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PROCESSO CIVIL TRF 4ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO

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  • TRF 4 REGIO TCNICO JUDICIRIO
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  • A ULAS 05 E 06 R ECURSOS 1. Consideraes preliminares Recurso o mecanismo processual que visa a provocar um reexame da deciso judicial, antes da coisa julgada formal, ou seja, antes do trnsito em julgado da sentena. Os recursos fundamentam-se no princpio do duplo grau de jurisdio, sendo aplicveis a todas as decises interlocutrias e sentenas. De acordo com o art. 506, CPC, o prazo para a interposio do recurso contar-se- da data: I - da leitura da sentena em audincia; II -da intimao s partes, quando a sentena no for proferida em audincia; III - da publicao da smula do acrdo no rgo oficial.
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  • Em conformidade com o art. 508, CPC, na apelao, nos embargos infringentes, no recurso ordinrio, no recurso especial, no recurso extraordinrio e nos embargos de divergncia, o prazo para interpor e para responder de 15 dias. No ato de interposio do recurso, o recorrente comprovar, quando exigido pela legislao pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de desero. 2. Espcies de recursos So cabveis os seguintes recursos: I - apelao; II -agravo; III - embargos infringentes; IV - embargos de declarao; V - recurso ordinrio; VI - recurso especial; VII - recurso extraordinrio; VIII -embargos de divergncia em recurso especial e em recurso extraordinrio.
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  • 2.1. A apelao (arts. 513 ao 521, CPC) A apelao o recurso cabvel contra as decises terminativas ou definitivas (sentena). A apelao um recurso ordinrio, de primeiro grau, cuja petio de interposio dirigida ao prprio juiz prolator da sentena recorrida. Possui os dois efeitos, o devolutivo e o suspensivo, e seu prazo para interposio e defesa de 15 dias. A apelao do interessado poder versar sobre toda a deciso ou sobre apenas alguns de seus aspectos. Da deciso que rejeita o recurso de apelao, caber agravo de instrumento, atravs do qual o recorrente far com que o rgo recursal reveja a deciso inferior e, se entender cabvel a apelao, d provimento ao agravo, ordenando o processamento da apelao.
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  • 2.2. O agravo (arts. 522 ao 529, CPC) Art. 522. Das decises interlocutrias caber agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de deciso suscetvel de causar parte leso grave e de difcil reparao, bem como nos casos de inadmisso da apelao e nos relativos aos efeitos em que a apelao recebida, quando ser admitida a sua interposio por instrumento. Pode ser interposto por qualquer parte, MP ou terceiro interveniente, dentro do prazo de 10 dias. O agravo retido fica nos autos, interposto no mesmo grau de jurisdio, para ser julgado pelo mesmo juiz, o qual pode julgar o agravo somente no final do processo. J o agravo de instrumento interposto perante o tribunal. Embora a interposio do recurso se d diretamente perante a instncia superior, a lei conserva o juzo de retratao, inerente aos agravos, admitindo, assim, que o juiz, prolator da deciso agravada, a reforme. O preparo condio de admissibilidade do agravo de instrumento, mas no do agravo retido.
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  • 2.3. Os embargos infringentes (arts. 530 ao 534, CPC) Cabem embargos infringentes quando no for unnime o julgado proferido em apelao e em ao rescisria. Se o desacordo for parcial, os embargos sero restritos matria objeto da divergncia. Os embargos infringentes possuem efeito devolutivo e suspensivo. O prazo para sua interposio de 15 dias, contados da intimao do acrdo no unnime. Da deciso que no admitir os embargos caber agravo, em 5 dias, para o rgo competente para o julgamento do recurso.
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  • 2.4. Os embargos de declarao (arts. 535 ao 538, CPC) Cabem embargos de declarao quando: I - houver, na sentena ou no acrdo, obscuridade ou contradio; II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. Os embargos sero opostos, no prazo de 5 dias, em petio dirigida ao juiz ou relator, com indicao do ponto obscuro, contraditrio ou omisso, no estando sujeitos a preparo. Os embargos de declarao interrompem o prazo para a interposio de outros recursos, por qualquer das partes. Quando manifestamente protelatrios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o so, condenar o embargante a pagar ao embargado multa no excedente de 1% sobre o valor da causa. Na reiterao de embargos protelatrios, a multa elevada a at 10%, ficando condicionada a interposio de qualquer outro recurso ao depsito do valor respectivo.
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  • Os recursos para o STF e o STJ 2.5. Os recursos ordinrios (arts. 539 e 540, CPC) O recurso ordinrio tem por finalidade garantir o duplo grau de jurisdio em processos ajuizados diretamente em instncias superiores. Sero julgados em recurso ordinrio: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurana, os habeas data e os mandados de injuno decididos em nica instncia pelos Tribunais superiores, quando denegatria a deciso; II - pelo Superior Tribunal de Justia: a) os mandados de segurana decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territrios, quando denegatria a deciso; b) as causas em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, do outro, Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas.
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  • 2.6. recurso extraordinrio e o recurso especial (arts. 541 ao 546, CPC) A condio fundamental para a interposio do recurso extraordinrio e para o seu cabimento a existncia de controvrsia a respeito de uma "questo federal", tratando-se de um recurso de fundamentao vinculada, ao contrrio de outros recursos, como, por exemplo, o de apelao. De acordo com o art. 541, CPC, o recurso extraordinrio e o recurso especial, nos casos previstos na Constituio Federal, sero interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido. Assim como o recurso extraordinrio, o especial um recurso de fundamentao vinculada, sendo que as regras procedimentais aplicveis a este so idnticas s daquele.
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  • 2.7. Efeitos do recurso extraordinrio e especial O recurso extraordinrio no possui efeito suspensivo, devendo ser recebido apenas no efeito devolutivo, e, assim sendo, sempre possvel a execuo provisria da deciso recorrida. Somente as questes de direito, ligadas aplicao de uma norma constitucional, podem ser objeto de apreciao em sede de recurso extraordinrio, no se admitindo que o tribunal desa at as questes de fato suscitadas na causa e que tenham sido utilizadas pela deciso recorrida em seus fundamentos. O recurso extraordinrio, ou o recurso especial, quando interpostos contra deciso interlocutria em processo de conhecimento, cautelar ou embargos execuo ficar retido nos autos e somente ser processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposio do recurso contra a deciso final ou para as contra-razes.
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  • FCC - 2012 - TRT - 11 Regio (AM) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa Tcio ajuizou ao de cobrana contra Igor, julgada procedente em primeira instncia. Tcio interps recurso de apelao, recebido por deciso do Magistrado apenas no efeito devolutivo. Tcio interps contra esta deciso embargos declaratrios por entender que havia contradio, os quais foram rejeitados pelo Magistrado. Contra a deciso que recebeu o recurso no efeito devolutivo caber a) agravo de instrumento, no prazo de dez dias. b) mandado de segurana. c) agravo retido, no prazo de dez dias. d) agravo de instrumento, no prazo de quinze dias. e) agravo retido, no prazo de quinze dias.
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  • FCC - 2011 - TRT - 20 REGIO (SE) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa Na audincia de instruo e julgamento, o juiz indeferiu requerimento de acareao de testemunhas formulado pelo advogado do autor. Nesse caso, a) caber agravo na forma retida, no prazo de dez dias, sendo que, ouvido o agravado, o juiz poder reformar sua deciso. b) caber agravo de instrumento, dirigido diretamente ao tribunal competente, no prazo de dez dias, atravs de petio. c) no caber recurso, devendo o advogado do autor formular protesto no termo da audincia, para poder posteriormente arguir nulidade. d) caber apelao, interposta por petio, no prazo de quinze dias, ao juiz prolator da deciso. e) caber agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo, nele expostas sucintamente as razes do agravante.
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  • FCC - 2011 - TRT - 14 Regio (RO e AC) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa O agravo retido a) ser conhecido mesmo se o vencido no tiver requerido a sua apreciao pelo tribunal nas razes de apelao. b) depende de preparo, que deve ser recolhido, atravs da guia prpria, no prazo de interposio. c) contra decises interlocutrias proferidas em audincia dever ser interposto oral e imediatamente. d) ser conhecido mesmo se o vencedor no tiver requerido a sua apreciao pelo tribunal na resposta da apelao. e) devolve a matria para o tribunal, impedindo o juiz que proferiu a deciso agravada de reform-la.
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  • FCC - 2010 - TRT - 9 REGIO (PR) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa A respeito dos recursos, correto afirmar: a) A insuficincia do valor do preparo implicar desero, no sendo admitido em nenhuma hiptese que ocorra complementao. b) A parte poder recorrer, mesmo se tiver aceitado expressa ou tacitamente a sentena ou deciso. c) Nos embargos infringentes e nos embargos de divergncia, o prazo para interpor e para responder de 10 dias. d) O recorrente poder, a qualquer tempo, sem a anuncia do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. e) A sentena s pode ser impugnada em sua totalidade, sendo inadmissvel a impugnao parcial.
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  • FCC - 2009 - TJ-PI - Tcnico Judicirio - rea Administrativa correto afirmar que a) o Cdigo de Processo Civil admite apenas os recursos de apelao, agravo e embargos infringentes. b) o recurso de embargos infringentes foi abolido do Cdigo de Processo Civil. c) o recurso de apelao cabvel contra qualquer pronunciamento judicial. d) deciso interlocutria comporta recurso de agravo. e) o direito de recorrer assegurado apenas s partes.
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  • PROCESSO DE EXECUO Tem por fim satisfazer o direito que a sentena condenatria tenha proclamado pertencer ao demandante vitorioso, sempre que o condenado no o tenha voluntariamente satisfeito. Na execuo, diferentemente do que ocorre no processo de conhecimento, no h anlise do mrito da questo. Este j foi decidido no processo de conhecimento. So requisitos da ao de execuo: o inadimplemento do devedor e o ttulo executivo (judicial ou extrajudicial).
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  • 1. O ttulo executivo Na execuo no necessrio que se detalhe o crdito. No necessrio detalhar a causa de pedir que est implcita na prpria apresentao do ttulo executivo. Vale ressaltar que a lei que determinar, taxativamente, quais so os ttulos dotados de fora executiva. De acordo com o art. 475-N, CPC, so ttulos executivos judiciais: I a sentena proferida no processo civil que reconhea a existncia de obrigao de fazer, no fazer, entregar coisa ou pagar quantia; II a sentena penal condenatria transitada em julgado; III a sentena homologatria de conciliao ou de transao, ainda que inclua matria no posta em juzo; IV a sentena arbitral; V o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; VI a sentena estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justia; VII o formal e a certido de partilha, exclusivamente em relao ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a ttulo singular ou universal.
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  • So ttulos executivos extrajudiciais, de acordo com o art. 585, CPC: I - a letra de cmbio, a nota promissria, a duplicata, a debnture e o cheque; II - a escritura pblica ou outro documento pblico assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transao referendado pelo Ministrio Pblico, pela Defensoria Pblica ou pelos advogados dos transatores; III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e cauo, bem como os de seguro de vida; IV - o crdito decorrente de foro e laudmio; V - o crdito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imvel, bem como de encargos acessrios, tais como taxas e despesas de condomnio; VI - o crdito de serventurio de justia, de perito, de intrprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorrios forem aprovados por deciso judicial; VII - a certido de dvida ativa da Fazenda Pblica da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios, correspondente aos crditos inscritos na forma da lei; VIII - todos os demais ttulos a que, por disposio expressa, a lei atribuir fora executiva.
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  • 2. Requisitos do ttulo executivo De acordo com o art. 586, CPC, o ttulo, hbil execuo, deve ser lquido, certo, exigvel. Quando o ttulo executivo for sentena, que contenha condenao genrica, proceder-se- primeiro sua liquidao. Quando na sentena h uma parte lquida e outra ilquida, ao credor lcito promover simultaneamente a execuo daquela e a liquidao desta.
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  • 3. A competncia A execuo, fundada em ttulo judicial, processar-se- perante o juzo que proferiu a sentena, objeto da execuo. A competncia, neste caso, absoluta. Nesse sentido, o art. 575 determina que a execuo processar-se- perante: I - os tribunais superiores, nas causas de sua competncia originria; II - o juzo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdio; IV - o juzo cvel competente, quando o ttulo executivo for a sentena penal condenatria.
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  • A execuo, fundada em ttulo extrajudicial, ser processada perante o juzo competente. A competncia, neste caso, relativa. O foro da praa de pagamento do ttulo competente, se outro no tiver sido eleito pelas partes. No foro do domiclio do devedor ser ajuizada a execuo, caso o ttulo executivo extrajudicial no indicar a praa de pagamento.
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  • 4. A liquidao da sentena O CPC indica duas hipteses em que a liquidao de sentena ter cabimento: I - quando a sentena no determinar o valor ou II - no individuar o objeto da condenao. Portanto, procede-se liquidao, quando a sentena no determinar o valor da condenao, ou seja, quando o ttulo judicial for ilquido. Trs so as espcies de liquidao de sentena permitidas: a) liquidao por clculos; b) a liquidao por artigos, e; c) a por arbitramento.
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  • a) Liquidao por clculos do credor Quando a determinao do valor da condenao depender apenas de clculo aritmtico, o credor requerer o cumprimento da sentena, na forma do art. 475-B desta Lei, instruindo o pedido com a memria discriminada e atualizada do clculo. b) Liquidao por arbitramento De acordo com o art. 475-C, CPC, far-se- a liquidao por arbitramento quando: I - determinado pela sentena ou convencionado pelas partes; II - o exigir a natureza do objeto da liquidao. c) Liquidao por artigos A liquidao por artigos ser feita quando, para determinar o valor da condenao, houver necessidade de alegar e provar fato novo, segundo o art. 475-E, CPC.
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  • 5. AS DIVERSAS ESPCIES DE EXECUO So espcies de execuo, de acordo com o CPC: I - execuo para entrega de coisa certa; II - execuo para entrega de coisa incerta; III - execuo das obrigaes de fazer e de no fazer; IV - execuo das obrigaes por quantia certa contra devedor solvente; V - execuo das obrigaes por quantia certa contra devedor insolvente; VI - execuo contra a Fazenda Pblica; VII -execuo de prestao alimentcia.
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  • De acordo com o art. 621, CPC, o devedor de obrigao de entrega de coisa certa, constante de ttulo executivo (judicial ou extrajudicial), ser citado para, dentro de 10 dias, satisfazer a obrigao, ou, seguro o juzo (art. 737, II, CPC), apresentar embargos. Em conformidade com o art. 629, quando a execuo recair sobre coisas determinadas pelo gnero e quantidade (art. 874, CC), o devedor ser citado para entreg-las individualizadas, se lhe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicar na petio inicial. Em conformidade com o art. 632, quando o objeto da execuo for obrigao de fazer, o devedor ser citado para satisfaz-la no prazo que o juiz lhe assinar (se omisso o prazo em ttulo executivo, devendo, o prazo determinado pelo juiz, ser razovel), se outro no estiver determinado no ttulo executivo (judicial ou extrajudicial).
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  • Se o devedor praticou o ato, a cuja absteno estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o credor requerer ao juiz que lhe assine prazo para desfaz-lo. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requerer ao juiz que mande desfazer o ato sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos. No sendo possvel desfazer-se o ato, a obrigao resolve-se em perdas e danos. Em se tratando de processo de execuo por quantia, somente ser admitida a citao por oficial de justia e a por edital. O executado ser citado para, no prazo de 3 (trs) dias, efetuar o pagamento da dvida. No efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justia proceder de imediato penhora de bens e a sua avaliao, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.
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  • A execuo de prestao alimentcia (arts. 732 ao 735, CPC) De acordo com o art. 732, CPC, a execuo de sentena, que condena ao pagamento de prestao alimentcia, far-se- conforme o disposto para as execues por quantia certa contra devedor solvente. Porm, neste tipo de execuo existe uma particularidade que a diferencia das demais. De acordo com o art. 733, CPC, o juiz mandar citar o devedor para, em 3 dias, pagar, provar que pagou ou justificar a impossibilidade de faz-lo. Caso ele no pague, no prove que pagou, nem justifique sua atitude, o juiz decretar sua priso civil, que ter prazo mximo de 60 dias.
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  • Execuo contra a Fazenda Pblica (art. 730 e 731 CPC) Na execuo contra a Fazenda Pblica a Fazenda Pblica, ou seja, a Unio, Estados, Municpios, Distrito Federal, autarquias e fundaes pblicas, figura no polo passivo. Aqui no haver expropriao de bens, haja visto que os bens pblicos so impenhorveis. Diferentemente do que ocorre nas demais execues, a Fazenda no citada para pagar em 24 horas ou nomear bens a penhora, mas sim para opor embargos no prazo de 10 dias. Caso no sejam opostos os embargos, ou sendo estes julgados improcedentes, ser expedido precatrio (que ser pago segundo a ordem de apresentao) e o juiz requisitar o pagamento por intermdio do presidente do Tribunal competente.
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  • FCC - 2011 - TRT - 23 REGIO (MT) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa Quando a liquidao da sentena depender apenas de clculo aritmtico, a) o credor requerer a prvia remessa dos autos ao contador do juzo, para elaborao do clculo. b) a liquidao da sentena por arbitramento. c) o cumprimento da sentena, instruindo o pedido com a memria discriminada e atualizada do clculo. d) a liquidao da sentena por artigos. e) a nomeao de perito contbil, s expensas do executado, para elaborao do clculo.
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  • FCC - 2011 - TRT - 20 REGIO (SE) - Tcnico Judicirio - rea Administrativa NO ttulo executivo extrajudicial: a) o instrumento de transao referendado pelo Ministrio Pblico. b) a debnture. c) documento particular assinado somente pelo devedor. d) os contratos de seguro de vida. e) o crdito decorrente de foro e laudmio.
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  • FCC - 2006 - TRT-20R - Tcnico Judicirio - rea Administrativa Considere os seguintes documentos: I. Sentena penal condenatria transitada em julgado. II. Sentena estrangeira definitiva traduzida, mas no homologada pela Justia brasileira. III. Sentena homologatria de transao, ainda que verse sobre matria no posta em juzo. IV. Documento particular assinado pelo devedor, mas no subscrito por testemunhas. So ttulos executivos judiciais APENAS os indicados em: a) I, II e III. b) I e III. c) II e III. d) II, III e IV. e) II e IV.
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  • EXECUO FISCAL A execuo fiscal tem um processo especial e as normas desse processo esto previstas na Lei 6.830/80, aplicando-se subsidiariamente o CPC. Trata-se de medida executiva praticada pela Fazenda Pblica, aps expedida a chamada Certido de Dvida Ativa, que constitui, por sua vez, o ttulo executivo extrajudicial a embasar essa execuo fiscal. No so quaisquer dbitos que podem ser inscritos em dvida ativa, mas aqueles previstos na Lei 4.320/64.
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  • 2. PROCEDIMENTO 2.1. Petio Inicial A petio inicial ser acompanhada da CDA. Alis, a petio inicial a prpria CDA com uma folha a mais. O valor da causa ser o valor da dvida. Essa petio inicial pode ser, inclusive, por meio eletrnico. 2.2. Citao do Executado Uma vez ajuizada essa execuo fiscal ns teremos a citao do executado para que ele, no prazo de 5 dias ou pague o dbito ou garanta o juzo.
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  • A citao pode ser feita pelo correio. Apesar de ser um processo de execuo, trata-se de exceo ao art. 228, do CPC. Pode ser feita tambm por edital (ru em local desconhecido ou no estrangeiro) ou por oficial de justia. STJ Smula 414 A citao por edital na execuo fiscal cabvel quando frustradas as demais modalidades. Uma vez garantido o juzo abre-se oportunidade para o executado embargar a execuo fiscal. Porm, se o executado, citado, no paga nem nomeia bens penhora (e nem so encontrados bens), a Fazenda Pblica pode requerer a indisponibilidade desses bens, conforme previso no art. 185-A, do CTN. Essa indisponibilidade ( uma medida cautelar deferida no prprio processo de execuo) pode ser objeto ou de um pedido no prprio processo de execuo ou ento ser objeto de uma ao autnoma, denominada de medida cautelar fiscal.
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  • Uma vez realizada a penhora sobre um bem, possvel que ocorra a substituio da penhora, do bem. E esse pedido de substituio do bem est no art. 15, da LEF: Art. 15 - Em qualquer fase do processo, ser deferida pelo Juiz: I - ao executado, a substituio da penhora por depsito em dinheiro ou fiana bancria; e II - Fazenda Pblica, a substituio dos bens penhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no artigo 11, bem como o reforo da penhora insuficiente.
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  • Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecer seguinte ordem: I - dinheiro; II - ttulo da dvida pblica, bem como ttulo de crdito, que tenham cotao em bolsa; III - pedras e metais preciosos; IV - imveis; V - navios e aeronaves; VI - veculos; VII - mveis ou semoventes; e VIII - direitos e aes. (precatrios)
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  • Pergunta: a penhora em dinheiro pode ser substituda por fiana bancria ou precatrios a pedido do executado e independentemente de concordncia da Fazenda Pblica? matria extremamente controvertida no STJ. No entanto, aplica-se aqui a smula 406 do STJ: Smula 406 STJ - "A Fazenda Pblica pode recusar a substituio do bem penhorado por precatrios".
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  • 2.3. Defesa do Executado: Uma vez garantido o juzo, o executado pode apresentar os seus embargos como defesa incidental, que exercida por meio de ao no prazo de 30 dias contados: da intimao da penhora (no da juntada do mandado de intimao aos autos; tratando-se de depsito, contado da formalizao do depsito (intimao do executado); e, tratando-se de fiana bancria, o prazo se conta da apresentao da fiana para o ajuizamento dos embargos.
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  • Art. 16 - O executado oferecer embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depsito; II - da juntada da prova da fiana bancria; III - da intimao da penhora. 1 - No so admissveis embargos do executado antes de garantida a execuo. 2 - No prazo dos embargos, o executado dever alegar toda matria til defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, at trs, ou, a critrio do juiz, at o dobro desse limite. 3 - No ser admitida reconveno, nem compensao, e as excees, salvo as de suspeio, incompetncia e impedimentos, sero argidas como matria preliminar e sero processadas e julgadas com os embargos.
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  • Esses embargos no suspendem o andamento da execuo fiscal. Como na lei no h essa previso (suspenso da execuo fiscal em razo do ajuizamento dos embargos), utiliza-se a regra subsidiria prevista no CPC. Sendo assim, a suspenso da execuo fiscal s acontecer se preenchidos os requisitos do art. 739-A do CPC. E quais so esses requisitos: garantia do juzo; presena de relevantes fundamentos (fumus boni iuris); possibilidade de dano de difcil reparao (periculum in mora). Presentes, concomitantemente esses trs requisitos, temos a possibilidade de concesso de efeito suspensivo. Fora isso, esse efeito no automtico, como acontece com o CPC na execuo por quantia certa.
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  • Como os embargos no suspendem a execuo fiscal, a continuidade da execuo importar: Na adjudicao do bem pela Fazenda Pblica E essa adjudicao feita pelo valor da avaliao; ou No leilo ou praa dos bens penhorados 1 leilo: tem que ser alienado pelo valor da avaliao 2 leilo: pode ser valor inferior ao da avaliao desde que no seja preo vil Mesmo que o bem seja arrematado em leilo ou hasta pblica, a fazenda pblica ainda ter o prazo de 30 dias para adjudic- lo. Isso funciona da seguinte maneira: Aps a arrematao do bem por terceiro, a Fazenda Pblica ser intimada para que no prazo de 30 dias possa exercer o seu direito adjudicao desse bem. Se no o fizer, o bem est liberado para a formalizao da arrematao, atravs do termo de arrematao.
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  • PROCESSO CAUTELAR O processo cautelar um processo acessrio, que serve para a obteno de medidas urgentes, necessrias ao bom desenvolvimento de um outro processo, de conhecimento ou de execuo, chamado de principal. Embora o processo cautelar seja utilizado para assegurar o no "perecimento" de uma ao principal, o processo cautelar tem individualidade prpria. A medida cautelar pode ser requerida de modo preparatrio, antes do processo principal (sendo que neste caso o autor tem o prazo de 30 dias para ingressar com a ao principal), ou de modo incidente, ou seja, durante o curso do processo principal. Nesse sentido, dispe o art. 796, CPC: "o procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e sempre dependente deste."
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  • Dois so os pressupostos bsicos do processo cautelar: a) uma pretenso razovel, com probabilidade de xito em juzo (fumus boni juris), b) o perigo de dano iminente e irreparvel (periculum in mora). O juiz pode determinar medidas cautelares sem a audincia das partes, mas to somente em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei. lcito ao juiz conceder liminarmente ou aps justificao prvia a medida cautelar, sem ouvir o ru, quando verificar que este, sendo citado, poder torn-la ineficaz; caso em que poder determinar que o requerente preste cauo real ou fidejussria de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer. O Ru no processo cautelar ser citado para opor sua defesa no prazo de 5 dias.
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  • Art. 798. Alm dos procedimentos cautelares especficos, que este Cdigo regula no Captulo II deste Livro, poder o juiz determinar as medidas provisrias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra leso grave e de difcil reparao. Trata-se do chamado PODER GERAL DE CAUTELA DO JUIZ Nesse sentido, o juiz poder, para evitar o dano, autorizar ou impedir a prtica de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depsito de bens e impor a prestao de cauo. As medidas cautelares sero requeridas ao juiz da causa (incidentais); e, quando preparatrias, ao juiz competente para conhecer da ao principal. Interposto o recurso, a medida cautelar ser requerida diretamente ao tribunal.
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  • De acordo com o art. 806, CPC, cabe parte propor a ao, no prazo de 30 dias, contados da data da efetivao da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatrio. Deve-se ressaltar que as medidas cautelares conservam a sua eficcia no prazo de 30 dias, contados da data da efetivao da medida cautelar e na pendncia do processo principal; mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou modificadas. A eficcia da medida cautelar, de acordo com o art. 808, CPC, cessa: I - se a parte no intentar a ao no prazo de 30 dias, contados da data da efetivao da medida cautelar; II - se no for executada dentro de 30 dias; III - se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mrito.
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  • Se por qualquer motivo cessar a medida, defeso parte repetir o pedido, salvo por novo fundamento. Os autos do procedimento cautelar sero apensados aos do processo principal (distribuio por dependncia). ATENO: O indeferimento da medida no obsta a que a parte intente a ao, nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegao de decadncia ou de prescrio do direito do autor.
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  • Recursos no processo cautelar As mesmas espcies de recursos cabveis no processo de conhecimento so aplicveis ao processo cautelar. Da mesma forma que ocorre no processo de conhecimento, os provimentos no processo cautelar so classificados em decises interlocutrias e sentenas.