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Trematódeos Acadêmicas: Karla Francisca Duarte Campos Thaís Emanuele Lima Alves

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Trematódeos Acadêmicas:

Karla Francisca Duarte CamposThaís Emanuele Lima Alves

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O que é um Trematódeo?Os trematódeos são vermes parasitas pertencentes ao filo

Platyhelminthes (platelmintos).

São classificados cientificamente como Classe Trematoda.

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Anatomia e Reprodução Possuem corpo simples;

São vermes acelomados (cavidade embrionária revestida por mesoderme);

Possuem corpo com formato achatado;

Tem duas ventosas (uma ao redor da boca e outra no ventre), usadas para fixar seu corpo no hospedeiro;

Possuem simetria bilateral;

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Não possuem sistema circulatório e respiratório;

Presença de película protetora na epiderme;

Possuem sistema digestório incompleto;

Podem ser hermafroditas ou possuírem sexos separados;

Sistema reprodutor adaptado à copulação, à fertilização interna e à formação de cascas do ovo.

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Giard & Billet, 1882

Eurytrema coelomaticum

Fasciola hapatica

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EuritrematoseEspécies de Eurytrema, vivem principalmente nos ductos

pancreáticos e ocasionalmente nos ductos biliares de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e seres humanos (Ilha et al. 2005).

No Brasil, E. coelomaticum é descrita como a espécie mais comum nos ductos pancreáticos de bovinos.

6Foto: Guillherme Collares, 2015

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CicloO parasita requer dois hospedeiros intermediários para completar seu

ciclo. Os ovos são eliminados nas fezes e ingeridos pelo primeiro hospedeiro

intermediário onde duas gerações de esporocistos são formadas. Cerca de cinco meses após a infecção, a segunda geração de

esporocistos produz cercárias que são liberadas na pastagem apenas algumas horas antes do amanhecer.

As cercárias são então ingeridas pelo segundo hospedeiro intermediário.

O bovino se infecta pela ingestão acidental de gafanhotos contaminados.

As metacercáriasse existentes no duodeno, migram para o pâncreas via ductos pancreáticos acessórios e se distribuem pelos ductos pancreáticos tributários.

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Danos aos hospedeirosAs lesões no pâncreas são decorrentes do processo inflamatório

crônico dos canais pancreáticos, especialmente em infecções maciças.

Os animais apresentam uma pancreatite crônica, mais pronunciada nos canais pancreáticos que podem estar obstruídos pelos trematódeos.

A degeneração de tecido pancreático pode gerar diabete nos HD.

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FascioloseA doença causada pelo

parasitose Fasciola hepatica, é denominada fasciolose.

O parasita tem forma de folha

com aproximadamente 2,5 cm de comprimento.

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As fases intermediárias ocorrem em vida livre, em meio ambiente aquático, e em caramujos do gênero Lymnaea, (ANDREWS, 1999) e a fase adulta em vários mamíferos de produção zootécnica, principalmente em ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos), podendo acometer monogástricos (eqüinos, suínos e coelhos) e também roedores como parasito do fígado e ductos biliares.

A doença é também conhecida como distomíase. Fasciola hepatica é hermafrodita e apenas um exemplar é necessário para estabelecer a infecção, uma vez que um trematoide adulto pode produzir 20.000 ovos por dia (Taylor et al. 2007).

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CicloSeu ciclo biológico envolve cinco fases.

A partir da postura dos adultos nos ductos biliares dos hospedeiros definitivos os ovos são transportados até o ambiente externo juntamente com as fezes (SERRA-FREIRE, 1990) onde se desenvolve, quando em condições favoráveis de umidade e oxigenação, em seu interior uma larva ciliada denominada miracídio, em torno de 12 a 14 dias.

Em condições de luminosidade e temperatura ideal ocorre a eclosão dos miracídios que "nadam" ativamente (por um período de até seis horas) em busca dos hospedeiros intermediários, moluscos do gênero Lymnaea.

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Caso não encontre seu hospedeiro intermediário nesse período o miracídio exaure suas reservas de energia e sucumbe, caso o encontre, penetra em suas partes moles e origina uma forma sacular, com células germinativas, o esporocisto, este por sua vez dá origem à rédias e estas a cercarias.

As cercárias emergem das rédias através do poro de nascimento e abandonam o molusco.

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No meio ambiente, por volta de 45 a 60 dias, as cercárias maduras abandonam o molusco (ANDREWS, 1999), fixam-se em plantas aquáticas ou gramíneas, onde encistam-se, e transformam-se em metacercárias (formas infectantes) que nas proximidades de água limpa e com boa oxigenação são muito resistentes e sobrevivem por longo período à espera de um novo hospedeiro vertebrado, geralmente ruminante (SERRA-FREIRE, 1990).

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Durante a ingestão das forrageiras a campo, em regiões contaminadas, os hospedeiros definitivos se infectam passivamente com as metacercárias.

Tais formas desencistam-se no tubo digestivo, perfuram o intestino, alcançam a cavidade abdominal e o fígado, e migram através do parênquima hepático durante 35 a 45 dias, quando alcançam os ductos biliares, e atingem o estágio adulto.

Em torno de 60 dias após a infecção inicia-se a postura de ovos nos canais biliares, e uma forma adulta chega a colocar em torno de três a sete mil ovos/dia (ANDREWS, 1999).

Estes são carreados pelos movimentos da vesícula biliar, via colédoco, para o intestino delgado, e novamente alcançam o meio ambiente (SERRA-FREIRE, 1999).

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SintomasOs sintomas que podem ser observados são: perda de peso,

palidez das mucosas, expressiva diminuição na produção de leite, interferência na fertilidade.

Em bovinos mais velhos ou com baixa carga parasitária os sinais clínicos podem ser mais leves ou inaparentes. Mesmo sem sintomas essas infecções afetam a conversão alimentar e o ganho de peso.

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ControlePara se obter bons resultados no controle dessa parasitose,

deve-se atuar no ambiente (moluscos) e nos animais parasitados (F. hepatica).

A redução do grau da infestação das pastagens por metacercárias é conseguida com o uso de fasciolicidas nos animais parasitados, pois a diminuição da quantidade de ovos no ambiente leva a um menor número de hospedeiros intermediários infectados.

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ParanfistomíaseParamphistomum spp. são trematoides do rúmen e retículo de

ruminantes. Ocasionalmente exemplares de Paramphistomum spp. podem ser encontrados no esôfago (Grist 2008).

P. cervi é a espécie mais comumente encontrada (Grist 2008).

A paranfistomíase é distribuída em todo o mundo, porém as mais altas prevalências têm sido em regiões tropicais e subtropicais . (Ozdalet al. 2010).

21Foto: Guillherme Collares, 2015

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CicloO desenvolvimento no hospedeiro intermediário é semelhante ao

da Fascíola e, sob condições favoráveis (26-30°C), pode ser completado em quatro semanas.

Após a ingestão das metacercárias encistadas junto com a grama, o desenvolvimento no hospedeiro final ocorre inteiramente no trato alimentar.

Após o encistamento os trematódeos jovens fixam-se no duodeno e se alimentam aí por cerca de seis semanas antes de migrarem em direção aos pré-estômagos onde atingem os estágios maduros. O período pré-patente é de 7-10 semanas.

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Foto: James F. Zachary,Donald McGavin,M. Donald McGavin, 2012

Foto: Bianca Tessele, 2013

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Referencias Bibliográficas

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ANDREWS, S. J. The life cycle of Fasciola hepatica. In: DALTON, J. P. Fasciolosis, Ontario: Publi, 1999. cap. 1. p. 1 - 29.

Eduardo Luiz De Oliveira, Érika Lage de Macedo e Nicodemos Alves de Macedo: Fasciolose – Disponivel em: http://www.farmpoint.com.br/radares-tecnicos/sanidade/fasciolose-50500n.aspx. Acessado no dia 17 de Agosto de 2015.

Grist A. 2008. Bovine Meat Inspection. 2nd ed. Nottingham University Press, Nottingham. 278p. Ilha M.R.S., Loretti A.P. & Reis A.C.F. 2005. Wasting and mortality in beef cattle parasitized by

Eurytrema coelomaticum in the State of Paraná, southern Brazil. Vet. Parasitol. 133:49-60. SERRA-FREIRE, N. M. Fasciolose hepatica no Brasil: Análise Retrospectiva e Prospectiva. Caderno

Técnico Científico da Escola de Medicina Veterinária, ano 1, n. 1, p. 9 - 70, jul-dez, 1999. Sueli Moda de Oliveira e Elisabeth Spósito Filha: Fasciolose hepática – Disponivel em:

http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=67 . Acessado no dia 17 de Agosto de 2015.

Taylor M.A., Coop R.L. & Wall R.L. 2007. Veterinary Parasitology. 3rd ed. Blacwell, Oxford. 874p. Tessele,Bianca; Brum, Juliana S.; Barros, Claudio S. L.; Lesões parasitárias encontradas em bovinos

abatidos para consumo humano Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2013000700008#fig09. Acessado no dia 18 de Agosto de 2015.