-tulos, cola, tampas, e garrafaspet com restos da bebida.

As cachaças Havana, Ca-

narinha e Indaiaz inha, asmais caras e procu radas deSalinas eram as m ais falsifi-cadas, segundo Eilton Santi-ago, vereador e produtor daCachaça Canarinha, as fals ifi-cações causam grande prejuí-zo financeiro, m torno deR$80 mil por ano, ou seja,20% do faturamento. “Está-vamos acompanhado o itine-rário das fals ificações emMontes Claros , Belo Hori-zonte e Brasíl ia onde sãomais comercializadas, eramapenas suspeitas que agorasão comprovadas para su r-presa de todos.”

Detid o pela po l icia,Claud iom iro m anteve-seem silencio, caso condenopode pegar de 4 a 8 anos deprisão, segundo a policia.

Professora lançadicionário do dialeto ruralno Vale do Jequitinhonha

“Divera, esses meninos só ficam brigando com os zanzotos.”, -“Vai banhar cedo porque essa noite vamos ter que ribuçar.” -

“Esses meninos vivem de cunlundrio na rodagem.”As frases acima

são compostas deexpressões comunsna cultura de Ru-bim e região. 

Estigmatizadocomo uma regiãode extrema pobrezae esquecido pelopoder público, acultura do Vale doJequitinhonha vemse sobressaindo aosparad igm as e semostrando muitorica a estudiosos dacomunicação Social.No mês passado aprofessora CarolineAntunes lançou oDicionário do Dia-leto Rural No ValeDo Jequitinhonhana UFMG, em BeloHorizonte.

A obra é resultado de estu-do do vocabulário da língua fa-lada na zona rural de municípi-os do Vale do Jequ itinhonha,desenvolvido a partir da coleta dedados feita no período entre1980 e 2000, sob a coordenaçãode Carolina Antunes, professo-ra aposentada da Fale. 

Alguns verbetes foram reco-lhidos em conversas com a po-pu lação rural, em m ercados efeiras; outros, extraídos de estu-dos sobre o Vale. Na tentativa deequilibrar a presença de todas asregiões do Jequitinhonha, foramnecessários mais de dez anos

Capa dos livros

trona, que terá papel desta-cado na elaboração de pro-jetos e obras, debates e le-vantamento das demandaspara o efetivo desenvolvi-mento do Distrito.

Page 5: EDIÇÃO 223 - TRIBUNA DO NORTE SALINAS

5POLÍTICA

COLUNA DODIRCEU

JOSÉ DIRCEU *

* JOSÉ DIRCEU, 65, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membrodo Diretório Nacional do PT

Reforma políticanão é golpe

Volto ao complexo econtroverso tema da re-forma política para, des-ta vez, rebater as críticasfeitas pelo ex-governadorJosé Serra à proposta de-fendida pelo PT, elabo-rada pelo relator do prin-cipal projeto sobre o as-sunto na Câmara, depu-tado Henrique Fontana(PT-RS). A ofensiva foifeita em artigo do tuca-no publicado recente-mente no jornal Estadão.

Primeiro, é preciso di-zer que tais críticas seriambem-vindas se, na contra-partida, trouxessem alter-nativas para os principaisitens que defendemos,como o financiamentopúblico das campanhaseleitorais, o voto em listaflexível e o fim das coliga-ções proporcionais, dentreoutros que visam valorizaro embate programático emdetrimento do poder eco-nômico e de arranjos casu-ístas nas eleições. Mas, ob-jetivam apenas  desqualifi-car nossas propostas, clas-sificando-as do início aofim de “golpistas”

O presidenciável cri-t ica de forma contun-dente a ideia do financi-amento público de cam-panha, sob o argumentofalacioso de que ela one-raria o cidadão. Comobem colocou o deputadoFontana em resposta naInternet, Serra deveria es-clarecer à população quehoje ela já paga pelosrecursos das campanhasbilionárias que o projetodo PT visa baratear.

Os números evidenci-am o crescente peso dopoder econômico nascampanhas eleitora is.Em 2002, os gastos de-clarados por partidos ecandidatos nas campa-nhas para deputado fede-ral alcançaram R$ 189,6milhões; em 2010, essevalor chegou ao montan-te de R$ 908,2 milhões,um crescimento de479% em oito anos. 

Além disso, não hádúvidas de que o inves-timento feito pelos gran-

des financiadores naseleições é cobrado tantona exigência de relaçõesprivilegiadas, quanto nopreço final de obras quesão pagas com os recur-sos do contribuinte.Esse, sim, é o grandegolpe praticado pelo mo-delo vigente.

Embora José Serradiga que “uma reformapolítica de verdade pro-curaria aperfeiçoar o me-canismo de representa-ção, aproximando mais oeleito do eleitor”, nega-sea enxergar que, no siste-ma atual, apenas os can-didatos que contam comgeneroso apoio de empre-sas privadas têm chancesefetivas de vencer umaeleição, o que exclui dopáreo eleitoral muitos lí-deres populares, incapa-zes de competir comcampanhas milionárias.

Como frisou Fontana,esse debate não é propri-edade de nenhum parti-do e os problemas donosso modelo de finan-ciamento aparecerãocom força revigorada naseleições de 2014, senada for mudado. Assim,ganharemos todos se, aoinvés de desqualificaremas propostas em discus-são, os líderes polít icosinteressados em tornar osistema político mais jus-to e democrático se uni-rem para encontrar umamaneira mais adequadapara financiar as campa-nhas eleitorais no Brasil.

Outra sa ída , caso oCongresso não consiga en-tendimento para votar asatuais propostas, é a con-vocação de uma Assem-bleia Nacional Constituin-te exclusiva para a reali-zação da reforma política,ou ainda de um plebiscitoatravés do qual a popula-ção seja consultada sobreos pontos mais prementesdessas mudanças. São pro-postas para não deixar areforma política, maisuma vez, sem desfecho,como desejam aqueles aquem só interessa mantertudo como está.

www.cachacasabordeminas.com.br38 3841-4050 - Salinas - MG

CARBONITA

Tribuna do N orte / Edição nº 223Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013

Por m eio do ProgramaNacional de Habitação Rural(PNHR), o m unicíp io deCarbonita, no Vale do Jequi-tinhonha, já entregou, nosúltim os três anos, 78 mora-dias populares em áreas ru-rais da cidade. Detalhes des-se trabalho foram apresenta-dos na sexta-feira, 3 de maio,durante audiência pública re-alizada pela Comissão deDireitos Hum anos da As-sem bleia Legislativa de Mi-nas Gerais (ALMG), na Câ-mara Municipal.

O deputado Durval Ân-gelo (PT), autor do requeri-mento para a reunião, mani-festou sua alegria ao visitaralgumas dessas residências econstatar a felicidade estam-pada no rosto das famíliasbeneficiadas. “Foi feito ummilagre ali. São casas bonitas,dignas. Isso ajuda a fixar ohomem no campo, melhoraas condições de vida das pes-soas que vivem na área rural”,destacou o parlamentar.

Durval m ostrou a im-portância do programa lem-brando o chamado “mapada pobreza” - levantamentofeito no in ício do governoDilma Rousseff, segundo oqual 16 milhões de brasilei-ros viviam abaixo da linhade pobreza, sendo 50% de-les na área rural.

As primeiras residênciasentregues, com área constru-ída de 65 m ², t iveram umcusto aproximado de R$ 12m il. O valor liberado porunidade passou para R$ 18mil e, agora, já está em tor-no de R$ 25 m il. O prefei-to de Carbonita, Marcos Jo-seraldo Lem os, contou quefo i assinado um convêniocom o Inst ituto Nacionalde Colonização e ReformaAgrária (Incra) e com o Ins-tituto de Terras do Estadode Minas Gerais (I ter) , parafacilitar a regularização daspropriedades, com custos70% inferiores aos pratica-dos normalmente.

Regularização depropriedades urbanas

é desafioO registro dos imóveis

urbanos de Carbonita é ou-tro desafio a ser enfrentadopelo município. Segundo oassessor jurídico da prefeitu-ra, Lu iz Fernando Alves ,90% das 3.200 propriedadesem área urbana da cidade nãotêm escritu ra, e isso podecau sar problemas judiciais

Comissão conhece experiência de construção de casasNos últimos três anos, 78 moradias populares foram entregues na zona rural de Carbonita

futuros . A regu larização é im-portante para que os donos dosimóveis tenham, por exem plo,acesso ao crédito do programa“Minha Casa, Minha Vida”, doGoverno Federal.

O mesm o problema é vivi-do por m unicípios viz inhos,como Couto de Magalhães deMinas. O prefeito ValdemarFerreira França participou daaudiência e pediu o apoio daequipe técnica da Prefeitura deCarbonita para iniciar o proces-so de regu larização imobiliáriana cidade. Uma dessas med idasé o plano de regu larização fun-d iária, que foi entregue pelo

prefeito de Carbonita, MarcosLemos, ao pres idente da Câ-mara Municipal, José de JesusMorais . Por esse p lano, seráfeito um levantamento deta-lhado de cada propriedade eseus donos contarão com des-contos e isenções de taxas pararegistrarem seu s im óveis.

O gerente-geral da Caixa Eco-nômica Federal em Itamarandi-ba, Marcelo Gomes Dias, lem-brou que o direito à moradia sóé materializado com a compro-vação da posse do imóvel. Eleparabenizou a Prefeitura de Car-bonita e garantiu apoio aos fu-turos pedidos de financiamento

para construção de casas pormeio dos programas habita-cionais do governo. A mesmapromessa foi feita pelo geren-te do Banco do Brasil em Ita-marandiba, Jeferson FerreiraSantos.

Para o presidente da Câ-mara, vereador José de JesusMorais, “quem consegue re-gularizar seu imóvel, facilitao financiamento, vai poderpegar o recurso na caixa, vaifazer um a construção m e-lhor e também vai melhorare aquecer a economia de Car-bonita, o que será bom paratodos. É uma iniciativa po-sitiva e um projeto de gran-de alcance social”, reforçou oparlam entar.

Participaram da audiênciaMarcos Joseraldo Lem os,prefeito de Carbonita; J oséde Jesus Morais, presidenteda Câmara de Carbonita; Ju-mar Nunes de Oliveira, Ma-noel Coelho Primo, Am éri-co Tadeu de Oliveira, Manu-el de Lourdes Souza, MariaLuíza Vaz, Nelson Vieira deAndrade, vereadores da Câ-mara de Carbonita; MarceloGomes Dias , gerente geralda Caixa Econômica Federalem I tamarand iba; ThiagoAntônio Júnior Andrade,assessor Juríd ico da Câmarade Carbonita; Sebastião JoséMacedo, vice-Prefeito de Car-bonita; Crist iano CândidoSilva, 3º sargento da PolíciaMilitar, comandante do Des-tacamento da Polícia Militarde Carbonita; André LuizPinto da Rocha, 2º tenenteda Polícia Militar de Itama-randiba; Jefferson FerreiraSantos, gerente geral do Ban-co do Brasil em Montes Cla-ros; Márcio Freire, gerente deAtendim ento de Go vernoSocial da Caixa EconômicaFederal em Malacacheta; LuizFernando Alves, assessorJurídico da Prefeitura de Car-bonita; Clélio Bitencou rtMurta, técnico de Desenvol-vimento Agrário do Institu-to de Terras do Estado deMinas Gerais - I ter/MG;Waldem ar Ferreira França,prefeito de Couto de Maga-lhães ; Renato Alves Santos,pres idente da Câm ara deCouto de Magalhães; Sebas-tião Conrado Pau lino, LuizHenrique Santos, Cássio Al-berto de Oliveira e AdemirJosé Gomes, vereadores daCâmara Municipal de Coutode Magalhães.

*fonte: ascom/almg

Família amparada com os recursos do Programa Nacional deHabitação Rural (PNHR), no sítio Boa Vista, zona rural deCarbonita - Foto: Rossana Magri

A audiência pública foi realizada na Câmara Municipal deCarbonita

Vinte dessas novas moradias foram entregues em solenidade apósa audiência, uma delas pelo presidente José de Jesus Morais,juntos o deputado Dur val Ângelo e o prefeito Marquinho

SANTA CRUZ

O ex-prefeito Albertino Teixeira

Deputados debatem bebida alcoólica emeia-entrada na Copa do Mundo em Minas

DE SALINAS

PF prende ex-prefeitoAlbertino e assessorespor desvio de recursos

A Polícia Federal de Montes Claros , em 9 demaio, amanheceu na cidade, onde retomando aOperação Mascaras da Sanidade, agora denomi-nada “Novos Caminhos”, prendeu seis pessoas en-volvidas em desvio de recursos da prefeitura .

Eles foram denunciados por formação de qua-drilha, fraude em licitações, lavagem de dinheiro edesvio de verbas públicas, tendo sido presos o ex-prefeito Albertino Teixeira, sua esposa Marilda, overeador Manoel Teixeira, seu irmão, a secretáriaDeyse e o contador Claudio.

Foram cumpridos 16 mandados judiciais, dentre eleso ex-prefeito, os três funcionários que participavam daslicitações de obras do município, e contra o empresárioEvandro Leite Garcia, preso na Operação Máscara daSanidade , ocorrida ano passado.

De acordo a PF,  a cidade de Santa Cruz deSalinas foi onde iniciou a Operação Máscara da Sa-nidade no ano passado, sendo apurado corrupção,superfaturamento e obras irregulares na gestão doex- prefeito Albertino. O vereador Manoel Teixeirae a secretária Deise estiveram presos por seis meses.

O deputado Tadeu Leite durante a audiência na comissão

A Assembleia Legislativa de Minas promo-ve na quarta-feira, 8 de maio, às 14 horas, reu-nião conjunta das comissões de Esporte, Lazere Juventude e Extraordinária da Copa do Mun-do, p ara debate do Pro jeto de Lei nº 3.685/2013, de autoria do governador Antonio Anas-tasia, que dispõe sobre medidas relativas à Copadas Confederações FIFA de 2013, que começaem ju nho, e à Copa do Mu ndo de 2014, noque tange às obras de infraestrutura nos aero-portos e rodovias, assim como a gestão do es-tádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão).

A audiência vem de e ncontro à iniciativado d epu tad o estad ual Tade u Mar tin s Lei te(PMDB), membro efetivo das duas comissões,que se posiciona contra a venda e consumo debe bidas alco ólic as no i nte rior do Mi neir ãodurante a realização dos dois eventos esporti-vos, conforme prevê o Projeto de Lei do Go-verno do Estado.  O comportamento está bani-do desde 2007 por me io d e um Te rmo deAju stame nto d e Con duta, cor roborado p eloMinistério Público. O parlamentar também lutapara que seja assegurado o ingresso com des-conto de 50% para estudantes e pessoas acimade 60 anos de idade.

“Voltar a venda da bebida alcoólica é umdesrespeito com a nossa população e com ostorcedores, principalmente agora quando estamosfortalecendo a Lei Seca. Além disso, poderá abrirum precedente perigoso para que o consumoseja liberado também depois da Copa”, ponde-rou. “Está estatisticamente compro vado que,

depois da proibição, a violência diminuiu nosestádios e as famílias passaram a participar mais.Esta não é uma discussão sobre Copa, mas deordem pública. O debate é importante para quepossamo s fazer um gr ande evento e m MinasGerais”, completou o deputado.

Tadeu Martins Leite é autor de emendas aoPL 3.685 que vetam o consumo de bebida al-coól ica no estádio durante a Cop a e gar anteainda a meia entr ada para estudantes, p essoascom idade igual ou superior a 60 anos de ida-de e participantes de programas de transferên-cia de renda do Governo Federal.

Para a audiência pública, foram convidados:José Maria Marin, Presidente da ConfederaçãoBrasileira de Futebol e Presidente do ComitêOrganizador Local; Tiago Nascimento de Lacer-da, Secretário de Estado Extraordinário da Copado Mundo; Cel. PM Márcio Martins Sant’Ana,Comandante-Geral da Polícia Militar de MinasGerais; José Antônio Baeta de Melo Cançado,Procurador de Justiça e Coordenador do Gru-po de Atuação Especial para acompanhamentodas atividades relativas à Copa do Mundo de2014 no âmbito do Estado de Minas Gerais; Cel.PM Antônio Leandro Bettoni Silva, Assessor Ex-traordinário para a Copa do Mundo da PolíciaMilitar; Camillo Fraga Reis, Secretário Munici-pal Extraordinário para a Copa do Mundo daPrefeitura de Belo Horizonte; Edson AntenorLima Paula, Promotor de Justiça da 14ª Promo-toria de Justiça de Defesa do Consum idor eProcon do Ministério Público do Estado.

Page 6: EDIÇÃO 223 - TRIBUNA DO NORTE SALINAS

REGIONAL6 Tribuna do N orte / Edição nº 223Salinas (MG), 01 a 15 de maio de 2013

Mineira do Vale do Jequitinhonha, a rubi-nense Marina Jardim inspirada na cultura po-pular de sua região faz exposição, na galeriade arte e espaço polít ico-cultu ral Gusavo daCapanema, da Assembléi Legislativa de Minas,de 13 a 24 de maior, em Belo Horizonte.

Em seus trabalhos, em óleo sobre tela,Marina retrata mulheres, homens, crianças ebailarinas em simbiose com retalhos, borbo-letas, flores, religiosidade, forrozeiros, cantado-res. Seu pincel brinca com bois de janeiro e batetambores nas festas de rua. Em suas telas épossível reconhecer os cantores, os foliões, oscorais de música e os festeiros de Minas.

A artista já expôs em várias cidades doBrasil e participou de mostras coletivas aolado de grandes nom es da pintura mineira,como Inimá de Paula e Heleno Nunes . Parao crít ico de arte Morgan da Motta, Marina“é dotada de gostos e técn icas refinados.Com sua pintu ra d inâm ica e m ovim entadapaira nos tênues limites do im press ionismoe expressionism o.”

Com show especial de Gonzaga Meeirose Gil Botelho na abertura da exposição, a visi-tação vai de 13 a 24 de maio, de segunda sex-ta-feira, de 8 as 18hs.

*fonte : almg cultural

Marina Jardimfaz exposiçãona Assembléia

A cultura popular do Jequitinhonha émarca nas telas de Marina

MANGA

Audiência Pública da ALMG debateu falhas da energia solar nas ilhasRequerimentos de autoria do deputado Paulo Guedes pede substituição das placas fotovoltaicas pelo sistema convencional,

suspensão da cobrança das contas da Cemig e retirada do nome dos moradores do SPC

O prefeito Anastacio discursando durante a audiência

Lideranças comunitárias das ilhas e expressiva presença de moradoresna Câmara Municipal

Curimatá, Pat rocínia Néri Almeida,relatou casos de roubos de placas, nosquais os ladrões se identificaram comosendo técnicos da Cemig e levaram osaparelhos com promessas de seremsubstituídos por novos. O presidenteda Associação da Ilha da Ingazeira,Celino Lélis de Oliveira, relatou nãosó a dificuldade passada pela falta daenergia elétrica, mas também a escas-sez de água pot ável. “Esse ano euquase morri por ter consumido a águapoluída do São Francisco, uma bac-téria quase me matou. Muitos nãotêm condições de buscar água limpa,os mais idosos”. A presidente da As-sociação da Ilha do Corculho, Rosi-neide Pereira da Silva, endossou aluta que tem sido para a comunidadea questão da energia convencional.“Sem isso, não somos nada. E não po-demos perder a vida lutando contraassaltantes por algo que não vai darresultado pra nós”.

A agente de Comerciali zação daCemig, Cristina Bispo Barbosa, expli-cou que, por causa da legislação doprograma “Luz para Todos”, todos oshabitantes que receberam as placas sãoconsiderados como “energizados”. Elaesclareceu que todas as demandas re-cebidas durante a reunião serão leva-das à diretoria da Companhia. “Emrelação às contas, os clientes cujas pla-cas não estiverem funcionando podemligar para o telefone de atendimentoda Cemig, o 116, para tirar o nome doSPC. Elas também podem solicitar poresse mesmo número a retirada da pla-ca defeituosa. E as pessoas podem mepassar suas contas ou o nome comple-to e o CPF e vou pedir a retirada donome de todas. As que não estiveremaqui podem ir aos postos de atendimen-to em Januária e Itacarambi e pedirempara retirar os nomes. Principalmenteaquelas com problemas com o Pronaf ”– destacou a agente, que ainda no ple-nário da Câmara de Vereadores deManga recebeu as contas de energiados habitantes das ilhas para a tomadade providências, entre as quais a ime-diata retirada de seus nomes no Servi-ço de Proteção ao Crédito.

* PRISCILA ARMANI/ MANOEL FREITAS

Roubos, nomes inseridos indevi-damente no Serviço de Proteção aoCrédito (SPC), falta de energia elétri-ca, placas fotovolt aicas defeituosas.Essas foram as principais reclamaçõesdos habi tant es das Ilhas de Manga,durante Audiência Pública da Assem-bleia Legislativa de Minas, realizada namanhã de hoje no plenário da Câma-ra de Vereadores de Manga, envolven-do as Comissões de Assuntos Munici-pais e Regionalização e Minas e Ener-gia. Depois de quase t rês horas dedebates, o autor do requerimento queoriginou a Audiência Pública, depu-tado Paulo Guedes (PT), encaminhououtras três solicitações que serão vo-tadas pelas respectivas Comissões,amanhã, em Belo Horizonte.

Os requerimentos pedem a suspen-são da cobrança das tarifas de energiada Cemig, a retirada do nome dos mo-radores inadimplentes do SPC e, prin-cipalmente, estudos técnicos para que acompanhia de energia do governo doEstado instale em todas as ilhas o siste-ma convencional. De acordo com o par-lamentar, o programa do governo fede-ral “Luz para Todos” trouxe a energiaelétrica para as ilhas do rio São Francis-co, mas o fato da Cemig ter usado pla-cas de energia solar fotovoltaica comessa finalidade trouxe muitos problemasaos moradores. Segundo ele, “a maioriadas placas não funciona, quando funci-ona não atende as demandas dos mo-radores. Eles não podem nem ter gela-deira em casa. Alguns dos habitantestiveram as placas roubadas. Tem até umhabitante que morreu durante o rou-bo de sua placa e mesmo assim conti-nua recebendo as contas da Cemig edeve estar com o nome no SPC. Mui-tos dos habitantes estão com o nomesujo por não pagar as contas de luz ese não pagam é porque o serviço não éprestado. Queremos que as ilhas rece-bam a energia de forma convencional,algo tão necessário para eles” – conti-nuou Paulo Guedes, ponderando ain-da que “a Cemig é uma empresa públi-

ca e lucra bastante com o dinheiro da popu-lação de Minas Gerais”.

O prefeito de Manga, Anastácio Gue-des, destacou o quanto a energia elétricatem sido uma necessidade não só para oscerca de 500 moradores das três ilhas, maspara moradores de outras ilhas da região,ao longo do rio São Francisco. “Eu, comoprefeit o, sei das dif iculdades desse povo.Queria pedir a vocês, deputados, queolhassem com carinho para essas pessoas.O meu gabinete está aberto para atender atodos, sobretudo aqueles que mais preci-sam da atenção do poder público”.

O presidente da Câmara Municipal deManga, Vereador Leonardo Valério Fran-

ça Pinheiro, ressaltou a importância da pre-sença dos deputados na cidade. “Hoje nósest amos dando um grande passo, com avinda dessas duas comissões da ALMG. Éinadmissível que em pleno século XXI emilhas com grande potencial de produção seviva a luz de velas” – destacou o dirigentedo Legislativo, salientando ainda que du-rante seu mandato não medirá esforçospara que iniciativas desse port e possamcontribuir para a melhoria da qualidade devida do povo de Manga, lamentando ain-da o fato de que, além de não terem o ser-viço, os moradores sofrem com a inclusãode seus nomes no SPC.

A presidente da Associação da Ilha de